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MATERIAL COMPLEMENTAR

PROF.ME. EDVAN CLIO


07-ANTIGUIDADE OCIDENTAL/CLÁSSICA - ROMA
A CIVILIZAÇÃO ROMANA
A Península Itálica, que se projeta sobre o Mar
Mediterrâneo, área de terras férteis, foi o local onde se
desenvolveu a civilização clássica de Roma. Formada pelo
território continental e as ilhas mediterrâneas de Sardenha,
Córsega e Sicília, essa região deu lugar ao maior império da
antiguidade.
O território da atual Itália apresenta poucos portos naturais,
mas, em compensação, possui terras férteis que
favoreceram a agricultura, e a existência de planícies e rios
facilitam a comunicação interna e o comércio. Figura:detudoumpouco7b.blogspot.com.br/2015/04/pontos-turisticos-da-italia.html

A região da Península Itálica fora ocupada inicialmente pelos ITALIOTAS, entre os quais se encontravam os
SABINOS e os LATINOS. Depois vieram os ETRUSCOS, povo comerciante que se estabeleceu no noroeste da
península, e mais tarde os GREGOS, que ocuparam o sul durante a segunda diáspora grega.
Roma nasce a partir de uma pequena aldeia latina por volta de 753 a.C., que buscava permanente proteção
contra invasões dos etruscos.1
A HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO ROMANA SE DIVIDE EM 3 PERÍODOS DISTINTOS
MONARQUIA – 753 – 509 a.C.
REPÚBLICA – 509 – 27 a.C.
IMPÉRIO – 27 a.C. - 476

AS ORIGENS DE ROMA

Existem duas explicações para o surgimento de ROMA, uma LENDÁRIA e outra HISTÓRICA. A origem lendária
da fundação de Roma é cercada de várias lendas. Através da poesia de Virgílio, “Eneida”, é contada a mais
difundida de suas lendas. Os irmãos Remo e Rômulo, descendentes de Enéas, que se refugiara na região após a
queda de Tróia nas mãos dos aqueus, seriam os fundadores da cidade.

RÔMULO E REMO
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito
de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos
foram jogados no rio Tibre, na Itália, e, mais tarde, resgatados
por uma loba, que os amamentou. Foram criados
posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam à
cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma
nova cidade, que seria Roma.

Figura: pt.wikipedia.org/wiki/Lupa_Capitolina

A FUNDAÇÃO DE ROMA
Os povos LATINOS, Italiotas, ocuparam a região central da península itálica por volta do de 2000 a.C., se
instalaram na região do Lácio nas proximidades do rio Tibre e ali fundaram várias aldeias, entre elas, Roma.
Naquela região, a prática do pastoreio era a principal atividade. Para se proteger dos sucessivos ataques de
invasores, os Latinos constroem um forte na região do Lácio. Posteriormente, por volta do século VIII a.C., os
1
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
P.115.
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ETRUSCOS, vindos do norte, invadem e ocupam essa região e, gradativamente, começam a anexar as aldeias
dos povos dominados, e estas formaram a cidade de ROMA.

MONARQUIA ROMANA (753 a.C. – 509 a.C.)


A narrativa mais plausível está na obra “História de Roma”, de TITO LÍVIO, na
qual ele narra a construção de muros ao redor da região que daria origem a
Roma para a proteção dos latinos frente aos sucessivos ataques etruscos. A
partir da invasão e consequente domínio dos Etruscos, por volta do século VIII,
tem início uma nova organização política e social que resultou na criação da
monarquia.

Segundo lendas e tradições, Roma foi governada por SETE REIS, sendo que os
quatro primeiros teriam origem Latina e Sabina, e os últimos três eram de
origem ETRUSCA. Durante o domínio ETRUSCO, Roma conheceu um período de
grande avanço econômico, comercial e cultural, tornando-se um centro urbano
organizado e próspero. Figura; www.ecured.cu/Tito_Livio

SOCIEDADE
A divisão social, na época da realeza, era
composta basicamente por 4 grandes grupos:

PATRÍCIOS – Os grandes proprietários de terra, a


elite latifundiária de ROMA, as famílias mais ricas,
que desfrutavam de direitos políticos e podiam
desempenhar altas funções públicas. Eram os
cidadãos romanos.
CLIENTES – Pessoas que prestavam serviços aos
patrícios em troca de proteção, comida ou
moradia. Eram livres, porém, sem direitos
políticos.
PLEBEUS – Pequenos agricultores, artesãos,
comerciantes ou estrangeiros. Compunham a
maior camada da sociedade romana. Não tinham
direitos políticos.
ESCRAVOS – Pessoas capturadas em guerras ou
reduzidas à escravidão por dívidas. Eram
considerados um bem material, uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o direito de castigá-los, de vendê-
los, ou de alugar seus serviços.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
O poder político estava concentrado na Realeza. O REI que
acumulava as funções políticas, militares e religiosas. Seu
poder era limitado pelo SENADO - assembleia de anciãos
patrícios que propunham novas leis e fiscalizavam as ações
do rei. E, por fim, a ASSEMBLEIA CURIAL ou CURIATA era
representada pelos patrícios em idade militar, membros das
cúrias (reunião de clãs).
IMPORTANTE
OS CIDADÃOS DIVIDIAM-SE EM TRÊS TRIBOS: TITIES, RAMMES E
LUCERES, CADA UMA DIVIDIDA EM 10 CÚRIAS.
Figura: Arquivo OFICINA DA HISTÓRIA/2017
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A TRIBO CONTRIBUÍA PARA A DEFESA DO ESTADO COM 100 CAVALEIROS E 10
CENTÚRIAS.
CENTÚRIA ERA A UNIDADE BÁSICA DO EXÉRCITO ROMANO, COMPOSTA POR 100
SOLDADOS ARMADOS A SUA PRÓPRIA CUSTA.
FIM DA MONARQUIA
A partir de 640 a.C., Roma passa a ser governada pelos reis etruscos.

Figura: Arquivo OFICINA DA HISTÓRIA/2017

Buscando a manutenção do seu governo, Tarquínio se aproxima da plebe, visando enfraquecer o poder e a
influência dos patrícios.
E, assim, sob o pretexto de que seu filho SEXTIO TARQUÍNIO teria violentado LUCRÉCIA, filha de um
aristocrata, TARQUÍNIO, O SOBERBO, foi desposto e
expulso de ROMA em 509 a.C.

IMPORTANTE 1
*A derrubada da monarquia foi um ato reacionário dos patrícios, afastando a
realeza, então comprometida com as camadas inferiores.
*Os motivos da implantação da república transpareceram nas instituições
Figura: Morte de Lucrécia. www.pinterest.com/pin/550635491913146112/

republicanas.
*O monopólio do poder ficou nas mãos do patriciado, e a plebe ficou à
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margem.
*Evitaram a concentração do poder nas mãos de uma só pessoa.

IMPORTANTE 2
*O patriciado romano, então, proclamou a república, que deveria ser uma nova
forma de política na qual os privilégios de classe deveriam ser mantidos.

REPÚBLICA ROMANA (509 a.C. – 27 a.C.)


Ao findar o poder real com a derrubada de Tarquínio, o Senado passa a ser o órgão de poder mais importante
da República (domínio aristocrático dos patrícios).
REPÚBLICA, em latim, quer dizer COISA DE TODOS, DO POVO. No entanto, o que se viu em Roma não foi a
distribuição do poder, mas a instalação de uma organização política dominada pelos patrícios. Embora a
maioria da população fosse composta por plebeus, eles não tinham o direito de participar das decisões
políticas.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
SENADO – Formado inicialmente por 100 senadores,
posteriormente aumentado para 300 membros vitalícios.
Era consultado antes de qualquer decisão importante
envolvendo a cidade de Roma, zelava pela tradição e
religião.
Supervisionava as finanças, conduzia a política externa e
a administração das províncias.
uncao-
Em caso de crise, escolhia um DITADOR

MAGISTRATURAS - Representavam a administração direta, e eram elas:


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PRA LEMBRAR

Figura: http://historiadodireitofmp.blogspot.com.br/2015/09/o-poder-em-romana.html

ASSEMBLEIAS - COMÍCIOS

CURIATA - Perde força na república, só participam os patrícios.


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CENTURIATA - Convocada pelo cônsul, era a mais importante da República.
Consistia numa reunião do exército, dividido em centúrias (a rigor, grupos de
cem homens), e constituído por homens de todas as classes sociais.
Contudo, as classes baixas compensavam seu armamento inferior, com um
número superior de homens.
Como cada centúria tinha direito a um voto e havia 98 centúrias patrícias contra
95 centúrias da plebe, a soberania das elites estava garantida.
Essa Assembleia votava todas as leis e elegia cônsules, pretores e censores.
TRIBÚNICA - Formada pelas 35 tribos romanas: 31 rurais (as quais pertenciam as
elites) e 4 urbanas (o proletariado). Essa Assembleia votava leis e elegia questores e
edis.
A LUTA ENTRE PATRÍCIOS E PLEBEUS
O caráter elitista e aristocrático da República, junto da
marginalização da maioria de sua população, os
plebeus, levou Roma a uma série de conflitos sociais.

Os plebeus contribuíam para a riqueza de Roma,


pagavam impostos e serviam o exército; mas, apesar
disso, eram excluídos do direito de participação no
governo.

A exclusão se repetia na vida social: o casamento entre


patrícios e plebeus era proibido.

Além disso, ao serem convocados para lutar nas


Figura:virgiliocamposhistoriaantiga.blogspot.com.br/2011/03/o-panorama-
social-e-politico-de-roma.html
guerras contra Roma, os plebeus eram forçados a
deixar suas pequenas propriedades e, com isso, se endividavam e acabavam perdendo sua terra e a liberdade,
ou seja, eram escravizados.2
Outro problema estava ligado às leis, pois no início da história de Roma as leis eram orais e organizadas pelos
patrícios, que defendiam seus próprios interesses.
Para pressionar os patrícios, eles se retiravam de Roma e ameaçavam não participar mais do exército,
organizando várias revoltas e greves, buscando conquistar melhores condições de vida e participação na vida
pública. ENTRE OS ANOS DE 494 E 287 A.C., OS PLEBEUS SE REVOLTARAM CINCO VEZES:

PRIMEIRA REVOLTA – 494 a.C. – Trata-se da primeira greve de caráter


social da história.3 Os plebeus se retiraram para o monte sagrado e os
patrícios concederam a criação dos TRIBUNOS DA PLEBE, magistrado que
tinha o poder de anular leis contrárias aos interesses da plebe. Mas quem
escolhia os tribunos era a assembleia centuriata, de domínio patrício, por
isso a ação dos tribunos era bem limitada. Somente a partir de 471 a.C., os
plebeus vão poder eleger os tribunos através da recém-criada assembleia
da plebe.
Figura:arrozcatum.blogspot.com.br/2013/01/os-tribunos-da-
plebe.html

2
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.P.157.
3
ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São
Paulo: Ática, 1996. P.60.
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SEGUNDA REVOLTA – 450 a.C. – Os patrícios enviaram representantes para Atenas
para estudar suas leis e, com a ameaça de nova revolta, foram nomeados dez juízes
para redigir leis. Com leis escritas, ficaria difícil para os patrícios interpretá-las
conforme seus interesses. Surgem, então, AS LEIS DAS DOZE TÁBUAS.

TERCEIRA REVOLTA – 445 a.C. – Nessa revolta os plebeus exigiam o fim da proibição
do casamento entre patrícios e plebeus. Eles acreditavam que casamentos mistos
quebrariam a tradição patrícia de exercer o poder com exclusividade. Sendo assim, é
criada a LEI DA CANULÉIA.
Figura:www.stf.jus.br/portal/cms/
verTexto.asp?servico=

QUARTA REVOLTA – 367-366 a.C. – Pressão da plebe para resolver questões que se
arrastavam, como a escravidão por dívidas e a falta de participação política. A LEI LICÍNIA
SEXTIA proibiu que o corpo fosse dado como garantia, praticamente acabando com a
escravidão por dívida. Mas a lei não tinha efeito retroativo. Os já escravizados
permaneciam escravos. Somente em 326 a.C., com a LEI POETÉLIA PAPIRIA, que a
escravidão por dívidas foi definitivamente abolida. A lei LICÍNIA também limitava a posse
de particulares em territórios públicos (ager públicus) conquistados em guerras. Permitiu,
também, a eleição de magistrados plebeus.

QUINTA REVOLTA – 287-286 a.C. – Retirando-se da cidade mais uma vez, os plebeus
conseguiram impor a LEI HORTÊNCIA, segundo a qual as leis votadas na assembleia da
plebe tinham validade para todo o Estado: era decisão da plebe, ou PLEBISCITO.
Figura:definicion.mx/magistratura/

PRA LEMBRAR
TRIBUNOS DA PLEBE – poder de anular leis contrárias aos interesses da plebe.
LEI DAS XII TÁBUAS – primeiro código de leis escrito de Roma.
LEI CANULÉIA – permissão de casamento entre patrícios e plebeus.
LEI LICÍNIA – a partir dela, não haveria mais a escravidão por dívidas, eleição de
magistrados plebeus e nova divisão do ager públicus.
LEI HORTÊNCIA – tornava os plebiscitos plebeus válidos para todo o Estado.

A luta da plebe por direitos estendeu-se por mais de 200


anos e beneficiou, sobretudo, os plebeus mais ricos, os
únicos que conseguiram o cargo de magistrado ou
senador. Outra via de ascensão dos plebeus foi o
casamento entre seus filhos e os das famílias patrícias.
Nascia, assim, o NOBILIATAS, grupo formado por patrícios
e plebeus enriquecidos.4

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4
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.P.157.
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EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA

A expansão territorial romana acontece basicamente em


duas etapas. Primeiro, a conquista da totalidade da
península itálica e, depois, ao esbarrar nos interesses
comerciais de Cartago, que tinha ligações comerciais com as
regiões conquistadas no sul da Itália, começa as guerras
púnicas.

A CONQUISTA DA ITÁLIA
A conquista da Itália levou mais de 230 anos. Assim, entre os
séculos V e III a.C., por meio de guerras e acordos políticos,
as legiões romanas, formadas por infantaria, cavalaria e
artilharia, conquistaram quase toda a península itálica. A
vitória sobre os Gauleses da costa adriática marca a
conquista da totalidade da península itálica para os
romanos.

CURIOSIDADE!
Roma não possuía um exército permanente, ele
era composto por homens, patrícios ou plebeus,
camponeses ou cidadãos, entre 17 e 46 anos de
idade, que eram transformados em soldados
temporariamente. Figura:www.ecunico.com.br/eisohomem/daniel/roma
%20imperio.htm

AS GUERRAS PÚNICAS 264 – 146 a.C.


Após a conquista da Península Itálica, por
volta de 275 a.C., a expansão da
República volta-se para o Mediterrâneo.
Tem início o conflito entre Roma e a ex-
colônia fenícia de Cartago, que dominava
o Mediterrâneo Ocidental a partir de suas
rotas comerciais. Os navios cartagineses
chegavam até a costa ocidental da África,
e mesmo à Bretanha e à Noruega. A
disputa por terras e rotas de comércio no
mediterrâneo deu origem a três guerras
púnicas. São chamadas de púnicas porque
os romanos
chamavam os
cartagineses de
PUNICI ou POENICI.

PRIMEIRA GUERRA PÚNICA – 264-241 a.C. – Os cartagineses, comandados por AMÍLCAR


BARCA, apresentam uma forte resistência aos romanos, mas ao final são derrotados e
reconhecem a derrota entregando os territórios da Sicília, a Córsega e a Sardenha.

Figura:aminoapps.com/c/eras-
historicas/page/item/amilcar-barca-
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SEGUNDA GUERRA PÚNICA – 218-208 a.C. –


Amílcar Barca conquista a Espanha, que se
torna uma importante região para Cartago,
com uma grande produção mineradora.
Os romanos enviam diplomatas à Espanha para
tentar diminuir sua influência no norte daquela
região. A diplomacia falha e o general ANÍBAL,
filho de Amílcar, parte de Cartagena com
elefantes e um enorme contingente militar,
atravessa os Alpes e invade a Itália, dando
início à segunda guerra púnica. Conquista
Trébia em
218 a.C. e, com o apoio dos gauleses, cruza os Apeninos, obtendo nova
vitória contra Figura: www.ocesaronada.net/hannon-el-cartagines-aliado-de-roma/
os romanos no lago Trasimeno.
Ao invés de invadir Roma, opta por uma estratégia menos agressiva,
destruindo as fontes de abastecimento da região. E, assim, Aníbal impôs a
mais violenta derrota aos romanos, que perderam mais de 40 mil homens
na Batalha de Canas. Macedônios e gregos da Sicília se aliaram a Aníbal. A
situação muda quando os romanos provocam uma rebelião das cidades
gregas contra a Macedônia, privando Aníbal dessa poderosa aliada. Roma
divide seus exércitos e ocupa SIRACUSA e ESPANHA ao mesmo tempo em
que seu exército auxiliar vence o irmão de
Aníbal, ASDRÚBAL, na Batalha de Metauro, em
207 a.C. Isolado, Aníbal volta a Cartago, já cercada
pelas tropas de CIPIÃO, o AFRICANO. Aníbal foi
vencido em ZAMA em 202 a.C. Cartago perde a Espanha e toda a sua esquadra de
Figura:www.pinterest.com/pin/
guerra, e é obrigada a pagar uma indenização, juntamente com um acordo de paz
455074737329756505/

de 50 anos. Figura:pt.wikip
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TERCEIRA GUERRA PÚNICA – 150-146 a.C. – Cartago voltou-se ao cultivo de
gêneros agrícolas e não tardou para que seus produtos passassem a concorrer com
os italianos.
Quando os cartagineses resistiram a investidas na região da NUMÍDIA, no norte da
África, os romanos reagiram por considerar esse fato uma
quebra do acordo de paz.
Sob a liderança de CIPIÃO EMILIANO, os cartagineses foram
sitiados e resistiram por quatro anos. Ao fim, os romanos
saem vitoriosos, transformando mais de 40 mil cartagineses
em escravos.5

5
ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São
Paulo: Ática, 1996. P.65.
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IMPORTANTE
Após a vitória sobre Cartago, os romanos
dominaram a Macedônia, a Grécia e parte da
Ásia Menor; sob o comando de Júlio César,
conquistam a Gália e ocupam o Egito e o norte da
África. Em fins do século I a.C., Roma tinha se
tornado senhora das terras em volta do
Mediterrâneo, mar que os romanos passaram a
chamar de MARE NOSTRUM – NOSSO MAR.

Figura: www.gruppoeuropa.net/en/news/operazione-mare-nostrum-il-governo-vara-
unoperazione-militare-umanitaria/ CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO
ROMANA
Os territórios conquistados foram transformados em províncias. O DENÁRIO,
moeda de prata romana, tornou-se a moeda circulante em toda a Itália e
províncias.
AS CONQUISTAS ROMANAS PROVOCARAM UMA SÉRIE DE MUDANÇAS EM ROMA:
*Concentração das riquezas retiradas das sociedades dominadas em Roma; impostos, terras, rebanhos e
outros bens retirados das províncias. Figura:www.conuvi.com.ar/mobile/posts/tutoriales/693/Como-leer-una-moneda-
*O aumento das atividades comerciais e a necessidade de romana.html
controle dos novos territórios produziram uma nova classe social, os CAVALEIROS, CLASSE EQUESTRE ou
EQUITES, plebeus enriquecidos em atividades como a cobrança de impostos (publicanos), comércio,
construção civil, etc. Quando os participantes desse grupo social conseguiam ingressar nas magistraturas,
passavam a ser conhecidos como HOMENS NOVOS.
*Concentração de terras nas mãos de poucos, surgindo o LATIFÚNDIO, que vai engolir o pequeno camponês e
sua pequena parcela de terra.
*A decadência da pequena propriedade levou ao ÊXODO RURAL, pois, sem condições de pagar impostos sobre
a terra e concorrer com produtos das províncias, os pequenos proprietários migram para as cidades.
*Roma tornou-se uma cidade cosmopolita, isto é, passou a reunir indivíduos de diferentes povos e culturas.
Entre esses povos estavam os gregos, cuja influência se fez sentir nas artes, na vida intelectual e religiosa,
levando a uma mudança no estilo de vida romano, transformado em um estilo mais requintado e refinado.
*Empobrecimento da plebe, causado por vários motivos, como o crescente interesse pela profissionalização
os.blogspot.com.br/
cial-do-alto-imperio.html
do exército, criando o serviço militar obrigatório, desviando um grande número de plebeus para as guerras,
inviabilizando, assim, a produção nas pequenas propriedades.
*Aumento considerável do número de escravos, principalmente em virtude das guerras. O trabalho passa a
ser predominantemente feito pelo escravo, transformando Roma em uma SOCIEDADE ESCRAVISTA.
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SOCIEDADE ESCRAVISTA
Assim como ocorreu na Grécia, em Roma utilizou-se intensamente o trabalho escravo para a produção de bens
e serviços, principalmente a partir da república. Com a expansão militar, muitos prisioneiros de guerra foram
transformados em escravos. Houve, assim, aumento significativo do número de escravos na sociedade
romana. O escravo realizava trabalho nos mais diversos setores da economia.
Ao senhor de escravos restava, assim, tempo para as atividades administrativas, a diversão e o descanso.
NO MUNDO GRECO-ROMANO, ERA COMUM OS ESCRAVIZADOS DESEMPENHAREM OFÍCIOS SOCIALMENTE
PRESTIGIADOS, COMO O DE PRECEPTOR DOS FILHOS DA ELITE ROMANA.
Durante a república, ocorreram três grandes revoltas de escravos no mundo romano: duas na Sicília, de 136 a
132 a.C., e de 104 a 101 a.C.; a outra no sul da Itália, de 73 a 71 a.C.,
Figura:pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_na_Roma_Antiga
sob a liderança de ESPÁRTACO, que comandou quase 80 mil escravos.
Sob a liderança de CRASSO, o exército romano sufoca a rebelião de ESPÁRTACO – a repressão foi violenta, e
mais de 6 mil seguidores de Espártaco foram crucificados ao longo da via Ápia.

A CRISE DA REPÚBLICA
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Os últimos tempos da república foram marcados pela guerra civil de grandes proporções entre patrícios e
plebeus, os quais tinham o apoio dos Homens novos. O surgimento dessa classe, homens novos, levou à
instabilidade social entre estes e os patrícios, causando a decadência das instituições republicanas.
Essas alterações no quadro social determinaram o
surgimento
de lutas IMPORTANTE
sociais que
assinalaram Essa guerra levou à decadência não
o fim da só dos patrícios, como também das
república. instituições republicanas,
Formaram-
se dois culminando com a tomada do
novos poder por Otávio em 27 a.C.,
partidos:
quando foi instaurado o império.
PARTIDO POPULAR – que unia plebeus,
que lutavam pela reforma agrária, e os
équites, que reivindicavam maior
participação na política;
PARTIDO CONSERVADOR – formado pelos
patrícios pertencentes à nobreza senatorial
e que era contrária a qualquer
transformação que prejudicasse seus
privilégios.

IRMÃOS GRACO
Diante desse clima de tensão, os irmãos TIBÉRIO E CAIO GRACO,
tribunos da plebe, tentaram uma reforma social com o objetivo de
melhorar as condições de vida da população plebeia.
TIBÉRIO GRACO - 133 a.C. suscitou o projeto de distribuição de
recursos aos plebeus através da reforma agrária. Previa limitações ao
crescimento do latifúndio e distribuição de terras entre camponeses e
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soldados. A proposta de lei recebeu o apoio dos camponeses, mas foi mal recebida pelos grandes
proprietários, que temiam ser expropriados; a tensão em Roma aumentou quando Tibério Graco tentou
reeleger-se para o cargo de tribuno; foi acusado de tirano e ditador e acabou sendo assassinado junto de 500
de seus companheiros durante uma assembleia.
Dez anos depois, CAIO GRACO 123 a.C., irmão de Tibério, é eleito tribuno da plebe e coloca em prática o
projeto de REFORMA AGRÁRIA nas regiões CÁPUA e TARENTO, além de distribuir trigo para a população mais
pobre a preços mais baixos – LEI FRUMENTÁRIA –, deu a concessão da cidadania romana a alguns povos
aliados de Roma e a obrigação do Estado romano pagar o equipamento dos homens que iam à guerra.
Com essas leis, Caio Graco se tornou bastante popular e, com isso, passou a ser perseguido pelas forças do
senado. Diante da crescente pressão, encurralado, Caio pediu a um escravo que o matasse. Com a morte dos
irmãos Graco, a questão agrária continuou sem solução e as disputas pelo poder tornaram-se cada vez mais
violentas.
O fracasso das reformas propostas pelos irmãos Graco trouxe grande instabilidade política, que foi
acompanhada pelo enfraquecimento do senado, que perdeu o seu poder para a ditadura. O ditador era uma
das magistraturas e, em época de crise, um dos cônsules era nomeado para estabilizar a política.
DITADURAS DE MÁRIO E SILA
MÁRIO 107 a.C.
Famoso por suas conquistas militares, Mário, Cônsul de Roma, torna-se
ditador. A ditadura supera o poder senatorial. Membro dos “homens novos”,
vai tentar isolar os patrícios, buscando apoio popular e cooptando o exército
através de sua profissionalização (pagamento do “soldo”). Concedeu, também,
o direito à parte das terras e bens tomados dos adversários. Os soldados
passaram a depender de seus comandantes para obter parte do saque ou
promoção na carreira; os comandantes, por sua vez, também dependiam
deles. Assim estabeleceram-se laços de lealdade entre os generais e suas
tropas; com isso, os comandantes militares ganharam enorme poder,
passando a representar uma ameaça tanto ao senado, quanto à república. O
Figura:archive.4plebs.org/x/thread/ general Mário, que tinha o apoio do partido popular, foi eleito por seis vezes
19996192/
consecutivas.

SILA 86 a.C.
General e homem de confiança do Senado que, com esse apoio e o de suas
tropas, se faz aclamado DITADOR PERPÉTUO.
Era a primeira vez que isso acontecia em Roma. Pelas leis da república, só
poderia se instalar a ditadura se a sociedade estivesse em perigo.
Sila se fez ditador por tempo ILIMITADO. Perseguiu e matou os partidários de
Mário e reestabeleceu os privilégios da classe patrícia.

NOVAS LIDERANÇAS EM MEIO À CRISE


-POMPEU consegue abafar uma revolta na Espanha provocada por Sertório, seguidor de Mário.
-LICÍNIO CRASSO reprime violentamente a famosa revolta escravista de Espártacus em 73 a.C.
-CATILINA, do partido popular, apela aos anseios populares, mas com interesses de restabelecer uma ditadura,
quando é denunciado por CÍCERO no famoso discurso “As Catilinárias”, que levaram à perseguição de Catilina
e a sua morte na Batalha de Pistóia.

O PRIMEIRO TRIUNVIRATO 60 a 44 a.C.


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Figura: http://www.novofa.com/2016/10/as-maiores-batalhas-e- Em 60 a.C., CRASSO, POMPEU e JÚLIO CÉSAR fizeram um acordo secreto e
guerras-da_16.html
chegaram à conclusão de que três pessoas representariam mais segmentos
sociais no poder e, consequentemente, a crise estaria controlada. Surge,
assim, o triunvirato, governo de três pessoas, que deveria centralizar o
poder e evitar a guerra civil que assolava a república.

JÚLIO CÉSAR parte com suas tropas e conquista a Gália; CRASSO dirigiu-se
ao oriente e morreu combatendo os Partas, povo que reconstruiu o
império Persa. POMPEU, isolado em Roma, recebe amplo apoio do senado
para defender a República, inclusive de César, que já apresentava uma
ameaça ao poder do Senado.
Júlio César, com o apoio de suas tropas, atravessa o RUBICÃO, rio que
separa a Itália da Gália, e pronuncia a famosa frase – ALEA JACTA EST - A
SORTE ESTÁ LANÇADA. Pompeu foge e é perseguido até o Egito, onde
ministros do faraó Ptolomeu o assassinaram. César desembarca no Egito,
derruba Ptolomeu e coloca Cleópatra no poder. Após dominar as províncias
governadas por aliados de Pompeu, César dominou a Ásia em 47 a.C.,
proferindo a sua mais famosa frase – VENI, VIDI, VINCI – VIM, VI E VENCI.

A DITADURA DE JÚLIO CÉSAR


César se torna ditador vitalício, empreendendo uma série de reformas populares que desproveu o senado de
seu caráter aristocrático:
-Nomeou mais de trezentos membros, na
maioria entre pessoas das classes comerciais e
iki/J%C3%BAlio_C

profissionais liberais.
-Concedeu cidadania romana a filhos de escravos
libertos, aos gauleses, e propôs-se torná-la
extensiva a todos os homens livres.
-Fundou colônias nas cidades de Sevilha, Arlés,
Corinto e Cartago, para onde foram milhões de
veteranos de guerra e desempregados colonizar
as novas terras.
-Pôs em prática várias obras públicas, que
incluíam a desobstrução de terras e
embelezamento da capital; deu trabalho a
milhares de homens.

-Restabeleceu o padrão ouro


para dar estabilidade à
moeda.

-Reformou o calendário; o
mês de julho foi batizado em
Figura: https://www.megacurioso.com.br/personalidades/102528-7-licoes-de-lideranca-do-grande-
conquistador-romano-julio-cesar.htm sua honra. Foi estabelecido o
ano de 365 dias e ano
bissexto de quatro em
quatro anos
Em 44 a.C., Júlio César é
vitima de uma conspiração
que o matou sob a legação de que ele queria acabar com a república e instituir um império. Sob a liderança
dos senadores CASSIO e BRUTUS, tomba em 15 de março uma das grandes figuras da história romana.
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07-ANTIGUIDADE OCIDENTAL/CLÁSSICA - ROMA

SEGUNDO TRIUNVIRATO 43 a.C. a 27


a.C.
A morte de Júlio César não diminuiu
as tensões em Roma, seus assassinos
não tomaram o poder. MARCO
ANTÔNIO sublevou o povo contra
quando leu em público o testamento
de César, que deixava sua fortuna para
o povo de Roma.
Em meio a essa crise, é formado o
segundo triunvirato: CAIO OTÁVIO,
sobrinho
Figura: https://www.megacurioso.com.br/personalidades/102528-7-licoes-de-lideranca-do-grande-
e filho
conquistador-romano-julio-cesar.htm adotivo de Júlio César, foi indicado
pelo próprio senado; MARCO
ANTÔNIO, cônsul de Roma; e LÉPIDO, banqueiro e chefe da cavalaria.
Através do acordo de BRINDISI, Roma foi redividida: Marco Antônio ficou com o Oriente, Lépido com a África,
e Otávio com a parte ocidental. A Itália foi considerada neutra.
Lépido é o primeiro a ser afastado, por não demonstrar habilidades administrativas; é destituído por Otávio. A
seguir, apresentando-se como um defensor das tradições romanas, acusou Marco Antônio de trair Roma ao se
casar com a rainha do Egito, Cleópatra. A disputa chega ao fim quando Otávio vence Marco Antônio na
BATALHA DE ÁCIO, em 31 a.C., e invade o Egito, o transformando em província de Roma. Marco Antônio e
Cleópatra se suicidaram, e Otávio assumiu, isolado, o comando do mundo romano.

IMPÉRIO ROMANO 27 a.C. a 476 d.C.


Ao assumir o poder, OTÁVIO foi acumulando títulos, entre eles o de AUGUSTO –
ESCOLHIDO DOS DEUSES. Esse fato marca o fim da república e o início do IMPÉRIO
ROMANO que, Figura: Marco historicamente,
é dividido em ALTO Antônio.knoow.net/historia/historiaantiga/cleopatra-e-marco-
antonio-romance/ IMPÉRIO ou
Figura:JÚLIO CESAR.
umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/7651.html PRINCIPADO e BAIXO IMPÉRIO ou
DOMINATO.

ALTO IMPÉRIO – PRINCIPADO 27 a.C. – SÉCULO III d.C.


Apresentou-se como um defensor da paz e conservou as instituições republicanas,
procurando dar uma aparência de legalidade ao novo regime. Após a conquista do
Egito, retornou a Roma, onde recebeu do senado o título de príncipe, ficando seu governo conhecido como
principado (27 a.C.- 14 d.C.).
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07-ANTIGUIDADE OCIDENTAL/CLÁSSICA - ROMA
Como príncipe, foi o primeiro cidadão da república e líder do senado. Como
imperador, assumiu o comando supremo do exército e criou a guarda
pretoriana, encarregada de sua proteção pessoal; como tribuno da plebe,
possuía o poder de veto sobre decisões do senado; como pontífice máximo,
ogiaehistoria20.blogspot.com.br/ controlava a religião romana.
o-cesar-augusto.html

GUARDA PRETORIANA
A partir de Augusto, todos os imperadores tiveram uma guarda pretoriana, de
tamanho variável. Tibério foi o construtor de uma fortificação que serviu de

A GUARDA PRETORIANA teve participação decisiva em


muitos eventos da história romana, por exemplo, no
assassinato de Calígula.
base para a guarda pretoriana e,
A guarda pretoriana era usada pelos imperadores como um por isso, foi adotado o escorpião
instrumento de validação de suas leis pela força, usando-a, (signo zodiacal de Tibério) como
por exemplo, para mandar matar inimigos. símbolo da guarda.
Porém, a guarda pretoriana
Figura PRETORIANOS também Figura:
:www.pinterest.com/pin/840976930391103963/
poderia ser PRETORIANOS.br
14469132_80343
muito perigosa. Por isso, criou-se o costume de
agradar os comandantes da guarda com pequenos
presentes e comissões.
Após alguns anos de serviço, um legionário
poderia pretender uma vaga na guarda pretoriana,
que proporcionava melhores salários, benefícios e
menor tempo de serviço.
A guarda pretoriana era um corpo militar de elite, formado para proteger os imperadores romanos e sua
família. Em certas ocasiões, esse corpo alcançou tanto poder, que era decisivo na escolha ou permanência
dos imperadores.

PAX ROMANA
Augusto promoveu uma série de reformas de grande impacto social que aumentou a sua popularidade:
-Organizou o império, definindo limites e fortalecendo fronteiras,
enviado tropas para defendê-las.
-Distribuiu terras aos seus soldados, instituiu aposentadoria aos
veteranos e regulamentou a distribuição de trigo à plebe.
-Assumiu a administração de algumas províncias, entre as quais o Egito,
importante fornecedor de trigo para Roma; as demais foram confiadas
ao senado.
-Modernizou a cidade de Roma, que passou a ser administrada por um
prefeito, ganhou um corpo de bombeiros para combater os constates
incêndios.
-Financiou a construção de uma série de obras que valorizavam a sua
imagem pessoal, como o fórum de Augusto, o altar da paz e um
mausoléu para a família imperial.

IMPORTANTE
Com esse conjunto de medidas, o governo de Otávio Augusto inaugurou um período de estabilidade
política e econômica conhecido por PAX ROMANA, que se prolongou por mais de 200 anos.6
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07-ANTIGUIDADE OCIDENTAL/CLÁSSICA - ROMA
Durante esse longo período, as principais cidades do império foram modernizadas, ganhando
estradas, teatros, edifícios públicos, aquedutos e fontes. Esse período, pax romana, vivido pelo
império nos séculos I e II, foi também um tempo de crescimento econômico e, particularmente, de
expansão e dinamização do comércio.

Para hierarquizar a sociedade, Augusto trocou o critério de nascimento pelo econômico, isto é, os cidadãos
teriam direitos proporcionais a seus bens. Surgem, assim, três ordens sociais:

SENATORIAL – Cidadãos com fortuna de mais de um milhão de sestércios (moeda romana de prata) tinham
privilégios políticos e o direito de usar a tarja púrpura na toga.
EQUESTRE – Com fortuna superior a 400 mil sestércios, tinham direitos a alguns cargos públicos e usavam a
cor azul
INFERIOR – Quem possuía menos de 400 mil sestércios, não tinham direito algum.

PÃO E CIRCO
Com a sua gradual expansão, o Império Romano tornou-se um
Estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma, tornou-se o centro de
praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e culturais
na época de seu auge. Isso fez, naturalmente, com que a cidade se
expandisse, com gente vinda das mais diferentes regiões em busca
de uma vida melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do
mundo, pessoas humildes e de poucas condições financeiras iam se
acotovelando nas periferias de Roma, em habitações com conforto
mínimo, espaço reduzido, de pouco ou nenhum saneamento básico,
e que eram exploradas em empregos de muito trabalho braçal e
pouco retorno financeiro. Figura: GLADIADOR. abemdanacao.blogs.sapo.pt/899947.html
Esses ingredientes, em qualquer sociedade, são perfeitos para
detonarem revoltas sociais de grandes dimensões. Para evitar isso, os imperadores optaram por uma solução
paliativa, que envolvia a distribuição de cereais e a promoção de vários eventos para entreter e distrair o povo
dos problemas mais sérios na fundação da sociedade romana.
Assim, nos tempos de crise, em especial no tempo do Império, as
autoridades acalmavam o povo com a construção de enormes
arenas, nas quais se realizavam sangrentos espetáculos
envolvendo gladiadores, animais ferozes, corridas de bigas,
quadrigas, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços,
artistas de teatro e corridas de cavalo. Outro costume dos
imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico
de Minucius. Basicamente, esses "presentes" ao povo romano
garantiam que a plebe não morresse de fome e tampouco de
aborrecimento. A vantagem de tal prática era que, ao mesmo
Figura:mspeglich.blogspot.com.br/2011/09/corridas-de-bigas-o-grande-
tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a
premio-dos.html popularidade do imperador entre os mais humildes ficava
7
consolidada.

Com a PAX ROMANA, o império passou a desfrutar de um longo período de estabilidade e prosperidade que
se estendeu até o fim do século II, abrangendo os governos de vários imperadores, que podem ser agrupados
em quatro dinastias.

6
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
P.170.
7
https://www.infoescola.com/historia/politica-do-pao-e-circo/. Consultado em 2 de março de 2018.
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JÚLIO CLAUDIANA (14 a 68 a.C.)
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FLÁVIOS (69 a 96 a.C.)


VESPASIANO – Restaurou a paz após a crise da sucessão do governo Nero. Seu filho, Tito, sufocou a revolta
dos judeus e destruiu Jerusalém. Tito também é responsável por restaurar as
finanças do império.
TITO - Pacífico, ótimo governante. Em seu governo, o Vesúvio soterrou as cidades
de Pompéia e Herculano.
DOMINICINIANO – Tentou governar de maneira absoluta, foi duro com o senado,
filósosos, cristãos e judeus. Foi assassinado durante uma conspiração palaciana.

ANTONINOS (96 A 192


A.C.)
NERVA – Originários da Gália e
da Espanha, essa dinastia
marca o apogeu do império.

TRAJANO – Ótimo administrador. Introduziu o crédito


agrícola a juros baixos e com benefícios para os mais
kipedia.org/wiki/Tito_(i pobres. Empreendeu
conquistas militares,
anexando a Dácia, a Armênia e
a alta Mesopotâmia. Auge da
expansão do Império.

ADRIANO – Pacífico, viajouhttps://www.tudosobreroma.com/imperio-romano


Figura 1:IMPÉRIO, muito pelas províncias. Suspende as campanhas
militares para além do rio Eufrates, sufoca nova revolta de judeus, que são
expulsos da Palestina (diáspora). Na Bretanha, construiu a famosa MURALHA DE
ADRIANO, com mais de 100 km.
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O,
ria.com.br/imperadores- ANTONINO PIO – Foi quem deu o nome à dinastia. De comportamento religioso
exemplar, daí seu nome, PIO – piedoso. Procurou fortalecer os cultos religiosos
nacionais.
MARCO AURÉLIO – Filósoso, com grandes ideiais de justiça e bondade. Protegeu os
losofia.com.br/historia_sho
órfãos e os pobres, mas perseguiu os cristãos. Morre em campanha militar defendo
as fronteiras do império contra invasões bárbaras.
COMODO – Destacou-se pelo mau comportamento. Divertia-se combatendo
gladiadores na arena. Desprezou o senado e acabou sendo assassinado numa das
muitas conspirações que enfrentou.

SEVEROS (193 A 235 A.C.)

SÉTIMO SEVERO – É colocado no poder pelas legiões romanas do Danúbio.


Desprezou o senado e governou com o apoio do exército.
Figura CARACALA – Concedeu a cidadania romana a todos os habitantes do império.
4:CARACALA,pt.wikipedia.org/wiki
/Caracala
Morreu assassinado em 212.

IMPORTANTE - ÉDITO DE CARACALA – 212


“Poder satisfazer a majestade dos deuses imortais de introduzir, no culto
dos deuses, os peregrinos, sendo que concedo a todos os peregrinos que
vivem no território a cidadania romana, salvaguardando os direitos das
cidades, com exceção dos Bárbaros vencidos.
Assim, este édito aumentará a majestade do povo romano.”
SEVERO ALEXANDRE – Bem intencionado, mas governou sem apoio político e
militar. Morreu assassinado durante um motim militar.
Figura
5:historiabruno.blogspot.com.br/2012/11/a- HELIOGÁBALO – Seu governo foi marcado por excentricidades. Pintava os olhos,
homossexualidade-em-roma-os-papeis-no.html
usava perucas, chegou a casar-se publicamente com outro homem.
Frequentemente caracterizado por historiadores modernos como um
transgênero, provavelmente transexual.

BAIXO IMPÉRIO – DOMINATO (SÉCULO III d.C. – 476 d.C.)

A fase final do Império Romano é marcada por sucessivas crises internas e externas que têm início na Crise do
Século III, quando Roma cessa seu processo
expansionista, prejudicando o fornecimento de
mão de obra escrava. Faltavam matérias-
primas e manufaturas para abastecimento
interno. A anarquia militar e o irreversível
processo de ruralização culminará no
feudalismo medieval.

DIOCLECIANO (254 – 305):


Para tentar reverter a crise política, promove
uma distribuição (descentralização) do poder
através da “TETRARQUIA”. Com a crise
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econômica e o aumento da inflação, decreta o Édito do Máximo para tabelar
preços e salários (o primeiro tabelamento de preços e salários da história.)
Foi responsável por uma perseguição implacável contra os cristãos.

CONSTANTINO (313 – 337):


ÉDITO DE MILÃO - 313 - O cristianismo já não pode ser negado e
simplesmente perseguido. ASSIM É DECRETADO, DANDO LIBERDADE DE
CULTO A OS CRISTÃOS.
“Decretamos, portanto, que, não obstante a existência de anteriores
instruções relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam
autorizados a abraçá-la sem estorvo ou empecilho, e que ninguém
absolutamente os impeça ou moleste... Observai, outrossim, que também
todos os demais terão garantia à livre e irrestrita prática de suas respectivas
religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que
asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua consciência e
Figura 7:CONSTANTINO.
joinville.blog.arautos.org/2013/05/ha-17-seculos-
eleição. “
constantino-concedia-liberdade-a-igreja/

COLONATO - Para resolver a crise do


escravismo, O IMPÉRIO promove a fixação
de camponeses a terra através do
colonato. Nesse regime, os grandes
proprietários cediam parte de suas terras
para pessoas pobres dos campos e das
cidades. Em alguns casos, escravos
também eram convertidos à condição de
colonos, pois seus donos não tinham
condições de sustentá-los.
Em troca do lote de terras e da proteção do proprietário, os colonos deveriam ceder parte de sua produção
agrícola. Esse visível processo de ruralização da economia romana provocou o esvaziamento dos centros
urbanos e a retração das atividades comerciais

ÉDITO DE CONSTANTINO – 321


Descanso aos domingos em homenagem ao deus-Sol (Sol Invictus).
Figura 8: CONSTANTINO,pt.churchpop.com/verdade-sobre-constantino-ter-fundado-igreja-catolica/constantino/

Os judeus, que guardavam o sábado, estavam sendo perseguidos sistematicamente nesse momento, por causa
das Guerras judaico-romanas e, por essa razão, o Édito de Constantino é considerado, muitas vezes,
antissemita.
CONCÍLIO DE NICÉIA – 325
Participaram cerca de 300 bispos cristãos.
Definiu a natureza divina de Jesus e a fixação da data da Páscoa (passou a ser diferente da Páscoa judaica).
Promulgação da lei canônica, conjunto de leis e regulamentos feitos ou adotados pelos líderes da Igreja, para o
governo da organização cristã e seus membros. Ficou definido também que o domingo seria o dia de descanso
dos cristãos. Ocorreu estabelecimento da doutrina Trinitária, ou Trindade.
CONSTANTINOPLA
Na antiga colônia grega de Bizâncio será fundada a cidade de Constantinopla,
a nova capital do império, fugindo das invasões bárbaras que assolavam a
parte ocidental.

TEODÓSIO (378 – 395):


ÉDITO DE TESSALÔNICA 380
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O cristianismo passa a ser a religião oficial do Império Romano, sendo o culto aos outros deuses e o politeísmo
proibido em todo o império.

IMPORTANTE – ÉDITO DE TESSALÔNICA - 380


“Queremos que todos os povos governados pela administração da nossa clemência
professem a religião que o divino apóstolo Pedro deu aos romanos, que até hoje foi pregada
como a pregou ele próprio, e que é evidente que professam o pontífice Dámaso e o bispo de
Alexandria, Pedro, homem de santidade apostólica.
Isto é, segundo a doutrina apostólica e a doutrina evangélica, cremos na divindade única do
Pai, do Filho e do Espírito Santo sob o conceito de igual majestade e da piedosa Trindade.
Ordenamos que tenham o nome de cristãos católicos quem siga esta norma”.

DIVISÃO DO IMPÉRIO ROMANO 395

Após a morte de Teodósio, acontece a


irreversível divisão do Império.
O testamento de Teodósio dividia o império
entre seus dois filhos, Honório, que ficou com o
Império ocidental com a capital em Ravena e
depois transferida para Milão, e Arcádio, com a
parte oriental, sendo Constantinopla a capital.

O FIM DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE


A partir do século III, o Império Romano entrou em um
longo período de crise; a estrutura administrativa e
militar para sustentar um Império tão grande exigia
elevados gastos. Por isso, ao longo do tempo, a carga
tributária foi sendo ampliada e tornou-se pesada, uma
vez que a economia romana estava em decadência
devido à queda do fornecimento de escravos com o fim
das guerras de conquista. Somavam-se a isso as
sucessivas ondas de invasões bárbaras que tomavam
conta das fronteiras de Roma. E, para completar o quadro de crise, havia anarquia militar, disputas e a
corrupção entre os militares romanos.
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Imersa em uma profunda crise estrutural, Roma vai ser desmontada pelos bárbaros. Por fim, em 476,
finalmente, a capital do maior império da antiguidade caiu nas mãos dos HÉRULOS, chefiados por ODOARCO,
ras_Imperio_romano-

que vai destituir o último imperador, RÔMULO AUGUSTO. O Império Romano Ocidental é tomado,
desestruturando suas fronteiras e dividindo seu território. Já o Império Romano do Oriente, sobreviveu
ainda cerca de mil anos, com o nome de IMPÉRIO BIZANTINO

CAUSAS DA QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE


FATOR CHAVE
Com o fim das guerras de conquista, ocorreu a diminuição do fluxo de riquezas para Roma, antes cobrado
em forma de impostos e espólios de guerra. Com isso, ocorreu a diminuição da entrada de escravos, o que
enfraqueceu a economia do império, já que a mão de obra era predominantemente escrava.
A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
Pregação pelo fim da guerra e defesa da igualdade contra a escravidão; as ideias cristãs minavam o sistema
escravista.
DECADÊNCIA DAS CIDADES
Êxodo urbano devido à crise econômica que assolava as grandes cidades.
Figura 12:ODOARCO.www.conservadorismodobrasil.com.br/2017/04/foram-mesmo-os-barbaros-
A DECADÊNCIA DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS
germanicos-os-causadores-da-queda-populacional-nas-cidades-apos-roma-2.html

Pois perderam suas terras para os grandes latifundiários, claríssimos, donos de grandes extensões de terra.
Vilas atraíam grande quantidade de homens livres, fugitivos, escravos e pequenos proprietários, que
entregavam suas terras em troca de proteção, tornando-se dependentes destes.
AVANÇO DO SISTEMA DE COLONATO
Essa lei, que obrigava o indivíduo a permanecer na terra onde trabalhava, deu origem ao regime de servidão.

A CULTURA E O LEGADO ROMANO


ARQUITETURA, com o uso do arco, cúpulas e da abóbada etrusca, ao lado das colunas e influência Grega. As
maiores obras de Roma foram os aquedutos, as termas, teatros e anfiteatros, templos e palácios.
Notabilizaram-se também pela construção de eficientes
estradas e pontes, que foram fundamenteis para garantir
a unidade do império.
LITERATURA
Nota-se no estilo literário dos escritores e pensadores
romanos a busca
permanente da
Figura
Figura 13:COLISEU.pt.wikipedia.org/wiki/Coliseu 14:AQUEDUTO.imperioroma.blogspot.com.br/2009/11/arquitetura-
romana.html

beleza e da elegância. Teve seu auge durante o


governo de OTÁVIO AUGUSTO, quando ele deu
ordens para seu amigo e ministro, MECENAS,
patrocinar escritores.
LATIM
A língua latina constitui uma das mais importantes
permanências culturais da Roma antiga entre os
povos ocidentais. O latim, língua original dos povos
habitantes do Lácio, difundiu-se na antiguidade
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juntamente com as conquistas romanas. Dele se originaram os idiomas italiano, português, espanhol e
romeno.
DIREITO
Foi na arte do direito que Roma deixou a sua maior herança para a posteridade, já que, na maioria dos países
da atualidade, encontramos forte influência do direito romano. Desde a LEI DAS DOZE TÁBUAS, que foi o
primeiro código romano escrito 8, a legislação romana transformou-se de normas rígidas e severas até os
conceitos jurídicos mais brandos. Os
romanos também se empenharam
para compilar e divulgar decretos e
decisões judiciais. Em 212, por meio
de um Édito do imperador Caracala,
foi concedida plena cidadania
romana a todos os habitantes livres
das províncias do Império Romano.
Esse Ato contribuiu para consolidar a
unidade jurídica do império.
RELIGIÃO
A religião romana foi fortemente
influenciada pela grega e,
praticamente todos os seus deuses
eram deuses gregos, modificando
apenas os nomes: Zeus - Júpter, Hera - Juno, Dioníso - Baco.
No início, a religião romana era politeísta, com cultos domésticos cultuando os
ancestrais, e públicos com cerimônias e oferendas aos deuses. A religião era
um dos fundamentos do Estado, sendo utilizada com finalidade política. No
período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador que, depois da
morte, ocupava um lugar entre os deuses.
Com o passar do tempo, o culto politeísta foi perdendo força, o que abriu o
caminho para o Cristianismo.
CRISTIANISMO
Surge na Judéia com JESUS CRISTO e se espalha após a sua morte, com a
pregação de seus discípulos, principalmente, Pedro e Paulo. A principal fonte
para conhecer o Cristianismo são os evangelhos escritos por seus seguidores
por volta do ano 709, que, depois, foram agregados a outros textos, dando
origem ao Antigo Testamento.
A PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS
Foi durante o governo de Nero que tiveram início as primeiras perseguições
aos cristãos. Essas perseguições vão continuar até o governo de Diocleciano.
POR QUE OS CRISTÃOS?
A promessa cristã de que a exploração teria fim e de que o paraíso seria a
recompensa para os justos atraiu principalmente as camadas mais baixas da
sociedade romana. Figura:www.todamateria.com.br/deuses-romanos/

Havia oposição dos cristãos ao culto oficial de Roma e ao culto à pessoa do


Imperador.
A negação da religião oficial implicava na oposição a diversas instituições
romanas, por exemplo, a recusa de servir o exército romano.
O FIM DA PERSEGUIÇÃO
O Cristianismo, que antes era a religião dos humildes, foi ganhando seguidores
entre os ricos e, até mesmo, entre as autoridades romanas. Até que, em 313, por meio do ÉDITO DE MILÃO, o
8
COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005. P.90.
9
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
P177.

a.wordpress.com/
-origem-e-difusao-do-
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imperador Constantino concedeu a liberdade de culto aos cristãos e, antes de morrer, resolveu converter-se e
batizar-se. Depois dele, a maioria dos imperadores aderiu ao Cristianismo. Com o imperador Teodósio, através
do EDITO DE TESSAlÔNICA, o Cristianismo foi transformado em religião oficial do império Romano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil.
6.ed. São Paulo: Ática, 1996.

COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2.ed. São Paulo: Ftd,
2015.

WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte:


Autêntica, 2013.

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