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Roma ou SPQR (Senatus Populusque Romanus)

“Roma, città fortunata, invincibile e eterna”

Tito Lívio (59 a.C. – 17 d.C.)

História de Fundação

 Mito:
o Ab Urbe condita libri (27 – 25 a.C.) (literalmente, "desde a fundação da Cidade"),
do historiador Tito Lívio
o Eneida, do poeta Virgílio,
 Eneias, príncipe troiano filho de Vênus, fugindo de sua cidade, destruída
pelos gregos, chegou ao Lácio (Itália Central) e se casou com uma filha de
um rei latino.
 Seus descendentes, Rômulo e Remo, filhos de Reia Sílvia, rainha da cidade
de Alba Longa, com o deus Marte, foram jogados por Amúlio (tio de Reia
Sílvia), rei da cidade, no rio Tibre.
 Foram salvos por uma loba que os amamentou, tendo sido, em seguida,
encontrados por camponeses
 Real:
o Os primeiros habitantes de Roma, os latinos e sabinos, integram o grupo de
populações indo-europeias originárias da Europa Central que vieram para a
Península Itálica em ondas sucessivas em meados do milênio II a.C

 Roma foi fundada em 753 a.C. sobre uma das Sete Colinas
o Capitólio, Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio, Aventino e Palatin que rodeavam a
comunidade primitiva. Outras colinas de Roma são a Pinciana e Janículo.

Monarquia (753-509 a.C.)

 Registram a sucessão de sete reis, começando com Rômulo (fundador da cidade) em 753
a.C., como representado nas obras de Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (História de Roma)
o Rômulo, Numa Pompilius, Tullus Hostilius, Ancus Marcius, Tarquínio O Velho,
Servius Tulius e Tarquínio, O Soberbo
 A região do Lácio (Itália Central) foi habitada por vários povos. Além dos latinos, os
etruscos tiveram um papel importante na história da monarquia de Roma, já que vários
dos reis tinham origem etrusca.
 Durante esse período, o monarca (rei) acumulava os poderes executivo, judicial e religioso,
e era auxiliado pelo senado, ou conselho de anciãos, que detinha o poder legislativo e de
veto, decidindo aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.
o O último rei de Roma teria sido Tarquínio, o Soberbo (534–509 a.C.) que, em razão
de seu desejo de reduzir a importância do senado na vida política romana, acabou
sendo expulso da cidade e também assassinado
o De acordo com a tradição e escritores posteriores como Tito Lívio, a República
Romana foi fundada por volta de 509 a.C., quando o último dos sete reis de Roma,
Tarquínio, o Soberbo, foi deposto por Lúcio Júnio Bruto e um sistema baseado em
magistrados eleitos anualmente e em várias assembleias representativas foi
estabelecido.

República Romana (509-27 a.C.)

 Administração Romana e Estrutura Política


o Uma constituição estabeleceu uma série de pesos e contrapesos e a separação de
poderes.
o Magistraturas: responsáveis por funções executivas e judiciária, formadas em geral
pelos patrícios.
 Os magistrados mais importantes eram os dois cônsules
o Os cônsules tiveram que trabalhar com o senado, que inicialmente era um
conselho consultivo da nobreza, ou patrícios, mas cresceu em tamanho e poder.
 Cônsul foi título republicano (509 a.C.), eram constituídos por dois
patrícios para se poderem controlar mutuamente.
 Juntos exerciam autoridade executiva, como o Imperium, ou o
comando militar.
 Validade de um ano
 Permaneciam no cargo por um ano, para não dar lugar a excessivo apego
ao poder (Primeiros cônsules – Lucio Junio Bruto e Lucio Tarquino
Colatino).
o Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos
magistrados e seus membros eram vitalícios.
 Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da
política interna e externa.
o Assembleia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das
leis e era responsável pela eleição dos cônsules.
o Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e
era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo)
 Tribunícia potestas (ou Poder Tribunício ou Tributos da Plebe) era uma
dignidade importantíssima, criada para defender os direitos dos plebeus.
 Cargo temporário na República converteu-se em vitalício no tempo dos
imperadores, e como se renovava todos os anos, difundiu-se o costume de
datar o reinado conforme os anos.
o Ditador
 Esta expressão que nada tem a ver com os ditadores das épocas atuais, era
antes de Júlio César, um magistrado excepcional que assumia o poder
como resultado de uma decisão do Senado e em circunstâncias de grave
dificuldade para o Estado, sobretudo de tipo militar.
 Nesses momentos impor-se-ia a exigência de um único e sólido guia para
não cair no caos, e por isso o ditador-comandante recebia poderes
extraordinários por um período de seis meses, eventualmente renováveis

 Invasão Gaulesa de Roma (390 – 387 a.C.)


o No século IV a.C., Roma havia sido atacada pelos gauleses, que agora estendiam
seu poder na península Itálica além do vale do Pó e através da Etrúria.
o Em 16 de julho de 390 a.C., um exército gaulês sob a liderança de um chefe tribal
chamado Breno, da tribo dos Boiis ou Senones, encontrou os romanos às margens
do rio Ália, a apenas 16 quilômetros ao norte de Roma.
o Breno derrotou os romanos e os gauleses marcharam diretamente para a cidade
de Roma. A maioria dos romanos tinha fugido, mas alguns se trancaram no
Capitólio para uma última resistência.
o Os gauleses saquearam e incendiaram a cidade, depois cercaram o monte
Capitolino.
o O cerco durou sete meses, os gauleses concordaram em dar paz aos romanos em
troca de 1.000 libras de ouro.
 Segundo uma lenda posterior, os romanos que supervisionavam a
pesagem notaram que os gauleses estavam fraudando a pesagem. Os
romanos pegaram em armas e derrotaram os gauleses; seu general
vitorioso, Marco Fúrio Camilo, comentou: "Com ferro, não com ouro,
Roma compra sua liberdade".
o A partir deste episódio que Roma iniciou seu pensamento expansionista e
conquistador

 Guerras Púnicas (264 a.C. – 146 a.C.)


o O adjetivo "Púnico" deriva do nome dado aos cartagineses pelos romanos (Punici)
de Poenici, ou seja, fenícia.
o No século III a.C., Roma enfrentou um novo e formidável adversário: Cartago, uma
rica e próspera cidade fenícia que pretendia dominar a região do mar
Mediterrâneo.
 As duas cidades eram aliadas nos tempos de Pirro (Rei de Epiro e da
Macedônia), que era uma ameaça para ambas, mas com a hegemonia de
Roma na Itália continental e a talassocracia cartaginesa, essas cidades se
tornaram as duas maiores potências no Mediterrâneo Ocidental e sua
disputa pela região levou ao conflito.
o Três guerras sobre a hegemonia do Mar Mediterrâneo
 Roma sai vitoriosa

 O Primeiro Triunvirato
o Depois de derrotar os impérios Macedônio e Selêucida no século II a.C., os
romanos se tornaram o povo dominante do mar Mediterrâneo.
 A conquista dos reinos helenísticos aproximou as culturas romana e grega
e a elite romana, antes rural, tornou-se luxuosa e cosmopolita.
o Naquela época, Roma era um império consolidado - na visão militar - e não tinha
grandes inimigos.
o O domínio estrangeiro levou a conflitos internos.
o Os senadores ficam ricos às custas das províncias;
o Os soldados, na maioria agricultores de pequena escala, estavam fora de casa por
mais tempo e não podiam manter suas terras;
o E o aumento da dependência de escravos estrangeiros e o crescimento dos
latifúndios reduziram a disponibilidade de trabalho remunerado
o No decorrer de uma turbulência política conhecida como a “Conspiração
Catilinária”, aparece Caio Júlio César, de uma família aristocrática de riqueza
limitada.
 Sua tia Júlia era a esposa de Caio Mário (político e conhecido como o
“Terceiro Fundador de Roma) e César identificou-se com os populares.
 Para alcançar o poder, César reconciliou os dois homens mais poderosos
de Roma: Marco Licínio Crasso, que financiara grande parte de sua carreira
anterior, e o rival de Crasso, Gneu Pompeu Magno (ou Pompeu), com
quem sua filha se casou.
 Ele os formou em uma nova aliança informal, que incluía ele mesmo e era
chamada de Primeiro Triunvirato ("três homens").
 Isso satisfez os interesses de todos os três: Crasso, o homem mais rico de
Roma, tornou-se ainda mais rico e finalmente alcançou o alto comando
militar; Pompeu passou a exercer mais influência no senado; e César
obteve o consulado e o comando militar na Gália. Enquanto pudessem
concordar, os três eram os governantes de facto de Roma.
o Em 54 a.C., a filha de César, esposa de Pompeu, morreu no parto, desvendando
um elo da aliança.
 Em 53 a.C., Crasso invadiu o Império Arsácida e foi morto na Batalha de
Carras.
 O famoso “erro crasso”
o O triunvirato desintegrou-se com a morte de Crasso, que atuava como mediador
entre César e Pompeu. Sem ele, os dois generais passaram a atacar um ao outro
pelo poder. César conquistou a Gália, obtendo imensa riqueza, respeito em Roma
e a lealdade de legiões endurecidas pela batalha. Ele também se tornou uma clara
ameaça para Pompeu.
o Confiante de que César poderia ser impedido por meios legais, o partido de
Pompeu tentou tirar de César suas legiões, um prelúdio para o julgamento, o
empobrecimento e o exílio de César.
o Para evitar esse destino, César atravessou o rio Rubicão (algo proibido para os
generais romanos porque desta foram poderiam invadir Roma a qualquer
momento) e invadiu Roma em 49 a.C.. Pompeu e seu grupo fugiram da Itália,
perseguidos por César.
o A Batalha de Farsalos foi uma brilhante vitória para César e nesta e em outras
campanhas ele destruiu todos os líderes dos opositores. Pompeu foi assassinado
no Egito em 48 a.C.. César era agora dominante sobre Roma, o que atraiu a
amarga inimizade de muitos aristocratas.
o Ele recebeu muitos cargos e honras. Em apenas cinco anos, ele obteve quatro
consulados, duas ditaduras comuns e duas ditaduras especiais: uma por dez anos e
outra pela perpetuidade.
o Ele foi assassinado em 15 de março de 44 a.C., conhecido como “Os Idos de
Março”.
 O Segundo Triunvirato
o O assassinato de César causou tumulto político e social em Roma; sem a liderança
do ditador, a cidade era governada por seu amigo e colega, Marco Antônio.
o Logo depois, Otaviano, a quem César adotou por sua vontade, chegou a Roma.
Otaviano tentou se alinhar com a facção cesariana.
o Em 43 a.C., junto com Marco Antônio e Marco Emílio Lépido, o melhor amigo de
César, ele estabeleceu legalmente o Segundo Triunvirato.
o Esta aliança duraria cinco anos. Após sua formação, 130 a 300 senadores foram
executados e suas propriedade foram confiscadas, devido ao suposto apoio aos
assassinos de César.
o Em 42 a.C., o senado deificou Júlio César como "Divino Júlio"; Otaviano tornou-se
assim Divino Filho, o filho do deificado.
o No mesmo ano, Otaviano e Antônio derrotaram os assassinos de César.

Império Romano (27 a.C.-476 d.C.)

 Em 27 a.C. e com a idade de 36 anos, Otaviano era o único líder romano.


 Naquele ano, ele tomou o nome de Augusto.
o Esse evento é geralmente considerado pelos historiadores como o início do
Império Romano - embora Roma fosse um estado "imperial" desde 146 a.C.,
quando Cartago foi arrasada por Cipião Emiliano e a Grécia foi conquistada por
Lúcio Múmio.
o Oficialmente, o governo era republicano, mas Augusto assumiu poderes absolutos.
o Sua reforma do governo provocou um período de dois séculos coloquialmente
referido pelos romanos como Pax Romana.
 Pax Romana = Paz gerada pelo autoritarismo e militarismo romano sobre
suas fronteiras.
 Foi um dos pilares da civilização romana e da sua difusão e
implantação no mundo antigo, responsável pela ordem,
tranquilidade, cumprimento da lei e, acima de tudo, da obediência
e culto ao imperador.
 Na fase imperial podemos citar imperadores como Augusto, Tibério, Marco Aurélio,
Calígula, Heliogábalo, Nero, Trajano, Adriano, Antonino e outros 26 imperadores
o Muitos morreram assassinados por sua própria guarda (Guarda Pretoriana), de
doenças e poucos de velhice

 Crise do Império Romano


o Extensão de terra imensa
 Isto gerava corrupção e dificultava a administração de uma área muito
extensa
o Fim das guerras
 Com o fim das guerras, o número de escravos também decaiu e a
economia romana necessitava disto para se manter.
o Conflito entre as classes sociais
 Patrícios (Elite aristocrática) x Plebeus (Classe baixa)
o Cristianismo
 Religião que se tornou oficial do Império em 380 a.C., pelo imperador
Teodósio I
 Este evento foi denominado de Édito de Tessalônica
 O Cristianismo que criticava os alicerces romanos, como militarismo,
imperialismo e escravidão
o Invasão das hordas bárbaras
 Com poucas tropas e o uso contínuo de mercenários (carência de recursos
em mantê-los) os “bárbaros” aproveitaram o enfraquecimento das
fronteiras romanas.
 Crise política e econômica contínua
o Diocleciano tentou salvar o Império Romano a partir da sua divisão em quatro
regiões, que seriam comandadas por quatro imperadores. Era o regime de
tetrarquia.
 Estipuladas quatro capitais, cada uma recebia um imperador e uma coroa
próprios, responsáveis por administrar as terras, oferecer segurança, e
defender a região.
 No entanto a tetrarquia também não foi suficiente para solucionar os
problemas do Império. Além das constantes disputas entre os próprios
imperadores, o sistema custava caro, pois previa a instalação de quatro
centros de administração pública com seus funcionários e sua guarda, não
resolvendo também a questão financeira.
 Isso levou a uma nova crise que, somada às invasões bárbaras, ocasionou
na divisão do Império Romano.
o No início do século IV as invasões bárbaras eram constantes e ameaçavam a
integridade do Império Romano. Foi Teodósio, em 395, que propôs a divisão do
Império Romano em duas partes: o Ocidental e o Oriental.
o O primeiro tinha sede em Ravena, que depois foi realocada para Milão, enquanto
o segundo tinha sede no Bizâncio.
o No século V os povos bárbaros, provenientes do norte da Europa, tomaram
diversas partes do território romano.
 Os visigodos tomaram a Península Ibérica,
 Os vândalos o norte da África,
 Os francos na Gália,
 Os Anglo-saxões na Bretanha.
o Os saques a Roma foram constantes e culminaram na deposição do último
imperador romano do Ocidente, Rômulo Augusto, no ano de 476 d.C., marcando o
fim do Império Romano.
o O Império Romano do Oriente – também conhecido como Bizantino – teve uma
longa vida e sobreviveu até o ano de 1453.

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