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ROMA ANTIGA - 6º ANO

Roma Antiga foi uma civilização que surgiu na Península Itálica no ano de 753 a.C.
(séc VIII). Sua fundação resulta da mistura de 3 povos:
● latinos,
● etruscos,
● gregos.
A Roma Antiga conheceu 3 formas de governo:
Monarquia,
República,
Império.

Monarquia Romana (753-509 a.C.)


Com a fundação de Roma, a cidade passou a ser governadas por reis,
estabelecendo-se, portanto, como uma monarquia. Nesse período, a cidade foi
governada por latinos, sabinos e etruscos, possuindo, ao todo, sete reis. Foi nesse
período que a sociedade romana se estruturou em torno de quatro grandes grupos
sociais:
● Patrícios: detinham as riquezas, as terras e o poder político.
● Clientes: trabalhavam diretamente para os patrícios, conquistando proteção social e
certo poderio econômico.
● Plebeus: mais numerosos e não possuíam terras, nenhuma riqueza e não tinham
poder político, sendo intensamente explorados pelos patrícios.
● Escravos: em geral, estrangeiros.

República Romana (509-27 a.C.)


O Senado Romano era a instituição política mais poderosa em Roma durante o
período republicano.
Roma passou por transformações em seu sistema político e a ser governada
por dois cônsules eleitos anualmente. O Senado, por sua vez, era a instituição política
mais poderosa e controlava o sistema político romano. No âmbito social, as lutas entre
plebeus e patrícios aumentaram, e os plebeus conquistaram muitos direitos
importantes como a ampliação da cidadania.
As revoltas plebeias aconteciam por meio das secessões da plebe
principalmente, com os plebeus abandonando Roma voluntariamente. Por meio desses
protestos, os plebeus conquistaram melhores condições de vida com base em algumas
leis, como as Leis Licínias e a Lei Canuleia. Uma mudança significativa para os
plebeus foi a conquista do direito de participarem da política romana.

Expansão territorial: Guerras Púnicas


O período republicano foi de grande expansão territorial romana. A cidade de
Roma conquistou toda a Península Itálica, além de ter dado início à expansão para
outros locais, como a Europa Ocidental, a Península Balcânica, a Ásia Menor, o norte
da África, a Península Ibérica etc.
Uma das grandes conquistas de Roma nesse período se deu com as Guerras
Púnicas. Esses conflitos se estenderam de 264 a.C. a 146 a.C., sendo travados entre
Roma e Cartago. Ocorreram três guerras, e o que estava em disputa era o controle da
Sicília e do comércio marítimo no Mediterrâneo.

Crise da República
A República Romana enfrentou uma grave crise a partir do século II a.C. Essa
crise ficou marcada por agitação social, conflitos entre classes, revoltas de
escravizados, agitação política, disputa pelo poder, guerras civis, entre outros graves
problemas. Nesse momento, os irmãos Tibério e Graco propuseram uma mudança
com relação a posse de terras, defendendo que, para minimizar a miséria dos
plebeus, seria necessário incluí-los na categoria de pessoas que tinham direito à
posse de terra, uma espécie de reforma agrária.

No último século da República Romana, foram estabelecidos os triunviratos,


governos de três homens, com o objetivo de trazer maior estabilidade à política
romana. O Primeiro Triunvirato foi formado por Júlio César, Pompeu e Crasso.
● Júlio César partiu para a Gália para combater uma rebelião de gauleses comandados
pelo guerreiro chamado Vercingerotix.
● Carro partiu para o Oriente para combater os partas (atual região dom Irã).
● Pompeu permaneceu em Roma, aproximando-se do Senado.
Ao voltar para Roma vitorioso na conquista da Gália, Júlio César recebeu do
Senado o título de ditador perpétuo de Roma, e tomou decisões em favor da plebe.
Entre a plebe Júlio César era visto como um deus.
Alegando que Júlio César aumentaria seus poderes através de um golpe, um grupo de
Senadores assassinou Júlio César.
Uma guerra civil se instaurou e só se amenizou quando herdeiros políticos de
Júlio César assumiram o segundo Triunvirato.
O Segundo Triunvirato foi formado por:
● Marco Antônio,
● Otávio,
● Lépido .
E também levou Roma a uma nova guerra civil. Ao final desse conflito,
Otávio foi nomeado imperador romano em 27 a.C., encerrando a república e dando
início à fase imperial.

Império Romano (27 a.C.-476 d.C.)


Na fase imperial, o poder era concentrado nas mãos do imperador, e, ao longo desse
período, foram formadas quatro dinastias de imperadores:
● Júlio-Claudiana (27 a.C.-68 d.C.);
● Flaviana (69-96);
● Nerva-Antonina (96-192);
● Severa (193-235).

São imperadores famosos do período:


● Tibério (14-37);
● Trajano (98-117);
● Marco Aurélio (161-180).

Nesse primeiro momento da fase imperial, destacou-se também a Pax


Romana, um período que se estendeu do reinado de Otávio Augusto até o final do
reinado de Marco Aurélio, portanto, entre 27 a.C. e 180 d.C. Esse é entendido como
um período de relativa paz e prosperidade na história romana, permitindo que Roma
ampliasse o seu controle sobre suas províncias.
Otávio adotou várias medidas para agradar a plebe e manter o seu apoio,
passou a distribuir trigo, fazer doações em dinheiro e patrocinar espetáculos de teatro
e música e principalmente espetáculos de corridas e nas arenas de gladiadores, os
chamados coliseus. Essa política ficou conhecida como política do pão e circo.

Crise do Império Romano


A partir do século III, o Império Romano deu início a um período de crise, o
sistema escravista entrou em colapso. Esse sistema era alimentado pelas guerras de
expansão, em declínio desde o século I d.C.
Com um menor número de escravizados, a economia romana passou a
produzir menos e o custo de vida disparou rapidamente. Além da crise econômica,
houve a crise política, com uma disputa intensa pelo poder que resultou em
conspirações e assassinatos de imperadores com grande frequência.
Além disso, houve as invasões germânicas, que se tornaram comuns a partir do
século III e que colocaram em xeque a estabilidade do território romano. Os
germânicos eram formados por diferentes povos e passaram a invadir as terras
romanas por diversos fatores, entre eles, a procura por melhores condições para
sobreviver.
Toda essa crise fez o império ser dividido em duas porções: a ocidental e a
oriental, sediadas em Roma e Constantinopla respectivamente.
Apesar da crise, alguns imperadores tentaram resolver os problemas de forma
eficiente, um deles foi Constantino I. Segundo ele Roma estava desprotegida e então
mudou a capital para Bizâncio, ela recebeu o nome de Constantinopla, em
homenagem a Constantino.
No século IV, o impoerador Teodósio estabeleceu de forma definitiva a
divisão do império em duas partes:
● Império Romano ocidental com capital em Roma;
● Império romano Oriental com Capital em Constantinopla.
Cada parte tinha seu próprio imperador.
Uma das medidas anotadas por Constantino para fazer com que o império
saísse da crise foi se aproximar da religião mais popular entre entre os romanos: o
cristianismo.
Mas até então, os cristãos eram perseguidos e precisam até se esconder em
regiões subterrâneas de Roma para realizar os cultos, esses locais eram as catacumbas.
Com a intervenção de Constantino, ele proclamou o Édito de Milão, permitindo que
os cristãos fizessem seus cultos livremente em todo o império
A situação não melhorou, e, em 476, Roma foi invadida pelos hérulos e o
imperador Rômulo Augusto foi deposto. Isso encerrou a porção ocidental do império,
mas a oriental manteve-se até 1453 sob o nome de Império Bizantino."

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