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O que é responsabilidade civil?

Nesse sentido, a responsabilidade civil está determinada na legislação brasileira,


que estabelece que pessoas ou empresas que causarem danos previstos em lei a um
terceiro têm o dever de repará-lo. Dentre eles, estão danos decorrentes de atos
ilícitos, omissão, negligência, ofensa ou violação de direitos.

Responsabilidade civil contratual e extracontratual.


Na responsabilidade extracontratual o agente infringe a um dever legal, porque não
existe nenhum vínculo jurídico (relação jurídica) entre a vítima e o agente antes do
evento, enquanto na responsabilidade contratual o agente ofende a um
dever contratual - é inadimplente em relação a uma obrigação contratada.

Diferença entre responsabilidade objetiva e subjetiva


A diferença é que na responsabilidade civil subjetiva a vítima precisa provar a culpa
do agente, enquanto que na responsabilidade civil objetiva não há necessidade
comprobatória de culpa.Jan 29, 2021

1.  Conduta:
A responsabilidade Civil, independente de qual seja, deverá sempre haver uma
conduta, sendo esta um comportamento humano, comissivo ou omissivo, voluntário
ou imputável. Como se trata de um comportamento humano exclui-se os eventos da
natureza. A conduta é voluntária, pois pode ser controlada pelo agente, excluindo-se,
aí, os atos inconscientes ou sob coação absoluta. Imputável, pois pode ser atribuída
à prática do ato, tendo o agente discernimento e vontade e ser ele livre para
determinar-se.

2.  Dano: Representa uma circunstância elementar ou essencial da responsabilidade


civil, devendo haver lesão sofrida pelo no conjunto de valores do ofendido, seja
moral ou físico, aos bens ou direitos deste. Há de se aludir que não é qualquer dano
que enseja em responsabilidade de ressarcir, mas sim os danos injustos,  contra
ius,  afastando-se daí o dano autorizado por direito. Alguns requisitos devem estar
presentes para considerar o dano, sendo eles: Atualidade, Certeza, Subsistência.
Dano atual é aquele que já ocorrido. O certo é aquele fundado em fato real, e não
em hipóteses. A subsistência consiste em dizer que não será ressarcível o dano que
já tenha sido reparado. O Dano pode ser dividido em patrimonial e moral. O dano
patrimonial é aquele que afeta o patrimônio do ofendido, sofrendo este perdas ou
danos em seus bens, abrangendo inclusive os lucros cessantes, conforme expressa
o art. 402 do vigente Código Civil expressa que “... As perdas e danos devidas ao
credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou
de lucrar.” (art. 1059 do antigo código civil ). O dano moral trata da honra, da imagem,
uma lesão aos bens imóveis, denominados bens de personalidade. O dano pode ser
ainda reflexo, ou seja, uma pessoa sofrer um dano, por outra pessoa ter sofrido, ex.
Deixar de receber pensão alimentícia por invalidade da pessoa, esta decorrente de
ato ilícito praticado por outrem.
3.  Nexo de Causalidade:
Consiste entre a relação de causa e efeito referente à conduta praticado pelo agente
e o dano sofrido pela vítima. Pode haver causas supervenientes, chamadas
concausas. O art. 942 do Código Civil 02 exprime a solidariedade entre todos os que
concorram para o resultado danoso.
A culpa exclusiva da vítima, a culpa de terceiro, o caso fortuito ou a força maior, a
cláusula de não indenizar, as excludentes de ilicitude, o estado de necessidade e a
legitima defesa excluem o nexo causal.

4.  Culpa
Considerada esta em seu sentido lato sensu, abrangendo também o dolo, sendo
assim todos os comportamentos contrários ao direito, não importando a intenção do
agente, as sendo imputáveis ao causador do dano.
Francisco Amaral, reportando-se a Renè Savatier, traz como requisitos da culpa: a)
um dever violado; b) culpabilidade ou imputabilidade do agente, este se dividindo
em: a) possibilidade de conhecer o dever; b) possibilidade de observá-lo.

Negligência
Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou de apresentar uma conduta
que era esperada para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não
adotando as devidas precauções. Um pai de família que deixa uma arma carregada
em local inseguro ou de fácil acesso a crianças, por exemplo, pode causar a morte de
alguém por essa atitude negligente.

Imprudência
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa
não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na
imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada. Um motorista que
dirige em velocidade acima da permitida e não consegue parar no sinal vermelho,
invadindo a faixa de pedestres e atropelando alguém, por exemplo, age com
imprudência.

Imperícia
Para que seja configurada a imperícia, é necessário constatar a inaptidão, ignorância,
falta de qualificação técnica, teórica ou prática ou ausência de conhecimentos
elementares e básicos para a ação realizada. Um médico que realize uma cirurgia
plástica em alguém e cause deformidade pode ser acusado de imperícia.

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