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ANTIGUIDADE CLÁSSICA: ALTO IMPÉRIO ROMANO

IFPB / CAMPUS SANTA LUZIA


CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: HISTÓRIA I – 1º ANO
PROF. DR. JOSELITO EULÂMPIO DA NÓBREGA
O FIM DA REPÚBLICA E O SURGIMENTO DO IMPÉRIO
A crise econômica, as revoltas de escravos, as tensões entre plebeus e
patrícios, as lutas políticas e as ditaduras ilegais enfraqueceram as instituições
da República Romana. O Senado começou a perder a sua autoridade. Os
chefes militares, prestigiados pelas suas conquistas, passaram a controlar o
poder. Em 59 a. C., Júlio César (eleito cônsul), Pompeu (grande general) e
Licínio Crasso (general e homem mais rico de Roma) uniram-se e assumiram o
governo da cidade. A união dos três ficou conhecida como o 1º Triunvirato –
governo formado por três cônsules, com poderes equilibrados (MOREIRA,
2015).
O FIM DA REPÚBLICA E O SURGIMENTO DO IMPÉRIO
Em 53 a. C., Júlio César passou a governar sozinho tornou-se chefe do Estado
romano. Assumiu quase todos os poderes: cônsul, tribuno, sumo-sacerdote e
supremo comandante do exército. Manteve todas as instituições sob seu
controle. Júlio César passou a ser visto pela aristocracia romana como uma
ameaça para a República. Acusado de pretender proclamar-se rei, foi
assassinado no dia 15 de março de 44 a.C., por uma conspiração de senadores
liderada por Brutus e Cássio. No ano de 44 a. C., foi instaurado um novo
governo, formado por Octávio (cônsul), Marco Antônio e Lépido (ambos
comandantes do exército) – 2º Triunvirato (MOREIRA, 2015).
SURGE O IMPÉRIO ROMANO

Em 33 a. C., Octávio ficou sozinho no


governo. Pouco a pouco, começou a
receber diversos títulos, passando a
concentrar nas suas mãos todos os
poderes: Foi nomeado Príncipe do
Senado; Imperador, ou comandante-
chefe do exército, Tribuno da plebe,
Procônsul (soberania sobre as
províncias), Sumo-Pontífice (chefe da
religião oficial) e Augusto (deus vivo).
Octávio tornou-se líder supremo de
Roma, com poderes absolutos, apesar
de manter os órgãos administrativos
da República (mas com poderes
limitados). Foi o fim da República e o
início de um novo sistema de governo:
o Império (MOREIRA, 2015).
A CULTURA NO SÉCULO DE AUGUSTO
O governo de Augusto foi marcado pela intensa produção cultural. Autores
como Virgílio, Horácio, Ovídio e Tito Lívio continuam a ser estudados e
discutidos em instituições de ensino dedicadas às ciências humanas e estudos
clássicos, presentes na maioria das grandes cidades do Ocidente. O longo
período conhecido como Paz Romana (27 a.C. – 193 d.C.) foi marcado por
relativa paz interna, estabilidade das instituições e riqueza econômica e
cultural. Otávio Augusto encomendou o restauro de antigos edifícios e
ordenou a edificação de novos templos em Roma, mandou construir
anfiteatros e palácios e reparar vias, pontes e aquedutos.
A CULTURA NO SÉCULO DE AUGUSTO
O mundo romano tornou-se bilíngue: o latim era falado no lado ocidental,
enquanto o grego era falado nas províncias orientais. No campo religioso,
houve a unificação do panteão dos deuses latinos e gregos e o ingresso em
Roma de novos cultos de origem oriental, resultando num sincretismo
religioso. Os principais meios de difusão da cultura eram as bibliotecas e as
leituras públicas. As bibliotecas podiam ser públicas ou particulares e reuniam
obras de autores gregos e latinos conservadas em rolos de papiro. A
arquitetura também se desenvolveu graças à riqueza de Roma. Inspirado no
modelo grego, surgiu um estilo arquitetônico monumental tanto na capital
quanto nas províncias. Grandes edifícios públicos foram construídos como
teatros, templos e fóruns.
O DIREITO À CIDADANIA
A cidadania romana era um privilégio muito cobiçado, pois garantia os direitos
políticos e sociais fundamentais, como o direito à propriedade, ao casamento, a
herança, a fazer contratos e defender-se de acusações no tribunal. Apesar da
dificuldade em adquiri-la, os imperadores concediam cidadania romana aos
aliados nas províncias, e os escravos podiam se tornar cidadãos se fossem
alforriados por seus donos. No decorrer dos dois primeiros séculos do império,
o direito à cidadania foi sendo progressivamente expandido aos habitantes das
regiões sob dominação romana. O passo final foi dado pelo imperador Marco
Aurélio Antonino, popularmente conhecido como Caracala. Promulgado no ano
de 212, o Édito de Caracala estendeu direito de cidadania a todos os habitantes
livres do império.
A ESCRAVIDÃO NA SOCIEDADE ROMANA
O escravo era considerado, ao mesmo tempo, uma propriedade e uma
pessoa. Enquanto propriedade, ele era uma coisa, uma mercadoria, que podia
ser vendida, comprada, alugada ou até mesmo deixada de herança. Mas não
deixava de ser considerado também uma pessoa, um ser humano sem
autonomia, que tinha o dever moral de servir ao amo ao qual estava preso.
Havia dois meios de abastecer Roma de escravos. Uma parte deles vinha das
guerras, pois os vencedores escravizavam os vencidos. Outra parte vinha do
tráfico de escravos nas fronteiras do Império.
A ESCRAVIDÃO E O ESTOICISMO
Todo escravo era tratado como um ser inferior. Havia senhores que, ao morrerem,
libertavam todos ou alguns de seus escravos, deixando uma imagem de bom amo
e homem clemente. Libertar escravos significava abrir mão de uma propriedade e
era visto como um mérito individual e não como um dever social. No decorrer do
século I a III passou-se a difundir o estoicismo na elite romana. Os estoicos
defendiam a ideia de que o homem é apenas parte de uma ordem racional que
governa o Universo e, por terem uma alma racional, todos os humanos são
divinos. Os estoicos pregavam que todo indivíduo, independentemente de sua
condição de nascimento ou posição social, merecia respeito pelo fato de ter uma
alma dotada da razão. Eles não questionavam a escravidão, porém defendiam um
tratamento mais humano para os escravos.
FILÓSOFOS ESTÓICOS
A CIDADE ROMANA
A maioria da população residia em áreas rurais. A cidade, contudo, era
considerada para o romano, o habitat do homem civilizado. A cidade romana
tinha uma estrutura planejada. Em formato regular, uma rede de estradas e
avenidas, muitas delas pavimentadas, entrecortava a zona urbana. A cidade
também era constituída por grandes obras de engenharia, como viadutos,
pontes e aquedutos. Entre os edifícios públicos, o fórum era utilizado para
grandes festas religiosas e manifestações cívicas, e a basílica (tribunais), em
geral construída próximo ao fórum, era destinada aos negócios públicos. Teatros
e anfiteatros serviam para espetáculos, e a palestra era destinada aos exercícios
físicos. Havia também templos religiosos e diversas termas e banhos públicos.
IMPÉRIO ROMANO: A ZONA RURAL
A cidade tinha grande importância no cotidiano romano, mas a base
econômica era a agricultura. As terras estavam concentradas nas mãos de
uma elite. Havia duas relações de trabalho: a escravidão e o colonato. Na
escravidão, vastas propriedades eram cultivadas por centenas de escravos
sob as ordens de intendentes (agentes do imperador) e capatazes, embora,
ocasionalmente, também se utilizasse mão de obra livre. No colonato, as
terras de um mesmo proprietário eram divididas em parcelas, sendo
cultivadas por rendeiros ou colonos. Os colonos tinham a obrigação de
entregar parte da sua produção aos proprietários, tirando sua subsistência da
parte restante.
IMPÉRIO ROMANO: A ZONA RURAL
Os principais produtos cultivados durante o império romano eram: o trigo,
plantado principalmente no norte da África, a vinha cultivada na Gália (França
atual) e a oliveira, plantada na Espanha, além de árvores frutíferas como a
figueira, a amendoeira e a nogueira. Esses produtos agrícolas, em particular o
trigo, eram a base da alimentação romana.
A VIDA COTIDIANA NO IMPÉRIO ROMANO

Em Roma, a família era considerada uma família extensa, pois além do


núcleo familiar (pais e filhos), incluía também os escravos, os agregados, os
animais e todos os bens de casa. Englobava, enfim, tudo o que estava sob o
controle do pai de família.
A VIDA COTIDIANA NO IMPÉRIO ROMANO

Para os romanos das camadas mais altas, o casamento era uma aliança entre
famílias, que lhes permitia aumentar seu patrimônio e sua influência na
sociedade. Já para as camadas mais pobres de Roma, o casamento não tinha
essa função. Como não tinham bens nem dinheiro para deixar de herança, os
cidadãos pobres normalmente faziam casamentos informais, não
reconhecidos pela lei.
A VIDA COTIDIANA NO IMPÉRIO ROMANO
Roma era uma sociedade patriarcal, toda a autoridade era exercida pelo pai
de família. No casamento, o homem tinha muito mais liberdade do que a
mulher, podendo ter amantes sem ser malvisto nem acusado de adultério.
Assim, frequentemente, a sociedade romana é considerada como um mundo
de luxúria e de liberdade sexual. Alguns pensadores da época, contudo,
sustentavam uma moralidade bastante austera. A indolência, a luxúria e a
ostentação eram vistas como raízes de todos os males que podiam acometer
a sociedade. Contra esses vícios, defendiam-se uma vida simples, dedicada ao
trabalho árduo e não aos luxos e aos prazeres, como dizia o político e grande
orador Catão (234-149 a.c.).
A POLÍTICA DO PÃO E CIRCO
A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como
ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a
população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar
seu apoio. Refere-se à distribuição de trigo e pão e oferta de espetáculos. A
política nada mais era que uma forma de distrair a sociedade romana dos
problemas sociais. 
DINASTIAS DO IMPÉRIO ROMANO

Dinastia é o período de sucessão, que reis e rainhas, pertencentes a uma


mesma família, permanecem no poder. A palavra dinastia tem origem no
termo grego dynasteia, que significa poder, senhorio e comando. O conceito
de dinastia remete para soberanos que pertencem à mesma família. Da
morte de Augusto, em 14 até o ano de 235, sucederam-se quatro dinastias de
Imperadores em Roma.

Senatus Populusque Romanus


(O Senado e o Povo Romano)
DINASTIA DOS FLÁVIOS (68-96)
DINASTIA DOS ANTONINOS (96 A 192)
REFERÊNCIAS
ALVES, Alexandre; OLIVEIRA, Letícia Fagundes de. Conexões com a História: das
origens do homem à conquista do Novo Mundo. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2013.

GOOGLE. Imagens. Disponível em https://www.google.com.br/search?q=... Acesso


em: 13 ago. 2020.

MOREIRA, Antônio. O Fim da República e o Início do Império Romano. In: Blog de


Apontamentos Escolares, 2015. Disponível em:
https://antoniocv.wordpress.com/2015/10/18/o-fim-da-republica-e-o-o-inicio-do-
imperio-romano/ Acesso em: 14 no. 2020.
Valeu!

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