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HISTÓRIA

1º SÉRIE
SEMANA Nº 13

Olá, estudante!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de História sobre o Império Romano. Para ajudar em seus estudos,
você está recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos duas aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 23 ROMA: IMPÉRIO


AULA: 24 ROMA: DECLÍNIO DO IMPÉRIO ROMANO

Roma: Império
Vamos continuar nossa aventura pelos caminhos de Roma? Afinal, como já dissemos antes, “todos os
caminhos levam a Roma”.
Nosso objetivo agora são três: 1 - compreender as características do Império Romano; 2 - identificar as
manobras políticas que levaram Otávio Augusto ao poder; 3 - especificar o que foi a Pax Romana. Vamos lá?
1 – As características do Império Romano:
Ao falar sobre o Império Romano estamos nos referindo a um sistema político centralizado na figura de um
imperador. O Império Romano teve se início com o imperador Caio Otávio (posteriormente chamado de Otávio
Augusto) e terminou com o governo de Constantino XI. Na organização do Império, o senado servia para apoiar
o poder político do imperador. Além disso, podemos falar de outras características, como: era um Império
essencialmente comercial; costumava escravizar os povos conquistados (os escravos de guerras); a terras
conquistadas se tornavam províncias de Roma, fato que levava a cobrança de impostos sobre elas; a religião era
de caráter politeísta (cultuavam vários deuses); ao assumir o governo, este era investido de um cargo vitalício,
isto é, ficaria na administração até a sua morte; por meio de conquistas militares e golpes, Roma expandia seu
domínio ao conquistar novos territórios.
2 - Manobras políticas que levaram Otávio Augusto ao poder:
Para compreender como Otávio Augusto se tornou o primeiro imperador de Roma, precisamos acrescentar
algumas informações à nossa conversa.
Após a morte de Júlio César, 44 a.C, as agitações populares se intensificaram. Tais agitações trouxeram a
Roma períodos alternados de instabilidade. Com isso, o senado perdeu forças, dando espaço para a formação
do Otávio Augusto, Marco Antônio e Lépido. Entretanto, Otávio Augusto, através de uma manobra política,
destituiu Lépido do seu posto na África e acusou Marco Antônio de traição, pois este se aliou e casou-se com
Cleópatra, rainha do Egito. Assim, Otávio Augusto assumiu o controle absoluto de Roma.
Mas outras manobras surgem nesse momento, fazendo com que o imperador Otávio Augusto assumisse mais
títulos e poderes, como: Príncipe (líder do Senado), Augusto (venerado), Imperador (comandante supremo dos
exércitos), passando a se chamar “Otávio Augusto” (porque seu nome original era Caio Augusto). Com isso,
portanto, Otávio Augusto assumiu o governo do mundo romano entre 27 a. C e 14 d.C.
3 – O que foi a Pax Romana?
No poder, Otávio Augusto se mostrou como um voraz defensor da paz e manteve as instituições republicanas,
dando uma impressão de legitimidade ao regime. Empreendeu algumas reformas, tais como: organizou o
império, definiu seus limites, melhorou a defesa das fronteiras, além de distribuir terras aos soldados. Também
concedeu a aposentadoria aos veteranos e distribuiu trigo à plebe; assumiu a administração de províncias como
o Egito (grande produtor de trigo); modernizou Roma e financiou uma série de obras públicas e outras exaltando
sua pessoa. Entre as melhorias feitas em Roma estão: Roma passou a ser administrada por um prefeito; a cidade
recebeu um corpo de bombeiros devido aos incêndios quase diários; enfeitou a cidade com obras valorizando
sua pessoa como o mausoléu para a família imperial; mandou construir o Fórum de Augusto e o Altar da Paz.
Pão e circo “panem et circenses”
Durante o Império Romano, muitos imperadores utilizavam de um recurso conhecido como a Política do pão
e circo. Eles entretinham a população com jogos e espetáculos como lutas de gladiadores, além de distribuir
trigo ao povo para que os plebeus se mantivessem ocupados, evitando rebeliões ou revoltas. Evitava-se assim o
descontentamento contra o governo. Isso mantinha o povo fiel à ordem estabelecida.
Roma: declínio do Império Romano
A aula 24 tem como principais objetivos abordar questões, como as dificuldades enfrentadas pelo Império
Romano, as soluções encontradas para vencer a crise, a intensificação das invasões bárbaras e processo de
ruralização pelo qual Roma passava.
O mundo romano em crise
Entre os séculos I a.C. e II d.C., Roma prosperou e vivenciou um período de relativa estabilidade política. A
arte e a cultura em geral também floresceram. Porém, a partir do século III uma grave crise ocorreu, fatores
internos e externos levaram o Império à degradação.
Gastos excessivos e frequentes com a administração do grandioso Império. O gasto com a manutenção das
estradas, das fronteiras e com os salários dos soldados era muito alto. Para arrecadar mais, o Império,
aumentava a cobrança de impostos gerando insatisfação popular.
Medidas impopulares tomadas pelos imperadores contribuíram para o aumento da crise. Houve a
desvalorização da moeda. De que forma? Naquele momento, diminuía-se a quantidade de metais como ouro e
prata na confecção das moedas, obtendo assim economia.
Para a população o aumento dos impostos e a desvalorização da moeda representavam inflação e alimentos
mais caros. A plebe, descontente, passou constantemente a se revoltar. Um cenário cada vez mais agudo de
insatisfação popular.
Mas não é só isso. Precisamos levar em contar os fatores externos. A partir do século III d.C., fatores externos
trazem mais problemas ao Império. O Império sofria pressões do Oriente, como dos adversários partas
(descendentes dos persas) e do Ocidente, dos povos germanos. Os germanos, por não terem os mesmos
costumes ou por não falar a mesma língua eram chamados de bárbaros pelos romanos.
Junto a tudo isso, somou-se ainda o agravamento da condição econômica do povo e o aumento da insegurança.
A população não conseguia encontrar trabalho, manter o aluguel e comprar comida. As cidades e províncias do
Império sofriam cada vez mais invasões dos germanos.
Portanto, viver nas cidades começou a ficar cada vez mais difícil. As pessoas passaram a procurar no campo
uma oportunidade melhor, com mais segurança e maior oferta de trabalho. Ocorreu um processo de
ruralização. A vida urbana entrou em declínio e junto com ela o comércio. A violência das cidades que
constantemente eram atacadas e saqueadas pelos bárbaros, incentivou a saída das áreas urbanas para as áreas
rurais. Houve um esvaziamento das cidades causadas também pela fome e pelas doenças. De cerca de 1 milhão
de habitantes a cidade de Roma passou a ter pouco mais de 300 mil pessoas vivendo ali.
As terras cultiváveis estavam nas mãos dos grandes proprietários. A população pobre que se dirigiu ao campo
precisou se adaptar e foi necessário trabalhar para esses donos de terras em sistema de colonato. Nesse sistema
o colono cultivava uma parte das terras do proprietário e entregava a ele parte dessa colheita.
Tentativa de Solução para a crise
Com a permanente crise, um enorme território e as pressões das fronteiras ficava difícil manter a unidade
territorial do Império. Haviam ainda muita instabilidade política, divergências e assassinatos no círculo dos
imperadores. Muitos generais do exército, contando com o apoio dos soldados e militares, disputavam o cargo
de Imperador através de lutas armadas (anarquia militar).
Para conter a crise econômica, política e militar, o Imperador Diocleciano criou, em 285 d.C, a tetrarquia –
governo de quatro imperadores. Nesse sistema cada Imperador governava uma grande região do Império.
Assim, o Império passou a ter quatro capitais e Roma deixou de ser a sede do Império. O Senado também perdeu
seu lugar de destaque.
Na tetrarquia o Império passou a ser governado por Diocleciano, Valério, Maximiliano e Constantino. Com
isso, houve melhora na governabilidade do Império. Porém, essa melhora não durou muito, pois Diocleciano
abdica do poder. Em 305 d.C., houve novamente conflitos violentos entre os generais por disputa de poder.
A Volta de um Único Imperador
O Império voltou a ter um único Imperador, Constantino (313-317 d.C.). Ele combateu invasores e pensando
numa medida de segurança mudou a capital do Império para Bizâncio. A cidade foi reconstruída e renomeada,
passando a se chamar Constantinopla em homenagem ao Imperador.
Mas as mudanças não para por aí. Mais um tentativa de melhorar a administração do Império foi feita pelo
Imperador Teodósio em 395 d.C. Ele dividiu o território romano em duas partes: 1ª: Império romano do
Ocidente: com capital em Ravena e, posteriormente, em Milão; 2ª: Império romano do Oriente: com capital em
Constantinopla.
Apesar de todas as tentativas anteriores o Império continuou sofrendo cada vez mais com a invasão dos
germanos, seja por meios pacíficos ou violentos, levando-o à decadência e ao fim em 476 d.C., com a invasão
dos hérulos que veremos na próxima aula. Até lá!
Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:

LISTA DE EXERCÍCIOS AULAS – 23 e 24 – Semana 13

1. Podemos considerar características do Império Romano, exceto:


A) Era essencialmente comercial.
B) A religião era politeísta.
C) Novos territórios eram conquistados através de guerras ou golpes.
D) Não havia trabalhadores escravizados.

2. Considera-se que o início do Império Romano se deu a partir do governo de:


A) Tibério.
B) Claudio.
C) Caio Otávio.
D) Marco Antônio.

3. O que a desvalorização da moeda representava para a população durante o Império


Romano?
A) Representava mais alimentos com preços mais baixos;
B) Representava maior poder aquisitivo para a população;
C) Representava a diminuição do poder aquisitivo, aumento da inflação e,
consequentemente, o custo de vida ficou mais elevado;
D) Representava maior economia, já que os gêneros alimentícios e a moradia tiveram seus
custos diminuídos.

4. Qual Imperador decidiu dividir o Império Romano em duas partes?


A) Ticiano em 289 d.C;
B) Teodósio em 395 d.C;
C) Justiniano em 298 d.C;
D) Odoacro em 492 d.C.

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