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Roma Antiga

Fundação de Roma

Os latinos ocupavam a região


onde hoje fica Roma.

Ali, agricultores fundaram uma


cidade, às margens do rio Tibre.
Povos da Península Itálica
A Península Itálica era ocupada
ao norte pelo Etruscos e ao sul
por gregos oriundos da segunda
diáspora (aprox. VIII a.C.).

Também havia povos


aparentemente autóctones na
parte central, como Úmbrios.
Samnitas, Sabinos e os próprios
Latinos.
Fundação Mítica
A lenda da fundação de Roma conta a história de dois bebês gêmeos,
filhos do deus Marte (Ares) com uma mortal, a filha do rei de Alba
Longa, uma cidade que ficaria próxima de onde hoje é Roma.

Após o rei ser destronado por seu próprio irmão, os netos gêmeos
apresentam uma ameaça ao usurpador, que tratou de se desfazer
deles. Foram abandonados, mas acabaram sobrevivendo através de
uma loba que os amamentou.
Fundação Mítica
Após a amamentação, os dois
cresceram e retornaram a Alba
Longa, retirando o usurpador do
poder e recolocando seu avô.
Como benção, puderam fundar
sua própria cidade, Roma.
Após desentendimentos quanto à
parte de cada um na cidade,
Rômulo assassinou o irmão e foi
o primeiro rei de Roma.
Fundação Mítica
Essa história é contada pelo
poeta romano Virgílio
(70-21a.C.).

No livro Eneida, conta a


História de Enéias, um
príncipe troiano que,
escapando da Guerra de Tróia,
foi à Itália, onde fundou Alba
Longa.
O Início de Roma
Por volta do ano 600 a.C., Roma
era apenas uma cidade do centro
da Itália. Tinha algum destaque
comercial, mas nada de
extraordinário comparado ao
restante da península.
A agricultura prosperava e a
cidade crescia, com muitas
pessoas de outros povos itálicos
migrando para lá.
Divisão Social
Os romanos se dividiam em
dois grupos principais:

Patrícios: Donos das terras,


alegavam ser descendentes
dos primeiros habitantes de
Roma, portanto,
Plebeus: Homens livres que
não possuíam muitas riquezas
nem uma nobreza familiar.
Divisão Social
Havia ainda outros dois grupos:

Escravos: homens que passaram


a pertencer a outro por serem
capturados em guerra ou por não
conseguirem pagar alguma
dívida.
Clientes: homens livres que se
associavam aos patrícios,
trabalhando em suas terras.
Política: Monarquia
Entre 753 a.C. e 509 a.C., Roma teve
sete reis. Desses o primeiro foi Rômulo.

Os três últimos são chamados de “os reis


etruscos”, pois tinham origem no povo
ao norte, o que indica uma dominação
dos etruscos sobre Roma.

O poder do rei era limitado pelo senado.


Política: Senado
Um dos principais órgãos da
cidade de Roma era o senado.
Ali, patrícios se encontravam
para debater e formular leis
para a cidade.

Cada família tradicional de


Roma tinha direito a um
membro no senado. Plebeus
não podiam participar.
Política: Senado
Um dos principais órgãos da
cidade de Roma era o senado.
Ali, patrícios se encontravam
para debater e formular leis
para a cidade.

Cada família tradicional de


Roma tinha direito a um
membro no senado. Plebeus
não podiam participar.
Golpe da República
O último rei, Tarquínio, o Soberbo,
foi deposto por um grupo de
patrícios que temiam sua
aproximação dos plebeus.

Como forma de assegurar seu con-


trole sobre a cidade, patrícios roma-
nos juntaram suas forças militares e
expulsaram o rei, livrando Roma da
dominação etrusca e instituindo a
República Romana em 509 a.C.
Os cônsules romanos
A república era governada pelo
Senado romano, em conjunto com
cargos de magistraturas, como os
cônsules. Roma tinha dois cônsules
que repartiam as funções
anteriormente atribuídas aos reis. Em
momentos de crise, os cônsules
poderiam indicar um ditador, um
líder que teria poderes ilimitados por
seis meses para governar.
Tensões Sociais
As tensões sociais entre
plebeus e patrícios eram
enormes já no período da
monarquia. Durante a
República, os patrícios
concentraram ainda mais
poderes em suas mãos, através
do senado, o que gerou ainda
mais tensão entre eles e os
plebeus.
Revoltas da Plebe
1ª Revolta da Plebe (494 a.C.): a primeira greve registrada da História,
quando os plebeus retiraram-se para o monte sagrado, recusando-se a
trabalhar e lutar nas guerras. Patrícios tiveram que ceder para que eles
voltassem à cidade, criando assim o cargo de Tribuno da Plebe.

O tribuno da plebe poderia vetar qualquer lei que fosse contra o


interesse dos plebeus. Inicialmente, eram pessoas escolhidas pelos
próprios patrícios, o que limitava seu poder. Mais tarde, passaram a ser
escolhidos pela Assembleia da Plebe, órgão criado pelos plebeus para
sua organização.
Revoltas da Plebe
2ª Revolta da Plebe (450 a.C.): plebeus ameaçaram novamente se
retirar ao monte sagrado em greve, o que gerou uma ação dos
patrícios: enviaram à Atenas três homens que deveriam estudar as
leis da cidade grega, a fim de melhorar as coisas em Roma a partir
do exemplo ateniense.

Na sua volta, dez juízes (decênviros) redigiram as 12 tábuas de leis


que até então estavam apenas na oralidade. Foram chamadas de Leis
das Doze Tábuas. Na prática, pouco mudou para os plebeus,
embora pelo menos agora as leis estivessem mais claras.
Revoltas da Plebe

3ª Revolta da Plebe (445 a.C.): plebeus exigiram o fim de


uma das leis previstas nas Doze Tábuas, que proibia o
casamento entre patrícios e plebeus.

A partir da Lei Canuléia, foi permitido que se casassem


entre as classes, embora isso fosse muito raro.
Revoltas da Plebe

4ª Revolta da Plebe (367-366 a.C.): plebeus exigiram o fim


da escravidão por dívidas, o que foi conquistado com a
criação da Lei Licínia Sextia. Dentro dessa lei, também
havia uma parte que limitava a aquisição de terras após
conquistas militares, assim os patrícios teriam que dividir
pelo menos uma parte das conquistas com os plebeus.
Revoltas da Plebe
5ª Revolta da Plebe (287-286 a.C.): foi conquistado o direito de que
as decisões na assembleia da plebe valessem para todo o Estado
romano, assim como as do senado. A partir daí surge o plebiscito, a
ideia de que algumas leis deveriam ser votadas na assembleia antes
de terem validade para todos.

Na prática, criava um outro órgão além do senado, o que mostrava a


existência de praticamente dois estados no mesmo: um estado plebeu
e um estado patrício em equilíbrio na República Romana.
Revoltas da Plebe

No período final da república romana a distinção política entre


plebeus e patrícios foi diminuindo ao ponto de ambos serem
considerados cidadãos romanos com os mesmos direitos.

Com a diluição das diferenças, os termos caíram em desuso. No


período imperial, “plebeu” já era utilizado como sinônimo de pessoa
pobre, independente da sua origem familiar.
Irmãos Graco
Emergiram como líderes populares que
buscavam reformas sociais e políticas
para enfrentar as crescentes
desigualdades e injustiças enfrentadas
pela população romana. Propuseram
leis agrárias visando redistribuir terras
para os pobres e limitar o tamanho das
propriedades dos ricos. No entanto,
suas propostas enfrentaram forte
oposição da aristocracia e do Senado
romano, levando à sua morte violenta e
ao fim de suas reformas.
Expansões territoriais
As campanhas militares de Roma levaram
à anexação de regiões como a península
Itálica, a Gália, a Hispânia e partes da
Grécia e da Ásia Menor. Essas conquistas
territoriais foram motivadas por diversos
fatores, incluindo a busca por recursos
naturais, o desejo de expandir o comércio
e a necessidade de garantir segurança
contra ameaças externas. Essa expansão
trouxe riqueza e poder para a República,
além de introduzir novas culturas e
sistemas políticos à civilização romana.
O poder crescente de Júlio César
Nascido em uma família nobre,
César ascendeu rapidamente na
política romana através de sua
habilidade militar, eloquência e
astúcia política. Durante suas
campanhas militares na Gália,
ele conquistou fama e poder,
enquanto simultaneamente
cultivava alianças políticas em
Roma.
O poder crescente de Júlio César
A Conquista da Gália
1º Triunvirato
Foi uma aliança política não oficial
formada em Roma entre três
proeminentes líderes: Júlio César,
Pompeu e Crasso, durante o final do
século I a.C. Essa coalizão surgiu como
uma resposta às crescentes rivalidades e
tensões políticas na República Romana.
Após derrotar seus rivais, César esta-
beleceu sua supremacia em Roma. Foi
então nomeado ditador vitalício em 44
a.C., consolidando ainda mais seu poder.
A morte de Júlio César
A morte de Júlio César ocorreu em
15 de março de 44 a.C. Ditador
vitalício de Roma, foi assassinado
por um grupo de senadores
liderados por Brutus e Cássio, que
temiam seu crescente poder e sua
ambição. O ataque aconteceu no
Senado romano, onde César foi
apunhalado várias vezes. Sua morte
desencadeou um período de
turbulência política em Roma.
2º Triunvirato
Foi uma aliança política formada em 43
a.C., após a morte de Júlio César, entre
Marco Antônio, Lépido e Otaviano
(sobrinho de César). Esta coalizão foi
forjada para enfrentar as ameaças à
estabilidade política de Roma e vingar o
assassinato de Júlio César. Sob os termos
do acordo, os triúnviros receberam
poderes extraordinários e autoridade
militar para perseguir seus inimigos
políticos. No entanto, o Segundo
Triunvirato foi marcado por rivalidades e
conflitos internos entre seus membros.
A ascensão de Caio Otávio
Após a derrota de Marco Antônio na
Batalha de Áccio em 31 a.C., Otávio
emergiu como o líder indiscutível de
Roma. Ele usou sua influência para
consolidar o poder, instituir reformas
políticas e estabilizar o império, inau-
gurando uma era de paz conhecida
como o "Pax Romana". Em 27 a.C.,
recebeu o título de "Augusto", signifi-
cando venerável ou reverenciado, mar-
cando o início oficial do Império e sua
posição como o primeiro imperador.

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