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As grandes invasões
No século IV, a presença de grupos bárbaros no Império era, há muito,
uma realidade. Os Romanos aceitaram-nos, servindo-se deles nas
funções domésticas e em várias atividades económicas, para além de os
incorporarem no Exército. Porém, a chegada dos Hunos rompe esta
convivência e mergulha o Império no caos. Especialmente violentos, os
Hunos semeiam o terror entre os povos germânicos que habitam para lá
das fronteiras: Godos, Francos, Alamanos, Vândalos, Suevos e outras
nações bárbaras percorrem o território romano, saqueiam-no e
ocupam-no. Todo o Ocidente está em guerra.
Os Visigodos entram em Roma e roubam-na durante três dias. O roubo
de Roma, a cidade que se supunha “eterna”, agravou a consciência do fim
próximo do poder romano.
Alguns anos depois, uma nova invasão dos Hunos põe a Gália a ferro e
fogo. Átila, chefe dos Hunos, acaba vencido por uma aliança de romanos
e visigodos, mas, nessa altura, praticamente nada resta do poder
romano no Ocidente. O general hérulo Odoacro põe-lhe oficialmente fim,
ao depor o último imperador que, singular ironia, se chamava Rómulo
como o fundador da cidade.
Foi nesta Europa que a Igreja assumiu um papel de destaque. Ela foi a
única instituição que permaneceu sólida quando, à sua volta, tudo se
desagregava. Iniciou-se a evangelização dos reinos bárbaros que
acabaram por cristianizar.