Você está na página 1de 14

GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO


DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ESCOLA ESTADUAL MÁRIO DAVID ANDREAZZA
Educando com Valores, Formando Cidadãos Felizes e Vencedores!
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
PROFESSOR (A): DINA MARY DA SILVA TRINDADE DATA: 08/11/2022
ANO/SÉRIE: 6º TURMA: 61°
Objeto de estudo: A cultura greco-romana
Habilidades: Conhecer os impactos sobre outras sociedades e culturas. (EF06HI09)

A ROMA ANTIGA
A Roma Antiga foi uma civilização da Itália que surgiu no século VIII a.C,
localizada ao longo do mar Mediterrâneo e tinha como centro a cidade
de Roma, na península Itálica. Posteriormente, essa civilização se
expandiu e se tornou um dos maiores impérios do mundo antigo.

A lenda da fundação da cidade de Roma conta que os


gêmeos Rômulo e Remo, nascidos de Reia em 771 a.C., foram jogados
no rio Tibre, por ordem do então rei de Alba Longa, Amúlio – tio de Reia
– que havia usurpado o trono e queria assassinar todos os possíveis
herdeiros. 

O cesto onde os garotos estavam encalhou próximo onde atualmente é


a cidade de Roma. Eles foram encontrados por uma loba, que os
amamentou e os garotos escaparam da morte. Mais tarde, um pastor
encontrou os dois bebês e cuidou de ambos até a idade adulta.

Depois de adultos, ambos os irmãos fundaram uma cidade nesta


mesma região onde foram encontrados e criados. Após um
desentendimento entre os irmãos, Rômulo assassinou seu irmão
Remo e se tornou o primeiro rei de Roma. Apesar da origem “lendária”,
naquela região haviam povos extremamente bem desenvolvidos.

Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)

Durante a monarquia romana, a sociedade era formada por três classes sociais:

 Patrícios: a classe dominante, que era constituída por nobres e proprietários de terra;
 Plebeus: constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários;
 Clientes: viviam da dependência dos patrícios e dos plebeus, e eram prestadores de serviços.
O rei executava as funções judicial, executiva e religiosa. Os principais órgãos durante a monarquia romana
foram:
Assembleia Curiata: que era constituída por trinta chefes de famílias do povo e tinha por função a elaboração
de leis, recursos jurídicos e ratificação da eleição do rei. 
Senado: composto pelos patrícios, era responsável por assessorar o rei e tinha o poder de vetar as leis
propostas pelo monarca.

Principais reis de Roma


Rômulo governou entre 753 e 716 a.C. Depois dele, Roma teve outros seis reis. São eles:

 Numa Pompílio (716 a 673 a.C.): foi o responsável pelo primeiro sistema de leis romanas, pela
elaboração do primeiro calendário da cidade e pela organização dos ofícios religiosos. Por conta
da  “reforma religiosa”, os romanos consideraram que a cidade viveu uma época de paz e
prosperidade, garantindo a Numa Pompílio um grande reconhecimento após sua morte;
 Túlio Hostílio (673 a 641 a.C.): foi o responsável por levar Roma à primeira expansão territorial,
conquistando territórios adjacentes. Túlio também organizou o primeiro exército romano, assim
como a vitória e destruição de Alba Longa;
 Anco Márcio (641 a 616 a.C.): foi responsável por um período de paz, apesar dos embates com
as cidades de Ficana e de Politorium durante seu governo. Márcio cedeu terras do monte Aventino
aos derrotados dessas cidades, criando o primeiro núcleo da plebe romana;
 Tarquínio Prisco (616 a 578 a.C.): Prisco manteve o processo de expansão territorial, fomentou
o comércio com as cidades próximas e foi responsável pela drenagem dos pântanos da região
em volta da cidade, além de algumas reformas estruturais que garantiram o crescimento da
cidade;
 Sérvio Túlio (578 a 534 a.C.): Foi responsável por reorganizar o exército romano, que agora era
dividido em centúrias, cem homens liderados por um centurião, e por promover a primeira reforma
social, dividindo os romanos por classes, de acordo com a renda de cada um. Ele também
levantou a primeira muralha em volta de Roma, garantindo a defesa da cidade;
 Tarquínio, o Soberbo (534 a 509 a.C.): Até promoveu novas obras estruturais na cidade,
mas confiscou inúmero bens de famílias romanas influentes, fazendo com que seu reinado fosse
a ruína da Monarquia e a principal causa do estabelecimento da República Romana.
 República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)
A fundação da república reafirmou o Senado, que era o órgão de
maior poder político entre os romanos. O poder executivo ficou nas
mãos das magistraturas, que eram ocupadas pelos patrícios.
A principal característica da república romana é a luta de
classes entre patrícios, que lutavam para preservar privilégios e
defender seus interesses políticos e econômicos, e plebeus, que não
queriam mais ser dominados.
Durante os anos de 449 e 287 a.C., cinco revoltas foram organizadas
pelos plebeus e que alcançaram vários resultados que fizeram com
que as duas classes praticamente se igualassem, tais como:
 Tribunos da plebe;
 Leis das XII tábuas;
 Leis Licínias;
 Lei Canuleia. 

O Império Romano (27 a.C. a 476 d.C)

O império sucedeu a república, onde agora todo poder político era centrado no imperador, e o Senado agora
apoiava seu poder. O império se expandiu expressivamente e, até 117 d.C, cerca de seis milhões de
quilômetros quadrados estavam sob o governo do império romano.
O império possuía aproximadamente seis milhões de habitantes, sendo que um milhão habitava a cidade
de Roma. Um dos aspectos essenciais para o sucesso do império era o exército, que fez com que Roma
expandisse seu poderio até o Mediterrâneo.

Política do Pão e Circo 


À medida que os centros urbanos cresciam, os problemas sociais também surgiram em Roma. O alto número
de escravos fez com que o desemprego aumentasse sobremaneira na zona rural, pois muitos
camponeses perderam seus serviços. Esse grande número de
desempregados foi para as cidades romanas buscando empregos e
melhores condições de vida.
Temendo uma revolta dos desempregados, o imperador criou então a
chamada política do Pão e Circo. Esta se baseava em oferecer
alimentação e diversão aos cidadãos romanos. Durante quase todos os
dias aconteciam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o
Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta maneira, a
população carente se distraía e se esquecia de seus problemas,
diminuindo as chances de revolta.

Cultura Romana
A cultura romana teve bastante influência da cultura grega. Os romanos se basearam na cultura grega em
muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. A língua falada era o latim, que se espalhou por todo o
império na Idade Média, originando línguas como português,
francês, italiano e espanhol. Os balneários romanos eram locais
bastante frequentados por senadores e membros da
aristocracia romana. Eles usavam estes locais para discutirem
política e aumentar seus relacionamentos pessoais.
A mitologia romana era utilizada para explicar a realidade que os
romanos não conseguiam explicar de maneira científica. A
mitologia também explicava a origem do povo e da cidade que
deu origem ao império, como vimos acima a lenda de Rômulo e
Remo.

Características do Império Romano


 Estritamente comercial;
 Escravizava os povos conquistados;
 O controle das províncias era responsabilidade de Roma;
 Politeísta, ou seja, acreditavam em muitos deuses;
 O governante tinha cargo vitalício;
 A expansão territorial acontecida através de conquistas ou golpes militares.

Divisão do Império Romano


A crise econômica no Império fez com que o número de impostos diminuísse drasticamente. Essa redução
gerou um grande declínio no número de funcionários do Estado, tornando a administração cada vez mais
difícil, especialmente nas províncias mais distantes de Roma. 
Numa tentativa de reparar essa situação, o imperador Diocleciano dividiu o império em dois: o Ocidente, com
capital em Roma, e o Oriente, com capital em Bizâncio, às margens do mar Negro. 
Tanto no Ocidente quanto no Oriente havia um imperador, que tinha o título de Augusto, e um outro governante
para as regiões mais distantes, com o título de César, sendo no total quatro governantes para todo o império.
Por esse motivo, essa forma de divisão foi chamada de Tetrarquia. 
No início do século IV, o imperador Constantino reunificou o Império. Entretanto, como havia um risco
iminente de invasão na parte ocidental, o imperador transferiu a capital para Bizâncio, que era mais rica e
mais protegida, renomeando a cidade para Constantinopla.
Durante o século IV, o Império permaneceu unificado, com sua capital em Constantinopla. No final do século, o
imperador Teodósio estabeleceu a divisão definitiva: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e
Império Romano do Oriente, também chamado de Império Bizantino, com capital em Constantinopla.

Queda do Império Romano


As principais causas do declínio do Império Romano foram:

 Dificuldade de administração: o império era muito grande e havia complicações no controle e


gestão da corrupção que o aniquilou;
 Invasões bárbaras: o exército precisou proteger o império das investidas de povos como os
godos, hunos e germânicos;
 Elevados impostos: o estado tinha elevado custo para manter a construção das obras rotineiras.
Esse fator aumentou significativamente as taxas cobradas da população;
 Escassez de escravos: a redução das batalhas por conquistas de novos territórios prejudicou o
sistema de renovação de escravos.

Principais Imperadores romanos


 Otaviano Augusto: primeiro imperador de Roma. Foi responsável por acrescentar muitos
territórios ao império;
 Cláudio: foi responsável por conquistar parte da Grã-Bretanha;
 Nero: considerado excêntrico e louco, assassinou sua mãe e sua irmã, e condenou um grande
número de cristãos à morte;
 Tito: ficou o responsável por destruir o templo do Rei Salomão;
 Trajano: considerado um grande conquistador, fez com que Império Romano atingisse a maior
extensão durante seu governo;
 Adriano: ordenou a construção uma muralha com seu nome, a Muralha de Adriano, ao norte da
Grã-Bretanha, que tinha por objetivo conter os bárbaros;
 Diocleciano: foi o responsável por dividir o império em duas partes: oriental e ocidental;
 Constantino: proibiu a perseguição aos cristãos e uniu novamente o império, escolhendo Bizâncio
como capital. Renomeou a cidade de Constantinopla;
 Rômulo Augusto: foi o penúltimo imperador de Roma;
 Constantino XI: foi o último imperador do Império Romano Oriental. Morreu defendendo a cidade
contra o ataque dos turcos.

Atividade 1—Resolva corretamente a cruzadinha

(EF06HI12) Associar o conceito de cidadania a dinâmicas de inclusão e exclusão na Grécia e Roma antigas.
Por Professora Mary Alvarenga.
ATIVIDADE 2 – Leia o texto a Roma Antiga e marque corretamente as questões abaixo:
Questão 1 – (OSEC) – Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos
afirmar que:
a) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas. 
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) foi consequência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;

Questão 2 – (UFV) – A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, é
CORRETO afirmar que:
a) os “plebeus” podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar suas
pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social.
b) os “escravos” por dívida eram resultado da transformação de qualquer romano em propriedade de outrem, o
que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos que sustentavam o Estado
expansionista
c) os “plebeus” compunham a classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que conseguiam
enriquecer-se por meio do comércio, atividade que lhes era permitida.

Questão 3 – (UFSCAR) – Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma
(onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos), em Delos e em muitos
outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e
terríveis torturas como punição, de modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em si. (Diodoro
da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram:

a) provocadas pela exploração e maus-tratos impostos pelos senhores.


b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
c) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida a situação de escravidão.

Questão 4 – (UFRN) – Sidônio Apolinário, aristocrata da Gália romana, escrevendo a um amigo, num período
de grandes transformações culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminêncio, honrado senhor, entregou uma carta por vós ditada, admirável no estilo […]. A língua
romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno; mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer
maneira, foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em decadência ao longo da fronteira, mas
enquanto viverdes e preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao retribuir as
vossas saudações o meu coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em desaparição ter deixado tais
traços em vós […].

Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. “História da Idade Média: textos e testemunhas”. São Paulo:
Editora UNESP, 2000. p. 42-43.

A opinião contida no fragmento da carta está diretamente relacionada às

a) influências da cultura grega sobre a latina após a conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação ao
Império
b). invasões dos territórios do Império Romano pelos povos germânicos, provocando mudanças nas instituições
imperiais.
c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cultura do
Império a todo o norte da África.

Questão 5 – (UNAERP) – Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi
nesse período que:
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes
agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.

Questão 6 – (OSEC) – Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:


a) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império;
b) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras
do Estado (ager publicus)
c) entre todos os cidadãos romanos; na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma
democracia e transformou-se numa oligarquia.

Questão 7 – (PUC) – A religião romana assemelhava-se à grega porque ambas:


a) tinham objetivos nitidamente políticos;
b) eram apoiadas por uma forte classe sacerdotal;
c) eram terrenas e práticas, sem conteúdo espiritual e ético.

Questão 8 – (FGV/2016) Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda
perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o
acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica
profundamente a aparência.
LE GOFF, J. A civilização do Ocidente medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983. v. 1, p. 29.

A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média


a) tiveram, entre suas características, a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de
ruralização social.
b)  foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o
deslocamento para as cidades.
c) levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis
no Mediterrâneo.

Questão 9 – (UEL/2018) Durante o século II, o Império Romano atingiu sua máxima extensão territorial,
dominando quase toda a atual Europa, o norte da África e partes do Oriente Médio. No final do século IV,
porém, essa unidade começaria a ser desfeita com a divisão do império em duas porções: a ocidental, com a
capital em Roma, e a oriental, com a capital em Bizâncio. Nos séculos IV e V, a fragmentação territorial
aprofundou-se ainda mais e o Império Romano do Ocidente acabou desaparecendo para dar lugar a diversos
reinos germânicos.
Quanto à desagregação e queda do Império Romano do Ocidente, assinale a alternativa correta:

a) O êxodo rural causado pelos ataques dos povos germânicos resultou num crescimento desordenado das
cidades, criando instabilidade e desordem política nos centros urbanos e forçando a abdicação do último
imperador romano.
b) O paganismo introduzido no Império Romano pelas tribos germânicas enfraqueceu o cristianismo e causou a
divisão entre cristãos católicos e ortodoxos, encerrando o apoio da Igreja ao imperador e, consequentemente,
fazendo ruir o império.
c) Com o fim das conquistas territoriais, o escravismo e a produção entraram em declínio, isso somado às
invasões bárbaras e à ascensão do cristianismo, que aceleraram a fragmentação e queda de Roma.

Questão 10 – (Gualimp – adaptado) Após elaborar uma série de medidas, o governo do imperador Otávio
Augusto inaugurou um período de estabilidade política conhecido como Pax Romana, que se prolongou por
mais de 200 anos.
Sobre esse período, é correto afirmar:

a) O Império Romano atingiu sua máxima extensão territorial, houve crescimento econômico, dinamização do
comércio e o uso de uma moeda unificada.
b) Abandonou-se completamente as conquistas imperialistas, povos conquistados puderam deixar as terras
romanas e voltar às suas origens.
c) Foram abolidos os espetáculos de gladiadores, o serviço militar obrigatório foi extinto, em contrapartida, o
comércio e a agricultura se expandiram.
ATIVIDADES 3 – Habilidades:
EF06HI17: Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo.
EF06HI14: Identificar e analisar diferentes formas de contato, adaptação ou exclusão entre populações em
diferentes tempos e espaços.
EF06HI16: Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da
vida social em diferentes sociedades e períodos, com destaque para as relações entre senhores e servos.

Imagem disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/40225541/264236534-linha-do-tempo-


historia-geral-pdf. Acesso em: 15 de Set.de 2020.

1- Na imagem temos uma linha de tempo sucessória da História da humanidade. Identifique nela quando
e qual foi o evento que marca o fim do período denominado de Idade Antiga e início da Idade Média.
2- Este modelo de estabelecer uma linha de tempo sucessória de acontecimentos está presente na
nossa historiografia e é uma das maneiras mais utilizadas de estudar a História da humanidade. Segundo
o texto ela é baseada em que modelo historiográfico?
3- Das alternativas a seguir, marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. Em relação aos
diversos fatores que explicam o declínio do Império Romano, podendo-se destacar:
( ) As dificuldade em manter um exército que custava caro aos cofres imperiais;
( ) As pestes que assolavam a população romana ocasionando em doenças e consequentemente em um
alto número de mortes;
( ) A crise financeira a cobrar mais impostos do povo;
( ) As reformas propostas pelos Imperadores, que surtiram os efeitos desejados e geraram mais
instabilidade;
( ) A ascensão de uma nova religião e as tentativas de combate-la, com perseguições.

4- Quais foram os dois eventos que provocaram na Europa Ocidental um clima de grande temor e
insegurança, gerando transformações no modo de vida das sociedades europeias e quais foram essas
transformações? Preencha o quadro a seguir:
Eventos Transformações
Herança/legado Especificação Romana ou Germânica

a) Colonato ( ) o poder central enfraquecido, os servos


ampliaram seus poderes locais.
b) Fragmentação ( ) ligação dos guerreiros ligados por
do poder Político juramento ao chefe, em servi-lo até a morte,
em troca de uma parte do saque e de seu
comando.
c) Beneficium ( ) servia para a subsistência, a base da
economia
d) Comitatus ( ) fortaleciam o Império contra as incursões
Bárbaras.
e) Bucellari ( ) Era a recompensa dada pelos chefes
militares germânicos aos guerreiros, davam-
lhe posse de terras, que mais tarde
denominada de feudos, onde o guerreiro
oferecia fidelidade ao
f)Economia ( ) Eram vinculados a terra que não podia ser
Agropastoril vendida sem ele, nem o mesmo sem a terra.
O senhor lhe oferecia terra e proteção, porém
recebia um rendimento do seu trabalho.
5- As instituições feudais têm em sua gênese e processo de formação a queda do Império Romano no
século III, reinos germânicos V e VI e o Império Carolíngio no século IX. O Império Romano e a os
povos Germânicos deixaram alguns legados e heranças para este período. Vamos associas estas
heranças aos seus significados e depois identifique se são heranças romanas ou germânica.

6- O poder da Igreja sofreu tensões durante o período medieval. Um bom exemplo foi o movimento
herege, que, inclusive, fez surgir
( ) a Santa Inquisição – em combater as heresias.
( ) o Celibato – proibindo casamento dos padres.
( ) a Querela - que colocou os Bispos sobre a autoridade da Igreja.
( ) a simonia – proibindo venda de bens da Igreja.
7- Com base no texto (mas sem copiar do texto) explique com suas palavras como se deu o processo
de fragmentação de poder e como se deu a relação de dependência neste período.

8- A Igreja foi reconhecida pelo Edito de Milão (313) pelo Império Romano e posta como oficial do
Estado Romano em 391, quando Teodósio aplicou o Edito de Tessalônica. Desde então, além de ser a
maior força centralizadora da Europa Medieval e maior proprietária de terras, a Igreja tinha o monopólio
cultural. Explique como o clero era dividido e como se dava a relação de poder entre os reis e o papa.
TEXTO PARA ESTUDO E REALIZAÇÃO DO EXECÍCIO ACIMA

Tema/ objeto de conhecimento: A passagem do mundo antigo para o mundo medieval; A


fragmentação do poder político na Idade Média.

Fim da Antiguidade e início da Idade Média

No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma. Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em
Constantinopla. O ano de 476 é o marco do fim do que conhecemos como Idade Antiga, dando início
ao período que costumamos chamar de Medieval, que será marcado pela formação do Império
Bizantino e pela propagação do cristianismo. Embora esses marcos estejam presentes na
historiografia até os nossos dias é preciso destacar que esse modelo que estabelecer uma linha do
tempo sucessória de acontecimentos é baseado na experiência europeia e na sua historiografia.
Assim, a queda do Império Romano do Ocidente foi um processo complexo e longo de declínio,
e não aconteceu da noite para o dia, repentinamente. Ocorreu devido a diversos fatores, quando não
foi mais possível manter um Império unificado, perdendo forças e território. Há diversos fatores que
explicam o declínio do Império Romano, podendo-se destacar a dificuldade em manter um exército
que custava caro aos cofres imperiais; as pestes que assolavam a população romana ocasionando
em doenças e consequentemente em um alto número de mortes; a crise financeira que assolou não
só a administração imperial como toda a população, tendo em vista que para sustentar o Império em
crise os Imperadores passavam a cobrar mais impostos do povo; as reformas propostas pelos
Imperadores, especialmente por Diocleciano, que não surtiram os efeitos desejados e geraram mais
instabilidade; a ascensão de uma nova religião e as tentativas de combate-la, com perseguições.
Ainda assim, embora a parte Ocidental tenha sido desintegrada, há aqueles que defendem que
o Império Romano existiu até o ano de 1453, quando o Império Bizantino caiu, tendo a cidade de
Constantinopla sido tomada pelos turcos otomanos. Há quem defenda essa versão porque, ainda
assim, este império continuou sendo reconhecido como Império Romano, e ocupava parte de um
território que compunha o Império Romano. Além disso, os homens e mulheres que lá viviam
reconheciam-se também como romanos. Mas, eles não utilizavam o latim como língua oficial.
Por fim cabe destacar que o processo que levou à queda do Império Romano do Ocidente
iniciou-se com a crise do terceiro século e as sucessivas tentativas de manter um império tão vasto,
com a maior extensão de terras do mundo antigo, de forma unificada, estável e coesa. As propostas
que se seguiram por parte de seus Imperadores não resolveram as crises, e o Império precisou lidar
com diversas outras questões, sendo as mais contundentes as invasões bárbaras e os saques a
Roma, que levaram, por fim, à desintegração do Império Romano do Ocidente.
Quem são os Bárbaros? Povos originários da Ásia (hunos). Leste europeu (eslavos). Norte da Europa
(Germânicos). Os Germânicos eram subdivididos em: Visigodos, Ostrogodos, Burgúndios, Vikings,
Vândalos, Suevos, Lombardos, Francos, etc... Formaram reinos instáveis de curta duração. Eram
rivais: disputavam entre si os mesmos territórios.
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/queda-do-imperio-romano-do-
ocidente/Acesso em 14 de set. de 2020.
Agora, conheça as heranças e a história do feudalismo.

A JUNÇÃO DE MUNDOS: Segundo Jacques Le Goff feudalismo é: “um sistema de organização


econômica, social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de
guerreiros especializados – os senhores –, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos
de dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com que viver”.

As invasões de diversos povos de bárbaros no século IX e X e o bloqueio do mar mediterrâneo pelo


avanço mulçumano provocou no Europa Ocidental um clima de grande temor e insegurança, gerando
transformações no modo de vida das sociedades europeias como a ruralização da sociedade, formando
vilas fortificadas, muralhas e castelo. Os mais pobres buscavam refúgio junto aos nobres e guerreiros,
os camponeses aos senhores que os submetiam em servidão. O feudalismo foi possibilitado pela junção
do mundo romano com a do mundo bárbaro. E esse novo período é formado com base na herança
destes povos.

HERANÇAS

As instituições feudais têm em sua gênese e processo de formação a queda do Império Romano no
século III, reinos germânicos V e VI e o Império Carolíngio no século IX. O legado marcante do Império
Romano é o:
• Colonato: Segundo Hilário Franco Junior o colonato é o aviltamento da condição do trabalhador
livre e por uma melhoria da do escravo. Eram vinculados a terra que não podia ser vendida sem ele,
nem o mesmo sem a terra. O colono era juridicamente um homem livre, mas escravo da terra. O
senhor lhe oferecia terra e proteção, porém recebia um rendimento do seu trabalho.
• Fragmentação do poder Político: Ao final do Império a administração romana não impunha mais a
sua autoridade em todas as regiões, desta forma, com o poder central enfraquecido, os servos
ampliaram seus poderes locais.
A herança germânica foi marcante quanto a privatização da defesa através do:
• Comitatus: Ou o companheirismo, tratava-se da ligação dos guerreiros ligados por juramento ao
chefe, em servi-lo até a morte, em troca de uma parte do saque e de seu comando.
• Beneficium: Era a recompensa dada pelos chefes militares germânicos aos guerreiros, davam-lhe
posse de terras, que mais tarde denominada de feudos, onde o guerreiro oferecia fidelidade ao
senhor.
• Bucellari: Presente desde o século IV, fortaleciam o Império contra as incursões Bárbaras.
• Economia Agropastoril: servia para a subsistência, a base da economia germânica era a agricultura,
criavam animais.

PODER POLÍTICO

Houve um enfraquecimento do poder político, o poder central se fragmentou, desta forma o poder
passou ser exercido pelos senhores feudais, donos de grandes porções de terras, que possuía
autoridade administrativa, judicial e militar. Feudo, palavra de origem germânica significa “bem oferecido
em troca de algo”, onde havia o direito de posse sobre um bem, em grande parte sobre a terra. No feudo
ocorriam as formas de produção e a maior parte das relações sociais.
Desde o Período de Carlos Magno, a relações de dependência deste com seus servidores estava
pautado na fidelidade através de laços pessoais. No feudo o senhor ou suserano (nobre) concedia o
feudo e proteção ao servo que, por conseguinte prestava-lhe serviços (de importância militar), fidelidade
e conselho. A cerimônia que os vinculava, no ato da transmissão do feudo constituía-se em dois
momentos: A homenagem (o vassalo jurava fidelidade) onde o vassalo se ajoelhava diante do suserano,
colocava sua mão na dele e prometia ser-lhe leal e servi-lo na guerra e a investidura (ato da transmissão
de feudo ao vassalo).
A relação de Suserania e Vassalagem era composta de direitos e deveres entre si. O Suserano
deveria proteger e dar assistência jurídica ao vassalo, como reaver o feudo do vassalo que morresse
sem herdeiro, e restringir o casamento do vassalo com pessoa que lhe fosse infiel. O Vassalo teria de
prestar serviço militar ao seu senhor, comparecer ao tribunal presidido pelo suserano toda vez que fosse
convocado, fidelidade e conselhos.
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/o-
feudalismo.htm. Acesso em: 15 de set. de 2020.

IGREJA

A Igreja foi reconhecida pelo Edito de Milão (313) pelo Império Romano e posta como oficial do
Estado Romano em 391, quando Teodósio aplicou o Edito de Tessalônica. Desde então, além de ser a
maior força centralizadora da Europa Medieval e maior proprietária de terras, a Igreja tinha o monopólio
cultural. Baseado no controle ideológico, onde a Igreja regulava as relações sociais, e da
Escolástica (submissão da filosofia clássica greco-romana aos dogmas da Religião Católica =
monopólio na tradução e interpretação das obras). O clero é dividido em duas partes o regular (abade e
monges) e o secular (papa, bispos e padres, ou seja, aqueles que possuem contato cotidiano com as
pessoas).
Um elemento político importante era a teoria dos dois gládios escrita por Papa Gelásio, em que o
poder era dividido em temporal (governo dos homens) e espiritual (poder religioso). Com isso, houve
sempre uma forte disputa entre os poderes pelo cesaropapismo (poder espiritual + poder temporal) entre
reis e o papa, mas, no medievo, o poder sempre tendia para força papal.
Entretanto, o poder da Igreja sofreu tensões durante o período medieval. Um bom exemplo foi o
movimento herege, que, inclusive, fez surgir a Santa Inquisição, em 1231, para punir os praticantes de
heresia. Exemplo de heresias, temos: o arianismo (Cristo não seria Deus, mas seu filho, com isso, sem
a mesma substância), albigenses (não acatava a autoridade da Igreja e os Sacramentos) e os valdenses
(defensores da pobreza do clero). Do ponto de vista político, um grande evento foi a Querela das
Investiduras (1085 – 1122), que gerou a tensão entre Henrique IV (Imperador do Sacro Império Romano
Germânico e o Papa Gregório VI, que colocou os Bispos sobre a autoridade da Igreja, defendendo
dogmas como celibato e combatendo a simonia (venda de bens da Igreja). Sendo assim, surgiu fortes
conflitos entre o Imperador e o Papa, que culminou no excomungar do Imperador. Posteriormente,
Henrique IV pede perdão e estabelecendo a Concordata de Worms (1122), que limitou o poder do
Imperador e reforçou a autoridade da Igreja.

IMPÉRIO BIZANTINO

O antigo Império Romano do Oriente se manteve em pé até o século XV (até a Tomada de


Constantinopla em 1453 pelos árabes), porque tinha um forte exército, uma grande fortaleza e pelas
relações diplomáticas com invasores. Tinha uma monarquia centralizadora e teocrática, que se reforçou
por episódios contra a Igreja como as heresias (Monofisistas, que Cristo só tinha a natureza divina e não
havia a santíssima trindade; Iconoclasta, que destruíram as imagens religiosas) e a Cisma do Oriente
(1054), quando o Patriarca Miguel Cerulário rompeu com o Papa Leão IX, com isso, criando a Igreja
Cristã Ortodoxa Grega.
Disponível em: https://www.proenem.com.br/enem/historia/alta-idade-media-fragmentacao-politica-e-o-
poder-da-cruz/. Acesso em: 15 de set. de2022

Você também pode gostar