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11/05/2022 – Colégio Ápice – Rio Verde

Império Bizantino

Alunas: Laura Sanches, Sara Bertol, Helena Gimenez, Sophia


Chagas, Maria Luiza Píres – 1º B – Professor: Gabriel
IMPÉRIO BIZANTINO

Crítica Externa
Durante a idade Média, o Império Romano do Oriente passou a ser chamado de
império Bizantino e, assim como no Império Ocidental na Antiguidade, o governo
estava nas mãos do imperador, que se dizia escolhido de Deus e, portanto, tinha
autoridade absoluta.
Diante da crise econômica e administrativa sofrida pelo Império Romano a partir do
século Il, o acesso ao Mar Mediterrâneo, deixou de ser exclusividade dos romanos.
Apesar de terem unificado militarmente povos distintos e colocado em contato
civilizações diferentes e dado a elas uma unidade linguística e jurídica, o mesmo não
aconteceu no campo econômico: na parte oriental do Mediterrâneo (composta de
Egito, Síria, Asia Menor e Grécia) foi mantida um modelo de economia semelhante
aos antigos reinos helenísticos, com grandes cidades como Alexandria, Antioquia e
Pérgamo; já na parte ocidental (Itália, Gália, Hispânia, Britânia) não se chegou a
superar uma estrutura econômica agrícola e pecuária.
O Ocidente limitava-se a exportar vinho, azeite e minerais. Dadas as circunstâncias,
no princípio do século IV, os imperadores foram para a Capital.

Constantinopla: a capital bizantina

As maiores cidades do Império bizantino até o século VII foram Alexandria, Éfeso,
Jerusalém, Tessalônica e Antioquia. Nenhuma se comparava a capital que foi
construída sobre uma antiga colônia grega chamada de Bizâncio, no ano 324, pelo
imperador Constantino. Inicialmente chamada de Nova Roma. O posicionamento
estratégico da cidade junto ao Estreito de Bósforo, entrada para a rota marítima
entre o mediterrâneo e o mar negro, na fronteira entre Europa e Ásia foi importante
pra ter tanta importância principalmente no teor econômico. Ela monopolizou o
comércio da seda, de especiarias e escravos, possuía muitos comerciantes, tanto que
tinham bairro próprio. População aproximada de um milhão de habitantes na época
do imperador Justiniano, foi a cidade europeia mais importante na Idade Média.

Economia e política

Se na parte ocidental do antigo Império Romano ocorreu um processo de ruralização,


na parte oriental permaneceram os grandes centros urbanos. O comércio e as
atividades artesanais eram muito importantes na economia bizantina, e
Constantinopla era uma espécie de corredor entre Ocidente e Oriente. A mão de
obra era escrava. O Egito era o principal fornecedor agrícola do império, a Síria era a
província de onde vinham os mais variados produtos artesanais e Alexandria e
Antioquia figuravam como importantes centros comerciais.
No entanto, após as invasões árabes nos séculos VII e Vill, o Império Bizantino
perdeu grande parte de sua população e de sua riqueza. Nesse quadro, o mundo
urbano, artesanal e comercial passou a concentrar-se apenas na cidade de
Constantinopla.
No campo político, o poder do imperador e a oficialização de leis e
medidas foram elementos fundamentais no processo de unificação uma vez que a
civilização bizantina era composta de egípcios, judeus, sírios, gregos, entre outros.
O Império Bizantino foi um Estado teocrático. Seu poder era fundamentado pela
Igreja e assegurado por um poderoso exército.
Até o século VII, era muito forte a influência da cultura romana na administração
bizantina, mas, com o passar dos séculos, os povos de origem grega tornaram-se a
principal influência. O retorno do grego como língua oficial e o abandono do latim
indicava que o Império Bizantino estava abandonando as antigas estruturas
romanas.

Governo de Justiniano

Entre os imperadores bizantinos, destacou-se Justiniano, que governou de 527 a 565,


buscando restaurar o antigo Império Romano; para isso, procurou anexar novamente
a sua porção Ocidental e prezou pela valorização da cultura romana. Durante seu
governo, o Império Bizantino alcançou sua máxima extensão, chegando a dominar
quase toda a Península Itálica, parte da Península Ibérica e norte da África.
Justiniano reorganizou o Direito Romano cujo conjunto ficou conhecido como Corpus
Juris Civilis ou Corpo do Direito Civil. Ainda hoje, o direito romano é utilizado na
interpretação e aplicação de leis, tomadas como regras coerentes e válidas.

Sociedade e Cultura:

A religião era uma das principais forças dominantes da sociedade. O imperador, era a
única liderança que poderia nomear os patriarcas da igreja Ortodoxa.
Os nobres, que ao lado do clero, compunham o grupo privilegiado dessa sociedade,
assumiam altos cargos administrativos.
Os comerciantes, não conseguiam alcançar importantes cargos políticos
permanecendo em setores não privilegiados da sociedade bizantina,os camponeses
eram os que mais sofriam com a crise econômicas e muitas vezes acabavam sendo
escravizados por dívidas

A Igreja Católica Ortodoxa do Oriente:

A igreja bizantina teve que resolver dois problemas: suas relações com a igreja do
Ocidente e com os imperadores que pretendo mantê-la submetida ao seu poder,
nomeando o patriarca, os imperadores mantiveram uma luta aberta contra
influência dos monges, que resultou na chamada questão iconoclasta: essa influência
era devida, em grande parte, ao fanatismo popular por imagens ou ícones religiosos.
Outro aspecto enfrentado pela igreja bizantina que levou o rompimento definitivo
com a igreja do Ocidente o evento conhecido como cisma do Oriente, assim surgiu a
igreja católica apostólica romana chefiada pelo papa com sede em Roma.

Arte E Literatura:

Alta cultura ela foi desenvolvida na Corte, suas principais características foi a
ressignificação do mundo greco-romano a arquitetura era fundamentalmente
religiosa e palaciana. A Basílica de santa Sofia é uma construção de grandes
proporções e materiais luxuosos.
O principal elemento decorativo no Império bizantino era o mosaico. Eles tinham
função estética e didática porque ensinavam sobre a vida de Cristo dos Santos e dos
imperadores.

Papel da mulher na sociedade Bizantina:

Na igreja ortodoxa as mulheres realizavam papel de diaconisas, assistentes em cultos


e missas. Mas para exercer essa função elas deveriam ser viúvas ou virgens, não
tinha como ações de destaque a educação feminina, poucas mulheres sabiam ler e
escrever.
A Imperatriz Teodora, esposa de Justiniano, lutou politicamente para desenvolver
uma legislação que garantisse direitos as prostitutas e foi autora da primeira lei
sobre aborto que se tem registro histórico. Ela também buscou restringir o direito
masculino á bigamia, removeu punições a adúlteros e adúlteras, autorizou
casamento entre membros de grupos sociais, raça ou religião diferente, E conquistou
para as mulheres o direito de pedir o divórcio livremente. Ela também conseguiu que
fosse penalizado estupradores e que fosse proibida a prostituição forçada. Teodora
foi a principal defensora dos direitos femininos de sua época.

Fim do Império Bizantino:

A cidade de Constantinopla ruiu diante da ofensiva dos turcos-otomanos,


consolidando o fim do Império Romano Oriental. A Rússia por exemplo, surgiu como
herdeira cultural do Império bizantino.

Crítica Interna:

Ao longo da História da humanidade vários grandes impérios dominaram enormes


territórios, exercendo seu poder sobre diversos povos diferentes e espalhando sua
cultura, suas práticas econômicas e políticas. E, sem dúvidas, um dos mais longevos e
poderosos da História foi o Império Bizantino.
Também conhecido como Reinado Bizantino, o Império Bizantino foi uma
organização política que sucedeu o domínio do Império Romano. Foi o Império que
dominou o Mar Mediterrâneo durante séculos, até sucumbir na Idade Média.
Os historiadores consideram que o Império Bizantino atingiu o seu auge com o
grande imperador Basílio II Bulgaroctonos (Mata-Búlgaros), da dinastia Macedônica,
ainda no início do século IX. Sua queda foi a responsável por marcar, historicamente,
o fim da Idade Média.
O Império Bizantino foi uma das organizações políticas mais grandiosas e que durou
mais tempo na história da humanidade, do mundo antigo ao período medieval. Se
estendeu do ano de 395 ao ano de 1.453.
Todo o Império Romano encontrava-se vulnerável aos ataques bárbaros dos povos
do Norte e do Oriente, particularmente pelos Persas. Por conta dessa
vulnerabilidade, o Império foi dividido e cada parte ficava sob a responsabilidade de
uma autoridade diferente.
No entanto, quando Constantino assumiu, Maxêncio, o Augustus da mesma região
do Império declarou-se como único imperador, o que levou a guerras civis que
marcaram os anos posteriores.
Com grandes vitórias em sequência, Constantino publicou o Édito de Milão,
declarando oficialmente a tolerância a qualquer credo religioso e inibindo a
perseguição aos cristãos.
Por fim, após diversos conflitos com cristãos ocidentais (Quarta Cruzada) e
muçulmanos em expansão, o Império Bizantino encontrou seu fim, subjugado pelo
sultão Mehmet II.
Culturalmente, o Império Bizantino foi responsável por introduzir uma série de
elementos que o distinguiram da tradição ocidental baseada nas premissas do antigo
Império Romano. Entre eles, podemos citar:
* oficialização do grego como a língua do império, substituindo o latim;
* cesaropapismo, ou seja, a convergência dos poderes político e espiritual na figura
do imperador;
* tolerância religiosa, interrompendo anos de perseguição aos cristãos;
* Cisma do Oriente, separando o cristianismo Bizantino (Igreja Ortodoxa) da Igreja
Católica;
* extinção do paganismo.
A economia do Império Bizantino estava entre as mais avançadas da época, sendo
que a própria Europa não conseguia corresponder à força econômica do Império até
a sua queda, no fim da Idade Média.
Eixo central de uma vasta rede comercial, Constantinopla influenciou a Eurásia, o
Norte da África e até mesmo a Rota da Seda. O comércio foi um dos pontos mais
fortes da economia do Império Bizantino, florescendo perante a decadente
organização.
Era muito comum que os imperadores fossem representados como santos no
Império Bizantino, principalmente por conta da junção dos poderes políticos e
religiosos.
Um dos imperadores de maior sucesso foi Justiniano que, ao longo do século VI,
recuperou territórios invadidos e construiu grandes estradas que permitiram a
retomada do comércio no Mar Mediterrâneo.

Bibliografia:

Livro didático 1 - Poliedro - 1ª série E.M.


Site Stoodi.

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