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Data ______/________/_________
O Império Bizantino surgiu logo após a divisão do Império Romano em ocidente e oriente,
tornando-se a parte oriental.
Sua capital, Constantinopla, desenvolveu-se por conta das atividades comerciais da região.
O reinado de Justiniano foi o auge do império, quando houve a expansão do seu território e foi
criado o Código de Direito Civil.
Sua religião era a Católica Ortodoxa, fruto do Cisma do Oriente, ocorrido em 1054.
Em 395 d.C., o Império Romano estava em declínio e o imperador Teodósio propôs uma
solução para a crise: dividir o imenso território de Roma em duas partes. Assim, o império foi
dividido em ocidente e oriente. Constantinopla, do lado oriental, ganhou importância com essa
divisão e se desenvolveu economicamente pelo comércio. Enquanto o Império Romano do
Ocidente caia junto à Roma, que era saqueada pelos bárbaros, a parte oriental do império
permanecia tendo sua capital sendo chamada de Roma do Oriente.
Antes de ser Constantinopla, a cidade se chamava Bizâncio, e foi fundada pelos gregos em
667 a.C. O Império Romano se expandiu de tal forma que alcançou as terras do Oriente, e as
antigas colônias e cidades gregas foram dominadas por Roma. Dessa forma, Bizâncio foi
conquistada e anexada ao império. Em 330 d.C., o imperador Constantino decidiu rebatizar a
cidade como Constantinopla. Enquanto Roma era tomada pelos bárbaros, fazendo eclodir a
parte ocidental do seu imenso império, Constantinopla permanecia praticamente intacta."
O governo bizantino se concentrava nas mãos do imperador. Ele detinha o poder absoluto. O
Senado perdeu sua força política e se tornou apenas um conselho honorário. A burocracia do
império se estabeleceu por meio da concessão de títulos aos nobres. Como o poder emanava
do imperador, os trabalhadores da administração imperial também tinham seus poderes e os
cargos públicos eram cobiçados.
Constantinopla se tornou não apenas a capital do Império Bizantino mas o principal centro
comercial do Oriente. A sua posição geográfica privilegiada estabelecia uma grande rede
comercial, havendo negociações com várias partes do mundo, como o norte da África, a
Europa e a Ásia. Enquanto Roma se esvaziava após as constantes invasões bárbaras e a
Europa Ocidental se ruralizava e se dividia em milhares de feudos, o Oriente tinha em
Constantinopla sua principal referência.
O imperador bizantino teve papel ativo nas atividades eclesiásticas. Ele era o pontífice máximo
e considerado o mensageiro de Jesus Cristo e responsável pela propagação da mensagem
cristã. Surgia assim o cesaropapismo, ou seja, o imperador era chefe político e da Igreja. A
crise de Roma fez com que Constantinopla se transformasse no centro da cristandade. A
doutrina cristã estava atrelada às ordens do imperador, que publicava decretos regulando
sobre a crença dos seus súditos.
A questão da veneração das imagens foi uma das grandes polêmicas religiosas do Império
Bizantino. A Igreja Oriental não admitia a veneração às imagens de santos, e os ícones
deveriam ser bidimensionais. Por conta dessa disputa, várias imagens foram destruídas.
A arte bizantina teve influência do cristianismo em suas produções. Com o poder do imperador
atingindo o âmbito religioso, ele também se tornou uma figura marcante e presente nas obras
artísticas feitas no império. Nas pinturas, o imperador era retratado ao lado da figura de Jesus
Cristo, uma alusão a ele ser o mensageiro entre os homens e o céu.
Uma das principais características dessa arte é a frontalidade — figuras eram representadas
em posição frontal e rígida.
A sociedade bizantina era patriarcal e não abria espaço para a participação das mulheres, que
eram a metade da população. As classes sociais eram os pobres, os camponeses, os soldados
e os comerciantes. Os integrantes da Igreja Ortodoxa tinham participação efetiva na
administração do império. Os funcionários públicos gozavam de prestígio na sociedade em
razão do cargo que ocupavam na estrutura burocrática do império.
b) a figura do imperador ao lado de Cristo significava que ele era a figura que
conduzia os homens até o céu.
Justiniano foi também o responsável pela reconquista de territórios que antes haviam
pertencido ao Império Romano do Ocidente, incluindo Roma, o sul da Espanha e o norte
da África. Estas regiões haviam sido ocupadas pelos povos germânicos.
Em laranja escuro, o Império Bizantino e na parte clara, os território conquistados por Justiniano
No poder, Justiniano procurou organizar as leis do Império. Encarregou uma comissão
de juristas de elaborar o “Digesto”, uma espécie de manual de Direito destinado aos
estudantes, que foi publicado em 533.
As três obras de Justiniano eram uma compilação das leis romanas desde a República
até o Império Romano. Posteriormente, foram reunidas numa única obra o Codex
Justinianus, depois chamado de Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil).
Adotaram o grego como idioma oficial no século VII e mantiveram constantes relações
com os povos asiáticos.
Por isso, o Imperador passa a ser considerado como um dos chefes da Igreja e esta
união foi chamada de “cesaropapismo” (césar + papa) ou "teocracia".
A Igreja Oriental utilizava a língua local nos seus cultos e não admitiam as imagens
tridimensionais. Já a Igreja no Ocidente não reconhecia o Imperador como um chefe,
empregava o latim nas suas cerimônias e veneravam esculturas.
As diferenças culturais entre Oriente e Ocidente e as disputas pelo poder entre o Papa e
o Imperador, culminaram na divisão da Igreja, em 1054, criando uma cristandade
ocidental, chefiada pelo Papa; e uma oriental, chefiada por um colegiado de bispos e o
imperador. Esse fato recebeu o nome de Cisma do Oriente.
A partir de então, a Igreja Oriental passou a ser conhecida como Igreja Católica
Ortodoxa e foi responsável por cristianizar lugares como a Rússia, Bulgária, a Península
do Balcãs, entre outros.
Por outro lado, com a conversão dos árabes ao islamismo, no séc. VII, vários monarcas
muçulmanos passam a atacar as fronteiras do Império Bizantino e ocupá-lo.
Durante a Baixa Idade Média (séculos X a XV), além das pressões dos povos e impérios
nas suas fronteiras orientais e perdas de territórios, o Império Bizantino foi alvo da
retomada expansionista ocidental. A Quarta Cruzada foi particularmente nociva à
Constantinopla. Ao invés dos cruzados atacarem Jerusalém, preferiram guerrear contra
um império cristão e ainda instalaram ali o Patriarcado Latino.