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HISTÓRIA – PROVA BIMESTRAL

A Idade Média Oriental se divide em três civilizações, a Civilização Bizantina, a


Civilização Islâmica e a Civilização Otomana, cada uma com suas características,
sendo que a principal delas foi a Civilização Bizantina.
A Idade Média Oriental aconteceu no Império Romano do Oriente
Três foram as civilizações que floresceram na Idade Média Oriental: civilização bizantina,
civilização islâmica, civilização otomana.

Civilização Bizantina

É a civilização que se desenvolveu no Império Bizantino ou Império Romano do


Oriente. Como Império Romano do Oriente, que era, a civilização era ocidental até
que, com o passar dos séculos a localização no oriente falou mais alto e sua cultura
passou a ser oriental.

Enquanto o Império do Ocidente se esfacelava, invadido pelos povos bárbaros, o


império do oriente continuou por mais mil anos, sendo considerado uma das
instituições governamentais mais duradoura do mundo. Só terminou em 1453, com a
tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Então, podemos dizer que a
história do Império Romano do Oriente não sofreu interrupção entre a Antiguidade e a
Idade Média, mas teve características próprias.

Características da Civilização bizantina

Política

A forma de governo da civilização bizantina era teocrática, quer dizer, a fé e a política


estão unidas, as decisões políticas e jurídicas são tomadas à luz de uma religião, no
caso a religião crista e, também absoluta, pois o imperador era soberano, tanto
quanto ao poder temporal quanto ao espiritual, de maneira que era chefe não só do
Estado como da também Igreja Cristã. O nome dado a isso é cesaropapismo, quando
a função do papa é exercida pelo imperador. Foi por causa do acúmulo de poder que
houve o Cisma do Oriente, em 1054, um episódio importante na história dos países
cristãos. O Papa, que devia ser o chefe supremo do catolicismo, entrou em conflito
com o imperador bizantino. Este, ao negar a submissão a Roma, declarou a sua igreja
como independente, dando origem ao cristianismo ortodoxo.
Economia

Após a divisão do Império, Constantinopla passou a ser a capital da parte oriental,


concretizando-se a completa autonomia do que restara do grande império latino,
alicerçado num poder centralizado e despótico.
Com localização privilegiada, entre o Ocidente e o Oriente, a civilização bizantina
desenvolvia um ativo comércio com as cidades vizinhas, além de possuir uma
promissora produção agrícola, o que a tornava um centro rico e forte, em contraste
com o restante do Império Romano, estagnado e em crise. O desenvolvimento do
comércio permitia obter recursos para resistir às invasões bárbaras.

Entre os principais produtos vendidos estavam os perfumes finos, peças de vidro,


porcelana e tecidos de seda. Como eram produtos vindos da Ásia, as pessoas ricas da
Europa os compravam pagando muito dinheiro.

Outros produtos comercializados eram: escravos, jóias, âmbar, especiarias (cravo,


pimenta-do-reino, mostarda), peles, armas, imagens religiosas, marfim, objetos de
ouro, trigo, papiros, pedras preciosas, azeite, azeitonas, vinho e ornamentos.

O governo inspecionava as atividades econômicas controlando a qualidade e a


quantidade da produção das corporações de ofício. O Estado também tinha negócios
nas áreas de metalurgia, tecelagem, armamento e pesca.

Na agricultura, a maior parte da produção provinha das grandes propriedades


agrárias, os latifúndios, cujos principais donos eram os mosteiros e a nobreza
fundiária, formada por militares que haviam recebido terras como recompensa por
serviços prestados ao imperador. Quase todo o trabalho era feito pelos servos, que
dependiam da terra para viver.

O governo muitas vezes coletava parte do excedente através de impostos, e colocava


novamente em circulação, por meio de redistribuição sob a forma de salários aos
funcionários do Estado, ou sob a forma de investimentos em obras públicas.

As oficinas privadas de artesanato estavam distribuídas em corporações de ofícios.


Essas corporações eram formadas por oficinas de artesanato de um mesmo ramo,
como carpintaria, tecelagem ou sapataria.
Vida urbana e rural

Era movimentada a vida rural e urbana do império, graças ao comércio.

A principal cidade era Constantinopla, hoje Istambul, além de Têssalonica, Nicéia,


Edessa e Tarso, onde viviam os grandes comerciantes, donos de oficinas
manufatureiras, membros do alto clero e funcionárias públicos de alto escalão; A
maior parte da população era composta de trabalhadores pobres, sendo que a maioria
vivia no campo.

Hierarquia social

A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade


encontrava-se o imperador e sua família. Em seguida vinha a nobreza formada pelos
assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. Ricos fazendeiros, comerciantes e
donos de oficinas artesanais formavam a elite. A classe média da sociedade era
formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo
baixo clero. A grande parte da população era formada por pobres camponeses que
trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.

Cultura e Arte

A cultura foi bastante rica durante todo o período de existência dos bizantinos. A arquitetura,
a escultura e a pintura produziram grandes obras. A Arte Bizantina foi influenciada por
grandes povos, como os gregos, romanos antigos e civilizações da Ásia Menor. Até hoje
podemos ver um exemplo da grandeza das obras nas famosas decorações de igrejas. Os
arquitetos utilizaram a herança romana para criar um estilo único. Os planos, as dimensões e
outros elementos que constituem as basílicas romanas marcaram a tradição bizantina.

A pintura era essencialmente decorativa, e representava santos, anjos e figuras importantes


da civilização bizantina. O tom das imagens era marcado pelas poses estáticas e expressões
de benevolência e misticismo. A mesma linha decorativa seguia a escultura, que era feita com
marfim, vidro e ouro. Os escultores também eram especialistas em baixo-relevo em edifícios.

Religião

A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, e era a mesma da


sociedade romana. O cristianismo, herança da igreja cristã de Roma, ocupava um lugar de
destaque na vida dos bizantinos e deu origem à Igreja Ortodoxa que tinha por chefe o
imperador, chefe do Império. A igreja cristã romana era dirigida pelo Papa, com sede em
Roma, e a igreja cristã bizantina tinha sede em Alexandria, e era dirigida pelo Patriarca, que
era também o chefe do governo. A Igreja de Bizâncio passou a ser conhecida como Igreja
Ortodoxa Grega, mantendo dogmas e rituais próprios.
A religião bizantina foi uma mistura de diversas culturas, como gregas, romanas e orientais, o
que gerou várias questões, como o Monofisismo, cujafilosofia negava a natureza terrestre de
Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a natureza divina, espiritual. Esse movimento
teve início no século V com auge no reinado de Justiniano; e a Iconoclastia, cujo movimento
político-religioso era contra a veneração de ícones e imagens religiosas, por constituir
idolatria.

Ascensão e queda da civilização bizantina

O auge da civilização bizantina foi durante o reinado de Justiniano, que transformou o Império
Bizantino em um dos estados mais poderosos do Mediterrâneo no Período Medieval,
ampliando as fronteiras do Império, empreendendo expedições que chegaram à Península
Itálica, à Península Ibérica e ao norte da África. Após o auge do governo de Justiniano, a
Civilização Bizantina entra em lenta decadência. Essencialmente urbana, apoiada num
poderoso comércio, a sociedade bizantina começa a sofrer, a partir do século X, crescentes
pressões desagregadoras. Com a retomada das atividades comerciais na Baixa Idade Média
Ocidental, Bizâncio foi alvo da ambição das cidades italianas, como Veneza, que a subjugou
transformando-a num entreposto comercial sob exploração italiana. Mesmo antes disso, o
Império Bizantino já vinha perdendo territórios, sofrendo o cerco progressivo, ora dos
bárbaros, ora dos árabes, em expansão nos séculos VII e VIII.

A partir do século XIII, as dificuldades do Império se multiplicaram, já não existindo um Estado


suficientemente forte e rico para enfrentar as constantes incursões estrangeiras. No final da
Idade Média, por sua posição estratégica, foi o ponto mais ambicionado pelos turcos
otomanos, que em 1453 finalmente atingiram seus objetivos, derrubando as muralhas de
Bizâncio e pondo fim à existência do Império Romano do Oriente, o Império Bizantino.

Civilização Islâmica

Até o século VII a Península Arábica era composta por povos semitas que viviam espalhados
em tribos, que tinham estilos de vida e crenças diferentes mas falavam a mesma língua. Eles
eram politeístas e se dividiam em dois tipos de árabes, os beduínos, que viviam no deserto e
eram pastores ou se dedicavam ao transporte de mercadorias em camelos, e os coraixitas,
que viviam no litoral e se dedicavam ao comércio fixo.

Foi na Península Arábica que se desenvolveu a civilização islâmica, a partir da implantação de


uma crença em um só Deus, Alá, feita pelo profeta Maomé.

Tendo sido por muito tempo guia de caravanas, Maomé percorreu o Egito, a Palestina e a
Pérsia, conhecendo novas religiões, como o judaísmo e o cristianismo. A grande
transformação de sua vida teve lugar quando, já bem estabelecido economicamente, divulgou
que tivera uma visão do anjo Gabriel, anjo da religião cristã, em que este lhe revelara a
existência de um Deus único. A palavra deus, em árabe é Alá.
Foi ele que criou a religião chamada islã, islamismo ou maometismo um dos braços das
religiões chamadas abraâmicas (são três as religiões abraâmicas: cristianismo, judaísmo e
islamismo). Islã significa resignação, submissão a Alá. Na tentativa de expandir a crença em
um Deus único, Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, formando uma civilização árabe.

Gradualmente, o número de crentes em Alá foi aumentando e, apoiado nessa força, Maomé
começou a pregar a Guerra Santa, ou seja, a expansão do islamismo, através da força, a todos
os povos “infiéis”. O grande estímulo era dado pela crença de que os guerreiros de Alá seriam
recompensados com o paraíso, caso perecessem em luta, ou com a partilha do saque das
cidades conquistadas, caso sobrevivessem. A Guerra Santa serviu para unificar as tribos
árabes e tornou-se um dos principais fatores e permitir a expansão posterior do islamismo.

Com a morte de Maomé seus sucessores, os califas Abu-Béquer, Omar, Otman e Ali,
encarregaram-se de expandir o Islamismo para todo o Oriente Médio e também para outras
regiões. No entanto, seus sucessores entraram em conflito, ocasionando uma série de
contestações à autoridade dos califas. Esses conflitos acabaram dividindo os muçulmanos
entre dois grupos principais, os xiitas e os sunitas.

Os xiitas consideram que o líder religioso e político deve ser descendente de Maomé, e que o
Alcorão é a única fonte sagrada. São contra a ocidentalização, são radicais e são maioria (85%
dos muçulmanos)

Os sunitas seguem os ensinamentos de Maomé que estão contidos em um conjunto de textos


que ficou conhecido como Suna, daí o nome sunitas. O Suna, para eles, é uma fonte
importantíssima de verdade, estando ao lado do Alcorão. São menos radicais que os xiitas.

Durante o processo de expansão do islamismo dois califados principais foram formados, os


Omíadas e os Abássidas.

O califado de Omíada transformou-se em um dos centros políticos, culturais, e científicos


principais do início da Idade Média.

Os omíadas iniciaram o processo de difusão do Islã por toda a Ásia, África e Europa, atingindo
a Pérsia (atual Irã) e a Ásia Central, convertendo os governantes das principais cidades de
oásis da Rota da Seda. Eles também invadiram o que é agora o Paquistão, iniciando o
processo de conversão nessa área que continuaria por séculos. As tropas omíadas também
atravessaram o Egito e trouxeram o Islã para a costa mediterrânea da África, de onde se
espalhariam pelo sul através do Saara ao longo de rotas de caravanas até que grande parte da
África Ocidental se tornasse muçulmana.

Finalmente, os omíadas travaram uma série de guerras contra o Império Bizantino,


procurando derrubar este império cristão na Anatólia e converter a região ao Islã. A Anatólia
acabaria por se converter, mas somente após vários séculos.
A dinastia Abassida foi a terceira dinastia após Maomé, após massacrar e expulsar os omíadas
de sua capital, Bagdá.

Foi sob o império dos abassidas que a civilização islâmica atingiu seu ápice. Bagdá torna-se
uma cidade esplêndida e uma base de comércio, ensino e artes. É o tempo da grande
prosperidade e do esplendor cultural e intelectual muçulmano, particularmente em áreas
como a medicina, as matemáticas, a astronomia.

Porém, o mundo islâmico, neste período, começa a perder a unidade política, com muitas
regiões do Império a separarem-se e a formarem as suas dinastias locais.
O governo Abássida termina em 1258, quando Bagdá é destruída pelos Mongóis.

A cidade de Meca é o mais importante centro religioso muçulmano e nela se localiza a CAABA
(Casa de Deus), que abriga a Pedra Negra, um pedaço de meteorito, trazido do céu pelo anjo
Gabriel para o profeta Abraão.

Explicado o que é o islamismo passemos à civilização islâmica e suas características.

Política

O Estado Islâmico é um estado teocrático, governado por um califa que seria o sucessor do
profeta Maomé, textualmente, Khalifat rasuk Allah, que quer dizer, sucessor do profeta de
Deus.

O califa era instituído de legitimidade política e religiosa para governar o povo muçulmano.
Os primeiros quatro califas foram Abu-Béquer, Omar, Otman e Ali.

No início do processo de sucessão dos califas, sobretudo com Abu-Béquer e Omar, houve uma
nítida aceitação da autoridade deles pelas tribos árabes, sobretudo pelo reconhecimento da
força militar e da capacidade de domínio.

Contudo, com o assassinato de Omar por um escravo em 644, quem ascendeu ao poder foi
Otman, da família Omíada, uma das mais poderosas de Meca, cuja legitimidade não foi
reconhecida por todos, várias tribos de beduínos e muitos habitantes de Medina passaram a
se opor a Otman, que acabou sendo assassinado em 656. Ali, primo de Maomé e sucessor de
Otman como califa, acabou sendo acusado de envolvimento no crime.

Foi essa disputa entre califas que deu origem à divisão dos muçulmanos nos dois grupos, que
até hoje dividem os seguidores de Maomé, o grupo xiita e o grupo sunita, como já vimos
acima.

Religião
O islamismo é uma religião que possui cinco pilares que todo muçulmano deve seguir no
exercício de sua fé. Estes são os pilares:

Recitar o credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Muhammad é seu profeta”.

Orar cinco vezes ao dia na direção de Meca.

Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã.

Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais pobres.

Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para isso.

O livro sagrado do Islã é o Alcorão, mas há também outro livro de importância quase igual, o
Suna, que é seguido pelos sunitas.

Uma das características mais veementes da habilidade que Maomé teve ao difundir a fé
islâmica foi preservar o culto à pedra Caaba, em Meca, bem como a peregrinação a essa
cidade, fenômeno que já era praticado pelas tribos politeístas, mas que foi restabelecido pelo
islã.

Economia

A economia do Islão, na Idade Média, se sustentava no comércio, uma tradição que vem
desde os primórdios do islamismo, os coraixitas viviam do comércio e os beduínos
transportavam as mercadorias.

Mesmo antes da presença islâmica, a cidade de Meca servia como centro comercial na Arábia.
A tradição de peregrinação à Meca transformou-a num centro de intercâmbio de ideias e
mercadorias. A influência dos comerciantes muçulmanos no comércio entre a Arábia,
a África e a Ásia foi muito grande, fazendo com que a civilização islâmica se desenvolvesse
sobre uma base mercantil, contrastando com os cristãos, indianos e chineses, que
construíram suas sociedades a partir de uma nobreza cujo poder estava fundado na posse de
terras e produção agrícola. Os comerciantes muçulmanos levaram suas mercadorias e sua fé
à China, Índia e aos reinos da África Oriental, regressando destes países com novas invenções.
Os comerciantes usaram sua riqueza para melhorar a produção têxtil e agrícola.

Cultura

A Idade de ouro islâmica, também conhecida como Renascimento islâmico é datada


comumente entre os séculos VIII e XIII, embora alguns a estendam até ao século XIV ou XV.
Durante esse período, engenheiros, acadêmicos e comerciantes do mundo islâmico
contribuíram grandemente em áreas como artes, agricultura, economia, indústria, literatura,

navegação, filosofia, ciências, e tecnologia, preservando e melhorando o legado clássico, por


um lado, e acrescentando novas invenções e inovações próprias.

Os filósofos, poetas, artistas, cientistas, comerciantes e artesãos muçulmanos criaram uma


cultura única que influenciou as sociedades de todos os continentes.

Durante esse período, o mundo muçulmano se converteu no centro intelectual indiscutível da


ciência, filosofia, medicina e educação, enquanto que os abássidas lideravam a causa do
conhecimento e se estabeleciam na “Casa da Sabedoria” em Bagdá, onde estudiosos
muçulmanos e não-muçulmanos tentaram reunir e traduzir todo o conhecimento mundial
para a língua árabe.

Muito práticos, os árabes aplicaram o raciocínio lógico e o experimentalismo. Desenvolveram


a Matemática (álgebra e trigonometria), a Química (alquimia), Medicina e a Filosofia (estudo
de Aristóteles).

Nas artes, a grande contribuição foi no campo da Arquitetura, com construção de palácios e
de mesquitas.

Na pintura, dado a proibição religiosa de reproduzir a figura humana, houve o


desenvolvimento dos chamados arabescos.

Muitos pensadores muçulmanos da Idade Média seguiam o humanismo, o racionalismo e o


discurso científico na busca de conhecimento, significados e valores. Um amplo espectro de
escritos islâmicos sobre a poesia amorosa, a história e a teologia filosófica mostram que o
pensamento medieval islâmico estava aberto às ideias humanistas do individualismo,
secularismo, ceticismo e liberalismo.

A liberdade religiosa ajudou a criar redes interculturais atraindo assim intelectuais


muçulmanos, cristãos e judeus, começando a “plantar a semente” do maior período de
criatividade filosófica da Idade Média, a partir do século VIII ao XIII.

Um número significativo de instituições previamente desconhecidas na Idade Antiga, teve a


sua origem no mundo medieval islâmico, sendo os exemplos mais notáveis o hospital público
(que substituiu os templos de cura), a biblioteca pública, a universidade para graduados e o
observatório astronômico como instituto de investigação.

As primeiras universidades que possuíam graduação eram as Bimaristão; hospitais médicos


universitários do mundo medieval islâmico, que entregavam diplomas de medicina a
estudantes de medicina islâmica que estavam qualificados para exercer como doutores em
medicina a partir do século IX.
O Livro Guinness dos Recordes reconhece a Universidade de Al Karaouine, em Fez (Marrocos),
fundada no ano 859, como a universidade mais antiga do mundo.

A Universidade Al-Azhar, fundada no Cairo no século X, oferecia uma ampla variedade de


graduações acadêmicas, incluindo estudos de pós-graduação, e é considerada
frequentemente a primeira universidade global.

Expansão do islamismo

A expansão árabe representou um maior contato entre as culturas do Oriente e do Ocidente.


No aspecto econômico a expansão territorial provocará o bloqueio do mar Mediterrâneo,
contribuindo para a cristalização do feudalismo europeu, ao acentuar o processo de
ruralização e fortalecendo a economia de consumo.

A expansão começou com as conquistas da Pérsia, Síria e da Palestina ao Egito, continuou, na


Dinastia dos Omíadas, com as conquistas do vale do Indo, Norte da África até Marrocos e
Península Ibérica. Tão extensa era expansão do islamismo que na Dinastia dos Abissidas, o
império foi dividido em três califados, Bagdá, na Ásia, Cordova na Espanha e Cairo no Egito.

Esta divisão do mundo Islâmico será constante até que no ano de 1258 Bagdá será destruída
pelos mongóis.

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