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Siga as orientações da aula de 03/08 da seguinte forma:

Para a semana de 03 até 07/08


1º Faça a leitura do texto neste documento (Império Bizantino)
2º Complete sua leitura com o texto do livro movimento do aprender páginas
355 até 359
3º Acesse a plataforma Geekie e execute as atividades do plano de estudo-
Aula Indicada – Baixa Idade Média
3º Acompanhe a tabela abaixo como um roteiro de estudos e discuta com os
colegas do seu grupo
4º Faça as anotações
5º Não esqueça de mandar para o e-mail do professor o nome dos integrantes
do seu grupo.

Política Justiniano e Teodora


Econômico Comércio
Religião Semelhanças e diferenças com o Império Romano do Ocidente-
Feudalismo
Cultura Aspectos positivos em relação ao Império Romano do
Ocidente- Feudalismo
Sociedade Diversidade
Queda Tomada de Constantinopla em 1453

Para a Semana de 10/08 até 14/08


Debate com os alunos na aula ao Vivo do da 10/08- Considerando os textos e
o conteúdo da Plataforma Geekie

Para a Semana de 17/08 a 21/08


Data limite para fazer as atividades da Plataforma Geekie
Execução da atividade em grupo

O Império Bizantino

Formação

O Império Bizantino se constituiu da divisão do Império Romano, no ano de


395, em duas partes: Império Romano do Oriente, com capital em
Constantinopla e Império Romano do Ocidente, com capital em Milão.
A cidade de Constantinopla, antes denominada Nova Roma, foi fundada por
Constantino no ano de 330, no local onde existia a colônia grega de Bizâncio (hoje
Istambul), na região entre a Europa e a Ásia, na passagem do mar Egeu para o mar
Negro.
Protegida por muralhas e cercada de água por três lados, a península
sobreviveu às invasões bárbaras em toda a Idade Média.
O principal imperador bizantino foi Justiniano (527-565), em seu governo o
Império Bizantino atingiu o máximo esplendor.
Enquanto no Ocidente, durante a Alta Idade Média, o Império Romano era
devastado pelas invasões de diversos povos, Justiniano conseguia manter a
unidade do Império Romano do Oriente, que compreendia a península Balcânica, a
Ásia Menor, a Síria, a Palestina, o norte da Mesopotâmia e o nordeste da Ásia.
Foi também o responsável pela temporária reconquista de grande parte do
Império Romano do Ocidente, incluindo a cidade de Roma.

O Governo de Justiniano

Filho de camponeses, Justiniano chegou ao trono em 527. Sua mulher,


Teodora, exerceu decisiva influência sobre a administração do Império,
determinando muitas decisões tomadas por Justiniano.
No poder, Justiniano procurou organizar as leis do Império. Encarregou uma
comissão de juristas de elaborar o Digesto, uma espécie de manual de Direito
destinado aos estudantes, que foi publicado em 533. Nesse mesmo ano foram
publicadas as Institutas, com os princípios fundamentais do Direito Romano e no
ano seguinte concluiu o Código de Justiniano.
As três obras de Justiniano – que na verdade, eram uma compilação das leis
romanas desde a República até o Império Romano, foram depois reunidas numa
única obra o Codex Justinianus, depois chamado de Corpus Juris Civilis (Corpo
de Direito Civil).
Se, em Roma, os espetáculos realizados no Coliseu entretinham as camadas
populares da cidade, em Constantinopla, a população concentrava-se nas corridas
de cavalos realizadas no Hipódromo da cidade. Assim como no Coliseu, a
violência e a brutalidade extremas também se alastravam no Hipódromo, mas com
repercussões sociais mais complicadas de se lidar do que em Roma. Na época do
imperador Justiniano, houve, em decorrência das rivalidades existentes em torno
das corridas de cavalos, um surto de violência que culminou em uma revolta
política, conhecida como Revolta de Nika.
A Revolta de Nika aconteceu no ano de 532 d.C. Apesar de Justiniano ter
sido um dos imperadores que mais conseguiram tornar o Império Bizantino
poderoso e sofisticado, com conquistas de território e embelezamento de
Constantinopla, sua forma de administração austera não lhe garantiu popularidade.
As insatisfações sociais das camadas populares do império refletiam-se nas
corridas de cavalos do Hipódromo. Duas facções principais disputavam a atenção
do imperador: a verde e a azul. Essas disputas chegavam ao ponto de seus
membros assassinarem uns aos outros.
Justiniano, para barrar o excesso de violências entre as facções, decidiu punir
os líderes de ambas, condenando-os à morte. Esse gesto gerou a revolta geral. Em
certa ocasião em que o imperador estava no hipódromo e preparava-se para
assistir a mais uma disputa, os membros das duas facções uniram-se e realizaram
um motim que se transformou em um levante social e político. Diz-se que, enquanto
conseguiam bloquear as atividades do imperador, a massa
gritava “Nika! Nika!”, que significa, em grego, “Vitória”.
Os revoltosos tentaram empossar o senador Hipácio, um dos inimigos
políticos de Justiniano, como imperador. Enquanto isso, Justiniano, orientado por
sua esposa, Thedora, procurou um meio de, a um só tempo, ganhar tempo com as
hordas violentas e preparar um contragolpe para o motim. O imperador procurou
incitar nas facções o ódio recíproco que lhes era característico. Ao mesmo tempo,
seus principais generais, Belisário e Mundus, organizaram as tropas imperiais
para invadir o Hipódromo e sufocar a revolta. Especula-se que mais de 30 mil
pessoas foram assassinadas pelas tropas do imperador. Entre os mortos, estavam
políticos, comerciantes e outras pessoas de destaque na cidade. Hipácio, que
tentara usurpar o trono, foi um dos assassinados.

Divisão da sociedade do Império Bizantino

A sociedade bizantina era uma hierarquia. Confira a seguir a sua organização:


 No topo encontrava-se o Imperador e sua família;
 Logo abaixo, ficava a nobreza, que era formada pelos assessores do
Imperador;
 Em seguida, o alto clero, que era privilegiado com sua posição hierárquica;
 Depois vinha a elite, que era composta de fazendeiros, comerciantes e donos
de oficinas artesanais;
 Havia uma camada média da sociedade formada por pequenos agricultores,
baixo clero e trabalhadores de oficinas de artesanato;
 A maior parte era formada pelos pobres camponeses que ganhavam pouco e
tinham de pagar altas taxas de impostos.

Economia, Religião e Cultura Bizantina.

Situada numa posição privilegiada, Constantinopla era ponto de passagem


para os comerciantes que circulavam entre o Oriente e o Ocidente. A cidade
possuía diversas manufaturas, como as de seda e um comércio desenvolvido.
Justiniano procurou usar a religião para unir o mundo oriental e ocidental.
Procedeu a construção da catedral de Santa Sofia (532 a 537), monumento
arquitetônico no estilo bizantino, voltada para a expressão da fé cristã, com sua
enorme cúpula central, apoiada em colunas que terminam em capiteis ricamente
trabalhados.
O cristianismo predominou no Império Bizantino, embora tenha se
desenvolvido de forma peculiar. O Imperador passou a ser considerado o principal
chefe da Igreja. Desprezavam as imagens, podiam adorar apenas Deus, cuja
imagem também não podia ser reproduzida.
As imagens eram denominadas ícones, levando os bizantinos a um
movimento de destruição conhecido como Iconoclastia. Questionando os dogmas
cristãos pregados pelo clero que seguia o papa de Roma, deram origem a algumas
heresias correntes doutrinárias discordantes da interpretação cristã tradicional.
As diferenças entre Oriente e Ocidente, e as disputas pelo poder entre o papa
e o Imperador culminaram na divisão da Igreja, em 1054, criando uma cristandade
ocidental, chefiada pelo papa e uma oriental, chefiada pelo imperador. Esse fato
recebeu o nome de Cisma do Oriente.
Os mosaicos, obras de arte que já eram conhecidos pelos gregos e pelos
romanos, fizeram parte do cotidiano das igrejas bizantinas. As obras geralmente
retratavam para os fiéis as histórias da bíblia e tinham funções de ensinar a religião.
Vale ressaltar que a maior parte da população não era alfabetizada como
abordamos anteriormente, e os aprendizados deveriam ser feitos por meio de
imagens, passando de forma facilitada a doutrina cristã. Nos mosaicos os
ensinamentos eram contados de forma objetiva e o mais simples possível.
A cultura bizantina apesar de refletir profundas influências romanas, sofreram
claras influências da Cultura Helenística. Adotaram o grego como idioma oficial, no
século III, mantiveram constantes relações com os povos asiáticos, além de
vivenciarem a invasão persa e o posterior assedio árabe. A arte combinava o luxo e
a exuberância do Oriente.

A Queda do Império Bizantino

A estabilidade do Império Bizantino esteve por algum tempo ameaçada por


dificuldade financeira. No auge do governo Justiniano, no século VI, seguiu-se um
longo período de decadência.
Com a morte de Justiniano em 565, as dificuldades cresceram. Árabes e
búlgaros intensificaram as tentativas de entrar no Império. Durante a Baixa Idade
Média (séculos X a XV), além das pressões dos povos e impérios nas suas
fronteiras orientais e perdas de territórios, o Império Bizantino foi alvo da retomada
expansionista ocidental, a exemplo das Cruzadas.
Com a expansão dos turcos-otomanos no século XIV, tomando os Bálcãs e a
Ásia Menor, o império acabou reduzido à cidade de Constantinopla.
O predomínio econômico das cidades italianas ampliou o enfraquecimento
Bizantino, que chegou ao fim em 1453, quando o sultão Maomé II destruiu as
muralhas de Constantinopla com poderosos canhões. Os turcos transformaram-na
em sua capital, passando a chamá-la de Istambul, como é conhecida hoje.

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