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Curso Básico de Educação Teológica a Distância - CBETED

HERESIOLOGIA

Um estudo preliminar das doutrinas centrais referentes à temática da


heresiologia (do gr. háiresis "escolha" no sentido Bíblico adotar falsas
crenças; logos "estudo") é uma das áreas da teologia sistemática que
tem por finalidade combater ensinos considerados heréticos aos
ensinamentos ortodoxos de uma fé religiosa. Material preparado para
uso em aula de teologia sistemática com alunos do Curso Básico de
Educação Teologica à Distância - CBETED

por Pr. Odilon Mendonça

Curso Básico de Educação Teológica a Distância


Rua O, 306 – Bairro União
Parauapebas/PA
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Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998. É


expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por
escrito, do CBETED - Curso Básico de Educação Teológica a Distância.

As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de


1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação ao contrário.

Revisado pelo pastor Wanderlei de Lima

Autor: Pr. Odilon Mendonça

O trabalho literário do escritor é de sua responsabilidade e cedido ao CBETED - Curso


Básico de Educação Teológica a Distância para publicação.

CBETED - Curso Básico de Educação Teológica a Distância


Rua O, 306 – Bairro União – Parauapebas/PA
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Contato: (94) 981933335
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Apresentação

Este é um dos fascículos que Integram o grupo das 26 disciplinas


componentes do Curso Básico de Teologia por correspondência,
patrocinado pelo Centro Superior de Educação Teológia - CESET, é
vinculado à Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério de Anápolis
em Parauapebas e tem por objetivo oferecer formação teológica básica aos
evangélicos de um modo geral, quer sejam ou não obreiros, especialmente
àqueles que são impossibilitados de, por motivos diversos, frequentar um
curso regular de ensino teológico.

A elaboração dos fascículos deste curso está sedimentada em profunda


base bíblica, acrescida de pesquisas em selecionadas obras de autores
renomados e de reconhecida formação teológica, entre os quais, os de
cunho pentecostal de grande aceitação peio público evangélico, Institutos,
Seminários e Faculdades de Teologia.

O Curso Básico de Teologia por Correspondência tem a duração de dois


anos e é composto das seguintes disciplinas:

Bibliologia O Pentateuco Os Evangelhos


História da igreja Ética Cristã Escola Dominical
As Epistolas (1) Hermenêutica Escatologia
Doutrinas de Deus Livros Históricos Soteriologia
Anjos, Homem e Pecado Heresiologia Missiologia
Atos dos Apóstolos Teologia Pastoral Geografia Bíblica
Cristologia Doutrina da Igreja Livros Proféticos
Homilética Livros Poéticos Eclesiologia
As Epístolas (2) Paracletologia

Informações complementares poderão ser obtidas junto ao CESET,


enviando as correspondências para a Rua O, N: 306, Bairro União –
Parauapebas/PA – CEP: 68.515-000
Para informações

(94) 981682083 Pr. Célio - prcelioalves@hotmail.com


(94) 981933335 Pr. Wanderlei – prwanderleilima@hotmail.com
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COMO ESTUDAR ESTE FASCÍCULO

Geralmente estudamos muito e não temos um aprendizado


correspondente. Isto pode acontecer, em parte, peio fato de
estudarmos de forma desordenada e sem qualquer metodologia.
Embora resumida, a orientação que passamos a expor, ser-lhe-á de
grande utilidade.

1 - Busque a ajuda divina

Considere que você está estudando a Palavra de Deus, cujo autor e


Intérprete é o próprio Deus. Portanto, ore a Ele dando-Lhe graça e
suplicando entendimento.
Nunca inicie o estudo deste fascículo, sem primeiro orar.

2 - Tenha à mão o material apropriado de estudo

Além da matéria a ser estudada contida neste fascículo, você deve


ter à mão as seguintes fontes de referências e pesquisas:

- Bíblia. Se possível em mais de uma versão.


- Dicionário Bíblico.
- Atlas Bíblico.
- Concordância Bíblica.
- Caderno de apontamentos individuais.

3 - Tenham organização e métodos de estudo

Você deve adquirir o hábito de sempre tomar notas de seus estudos,


pesquisas e meditações. As anotações no caderno deverão ser feitas
de modo organizado, pois, caso contrário, nenhuma utilidade terá.
Procure verificar com cuidado todas as referências bíblicas
procurando descobrir, através deias, o propósito da matéria em
estudo, isto é, o que ela deseja comunicar-lhe. Finalmente, para
melhor fixação do aprendizado, responda as questões elaboradas ao
final de cada capítulo.
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OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS

As palavras certas usadas pelas pessoas erradas podem se tornar


armas maliciosas. Já no primeiro século, algumas palavras foram
usadas pelos adversários do Senhor para difamar seus servos fiéis.
Tértulo, o orador que representou os judeus no processo contra
Paulo, descreveu o apóstolo como “o principal agitador da seita
dos nazarenos” (Atos 24:5). Paulo respondeu a esta distorção da
palavra: “Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que
chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais,
acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei
e nos escritos dos profetas” (Atos 24:14). Mais de dois anos
depois, quando Paulo chegou a Roma, os judeus queriam ouvir “a
respeito desta seita que, por toda parte, é ela impugnada” (Atos
28:22).

Ao completar o estudo deste fascículo você será capaz de:

 Entender e explicar corretamenteos significados de


idolatria, heresia, e estar atento aos seus sintomas;
 Entender melhor o mal que falsas doutrinas causam;
 Discernir quem está por trás de cada ensino falso;
 Discorrer sobre as doutrinas das seitas estudadas;
 Relacionar os pontos convergentes de cada delas;
 Avaliar melhor a importância do prepare teológico;
 Discenir entre o trigo e o joio;
 Ajudar novos convertidos vindos destes movimentos;
 Evangelizar membros destas seitas sem corer o risco
de ser pore les enredados.
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Panorama da Estudos

Em termos teológicos, seita refere-se “a um grupo de pessoas que


seguem as doutrinas anti-bíblicas defendidas por esse grupo, que
incorrem em interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais
pessoas”. “É uma perversão, uma distorção do cristianismo bíblico ou
uma rejeição dos ensinos históricos da igreja primitiva”. “Qualquer
religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria”.

Baseados nesta explicação, podemos dizer que um cristão imaturo


pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de
uma seita. Uma tal seita consiste num grupo de pessoas unânimes
em torno de uma interpretação particular da Bíblia, caracterizando-se
por distorções do cristianismo ortodoxo, no que se diz respeito às
doutrinas centrais da fé cristã.

Quando pensamos em prevenção contra heresias, estamos


naturalmente procurando chegar a tempo de evitar que cristãos
sejam enganados com falsas doutrinas. Paulo, ao escrever aos
cristãos de Corinto, recomendou que eles examinassem a si mesmos
se permaneciam na fé, e dizia mais: “Provai-vos a vós mesmos” (2ª
Co 13.5). Na verdade, Paulo antevia pelo Espírito Santo aqueles
irmãos que se afastariam da fé por causa de “espíritos enganadores
e doutrina de homens e de demônios” (Cl 2.22; 1ª Tm 4.1).

Vivemos em um tempo de muitas distorções doutrinárias. Há um


sentimento de insatisfação que motiva as pessoas a desejarem coisas
espirituais, mesmo fora do cristianismo. As heresias surgem, então
com roupagens de espiritualidade, mas, na verdade, são produzidas
por “espíritos enganadores”.
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INDICE

HERESIOLOGIA – ESTUDOS DAS SEITAS E HERESIAS

INTRODUÇÃO 11

I. ESCLARECIMENTOS PRELIMINARES 12
1) – Etimologia 12
2) – As causas da Idolatria 14
3) – Formas da Idolatria 15

II. HISTÓRIA DO CATOLICISMO 16


1) – A Decadência doutrina da Igreja 16
2) – Constantino Magno 17
3) – Apostasia Total 17
4) – O Início do Papado 18
5) – A Santa (?) Inquisição 19
6) – O Catolicismo no Brasil 20
7) – Vítimas da Inquisição no Brasil 20
8) – Doutrinas do Catolicismo 22

III. O ESPIRITISMO 27
1) - História do Espiritismo 27
2) - Diferentes Correntes Filósifcas Espíritas 27
3) - Espiritismo Científico 27
4) - Espiritsmo Kardecista 31
5) - Doutrinas Espíritas 32

IV. O ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA 38


1) - História 38
2) – Suas Principais Doutrinas 39

V. TESTEMUNHA DE JEOVÁ 42
1) – História 42
2) - As Doutrinas dos Tstemunhas de Jeová 44
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VI. O MORMONISMO 53
1) - História 53
2) – As Doutrinas do Mormonismo 54

VII. A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL = CCB 59


1) – História 59
2) – Suas Doutrinas 60

VIII. BIBLIOGRAFIA 66
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HERESIOLOGIA – Estudos das Seitas e Heresias

INTRODUÇÃO

Desde a queda do homem, o mundo todo se tornou o palco de exibições


superticiosas e idólatras. A religiosidade é da psicologia humana. A ciência
provou que o ser que é “imagem e Semelhança” de Deus é um “animal
racional e religioso”.

O mal nascido na Caldéia (éden, Babilônia), de onde4, via Grécia e depois


oma, emporcalhou o mundo, também chegou aqui o Brasil. Nosso país é
eminentimente idólatra e consequentemente superticioso!

Os silvícolas, sem nenhum contato com o resto do mundo, tinham e têm lá


seus ídolos, suas idolatrias e suas supertições que, mais tarde, se juntaram
e se sintonizaram com as desses outros, provando que, de fato, há um único
ser por trás de tudo, que outro não é, senão o degradado e degredado ex-
Lúcifer.

Nosso colonizadores, os portugueses-europeus-idólatras, juntaram sua


magia à dos indígenas, primeiros habitants da terra “de santa cruz”,
completando-se, mais tarde, com a barafunda religiosa dos africanos que
para cá vieram como escravos e, assim, nosso Brasil vive hoje um
sincretismo idólatra-feiticeiro-superticioso.

O catolicismo e o espiritismo são idólatras nos mais generalizados sentidos


da palavra; o mormonismo, o adventismo e o russelismo, apesar de idolatrar
seus líderes-fundadores, não são tidos como idólatras, popularmente
falando, mas como seitas heréticas. A Congregação possui pontos heréticos
e um sectarismo intolerável, como vamos ver.

O catolicismo e a congregação estão decrescendo; as demais seitas estão


crescendo. Precisamos conhecê-las bem para combatê-las melhor.

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I – ESCLARECIMENTOS PRELIMINARES

– Etimologia:

- Etimologicamente, idolatria é o culto aos ídolos, às imagens, aos


ícones. Considere em atribuir à criatura, animada ou inanimada, o
culto devido exclusivamente a Deus, o Criador. É um terrível pecado
praticado diretamente contra Deus nas mais diversas formas (cf. Ex
20.3 – 6; Is 44; 45; Sl 115 e etc.).

– A palavra idolatria vem de duas outras palavras gregas, eidolon,


quer dizer ‘ídolo’, ou ‘imagem’, e latreia que é o culto, a adoração; o
louvor. Assim sendo, idolatria é o culto aos ídolos, às imagens e está
ligada diretamente ao diabo e aos demônios, conforme nos informa a
Bíblia (cf. Sl 106.36-42; I Co 10.19-21).

O diabo é o ídolo-mor, por ser o primeiro a praticar a suiolatria (o


culto de si mesmo), conforme registra o profeta Isaías (Is 14.12-14).

O termo ícone, no grego eikon (imagem religiosa), é sinônimo de


ídolo; portanto, idolatria e iconolatria também são termos sinônimos.
Nicho (oratório) é o lugar onde se coloca o ícone, o ídolo, a imagem
(At 19.24).

– A igreja católica buscou no antigo paganismo uma tríplice divisão


do culto que ela pratica; há o culto de latreia, o de dulia e o de
hiperdulia. Antigamente havia também o de prótodulia.

Latreia é um termo que designa os serviços externos de culto como


os ritos, as ofertas, os gestos, etc., não expressando a
intrinsecabilidade do culto em seus aspectos mais profundos e
espirituais. Referia-se aos serviços dos levitas no tabernáculo. Pois
bem, este culto o catolicismo atribui só a Deus.

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O culto de dulia, palavra que siginifica servir ou serviço espiritural e
expressa novo dever de “servir a Deus quais servos que somos” ou
como disse Jesus: “em espírito em verdade” (Jo 4.23,24). Este “culto
o romantismo dedica-se ou tributa-o aos ‘santos’”.

O culto de hiperdulia, palavra vinda de ‘hiper’ – super; e dulia, como


já vimos, servir ou serviço, formando então; super servir, super
serviço, super culto; este o catolicismo presta a Maria. Conforme o
significado da palavra, este culto deveria ser tributado a Deus. O
antigo culto de prótodulia era prestado a José, marido de Maria.
Prótodulia quer dizer primeiro serviço, primeiro culto, foi estabelecido
em 890 anos com o Papa Adriano III.

Observe o amado leitor que os cultos que expressão um sentido mais


profundo e espiritual, o catolicismo tributa-os, não a Deus, mas aos
seus ídolos. Eram os de dulia, prótodulia, hiperdulia.

– O clero insiste em fazer distinção entre adorar e venerar (cultuar).


No entanto, veremos que se trata de termos sinônimos.

No hebraico do Antigo Testamento, adorar é “shachan” e no grego


do Novo Testamento é “proskunein”, ambos significando “prostar em
adoração cúltica à divindade”. É sinônimo de “latreia” (culto) ou
serviço religioso prestado a Deus: “... ao Senhor teu Deus adorarás
(proskunésia) e só a ele darás culto” (latreuseis), cf Mt 4.10.

A orientação do salmista é: “servi (latreia) ao Senhor com alegria” (Sl


100.2a). Ana “servia (latreousa) ao Senhor continuamente” (cf. Lc
2.37).

Então, latreia expressa os atos de clto ou o culto em sua realização


ou efetivação exterior; a dulia, a atitude de cultuar, adorar ou venerar
a Deus. Cultuar é o mesmo que venerar, compare as versões bíblicas
de At 19.27b: a Pentecostal, a Revisada, a Alfalit, a ARC, ECA, a
Thompson e a inglesa Good News Bible, trazem “VENERAR” (grego,

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proskunésia), para adorar, venerar, prostar. Os efesianos adoravam
sua deusa Diana.

Já as versões: Mattos Soares, ARA, Vida Nova, Anotada e LH, usam o


termo “ADORAR”. Isto significa que adorar e venerar são sinônimos,
O próprio Clero, não podendo negar esta verdade, admite-a.

A prática católica prova a idolatria romana. O globo Repórter, dia


30/05/97, exibiu um devoto nordestino arrastando às costas uma cruz
de 230 quilos. A prática condiz com o ensino do dulia, prótodulia e
hiperdulia. Ao fazerem tudo errado, os católicos estão afinados com
o que ensina sua religião: rezam, acendem velas, fazem votos, beijam
seus ídolos, confiam nas supostas mediações deles, louva-os,
ajoelham-se diante deles, choram como pobres desvalidos,
chicoteiam-se, andam de joelhos até sangrar, crêem na divindade
desses “santos”; se isto não for adoração é impossível saber então o
que o catolicismo entende por adoração (cf. I Rs 18.26-29).

– Superstição é a crença na divinização da matéria.


Consiste em dar qualidades divinas a objetos, como por exemplo: crer
que o sinal ou a própria cruz protege e espanta demônios; o uso da
água benta, fluída ou orada para ser abençoado; a ferradura colocada
atrás da porta; o Buda estabelecido no estabelecimento comercial
para dar sorte nos negócios, queimar velas, o uso do rosário, ungir
objetos como chaves, roupas, etc. (Tg 5.14,15), o uso religioso do
sal, da rosa, do horóscopo, etc. tudo é superstição.

– As causas da Idolatria

São basicamente duas:

– O pecado na raça humana e a real necessidade de ter comunhão


com Deus que é próprio do pecador. “... a minha alma tem sede de
Deus, do Deus Vivo... “ (Cf. Sl 42.1,2; 63.1). Foi o pecado que fez a
separação (cf. Is 59.1,2; Sl 51.5; Rm 3.23; 6.23).

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– A ignorância do verdadeiro Deus. Tem a necessidade essencial e
existencial de Deus, mas não O conhece. Então tentam materializá-lo
para se ter a impressão (ilusória) de estar em contato com ele,
podendo tocá-lo, senti-lo (cf. Os 4.6; 6.3; Rm 1.9,20,28; 2.1,8,12,13).
Esta ignorância, por si só já, se constitui pecado (cf. Rm 1.28; II Ts
2.7,8).

– As Formas de Idolatria

Também são duas:

– A do culto verdadeiro ao deus falso: “Vós adorais o que


não sabeis”, disse Jesus à samaritana (Jo 4.22a); é o caso dos milhões
que, sem saber ou sem conhecer, adoram alguma coisa ou alguém
(veja Rm 1.23b; Is 44 – 46). Adorar a vaca Hator, o boi Ápis, o sol, o
Saturno (o deus do Sábado), o trovão, os mortos, a Maria, a Senhora
Aparecida...

– A do culto falso ao Deus verdadeiro: ...e mudaram a glória do Deus


incorruptível em semelhança da IMAGEM... de aves, e de
quadrúpedes, e de reptéis... pois mudaram a Verdade de Deus em
mentira, “IMAGEM DE HOMEM CORRUPTÍVEL” (cf. Rm 1.23,25)
oculto que se serve de imagem é falso, Deus “não dá” Sua Glória “às
imagens de esculturas” (cf. Is 42.8,11; Ex 20.4-6). Exemplos: O culto
de Caim era falso ao Deus Verdadeiro (cf. Gn 4), o de Nadabe e Abiú
(Lv 100 também.

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II – HISTÓRIA DO CATOLICISMO

A chamada Igreja Católica Apostólica romana data o ano 33 como o


de sua fundação, citando, inclusive Mt 16.18-20, “... edificarei a minha
Igreja ...” como se fosse o próprio Cristo o fundador do romanismo.
Isto, porém, não é verdade. Todas as falsas religiões e seitas menos
sinceras fazem isto, buscando legitimidade bíblica para si.

Durante os três primeiros séculos, a igreja fundada por Jesus viveu


na clandestinidade, sendo duramente perseguida, não tinha título
denominacional (cf. At4.5-8). O César dessa época era Tibério (Tibéio
Cláudio Nero, anos 14 a 37 d. C.).

No ano 54 o feroz Nero (Nero Cláudio César Augusto Germânico),


assumiu o Império Romano e as perseguições tornaram-se cruéis
como nunca antes, até que em 64, sob forte desejo de liquidar de vez
com o cristianismo, o que chamavam “seita dos nazarenos”, Nero
incendiou a cidade de Roma e culpou os cristãos. Estes foram
amarrados nos postes da cidade e queimados vivos. A cidade foi
iluminada com os crentes. Foi um massacre geral.

Nas décadas de 80 e 90, o imperador Domiciano (Tito Flávio


Domiciano, anos 81 a 96), que foi o penúltimo dos 12 Césares,
também moveu uma terrível perseguição às ovelhas do Senhor,
mandando o apóstolo João para o exílio na Ilha de Pátmos, já com
mais de 80 anos de idade. A igreja não pôde organizar-se como
entidade eclesiástica.

1 – A Decadência Doutrinária da Igreja


Perseguida, a Igreja viveu os primeiros três séculos fugindo das
autoridades e das turbas violentas. Os crentes tiveram que abandonar
famílias e bens. Não dispunham do Novo Testamento em mãos.
Algumas das Epístolas circulavam nas Igrejas, mas não todas. Já no
segundo século, Marcião levantou um movimento herético na Igreja;
depois, Sabélio levantou-se contra a doutrina bíblica da trindade,
batizando só em Nome de Jesus. Logo veio Ário, outro líder,
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questionando a divindade de Cristo. Foi algo terrível. A igreja estava
já cheia de heresias e líderes apostados.

2 – Constantino Magno
Assumiu o Império Romano, em 312, o bom político Constantino
Magno que resolveu proibir as perseguições oficiais à Igreja e apoiar
o cristianismo. Isso ele fez em 313 e declarou-se benfeitor da Igreja.
A partir de então todo mundo queria ser “crente”. Houve “conversões
em massa”. Tais conversões não eram genuínas; os seguidores do
paganismo vinham trazendo seus credos e dogmas a fim de conseguir
prestígio político com o Imperador. Era uma mistura de cristianismo
com babilonismo. Em 325, Constantino possuía tanta autoridade
sobre a Igreja que ele mesmo convocou doutrinários, pois desde 197
que Zeferino, bispo de Roma havia levantado um movimento herético
contra a divindade de Jesus o que foi apoiado por Ário, como já vimos.

Constantino presidiu o concílio e declarou que, a partir de então, a


Igreja charmar-se-ia: “Igreja Católica Apostólica Romana”. Esta é a
mais coerente data para a fundação da Igreja (?) de Roma. Jesus não
fundou a igreja de Roma, pois nem lá esteve. Pedro não foi papa,
pois nesta data, já havia morrido.

3 – Apostasia Total
Até aqui, nenhuma notícia da estada de Pedro em Roma. Do ano 200
a 376 d.C., os imperadores romanos ocupavam também o posto de
Sumo Pontífice da ordem Babilônica. É que, quando Roma conquistou
o mundo em 146 a.C., vencendo a Grécia, trouxe de Babilônia não
somente a riqueza e cultura, mas também a religião pagã para a nova
sede mundial (Roma). Em 31 a.C. tornou-se Império.

Em 378 o imperador Graciano recusou-se liderar a religião de


Babilônia arraigada em Roma e nomeou o pastor Dâmaso da Igreja
de Roma para assumir o cargo e ele aceitou. Consumou-se a
apostasia do cristianismo já babilonizado e místico. Nessa época já
havia o culto aos mortos, introduzido por Basílicos de Cesaréia e
Gregório Nazianzeno, dois líderes (ano 370); também a vida
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monástica dos monges do Egito, introduzido por outro líder, um tal
de Antônio. Em 394 foi substituído o culto evangélico pela misteriosa
missa no estilo babilônico.

– O Início do Papado
Até o fim do quinto século, não se fala em papa na igreja, embora já
havia a idéia de um bispo universal, liderando os demais líderes.

A palavra “Papa” é de origem grega. Os gregos tinham seus muitos


deuses e, dentre estesm o principal era Júpiter, crido como o deus
pai dos deuses e por isso chamado “Pappas” (=pai). Como os deuses
eram tidos por pai. Júpiter era o pai dos pais que em latim é pater
patrum (=pai dos pais). Tirou-se as duas primeiras sílabas dessas
palavras (pa+ pa) e fez papa = pai dos pais, contrariando Mt 23.8-
10. Como ‘pai dos pais’, porque os padres (pater=pai), também são
pais, o Papa encampou o sentido pagão do termo religioso. Jamais
Pedro, se vivo fosse, aceitaria esse título. O primeiro líder romano a
investir-se exclusivamente desse título foi Bonifácio VII (ano 607) e,
segundo a história, foi com outra astúcia política de Focas. Bonifácio
aparece na lista moderna dos papas como sendo o de nº 67.

O título de “Dom” preposto ao nome dos bispos romanistas vem do


latim Dominus (=senhor) em sentido religioso e só se aplica
corretamente em Jesus (cf. Mt 23.8). é um título divino.

Em 1054 veio o primeiro cisma da “igreja” romana, que não é


apostólica, nem católica (=universal), apenas romana. Dividiu-se em
Igreja do Ocidente com sede em Roma e igreja do Oriente com sede
em Constantinopla de sucessão da Igreja primitiva e de Pedro.

O Estado Vaticano (Vaticano era o nome do deus pagão de Roma) foi


criado pelo ditador fascista italiano Benito Mussoline, com o Tratado
de Latrão, em 11 de fevereiro de 1929, reconhecendo o papa como
seu chefe político-religioso com todos os poderes centrados nele.

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– A Santa (?) Inquisição
É a página mais negra e amarga da história da humanidade. Teve
inicio em 1186 (século XII) no Concílio de Verona, e durou 600 longos
anos.

O Que Era? Um tribunal judiciário da igreja católica, criado para


julgar, investigar, prender, confiscar os bens, torturar e matar as
pessoas que não quisessem ser católicas. Eram tidas por heréticas.
Dispunham de todos os poderes legais para executar as vítimas.

Variados eram os tipos de torturas aplicadas: “havia o


emparedamento; as tenazes aquecidas que arrancavam pedaços de
carne; a roda dentada, o suplício da água, o do fogo, os ferros
enterrados nas unhas, as cordas que apertavam até espirrar o
sangue, o sepultamento em vida. Além das torturas físicas, havia as
torturas psicológicas”, que geralmente levavam as vítimas à loucura.
Havia os médicos supliciantes “casa dos Tormentos”, as “Leis de
Ferro”, as “Leis dos Autos-de-fé”, decretadas em 1484 na Espanha,
que estabeleciam a comunhão pública, o confisco e saque dos bens e
as formas de trucidar o condenado.

O Para Pio V, em apenas 13 anos exterminou cem mil crentes


anabatistas; entre 1572 a 1585. Em 1590 foram executados 200 mil
huguenotes, pelo Papa Sisto VII. Na Alemanha entre 1618 e 1648
morreram 15 milhões de crentes (O Obreiro, nº50, de jan/mar/90,
PP. 24.25, de Amadeus Vou Bouczan).

A vida moral do Clero na idade média, segundo a história, era um


asqueroso lupanar! Houve o “governo da pornografia” ou o “governo
das meretrizes” e na “cadeira de São Pedro” assentavam-se os
garanhões.

Os padres tinham meretrizes á escolha para cada noite. O Papa


Gregório XII viver maritalmente com sua própria irmã. Violou mais de
200 virgens e emporcalhou a vida de muitas freiras. Teve filhos com

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mulheres casadas e estuprou a própria filha (João XXIII e o papado,
p. 10).

– O Catolicismo no Brasil
Com o descobridor veio o primeiro mensageiro da idolatria romanista,
frei Henrique Soares de Coimbra que aqui fincou os pés para o mal
das terras ricas, em 22 de abril de 1500. No dia 26 seguinte celebrou
a primeira missa nas praias da Bahia Cabrália. Estava plantada a
semente maligna da miséria e do atraso no Brasil. Em 1549, chegava
como primeiro Governador Geral Tomé de Souza, o padre Manoel da
Nóbrega (pouco nobre) e, em 1554, o grupo era reforçado com a
chegada de José de Anchieta, inimigo dos crentes em Jesus.
Trabalhou como enfermeiro e praticou a eutanásia em muitos
pacientes terminais, como prova a história. Eram jesuítas.

O historiador Rocha Pombo afirma, em sua história do Brasil, primeira


edição, que os padres eram “elementos baderneiros, inimigos de toda
ordem, que de outra coisa não se ocupavam senão de arranjar e
carregar ouro para a coroa de El rei e para Vaticano”.

Foram 300 longos anos de inquisição no Brasil. Em poucos anos


conseguiram descobrir e executar certa de 500 irmãos. Em 1555, na
companhia de Nicolau Durand de Villegaigon, o “Caim da América”,
chegou, para pregar as boas – novas de cristo, o pastor Jean Jacques
Balleour (o João Bolés) que, em 1557, celebrou a primeira Ceia do
Senhor. Preso em 1559, por pregar o Evangelho, foi condenado a 8
anos de prisão, sendo, finalmente enforcado em 1567 pelo próprio
Anchieta que, após a execução, afirmou: “eis ai como se mata um
homem”, (O Santo que Anchieta Matou).

– Vítimas da Inquisição no Brasil


Torturados até a Loucura: Os lavradores cariocas, que na época
moravam em Minas Gerais, Agostinho José de Azevedo; Alexandre
Soares Pereira e Domingos Rodrigues de Andrade, residente no Rio
de Janeiro, foram algumas das vítimas da Inquisição no Brasil, sendo
que as condenações atingiram os parentes até à décima geração.
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Diogo do Vale e seu filho Luiz Corrêa, depois de serem torturados até
à loucura foram queimados vivos. Guiomar Nunes, da Paraíba; o
capitão-mor Miguel Tales Costa, depois de louco, foi apedrejado.

Queimados vivos em estado de lucidez: Tereza Paes de Jesus,


Francisco de Siqueira Machado, ambos do Rio de Janeiro. Antônio
Silva Pereira ficou aleijado com as torturas antes do seu julgamento.

Vítimas em Goiás: Teotônio de Mesquita, Luiz Nunes da Fonseca,


Manoel de Mendonça Vadolide e Tomás Pinto Ferreira foram mortos
pela sanha da chamada Santa Inquisição Católica (A face Oculta do
Catolicismo Romano).

Essa fúria nata do catolicismo é herança dos três elementos que a


formaram:

1 – O pensamento grego, que deu explicação e justificou seus


postulados metafísicos dogmáticos. As idéias aristotélicas e tomistas
grandemente influenciadas pelas filosofias pagãs e sanguinolentas da
época do ódio dos impérios e governos déspotas;

2 – O direito Romano, o outro elemento sistematizador do organismo


eclesiástico católico. Devem-lhe o romanismo, os sentimentos
totalitaristas e hierárquicos militar do imperialismo com que funciona
o catolicismo;

3 – O farisaísmo contribui para a formação da ‘Tradição Oral’, a outra


Bíblia ou revelação divina do catolicismo. Os fariseus tinham a Torah
(= Lei escrita), e o Talmude (= as tradições dos anciãos), mais
importantes, na prática, que na Lei. O catolicismo é farisaísmo puro.

Quem afirma ser o catolicismo uma religião cristã, ou não o conhece,


ou não conhece o cristianismo, ou não conhece a ambos.

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– Doutrinas do Catolicismo

- O Catolicismo e a Bíblia: Para o crente em Jesus, a Bíblia e somente


ela é fonte da Revelação Divina, segura, infalível e verdadeira regra
de fé e conduta do cristão. O catolicismo tem três fontes de revelação
consideradas iguais entre si e completamentares: a Bíblia, a tradição
oral, e o magistério eclesiástico. Um completa o outro e nenhum é
completo em si. Na prática, a Bíblia é a menor delas.

O magistério eclesiástico, no Concílio de Trento (1.546) estabeleceu


a canonicidade dos 7 livros apócrifos para completar (ou complicar?)
a Bíblia, acrescentando-lhe mais alguns capítulos a outros livros da
Palavra de Deus, completando também o cálice da ira de Deus sobre
si (Ap 22.18,19).

O Concílio de Tolosa proibiu a leitura da Bíblia aos leigos em 1229 e


o Concílio de Trento confirmou a proibição sob a aprovação do Papa
Clemente VII. Quem quiser entender a Bíblia não há de tentar fazê-
lo estudando literatura católica. Para o clero, a Bíblia “é fruto de
mutirão prolongado do povo”, é “livro das experiências humanas”
(Bíblia: perguntas que o povo faz, Frei Mauro Strabeli, p. 11). O livro
de Gênesis é alegórico, a criação em seis dias é “um esquema literário
artificial”, a tentação de Eva não é real; “evidentemente não foi a
serpente que tentou o homem. O homem sentiu dentro de si o
fascínio do mal” (Id. Ob. Cit. P. 34).

O “livro de Jonas é obra muito interessante, cheia de peripécias e de


casos engraçados, como CONTO DOS PESCADORES” (Ob. Cit. P. 87,
com grifo meu). O livro de “Êxodo tem informações contraditórias”,
(Ob. Cit. P. 109). E vem lá os sacerdotes dizerem que a igreja católica
é a “guardiã da Bíblia”.

8.2 – A sucessão apostólica: Pedro foi o primeiro Papa. É uma


ladainha injusta do romanismo acerta de Pedro. Consideram-no a
pedra fundamental da igreja e daí partem para a pedrolatria. Dizem

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que os papas são sucessores de Pedro e os demais membros do Clero
são sucessores dos demais apóstolos.

Refutações: Jesus chamou Pedro para ser pastor, não papa (cf. Jo
21.15-17). A palavra “apascentar” (grego poimaíno) é derivada de
pastor (gr. Poimén). O romanismo fundado por Constantino Magno
em 325 não pôde contar com Pedro como seu líder. No ano 50 d.C.
no Concílio de Jerusalém, o pastor da igreja era Tiago e não Pedro
(cf. At 15.13-32).

Nenhum documento sério e antigo fala da estada de Pedro em Roma


e os próprios hierarcas romanistas divergem-se quanto a isto. O
historiador católico Ellendorf, em suas pesquisas a respeito do
assunto, chegou a seguinte conclusão: 1) “Pedro não esteve em roma
no ano 42, nem em 44, 45 e 46 ano Domini; não estava lá em 58,
nem estava lá de 61 a 63 A.D.; não estava lá em 65 e 66 a.D.
Portanto, provavelmente ele nunca esteve lá”. 2) “A igreja em Roma
não foi fundada por Pedro ... Pedro não teve participação alguma
nela”. Clemente de Roma e Justino mártir que viveram no segundo
século d.C. nada falaram em seus escritos sobre esta estada de Pedro
em Roma e fizeram declarações contrárias a esta idéia. O mesmo
Ellendorf afirmou que “os testemunhos em favor da estada de Pedro
em Roma só se encontram na tradição (que não merece confiança) e
isto a partir do terceiro século”. (João XXIII e o Papado, W.r. Estep,
Jr.Pp.11,12).

8.3 – O catolicismo e a Igreja: O catolicismo não é igreja fundada por


Jesus ou qualquer dos apóstolos. Como já vimos, o abandono dos
princípios cultivados na Igreja Primitiva e a adesão ao paganismo
deram origem ao catolicismo.

O clero transformou o catolicismo noutro salvador “São todos os


homens obrigados a pertencer à igreja?” A resposta é: “Sim, todos os
homens são OBRIGADOS a pertencer a igreja, porque fora da mesma
NINGUÉM pode SALVAR-SE” (Catecismo, p. 30, grifos meus). “A
igreja é Cristo que Salva”, “a igreja é Cristo e Cristo é a igreja... onde
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está a igreja católica, aí está Cristo”, é por ela que os atos dos homens
são “divinizados” (A Igreja do Deus Vivo, PP. 87,88,111). Esta “igreja”
que é o outro Cristo pode salvar plenamente através do seu chefe
soberano, o “Papa”, que é quem pode dar “indulgências (=perdão)
plenárias, ou seja, por toda a igreja, por ser ele o substituto ou o
representante de Cristo na terra”. “Haverá algum pecado que a igreja
não pode salvar? Não; não há pecado, por grave e enorme que seja,
nem pecados tão numerosos que a igreja não possa perdoar”
(Catecismo, p. 33). Igreja – Salvador!

Eis aí o que a igreja católica para o Clero.

Refutações: Estes arrazoados do Clero, além de limitar o Salvador é


um atentado contra sua Soberania e a eficiência de seu Sacrifício
expiador. Ele (Jesus) pode salvar “perfeitamente os que por Ele se
chegam a Deus” (Mt 11.28; At 2.38; 17.30; Tt 2.11). Leia também,
(Hb 2.10; 5.9; 7.25; At 4.12; I Tm 2.5).

8.4 – O purgatório: O catecismo ensina: “o purgatório é o lugar onde


as dos justos se purificam, satisfazem com penas temporais is que
devendo por seus pecados”. É outra forma de negar a eficiência
Salvadora de Cristo. Ele salva ou não salva? Este dogma foi criado em
593, pelo Papa Pelágio, e oficializado em 1439 com o Papa Martinho
V. Houve um intervalo de 846 anos entre sua criação e sua
oficialização.

A Bíblia nada fala sobre esse tal purgatório. Ele fala, e muito, sobre
inferno e o céu.

8.5– A idolatria católica: Em “éfeso, Maria foi declarada TEOTÓKOS


(=Deus nascido), no Concílio de Éfeso, em 431 d.C.” Seu culto, o de
hiperdulia, já era prestado desde 370 d.C. Maria dói declarada mãe
de Deus. É a negação da deidade e eternidade de Jeová. Mais tarde,
inventaram a reza “santa Maria mão de Deus, rogai por nós...”.
Admitir uma maternidade para Deus é negar-lhe a eternidade.

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Em 819, a festa da assunção de ‘nossa senhora’ foi observada pela
primeira vez pelo Papa Estevão IV. Em 609 o Papa Bonifácio III criou,
copiando do antigo paganismo, o culto de hiperdulia para Maria; em
1854 o Papa Gregório XVI criou e oficializou o dogma da imaculada
Conceição de Maria. Em 1950, o Papa Pio XI aprovou como artigo de
fé, o dogma da presença real, física de Maria no Céu (assunção de
“nossa senhora”). A ave-maria criada pelo Papa Benedito XI, foi
instituída em 1311.

No livro ‘A Igreja do Deus Vivo’, manual de doutrina católica à página


81, o palrador, Frei Battistini afirma: “A virgem Maria é reconhecida e
honrada como: MÃE DE DEUS E DO REDENTOR”. Isto é, mãe do Pai
e Filho. E confirma: “os prazeres da vida eterna se conseguem por
Maria”. A revista ‘Cavaleiros da Imaculada’, nº 4, do mês de maio/97,
à p. 7 diz: “Ave Maria cheia de graça... em nós essa graça NÃO DEIXA
DE SER DELA, e n’Ela de Deus ...não é Ela como que uma PARTE DA
SANTÍSSIMA TRINDADE? Deus-Pai ...O Filho de Deus e d´Ela, o
Espírito Santo, seu esposo. E onde Ela entra trás consigo toda a
Santíssima Trindade...” (grifos meus). Os pronomes ela, d´Ela, estão
todos no plural indicando deidade. Depois vem lá os sacerdotes com
a pseudopiedade dizendo: não adoramos a Maria, mas apenas a
veneramos.

Em 12 de outubro de 1717, foi pescada a “santinha” de 30 cm no Rio


Paraíba, na cidade de Guaratinguetá, interior Paulista, e João
Figueiredo, a pedido do Papa João Paulo II, decretou feriado nacional
o dia 12 de outubro, com o decreto 6.802, de 30 de junho de 1980.
Para a maior infelicidade do Brasil, no dia 31 de maio de 1931, a
incomparável “santa” foi coroada padroeira e rainha do Brasil.

8.6 – Os sete sacramentos: Batismo, confirmação ou crisma,


eucaristia, penitência ou confissão, batismo dos enfermos, ordem e
matrimônio. Estabelecidos em 1160 pelo Papa Adriano IV e
transformado em artigo de fé em 1439 com o Papa Martinho V. é um
dogma novo, se vê.

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O que é um sacramento? O catecismo católico responde: “é um sinal
sensível e eficaz da graça, instituído por nosso Senhor Jesus Cristo
para nos santificar”. Os sacramentos “são sempre e infalivelmente a
graça”. São tidos como meios de salvação. De todos os setes
sacramentos, a eucaristia é o que mais ultraja a graça de Deus. “A
eucaristia é a continuação do sacrifício da cruz” (A missa, p. 145).
Paulo IV, em 1562 declarou que a missa é “oferta propiciatória”. “O
que é o sacramento da eucaristia? ...É o sacramento que contém o
verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Jesus Cristo, real e
substancialmente presente, debaixo das espécies ou aparências de
pão e de vinho, nosso alimento espiritual” (Catecismo, p. 73). É a
transubstanciação, artigo de fé romana desde 1215, pelo Papa
Celestino III. “Na eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que nasceu
da Maria Virgem que está no Céu” (Id Ibid.p.74). O catecismo explica:
“Deus da consagração da hóstia e do vinho, NADA FICA DE PÃO E DE
VINHO, a não ser a espécies ou aparências” (Id. Ob. Cit.p.75 – grifos
meus). E continua: “Tanto debaixo das espécies do pão e do vinho
ESTÁ JESUS CRISTO TODO INTEIRO, CORPO, SANGUE, ALMA E
DIVINDADE... Jesus Cristo ESTÁ VIVO em todas as hóstias
consagradas do mundo” (id.ibid. grifos meus). “Jesus está presente
entre nós com sua Pessoa, vivo e verdadeiro como quando andava
pelas ruas e estradas da Palestina, com sua total humanidade e sua
verdadeira divindade, prova da presença real de Jesus Cristo entre
nós na eucaristia” (A Igreja do Deus Vivo, p.90), “nas igrejas para ser
visitado e adorado pelos fiéis” (Ob.Cit.p76).

Foi o Papa Inocêncio III quem oficializou esta idolatria da hóstia. É a


eucaristiolatria, oficializada em 1220 como artigo de fé. Leia Hb 9.28;
10.10,14,29.

A essência do catolicismo é a missa e a eucaristia, pois ambos são


sacrifícios salvadores que se confundem. A missa “é a repetição do
sacrifício da cruz, sem derramamento de sangue”. Cristo imola-se de
novo no altar da missa, porém, sem derramar sangue. É a única
diferença do sacrifício da cruz. Isto é blasfêmia. O sacrifício da cruz é
irrepetível (cf. I Co 10.20,21; Hb 10,29).
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III - O ESPIRITISMO

1 – História do Espiritismo:
“Espírita, segundo Allan Kardec, é: todo aquele que crê nas
manifestações dos espíritos”. Evidentemente há muitas e diferentes
doutrinas e crenças espíritas, mas todos os que nelas crêem são
espíritas; isto é, todos os que crêem que o espírito do falecido pode
e volta à terra para contato com os vivos, são espíritas.

Neste sentido todos os católicos praticantes são espíritas, pois que


todos crêem nas manifestações e aparições de suas “nossas
senhoras”.

A primeira manifestação mediúnica na terra foi a do Éden. O diabo


incorporou-se na serpente para falar com Eva. A serpente foi a
primeira médium de todos os tempos. Os espíritas odeiam o livro de
Gênesis.

Na região do Éden, Deus criou o homem, lá este caiu e, de lá, o mal


alastrou-se para o resto do orbi, como bem mostra a Bíblia, a história,
a lingüística e a arqueologia. É a régio onde hoje está o Iraque e o
Irã. Tornou-se o berço do espiritismo e da idolatria do mundo. Os
assírios, os caldeus (babilônicos), os egípcios, os caananitas eram
povos dados à magia (os magos, os astrólogos, os necromantes, os
mágicos ou encantadores, os feiticeiros era espíritas).

– O espiritismo moderno
O espiritismo moderno tem três fontes de origem:
a) Estados Unidos tem sua origem ligada às irmãs Fox. Margareth
Fox e Kate Fox eram duas meninas de 12 e 9 anos respectivamente,
naturais de Hydesville, New York (EUA). Em 1848, morando numa
casa de fazenda, disseram ver mesas, cadeiras e lençóis saírem de
seus lugares, misteriosamente. Ouviram barulhos inexplicáveis e, um
dia, uma mão fria tocou o rosto de uma das meninas. Entenderam
que se tratava de seres reais, porém, invisíveis. Depois de algum
tempo perceberam que a “coisa” respondia a perguntas com certo
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número de pancadas ou estalos de dedos. Esses acontecimentos
receberam amplas divulgações dos meios de comunicações da época
e as meninas tornaram-se muito procuradas. O mal alastrou-se e
atingiu a Europa.

No fim de suas vidas, tanto Margareth como Kate confessaram


arrependidas de haverem se envolvido com tudo o que não passava
de obras de enganos.

b) Na França: Nasceu em 1805. O menino Léon Hippolyte Donizeth,


filho de advogado, formou-se em medicina e, mais tarde, tornou-se
que veio a ser conhecido como o “codificador e apóstolo do
espiritismo”. Adotou o pseudônimo de Allan Kardec por crer ser ele
uma reencarnação de um poeta celta desse nome.

Para não fugir à regra dos fundadores de seitas, Kardec afirmou ter
recebido a incumbência de pregar uma nova doutrina e fundar uma
nova religião, o que começou a fazer em 30 de abril de 1856.

Um ano depois publicou o “Livro dos Espíritos”, tido como um dos


quatro livros sagrados e básicos na doutrina espírita Kardecista.
Conhecido como o “Codificador e depositário da terceira revelação de
Deus à humanidade”, sendo, para os espíritas, mais importante que
Jesus. Escreveu o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, uma paródia
do Evangelho de Jesus. Foi ele quem deu forma confessional e
doutrinária ao espiritismo e se notabilizou por organizar formalmente
o que chamam de “doutrina da reencarnação”.

c) O Espiritismo Europeu: Este ramo do espiritismo babilônico


recebeu a contribuição de três elementos diferentes: o feiticismo
africano, o catolicismo romano com sua idolatria, seus santos (?) e
suas superstições, e o espiritismo nativo dos índios das terras
descobertas. Foi assim que chegou ao Brasil que hoje é o maior país
espírita e católico do mundo. Os Estados da Bahia e do Rio de Janeiro
ocupam o primeiro lugar no espiritismo em nossa pátria. O primeiro
centro espírita de Salvador foi fundado em 1865 por Luis Olímpio
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Teles de Menezes e, em 1873, fundou-se a Sociedade Espírita do Rio
de Janeiro.

– Diferentes Correntes Filosóficas Espíritas

– Há o espiritismo comum:
Quiromancia ou quiroscopia (adivinhação pelas linhas das mãos);
Cartomancia (supostas adivinhações pelas cartas de jogar);
Grafologia (adivinhação através da análise da escrita da pessoa de
quem se pretende saber algo);
Hidromancia (adivinhação pela água);
Astrologia ou uranoscopia (horóscopo, adivinhação pela influência dos
astros e signos do zodíaco nos destinos das pessoas);

– Há o baixo espiritismo:
Vodu: Uma mistura de catolicismo com espiritismo dos negros das
Antilhas, praticado principalmente no Haiti e também no Brasil;

O candomblé: Feitiçaria dos negros ioruba praticado principalmente


na Bahia. Seus deuses (divindades), chamados “guias” são os Oxum,
Ogum, Caboclos, os quais têm seus correspondentes na igreja
católica: Ogum é São Jorge, Iemanjá é a Senhora dos Navegantes, e
assim por diante. Segundo pesquisa, cerca de 70% dos católicos do
Brasil, freqüentam terreiros espíritas.

Umbanda: Confunde-se como candomblé da Bahia, o xangô de


Pernambuco, a pajelança da Amazônia, o tambor do Maranhão e o
catimbó do nordestino.

Os cultos afro-brasileiros incrustados no folclore de nossa terra é


umbandista. Suas divindades (deuses) são os orixás. É muito
misturado com o catolicismo.

Quimbanda: Ritual de macumba (magia negra), parecido com a


umbanda. Suas divindades ou deuses são chamados exus e são, ao
todo, 21.
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Eis a lista:

Exú Maioral – identificado com Lúcifer ou protetor dos maléficos;


Exú Sete Encruzilhadas – senhor dos caminhos que se cruzam;
Exú Tranca Ruas – manda em todas as ruas;
Exú Veludo – que castiga os inimigos de quem o invoca;
Exú Tiriri – protege contra inimigos castigando-os;
Exú Quebra Galha – domina as mulheres e moças;
Exú Pomba-Gira – resolve casos de amor;
Exú Setes Cruzes – assim os católicos dizem que demônio tem medo
de cruz – zela as entradas dos cemitérios e é responsável por
trabalhos relativos à morte;
Exú Tranqueira – guarda as entradas e portas;
Exú das Setes Portas – facilita a abertura de cofres e recipientes
fechados;
Exú das Setes Poeiras – persegue aos que caminham nas estradas de
terra;
Exú Morcego – transmite moléstia para pessoas e animais;
Exú Tranca Tudo – ajuda em qualquer coisa;
Exú Pedra Negra – tem poder sobre bens e riquezas;
Exú de Capa Negra – é o fiscal dos demais exus;
Exú Caveira Serviçal de Omulum – rei dos cemitérios;
Exú da Meia Noite – confere a qualquer pessoa o “Dom de Línguas”.
Uma falsa e mentirosa imitação do Dom do Espírito Santo;
Exú Pagão – separa os casais e os ajunta em amigação com outras.
Gosta de sacrifícios de crianças pagãs;
Exú Canga – trata da morte dos inimigos evocados;
Exú Quirimbo – conduz mocinhas à prostuição;
Exú Brasa – provocador incêndios.

Extraído do livreto: “Cuidado com o Espiritismo pois ...só Cristo


Salva”, de autoria do evangelista Roberto Pereira de Lima, ex-
paulistinha naval, ex-demônio da meia noite, ex-macumbeiro, ex-
presidiário violentíssimo, liberto pelo de Deus, PP. 10 e 11.

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O aluno não deve chamar os demônios por esses apelidos. Nome de
demônio é demônio ou espírito imundo como Jesus os chamou. Não
tenha medo deles, confie em Jesus (leia Lc 10.19; Mt 10.8; Mc 16.16-
18)

Macumba: É um sincretismo dos elementos do candomblé, das


religiões indíginas, dos cultos afro-brasileiros e do catolicismo
romano.

– Espiritismo Científico

Existe também o espiritismo chamado científico ou alto científico ou


espiritualismo em forma de sociedade. Ei-las:

Ecletismo: Não tem um sistema próprio de ritual. Um sincretismo ou


acoplamento de tudo que existe nos outros ramos espíritas.

Esoterismo: É caracterizado por uma doutrina que diz que o


ensinamento da verdade deve reservar-se a um número limitado de
iniciantes escolhidos por sua inteligência e valor moral.

Teosofismo: Um conjunto de doutrinas que objetiva a união do


homem com a divindade até a perfeição pela elevação progressiva.

– Espiritismo Kardecista

É o espiritismo mais comumente praticado no Brasil; é inclusivista e


impinge nos seus adeptos uma atitude arrogante e soberba. É um
tipo de gnosticismo, pois diz possuir o mais perfeito conhecimento,
impossível de se obter por outros meios. Seus adeptos são, por isso
mesmo, mais difíceis de serem evangelizados. São materialistas, mas
dizem ser espiritualistas e apregoam um tipo de “salvação”. Paulo
disse: “Se a salvação é pelas obras, segue-se que Cristo morreu
debalde” (cf. Gl 2.16,21).

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– Doutrinas Espíritas

– Doutrinas Kardecistas:

A reencarnação como meio inevitável de pagar pelos erros cometidos;


A comunicação dos vivos com os mortos;
A pluralidade de mundos habitados;
A caridade como virtude única para os vivos e mortos;
A impossibilidade de se evitar o sofrimento nas sucessivas
reencarnações para, com isso, se santificar ou se elevarem a estágios
adiantados;

Deus embora exista, é um ser impessoal, um espírito evoluído na 7ª


dimensão. Não é imutável, não foi sempre Deus, e nós haveremos de
ser Deus também um dia. O diabo e os demônios não existem, são
espíritos desencarnados e atrasados que, um dia, chegarão a ser
deuses também. O Deus do Antigo Testamento não é o mesmo do
Novo Testamento;

Os anjos são espíritos desenvolvidos (semideuses), guias e estão mais


perto dos homens que Deus, exercendo um papel de mediadores
entre estes e Deus;

Jesus foi apenas um médium desenvolvido, reformador judeu e


codificador da segunda revelação de Deus (os Evangelhos) à
humanidade e nada mais.

Não se deve esquecer de que:

Hare Krishna, cujos adeptos não matam uma barata, pois, como
crêem, podem estar matando a própria avó;

A Cultura Racional Superior;


O Seicho-no-iê;
O Racionalismo “Cristão”;
O Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento;
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A Legião da Boa Vontade, do já falecido Alziro Zarur.

Todas as seitas espíritas e não se esqueça também que existem boas


doses de espiritismo na ioga, nas artes marciais, na maçonaria, na
Nova Era, etc...

– E espiritismo e a Bíblia:

No livro ‘Visão Espírita da Bíblia’, o autor, José Herculano Pires, à


sociedade, disse e desdisse as piores asneiras sobre a Bíblia. À página
11, ele afirma que há três “Revelações Divinas”, dadas à humanidade
na seqüência progressiva.

A Primeira: É o AT (Antigo Testamento), segundo ele, “uma coleção


de livros hebraicos” de relatos “históricos... ao mesmo tempo
ingênuos e terríveis”. É claro (continua Herculano blasfemando), que
não vamos encontrar, num marco praticamente inicial, como a Bíblia
(o AT), a mesma pureza que vamos encontrar nos Evangelhos ou na
codificação espírita. “Pode resolver as tradições obscuras de todos os
povos que não encontra coisas tão tristes, tão degradantes e tão
profundamente desmoralizadoras como as que se encontram na Bíblia
(ob. Cit. P. 82). Ele afirma ainda que “a força de livros como a Bíblia
não está no seu conteúdo... está na tradição” (ob. Cit. P. 71). O
catolicismo afirma o mesmo.

Herculano, possuído por seu “guia”, disse: “A revelação bíblica,


portanto, não pode ser chamada de ‘A palavra de Deus’” (Ob. Cit. P.
12). Ele conclui: “A Bíblia não pode ser, para o espírita esclarecido, a
Palavra de Deus...” (Ob. Cit. P. 17).

É claro que nós não vamos querer que os demônios aprovem a


Palavra de Deus, pois quem pode crer no que dizem os demônios? A
Bíblia não depende de nenhuma afirmação demoníaca sobre ela, (leia
Dt 18.9-14; Lc 16.23 ...).

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A Segunda: Outra Revelação de Deus ao homem são os Evangelhos.
Falam tanto neles, mas querem-os na codificação de Kardec.

A Terceira: A Terceira Revelação de Deus (a outra Bíblia) à


humanidade são so escritos de Allan Kardec, principalmente o
Evangelho Segundo o Espiritismo, o Livro dos Espíritos, o Livro dos
Médiuns, que juntamente com mais dois outros completam seus livros
sagrados, um dos quais é a Bíblia (algumas partes).

Refutações: A Bíblia é a palavra de Deus e é única (II Tm 3.16; Rm


1.16); a ela não se pode acrescentar nem diminuir, como já vimos
(cf. Ap. 22.18,19). Tanto o AT com o NT são chamados “Palavra de
Deus” (cf. Jr. 2.31;22.29; Hb 4.12;Sl 89.34; 119.89,105,160).

É o mais antigo, traduzido, lido vendido, aprovado e combatido de


todos os livros e tem vencido seus opositores sem se desgastar em
seu conteúdo. As ciências históricas, arqueológicas e antropológicas
dão provas da veracidade da Bíblia. O cumprimento das predições
dela é prova inarredável da sua veracidade e origem divina (qv. Is
7.14,9.6; Mq 5.2; Mt 24.2,15-22, etc.). Também o efeito dela na vida
das pessoas convertidas a Jesus é uma das maiores provas de sua
origem divina (cf. II Tm 3.16; I Tm 1.15; II Pd 1.21; Jo 8.32,36, etc.).
Qual o livro que, pelo menos, imita a Bíblia?

– O deus do espiritismo:
Como já mostramos, o deus do espiritismo é um espírito evoluído,
não eternamente Deus. Herculano falou e escreveu: “a concepção
Bíblica de Deus é alegórica” (Ob. Cit. P. 42). “Deuses, anjos e
demônios, da Bíblia, dos vedas, do Alcorão, de todos livros sagrados,
nada mais são que os espíritos: (Ob. Cit. P. 24). “o deus espírita
...está na consciência do homem como a marca do artista na sua
obra” (Ob. Cit. P. 42). Ele mesmo, porém, afirma: “todo médium está
sujeito a dar entrada (em seu corpo) a espíritos pertubadores...” (Id.
P. 32).

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Refutações: Deus é eternamente subsistente em três Pessoas
distintas, Pai, Filho e Espírito Santo, sendo um UM ÚNICO DEUS,
Criador Perfeito e Imutável, Senhor absoluto em quem “não há
mudança nem sombra de variação”, (cf. Tg 1.17; Dt 6.4-6; Mt 10.28;
24.41,46; Sl 90.2; Jo 1.1,3).

– Espiritismo e o Espírito Santo:


Negam não somente a Obra do Espírito Santo, mas também sua Santa
pessoa: “A expressão Espírito Santo não existe no original”. A palavra
“dons” significa mediunidade. Herculano afirma que “O Consolador é
o espiritismo” (Ob. Cit. Pp. 37,24).

O Consolador não é o Espiritismo. Ele é uma pessoa, a terceira da


Santíssima Trindade (cf. Jo 14.16,17; Ap 2.11,29; At 13.1-3).

– O Espiritismo e Jesus:
O espiritismo nega a deidade de Jesus: “Qual é o sentido da palavra
de Cristo? Não é como supõe geralmente, o Filho do Criador de todas
as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo” (Heresiologia, de
Raimundo F. de Oliveira p.78). “Cristo foi um homem bom, mas não
poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos
divinos” (Id. Ibid). Não existe nenhum ser realmente justo e perfeito
como Cristo. Os demônios estão enganando os espíritas (leia a
apostila de Cristologia) Cristo é eterno (Mq 5.2; Jo 1.1; Ap 1.8).

– O espiritismo nega a criação a partir de Adão e Eva:


“Não precisamos sair dos limites desse capítulo 4 de Gênesis para ver
que Adão e Eva não iniciaram a raça humana, mas apenas sua própria
descendência, num mundo já povoado há muito tempo” (visão
espírita da Bíblia, p.57). Os espíritas, possuídos por demônios, crêem
na evolução das muitas raças que deram origem a espécie humana.
É a teoria de Darwin. A Bíblia ensina que Deus criou o ser humano a
partir de Adão e Eva (cf. Gn 1.26-28; 2.7). Esta é a verdade.
Deus criou o homem reto (cf. Ec 7.29).

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– O espiritismo nega a existência o inferno:
Posso dizer que o inferno é eliminado totalmente como, há muito,
tem sido eliminado dos pensamentos do homem sensato. Esta idéia
odienta, tão blasfema em relação ao Criador, originou-se no exagero
de frases orientais e, talvez, tenha tido sua utilidade numa era brutal
quando os homens eram assustados com chamas, como as feras são
espantadas pelos viajantes (id. IBID. p. 79).

O diabo só pode negar a existência do inferno.

Refutações: A Bíblia diz que o inferno foi preparado para o diabo e


seus anjos (os irmãos fracos dos espíritas – cf. Mt 25.41,26; Sl 9,17;
Pv 15.24; Ap 20.10-15). Diz que o inferno é um LUGAR e um ESTADO
DE VIDA de sofrimentos jamais imaginados por qualquer mortal (cf.
Lc 16.23-31; Ap 20.10).

O inferno existe e não depende da opinião de pessoa ou ser algum.

– O espiritismo nega:
A queda de Adão e a criação da mulher: Nunca houve qualquer
evidência de uma queda do homem (Ob. Cit. P. 51). A queda em todo
o seu conteúdo é um CONTO INGÊNUO (Ob. Cit. P. 51, grifo meu).
“Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas pela queda, deve-
se entender a descida do espírito a matéria” (Heresiologia, P. 78).

A Bíblia diz que o homem caiu em pecado e as provas são os milhares


de anos de sobrevivência humana na terra com todo tipo de fobia.
Todo tipo de infortúnio, misérias e desgraças são provas da queda do
homem, mas o diabo quer negar isso para que os pecadores não
venham arrepender-se e voltar-se para Cristo (Qv. Gn 3.6-19; 20-24;
Rm 6.23; 3.23; 5.14,16; Sl 51.5). Só o sangue de Jesus pode
restaurar o homem e trazê-lo de volta à comunhão com Deus (cf. Lc
19.10; Mc 1.15; At 3.19; 17.30; Is 45.22; At 4.12; I Tm 2.5; I Jo
1.7,9; Ap 5.9-14).

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Herculano escreveu que a “criação da mulher da costela de Adão é
lenda ou alegoria para atender os preconceitos da época” (Id. Ibid.).
“A espécie humana não começou por um só homem. Surgiu na terra
pelo encadeamento natural da EVOLUÇÃO DOS SERES (Id. P. 47).

É doutrina machista-darwinista.

Nosso dever é expulsar os demônios e ganhar os espíritas para Jesus


antes que seja tarde demais.

O espiritismo nega a expiação, a redenção por Jesus, o dilúvio, a


existência da igreja de Jesus, etc., mas é pelo sangue do Cordeiro
que temos a redenção (cf. Ef 1.7; I Jo 1.7,9).

Kardec interpretou ressurreição por reencarnação.

Ressurreição: é a volta do mesmo espírito ao mesmo corpo de onde


saiu para viver outra vez. Os termos gregos do NT são anástasis,
égersis= ressurreição, reviver.

Reencarnação: é a suposta volta do mesmo espírito a um corpo


qualquer menos o de antes. Reencarnação simplesmente não existe.
A Bíblia encerra este assunto dizendo que ao homem está ordenado
morrer UMA VEZ (Hb 9.27, grifo meu). Os mortos não voltam (Lc
16.23-31).

João Batista é Elias? Mt 17.10-13; 11.14; Lc 1.17. Os espíritas


afirmam que sim. João Batista era a reencarnação de Elias, mas isto
é mentira dos demônios. O próprio João Batista, respondendo as
perguntas que foram feitas, És tu Elias? Ele respondeu: “NÃO”. (Jo
1.21).

Elias não morreu; por isso não desencarnou. Como iria reencarnar?
(2 Rs 2.11).

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IV – O ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA

1 – História:
Chama-se ‘adventista’ por ter sido iniciado com a doutrina da vinda
de Cristo, à qual dava ênfase. Sétimo dia, por ser esta a outra doutrina
muito enfatizada pela seita (a guarda do sábado semanal religioso).

O fundador: Wiliam Miller nasceu em Pittsfield, no estado de


Massachussetts, EUA, em 1782. Era de família batista e em 1818
iniciou seus estudos sobre a vinda do Senhor, e, mais tarde, partindo
de DN 8.13,14, marcou a data da vinda de Jesus para 1843, pois
segundo ele entendeu, “2.300 tardes e manhãs”, eram dias
proféticos, isto é, cada dia equivalia um ano de 360 dias literais,
aplicando erroneamente Nm 14.34 e II Pd 3.8, em Dn 8.14, forçando
as Escrituras dizer o que não disse. Esses 2.300 anos começariam sua
contagem a partir de 457 a.C. e terminariam em 1.843/4. Foi o
mesmo que fizeram as Testemunhas de Jeová com Dn 4.5,6 para
chegar a 1.914.

O grande desapontamento: Chegou 1843, mais precisamente 22 de


outubro, e nada aconteceu. Miller reviu seus cálculos e remarcou a
data para 22 de outubro de 1844, um ano depois, por causa do ano
zero que não havia computado em seus primeiro cálculos. Chegou o
dia esperado, multidões esperando Cristo aparecer nas nuvens, após
deixarem seus afazeres e venderem suas propriedades. Jesus não
veio; Miller fez mais uma tentativa e remarcou a data para meses
depois, já com muita gente desapontada. Cristo não veio e Miller
confessou publicamente seus equívocos, reconciliou-se com sua
igreja e morreu firme na fé em 1849. O mal, todavia, já havia se
alastrado.

Foi ‘o grande desapontamento’ e descrédito para o Evangelho entre


os incrédulos e críticos da época. Somava-se mais de cem mil os
adeptos de Miller na ocasião. O movimento dividiu-se em três grupos
seguindo três líderes que tentaram “explicar”? os equívocos de Miller
da seguinte maneira: em 1844 Cristo veio não do Céu à terra, mas
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passou do lugar santo para o santíssimo no céu, pois de 33 a 1844
Ele estava no lugar santo do céu fazendo expiação pelo próprio céu
por causa do pecado de Lúcifer e pelos pecados de todos os
pecadores, negando assim, a todo-eficiência Expiatória do sacrifício
da cruz.

Os três líderes foram: Hiram Edson, Joseph Bates e James White,


juntamente com sua esposa Ellen Gold White, que, mais tarde, se
projetaria como a profetiza, o guia-mestre do que hoje se conhece
por “Igreja Adventista do Sétimo Dia”.

Ellen White mais tarde disse ter recebido de Deus uma visão em que
via a Arca do Senhor no Céu, com as tábuas dos Dez Mandamentos,
e destes, o quarto sobressaia-se. Entendeu ela que se devia guardar
o quarto mandamento ou o sábado semanal como dia de repouso
religioso necessário para se salvar. O grupo de Hiram Edson já havia
iniciado a guarda do sábado. Os três grupos uniram-se e formaram o
adventismo que hoje conhecemos.

2 – Suas principais doutrinas:

2.1 – O adventismo e a Bíblia: Usam a Bíblia, mas como livro


incompleto, pois os escritos de Ellen White conhecidos como “O
Espírito de Profecia” (Ap 19.10b), na prática, são respeitados por
todos como complementos sagrados da Bíblia. Eles não falam
abertamente, mas os escritos doutrinários da seita afirmam isto
categoricamente.

2.2 – O adventismo e a Expiação: “Nós discordamos da opinião que


a expiação foi efetuada na cruz, conforme geralmente se admite”.
Mesmo sendo Cristo o sumo Sacerdote perfeito, e, segundo os
adventistas, mesmo ficando no lugar santo do céu de 33 a 1844,
fazendo expiação por quase dois mil anos, “os pecados
‘PERMANECIAM’ ainda no livro de registro” (Id. Ibid. grifo meu).

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Este é um dos motivos básicos – porque há outros – os que fazem do
adventismo uma seita anticristã, apesar de se intitular cristã.

Também o adventismo admite a participação do diabo na expiação,


ao ensinar que o bode emissário (=azazel) simbolizava o diabo no
milênio. No dia da expiação (Lc 6.24 a 7.10), havia dois bodes para o
serviço, ambos simbolizando Cristo. Um era sacrificado, simbolizando
Cristo e sua paixão (I CO 5.7; Jo 1.29), e o outro, o emissário, era
enviado ao deserto, simbolizando cristo levando nossos pecados “fora
do arraial”, ao gólgota (Hb 13.13), ao deserto da solidão (Lv 16.15-
27; Is 53.4-6; Mt 8.16,17; Is 43.25).

O diabo não tem parte alguma na Expiação, nem como agente dela
nem como beneficiário de seus méritos. Cristo “pisou sozinho o lagar
da ira de Deus” e com Ele não houve ninguém (Id 63.3) ao exclamar:
“ESTÁ CONSUMADO” (Jo 19.30). Esta expiação é o único sacrifício
eficiente porque meritório diante de Deus em nosso favor (Hb 7.24-
27).

2.3 – O adventismo e o Sábado: Toda e qualquer doutrina adventista


está ligada a guarda do sábado. O sétimo dia da criação divina em Gn
2.1-3 não está ligado ao sábado semanal de hoje. Ninguém sabe em
que dia da semana caiu aquele 7º dia de Deus. Durante os dois mil
anos antediluvianos ninguém conheceu um dia por nome Sábado. Os
dias da semana foram nomeados pelos egípcios em homenagem a
seus deuses há cerca de 1500 a.C... Na língua inglesa verifica-se ainda
hoje a ligação dos nomes dos dias da semana a divindades pagãs:
Domingo em inglês, é Sunday, ou dia do sol, que era adorado no
antigo Império Romano (Sun=sol; Day=dia). Segunda feira é
Monday, o dia de moon, outra divindade, e assim por diante. O
sábado, em inglês Saturday, era o dia de saturno, o deus romano da
agricultura e do ocultismo, muito mais famoso que o deus sol. A
palavra Sábado é de origem caldaica. O deus SATUR (escondido),
oculto, era o misterioso deus. Roma foi chamada de saturnia ou
cidade residência do deus saturno, o deus da magia, o deus do
sábado.
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“Sinal perpétuo” Ex 31.13-18; 20.8-11; Lv 23.21

Argumentam, os adventistas, que o sábado, ou sua guarda, é um


“sinal perpétuo” de Deus em seu povo. Deve observar, todavia, que,
antes do quarto mandamento, já existia o povo de Deus. Esse
‘perpétuo’; era dentro da Dispensação da lei e “entre mim e os filhos
de Israel”; observe este importante detalhe. O ‘Israel de Deus’ não é
o filho de Israel, mas, sim, de Abraão, pela fé, não por descendência.
O perpétuo, neste caso, não significa eterno, como também
aconteceu com as cerimônias, com a circuncisão (Gn 17.10-13), etc.

Cumpriu a Lei como cumpriu as profecias e as aboliu para sempre (II


Co 3.14). Abrogou o sábado e desafiou os sabatistas do seu tempo
dizendo: “meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”; isto Ele
falou no dia de sábado (Jo 5.16-19). Mc 2.27,28; Rm 14.5,6; Cl 2.16-
19; Gl 2.16; 5.4.

2.4 – O adventismo e o sono da alma: A heresia é como praga na


lavoura; corta aqui brota acolá, corta hoje brota amanhã. Vamos dar
mais um golpe certeiro nas ervas daninhas dos fermentismo
adventista. Eles usam textos que falam da morte física como “dormir
do Senhor”, referindo-se metaforicamente ao corpo físico e os aplicam
à nossa parte espiritual (alma e espírito). São frases e textos aplicados
fora de seus respectivos contextos. Examine-os, por favor: I Co
15.6,18,20,51; ... Estes e outros textos falam da ressurreição corporal
dos fiéis que “dormem”, não da alma (I Ts 4.13,14).

Após a morte, a alma, tanto dos fiéis como dos infiéis, fica em plena
consciência (Lc 16.23-31; Ap 6.9, 10; 7.9, etc).

2.5 – O adventismo e o destino eterno dos infiéis e do diabo: Ensinam


que, tanto os ímpios como o diabo e os demônios, serão,
definitivamente, aniquilados, destruídos e usam principalmente Ap
20.9: “e desceu fogo do céu e os devorou”. Este texto trata da guerra
do Armagedom e não do juízo final. O fogo do céu vai devorar os
corpos físicos dos inimigos de Israel. Veja que o verso 10 diz que o
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância - CBETED
diabo será lançado no lago e “de dia e de noite será atormentado
para sempre” e não que será destruído. Os vv11 a 15 falam do destino
final dos ímpios.

2.6 – O adventismo e o inferno: O mormonismo, o adventismo e o


russelismo negam como também o espiritismo, a existência do inferno
como lugar de tormentos eternos. São tentativas do diabo. É um
assunto tão claro na Bíblia!

O próprio Jesus falou sobre o inferno em termos límpidos: Mt 25.41;


Mc 9.43-48; Ap 20.10; Lc 16.23-28; Sl 9.17; Dn 12.2 ...).

O escopo deste trabalho não permite uma abordagem mais profunda


e, conseqüentemente, mais extensa; o aluno deverá ler os textos e
enriquecer seus estudos com material adicional.

V – TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

1 – História:
O fundador desta seita malfada é CHARLES TASE RUSSELL, um
comerciante mal sucedido, nascido no estado da Pensilvânia, EUA,
em 16 de fevereiro de 1852. Seus pais eram presbiterianos da igreja
escocês-irlandesa. Depois, Russell foi para a igreja Congregacional e,
mais tarde, para o adventismo e, por fim, fundou sua própria seita
comercial. Desonesto, vendia “trigo santo” aos seus seguidores a
preços elevadíssimos.

Aos 14 anos abandonou os estudos. Nunca teve preparação teológica,


mas, em 1870, com 18 anos, organizou um estudo bíblico em
Pittsburg, Pensilvânia, em parceria com N.H. Barbour, amizade esta
que durou pouco e, após acalorada discussão, separaram-se, e,
embora nunca tenha sido ordenado pastor, usou esse título até sua
morte. Os chefões da seita, seus sucessores, são chamados anciãos
e não pastores.
Russell era de natureza forte, do tipo que não se submete. Sua vida
foi cheia de irregularidades e respondeu a muitos processos na justiça
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância - CBETED
americana, inclusive por sonegação de impostos. Ficou riquíssimo,
todavia, de modo desonesto.

Num dos processos a que respondeu foi apanhado em flagrante


mentira; noutro, que lhe moveu o pastor J. J. Ross (batista), por havê-
lo criticado por dizer-se entendido da língua grega, sem nada dela
saber, o advogado de Ross, o Dr. Staunton perguntou-lhe: “o senhor
conhece a língua grega?” Russell respondeu: “Oh, sim!” o advogado
mostrou-lhe o Novo Testamento escrito em grego e lhe pediu para
dizer os nomes de algumas letras, ao que Russell não pôde conhecer
sequer uma. O júri deu ganho de causa ao pastor Ross. Os
Testemunhas de Jeová de hoje nada sabem das coisas negativas de
sua seita e de seus líderes porque lhes são ocultas, propositadamente.
Sua esposa divorciou-se dele por maus tratos e adultério.

Fundou sua seita em 1879, inicialmente com o nome de “Torre de


Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo”, porque cria ele que
Cristo já estava presente aqui na terra invisivelmente. Morreu em
1916, muito rico. Disse muitas falsas profecias que jamais se
cumpriram (o espaço não permite abordá-las).

Joseph Franklin Rutherford, que aderiu ao movimento em 1906, foi


eleito o sucessor de Russell em 06/01/1917, com os votos dos que se
dispuseram a contribuir com 10 dólares para o crescimento do
movimento. Era juiz aposentado. Fez 148 mudanças nas doutrinas de
sua religião-empresa. Por causa de suas falsas doutrinas, foi
combatido pelas demais religiões, razão pela qual nutriu um ódio cruel
por todas elas.

Foi preso sob a acusação de antiamericanismo ou subversão e


processado por questões de sonegação de impostos, como já vimos,
razões ou motivos que o levaram a nutrir uma aversão por todo o
sistema político de todos os tempos, taxando-os de obras do diabo.
Encaixou, à força, alguns versículos bíblicos isolados dos seus
contextos a estas idéias anti-políticas e conseguiu muito bem passar
esses sentimentos aos seus seguidores. Por isso, pensam que todas
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância - CBETED
as organizações políticas como a ONU, a OLP, os governos, os
militares, etc. são obras do diabo. São apátridas.

Em 1931, baseado em Is 43:10, ele mudou o nome da seita para


“Testemunhas de Jeová”, nome extra oficial, pois o nome oficial é
“Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia”.

Em 1920 Rutherford escreveu o livro intitulado “milhões dos que


vivem jamais morrerão”, referindo-se a profecia que ele proferiu
sobre a ressurreição de Abraão, Isaque e Jacó... e a vinda de Cristo
para 1925. Morreu em 1942 e Nathan Homer Knorr foi eleito seu
substituto em 13/01/1942. Sob o seu “governo “ocorreu a “Tradução
do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”, uma versão própria da
Bíblia para adaptar suas doutrinas a ela. É uma interpretação
adulterada da Palavra de Deus (maiores detalhes em meu livro: “A
Bíblia (?) dos Testemunhas de Jeová”).

Possuem a maior gráfica religiosa do mundo e sua sede mundial fica


no grande prédio do Brooklin, em Nova Iorque, EUA. No Brasil o
movimento começou com três militares, em 1920. Hoje eles não
aceitam militares em suas fileiras. Até 1980 a sede nacional ficava na
capital paulista, mas, a partir desta data, mudaram-se para a cidade
interiorana de Cesário Lange.

2 – As Doutrinas dos Testemunhas de Jeová:

2.1 – Negam a deidade de Jesus: afirmam que Jesus foi o primeiro


ser que Jeová criou. Usam para “provar”, versos bíblicos isolados. Jo
1:1 ficou: “... e a Palavra era (um) deus”. Até 1954 adoravam Jesus,
mas, a partir de então, proibiram tal adoração; e Hb 1:6, “e todos os
anjos de Deus LHES PRESTEM HOMENAGEM” (grifo meu). Usam as
palavras e frases: “primogênito, palavra, logos, Filho de Deus, o Pai
é maior do que eu”, para negar a deidade de Jesus.

Refutações: Estas palavras e frases referem-se à humanidade e, às


vezes, à divindade de Jesus, simultaneamente. Por exemplo em Jo
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância - CBETED
14:28, está escrito uma afirmação do próprio Cristo: “´Pai é maior do
que eu”. Uma referência que trata a humanidade de Jesus. Logo
vemos em Jo 10:30, Ele afirmando Sua divindade: “Eu e o Pai somos
um” (ver também Jo 14:09-11).

As frases: “Princípio de toda criação” (Ap 3:12,14) e: “primogênito de


toda criação” (Cl 1.15), não têm o sentido que os Testemunhas de
Jeová dão. Princípio em Ap 3:14, no grego, é arché= chefe, governo,
príncipe, e não começou ou início como querem os Testemunhas de
Jeová; um sentido temporal. O mesmo se diz do termo primogênito
cujo contexto geral indica que Ele tem a preeminência, a primazia por
ser o Senhor da criação, pois “tudo foi criado por ele e para ele” (Cl
1.16) e, nEle vivemos e nos movemos e existimos” (At 17.28), porque
Ele é “antes de todas as coisas” (Cl 1.17), não tendo “princípio de dias
nem fim de vida”, (Hb 7.3), por ser eterno (Jo 8.58; Jr 23.5,6).

É o primeiro como Jeová (Is 44.6), porque, sendo como é, o Criador,


só pode ser o primeiro. É o princípio porque tudo se inicia nEle (cf. Cl
1.16; Jo 1.3). Ele é a causa primária de tudo.

Ele é “Deus bendito eternamente” (Rm 9.5); o “Grande Deus e


Salvador” (Tt 2.13); o “verdadeiro Deus” (I Jo 5.20); “Senhor e Deus”
(Jo 20.28); “Deus, único dominador e Senhor nosso ...” Jd 4.

2.2 – Negam a personalidade do Espírito Santo: O “espírito santo” dos


Testemunhas de Jeová é apenas um hálito, um vento, um sopro, uma
força dinâmica ou ativa; portanto não é a Pessoa bendita do Parácleto
revelado nas Escrituras.

Argumentam: “Como uma pessoa pode ficar cheia de outra pessoa?”


ao referir-se a At 2.4

Refutações: O Espírito Santo é Pessoa espiritual; portanto, pode


encher pessoas físicas como também o faz Jeová (cf. Jo 14.23; Jt
23.23,24; Ef 1.23; 3.17,19). Por 22 vezes o Espírito Santo é chamado

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Jeová na Bíblia (cf. Ez 18.1; Nm 11.29; Jz 3.10; I Sm 23.2; II Cr 20.14;
Is 11.5; Mq 2.7; Ex 16.7,8; Hb 3.7,9, etc.).
Você pode provar pela Bíblia que o Espírito Santo é pessoa porque
Ele fala (At 13.1-3; Hb 3.7,9; 10.15); guia (Jo 16.13), tem (Is 11.5;
Mq 2.7; Ex 16.7,8; Hb 3.7-9, etc.).

2.3 – Negam a doutrina da Trindade: eles blasfemam dizendo: “o


diabo criou a doutrina da trindade”. É verdade que a palavra trindade
não está na Bíblia, como a frase ‘testemunhas de Jeová’ também não
está, mas a doutrina da Trindade é um termo técnico para designar
as três Pessoas distintas da Deidade, usado primeiramente por
Tertuliano.
O espiritismo, unitarianistas, dentre os quais se destacam se
destacam no Brasil o “Tabernáculo da Fé”, e ‘A Voz da Verdade’
daquele grupo que canta e vende disco em todo o Brasil, todos eles
negam a Trindade.

Refutações: O pronome “Ele”, no grego, é ‘ekeinos’, pronome


masculino determinativo para uma pessoa e tanto é aplicado ao Pai,
(cf. Mt 4.10b; Dt 6.13; Sl 91.2-4); como ao Filho (Mt 3.16b; Lc 3.22;
Jo 1.31), e ao Espírito Santo (cf. Jo 14.16; 15.26; 16.8,13).

Vemos a Trindade: no batismo de Jesus (Mt 3.15-17); no tríplice


testemunho (I Jo 5.7,8), na oração de Jesus (Jo 14.16). Os apóstolos
criam da trindade: João (Ap 3.1; 5.6); Paulo (I Co 13.14; II Ts 3.5);
Pedro (I Pd 1.2), o próprio Jesus (At 10.38).

2.4 – Pregam a salvação pelas obras: Para eles só é possível a


salvação por seu batismo e filiação na sua grei. Que a salvação é pelo
conhecimento da verdade que só eles têm e entendem. Em seu livro
“A Força Ativa por Trás da Nova Ordem” entendem que serão julgados
por Jeová “merecedores da Vida Eterna” (Ob. Cit. P. 182).

Dizem que só 144 mil irão para o Céu, baseados em Ap 7.4. Os demais
Testemunhas de Jeová vão ressuscitar e viver para sempre no paraíso
terrestre. Enquanto os 144 mil são os únicos ungidos, a noiva, as
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novas criaturas, os reis, os sacerdotes, os incorruptíveis, iguais a
Cristo, os únicos que nasceram de novo e que irão reinar com cristo;
os outros são “as outras ovelhas” de Jo 10.16, a “grande multidão”
de Ap 7.9. Esta doutrina russelita teve seu início no grande congresso
da seita realizado em 1935, em Washington.

Refutações: Sempre houve salvos no mundo. Não foi somente a partir


da fundação desta seita diabólica. A salvação não depende de receber
ou não transfusão de sangue ou qualquer outro tipo de obra, como
batismo, caridade, etc. Todos os salvos são nascidos de novo (Jo
3.3,5,7). Os 144 mil é um grupo de judeus do período da grande
tribulação e nada têm a ver com gentios. Todos os salvos irão para o
Céu (compare Ap 7.9 com 19.1). Todos os salvos estarão onde Jesus
está (cf. Jo 14.1-3; Mt 24.34; I Ts 4.13-18). A Bíblia não faz distinção
de salvos, com um grupo no céu (os 144 mil) e outro na terra (a
grande multidão). Todos irão para o Céu no arrebatamento.

Esta associação dos enganados e enganadores proibiu a aceitação de


qualquer tipo de vacina a seus membros em 1931, liberando em 1952.
Em 1967 proibiu o transplante de órgãos até 1980, quando então
mudaram a lei; até 1944 qualquer Testemunha de Jeová podia
receber ou doar sangue, mas, a partir desta data, foi proibido sob
pena de exclusão do associado e perca da “morada no paraíso”.

2.5 – Negam a existência do inferno: É uma herança adventista e


espírita. Afirmam que o inferno é a sepultura.

Refutações: As palavras hebraicas sheol e tofete referem-se ai


inferno. Sheol e hades referem-se ao inferno, prisão para onde vão
os infiéis logo ao morrerem (Mt 10.28; Lc 16.19,31). Estas palavras
não se confundem com sepultura. No hebraico do Antigo Testamento
a palavra sepultura é QUEBER e não sheol; no grego é mnemeion e
não hades.

Abyssos, tofete, tártaro e geena ou lago de fogo referem-se ao


inferno definitivo e eterno (Mt 25.41,46; Ap 20.10-15).
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2.6 – Negam a existência do espírito e alma humana: A negação da


existência do inferno é uma conseqüência da negação da existência
da parte espiritual humana. Morreu acabou; se for testemunha de
Jeová, vai ressuscitar e morar na terra paradisíaca e, se não for
testemunha de Jeová, o assunto está encerrado.

Refutações: O homem foi criado uma trindade simples: espírito, alma


e corpo (cf. Gn 2.7; I Ts 5.23).

Cuidado: Ec 9.5,6 não trata da parte espiritual do homem, só da


material; o ser físico e mortal que é o homem; Ec 3.18-22. Existem
várias acepções diferentes da palavra alma; por exemplo: em Lv
17.14, é o sangue; em Dt 2.30 e 12.23, é o coração; em Ex 1.5; Nm
31.28; Sl 26.9, etc., é o próprio ser material.

Já textos como: Gn 2.7; Dt 6.5; Jó 12.10; 27.8; Sl 16.10; Pv 23.14;


Mt 10.28; I Tm 3.16; I Co 10.4; Jo 6.50,51; Lc 12.20 ...), a alma é
parte imaterial do ser humano e, neste sentido, os animais não a
possuem.

A Bíblia fala do valor espiritual do homem (cf. Mt 16.26; Mc 8.37; Is


55.3; Dt 11.13; Mt 22.37 ...)

2.7 – Os Testemunhas de Jeová negam a ressurreição corporal de


Jesus: Eles afiram: “O corpo físico de Jesus, Ele nos deu em sacrifício
e jamais poderia voltar a tomá-lo”. No livro ‘Poderá Viver para Sempre
no Paraíso na Terra’, à p. 143 está escrito: “Não prova isto (=as
aparições de Cristo) que Cristo foi levantado no mesmo corpo em que
ressuscitou?” E responde: “Não, não há prova...”

Na página 146 do citado livro diz: “o todo olho O verá de Ap. 1.7 e At
1.11 quer dizer, discernir ou perceber”. Para eles Jesus, na
ressurreição, “simplesmente se materializou, ou assumiu um corpo
carnal, como os anjos haviam feito no passado” (Id. Ibid.).

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Refutações: Ressuscitar quer dizer ‘tornar a viver’ no mesmo corpo;
caso contrário não é ressurreição (cf. Rm 14.9).

Se Cristo não tivesse ressuscitado com o mesmo corpo com que


morreu, o sacrifício da cruz não seria completo, a vitória sobre a morte
seria bazófia. Os testemunhas de Jeová estão, com isto, negando a
Expiação como faz o adventismo e o espiritismo. Os sinais dos cravos
provam ser o corpo ressurreto, o mesmo que morreu (cf. Lc 24.39,40;
Jo 20.25,27).

2.8 – Os Testemunhas de Jeová e a política: Como Rutherford era


corrupto e sonegador, foi responsabilizado por isso. Criou-se então a
fobia à política. Quando foi preso esta fobia criou proporções
imedíveis. Tornou-se o homem do contra: contra todo sistema político
e econômico, porque foi injustiçado por questões econômicas
(sonegação) e suas doutrinas diabólicas receberam a merecida
oposição das demais religiões, quer americanas ou não. Por isso
Rutherford tornou-se inimigo ferrenho de todo tipo de política e
religião. Para ele tudo vem do diabo. Espalhou esse ódio aos seus
liderados e para apoiar essa idéia buscou textos bíblicos isolados,
como Jo 14.30; Ef 6.12; I Jo 5.19.

Para eles o diabo é governo quase absoluto do mundo, através dos


sistemas políticos e das organizações como a ONU, a OLP, os
governos em geral, as forças militares, os símbolos nacionais... Por
isso não servem à Pátria. Os Testemunhas de Jeová de hoje não
sabem que quem trouxe esse fermento para o Brasil foram três
militares em 1920.

Somos cidadãos do Céu, mas somos também cidadãos de nosso País


e Deus manda-nos submeter-nos às autoridades (cf. Rm 13),
independentemente de quem são elas.

Refutações: O verdadeiro soberano da terra não é o diabo. Ele é


chamado “príncipe deste mundo” (Jo 14.30) e que o mundo “jaz no
maligno” (I Jo 5.19). isto, todavia, não significa que o diabo é o
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governo absoluto do mundo, com poder de mandar e desmandar.
Quem é o Rei dos reis? Qual é o maior nome no Céu, na terra e
debaixo da terra? (Fp 2.7-9). Quem é que abre e ninguém fecha e
fecha e ninguém pode abrir? Os Testemunhas de Jeová estão dando
ao diabo uma glória que ele não tem. A autoridade que só pertence
a Jesus. Leia sl 24.1; Tg 4.7 o inimigo está influenciando
organizações, governos, cidades, países, continentes. Em certas
áreas ele até governa, mas sempre submisso a Jesus.

2.9 – Os Testemunhas de Jeová e o reino terrestre: Pregam uma


“salvação” terrestre. “Esta boa nova que pregamos é diferente de
tudo o que prega o cristianismo”, afirmam. Usam textos como: Sl
37.9,11,28,29, para afirmar seus pontos de vista vindo diretamente
da TV (=torre de vigia). Em suas arengas importunas e inoportunas
não falam outra coisa.

Refutações: O Reino de Deus tem tríplice aspecto: passado, presente


e futuro. Passado, porque, quando Jesus aqui estava, o Reino fazia-
se presente em sua Pessoa (Mt 3.2;4.17). Presente agora na pessoa
de seu substituto, o Espírito Santo, que transpôs o Reino para dentro
de nós (Jo 14.16,17; Rm 14.17). E futuro, olhando para o milênio (cf.
Ap 20.4-6; Mt 25.34; Ap 5.10; Sl 37.9-11,29). Os mansos vão herdar
a terra, mas quando? A resposta é: quando os malfeitores forem
desarraigados dela. Isto já ocorreu: Já chegou a abundância de paz
de que fala o v. 11? Isto ocorrerá no milênio e especificamente após
o juízo final.

2.10 – Os Testemunhas de Jeová só oram em nome de Jeová: usam


o Sl 83.18 (leia).

Refutações: A Bíblia não manda especificamente em termos, orar em


nome de Jeová, nem no Antigo Testamento. Apresente ao
Testemunha de Jeová I Co 8.6 – quem é único Senhor aí? Em nome
de quem Jesus orou? Veja Mt 11.25-27; 26.39,42; Jo 17.1; 11.28,41).
Ele não mencionou o nome de Jeová nem uma vez; este Nome não

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consta nos originais do Novo Testamento nem uma vez. Sabemos que
Jesus estava orando a Jeová, o Pai, mas onde o Nome aparece?

Em Nome de quem o Novo Testamento manda-os orar? Leia Jo


14.13,14; 15.16,21; At 9.14

Somo testemunhas de quem? Is 43.10, fala dos judeus e só deles


como testemunhas de Deus, e isto porque eles viram a manifestação
de Jeová no Sinai, mas, os Testemunhas de Jeová, o que viram?

Jesus foi a única Verdadeira testemunha de Jeová (cf. Jo 5.19-


21,30,36,37; 14.7-11). Os judeus foram chamados para serem
testemunhas também, mas falharam (Is 43.10).
2.11 – Os Testemunhas de Jeová e a cruz: Para esta seita, Cristo não
morreu crucificado, ou pregado na cruz, mas amarrado a uma “estaca
de tortura”. Em sua versão da Bíblia trocaram a palavra cruz por
estaca de tortura todas as vezes que ele aparece, (Mt 10.38; 16.23;
27.32,40,42; Mc 8.34; 15.21,30; Jo 19.17; I Co 1.17, etc.).

Refutações: A palavra grega usada no Novo Testamento para cruz é


stauros e crucificar é stauroó; a palavra estaca é xylon; não há como
confundir. Houve peíodos na hustória dis judeus, dos assírios, dos
egípcios, dos gregos e romanos em que se executavam os criminosos
na forca ou estava de tortura (cf. II Cr 17.23; 21.9; Js 10.26 Et 7.9,10;
5.15), porém, no tempo de Jesus usava-se a cruz entre os judeus e
havia três tipos de cruzes: a cruz de Santo André em formato de “X”,
e de Santo Antônio no formato de um “T” e a do tipo espada romana.
As duas primeiras são bem mais novas. A do tipo “T” não tinha a
haste transversal. A cruz romana tinha o formato de uma espada na
base e na haste transversal, a madeira que cruza foi colocada a
inscrição: “Este é Jesus nazareno, o Rei dos judeus” (cf. Mt 27.37),
impossível na cruz tipo “X”.

De maneira que fica totalmente descartada a hipótese da estaca de


tortura (Jo 19.19; Mc 15.26; Lc 23.38).

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2.12 – Os testemunhas de Jeová e 1914: Russell pregou que Cristo
estava presente aqui na terra desde 1874. Depois mudou. Ele passou
a pregar que Jesus estaria reinando a partir de 1914, partindo de uma
interpretação de Dn 4.16-32; 7.14,18,25-27.

Foi o seguinte: ele entendeu que os 7 tempos de Nabucodonosor


seriam 7 anos (o que realmente foi), mas tomando cada dia por um
ano, aplicando indevidamente Nm 14.34 (um dia por um ano), em Dn
4.16b. Assim, 7 anos (=360*7=2520 dias-anos. Ele começou a
contagem a partir de 606, inicialmente, depois mudou para 607 a. C.
Então 607 menos 2520= 1913, mais o ano zero entre 1 a.C e 1 d.C.
perfazem 1914, data em que a árvore (=Israel) cortada em 607,
brotou (o tronco) com Jesus estabelecendo o reino.
Como nesta data Jesus não veio, pelo contrário, o que veio foi a
primeira guerra mundial, ele reviu os cálculos e remarcou para 1915,
depois para 1918. Seu sucessor remarcou para 1925, depois para
1975 e nada aconteceu. Os sucessores inventaram a explicação da
vinda invisível; assim, pregam que Cristo reina desde aquela data,
mas de modo invisível.

Refutações: Como o diabo é astuto! Aqueles “sete tempos” de


Nabucodonosor findaram com ele ainda vivo (cf. Dn 4.34. foi apenas
7 anos. É um absurdo cabível apenas aos enceguerados testemunhas
de Jeová, ou a um bêbado, aplicar Nm 14.34, “um dia por um ano”,
em qualquer texto bíblico, pois a passagem deixa claro que tal
procedimento foi um esquema de Deus usando os 40 dias de trabalho
dos espias da terra de Canaã, para equivaler ou corresponder aos 40
anos que os judeus caminharam no deserto em direção à mesma terra
de Canaã. 4 a.C. É um crime o que essa gente faz com a Palavra de
Deus.

Foi isto mesmo que os adventistas fizeram para chegar em 1844. Por
isso os Testemunhas de Jeová não falam da vinda de Cristo, mas
sobre sua presença aqui agora reinando com a STV (Sociedade Torre
de Vigia). Cristo virá para reinar com sua igreja no milênio e “todo o
olho O verá”.
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VI – O MORMONISMO

1 – História:
O mormonismo, “A Igreja dos Santos dos Últimos Dias”, foi fundada
pelo fazendeiro norte americano, Joseph Smith Jr, nascido em 23 de
dezembro de 1805, na cidade de Sharon, no condado de Windson, no
estado de Vermont, EUA. Mórmon é o nome do “profeta” historiador
da seita que condensou o livro que leva seu nome (O Livro de
Mórmon), tido por eles como o ‘Outro Testamento de Jesus Cristo’.

Smith tinha 10 anos quando se mudou com seus pais para Palmyra
em Ontário (hoje Wayne), no estado de Nova Iorque, e, 4 anos
depois, mudaram-se para a cidade de Manchester.

Aos 17 anos, sem nenhum preparo teológico, Smith disse ter recebido
a visita de um “anjo” por nome Morôni, que o orientou (ou
desorientou?) no sentido de descobrir umas placas de ouro, nas quais
havia sido escrito ou gravado um livro na língua que ele chamou de
“egípcio reformado”, que os estudiosos de lingüísticas afirmam que
nunca existiu. A tradução dessas placas é o ‘Livro de Mórmon’, o livro
mais sagrado da seita.

Smith afirmou também ter recebido uma visita do próprio Deus e de


seu Filho Jesus, aos quais ele perguntou qual a religião verdadeira, e,
como resposta, ouviu que todas as igrejas haviam se desviado, e, por
isso, ele (Smith) deveria fundar uma nova religião que seria a
verdadeira. Para isto Smith contaria com os ensinos das placas de
ouro, ‘o outro evangelho de Jesus Cristo’ (Gl 1.6-9). O apóstolo do
mormonismo David Mckay afirma que a aparição do Pai e do Filho a
Joseph Smith é o fundamento desta igreja (mórmon).

Em 1813, Smith disse ter recebido outra revelação de Deus


instruindo-o a mudar para o estado de Missouri, para a cidade de
Independence, o lugar onde, segundo esta revelação, Jesus viria
estabelecer seu reino terreno. A história e os documentos provam que
ele teve que se mudar de Manchester por problemas com as
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autoridade. Esta prova foi confirmada quando, algum tempo depois,
Smith teve que se mudar outra vez com sua grei ou asseclas, devido
suas vidas desregradas, a desonestidade e falência dos bancos da
seita. Foram expulsos de Independence. Migraram-se para Illinois, o
estado vizinho de Nova Iorque. Ali se estabeleceu a nova sede, mas,
em 1844, acusados de vários crimes, inclusive imoralidades
praticadas em obediência à doutrina do casamento plural. Foi preso
(Smith) juntamente com seu irmão Hyrum, e, no dia 27 de julho de
1844, ambos foram linchados por uma multidão furiosa e revoltada
com a situação da promiscuidade, crimes e desordens destes
religiosos. Smith possui 27 esposas.

Brigham Young assumiu a chefia do movimento e se mudou para o


território de Utah, hoje Salt Lake City, onde construíram o templo
sede mundial. Brigham ao morrer deixou 17 viúvas e 56 filhos órfãos.

2 – As Doutrinas do Mormonismo:

2.1 – O mormonismo e a Bíblia: Os mórmons, como os espíritas,


consideram-se os super iluminados, possuidores de outra Revelação
de Jesus, superiores a todos os demais religiosos: “a Bíblia é a Palavra
de Deus escrita pelos homens. É básica no ensino mórmon, mas os
santos dos últimos dias reconhecem que os homens introduziram
erros nesta obra sagrada, devido à forma como este livro chegou a
nós. Além do mais consideram-se na incompleta como guia...
Suplementando-a, aos santos dos últimos dias possuem três outros
livros. Estes, como a Bíblia, constituem as obras-padrão da igreja. São
conhecidos como o Livro de Mórmon, Doutrinas e Pactos, e A Pérola
de Grande Valor” (Quem São os Mórmons, p. 11).

Eis a consideração dos mórmons para com a Bíblia: um livro


incompleto, cheio de erros, abaixo dos seus livros “sagrados”.

A regra 8 das regras de fé do livro de Mórmon diz: Cremos ser a Bíblia


a Palavra de Deus, o quanto seja correto sua tradução; cremos
também ser o livro de Mórmon a Palavra de Deus”. Eles admitem
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erros na Bíblia, mas não admitem erros nos livros seus (cf. I Nefi,
13.26-29,32,34).

O livro de Mórmon, como a Bíblia, está dividido em capítulos e


versículos. Compõe-se de 15 livros, 239 capítulos e 6.553 versículos.
Sua primeira edição foi publicada em 1830, mas já consta com 3.913
alterações. A primeira edição em português foi publicada em 1938.
Há neste livro citações bíblicas até de capítulos inteiros, sendo, ao
todo, dez mil em inglês. Por exemplo: II Nefi 12 a 14 são iguais a Is
2 a 14; o III Nefi é igual a Ml 4; III Nefi é igual a Mt 5 a 7; Moroni 10
é igual a I Co 12 ...

Estudiosos descobriram que grande parte do livro de mórmon foi


tomada de um romance fictício do pastor presbiteriano Salomão
Spaulding, sobre os primeiros habitantes americanos. As 8 cidades
citadas no livro nunca existiram. O escritor do Livro de Nefi admite
seus erros e que seus escritos eram apelos pessoais (cf. I Nefi
19.1,4,6,7,18).

Smith afirmou que o Livro de Mórmon é o “livro mais verdadeiro da


terra e a pedra fundamental de nossa religião e que, seguindo os
ensinos e preceitos, o homem aproximar-se-ia de Deus mais do que
qualquer outro livro” (Ob. Cit.).

2.2 – O mormonismo e Deus: O deus dos mórmons era esposo de


Eva. Deste ensino chegaram à doutrina do “casamento celestial”.
Crêem que Deus é o arcanjo Miguel e que Ele tem um corpo físico:
“Deus já foi o que nós hoje somos, e havemos de ser o que Deus hoje
é”. Dizem que Adão se tornou Deus (cf. Almas 12.31).

Smith afirmou: “Deus era, uma vez, o que nós somos agora; é um
exaltado homem e senta-se entronizado lá nos céus ...afirmo, se vós
o vísseis hoje, vê-lo-ieis em forma como homem, como vós mesmos
em toda pessoa, imagem e própria forma de homem. Vou contar-vos
com Deus chegou a ser Deus. Nós temos imaginado que Deus era

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Curso Básico de Educação Teológica a Distância - CBETED
Deus desde toda eternidade. Eu refutarei essa idéia e removerei o
véu para que enxergueis” (Id. Ibid.).

É o mormonismo negando a eternidade de Deus.

“Sabemos, portanto que o Pai, bem como o Filho, são em forma e


estrutura, homens perfeitos; cada um deles possui um corpo tangível
... um corpo de carne e ossos”.

A Bíblia diz que “Deus é Espírito” Jo 4.23,24; é eterno e imutável (cf.


Sl 90.2).

O mormonismo também nega a eternidade e, conseqüentemente, a


divindade de Jesus Cristo, como os espíritas e russelitas. (Sobre este
assunto leias a divindade de Jesus).

2.3 – O mormonismo e os supostos benefícios da queda de Adão:


“Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para
que tenham alegria” (cf. II Nefi 2.25). “Nossos primeiros pais
merecem nossa gratidão mais profunda pela herança que legaram à
sua posteridade” (Seitas I, José Martins, p. 145). “disse Adão”:
bendito seja o nome de Deus, por causa de minha transgressão meus
olhos foram abertos e terei alegria nesta vida...” (Id. Ibid. p. 153).

São afirmações mórmons:

A Bíblia afirma: “maldita é a terra por tua causa, com dor comerás
dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos, também, te
produzirá, e comerás da erva do campo. No suor do teu rosto comerás
o teu pão, até que te tornes à terra ...” (cf. Gn 3.17b-19ª). “Todos
pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (cf. Rm 3.23).

A queda só trouxe maldição. Absolutamente, não há nenhum


benefício no pecado (cf. Gn 2.16,17; Ez 18.4.20; Rm 6.23).

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2.4 – O mormonismo e o racismo: O mormonismo é racista. No livro
Pérola de Grande Valor lê-se: “Porque eis que o Senhor amaldiçoará
a terra com muito calor, e sua esterilidade continuará para sempre;
veio uma COR NEGRA a todos os filhos de Canaã, de modo que foram
depreciados entre todos os povos” (Ob. Cit. P. 152). A cor negra foi
considerada maldição.

No mesmo livro: “... e eram uma mistura de toda semente de Adão


exceto a de Caim, porque a semente de Caim era NEGRA, e não tinha
lugar entre eles” (=o povo de Deus). –Os grifos são meus.
Refutações: Racismo é pecado (cf. Dt 10.17; 16.19; Tg 2.9; Gl 3.26-
29; Cl 3.25). O Evangelho é para TODA CRIATURA, pois Deus não
quer “que nenhum se perca, senão que TODOS venham a arrepender-
se” (II Pd 3.9), “porque para Deus não há acepção de pessoas” (Rm
2.11).

2.5 – O mormonismo e a vinda de Jesus: Além de marcar a data da


vinda de Jesus para 1832, depois para 1891, determinaram também
a cidade onde ele haveria de vir para reinar. Foi a cidade de
Independence, nos EUA. Chamaram-na de “Sião” e “Cidade ou Lugar
Celestial”. Quiseram comprar toda a cidade para estabelecer nela o
reino.
Eles afirmam que Jesus é um ser criado e evoluído. Os anjos também
são “homens evoluídos e aperfeiçoados”. Negam também a existência
do inferno como lugar de tormentos e dor. Há mito em comum nos
ensinos mórmons e espíritas.

A salvação é pela fé, mais “arrependimento, o batismo, as boas obras


e a filiação à igreja dos santos dos últimos dias”. As crianças são
batizadas aos 8 anos de idade (III Nefi 11.34). só há salvação
mormonismo, afirmam.

2.6 – O mormonismo e o batismo pelos mortos: Base I Co 15.29 –


“Doutra maneira, que farão os que SE BATIZAM pelos mortos, se
absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que SE BATIZAM ELES
então pelos mortos?” (grifos meus).
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Baseados neste isolado e solitário versículo, os mórmons criaram o
melhor esquema de preservação de genealogias do mundo atual para
efetuarem o batismo de parentes mortos, para sua salvação.

O parente vivo é batizado em lugar do morto que não era mórmon ao


morrer.

Este ensino encerra três heresias, a saber:

Primeira: o crer no valor representativo e retroativo dos méritos do


batismo, o que não é bíblico.
Segunda: o crer na possibilidade de salvação após a morte. Isto
significa crer na salvação sem fé, sem arrependimento, sem
conversão do pecado, o que é diabólico.
Terceira: o crer na salvação pelas obras (leia Ef 2.8,9).

I Co 15 tem como tema RESSURREIÇÃO e não o batismo. Paulo fala


sempre na Segunda pessoa do plural: “vós, vos ...” e não nós. (cf
15.1,2,14,17; 1.4,5,9; 2.1-3,5; 3.1-5,9; 4.6,8,9,10; 5.7,9; ...).

Havia alguém ou “alguns dizendo não haver ressurreição de mortos”


(15.12), talvez algum saduceu. Era alguém que não “tem
conhecimento de Deus”. O apóstolo Paul osai do diálogo na Segunda
pessoa do plural e usa a terceira pessoa: ... os que SE BATIZAM... SE
BATIZAM ELES ...” Ele não disse: batizai vós ou nós batizamos.

2.7 – O mormonismo e o casamento plural: Esta é uma das principais


doutrinas dos mórmons. Durou de 1830 a 1889 (60 anos). Durante
este período os homens mórmons podiam casar-se com várias
mulheres simultaneamente. A explicação (?) deles é que crêem
existirem muitos espíritos sem corpos, os quais precisam de um corpo
para se desenvolver e se salvarem. Então, quanto mais filhos um
mórmon tiver, maiores contribuições darão à salvação desses
espíritos sem corpos. Citam I Tm 2.15, para convencer as mulheres a
permitirem seus esposos se casarem com outras mulheres. Dizem que
quanto mais filhos a mulher tiver, maior glória obterá.
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Smith afirmou: “a doutrina do casamento plural é celestial, é a
doutrina MAIS SAGRADA E IMPORTANTE, revelada ao homem na
terra, e sem obediência aquele príncipio, nenhuma pessoa pode
atingir a plenitude de exaltação na glória celeste” (grifo meu).

Brigham sucessor de Smith disse: “Jesus Cristo era polígamo: Maria,


Marta irmãs de Lázaro eram suas esposas plurais e Maria Madalena
era outra”.

No livro Doutrinas e Convênios lê-se: “Se qualquer homem casar-se


com uma virgem e desejar casar-se com outra, e forem ambas virgens
e não tiver feito compromisso com nenhum outro homem, e a
primeira consentir, então ele é justificado. Ele não comete adultério
porque elas pertencem somente a ele, e não a outro... e se tiver
(como esposas) dez virgens, de acordo com esta lei, ele não pratica
adultério porque as dez pertencem somente a ele...” É o mormonismo
na desefa da prostituição e do machismo desenfreado.

O adultério, da mesma forma que a prostituição, é um terrível pecado


e os adúlteros não herdarão o reino dos céus (cf. Ex 20.14,17; Mt
5.28; I Co 6.10; 5.1-5; 11.13; Ap 21.8; 22.15, etc).

VII – A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL – CCB

1 – História:
A Congregação Cristã no Brasil (=CCB) tem sua origem ligada à
colônia italiana de Chicago, EUA, e à pessoa de Louis Francescon, que
nasceu na Comarca de Udine na Itália em 29 de março de 1866.
Converteu-se em 1891, aos 25 anos quando já morava em sua colônia
italiana nos Estados Unidos. No ano seguinte ao de sua conversão
(1892) foi criada a igreja Presbiteriana Italiana naquela cidade e foi
seu pastor o reverendo Fillipo Guille.

Nessa igreja, Francescon foi eleito diácono e, mais tarde, ancião,


conforme o sistema de governo da mesma. Em 1909, passou a
freqüentar a Missão Americana quando provou reconhecer os crentes
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de outras denominações como irmãos, sendo, inclusive, muito amigo
do pastor W. H. Durhan, homem de Deus e pregador pentecostal com
quem Francescon inteirou-se da doutrina pentecostal, tornando-se,
mais tarde, o pastor da igreja da Colônia Italiana de Chicago.

Como o crescimento da obra em Chicago, Francescon deixou o


trabalho material, dedicando-se inteiramente ao ministério
eclesiástico, o que não é permitido hoje pela CCB.

1.1 - A CCB no Brasil: Em 8 de março de 1910, Francescon e seu


colega G. Lombartdi partiram de Buenos Aires em direção a São Paulo
e, aqui chegando, começou a pregar no bairro do Brás, vindo, mais
tarde, a fundar a ‘Igreja Pentecostal Italiana’, primeiro nome da CCB.
Ficou pouco tempo à frente da obra no Brasil; logo se dirigiu ao
Panamá, deixando a neo-igreja aos cuidados dos novos convertidos.
Esste, talvez, tenha sido o motivo de tantas mudanças no sistema de
governo e doutrina da CCB. Na declaração de fé que vem junto ao
binário, o único escrito desta seita, o erro está na fórmula do batismo:
“em nome de Jesus Cristo em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo”.

O zelo com que defendem a denominação é, muitas vezes, mais forte


do que o zelo que demonstram pela Bíblia e pelo próprio Jesus. Não
possuem nenhuma literatura e as considera um acréscimo à Bíblia.
Consideram-se os únicos certos.

2 – Suas Doutrinas:

2.1 - A Congregação Cristã no Brasil e a Salvação: Consideram a igreja


como a porta do céu e só nela há salvação, a qual está condicionada
à filiação à mesma e seu batismo. É heresia da salvação pelas obras
tão comum a todas as falsas religiões.

É predetinista, herança prebisteriana de seu fundador, apesar de


afirmar ser impossível ter certeza de salvação nesta vida. É uma
incoerência. São proselitistas. Interpretam Jo 3.3,5,7 “nascer de
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novo” e nascer “da água”, como sendo o batismo. Por isso pregam a
regeneração batismal. Muitas de suas “doutrinas” (usos, costumes e
práticas) não constam em sua declaração de fé.

Já foi uma denominação crescente no País, porém, hoje, com a


melhora da estrutura doutrinária das demais denominações e o
melhor preparo do discipulado dos neófitos das igrejas evangélicas, a
tendência é diminuir cada vez mais o crescimento da CCB, pois eles
não evangelizam.

2.2 - A CCB e a Bíblia – Usam-se também como objeto de superstição.


Não se preparam teologicamente para a pregação ou ensino por
considerar que isto tira a direção e unção do Espírito Santo. Nos seus
cultos qualquer elemento dentre os membros em comunhão que diz
ter “sentido a direção do Espírito”, ou “recebido a Palavra”, põe-se de
pé e abre a Bíblia em qualquer lugar, faz a leitura e, então, prega.
Imagine que pregação, sem o mínimo de preparo, de conhecimento...

2.3 - A CCB e o ósculo santo: base Rm 16.16; Lc 7.45; I Co 16.20; I


Ts 5.26; I Pd 5.14 e II Co 13.12.

Na verdade, o ósculo ou beijo oriental nada tem a ver com religião. É


costume social que não se originou na igreja. Qualquer ateu
praticava-o. Jesus nunca mandou que se saudasse com ósculo e Lc
7.45 dá-nos a entender que o ósculo não era prática rígida e
necessária. Pedro não saudou o próprio Jesus com ósculo e Jesus não
disse que ele estava em pecado.

As referências bíblicas sobre o ósculo não apresentam uma fórmula


ordenada a ser seguida. Os textos que falam do ósculo geralmente
nas doxologias ou nas palavras de despedidas. Segundo a norma de
hermenêutica sagrada, uma doutrina não pode firmar-se nas palavras
de saudações ou despedidas. O ósculo oriental não é malicioso e, por
isso, não tem distinção de sexo, como ocorre na CCB, onde se
excluem pessoas do sexo oposto e doentes contagiosos. Em nossa

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cultura não fica bem um homem beijar outro e, muito menos, a
mulher do próximo.

2.4 - A CCB e o papel da mulher na igreja: base I Tm 2.11,12; I Co


14.34,35.

O único ministério da mulher da CCB é criar filhos e cuidar da casa


(=o lar). Há um machismo inconcebível e medieval. Faz quase dois
mil anos que Jesus tirou a mulher da condição de escrava. A Bíblia diz
que a liderança do lar cabe, em primeiro lugar, ao marido, bem como
na igreja, sem, contudo, dizer ou proibir a mulher de testemunhar ou
pregar o Evangelho ou exercer ministérios sob liderança de seu
pastor.

Os versos supracitados devem ser estudados à luz de seus respectivos


contextos bíblicos e históricos. A igreja estava vivendo um período de
transição entre o judaísmo e a Graça e o gnosticismo contribuía para
a desordem a para a anarquia.

Não somente as mulheres de Corinto, como também muitos homens,


têm sido proibidos de pregar por causarem problemas e não
edificação. Tais ocorrências, porém, são exceções. Paulo mandou as
mulheres pregarem (Tt 2.3-5; Gl 3.28). As mulheres tiveram papel
importante nos ministérios de Jesus (cf. Lc 2.36-38; 8.23) e de Paulo
(cf. At 18.2-18; Rm 16.1-3,6,7,10,12-15; Fp 4.3 e etc.).

2.5 - A CCB e o pastor:


a) Não têm pastor. Seus líderes são o ancião e o cooperador. Dizem
que os pastores são lobos e que só há um Pastor que é Jesus.

Os textos do Velho Testamento que exortam severamente os pastores


não falam do ofício de pastor do Novo Testamento. A interpretar
esses textos literalmente, Deus estaria falando com os encarregados
de cuidar dos carneiros. Seriam os vaqueiros de hoje. Nem uma coisa
nem outra. Os pastores aí eram os reis e os líderes da nação judaica.
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Davi é mencionado entre eles, Ciro também é mencionado. Israel não
era uma igreja, mas uma nação; seus líderes eram reis, sacerdotes e
profetas (cf. Is 44.28; Jr 17.16; Ez 34.23).

Os judeus (as ovelhas) erraram e foram para o cativeiro por falta de


pastores (líderes santos), Ez 34.8; Jr 23.4, mas Ele mesmo, Deus iria
ajuntá-los de entre as nações para onde haviam sido levados cativos.
Quem reuniu Israel na Palestina em 1948, foi Deus. Os juízes eram
pastores (I Co 7.6); os reis (II Sm 5.2; Is 44.28; Jr 2.8); Jeová é
Pastor (Sl 80.1; 23.1); Jesus é Grande e Supremo Pastor (Jo 10.9,11;
At 20.28; I Pd 5.4), e ele deu à sua Igreja PASTORES ou presbíteros
(I Pd 5.1; Ef 4.11; II Jo 1; I Tm 5.17; Fp 1.1; At 20.17,28; Jo 21.15-
17).

b) O Ancião era originalmente, uma função política. Ancião era o mais


velho da Tribo e encarregado de administrá-la (no Egito, Moabe,
Midiã, mais tarde os gregos e romanos adotaram o sistema, Ex
3.16,18; II Sm 3.17; 5.3). Nos tempos de Jesus eram líderes políticos-
religiosos da classe dos escribas e fariseus. Foram os responsáveis
pela condenação e crucificação de Jesus (Mc 15.1;v 14.43; Mt 16.21;
26.47,69; 27.1-3, 12,20,41; Lc 9.22, etc.).

Nossa palavra SENADO vem da palavra ancião.

c) O sustento do pastor: I Ts 2.9; II Ts 3.7-12. Para a CCB o labor


ministerial não é trabalho. Nos textos acima Paulo está exortando
crentes (?) que vivem comendo o suor dos irmãos, sem trabalhar, por
preguiça; não fala dos obreiros do Senhor.

A Igreja de Corinto cuidou financeiramente de Paulo (II Co 8.1-19);


o mesmo se diz da igreja de Filipos (Fp 4.10-19; Paulo mesmo ensinou
as igrejas cuidarem de seus pastores (II Tm 2.4,6; I Co 9.6-14; Dt
25.4) e disse que esses pastores são dignos de “duplicada honra”
(literalmente, salários duplicados ou duplicados honorários, I Tm
5.17,18; II Tm 2.4; At 6.4).

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2.6 - A CCB e o dízimo: base – Gl 3.11,24-26 e Mt 23.23. O cavalo de
batalha da CCB é o dízimo, o pastor e seu salário. Afirmam que o
dízimo é do Velho Testamento, que não estamos debaixo da Lei e,
por isso, não precisamos dizimar.
É verdade que não estamos debaixo da Lei. Por isso, quando eles
citam parte dos livros do tempo da Lei para tentarem provar que os
pastores são lobos, nós não aceitamos. Damos dízimos por instrução
do Novo Testamento e é “com alegria” (II Co 9.7).
Lc 11.42
Gn 14.20 Lv 27.28-32 Hb 7.1-9
Abraão Mt 23.23
Graça Lei Graça

700 anos antes da Lei 1491 a.C. 33 d.C.


2000 a.C. Cristo

No gráfico acima vemos que o nosso pai Abraão dizimou quando


nenhuma lei havia escrito. Isto foi a Graça antecipada que o levou a
dizimar.

Quando veio a Lei escrita, o dízimo prevaleceu, sendo por ela


aprovado.

Jesus ensinou dizimar, mesmo naquele tempo de infidelidade dos


sacerdotes e sumos sacerdotes.

O escritor da Carta aos Hebreus, como creio, ensinou, reportando-se


a Gn 14.20 em Hb 7.1-9, com a boa nova do que o dízimo entregue
na terra dos mortais é recebido por Cristo no céu, Hb 7.8. Leia mais
em Dt 12.17; 14.22; II Cr 31.5; Ne 10.37,38; II Sm 8.15; Ml 3.7-12.

2.7 - A CCB e a pregação ao ar livre: Base Mt 6.5 Acusação: os


evangélicos são fariseus, pois oram e pregam ao ar livre, o que não
pode. Jesus está, na verdade, reprovando os fariseus por gostarem
de serem vistos e receberem os aplausos populares. Vestiam roupas
especiais e ficavam nas esquinas das ruas “para serem vistos”. É isto
o que Jesus reprova neles.
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Onde Jesus pregou o famoso “Sermão do Monte”? Mt 5 a 7. Veja Mt


9.35,36; At 5.42; 17.17; 16.13

Farisaísmo é o sectarismo da CCB!

Ai do mundo se fosse esperar a CCB cumprir a “Grande Comissão” de


Mt 28.19,20; Mc 16.15

2.8 - A CCB e Hb 6.4-8: Com base neste texto, a CCB prega a


impossibilidade da reconciliação do desviado; para estes “não resta
mais sacrifício”, dizem.

O texto de Hb 6.4-8 não trata do que apenas se desviou, mas do que


se apostatou da fé. Parapesontas, é fugir, desviar-se ou abandonar a
fé doutrinária, que é desacreditar das doutrinas bíblicas que antes
professava. Sair do caminho da fé por não mais crer que seja
necessário à vida cristã. Isto é apostasia e não apenas pecar ou
desviar do padrão de santidade cristã.

Lucas 15 mostra que os desviados que não se apostaram podem


restabelecer-se e se reeguerem (vv 11-32), voltando à casa do Pai.

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BIBLIOGRAFIA

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