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Artigo 37 CF: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Nessa qualidade = no exercício da função pública (podendo ser dentro ou fora do horário de
expediente) um policial de folga.
Ação ou Omissão = Dano a responsabilidade e do estado = Dever estatal de ressarcir particulares por
prejuízos civis e extracontratuais experimentados em decorrência de ações ou omissões de agentes
públicos no exercício da função administrativa. Os danos indenizáveis podem ser materiais, morais ou
estéticos.
A tese aprovada pela Corte é a seguinte: “A teor do disposto no artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição
Federal, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa
jurídica de direito privado, prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima o autor do ato, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Estado se encontra na condição de garante e, por Situações em que não se pode exigir do Estado uma
omissão, cria situação propícia para a ocorrência do atuação específica. A inação do Estado não se
evento em situação em que tenha o dever de agir para apresenta como causa direta e imediata da não
impedi-lo. ocorrência do dano, razão pela qual deve o lesado
provar que a falta do serviço (culpa anônima)
Pressupõe um dever específico do Estado, que o concorreu para o dano.
obrigue a agir para impedir o resultado danoso.
Ex.: morte de detento em rebelião em presídio; suicídio Ex. queda de ciclista em bueiro há muito tempo aberto
cometido por paciente internado em hospital público, em péssimo estado de conservação, o que evidencia a
tendo o médico responsável ciência da intenção culpa anônima pela falta do serviço; estupro cometido
suicida do paciente e nada feito para evitar; paciente por presidiário, fugitivo contumaz, não submetido à
que dá entrada na emergência de hospital público, regressão de regime prisional como manda a lei.
onde fica internada, não sendo realizados os exames
determinados pelo médico, vindo a falecer no dia
seguinte; acidente com aluno nas dependências de
escola pública.
Agente público: não será o réu da 1º ação – o Estado será o primeiro réu.
Quando finalizar a 1º ação poderá ingressar com uma ação de regresso ou regressiva
O que é direito de regresso na administração pública?
É fundada no direito de uma pessoa (direito de regresso) de haver de outrem importância por si despendida
ou paga no cumprimento de obrigação, cuja responsabilidade direta e principal a ele pertencia,
esse direito determina que quem pagou a indenização de alguém em nome de outra pessoa pode cobrar
reembolso do verdadeiro culpado. Ou seja, de quem causou o dano.
Obs.: Prazos Ação indenizatória 5 anos. (agente publico causou o dano, particular entra contra o Estado,
tem 5 anos)
Ação regressiva quando tem dolo (imprescritível) mas contra pessoas de direito privado o prazo e de 3
anos.
Ex: Ato lícitos, pode ocorrer que em uma obra quando na execução cause danos a terceiros.
Ato ilícito, um agente público que comete um ato de expor documentos que pertencem à Administração
Pública, viola o princípio da publicidade e eficiência.
Vivemos em um estado democrático de direito, significa que o mesmo Estado que elabora as leis e o
mesmo Estado que tem o dever de cumpri-las, obedecer, então caso cause danos a terceiros deves se
responsabilizar.
Ex: Ato lícitos, pode ocorrer que em uma obra quando na execução cause danos a terceiros.
Conduta ou ato = Omissiva ou Comissiva do agente praticando o ato. (Tem feito ou deixado de fazer que
gerou dano).
Dano = pode ser material, moral, estético, imagem. O dano tem que ser provado.
Nexo de causalidade = o que liga a conduta a ao dano, e o que faz o que a conduta seja suficiente para
causar o dano.
Dano = pode ser material, moral, estético, imagem. O dano tem que ser provado.
Nexo de causalidade = o que liga a conduta a ao dano, e o que faz o que a conduta seja suficiente para
causar o dano.
Culpa ou dolo = E o elemento necessário para responsabilidade subjetiva. Tem que ter a prova.
Exemplo em sala:
Ex: Um policial, de folga, efetuou disparos com uma arma de fogo pertencente à sua corporação,
objetivando a prisão de um elemento que acabava de furtar uma mulher. Entretanto, por erro, acabou
causando a morte de uma pessoa inocente, que passava naquele momento. Assim, a responsabilidade civil
do Estado é objetiva, em face do risco administrativo.
Obs.: mesmo que não esteja na função, mas utilizar arma da corporação será de responsabilidade do
Estado. Ex. em uma desavença contra o vizinho, pega a arma e atira no mesmo.
Responsabilidade = Objetiva e primária. Entra com ação direta ao que cometeu o ato.
INSS = objetivo e primaria tem personalidade própria. Responde pelos seus atos.
Serviços prestados por PJ de direito Privado = Objetiva e subsidiaria. Entra com ação direta ao que
cometeu o ato e caso não tenha condições de indenizar irá subsidiariamente para o Ente que o criou.
Posições do STF
Dano sofrido por não usuário do serviço público? Sim, será objetivo.
Ex. Empresa de Ônibus que presta serviço para o Município, atropela pessoa que passava pela faixa de
pedestre. Não estava usando o serviço público, mas a empresa terá responsabilidade objetiva.
Ex. Banco do Brasil, Caixa econômica ... não são prestadoras de serviço públicos.
OBS: O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliões e registradores oficiais, que no exercício
de suas funções, cause danos a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos
de dolo ou culpa.
O Estado responde subsidiariamente por danos matérias causados a candidatos em concurso público
organizada por pessoas de direito privado, quando os exames são cancelados por indícios de fraude. (Não
cabe dano moral).
Não é possível trazer o Estado trazer o agente publico para fazer parte do processo.
José é servidor público ocupante do cargo efetivo de Técnico de Nível Superior da Secretaria de Segurança
Pública do Estado Alfa e, no exercício da função, praticou ato ilícito que, com nexo causal, causou danos
materiais a Davi, usuário do serviço público, inexistindo qualquer causa de exclusão da responsabilidade.
No caso em tela, eventual ação indenizatória deverá ser ajuizada por Davi em face
Alternativas
A
da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil subjetiva,
sendo necessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta do agente, que deverá responder em ação
regressiva, caso haja condenação da referida Secretaria e João tenha agido com culpa ou dolo.
B
da Secretaria de Segurança Pública do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo
desnecessário se comprovar o elemento subjetivo na conduta de João, que não está sujeito à ação
regressiva, pela teoria do risco administrativo.
C
de José, diretamente, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário se comprovar o
elemento subjetivo em sua conduta, e o Estado Alfa está sujeito à ação regressiva, pela teoria do risco
administrativo, caso João seja condenado.
D
do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário se comprovar o
elemento subjetivo na conduta de Jose, que não está sujeito à ação regressiva, pela teoria do risco
administrativo.
E
do Estado Alfa, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessário se comprovar o
elemento subjetivo na conduta de João, que deverá responder em ação regressiva, caso haja condenação
do referido Estado e o agente tenha agido com culpa ou dolo.
2
Cada um do próximo item apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva, a ser julgada de
acordo com o entendimento dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado.
O Estado foi condenado ao pagamento de indenização a particular, por ato culposo praticado por tabelião.
Nessa situação hipotética, o agente estatal competente tem a obrigação de ingressar com ação regressiva
em desfavor do tabelião causador do dano ao particular, sob pena de caracterização de improbidade
administrativa, já que o direito de regresso é indisponível e obrigatório.
Alternativas
Certo
Errado
Teoria do risco Administrativo
Ex: Considera-se que, durante uma operação policial, uma viatura da polícia colida com um carro de
propriedade particular estacionado em via pública. Nessa situação, a administração responderá pelos danos
causados ao veículo particular, ainda que se comprove que o motorista da viatura policial dirigia de forma
diligente e prudente.
São considerados casos fortuitos ou força maior eventos humanos ou da natureza dos quais não se
poderia prever ou evitar. Por exemplo: enchentes, terremotos, tsunamis, entre outros. Porém, vale
ressaltar que em casos de omissões culposas do Estado, pode-se haver responsabilização subjetiva da
administração.
Há também casos em que a culpa é exclusiva da vítima. Todavia, o ônus da prova é do Estado. Há que se
destacar que a culpa pode ser exclusiva da vítima, o que não há que se falar em responsabilidade do
Estado. Ou atenuação da responsabilidade, quando há concorrência de culpa.
E, por último, atos exclusivos de terceiros. Esse é o caso de eventos com multidões ou muitas
pessoas e não há controle da situação. Nesse caso, o Estado só poderá ser responsabilizado de forma
subjetiva (com comprovação de culpa ou dolo) em casos de omissões.
Por exemplo, se em um show de música houver violência durante o evento, não há que se responsabilizar o
Estado pelo caso. O Estado só poderia ser responsabilizado, se houvesse possibilidade do controle da
situação pelos policiais e os agentes se omitiram.
Assim, mesmo que se comprove culpa exclusiva de terceiro ou força maior, o Estado deverá ressarcir o
particular pelos danos sofridos.
Definidas em lei
Seguro DPVAT
Atentados terroristas, atos de guerra, contra aeronaves de matrícula brasileira (excluídas as
empresas de taxi aéreo.
3 – Fato de Terceiro
Relação de custódia
Ex: Um policial, de folga, efetuou disparos com uma arma de fogo pertencente à sua corporação,
objetivando a prisão de um elemento que acabava de furtar uma mulher. Entretanto, por erro, acabou
causando a morte de uma pessoa inocente, que passava naquele momento. Assim, a responsabilidade civil
do Estado é objetiva, em face do risco administrativo
A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, não
sendo sempre possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. Portanto, a
responsabilidade civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa
impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o
resultado danoso.
Pacificado pelo STF e STJ que o Estado será responsabilizado pelo crime em fugas que ocorreram em até
2 meses.
Questão
Após a prisão em flagrante de Moisés, os policiais Júnior e Mano tiveram que levar o preso até a delegacia.
No trajeto, um caminhão sem freio colidiu inexplicavelmente com a viatura policial, causando ferimentos
graves nos policiais e a morte de Moisés. Sob a perspectiva da responsabilidade civil do Estado, assinale a
alternativa correta.
Alternativas
A
O Estado deverá indenizar Júnior, Mano e a família de Moisés.
B
A família de Moisés receberá indenização no mesmo montante dos rendimentos percebidos pelos policiais
Júnior e Mano.
C
No caso, o direito de regresso, pelo Estado, pode ocorrer contra o caminhoneiro e os policiais.
D
Não é possível responsabilizar objetivamente o Estado pelo ocorrido.
E
A responsabilidade do Estado é objetiva e subsidiária, caso o caminhoneiro não indenize as vítimas.
Em regra, incabível indenização, mas excepcionalmente, cabível por: erro judiciário e condenado
preso além do tempo fixado.
Art. 5. LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença;
Erro Judiciário
Prisão além do tempo da sentença
Juiz agir com Dolo ou Fraude
Falta objetiva na prestação judiciária
Injustificada {Recusa, retardar sem justo motivo ou omissão em providência que deva ser
determinada}.
Obs: Essa responsabilidade não alcança outras esferas --> Apenas a esfera penal.
Responsabilidade direta
Responsabilidade indireta
Segundo a teoria do órgão, a atuação do agente público deve ser imputada ao órgão que ele representa.
Portanto, o terceiro que se sentir prejudicado diante da atitude de um agente, deve procurar o Estado para
reaver os seus direitos.
Porém, o Estado tem o direito de regresso contra o agente público. Mas, só pode ocorrer o direito de
regresso no caso de o agente público ter agido com culpa ou dolo. Ou seja, a responsabilidade do
agente público é sempre subjetiva.
Vamos exemplificar: no caso de um carro da polícia ter batido no carro de José. José deve solicitar a
responsabilização do Estado pelos danos ocorridos na batida. E em caso de o Estado conseguir provar que
houve culpa ou dolo do agente público que estava dirigindo a viatura, pode entrar com direito de regresso
contra o agente. Resumindo: a responsabilidade do Estado é objetiva. O agente público responde
subjetivamente.
Nesse caso exemplificado, uma ação gerou uma obrigação de indenização por parte do Estado. É possível
uma omissão gerar a mesma responsabilidade?
A responsabilidade por omissão do Estado existe, mas deve ser levada em consideração outra
Teoria. Quando o ato que determinou a responsabilização for uma ação do Estado, é usado a Teoria
do risco administrativo (teoria objetiva), por outro lado, no caso de omissão do Estado, a teoria
utilizada é a da culpa administrativa, ou seja, a teoria subjetiva.
Por isso, neste caso é necessário que o lesado comprove que deixou de agir quando deveria agir. Portanto,
para a responsabilização derivar de uma omissão, o Estado deve ter obrigação de agir e se omitiu.
Já no caso de apresentação de certos documentos para se proceder uma licença, em caso de não
pedir certo documento, será uma omissão em uma situação em que o agente público deveria agir.
Considera-se omissão específica e por isso deve-se utilizar a teoria objetiva. Ou seja, havendo
conduta (ou falta de conduta), dano e nexo causal, o Estado deverá indenizar terceiro prejudicado.
não vale para ação de improbidade administrativa, permanecendo, neste último caso, a natureza
imprescritível da ação quanto à pena de ressarcimento do erário (nesse sentido, STJ: Resp 1.069.779).
Conforme o artigo 37, § 5º, da CF, "a lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento". A esse respeito, sobrevieram dois julgamentos importantes. No Tema 897 de
repercussão geral, em 8/8/18, o Supremo fixou a "tese" de que "são imprescritíveis as ações de
ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade
Administrativa". Já o STJ assim decidiu o Tema 1.089, de recursos especiais repetitivos: "Na ação civil
pública por ato de improbidade administrativa é possível o prosseguimento da demanda para pleitear o
ressarcimento do dano ao erário, ainda que sejam declaradas prescritas as demais sanções previstas no
art. 12 da Lei 8.429/92" (DJe 13/10/2021).