Você está na página 1de 8

Campus Confresa

COMBO
HISTÓRICO VII
O esplendor de Roma

Orientação:

O Combo Histórico VII tem como temática o esplendor de Roma.

Como os demais combos ele é composto por: texto-base, podcast, mapa mental, bônus e uma
atividade avaliativa. Ouça o podcast e leia todo o material. Caso queira se aprofundar ou
compreender ainda mais você poderá consultar o livro didático “Conexões com a História”
disponível em: https://es.calameo.com/read/00289932744fe8557bf49?authid=ux5kjxNV6Tny

O capítulo 6 é que trata sobre essa temática (páginas: 112-123)

Vale lembrar que a internet tem bastante conteúdo sobre essa temática, basta um clique.
Combo Histórico VII - Texto
Componente Curricular: História
Docente: Enock Edson Teixeira do P. Filho
Temática: O esplendor de Roma
Turma: 1º ano

O ESPLENDOR DE ROMA

Roma: da Monarquia ao Império

A cidade de Roma situava-se na Península Itálica e foi formada pelos etruscos,


gregos e italiotas. Os etruscos dominaram (7 reis) a cidade até 509 a.C., quando os romanos
expulsaram o rei Tarquínio. Em seu apogeu, a cidade de Roma expandiu o território e se
tornou o maior Império da Antiguidade, conquistando terras no Oriente (Macedônia, Síria,
Grécia e Egito) e Ocidente (Península Ibérica e Gália). Assim como a Grécia, a base da
economia romana era o escravismo.
A história de Roma é dividida em três etapas: Monarquia (1000 – 509 a.C.),
República (509 – 27 a.C.) e Império (27 a.C. – 476). Na primeira fase foi governada por reis
de origem etrusca, e a sociedade era dividida em quatro grupos:
 Patrícios: eram as pessoas descendentes dos primeiros habitantes e que
detinham a posse da terra;
 Clientes: grupo composto por comerciantes e intelectuais que exerciam a
administração pública;
 Plebeus: grupo formado por estrangeiros, pequenos proprietários, artesãos e
comerciantes que não tinha direitos políticos;
 Escravos: prisioneiros de guerra ou plebeus que não conseguiam pagar suas
dívidas.
Os patrícios dominavam a política através do Senado e influenciavam as escolhas do
rei durante a Monarquia. Os plebeus, por serem privados da posse da terra e viverem a
constante ameaça de se tornarem escravos, viviam em constante tensão com os patrícios.
O fim da Monarquia ocorreu por conta das revoltas dos plebeus em prol de melhores
condições de vida. Incomodados com as concessões dadas pelo rei Tarquínio aos plebeus, os
patrícios expulsaram o rei e implantaram a República como forma de governo. Roma passou a
ser governada por dois Cônsules escolhidos entre os senadores.
Impedidos de participar da vida
política da República, os plebeus
continuaram a promover revoltas
e greves em prol da reforma
agrária (distribuição de terras) e
participação política. Os
patrícios realizaram reformas no
período republicano para tentar
acomodar os plebeus. As
principais conquistas dos Os irmãos Graco, Tibério e Caio, dois famosos
plebeus foram: tribunos da plebe do século II a.C. Fonte: Wikipédia

 Tribunos da Plebe (496 a.C.): adquiriram o direito de eleger os tribunos da


plebe para representar as reivindicações dos plebeus no Senado;
 Lei das 12 Tábuas (450 a.C.): as leis passaram a ser escritas em tábuas de
pedra, o que dificultou a manipulação das leis a favor dos patrícios;
 Lei Canuleia (445 a.C.): permissão para casamentos entre patrícios e plebeus;
 Lei Licínia Sextia (326 a.C.): fim da escravidão por dívidas.
Além dos conflitos internos entre patrícios e plebeus, a expansão territorial de Roma
provocou o fim da República e início do Império (século II a.C.). Roma passou por um
período conflito entre os cônsules, o que resultou na criação dos triunviratos (governo de três
cônsules). Com a eleição do segundo triunvirato (44 a.C.), composto por Marco Antônio,
Lépido e Otávio, houve uma disputa de poder entre os cônsules. Otávio saiu vitorioso e
assumiu o poder, ganhando o título de Augusto (significa o majestoso), iniciando a fase
Imperial.

A expansão territorial de Roma: o era do esplendor

À medida que Roma iniciou a sua expansão territorial, ocorreu um processo de


centralização política. A necessidade de controle e coordenação das terras anexadas exigiu a
concentração do poder nas mãos do Imperador romano. Aos poucos, devido à popularidade
dos generais que comandavam a invasão dos territórios estrangeiros, o Senado foi perdendo o
poder que tinha durante a República. Os principais imperadores romanos foram Augusto (27
a.C.–14 d.C.), Tibério (14-37), Calígula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurélio (161-180) e
Comodus (180-192).
Durante o governo de Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) foram adotadas algumas medidas
que propiciaram a tranquilidade e estabilidade política do Império, iniciando um período que
ficou conhecido como Pax Romana (“Paz Romana”). Otávio Augusto cessou a expansão
territorial, promoveu a aliança entre aristocratas (patrícios) e cavaleiros (plebeus
enriquecidos). Além disso, acomodou os plebeus por meio da política do “pão e circo”. A
política do “pão e circo” consistia na distribuição de trigo e na realização de espetáculos
públicos para a população. Um dos espetáculos mais populares era a luta nas arenas de
gladiadores, que atraía uma multidão de espectadores.
Em dois séculos, Roma expandiu os seus domínios imperiais para regiões da Europa,
Ásia e África. As regiões anexadas pelo poderoso exército romano tornavam-se províncias e
eram obrigadas a pagar impostos. Além das terras e riquezas conquistadas, os romanos
adquiriam escravos, que era a mão de obra principal do Império. Para manutenção da unidade
do Império foram construídas diversas estradas e caminhos que interligavam as regiões a
Roma.

Mapa do Império Romano em 117 d.C. Fonte: Wikipédia/ Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribuno_da_plebe#/media/Ficheiro:Eugene_Guillaume_-
_the_Gracchi.jpg
Existem opiniões divergentes sobre o que ocasionou o fim do Império Romano. A
versão mais difundida entre os estudiosos é que a diminuição das conquistas territoriais, a
partir do século II d.C., provocou a redução do número de escravos, riquezas e das terras
férteis. Como os romanos dependiam dos escravos para produção de alimentos, construção de
obras públicas e manutenção de toda a estrutura imperial, iniciou-se uma crise econômica.
Como consequência, reduziu drasticamente a arrecadação de impostos e a produção agrícola.
Além da crise escravista, Roma enfrentava a guerra contra os povos invasores que viviam nas
suas fronteiras, que eram chamados pelos romanos de “bárbaros”.
Diante do cenário de fome e medo provocado pelas invasões bárbaras, a população
abandonou as cidades e migrou para as áreas rurais em busca de abrigo e segurança nas terras
dos grandes proprietários rurais (os senhores feudais). Esse processo de ruralização favoreceu
a tomada do território e o fim do Império Romano do Ocidente. Antes da derrocada, em 395
d.C., o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: o Império Romano do Oriente,
com a capital Constantinopla, e do Ocidente, tendo Roma como capital. A parte oriental
continuou intacta e deu origem ao Império Bizantino durante a Idade Média.
É válido destacar que os romanos eram politeístas antes do surgimento do
cristianismo. Inicialmente aconteceu a perseguição aos cristãos por ordens oficiais. Somente
em 391 d.C., por meio do Edito de Tessalônica de Constantino, o cristianismo passou a ser a
religião oficial.
Recapitulando:

- Características gerais:
 Localização: Península Itálica;
 Origem: etruscos, gregos e italiotas;
 Política: disputa entre patrícios e plebeus;
 Formas de governo: Monarquia, República e Império;
 Religião: politeístas/ monoteísta a partir do ano 395 (cristãos);
 Economia: sociedade escravista;
 Sociedade: Patrícios, clientes, plebeus e escravos.

Fases:

MONARQUIA: REPÚBLICA: IMPÉRIO:

 Rei – acúmulo de funções executivas,  2 cônsules governavam Roma;  Centralização política;


religiosas e jurídicas;  Educação: voltada para guerra;  Politica do “pão e circo”;
 Deposição do último rei;  A plebe conquistou direitos.   Expansão territorial: África, Europa e
 Os patrícios comandavam o Senado; Ásia;

 Revoltas dos plebeus.
 Final do Império: crise do escravismo,
 invasões bárbaras e ruralização.
Bônus
- Roma Antiga:

https://www.youtube.com/watch?v=QNK9uTncolU

https://www.youtube.com/watch?v=LuW4wS1aAJo
Campus Confresa

Combo Histórico VII – Atividade


Temática: o esplendor de Roma
Turma: 1º Ano
Componente Curricular: História
Docente: Enock Edson Teixeira do Prado Filho

Roma geralmente é lembrada pelo seu esplendor e a dimensão de suas conquistas


territoriais, chegando a constituir um dos maiores e duradouros impérios da História da
humanidade. Contudo, a História romana foi marcada pelas constantes lutas internas
entre os patrícios e plebeus. O conflito entre esses grupos ocasionou mudanças
importantes, como a implantação da República, e contribuiu para o fim do Império
Romano. O trecho a seguir, do tribuno da plebe Tibério Graco, revela o motivo
principal de todas as revoltas da plebe: luta por terra e moradia. Confira:

“Os animais selvagens, espalhados na Itália, têm cada um a sua


toca, o seu covil, a sua furna; e aqueles que combatem e
morrem pela Itália têm apenas o ar e a luz, e mais nada; sem
teto e sem casas, andam errantes com as suas mulheres e
filhos”. (Tibério Graco)

Analise o fragmento acima, faça uma associação com o material disponibilizado no


Combo VII e escreva um pequeno texto abordando as temáticas abaixo:

 Os direitos conquistados pelos plebeus;


 A política do “pão e circo”.

Você também pode gostar