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Elabore um resumo sobre Responsabilidade Civil. Da Culpa. Do Dano.

Do
Dano Material. Do Dano Moral. Causas Excludentes de Responsabilidade
Civil.

A responsabilidade civil diz respeito a assumir os encargos de uma ação ou


omissão que prejudicou outra pessoa. O principal efeito prático da
responsabilidade civil é permitir que se indenize a vítima dessa ação ou
omissão.

Na vida em sociedade toda atividade que prejudique outra pessoa acaba


acarretando em um determinado desequilíbrio, tal atividade prejudicial pode
acarretar prejuízos materiais e morais, portanto, a fim de retomar o equilíbrio
harmônico social o autor do dano deve reparar o mal causado. O dever moral
ou jurídico de reparar o dano causado, restaurando o equilíbrio social, nos
transmite o conceito de responsabilidade, ou seja, o dever de arcar, de se
responsabilizar por determinado comportamento ou ação. Sendo assim,
definimos Responsabilidade Civil como sendo a obrigatoriedade de reparar
dano material ou moral, causado a outro em decorrência da prática de um ato
ilícito.

Ação ou Omissão

A ação ou omissão do agente é o fato gerador da Responsabilidade Civil, caso


o indivíduo faça ou deixe de fazer algo que deveria ter feito e, com isto, deriva
um determinado dano. A ação ou omissão se trata de conduta humana, e por
consequência elemento subjetivo da responsabilidade civil, de tal forma, que
acaba se torna indissociável da culpa, portanto tornando-se um único
elemento.

Vale salientar que é de extrema relevância, o dano por omissão, pois para que
este se configure requer prova da qual aponte que diante de determinada
conduta o dano poderia ser evitado. Como por exemplo, um acidente de
trânsito onde o causador do dano omite socorro, ou quando o curatelado que
sofre dano devido a conduta omissa do curador.
Culpa Genérica - na descrição de culpa voluntária apontada no art. 186 do
Código Civil, esta configura-se como dolo. Podemos dizer que dolo, no que
concerne a responsabilidade civil, é a vontade e a realização de prejudicar
terceiro. O grau de culpa restará disposto nos artigos 944 e 945 do Código
Civil, momento pelo qual o dano se apresenta consumado.

A análise do grau de culpa tem como intuito a avaliação para a respectiva


indenização dada a responsabilidade civil do autor. Sendo assim, presente o
dolo, a indenização a ser paga pelo agente deve ser integral.

Culpa Stricto Sensu - Refere-se ao desrespeito a um dever existente e pode


ocorrer de três formas: imprudência; negligência; e imperícia. A imprudência
caracteriza-se pela falta de dever de cuidado em determinada conduta positiva
(ação); no caso da negligência é caracterizada pela falta de dever de cuidado
em relação a determinado procedimento de forma negativa (omissão) e por fim,
a imperícia ocorre pela falta de qualificação do agente na realização de
determinada conduta.

Dano - não podemos abordar responsabilidade civil sem dano ou prejuízo, para
a indenização do dano ou prejuízo, se faz necessário comprovação de culpa
(lato ou stricto sensu) e, costumeiramente, a comprovação do dano seja ele
patrimonial ou extrapatrimonial.

Vale salientar que, em certos casos, cabe a inversão do ônus da prova do dano
ou prejuízo, como por exemplo, relações de consumo. O Código Civil nos
remete a dois tipos possíveis de danos: materiais e morais, de modo que
estes podem ser pleiteados pela vítima.

Danos Materiais - os danos materiais se caracterizam por causar dano a


determinado bem jurídico dotado de valor econômico. São divididos em dois
subgrupos: danos emergentes (danos positivos) e os lucros cessantes
(danos negativos).
Danos emergentes são constituídos pelo prejuízo sofrido diretamente de
maneira imediata, redução do patrimônio, ou de maneira mediata, está
caracterizada por despesas indevidas, como exemplo, um acidente de trânsito
onde ocorra o dano no automóvel. O dano causado ao veículo é um dano
material emergente, visto que, imediatamente houve redução no patrimônio da
vítima. Já os lucros cessantes se dão pela perda da possibilidade de aumento
patrimonial, ou seja, valores que a vítima deixa de auferir em decorrência de
determinada conduta ilícita. O cálculo para ressarcimento de lucros cessantes,
em regra, se dá através da média mês de rendimentos da vítima, porém, em
certos casos, deve se atentar ao princípio da razoabilidade.

Danos Morais - referem-se aos danos não ligados a questões econômicas ou


patrimoniais, desta forma, tem característica de dano aos direitos da
personalidade (honra, liberdade, imagem, entre outros) da vítima. Não há no
dano moral uma finalidade de acréscimo patrimonial para a vítima, mas sim de
compensação pelos males suportados.

Excludentes de Responsabilidade Civil

As excludentes de responsabilidade rompem o nexo de causalidade.

Conforme o artigo 188, inciso I do Código Civil, a legítima defesa é excludente


de responsabilidade civil, como por exemplo, uma discussão no trânsito e o
agente ameaça agredir terceiro, este por sua vez, em vista da iminente e
injusta agressão, dispara com seu veículo colidindo com outros veículos em
sua frente. Neste caso, há excludente de responsabilidade civil devido a
comprovada legítima defesa, outra excludente de responsabilidade civil é o
Estado de necessidade ou remoção de perigo eminente, desde que, dentro dos
limites necessários para se afastar a ameaça.

Vale ressalva, diante de tal abordagem, quanto a lesão ao bem de terceiro, a


qual é subdividida em duas espécies: defensiva e ofensiva. A espécie
defensiva ocorre onde é realizado o sacrifício do bem do próprio causador. Já a
espécie agressiva ocorre o sacrifício do bem de terceiro, de acordo com o
artigo 929 do Código Civil, restando o dever de indenizar e, por sua vez, o
artigo 930 do referido código que aborda sobre ação regressiva devido a culpa
de terceiro, por parte do autor do dano.

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