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QUESTÕES SOBRE RESP CIVIL DO ESTADO

1- Explique sucintamente às fases pelo qual passou a evolução da


Responsabilidade do Estado
a) Irresponsabilidade: Nessa fase o governo absolutista decretava
que o Estado por ser regido por um Deus, não possuía
responsabilidade e não deveria indenizar.
b) Surge então a Teoria Civilista onde o Estado deveria ser
responsabilizado em situações específicas, no caso de culpa do
agente, e somente pelos danos causados aos particulares.
c) A Teoria da Culpa do Orgão/Administrativa, o Estado deve
responsabilizar tanto por seus atos de gestão quanto atos
decorrentes do exercício do Império, desde que comprovado o
mau funcionamento do serviço, não sendo necessário identificar o
agente que causou o dano.
d) Teoria da Culpa Anônima/Impessoal, decorre da culpa do
serviço, o Estado será responsabilizado quando ele deveria ter
feito, mas não fez! Deve ser comprovado de que se o Estado
tivesse feito de forma adequada, ou pelo menos feito, o dano não
existiria, independente da culpa do agente
e) Teoria da Culpa Presumida, É quando a própria ação já se
considera culposa, cabendo ao lesante provar o contrário para
romper o nexo de causalidade
f) Teoria do Risco Administrativo, é a aplicada no Brasil, decorre
de que o Estado deve indenizar sempre que haja conduta, nexo de
causalidade e dano, independente de culpa/dolo do agente, sendo
afastado o dever de indenizar nos casos de culpa exclusiva da
vítima, ou de terceiro, caso fortuito ou força maior.
g) Teoria do Risco Integral, pouco utilizada pois decorre do
entendimento que o Estado assume integralmente os riscos
decorrentes de suas ações, não podendo alegar rompimento do
nexo causal, o Estado funciona como um segurador! Aplicada no
Brasil em casos de Dano Ambiental, Acidentes Nucleares e Casos
de guerra, ataques terroristas a aeronaves Brasileiras
h) Teoria do Risco Social, Nessa perspectiva,  o foco da
responsabilidade civil é a vítima, e não o autor do dano. Exemplo
é pagamento de auxílio-previdenciário àquelas pessoas
acometidas por acidentes de trabalho, Em conclusão, temos que
o risco social é uma forma de compartilhamento objetivo dos
danos por toda a coletividade, de modo que o prejuízo
eventualmente causado a um único particular será suportado pela
sociedade.
2. Qual a Teoria adotada pela maioria da doutrina atualmente?
A teoria do risco administrativo é a teoria adotada, no Brasil, para
a caracterização da responsabilidade civil da Administração em
decorrência de atuação de agentes públicos, nessa qualidade. Seu
fundamento é o artigo 37, § 6º da Constituição Federal.
3. Culpa exclusiva da Vítima, Resp. civil do Estado e Caso Fortuito.
Se puder ser apurado separadamente, cada um responderá na
proporcionalidade do dano causado, se não respondem
solidariamente.
Quando exisitir contribuição recíproca com a vítima ou terceiro, não
exclui o dever de indenizar mas diminui o quantum, a gravidade, à
luz do caso concreto
4. Conduta omissiva? Sim! A responsabilidade civil do Estado por
omissão genérica é subjetiva e exige a comprovação do dano, o
nexo de causalidade entre este e a negligência, imperícia ou
imprudência do Poder Público. Se omissão específica, a
responsabilidade é objetiva. O Estado responde de
forma objetiva na hipótese de obrigação legal específica de agir para
impedir o resultado danoso, assim denominada
de omissão específica. Precedente do STF. Somente quando o
Estado se omitir diante do dever legal de impedir a ocorrência
do dano é que será responsável civilmente e obrigado a reparar
os prejuízos.
Quando o Estado se omitir do dever legal de impedir a ocorrência do
dano, ele será responsabilizado e deverá reparar os prejuízos, sendo
de forma subjetiva quando a omissão for genérica, e objetiva quando
a omissão for específica.
5. Diferencie omissão genérica x omissão específica
A omissão genérica ocorre em Situações em que não se pode exigir
do Estado uma atuação específica. A omissão do Estado não se
apresenta como causa direta e imediata da não ocorrência do dano,
razão pela qual deve o lesado provar que a falta do serviço (culpa
anônima) concorreu para o dano.
Não se pode exigir uma atuação específica do estado, e essa omissão
não é a causa direta e imediata da ocorrência do dano, deve o lesado
comprovar que a falta de serviço concorreu para o dano
ex: queda de ciclista em bueiro há muito tempo aberto em péssimo
estado de conservação, o que evidencia a culpa anônima pela falta do
serviço; estupro cometido por presidiário, fugitivo contumaz, não
submetido à regressão de regime prisional como manda a lei.

Já omissão específica ocorre quando o Estado se encontra na


condição de garante e, por omissão, cria situação propícia para a
ocorrência do evento em situação em que tenha o dever de agir para
impedi-lo.
Pressupõe um dever específico do Estado, que o obrigue a agir para
impedir o resultado danoso.
Quando o Estado é o garantidor, e por omissão se propicia
diretamente a ocorrência do dano, é um dever do estado agir para
impedir o dano.
Ex: Suicídio em uma prisão; Acidentes com alunos nas dependências
da Escola Pública.
6.
7. Sim, Também, Fora do horário escolar não pode ser
responsabilizado
8. Não, mas se houve omissão de autoridade sim
9. Não, pois é genérica Sim, no caso é melhor o Estado NEM
FAZER, do que fazer e deixar mal feito, ou q não funcione.

10. Contra o Estado cabe ação em virtude dos prejuízos do atraso


processual por comprometer o principio da celeridade do processo.
Se o Estado possui o poder/dever de aplicar o direito ao caso
concreto submetido pelas partes, por meio da atividade exercida
pelos juízes, é necessário que se responsabilize por qualquer erro
cometido por estes, quando no exercício de suas funções o Poder
Público tem o dever de reparar o dano que causou, para que desse
modo possa acabar com o desequilíbrio provocado em decorrência
destes atos.
 

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