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2. As características da sociedade
Desde cedo, os romanos são influenciados por gregos e etruscos. Era necessário o
afastamento destes povos, deu-se então uma crise política que levou a uma revolução nas
mentalidades.
O fundador de Roma, Rómulo, e os seus descendentes, respeitaram as assembleias e o
Senado, no entanto, após a morte de Anco Marzio (descendente de Rómulo), o poder real
foi usurpado por Tarquínio Prisco, que era um nobre etrusco tutor dos filhos de Anco
Marzio. Este, destrói as instituições políticas e passa a governar como um rei absoluto.
Segue-se-lhe Sérvio Túlio, que introduziu reformas no sentido de reinstitucionalizar o
poder político. No entanto, logo a seguir, Tarquínio, o Soberbo, reintroduziu o poder
absoluto, anulando os efeitos dessas reformas.
O caráter absoluto da governação de Tarquínio levou a uma conspiração pelos nobres
Bruto e Collatino, em 510 a.C. Com esta revolta, apoiada pela população romana, cai a
monarquia e inicia-se a transição para a república. Neste período, verifica-se instabilidade
social e política, que só termina com a admissão dos plebeus nas magistraturas supremas,
formalizada nas leges Licinae Sextiae, em 367 a.C.
Só se podia pertencer a uma gens.
Os primeiros romanos eram os patricii, que, em caso de guerra, integravam a cavalaria,
já a base do exército era a massa popular, a plebs. Os dois grupos viviam separados e os
plebeus em relação de dependência para com os patrícios.
A Lex Canuleia, de 450/445 a.C., aboliu a proibição de casamentos entre membros dos
dois grupos, o que permitiu a homogeneização da comunidade.
A luta dos plebeus pela paridade na ocupação de cargos e no acesso aos recursos chegou
a um impasse com os plebeus no monte Capitólio e os patrícios no monte Aventino.
Antes da república, os escravos e os estrangeiros estavam privados de direitos. A família
assentava na união sanguínea.
Para ter direitos em Roma era necessário ser livre, ser cidadão romano e ser chefe de uma
família autónoma.
4. Os órgãos do governo
O rex: era o titular do imperium militae (para defender militarmente Roma); do imperium
dormi (para administrar a cidade); e do poder de mediação divina (entre homens e deuses).
Este último, era considerado a base do seu poder político, o qual era vitalício.
Quando o rei morria, o seu poder sagrado ia para o Senado, que elegia um interrex pelo
prazo de cinco dias (se os deuses não se pronunciassem nesse prazo, o Senado elegia
outro interrex pelo mesmo prazo). Era o interrex que indicava o novo rei, que era
submetido a votação aos comitia curiata.
O Senatus: era o órgão que representava o patriciado. Como órgão consultivo do rei, só
este o podia convocar. Detinha o interregnum (forma de garantir a continuidade dos
auspicia – atos divinos interpretados pelo rex e pelos magistrados com auspicia); a
auctoritas (que permitia a validação das deliberações de outros órgãos); o ius belli et
pacis (direito de concluir os foedera – tratados internacionais); bem como o conselho e
auxílio ao rei.
Os comitia curiata: o comitium curiatum (curia significa etimologicamente reunião de
homens) era um órgão que reunia todo o populus de Roma. Os concilia reuniam apenas
a plebe romana.
Cada cúria fornecia ao exército romano uma centuria peditum (100 soldados de
infantaria) e uma decuria equitum (10 cavaleiros).
Os vínculos que ligavam os membros da mesma cúria eram de ordem familiar e de
linhagem.
Nos comitia curiata eram votadas as propostas de lei do rei que, uma vez aprovadas,
vigoravam como leges regiae. Era também nestas assembleias que se aprovava o nome
do futuro rei de Roma proposto pelo interrex, assim como era nos comitia curiata que
ocorria uma segunda votação para reconhecimento e investidura do novo rex nos poderes
de imperium.
Durante a monarquia, toda a estrutura político-orgânica de Roma existe para auxiliar o
rei na tarefa de governar com poderes concentrados e indivisos.
Só com a Lex Valeria de Provocatione, em 300 a.C., foi possível aos comitia curiata
intervir, a pedido do condenado, para permutar a pena de morte por pena de exílio.
Os comitia curiata eram também importantes na formulação de regras concretizadoras
dos mores maiorum no que respeitava às relações intersubjetivas e na disciplina
normativa dos negócios. Basta pensar no pater familias que, sem descendentes podia
nomear um herdeiro para o seu património.
A estrutura gentílica tradicional que garantia uma hegemonia dos patrícios romanos,
estava em crise, pois a pressão demográfica exercida por aqueles que chegavam a Roma
determinava a emergência de uma força social indiferenciada reunida na plebe, atenuando
o peso político do patriciado.
Os collegia sacerdotalia: eram uma importante instituição com forte poder de influência
sobre as decisões políticas.
Os colégios sacerdotais mais importantes foram: o dos pontífices e o dos áugures.
O colégio dos pontífices: eram designados «pontífices» por serem os sacerdotes
encarregados de guardar as pontes sobre o rio Tibre. Estas pontes eram vitais para os
romanos, pois nelas assentavam a comunicação e o comércio de uma cidade que dependia
do rio.
O colégio dos pontífices era uma instituição que protegia os interesses das famílias
patrícias no confronto com o rex, invocando que eram elas que detinham os poderes
político-religiosos que o rei devia respeitar. Logo, era um modo de, pela religião, limitar
os poderes políticos do rei na sua relação com os patrícios.
Os pontífices foram adquirindo um saber técnico crescente na criação de soluções para
resolver de forma pacífica os litígios que surgiam e eram vistos como depositários de uma
memória coletiva inscrita nos mores maiorum que eles sabiam manter vivos pela
adaptação permanente da tradição à realidade.
Neste período não havia uma distinção clara entre a religião e o direito, o ius sacrum e o
ius humanum.
A assembleia ou colégio integrava primeiramente três pontífices (um por cada tribo) e
depois cinco e era presidida pelo pontifex maximus. Os pontífices, isentos de pagar
impostos e de cumprir serviço militar, eram designados por agregação para um cargo
vitalício numa cerimónia presidida por um áugure.
O colégio dos áugures: Os romanos procuravam legitimar na vontade divina: a
organização social; as decisões sobre a guerra e a paz; e as soluções para os conflitos
intersubjetivos.
Uma das formas de encontrar a expressão da vontade dos deuses era recorrendo aos
auguria, isto é, procurando em todo o tipo de acontecimentos indícios dessa vontade;
outra era atender aos auspicia, isto é, a presságios transmitidos pelo voo das aves.
A legitimidade para interpretar o querer dos deuses através de auguria ou de auspicia
estava diferenciada em Roma: a primeira cabia aos augures, a segunda, ao rei.
O auspicium era um instrumento fundamental de exercício do poder do rei que
determinava a sua ação e o tempo de a executar. Eram os auspicia favoráveis ou
desfavoráveis que diziam ao rei como e quando agir para o êxito da ação.
Já o augurium implicava a possibilidade de uma decisão que se pretendia tomar ser
afastada, porque o que se previa era um efeito negativo se ela fosse de facto efetivada.
Logo, prevendo o futuro, o augurium permitia impedir que certas decisões nefastas
fossem tomadas e cumpridas.
O augurium era mais completo do que o auspicium, pois mais que procurar a vontade
divina e traduzi-la numa ação ou numa omissão, o que se pretendia era densificar as
condições para um melhor exercício da ação humana.
2. Os cidadãos
Podia se cidadão romano aquele que: nascesse em Roma de pais romanos ou de pai
romano e mãe estrangeira, desde que esta tivesse adquirido o direito de casar-se com um
cidadão romano; nascesse de mãe romana mesmo fora de um casamento válido; tivesse
autorização de um magistrado para tal; a que fosse concedida a cidadania pela
comunidade; e que fosse libertado da escravatura.
3. As assembleias
A principais assembleias da república foram: os comitia curiata; os comitia centuriata;
os comitia tributa; e os concilia plebis.
Os comitia curiata: os comitia são uma reunião de todo o povo em assembleia. As
assembleias mais antigas, as comitia curiata, elegiam o rei, para um cargo vitalício, e os
100 membros do Senado, os patres. Estas assembleias integravam uma maioria de
patrícios e alguns plebeus. Com a república entram em decadência.
Os comitia centuriata: foram as mais importantes assembleias populares da república.
As suas competências eram: eleger cônsules, pretores, ditadores e censores (magistrados
maiores); aprovar as leis propostas pelos magistrados; formalizar declarações de guerra e
tratados de paz; e dar veredictos sobre a vida ou morte dos acusados.
Os comitia tributa: a base da organização destas assembleias era territorial. As suas
competências eram: votação de leis sobre assuntos de menor relevância; eleição de
magistrados menores; e fixação de penas pecuniárias (multas).
Os concilia plebis: eram assembleias convocadas pelos magistrados plebeus que tinham
as seguintes competências: eleger os magistrados plebeus; votar os plebiscita (lei
decretada pelo povo romano); e exercer o iudicium para os crimes puníveis com multa.
4. Território e propriedade
A distribuição da terra era feita a título oneroso, ou como cedência pela prestação de
serviços.
5. As magistraturas
Em 300 a.C., o colégio dos pontífices e o colégio dos áugures são abertos à participação
plebeia, com forte resistência dos patrícios.
Para se ser candidato a uma magistratura era necessário: ser submetido à votação do
eleitorado ativo; não ser escravo liberto nem filho de um liberto; ser patrício ou plebeu;
não ter sido acusado de infâmia; e ter, pelo menos, 28 anos.
O pretor era considerado colega minor do cônsul e este era designado praetor maximus.
A edilidade estendeu a sua jurisdição de polícia a toda a cidade; passou a superintender
os mercados e o abastecimento de cereais. Os questores supervisionavam as receitas
fiscais arrecadadas e a distribuição dos fundos para as despesas.
O imperium é o poder mais forte, o do rei, que foi disperso por ditadores, cônsules e
pretores. A potestas corresponde a um poder mais limitado, exercido pelo magistrado. O
imperium militae fazia do cônsul um comandante militar. O pretor era um magistrado
maior que se encarregava de aplicar a justiça; de convocar os comícios para a eleição dos
magistrados menores; e de apresentar propostas de lei para aprovação aos comícios. Por
vezes, o Senado encarregava o pretor de comandar o exército fora da cidade.
Em 242 a.C., juntou-se ao pretor urbano (que resolvia os conflitos entre cidadãos
romanos) o pretor peregrino (que intervinha nos conflitos entre cidadãos romanos e
peregrinos).
Este sistema, embora aberto à classe plebeia, mantinha-se nas mãos de algumas famílias
patrícias.
6. O Senado
Instituição com cerca de 300 membros escolhidos pelo rex. Garantia estabilidade a Roma
e cabia-lhe conduzir a política externa e receber as embaixadas dos outros povos; aprovar
tratados e fazer declarações de guerra; aprovar as despesas para as operações militares;
organizar as províncias e o trabalho dos cônsules. Para isto, o Senado dispunha do
interregnum; da auctoritas patrum; e do senatusconsultum.
O interregnum: em períodos de «dificuldade constitucional» evitava o vazio do poder
(por morte ou ausência dos cônsules).
A auctoritas patrum: dava ao Senado um poder sobre as deliberações das assembleias
populares.
O senatusconsultum: era a consulta dada pelo Senado a um magistrado a pedido deste.
3.1. Os comícios
As assembleias tornaram-se em verdadeiros atos de adoração do princeps. Ao controlo
dos comícios pelo princeps juntou-se uma falta de representação do populus através dos
comícios, cujas competências foram transferidas para o Senado.
Só com Tibério é que a situação dos comícios melhorou ligeiramente.
Foram aprovadas pelos comícios as seguintes matérias: a libertação de escravos; e o
casamento.
No fim do governo de Augusto, a legislação popular havia desaparecido.
3.2. O Senado
Foi concebido para concentrar a totalidade dos poderes no princeps.
Augusto reduziu o número de senadores; o acesso ao Senado voltou a estar mais limitado;
a idade mínima para se ser senador foi fixada em 25 anos; o princeps passou a ter o poder
de convocar o Senado.
Expande os poderes do Senado retirando-os ao populus. Entre os novos poderes do
Senado estão: a administração de províncias senatoriais; a nomeação dos magistrados
encarregues do tesouro público; o poder de abolir leis em vigor, de legislar; passou a ter
o exercício da jurisdição penal; o exercício de parte da atividade administrativa da ordem
equestre.
Apesar disto, o Senado passou a ser apenas o lugar onde as decisões lesgislativas do
princeps eram anunciadas e publicadas. Exercia a cunhagem da “moeda eneia”, para os
pequenos negócios de todos os dias.
No que respeita ao poder legislativo, o Senado intervinha em: auctoritas patrum (permitia
ao Senado “ratificar” ou não a proposta do magistrado); qualquer magistrado podia
dirigir-se ao Senado para pedir parecer sobre uma decisão; a interferência nas decisões
do pretor; passou a ser a única assembleia que podia reunir
Os Atores Juciciários
1. O tribunal (iudicium)
Em Roma, a competência para julgar estava dispersa por quase todos os cargos públicos.
Os tribunais tinham amplos edifícios, as basílicas. Nelas existiam espaços para o público
assistir e lugares para as partes e os respetivos advogados.
4. O juiz (iudex)
É a pessoa que decide qual das partes tem ou não direito e emite a sentença. Era um
cidadão escolhido pelas partes ou através de um sorteio.
Os juízes tinham necessidade de ouvir as respostas dos jurisprudentes para
fundamentarem a suas sentenças.
O iudex tinha de ser um cidadão romano; homem, com, pelo menos, 30 anos; não devia
exercer funções onde detivesse imperium.
5. O pretor (praetor)
Interpretava, integrava e corrigia os efeitos do ius civile. A sua ação era fiscalizada pelos
cônsules. Era um magistrado eleito anualmente.
As decisões do pretor podiam ser expressas através do decretum e do edictum. Usava o
decreto quando tinha de solucionar, imperativamente, um caso concreto particular.
Recorria ao edito quando, antecipadamente, anunciava publicamente certas decisões.
Em 242 a.C., a pretura divide-se entre o pretor urbano, que tratava dos litígios entre
cidadãos romanos; e o pretor peregrino, que resolvia os litígios em que uma das partes
não era um cidadão romano.
O pretor dava soluções justas a casos concretos, interpretando normas legais e respostas
de jurisprudentes consoante o ius civile.
Binómios fundamentais
1. Ius/fas: o faz designa as normas religiosas; o ius trata das normas jurídicas.
2. Ius publicum/ius privatum: o direito público é criado e aplicado para servir a utilidade
pública; o direito privado é o que é útil para os interesses das pessoas singulares.
3. Ius civile/ius honorarium: o ius civile era o conjunto de regras resultantes da
interpretatio feita pelos sacerdotes das regras divinas e dos mores maiorum, vem do
populus; o ius honorarium é o direito criado pelos pretores urbanos, pretores peregrinos,
edis curuís, e governadores de província, é um direito criado por magistrados.
4. Ius naturale/ius gentium: o ius naturale era um direito comum a todos os animais,
incluindo os homens, no sentido de que não era um direito exclusivo dos homens, era um
direito que se aplicava a homens e animais e regulava aquilo que têm em comum; o ius
gentium é o direito comum a todos os povos.
6. Ius scriptum/ius non scriptum: o Direito escrito é todo o que pode ser consultado em
textos escritos; o Direito não escrito integra os costumes e as decisões dos magistrados.
8. Iustitia/aequitas: quando uma norma de direito positivo era considerada injusta a
iurisprudentia afastava-a, concretizando a iustitia; a aequitas permite a jurisprudentes e
pretores adaptar as regras do ius à realidade dos conflitos a solucionar em cada momento.
10. Auctoritas/imperium: o ius é uma força que necessita de auctoritas, para poder ser
válida e eficaz, o ius é criado pela auctoritas dos jurisprudentes e aplicado com o
imperium dos magistrados; o imperium é um poder de soberania absoluta, a que os
cidadãos não podem opor-se, porque é exercido em nome e para o bem da comunidade.
O imperium detido pelo rei – chefe político – é depois, na república, distribuído pelos
magistrados. Enquanto a potestas (poder de representar o populus romanus) é comum a
todos os magistrados, o imperium só foi conferido a cônsules, pretores e ditadores.
11. Iurisdictio/lex: a iurisdictio passou a ser o poder supremo de declarar a existência de
um direito que podia ser exercido perante um juiz, ou negar a sua existência; era exercido
pelo pretor, pelo edil curul e pelo questor. A lex era toda a norma jurídica escrita que
podia ser lida.
Tribuno da plebe: foi o primeiro cargo romano a estar aberto aos plebeus e, por toda
história da república, o mais importante rival ao poder do Senado e dos magistrados. Estes
tribunos detinham o poder de convocar e presidir o concilium plebis; de convocar uma
reunião do Senado; de propor novas leis; de intervir em nome dos plebeus em assuntos
legais e de vetar as ações dos cônsules e de outros magistrados para proteger os interesses
da plebe.
Código de Teodósio: foi uma compilação das leis do Império Romano desde 312. Esta
compilação foi publicada por Teodósio II.
Ius Praetorium: O pretor é o intérprete da lex, defensor, do ius e da justiça, interpretando
o ius civile, integrando as suas lacunas e corrigindo as suas aplicações injustas.
2ª fase: o pretor criava direito de uma forma indirecta: numa situação social que merecia
protecção jurídica e não tinha do ius civile, o pretor colocava-a sob a alçada do ius civile,
e se fosse necessário, pelos mesmo motivos, retirava certa norma do ius civile. O pretor
não derrogava o ius civile, apenas conforme era justo ou injusto conseguia que o ius civile
se aplicasse ou não.
-3ª fase: 130 a.C. (?), Lex Aebutia de formulis. O pretor passa a criar direito de uma
forma directa, embora por via processual. Nos casos não previstos no ius civile, o pretor
concede uma actio própria (actio praetoria). Ter actio, em Dto Romano é ter ius, por isso
o pretor tendo actio cria ius.
Missiones in possessionem: é uma ordem dada pelo pretor, baseada no seu imperium,
autorizando alguém a apoderar-se, durante certo tempo, de bens de outrem, com poderes
de administração e fruição.
Interdicta: ordem sumária dada pelo pretor, baseada no seu imperium, para resolver de
momento uma situação que tem a protegê-la pelo menos uma aparência jurídica, ficando
porém, essa ordem condicionada a uma possível observação ulterior.
O pretor presidia à fase in iure. Este apenas concedia ou não a actio, conforme o
que estava previsto no ius civile. Quanto muito podia interpretar as hipóteses de
concessão e de não concessão.
A lex Aebutia de formulis remonta ao ano de 130 a.C. (?). Depois desta, o processo
passou a ser escrito. As leges actiones desapareceram. O pretor passou a integrar e a
corrigir directamente o ius civile por via processual.
Para neutralizar uma actio civilis, cuja aplicação redoudaria numa injustiça, para além de
uma restutio in integrum, tem:
• denegatio actiones: se o pretor nega a concessão da actio civilis, pois
verifica que essa concessão em determinado caso concreto, seria uma
injustiça.
• Exceptio: é uma cláusula concedida directamente a favor do
demandado, que inutiliza a pretensão do demandante.
Actiones praetoriae – o pretor, depois da lex Aebutia de formulis cria actiones próprias.
Actiones praetoriae contrapõem-se a actiones civiles.
DATAS IMPORTANTES:
MONARQUIA – 753 a.C. a 509 a.C.
LEX OVINIA - 312 a.C.
REPÚBLICA - 509 a.C. a 27 a.C.
MAGISTRATURA DOS PRETORES (LEGES LICINIAE SEXTIAE) – 367 a.C.
LEX PUBLILIA PHILONIS – 339 a.C.
LEX VALERIA HORACIA – 449 a.C.
LEX HORTENSIA – 287 a.C.
PRINCIPADO – 27 a.C. - 285
DOMINADO – 284 a 395
TEMPO DE JUSTINIANO – 527 a 565
LEI DAS XII TÁBUAS – 450 a.C.
LEX AEBUTIA DE FORMULIS – 130 a.C.
LEX CORNELIA DE EDICTIS PRAETORUM – 67 a.C.