Você está na página 1de 8

Aluno ____________________________________________

Data ______/________/_________

"Resumo sobre Império Bizantino

O Império Bizantino surgiu logo após a divisão do Império Romano em ocidente e oriente,
tornando-se a parte oriental.

Sua capital, Constantinopla, desenvolveu-se por conta das atividades comerciais da região.

O reinado de Justiniano foi o auge do império, quando houve a expansão do seu território e foi
criado o Código de Direito Civil.

Sua religião era a Católica Ortodoxa, fruto do Cisma do Oriente, ocorrido em 1054.

Chegou ao fim em 1452, com os turco-otomanos invadindo e tomando Constantinopla."

"Origem do Império Bizantino

Em 395 d.C., o Império Romano estava em declínio e o imperador Teodósio propôs uma
solução para a crise: dividir o imenso território de Roma em duas partes. Assim, o império foi
dividido em ocidente e oriente. Constantinopla, do lado oriental, ganhou importância com essa
divisão e se desenvolveu economicamente pelo comércio. Enquanto o Império Romano do
Ocidente caia junto à Roma, que era saqueada pelos bárbaros, a parte oriental do império
permanecia tendo sua capital sendo chamada de Roma do Oriente.

Antes de ser Constantinopla, a cidade se chamava Bizâncio, e foi fundada pelos gregos em
667 a.C. O Império Romano se expandiu de tal forma que alcançou as terras do Oriente, e as
antigas colônias e cidades gregas foram dominadas por Roma. Dessa forma, Bizâncio foi
conquistada e anexada ao império. Em 330 d.C., o imperador Constantino decidiu rebatizar a
cidade como Constantinopla. Enquanto Roma era tomada pelos bárbaros, fazendo eclodir a
parte ocidental do seu imenso império, Constantinopla permanecia praticamente intacta."

"Características do Império Bizantino

Governo no Império Bizantino

O governo bizantino se concentrava nas mãos do imperador. Ele detinha o poder absoluto. O
Senado perdeu sua força política e se tornou apenas um conselho honorário. A burocracia do
império se estabeleceu por meio da concessão de títulos aos nobres. Como o poder emanava
do imperador, os trabalhadores da administração imperial também tinham seus poderes e os
cargos públicos eram cobiçados.

Economia no Império Bizantino

As moedas foram utilizadas nas relações comerciais em Constantinopla, capital do Império


Bizantino.

Constantinopla se tornou não apenas a capital do Império Bizantino mas o principal centro
comercial do Oriente. A sua posição geográfica privilegiada estabelecia uma grande rede
comercial, havendo negociações com várias partes do mundo, como o norte da África, a
Europa e a Ásia. Enquanto Roma se esvaziava após as constantes invasões bárbaras e a
Europa Ocidental se ruralizava e se dividia em milhares de feudos, o Oriente tinha em
Constantinopla sua principal referência.

O Estado Bizantino controlava as atividades comerciais por meio de importações e exportações


bem como pelo sistema monetário. Em épocas de crise, o imperador intervinha na economia
para que o abastecimento de alimentos chegasse até a capital.

Religião no Império Bizantino

O imperador bizantino teve papel ativo nas atividades eclesiásticas. Ele era o pontífice máximo
e considerado o mensageiro de Jesus Cristo e responsável pela propagação da mensagem
cristã. Surgia assim o cesaropapismo, ou seja, o imperador era chefe político e da Igreja. A
crise de Roma fez com que Constantinopla se transformasse no centro da cristandade. A
doutrina cristã estava atrelada às ordens do imperador, que publicava decretos regulando
sobre a crença dos seus súditos.

A questão da veneração das imagens foi uma das grandes polêmicas religiosas do Império
Bizantino. A Igreja Oriental não admitia a veneração às imagens de santos, e os ícones
deveriam ser bidimensionais. Por conta dessa disputa, várias imagens foram destruídas.

O Cisma do Oriente foi a primeira divisão na cristandade. As disputas entre o papa e o


imperador bem como as diferenças de dogmas cristãos pregados por ocidentais e orientais
fizeram com que romanos e bizantinos se separassem em 1054. Além da Igreja Católica
Romana, surgia no Oriente a Igreja Católica Ortodoxa.

Os mosaicos bizantinos relacionavam diretamente o imperador a Jesus Cristo, demonstrando a


ligação do poder terreno com o celeste. [1]

Arte no Império Bizantino

A arte bizantina teve influência do cristianismo em suas produções. Com o poder do imperador
atingindo o âmbito religioso, ele também se tornou uma figura marcante e presente nas obras
artísticas feitas no império. Nas pinturas, o imperador era retratado ao lado da figura de Jesus
Cristo, uma alusão a ele ser o mensageiro entre os homens e o céu.

Uma das principais características dessa arte é a frontalidade — figuras eram representadas
em posição frontal e rígida.

Sociedade no Império Bizantino

A sociedade bizantina era patriarcal e não abria espaço para a participação das mulheres, que
eram a metade da população. As classes sociais eram os pobres, os camponeses, os soldados
e os comerciantes. Os integrantes da Igreja Ortodoxa tinham participação efetiva na
administração do império. Os funcionários públicos gozavam de prestígio na sociedade em
razão do cargo que ocupavam na estrutura burocrática do império.

Declínio do Império Bizantino

O Império Bizantino começou a apresentar sinais de enfraquecimento durante a Baixa Idade


Média. As cruzadas e o renascimento comercial desestruturaram as bases do império. Os
turco-otomanos, no século XV, expandiram seu território até a Ásia Menor e reduziram o
domínio bizantino à Constantinopla. Em 1453, a capital do império foi conquistada pelos
invasores."
"1) A respeito do reinado de Justiniano, no Império Bizantino, assinale a
alternativa que traz um elemento dele:

a) promoveu o renascimento do Império Romano do Ocidente após expulsão


dos povos bárbaros.

b) reuniu as leis romanas no Código do Direto Civil.

c) foi marcado pela ascensão do islamismo e sua expansão pelo Oriente.

d) os germânicos conseguiram invadir o Império Bizantino e derrotaram


Justiniano.

2) A arte bizantina promoveu a religiosidade cristã e também a figura do


imperador. Leia as alternativas e assinale a correta:

a) o imperador era considerado um deus e dividia a crença dos bizantinos.

b) a figura do imperador ao lado de Cristo significava que ele era a figura que
conduzia os homens até o céu.

c) o artista destacava os poderes mágicos e curandeiros do imperador


bizantino.

d) a arte era uma forma de a Igreja Católica Ortodoxa se aproximar do


imperador."

3-Quais são as principais características do Império Bizantino?

4-Qual a principal característica da formação do Império Bizantino?

5-Quais eram as principais atividades do Império Bizantino?

6- Quais as características culturais e artísticas do Império Bizantino?


7-Quem são os povos bizantinos?

8-Qual e a religião do Império Bizantino?

9-Qual o legado do Império Bizantino?

10-Como se estruturou o Império Bizantino?

11-Quem conquistou o Império Bizantino?

12-Quais as principais atividades econômicas do Império?

13-Como era o comércio do Império Bizantino?

14- Qual foi o motivo da queda do Império Bizantino?


"Reinado de Justiniano

O Império Bizantino atingiu seu apogeu durante o reinado de Justiniano. De


527 até 565, Justiniano governou o império oriental e tratou de expandir o
território bizantino, chegando mesmo a reconquistar o que havia sido perdido
pelos romanos ocidentais com a invasão bárbara. As tropas bizantinas
reconquistaram Roma, o norte da África e a península Ibérica, que haviam sido
conquistados pelos germânicos.

Além da expansão territorial, Justiniano teve o cuidado de preservar as leis


romanas. Ele criou o Código de Direito Civil, um compilado das leis elaboradas
nos áureos tempos de Roma. Outra área que mereceu a atenção do imperador
bizantino foi a cultura. Justiniano investiu na construção de grandes edifícios,
como o palácio imperial e a Igreja de Santa Sofia.

Justiniano enfrentou a Revolta de Nika, em 532. As causas das revoltas foram


a fome, a falta de moradias e os altos impostos pagos pela população. O
estopim desse conflito foi o resultado de uma corrida de cavalos que aconteceu
no hipódromo de Constantinopla. Houve uma dúvida quanto ao cavalo
vencedor na corrida. Não se sabia se o vencedor era Niké, para o qual a
população torcia, ou o cavalo da equipe do imperador. Isso fez com que a
revolta que se sentia com as condições sociais se materializasse no
questionamento do resultado da corrida. As tropas de Justiniano, no entanto,
conseguiram controlar a agitação.

Em 565, Justiniano morreu, e com ele acabava o período áureo do Império


Bizantino. Seus sucessores não conseguiram manter as conquistas do
imperador, e logo os bizantinos perderam os territórios conquistados."
m dos principais imperadores bizantinos foi Justiniano (527-565), pois em seu governo,
o Império Bizantino atingiu o máximo esplendor.

Filho de camponeses, Justiniano chegou ao trono em 527. Sua esposa, Teodora,


também vinha de origem humilde e exerceu decisiva influência sobre a administração
do Império.

Justiniano foi também o responsável pela reconquista de territórios que antes haviam
pertencido ao Império Romano do Ocidente, incluindo Roma, o sul da Espanha e o norte
da África. Estas regiões haviam sido ocupadas pelos povos germânicos.

Em laranja escuro, o Império Bizantino e na parte clara, os território conquistados por Justiniano
No poder, Justiniano procurou organizar as leis do Império. Encarregou uma comissão
de juristas de elaborar o “Digesto”, uma espécie de manual de Direito destinado aos
estudantes, que foi publicado em 533.

Nesse mesmo ano foram publicadas as "Institutas", com os princípios fundamentais do


Direito Romano e no ano seguinte concluiu o Código de Justiniano.

As três obras de Justiniano eram uma compilação das leis romanas desde a República
até o Império Romano. Posteriormente, foram reunidas numa única obra o Codex
Justinianus, depois chamado de Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil).

O Imperador Justiniano também dotou a capital de grandes edifícios como a igreja de


Santa Sofia (Santa Sabedoria) e o palácio imperial.

Características do Império Bizantino


Cultura bizantina
A cultura bizantina era uma mistura de influências romanas, helenísticas e orientais.A
cidade de Constantinopla era um importante centro comercial e cultural, e foi dali que o
cristianismo se expandiu.

Adotaram o grego como idioma oficial no século VII e mantiveram constantes relações
com os povos asiáticos.

A pintura se desenvolveu juntamente com o Cristianismo e se caracteriza pela


frontalidade, pouca importância em retratar o corpo humano e o uso de cores para
ressaltar as figuras. A arquitetura combinava o luxo e a exuberância do Oriente.

Religião no Império Bizantino

A igreja de Santa Sofia, símbolo do esplendor do Império do Bizantino, localizada em Istambul,


Turquia
Justiniano procurou usar a religião cristã para unir o mundo oriental e ocidental.
Procedeu à construção da igreja de Santa Sofia (532 a 537), monumento arquitetônico
com sua enorme cúpula central, apoiada em colunas que terminam em capitéis
ricamente trabalhados. Ali eram consagrados os imperadores bizantinos.

Quando os turcos tomaram Constantinopla, em 1453, foram acrescentados os quatro


minaretes que caracterizam as mesquitas.

O cristianismo predominou no Império Bizantino, mas se desenvolveu de forma distinta


que no Ocidente. Enquanto este se via cada vez mais dividido, a Igreja e o Imperador se
uniam no Oriente.

Por isso, o Imperador passa a ser considerado como um dos chefes da Igreja e esta
união foi chamada de “cesaropapismo” (césar + papa) ou "teocracia".

A Igreja Oriental utilizava a língua local nos seus cultos e não admitiam as imagens
tridimensionais. Já a Igreja no Ocidente não reconhecia o Imperador como um chefe,
empregava o latim nas suas cerimônias e veneravam esculturas.

Para os bizantinos, as imagens, denominadas ícones, deviam ser bidimensionais e esta


disputa acabou levando-os a um movimento de destruição conhecido
como Iconoclastia. Assim, muitas obras de arte se perderam enquanto não se chegou
um acordo sobre a relação da veneração das imagens.

Os questionamentos dos dogmas cristãos pregados por Roma deram origem a


algumas heresias - correntes doutrinárias discordantes da interpretação cristã
tradicional.

As diferenças culturais entre Oriente e Ocidente e as disputas pelo poder entre o Papa e
o Imperador, culminaram na divisão da Igreja, em 1054, criando uma cristandade
ocidental, chefiada pelo Papa; e uma oriental, chefiada por um colegiado de bispos e o
imperador. Esse fato recebeu o nome de Cisma do Oriente.
A partir de então, a Igreja Oriental passou a ser conhecida como Igreja Católica
Ortodoxa e foi responsável por cristianizar lugares como a Rússia, Bulgária, a Península
do Balcãs, entre outros.

Veja também: Cisma do Oriente

Economia no Império Bizantino

Situada numa posição privilegiada, entre a Europa e a Ásia, na passagem do Mar de


Marmara para o Mar Negro, Constantinopla era ponto para os comerciantes que
circulavam entre o Oriente e o Ocidente. A cidade possuía diversas manufaturas, como
as de seda e um comércio desenvolvido.

Devido a prosperidade econômica, a cidade era alvo de expedições militares de povos


orientais e mais tarde, dos árabes. Estava fortificada com muralhas e os bizantinos
desenvolveram o “fogo grego”, substância que permitia arder mesmo na água.

A Queda do Império Bizantino


Após o auge do governo Justiniano, no século VI, o Império Bizantino não expandiu
mais seu território. Seguiram-se anos de prosperidade, onde os bizantinos
desenvolveram um dos maiores impérios da Idade Medieval.

Por outro lado, com a conversão dos árabes ao islamismo, no séc. VII, vários monarcas
muçulmanos passam a atacar as fronteiras do Império Bizantino e ocupá-lo.

Durante a Baixa Idade Média (séculos X a XV), além das pressões dos povos e impérios
nas suas fronteiras orientais e perdas de territórios, o Império Bizantino foi alvo da
retomada expansionista ocidental. A Quarta Cruzada foi particularmente nociva à
Constantinopla. Ao invés dos cruzados atacarem Jerusalém, preferiram guerrear contra
um império cristão e ainda instalaram ali o Patriarcado Latino.

Com a expansão dos turcos-otomanos no século XIV, tomando os Bálcãs e a Ásia


Menor, o império acabou reduzido à cidade de Constantinopla.

O predomínio econômico das cidades italianas ampliou o enfraquecimento Bizantino,


que chegou ao fim em 1453, quando o sultão Maomé II destruiu as muralhas de
Constantinopla com poderosos canhões.

Os turcos transformaram-na em sua capital, passando a chamá-la de Istambul, como é


conhecida hoje.

Você também pode gostar