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Assim, de acordo com o que foi contado, os irmãos foram salvos e recolhidos pela loba Luperca que
os amamentou, mas que depois passaram a ser criados por um camponês. Quando cresceram, porém, os
irmãos voltaram para destronar Amúlio, seu tio-avô, que havia mandado deixá-los à própria sorte. Com
isso, no ano 753 a.C. fundaram Roma. Remo não viu o surgimento da cidade como um todo, por ter
sido assassinado pelo irmão pouco depois do estabelecimento da urbe (cidade). Com isso, Rômulo
transformou-se no primeiro rei de Roma.
A realidade, porém, é que Roma surgiu a partir de um agrupamento de pastores que viviam às
margens do Rio Tibre e formou-se da fusão de sete pequenas aldeias latinas (povo de origem indo-
europeia que habitou principalmente a zona centro-sul da península Itálica no primeiro milênio a.C) e
sabinas (tribos da região central da península Itálica).
Tribunos da Plebe (494 a.C.) - garantiram a validade jurídica que poderia vetar qualquer
lei que ferisse o interesse dos Plebeus;
Leis das Doze Tábuas (450 a.C.) - controlada pelos Patrícios, a tradição oral nas leis
romanas prejudicava enormemente os Plebeus. Com isso, os Plebeus conseguiram a
formulação de uma lei escrita, fato inédito dentro de Roma;
Lei Canuleia (445 a.C.) - que exigiu a permissão do casamento entre Plebeus e Patrícios,
praticamente igualando as duas classes;
Lei Licínia Sextia (367 a.C.) - a extensão de grandes terras patrícias criava uma desleal
concorrência com os Plebeus, pequenos proprietários de terra. Não resistindo à concorrência
econômica dos Patrícios, muitos plebeus endividavam-se, sendo, então, transformados em
escravos. Nesse contexto, esta lei acabou com a escravidão por dívida e ainda garantiu a
participação dos plebeus nas demais magistraturas e cargos públicos romanos.
Na última revolta plebeia, ocorrida em 287 a.C., os Plebeus garantiram mais uma validade jurídica
das leis formuladas pelos Tribunos da Plebe, de forma que estas tivessem validade para toda extensão
dos domínios romanos. Essa revolta encerrou um processo de reformulação política de longa duração.
Apesar de equilibrar politicamente os grupos sociais romanos, a distinção cultural entre um patrício e
um plebeu não se transformou radicalmente.
A Expansão Romana
A primeira etapa das conquistas romanas foi marcada pelo domínio de toda a Península Ibérica
a partir do século IV a.C. A segunda etapa foi o início das guerras de Roma contra Cartago, chamadas
Guerras Púnicas (264 a.C. a 146 a.C.). Em 146 a.C. Cartago foi totalmente destruída. Em pouco mais de
cem anos, toda a bacia do Mediterrâneo já era de Roma.
O início da crise da República Romana
No século I a.C. a República Romana passava por um momento muito delicado e muitos
acreditavam que o fim do modelo de governo da civilização romana estava por acontecer. Havia
instabilidades política e social intensas em Roma, além de uma série de acontecimentos conturbados
que evidenciaram essa crise. Apesar disso, Roma estava no auge do seu poder, uma vez que as campanhas
de conquista da República Romana tinham levado as fronteiras dessa civilização para terras distantes. As
terras romanas se estendiam da Península Ibérica (Portucalis e Hispânia, atuais Portugal e Espanha) até o
Oriente Médio. O sucesso militar também foi um dos responsáveis pela instabilidade que Roma viveu
no último século a.C. Isso se deu porque os generais romanos tornaram-se figuras muito influentes e
passaram a querer ter, além de poder militar, também o poder político. A ditadura de Lúcio Cornélio
Sula (82 a 79 a.C.) é um exemplo das intenções de alguns militares romanos de tomarem o poder. Muitos
soldados perderam suas terras e não foram devidamente recompensados por seus esforços em batalha.
Havia problemas de desigualdade social com a imensa parcela de Plebeus ficando cada vez mais oprimida
pela minoria de Patrícios, os donos de terras e riquezas.
O Segundo Triunvirato foi uma aliança política que se formou em 43 a.C. e uniu Marco Antônio,
Otávio Augusto e Lépido como governantes e visava garantir estabilidade para a República Romana.
Terminou com uma guerra civil em 31 a.C. Otávio venceu e passou a governar Roma.
Os Gladiadores
Homens livres condenados à morte que saíam desarmados para a arena (noxi ad gladium ludi
damnati - condenado ao jogo da espada);
Homens livres condenados a trabalhos forçados (ad gladium – para a espada). Uma vez que o
combate terminava, eles eram libertados;
Escravos atribuídos diretamente a este tipo de espetáculos;
Escravos alugados pelos proprietários para atuar na munera (eram obras públicas ou
entretenimentos fornecidos em benefício do povo romano por indivíduos de alto status e riqueza);
Homens livres que se submetiam voluntariamente.
Classes de gladiadores
Mapa dos territórios dominados pelo Império Romano por volta de 70 d.C.
O Império Romano é considerado a maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos,
tendo seu início no ano 27 a.C. e terminando em 476 d.C. Estendia-se do Rio Reno para o Egito, chegava
à Grã-Bretanha e à Ásia Menor. Dessa forma criou uma conexão entre a Europa, a Ásia e a África. No
sistema político de império, o poder político estava concentrado na figura do imperador. O Império
Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI.
O Senado servia para apoiar o poder político do Imperador. O Império Romano sucedeu
à República Romana. Com o novo sistema, Roma, que era uma cidade-estado, passou a ser governada
pelo imperador. Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., pelo
menos, 6 milhões de quilômetros quadrados e 6 milhões de habitantes estavam sob o domínio do império
romano. Somente a sede do poder, Roma, nessa fase, tinha uma população de, aproximadamente, 1
milhão de habitantes. Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o seu exército que
era profissional e atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio
no mar Mediterrâneo.
Essencialmente comercial;
Escravizava os povos conquistados;
O controle das províncias era feito por Roma (capital do Império);
Religião politeísta;
O governante tinha cargo vitalício;
A extensão territorial era obtida por conquistas ou golpes militares.
Este afirmava que o Imperador teria ficado cantando e tocando sua lira enquanto a cidade queimava.
Enquanto não se tem certeza da autoria do atentado, o fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos
cristãos que foram acusados por ele próprio de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram
capturados, crucificados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras. Posteriormente, os
historiadores cristãos só fizeram aumentar a lenda de imperador cruel e implacável com os cristãos. Além
destes, outros episódios colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55
d.C., Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio e em 59 d.C., ordenou o assassinato de sua própria mãe
Agripina. Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68 d.C., colocando fim à dinastia Júlio-
Claudiana.
Tito (Titus Flavius Caesar Vespasianus Augustus) 79 d.C. a 81 d.C. – ficou conhecido por ter
destruído o templo do Rei Salomão em 70 d.C., ainda como comandante militar sob o governo de seu
pai, o Imperador Vespasiano.
Trajano (Marcus Ulpius Traianus) 98 d.C. a 117 d.C. – era considerado um grande conquistador. Foi
em seu governo que o Império Romano atingiu a maior extensão.
Adriano (Publius Aelius Hadrianus) 117 d.C. a 138 d.C. – ordenou a construção de uma muralha com
seu nome, a Muralha de Adriano, ao norte da Grã-Bretanha. O objetivo era conter os bárbaros.
Diocleciano (Diocles) 284 d.C a 305 d.C. – Além de ter sido o responsável pela Grande
Perseguição, que foi a última e talvez a mais sangrenta perseguição aos cristãos do Império Romano,
Diocleciano também sugeriu a tetrarquia, divisão do império em quatro partes, porém não dando certo
devido à manutenção de toda a máquina administrativa multiplicada por quatro.
Constantino I, o Grande (Constantinus Augustus) 306 d.C a 337 d.C. – Foi proclamado Augusto
(título ou nome na Roma Antiga) por suas tropas em 25 de julho de 306 d.C. na localidade de Eburaco
(que hoje é a cidade de York), na Britânia (hoje é a Inglaterra). Além da Britânia, Constantino tomou o
controle da Gália (França), Hispânia (Espanha) e Germânia (Alemanha). Também proibiu a perseguição
aos cristãos e uniu novamente o império, escolhendo Bizâncio como capital em 330 d.C. Constantino, na
época, comprometeu-se com o desenvolvimento cultural, artístico e social da cidade. O imperador
deslocou pinturas e esculturas de diferentes regiões do mundo para a cidade. Arquivos e documentos da
Antiguidade Clássica (Grécia) foram preservados e incorporados às bibliotecas, passando a fazer parte
dos seus acervos. Após sua morte, Bizâncio foi rebatizada como Constantinopla em sua homenagem.
Teodósio I, o Grande (Flavius Theodosius Augustus) - Em 395 d.C. Teodósio dividiu o Império
Romano em porções oriental e ocidental, sendo o último imperador a governar todo o mundo romano.
Após a sua morte, as duas partes do Império Romano foram governadas por seus filhos Honório, no
Império Romano do Ocidente, e Arcádio no Império Romano do Oriente.
Rômulo Augusto (Flavius Romulus Augustus) 475 d.C. a 476 d.C. – foi o último imperador de Roma
(Império do Ocidente).
Constantino XI (Constantinus Dragases) 1449 d.C. a 1453 d.C. – foi o último imperador do Império
Romano do Oriente. Morreu defendendo Constantinopla contra o ataque dos turcos.
Arte Romana
Herdeiros da arte grega, os romanos
espalharam suas esculturas, pinturas e mosaicos
por todos os territórios que conquistavam.
Igualmente, construíam teatros onde podiam ser
representadas peças que serviam para instruir e
divertir a população. Também faziam termas,
praças e mercados a fim de dar mais comodidades
aos habitantes. Em algumas cidades eram
levantadas arenas para jogos de gladiadores,
recriações de batalhas, e lutas entre homens e
animais selvagens.
Arquitetura Romana
Anfiteatro romano na cidade de Nîmes, França.
A partir de 235 d.C. o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo principal
objetivo era combater as invasões. Do ponto de vista político, o século III caracterizou-se pela volta da
anarquia militar. Num período de apenas meio século, de 235 d.C. a 284 d.C., Roma teve 26 imperadores,
onde, 24 foram assassinados. Com a morte do imperador Teodósio, em 395 d.C., o Império Romano foi
dividido entre seus filhos Honório e Arcádio. Honório ficou com o Império Romano do Ocidente e
Arcádio com o Império Romano do Oriente, onde a capital já se chamava Constantinopla. Em 476 d.C. o
Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o Imperador Rômulo Augusto foi deposto. Este ano é
considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade para a Idade Média. Da poderosa
Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria até 1453.
Curiosidades
Devido à expansão territorial, durante o império, os romanos passaram a representar 25% da população
mundial.
Os canhotos eram vistos como pessoas de má-sorte e não confiáveis. Esta crença permaneceu até pouco
tempo quando as crianças eram obrigadas a escrever com a mão direita.
Os romanos prezavam muito pela higiene. As classes abastadas tinham água encanada em casa e os
pobres possuíam fontes perto de suas residências. Igualmente, iam regularmente aos banhos públicos.
A urina era aproveitada para diversos fins por conta do ácido e outros componentes: usavam para clarear
os dentes, lavar a roupa e fazer moedas.
Alguns exemplos:
Todos os caminhos levam à Roma;
Em Roma, faça como os romanos;
Quem tem boca vai à Roma (...vaia Roma);
Roma não se fez num dia;
Dai a César o que é de César.
O poder de Roma era materializado na legião romana, corpo militar que superou tudo o que até
então se conhecia em termos militares na antiguidade. Não é sem razão que da palavra legio (legião),
força bélica, extraiu-se a palavra legge (lei). A lei, para os juristas romanos, respaldava-se em última
instância na força. Os romanos aproveitaram o máximo das capacidades das suas legiões, como a
disciplina, a resistência, a tecnologia superior, e principalmente a faculdade de atuar como um corpo
único, que transformava cada legião num mini-exército altamente eficiente para realizar as suas grandes
conquistas. Durante os vinte e cinco anos que durava seu serviço militar, os legionários viviam em áreas
de fronteira, sujeitos a uma disciplina severa.
O grego Artemidoro de Daldis, também conhecido como Artemidoro de Éfeso, que viveu na
segunda metade do século II d.C., explicou em seus escritos a mudança drástica da sua vida quando se
tornou um legionário romano: “Um homem que se alista no exército muda de vida completamente para
ser alguém que toma suas próprias decisões e embarca numa nova vida, deixando para trás a anterior”.
No final do Império a exigência de altura caiu para 1,65m. Uma certa simplicidade e ignorância
também eram necessários a este militar, com vista as fileiras não terem homens que questionassem as
ordens recebidas. Mas, para ocupar cargos administrativos, isso não excluía alguns recrutas que tivessem
educação em letras e números. Era muito valioso para as Legiões aqueles que trouxessem da vida civil
profissões e habilidades úteis para a vida nos acampamentos, como ferreiros, carpinteiros e caçadores.
Alguns fizeram uso de cartas de recomendação escritas por pessoas influentes, em que as suas
competências foram exaltadas.
Um suborno no momento certo poderia fornecer benefícios como uma folga desejada, expandir
outra folga já concedida, ou ainda, fazer com que o soldado recebesse tarefas mais confortáveis. Em uma
carta de um soldado chamado Claudio Terenciano Mauro, este atestava que no exército “nada era
conseguido sem dinheiro”.
Tarefas e manobras
Ficaram cuidadosamente registradas para a posteridade as
atividades diárias da Terceira Legião. Este grupo militar ficava
baseado na região da Cirenaica (costa oriental da moderna Líbia) e as
informações que chegaram até nossos dias consistia nas atividades
dos soldados durante os primeiros dez dias de um mês de outubro, no
final do primeiro século d.C.. Tal como nos atuais quartéis pelo
mundo afora, era dada muita importância aos turnos de guarda, aos
componentes da vigilância do aquartelamento, da disposição dos
homens na área, etc. Treinamento dos legionários
Havia legionários que eram
responsáveis pela manutenção dos calçados,
armas, latrinas e banheiros. Outros
realizavam escoltas de oficiais em tarefas
fora do acampamento ou executando
patrulhas nas estradas. Além de tarefas
individuais os soldados treinavam muito,
tanto de maneira individual, como em grupos.
Realizavam pesadas marchas de desempenho
e formação de grupos de ataque e defesa. Os
vários exercícios e manobras eram realizados
com tal rigor que no primeiro século d.C., o
historiador judeu Flávio Josefo comentou
admirado que os exercícios pouco fossem
diferentes da própria situação de guerra, onde
cada soldado se exercitava todos os dias com
a maior intensidade possível. Reconstrução histórica do cotidiano romano
Estes locais tornaram-se ao longo do tempo as vici (aldeias) e deram origem a cidades. Alguns
acampamentos possuíam um anfiteatro, como em Caerleon (ao norte da cidade de Newport, Gales do Sul,
Grã-Bretanha), em que, além de lutas de gladiadores ou a caça de animais selvagens, eram realizadas
paradas militares e exibições de lutas pelos próprios legionários.
O exército romano não negligenciava a vida religiosa de seus soldados, o que servia como um
aglutinador entre as pessoas de diversas origens e favorecia o equilíbrio pessoal. Cerimônias religiosas em
honra aos deuses e divindades oficiais, como Júpiter, eram incentivadas. Os feriados religiosos eram
também uma válvula de escape para a rotina diária e permitia alguma flexibilização dos costumes.
Oficiais, ao lado dos simples
soldados, podiam adorar os deuses em
particular harmonia. A fim de alcançar a
adesão e lealdade dos legionários à
Roma e ao imperador que estivesse no
poder, eram comuns as festas pela
ocasião do aniversário do imperador ou
a celebração da fundação de Roma.
Como um incentivo em sua vida militar
o legionário romano tinha um salário
regular, que sob o Imperador Augusto,
ascendeu a 225 pence por ano. Este
montante aumentou, gradualmente, à
medida que o avanço do Império
Romano foi acontecendo.
Reprodução de grupamento militar romano
Legionários em marcha
Bibliografia
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O Exército Romano. Adrian Goldsworthy. Akal, Madri, 2010.
A legião. Livro X da Quinta Licinio Cato. Simon Scarrow. Editorial Edhasa, Barcelona, 2012.
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http://janaruzena.blogspot.com.br/
http://www.romansociety.org
http://www.bbc.co.uk