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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED

A HISTÓRIA DA BÍBLIA
(Bibliologia)

Bibliologia é o estudo sistemático aplicado a Bíblia Sagrada, onde


estudamos a sua historicidade, sua infalibilidade, suas grandes
divisões, a inspiração das Escrituras, as teorias da Inspiração,
autoridade das Escrituras Sagradas, sua credibilidade, sua
genuinidade, canonicidade da Bíblia, sua preservação, como Ela
chegou até nós nos dias de hoje, os livros apócrifos, escrita e
copistas e as melhores versões e as versões mais antigas.

Material preparado para uso em aula de teologia sistemática com


alunos do Curso Básico de Educação Teologica à Distância - CBETED

por Claudio Sinfrônio

Curso Básico de Educação Teológica a Distância


Rua O, 306 – Bairro União
Parauapebas/PA
E-mail: prwanderleilima@hotmail.com
Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED

Copyright©2016 por CBETED – Curso Básico de Educação Teológica a Distância

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998. É


expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por
escrito, do CBETED - Curso Básico de Educação Teológica a Distância.

As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de


1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação ao contrário.

Revisado pelo pastor Wanderlei de Lima

Autor: Pr. George Rodrigues de Morais

Diagramação/Designer: Pr. George

O trabalho literário do escritor é de sua responsabilidade e cedido ao CBETED - Curso


Básico de Educação Teológica a Distância para publicação.

CBETED - Curso Básico de Educação Teológica a Distância


Rua O, 306 – Bairro União – Parauapebas/PA
CEP: 68.515-000
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Contato: (94) 981933335
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Apresentação

Este é um dos fascículos que Integram o grupo das 26 disciplinas


componentes do Curso Básico de Teologia por correspondência,
patrocinado pelo Centro Superior de Educação Teológia - CESET, é vinculado
à Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério de Anápolis em
Parauapebas e tem por objetivo oferecer formação teológica básica aos
evangélicos de um modo geral, quer sejam ou não obreiros, especialmente
àqueles que são impossibilitados de, por motivos diversos, frequentar um
curso regular de ensino teológico.

A elaboração dos fascículos deste curso está sedimentada em profunda


base bíblica, acrescida de pesquisas em selecionadas obras de autores
renomados e de reconhecida formação teológica, entre os quais, os de
cunho pentecostal de grande aceitação peio público evangélico, Institutos,
Seminários e Faculdades de Teologia.

O Curso Básico de Teologia por Correspondência tem a duração de dois


anos e é composto das seguintes disciplinas:
Bibliologia O Pentateuco Escola Dominical
História da igreja Ética Cristã Escatologia
As Epistolas (1) Hermenêutica Soteriologia
Doutrinas de Deus Livros Históricos Missiologia
Anjos, Homem e Pecado Heresiologia Geografia Bíblica
Atos dos Apóstolos Teologia Pastoral Livros Proféticos
Cristologia Livros Poéticos Eclesiologia
Homilética Paracletologia
As Epístolas (2) Os Evangelhos

Informações complementares poderão ser obtidas junto ao CESET,


enviando as correspondências para a Rua O, N: 306, Bairro União –
Parauapebas/PA – CEP: 68.515-000

Para informações
(94) 98168 2083 Pr. Célio - prcelioalves@hotmail.com
(94) 98193 3335 Pr. Wanderlei – prwanderleilima@hotmail.com
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COMO ESTUDAR ESTE FASCÍCULO

Geralmente estudamos muito e não temos um aprendizado


correspondente. Isto pode acontecer, em parte, peio fato de
estudarmos de forma desordenada e sem qualquer metodologia.
Embora resumida, a orientação que passamos a expor, ser-lhe-á de
grande utilidade.

1 - Busque a ajuda divina

Considere que você está estudando a Palavra de Deus, cujo autor e


Intérprete é o próprio Deus. Portanto, ore a Ele dando-Lhe graça e
suplicando entendimento.
Nunca inicie o estudo deste fascículo, sem primeiro orar.

2 - Tenha à mão o material apropriado de estudo

Além da matéria a ser estudada contida neste fascículo, você deve


ter à mão as seguintes fontes de referências e pesquisas:

- Bíblia. Se possível em mais de uma versão.


- Dicionário Bíblico.
- Atlas Bíblico.
- Concordância Bíblica.
- Caderno de apontamentos individuais.

3 - Tenham organização e métodos de estudo

Você deve adquirir o hábito de sempre tomar notas de seus estudos,


pesquisas e meditações. As anotações no caderno deverão ser feitas
de modo organizado, pois, caso contrário, nenhuma utilidade terá.
Procure verificar com cuidado todas as referências bíblicas
procurando descobrir, através deias, o propósito da matéria em
estudo, isto é, o que ela deseja comunicar-lhe. Finalmente, para
melhor fixação do aprendizado, responda as questões elaboradas ao
final de cada capítulo.
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OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS

Ao completar o estudo deste fascículo você será capaz de:

 Estudar e Conhecer a Bíblia ambos o conjunto do Antigo e


Novo Testamento composto de 66 Livros;
 Dar ênfase teológica em cada livro;
 Mergulhar na Palavra de Deus e descobrir as verdades
profundas de cada texto bíblico.
 Mostrar erros de seitas que erram ao tentar fazer uma
exegese apropriada criando assim dogmas e tradições e
contrariando os preceitos bíblicos.
 Entender que a Nossa Fonte de Energia e de Dados é o Cânon
das Escrituras, usando métodos exegéticos, teológicos, e com
uma hermenêutica descritiva e normativa.
 Mostrar a Unidade e Diversidade do Campo da Teologia Bíblica
do A.T e do N.T.

Certos do grande aproveitamento que você terá com o presente


estudo, oramos desejando que Deus lhe abençoe.
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PANORMA DE ESTUDO HISTÓRIA DA IGREJA

A Bíblia também é conhecida por Escrituras Sagradas, que é um termo


usado no Novo Testamento (N.T.) para os livros sagrados do Antigo
Testamento (A.T.), que eram considerados inspirados por Deus. (2ª
Tm. 3.16; Rm. 3.2).

Este termo também é usado no N.T. com referência a outras porções


do N.T. (2ª Pe. 3.16). Outra maneira como a Bíblia é conhecida é por
Palavra de Deus, este termo é usado em relação ao A.T. e N.T. em
sua forma escrita (Mt 15:6; Jo 10:35; Hb 4:12).

O caráter da Bíblia é de um livro singular, puro e santo. Trata de um


dos livros mais antigos do mundo e, no entanto, ainda é o best-seller
mundial.

Tem a sua origem no mundo oriental antigo, contudo moldou, o


mundo ocidental.

Influenciando diretamente correntes filosóficas, como constituições


de países republicano/democrata por todo ocidente.
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ÍNDICE

Introdução 09

A importância das escrituras sagradas 10

A trindade 11

A estrutura da bíblia e sua composição 12

Antigo testament 14

Descrição sintetizada dos livros da bíblia 15

Novo testamento 17

A divisão do texto bíblico em capítulos e versículos 18

Particularidades, traduções e versões 19

Traduções das escrituras até agora 20

O uso da bíblia como literatura, litúrgico, teológico e ético 21

O cânon da bíblia 22

História do cânon do antigo testamento: 23

Tema central da bíblia 27

O que cristo é em cada livro da bíblia 27

Cinco palavras referentes a cristo resumem toda a bíblia 28


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Inspiração divina da bíblia, e o que é inspiração divina 29

Origem, formação e mensagem 30

Divisões da bíblia 31

Curiosidades 32

Principais teorias da inspiração bíblica: 33

Quatro aspectos da inspiração da palavra 34

Evidências 34

Teorias falsas das escrituras 35

Teoria correta da inspiração da bíblia 36

A imparcialidade da bíblia: 36

O cânon bíblico e as duas línguas principais 37

O grego do novo testament 39

Cálculo da data de um manuscrito 40

Períodos 40

Conclusão 47

Bibliografia 48
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INTRODUÇÃO

Esta cartilha tem por intuito levar aos leitores e acadêmicos que dela
disporem, para seus estudos, um material literário diversificado, sobre
vários tópicos abordados para esclarecimento e descobertas, dentro
da introdução do estudo da Bíblia. Sabendo que no caminhar da
inquirição o estudioso a cada dia que dedicar-se à busca do
conhecimento Bíblico, alcançará novas descobertas.

“Manejar bem...” II Tm. 2:15, significa simplesmente dar a cada qual


o que lhe pertence de direito. Pois a Bíblia divide a humanidade em
três povos: Judeus, Gentios e Igreja de Deus, e para cada um ela tem
toda a estrutura orientada, e um inescrutável manancial de verdades
sobre todos os fatos que circundam e conduzem o universo, terra e a
humanidade. Por isso é considerado o manual das realidades eternas;
e como disse George Washington: “Impossível é governar o mundo
sem Deus e sem a Bíblia”.

Nas páginas desta cartilha não encerram os estudos; mas preparam


e conduzem o aluno e leitor, a buscar o conhecimento sobre a Bíblia
e mais aprofundado no conhecimento a cada momento. A cada
assunto tratado estaremos abrindo a porta para que sejam
alcançados pelo estudante novos rumos dentro dos diversificados
tópicos que estruturam o estudo introdutório da Bíblia.

Que Deus em Cristo, por intermédio do Espirito Santo nos abra a


mente para que possamos ouvir, entender e assimilar as verdades
contidas no estudo da sua Palavra.

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A IMPORTÂNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS.

Deus tem manifestado as suas obras através dos tempos e assim é


que tem se revelado

(Rm. 1:20). Porém a Bíblia, ou seja, as Sagradas Escrituras


evidenciam esta revelação de forma mais nítida, pois na Bíblia a
revelação é dupla; a Palavra Escrita e a Palavra Viva (Jo. 1.1).

A Palavra Escrita é apresentada no Antigo Testamento, corporificando


a vontade Divina, tornando-se personalizada na poesia hebraica e
como sabedoria personificada e fonte de historicidade da humanidade
nos livros históricos; vindo através dos Profetas tornar-se a
mensageira de agente dos decretos de Deus, apresentando as
consequências do passado da humanidade e futuro que lhe aguarda.

A palavra viva é apresentada através do LOGOS, o agente revelador


de Deus; Deus manifestou também pelo VERBO; a palavra. E esta
intervenção do LOGOS, a Palavra Viva é o meio de aproximar Deus
dos homens e levar os homens restaurados de volta a Deus.

A necessidade que temos de estudar as Escrituras está declarada na


importância do homem, vir a conhecer a Deus e todos os seus feitos.

(Deus se deixa conhecer) e assim alcançar a fé, que vai lhe dar
condições de vencer nesta vida, e as escrituras vai conceder o
“entendimento” aos simples” (Sl. 119:30) lhe revelando tudo sobre a
existência do universo e tudo que nele há;

Apresentando-lhe o desenvolvimento de todas as coisas que existem


debaixo dos céus e as criaturas por Deus criado; levando os
homens a ficarem cientes da seguinte verdade: “pois, nele,
foram criadas todas as coisas; nos céus e sobre a terra, as visíveis e
as invisíveis sejam tronos, soberanias, quer principados, potestades.

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Tudo foi criada por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as
coisas, nele tudo subsiste”. (Col. 1: 16-17).

O apostolo Paulo, apresenta em, (II Tm. 3: 16, 17) porque devemos
estudar as escrituras. A Bíblia é um Manual da Salvação, o seu
propósito mais alto não é ensinar fatos da ciência, que o homem pode
descobrir por sua própria investigação experimental, mas sim fatos
de salvação e criação do homem a imagem de Deus, sua queda em
pecado através da desobediência e o consequente juízo.

O permanente amor de Deus para com ele, o eterno Plano de Deus


para salva-lo através do seu pacto de graça com um povo escolhido,
culminando em Cristo que veio para ser o Salvador.

Apresentando tudo sobre a vida, morte e ressureição de Cristo, e da


sua atuação em nós através do Espirito Santo, da vida eterna e tudo
que está por vir para o fiel e para o infiel.

Por isto devemos estudar as escrituras, assim alcançaremos o


conhecimento sobre todas as verdades.

A TRINDADE

O que é o Espirito Santo de Deus

No Antigo Testamento é manifesto como participante das criações,


tanto do mundo como do homem Gn. 1:2 “...o Espirito de Deus se
movia sobre a face das aguas”. Verso 26, “Façamos o homem...” e
quando o apóstolo João cita a presença dos três nas atividades do
Céu. I Jo. 5: 7. Ainda tratando sobre as atividades do Espirito Santo
no (A.T) é geralmente uma expressão que significa o poder de Deus,
a sua extensão por meio da qual ele realiza muitas das suas ações
poderosas, com atividades de curto período (I Rs. 18: 12; Jz 14.6; I
Sm 11:6.).

No Novo testamento é apresentado como a terceira pessoa da


trindade (palavra essa que não encontramos na Bíblia) I João.5:7,8.

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As origens da palavra “Espirito”, tanto em hebraico (Ruah) e em grego


(Pneuma), são semelhantes sendo que provém de associações com
“hálito” e “vento”, neste sentido é compreensível que é a palavra
criadora de Deus (Gn 2:7). E em outros locais, as duas ideias são
identificadas com o Espirito de Deus. Como agente na criação, o
Espirito de Deus é o princípio da vida dos homens, Jó 33:4. O Espirito
de Deus é a força motivadora na inspiração dos profetas, a sabedoria
está cheia do Espirito e na realidade é identificada com ele. II Tm.
3:16; II Pd. 1:20,21.

Jesus no NT apresenta o Espirito Santo como uma personalidade


como é visto no Evangelho de João, onde também é chamado de:
Paracleto, Consolador, Conselheiro, aquele que tem a missão de:
Convencer o homem do pecado e guia-lo a toda verdade (João.7:38,
39; 14:16,26; 15:26,27; 16:7-13). Também apresentado sobre a ótica
do revestidor de poder, concedendo Unção e Visão espiritual para
sermos testemunhas de Cristo, sua igreja e povo (Lc 24:49; At 1:8;
At 2.). Acompanhando-nos, nos edificando e sendo também o próprio
Deus, Deus conosco até a consumação dos séculos. Quanto ao
Espírito Santo estudaremos mais detalhadamente em outra disciplina
chamada de Pneumatologia.

A ESTRUTURA DA BÍBLIA E SUA COMPOSIÇÃO

Você sabe o que é Bibliomancia? É a forma de adivinhação, pela qual


a Bíblia é aberta aleatoriamente, e o leitor, guiado pelo primeiro
versículo que seu olhar encontrar. Uma prática dos tempos antigos
aonde eram usadas pelos Romanos e gregos.

“A palavra é um leão. Deixe-a solta”. (Lutero).

“As Escrituras são os óculos que nos permitem ver e focalizar as


coisas, sem os quais tudo será confuso”. (Calvino)

A sua divisão em partes principais e seus livros quanto à classificação


por assuntos, divisão em capítulos e versículos e certas

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particularidades indispensáveis. A Bíblia protestante tem 1.189
capítulos.

A palavra “Bíblia” vem do grego “biblos” livros, (era o nome de uma


cidade fenícia, onde eram feitos papiros usados para fazer livros).
Etimologicamente, o termo Bíblia é o plural da palavra grega Bíblos
ou a forma diminutiva biblion, mais utilizada na LXX e no novo
testamento. Significava no princípio qualquer tipo de documento
escrito, rolo, códice, carta. Originalmente escrito em papiro.

Nas fontes Judaicas e cristãs o termo é: “livro sagrado” ou o plural


hierai bibloi que designava o Pentateuco ou o conjunto do AT.

Os cristãos usavam o termo grego “da bíblia “ e o derivado latim


“bíblia” para designar as escrituras hebraicas. Na idade média utilizou-
se o termo em latim bíblia.

O novo testamento utiliza o termo plural “Escrituras ou Os Escritos”


para se referir à escritura do Antigo Testamento como um todo;

Também utiliza o termo “Escritura “para se referir a determinada


passagem. Luc. 4: 14-21; II Tm. 3:16,17; Rm.15:4; II PD. 1: 20,21;
Mt .21:42; Mc. 12:10; Mt: 22:29; Lc: 24:32; Jo.5:39;At.8:32; Gl.3.22;
‘as Santas Escrituras,’(Rm.1:2; II Tm. 3:15 “as Sagradas Letras”) “as
outras Escrituras” II Pe. 3:16.

Outros termos são descritos sobre o Canon do AT no NT, (“a Lei”,


Mt.5:18; Lc.16:17; Jo. 12:34); “Moises e os profetas” Lc.16: 29;
24:27; “A Lei e os Profetas”Mt.22:40; Lc. 16:16;” Na lei de Moises,
nos Profetas e nos salmos, Lc.24:44.

Objetivos da Bíblia: Mostrar quem é Deus e quem é o homem.

Línguas Originais da Bíblia: Três línguas: Hebraico, Aramaico e Grego.

Boa parte (a maioria) foi escrita em hebraico, trechos de Daniel e


Esdras em Aramaico.

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Sendo assim a Bíblia é uma coletânea de muitos livros; esses livros
estão divididos em duas seções: O Antigo e o Novo Testamento. Que
veremos sua composição separadamente. Foi Jeronimo que chamou
pela primeira vez de Biblioteca Divina.

ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento conta a história do povo de Israel. Essa história


tem o intuito de retratar a fé do povo no Deus de Israel e descreve a
vida religiosa dos Israelitas como povo de Deus.

O quadro seguinte ensina graficamente como estão agrupados os


livros que formam o Antigo Testamento.

Divisão dos Livros do Velho testamento:

Conceito: É uma palavra grega que significa Aliança. Lv. 26:12


Divisão do Velho Testamento:
Pentateuco / Histórico / Poético / Profético.
Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Históricos: Josué, Juizes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II
Crônicas, Esdras, Neemias, Ester.
Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
Proféticos: Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel.
Proféticos: Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
A lei do Talião: Tal ofensa, tal punição. Ex. 21:24; Lv. 24: 20; Dt.19:21
O velho Testamento tem assuntos de Amor ou só de leis (justiça)?
Qual a diferença de lei e mandamento?
A divisão das Sagradas Escrituras em capítulos e versículos, bem
como a ordem em que se acham os diversos livros, nada tem a ver
com a inspiração da Bíblia e não datam de tempos remotos.

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DESCRIÇÃO SINTETIZADA DOS LIVROS DA BÍBLIA

Gênesis – Introdução ou princípio sobre tudo o que foi criado. Deus,


criação da terra e do homem e a sobreposição da vida dos patriarcas.

Êxodo – Os três períodos de quarenta anos da vida de Moisés, e a


travessia do povo de Deus no deserto.

Levítico – O calendário Judaico e as festas de Israel.

Números – Disposição das tribos de Israel no acampamento.

Deuteronômio – A repetição da lei e a transição de liderança entre


Moisés e Josué.

Juízes – O período da teocracia através dos juízes.

Rute – Genealogia de Boaz.

1º e 2º Samuel – O reino unificado sob Saul, Davi e Salomão.

1º e 2º Reis – Quadro histórico dos Reis e Profetas de Israel e de


Judá.

1º e 2º Crônicas – Um paralelo histórico sobre os reinos de Israel.

Esdras – As admoestações de um Sacerdote e Escriba para o povo


de Deus.

Neemias – O trabalho conduzido por Neemias, para a reconstrução


da muralha de Jerusalém.

Éster - A história de uma judia e seu tio, usados para exaltar os


Judeus.

Jó – As etapas do sofrimento na vida de um homem.

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Salmos – Orações e Louvores de homens, que aprenderam a
importância da adoração.

Provérbios – Um livro sobre máximas de sabedoria e de


ensinamentos éticos.

Eclesiastes – A vida analisada pela ótica de “Pregador” e “Filósofo”.

Cantares de Salomão – O gozo e o auge de um profundo amor.

Isaías – O profeta que anunciou a vinda do Messias e sua trajetória.

Jeremias - Predição do justo juízo de Deus.

Lamentações de Jeremias – lamentos do profeta pela cidade


caída.

Ezequiel – O juízo, a esperança e a restauração de Israel.

Daniel – As visões proféticas e a vida do profeta, na Babilônia.

Oséias – A reação de Deus ao pecado de Israel.

Joel – Uma admoestação para o arrependimento.

Amós – A pregação sobre o juízo de Deus.

Obadias – O juízo sobre o País vizinho de Israel, Edom.

Jonas – A relutância de um profeta no cumprimento da Missão.

Miquéias – Juízo para Judá.

Naum – A destruição do povo de Nínive.

Habacuque – Um diálogo entre Deus e o Profeta, Justiça e o


sofrimento.

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Sofonias – O dia do Senhor trazendo juízo a Judá e as nações
vizinhas.

Ageu – Exortação à reconstrução do templo.

Zacarias – Convocação ao povo, para a reconstrução do templo.

Malaquias – O dia do senhor, um despertamento para o seu povo.

NOVO TESTAMENTO

Divisão dos livros


04 Livros sinóticos: Mateus, Marcos, Lucas e João

01 Livro Histórico: Atos dos apóstolos

13 Epístolas Paulinas: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios,


Filipenses, colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e
Filemom.

08 Cartas Gerais /católicas ou universais: Hebreus, Tiago, I e II


Pedro, I, II e II João e Judas.

01 Livro escatológico/profético: Apocalipse.

Mateus a João – A vida terrena de Jesus e seu glorioso ministério.

Atos dos Apóstolos – Igreja primitiva seu viver e agir.

Romanos a Filemon Paulo exorta, instrui, orienta e adverte sobre


o perfeito viver do Cristão, da Igreja e dos homens e mulheres
utilizados por Deus.

Hebreus – O abandono do cerimonialismo e a vivência do


cristianismo.

Tiago – Aconselhamento sobre a prática da fé.

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1º e 2º Pedro – Estimulou a perseverança em Cristo.

1º a 3º João – Verdades básicas sobre a vida Cristã.

Judas – As más influências, o que geram?

Apocalipse – A revelação sobre fim de todas as coisas e a volta de


Jesus para arrebatar a Igreja.

A DIVISÃO DO TEXTO BÍBLICO EM CAPÍTULOS E


VERSÍCULOS

Até o século XIII A Bíblia não era dividida em capitulo, só aconteceu


em 1227 por Stephen Langton (Bispo de Cantuaria). As Escrituras
hebraicas também foram divididas por Mordecal Nathan, em 1445, e
em 1661, Athias acrescentou ao texto impresso a divisão em
versículos. Santos Pagnino em 1528 dividiu em versículos uma Bíblia
em pequenos textos na cidade de Lyon. O Novo Testamento foi
dividido em versículos por Roberto Stephens, em1551, durante
uma viagem a cavalo Paris a Lion (466Km) e a Bíblia em 1555. Foi ele
quem colocou os números dos versículos na margem. Os parágrafos,
tal como estão atualmente na Bíblia, foram separados pelos editores
da versão de Genebra.

A primeira Bíblia que trouxe tal divisão foi a Vulgata em 1.555. Em


muitos casos, a divisão tanto em capítulos como em versículos,
quebra o sentido, parte o texto e altera toda a linha do pensamento.
Vejamos falhas na formação dos capítulos: Isaías 53, que devia
começar em 52:13, João capitulo 8, devia começar em 7:53; II Rs 7
devia começar em II Rs 6:24; O capítulo 3 de colossenses devia
terminar em 4:1; o capítulo 10 de Mateus, devia começar em 9:35;
Atos 5 devia começar em 4:36, etc. A divisão em versículos
apresentaram alguns erros; Ef 1.5 devia começar com as duas últimas
palavras de 1:4; João. 5:39,40.

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Na epístola aos Romanos, bem como em Efésios há diversos casos
desses. Também a divisão em versículos não é a mesma em todas as
versões existentes.

PARTICULARIDADES, TRADUÇÕES, VERSÕES, USO DA


BÍBLIA E A BÍBLIA CATÓLICA

Particularidades da Bíblia: A Bíblia como vêm é composta de 66 livros


distintos, foi redigida ao longo de aproximadamente 1.400 a 1.800
anos, por mais de 40 autores diferentes, incluindo: Pastores,
pescadores, guerreiros, profetas, reis, um médico, um estudante e
um intelectual, em condições e épocas diferentes.

- Maior Livro, Salmos e menor, III João;


- Maior capítulo Salmo 119 e menor, Salmos 17;
- Maior versículo; Ester. 8:9; Menor, Êxodo. 20:13.

Os livros de Éster e Cantares não contém a Palavra Deus, o nome


não aparece, mas Deus está bem presente pelas suas obras em
ambos os livros. Há na Bíblia 8 mil vezes a palavra “Senhor”. O
Capítulo 19 de II Reis é idêntico ao 37 de Isaias.

As palavras em itálico, não constam do original, sendo introduzidas


para completar o sentido do texto.

Os epigrafes dos capítulos, são preparados pelos editores, e nada tem


com a inspiração e o texto original. As exceções são algumas frases
introdutórias de certos Salmos, tais sumários nem sempre
correspondem aos capítulos aos quais se referem. Como o caso da
parábola dos “dez talentos”, quando não são dez; a “parábola do Rico
e Lázaro”, quando não se trata de parábolas e assim por diante.

A única versão em português que indica os parágrafos é a A.R.A,


(Almeida Revista Autorizada) com um tipo negrito cada vez que
ocorre.

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TRADUÇÕES DAS ESCRITURAS ATÉ AGORA

A terra tem 7.442( 2016) bilhões de pessoas, já foram traduzidas


1.710 línguas, restando ainda 1.500 línguas em que a Bíblia ainda não
foi traduzida até os dias de hoje.

Traduções famosas da Bíblia: Septuaginta – A primeira tradução


da Bíblia, foi feita em 285 a. C e o local, Alexandria no Egito;

Vulgata – É uma tradução de toda a Bíblia feita por Jerônimo,


concluída em 405 d. C – Leu 16 anos para traduzir.

Ítala – É uma revisão da antiga versão latina; foi preparada na Itália,


na segunda metade do Séc. 2º.

Gótica – Feita em 350, em ambos os testamentos com base na


septuaginta.
É uma Bíblia Wulfila, e é uma Bíblia Cristã traduzida por Bispo Wulfila
para a língua Gótica falada pelos Germanos.
- Versões Famosas:
- King James (Rei Tiago) em 1611, na Inglaterra;
- Versão padrão Americana em 1901, na América do Norte;
- Versão Linguagem de hoje em 1969, Buenos Aires, Argentina;
- Bíblia Amplificada em 1965, na América do Norte;
- Bíblia de Jerusalém em 1956, na Inglaterra;
- Bíblia viva em 1971, na Inglaterra;
- Versão de Almeida em 1753, na Holanda;
- Versão de Rito Dem em 1935, no Brasil;
- Versão de Matos Soares em 1946, Brasil;
- Versão de Figueiredo em 1821, no Brasil;
- Nova versão internacional em 1966, na América do Norte.

A tradução mais utilizada: A tradução de João Ferreira de Almeida,


em torre de Tavares, Portugal em 1628, século XVII. Ao realizar sua
obra de tradutor era Pastor protestante, aprendeu o hebraico e o
grego e assim usou essas línguas como base de sua tradução, do
contrário dos outros tradutores, que sempre se utilizavam da Vulgata

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latina ( uma tradução feita em latim dos manuscritos originais pelo
padre Eusébio Sofrônio Jeronimo).

A Bíblia de tradução Almeida só foi publicada no Brasil em 1944. A


tradução original de Almeida foi a décima terceira a ser sujeita a um
idioma moderno.

O USO DA BÍBLIA COMO LITERATURA, LITÚRGICO,


TEOLÓGICO E ÉTICO

- Literatura: Muitas universidades ao redor do mundo oferecem


cursos de Bíblia somente do ponto de vista literário.
Visto que a Bíblia é um dos alicerces da nossa moderna civilização
ocidental, uma pessoa realmente educada não pode ignorar a Bíblia,
ao menos como literatura.

- Litúrgico: Desde o tempo do judaísmo, a leitura das escrituras nas


sinagogas e em público era um costume generalizado. Nos primeiros
anos do cristianismo havia um lecionário para três anos que cobria
todo o Antigo Testamento. Um lecionário era uma sessão das
escrituras, para ser lida publicamente. Hoje nós temos a escritura,
como uma parte de nossa liturgia, onde é lido textos isolados da
Bíblia, Segundo a escolha do oficiante da Bíblia no momento do culto,
também é prosseguida a leitura no período da mensagem ou ensino
da Bíblia no culto como base e para pregação.

- Teológico: A Bíblia sempre foi a principal fonte de informações


teológicas, tanto no judaísmo como no cristianismo. Seja como for,
todos os cristãos reconhecem a absoluta necessidade de um sólido
conhecimento Bíblico, se tivéssemos de organizar qualquer sistema
de teologia que mereça um nome. A Bíblia em qualquer debate
teológico cristão fixa-se como obra central, por quanto é o padrão da
doutrina revelada.

- Ético: A literatura de maior relevância, dentro dos conceitos éticos,


que permeiam o padrão de moral elevado está contido nos conceitos,
Bíblicos doutrinários, que a Bíblia apresenta em suas paginas. Pois a

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Bíblia tem como intuito, levar seus leitores e praticantes, a vida de
elevado padrão ético.

O CÂNON DA BÍBLIA

A Bíblia publicada pelos protestantes não contém sete livros do Antigo


Testamento que se acham na Bíblia dos Católicos, a saber: Tobias,
Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida) 1º e 2º. dos
Macabeus, além de fragmentos, como Ester 10: 4-16, 24; Dn 3: 24-
90. Dn. 13-14.

Pergunta-se então: Qual é o catálogo Bíblico certo: o mais longo (dos


católicos) ou o mais breve (dos protestantes)? – A resposta só poderá
ser dada com segurança se considerarmos a história da formação do
catálogo sagrado. É o que vamos fazer. Antes, porém, deveremos
explicar alguns vocabulários importantes para este estudo.

Nomenclatura:
Eis alguns vocábulos – chaves:

1. Cânon, do grego kanón = regra, medida – catálogo.

2. Canônico = livro catalogado – o que significa que também é


inspirado.

3. Protocanônico = livro catalogado próton, isto é, em primeiro


lugar ou sempre catalogado.

4. Deuterocanônico = livro catalogado déuteron ou em segunda


instância, posteriormente (após ter sido controvertido).

5. Apócrifo, do grego apókryphon = livro oculto, isto é, não lido nas


assembleias públicas de culto, reservado à leitura particular. Em
consequência, livro não canônico ou não catalogado, embora tenha
aparência de livro canônico (Evangelho Segundo Tomé, Evangelho da
Infância, Assunção de Moisés...).

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Os apócrifos, embora tenha sido durante séculos, tidos como
desprezíveis portadores de lendas, são ultimamente reconhecidos
como valiosos para a história do cristianismo, porque:

1) Através de suas afirmações referem o modo de pensar dos judeus


e cristãos dos séculos pouco anteriores e pouco posteriores a Cristo
(Séculos II a.C até século V d.C);

2) Podem conter proposições verdadeiras que não foram consignadas


pelos autores sagrados (os nomes dos genitores de Maria SS.; a
Apresentação de Maria no templo aos três anos de idade, a assunção
corporal de Maria após a morte...);

3) Contem sentenças de hereges, que contribuem para a


compreensão da história do Credo.

O Cânon católico compreende 47 livros do A.T. se conta como unidade


distinta a carta de Jeremias (= Baruque 6); se, ao contrario, é
considerada como capítulo 6 de Baruque, o total é de 46 livros. No
novo Testamento há 27 livros – o que perfaz 74 (73) livros sagrados
ao todo.
Vejamos a forma como foi formado o catálogo do Antigo Testamento.

HISTÓRIA DO CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO

As passagens Bíblicas começaram a ser escritas esporadicamente


desde os tempos anteriores a Moisés; é de notar que a escrita era
uma arte rara e cara na antiguidade. Moisés foi o primeiro codificador
das tradições orais e escritas de Israel, no século XIII a.C. Essas
tradições (leis, narrativas, peças litúrgicas) foram sendo escritas no
decorrer dos séculos, sem que os Judeus se preocupassem com a
catalogação das mesmas...

Todavia, no século I da era cristã, deu-se um fato importante:


começaram a aparecer os livros cristãos (cartas de S. Paulo,
Evangelhos...), que se apresentavam como a continuação dos livros
sagrados dos judeus. Estes, porém, não tendo aceitado o Cristo,

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trataram de impedir que se fizesse a aglutinação de livros judeus e
livros cristãos. Por isso reuniram – se no sínodo de Jâmnia ou Jabnes
ao Sul da Palestina, por volta do ano 100 d.C., a fim de estabelecer
as exigências que deveriam caracterizar os livros inspirados por Deus.
Foram estipulados os seguintes critérios:

O livro sagrado não pode ter sido escrito fora da terra de Israel;

...Não em língua aramaica ou grega, mas somente em hebraico;


...Não depois de Esdras (458-428 a.C.);
...Não em contradição com a Torá ou Lei de Moisés.

Em consequência, os judeus da Palestina fecharam o seu cânon


sagrado sem reconhecer livros e escritos que não obedeciam a tais
critérios. Acontece, porém, que em Alexandria (Egito) havia próspera
colônia judaica, que, vivendo em terra estrangeira e falando da língua
estrangeira (o grego), não adotou os critérios nacionalistas
estipulados pelos judeus de Jâmnia. Os judeus de Alexandria
chegaram a traduzir os livros sagrados hebraicos para o grego entre
250 e 100 a.C. , dando assim origem à versão grega dita
“Alexandrina” ou “dos Setenta Intérpretes” .

Essa edição grega Bíblica encerra livros que os judeus de Jâmnia não
aceitaram, mas que os de Alexandria liam como palavra de Deus;
assim os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico ou
Siracides, 1 e 2 Macabeus, além de Ester: 10: 4 – 16,24; Daniel: 3:
24 – 90; Daniel: 13 – 14.

Podemos, pois, dizer que havia dois cânones entre os judeus no início
da era cristã: o restrito da Palestina, e o amplo da Alexandria.

Ora, acontece que os Apóstolos e Evangelistas, ao escreverem o Novo


Testamento em grego, citavam o Antigo Testamento, usando a
tradição grega da Alexandria, mesmo quando esta diferia do texto
hebraico; tenha-se em vista Mateus: 1: 23 (-Isaias: 7: 14); Hebreus:
10: 5 (Salmos: 39: 7). Esta se tornou a forma comum entre os

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cristãos; em consequência o cânon amplo, incluindo os sete livros
atrás citados, passou para o uso dos cristãos.

Verificamos também que nos escritos do Novo Testamento há


citações implícitas dos livros deuterocânonicos. Assim, por exemplo,
Romanos: 1, 19 – 32/ Sabedoria: 12 – 15; Romanos: 13: 1; 2, 11 –
Sabedoria: 6:4,8; Mateus: 27: 43 – Sabedoria: 2: 13,18; Tiago: 1: 19
– Eclesiástico: 4: 34; Mateus: 11: 29s – Eclesiástico: 51: 23 – 30;
Hebreus: 11: 34s – II Macabeus: 6: 18 – 19; 7: 42.

Deve-se, por outro lado, notar que não são (nem implicitamente)
citados no Novo Testamento livros que, todos os cristãos têm como
canônicos; assim Eclesiastes, Ester, Cânticos, Esdras, Neemias,
Abadias, Naum.

Nos mais antigos escritos patrísticos são citados os deuterocanônicos


como Escritura Sagrada: Clemente Romano (em cerca de 95), na
epístola aos Coríntios, recorre a Judite, Sabedoria, fragmentos de
Daniel, Tobias e Eclesiástico; o Pastor de Hermas, em 140, faz amplo
uso do Eclo e do 2Mc (c.f Semel 5,3.8; Man 1, 1...); Hipólito (+235)
comenta o livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos; cita
como Escritura Sagrada Sb, Baruk e utiliza Tb, 1 e 2 Mc.

Nos séculos II/IV houve dúvidas entre os escritores cristãos com


referência aos sete livros, pois alguns se valiam da autoridade dos
judeus de Jerusalém para hesitar. Finalmente, porém, prevaleceu na
Igreja a consciência de que o cânon do Antigo Testamento deveria
ser o de Alexandria, adotado pelos Apóstolos. Em consequência, os
Concílios regionais de Hipona (393), Cartago III (397), Cartago IV
(419), Trulos (692) definiram sucessivamente o Cânon amplo como
sendo o da igreja. Esta definição foi repetida pelos Concílios
ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546), Vaticano I (1870).

S. Jerônimo (+421) foi, sem dúvida, uma voz destoante nesse


conjunto. Tendo ido do Ocidente para Belém da Palestina a fim de
aprender o hebraico, assimilou também o modo de pensar dos rabinos
da Palestina neste particular.

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Durante a Idade Média pode – se dizer que houve unanimidade entre


os cristãos a respeito do cânon.

No século XVI, porém, Martinho Lutero (1483 – 1546), querendo


contestar a Igreja, resolveu adotar o cânon dos judeus da Palestina,
deixando de lado os sete livros deuterocanônicos que a igreja
recebera dos judeus de Alexandria. É esta a razão pela qual a Bíblia
dos protestantes não tem sete livros e os fragmentos que a bíblia dos
católicos inclui. Para dirimir as dúvidas, observamos que – os critérios
adotados pelos judeus de jâmnia para não reconhecer certos livros
sagrados eram critérios nacionalistas;

- é o Espírito Santo quem guia a Igreja de Cristo e fez que, após o


período de hesitação (séc. I-IV), os livros deuterocanônicos – o que
bem mostra que eles eram usuais entre os cristãos. Não foi o Concílio
de Trento que os introduziu no cânon.

Para os católicos, os livros deuterocanônicos do Antigo Testamento


são tão valiosos como os protocanônicos; são a Palavra de Deus
inerrante, que, aliás, os próprios judeus da Palestina estimavam e
liam como textos edificantes. Por exemplo, os próprios rabinos
serviam-se do Eclesiástico até o século X como Escritura Sagrada; o
1 Mc era lido na festa de Encênia, ou da Dedicação do Templo
(Hanukkah), Baruque era lido em alta voz nas sinagogas do séc. IV
d.C ., como atestam as constituições Apostólicas. De Tobias e Judite
temos midrachim ou comentários em aramaico, que atestam como
tais livros eram lidos na sinagoga.

Em conclusão: a própria Bíblia não define o seu catálogo. Portanto


este só pode ser depreendido mediante a tradição (= transmissão)
oral, que de geração em geração foi entregando os livros sagrados
ao povo de Deus, indicando-os, ao mesmo tempo, como livros
inspirados e, por conseguinte, canônicos. Essa tradição oral viva fala
até hoje pelo magistério da Igreja, que não é senão o eco autêntico
da tradição oral.

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TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

JESUS é o tema central da Bíblia. Ele mesmo declara em Lc 24: 44 e


Jo 5:39. Se olharmos com cuidado, veremos que em tipos, figuras,
símbolos e profecias. Ocupar o lugar central das escrituras, além das
suas manifestações como está registrado no Novo Testamento.

O QUE CRISTO É EM CADA LIVRO DA BÍBLIA

- Gênesis: O descendente da Mulher. Gn. 3: 15


- Êxodo: O cordeiro Pascoal. Ex. 12: 5-13
- Levítico: O sacrifício expiatório. Lv. 4: 14-15
- Números: A rocha ferida. Nm. 20: 7-13
- Deuteronômio: O profeta. Dt. 18: 15
- Josué: O príncipe dos exércitos do Senhor. Js. 5: 14
- Juízes: O libertador. Jz. 3: 9
- Rute: O remidor Divino. Rt. 3: 12
- 1º e 2º Samuel: O rei esperado. I Sm. 8: 5
- 1º e 2º Reis: O rei prometido. I Rs. 4: 34
- 1º e 2º Crônicas: O descendente de Davi. I Cr 3: 10
- Esdras: O ensinador Divino. Ed. 7: 10
- Neemias: O edificador. Ne. 2: 18 e 20
- Éster: A providência Divina. Et. 4: 14
- Jó: O redentor que vive. Jó. 19: 25
- Salmos: O nosso socorro e alegria. Sl. 46: 1
- Provérbios: A sabedoria de Deus. Pv. 8: 22-36
- Eclesiastes: O pregador perfeito. Ec. 12: 10
- Cantares: O nosso amado. Ct. 2: 8
- Isaias: O servo do Senhor. Is. 42
- Jeremias: O Senhor dos exércitos. Jr. 31: 18
- Lamentações: Consolador de Israel. Lm. 1: 2
- Ezequiel: O Senhor que reinará. Ez. 33
- Daniel: O quarto homem. Dn. 3: 25
- Oséias: O esposo: Os. 2: 16
- Joel: O juiz das nações. Jl. 3:12
- Amós: O Deus do fogo. Am. 1: 4
- Obadias: Ob. Vs. 21

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- Jonas: A salvação do Senhor. Jn. 2: 9
- Miquéias: O ajuntador de Israel. Mq. 2: 13
- Naum: O caleiro da espada flamejante. Na. 3: 3
- Habacuque: O puro de olhos. Hc. 1: 13
- Sofonias: O pastor de Israel. Sf. 3: 13
- Ageu: O faz tremer os céus e a terra. Ag. 2: 6-7
- Zacarias: O renovo. Zc. 6: 12
- Malaquias: O anjo do concerto. Ml. 3: 1
- Mateus: O Messias. Mt. 2: 6
- Marcos: O rei. Mc. 15: 9
- Lucas: O filho do homem. Lc. 12: 8
- João: O filho de Deus. Jo. 1: 14
- Atos: O cristo ressurgido. At. 2: 24
- Romanos: Justiça de Deus. Rm. 8: 30
- 1º e 2º Coríntios: O Cristo crucificado e a imagem de Deus. I Co. 1:
23 e II Co. 4: 5
- Gálatas: O Cristo que liberta. Gl. 5: 1
- Efésios: A cabeça da Igreja. Ef. 4: 15
- Filipenses: O viver. Fp. 1: 21
- Colossenses: O homem perfeito. Col. 1: 28
- 1º e 2º Tessalonicenses: A Senhor que virá. I Ts. 4: 14 II Ts. 2: 1
- 1º e 2º Timóteo: A nossa esperança. I Tm. 1: 1
- Tito: O nosso Salvador. Tt. 3: 6
- FIlemon: O doador do bem. Fm. 6
- Hebreus: Sacerdote eterno. Hb. 7: 3
- Tiago: O legislador. Tg. 4: 12
- 1º e 2º Pedro: O nosso Senhor. I e II Pe. 2: 14
- 1º 2º e 3º João: O Cristo e a verdade. I Jo. 5: 1 ; II Jo. vs. 3 III Jo.
4
- Judas: Único dominador e Senhor. Jd 4
- Apocalipse: O Alfa e Ômega. Ap. 22: 13

CINCO PALAVRAS REFERENTES A CRISTO RESUMEM TODA A


BÍBLIA

Preparação – O Antigo Testamento – é uma preparação para o


advento de Cristo.

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Manifestação – Os evangelhos – trata de sua manifestação ao mundo.

Propaganda – O livro de Atos trata de sua propagação, seu nome e


ensinos.

Explanação – As epistolas – Explana sua doutrina.

Consumação – O Apocalipse – Trata da consumação de todas as


coisas referente a Ele.

INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA, E O QUE É INSPIRAÇÃO


DIVINA

Muitos cristãos pensam que nunca conseguirão entender a BÍBLIA.

Acreditam que ela foi escrita para teólogos e pastores, e tudo o que
eles tem que fazer é escutar os ensinos e palestras dos "entendidos"
da BÍBLIA ou ler livros a respeito dela. Felizmente a BÍBLIA SAGRADA
foi escrita para todos nós, Por milénios Deus se revelou ao homem
através de suas obras, isto é, da Criação e da Consciência, mas
segundo o Seu propósito, chegou o tempo em que Ele desejava
alcançar o homem com uma revelação maior, fazendo-o através de
Cristo, a Palavra viva e da Bíblia, a Palavra escrita. Esta dupla
revelação é mui especial e tornou-se necessária devido a queda do
homem.

Deste modo, o estudo das Escrituras se impõe como principal meio


do homem natural conhecer a Deus e sua vontade, e do crente
conhecer o propósito santificador de Deus para sua vida.

Definição da Bíblia Sagrada


A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Seu autor é o próprio
Deus. Seu real interprete é o Espírito Santo. A Bíblia Sagrada é Deus
falando com o homem; é Deus falando através do homem; é Deus
falando como homem, mas é Sempre Deus falando.

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ORIGEM, FORMAÇÃO E MENSAGEM
Grifo (discipulado)

A Bíblia é um livro antigo.

“Tambem” (Foi o primeiro livro a ser escrito no mundo No Ocidente,


em 1455, Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos móveis
reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia
em latim. Uma Bíblia de 641 páginas foi o primeiro livro
impresso pelo alemão Johan Gutemberg).

Os livros antigos tinham a forma de rolos. Ela foi escrita originalmente


em forma de rolo, sendo cada livro, um rolo. Jr. 36.28: Lc. 4.17. Assim
sendo, os livros Sagrados não estavam reunidos como os temos agora
em nossa Bíblia. O vocábulo "BÍBLIA" não se encontra nas Escrituras
Sagradas. Vem do grego "biblos" que é o nome que os gregos davam
à folha do papiro. Aos vários rolos de papiro eles chamavam "BÍBLIA".
Então literalmente, bíblia quer dizer "coleção de livros pequenos". O
material usado era o papiro que era de uma planta aquática e o
pergaminho, que era de peles de animais, II Tm 4.13.

Moisés começou a escrever os primeiros livros da Bíblia cerca de


1.400 a C. (anos antes de Cristo). A ele se seguiram vários outros
escritores, culminando com o apóstolo João no final do século I.
Portanto, ela foi escrita num período de 1500 anos. Os autores da
Bíblia são cerca de 40 e todos escreveram inspirados pelo Espírito
Santo, II Tm 3.16. O verdadeiro milagre é que variadas pessoas sem
mesmo se conhecerem (reis, profetas, pescadores, estadistas,
médico), vivendo em épocas e situações diferentes (em palácios,
desertos, prisões, viagens, nações diferentes), conseguiram escrever
vários livros e com uma mensagem harmónica, mostrando assim que
na realidade o autor é UM SÓ.

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DIVISÕES DA BÍBLIA

A Bíblia, contendo 66 livros, divide-se em duas partes principais:


Antigo ou Velho Testamento e Novo Testamento. O Antigo
Testamento contém 39 livros e foi escrito originalmente em hebraico.

Todo o Antigo Testamento está dividido em 04 grupos conforme o


assunto.

LEI - Génesis a Deuteronômio (São 05 livros)


História - Josué a Éster (São 12 livros)
Poesia - Jó a Cantares de SalomãoíSão 05 livros)
Os livros de Profecia, estão divididos em profetas maiores (Isaías
a Daniel) e profetas menores (Oséias a Malaquias).
O Novo Testamento contém 27 livros. Foi escrito em grego. Também
está dividido em 04 grupos conforme o assunto.
BIOGRAFIA - Os Evangelhos (São 04 livros)
HISTÓRIA - Atos dos Apóstolos (01 livro)
DOUTRINA - Romanos a Judas (São 21 cartas ou'epístolas)
PROFETAS - Apocalipse (01 livro)

As epístolas estão divididas em epístolas Paulinas, que são 13 escritas


à pessoas ou Igrejas (Romanos a Filemon) e epístolas gerais a todos
os crentes, que são 08 (Hebreus a Judas).

Observações Para Nossa Vida


Não há dúvida que o estudo da palavra de Deus traz nutrição e o
crescimento espiritual. Ela é tão indispensável à alma como o alimento
o é para corpo físico. Vejamos algumas razões:

- É o alimento espiritual - Jr 15.16; l Pé 2.1,2; Mt 4.4. Ilumina o


caminho para Deus - SI 119.105, 130. Testifica de Jesus - Jo 5.39 É
a verdade - Jo 17.17

- Edifica o crente - At 20.32


É uma arma de ataque - Mt 4.11; Pv 30.5.
É um instrumento usado pelo Espírito Santo - Jo 3.5; Ef 6.17.

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Para você aprender a ler e escrever referencias bíblicas o sistema
mais simples e Rápido é o adotado pela Sociedade Bíblica do Brasil
que consta de duas letras: uma maiúscula e uma minúscula. Ex.
Génesis - Gn; Êxodo - Ex; Mateus Mt etc. Entre os capítulos e os
versículos coloca-se apenas um ponto. Ex. Mt 20.1; Lc 10.3 etc.

CURIOSIDADES

A BÍBLIA contém 1.189 Cap., sendo 929 no AT e 260 no NT. A divisão


em Cap. foi feita em 1.250 D.C por Hugo de Santa Clara. Os Cap.
estão divididos em 31.173 versículos, sendo 23.214 no AT e 7.954 no
NT. O AT foi dividido em Versículos em 1,445 pelo rabino
MARDOQUEU NATA, e NT em 1.551 por ROBERT STEVEN. Os livros
da bíblia não estão reunidos de forma CRONOLÓGICA.

Fim do grifo discipulado. Pr. Wanderlei de Lima Ribeiro

A inspiração da Bíblia é um tema extremamente crucial no mundo de


hoje. Muitos falam sobre a inspiração, concernente definição,
entendem diferentes.

Alguns afirmam que a Bíblia é tão inspiradora quanto qualquer


literatura de boa qualidade. Já outros acreditam que a Bíblia é
inspiradora por conter a palavra de Deus, juntamente com mitos,
erros e lendas.

Esses dois pontos de vista são incoerentes, quando a evidencia bíblica


é considerado. A Bíblia esclarece que ela não é simplesmente uma
literatura inspiradora ou registro falível das enunciações de Deus,
mais que é infalível palavra de Deus.

Dois versículos expõem o assunto com profundidade II Tm 3: 16 e II


Pedro 1: 21. A palavra inspirada é uma tradução do grego
Theopneustos, um termo grego que significa: Deus soprou. Assim
sendo, a origem da escritura é Deus e não o homem. Ela é soprada
por Deus. II Pedro 1: 21 confirmam que os escritores foram movidos

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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
por Deus, através da ação do Espirito Santo, para registrar aquilo que
Ele queria.

Ás vezes é mais fácil compreender o conceito de inspiração quando


comparado com a revelação. A revelação está ligada à origem da
apresentação atual da verdade, I Cor 2: 10.

A inspiração, por outro lado, relaciona-se com o recebimento e


registro da verdade. Pela inspiração entende-se que “ Deus” , o
Espirito Santo, operou de uma forma única e sobrenatural, para que
as palavras escritas dos homens que registraram as escrituras
correspondessem também “as palavras de Deus”.

A doutrina plena da Bíblia, quando devidamente compreendida, não


se subentende que o Espirito Santo tivesse empregado os escritores
sagrados como meros instrumentos inconscientes. Pelo contrário, que
a memória deles, bem como suas faculdades foi utilizada na execução
da obra tanto quanto as suas mãos o foram, embora insistindo que
essas mãos por certo também foram guiadas pelo guia infalível.

PRINCIPAIS TEORIAS DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA

Teoria do ditado = Deus comunicou ideias e palavras a mente do


homem (Escritores Bíblicos)e ele escreviam exatamente o que
recebiam em sua mentes. Abandonada no séc. XIX.

Teoria da aprovação posterior = Os homens escreveram, a igreja


aprovou e depois o Espírito Santo deu uma assistência.

Teoria da inspiração formal e não material = Deus inspirou o


conteúdo das Escrituras e não Expressão verbal.

Teoria do uso da inteligência = Spiritu Sancto inspirante. Atinge


todas as faculdades do autor. 1. O que há de comunicar. 2. O modo
como comunicar. II PD. 1: 20,21; II Tim. 3: 16; Aceita por maioria
dos teólogos.

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QUATRO ASPECTOS DA INSPIRAÇÃO DA PALAVRA

1. Deus se revela na Bíblia = Teofania. Ex. 33:18-23; Gn.32:22-32


A. como Senhor absoluto: Ex. 3: 2-6,14; Jz. 6: 11-14.
B. como Senhor acessível: Is.49:15; II Crôn. 7:14

2. A Bíblia forma uma unidade.


A. pelas correlações/pré-figurações.
Gn. 3: 7, 21/Hb.9:22; Is.61: 1-3;11: 1,2/Jó. 1:32/Luc.4:14 – 19/Is.
53:1 -12/Hb.10:1

3. A Bíblia permite o encontro entre o homem e Deus.

4. A inerrância da Bíblia. I Tm.4:9;3:16; II PD: 18 – 21;Rm. 15:4

EVIDÊNCIAS

- As evidências de que as palavras da Bíblia foram dadas por Deus,


se fundamentam nos seguintes argumentos:

 Esta é a afirmação do texto clássico, II tm. 3: 16


 É o testemunho enfático de Paulo, afirmando que falava em
palavras... Ensinada pelo Espirito. I Cor 2: 13
 Jesus disse que aquilo que estava escrito no Antigo
Testamento inteiro falava dele, Lc. 24: 24 e 44 Jo. 5: 39, Hb.
10: 7.
 O Novo Testamento constantemente equipara a palavra de
Deus com a escritura, ou seja escrita no Antigo Testamento.
Mt 21: 42 Rm. 15: 4 II Pe 3: 16
 Jesus salientou que nem sequer a menor parte de uma
palavra ou letra hebraica podia ser cancelada. Mt 5: 18
 A Antigo Testamento se refere ao registro escrito com os
“oráculos de Deus”, Rm 3: 2 Hb 5: 12
 Os escritores foram ocasionalmente advertidos a “não omitir
uma palavra sequer” Jr 26: 2. João chegou a pronunciar uma
condenação sobre quem quer que acrescentasse ou

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subtraísse alguma coisa das “palavras do livro dessa
profecia”, Ap 22: 18-19

TEORIAS FALSAS DAS ESCRITURAS, QUAIS SÃO E POR QUE


DE SEREM ABORDADAS COMO FALSAS

Teoria da inspiração natural humana: defende esta teoria que a Bíblia


foi escrita por homens dotados de gênio e força intelectual e social.
Este ponto de vista, expressa o pensamento de que no processo de
inspiração, Deus acomodou-se as limitações dos autores humanos.
Isto nega o sobrenatural, e é um erro fatal de consequências
imprevisíveis para a fé. Mas está documentado na Bíblia, que Deus
falava através de seus escritores; Atos 1: 16, Jr 1: 9; Ez 3: 16 e 17;
Atos 28-25.
Teoria da inspiração divina comum: as palavras inspiradas dele, são
claramente caracterizadas como “deles” e dirigem-se e sua situação
imediata, mas são também, na providência de Deus, parte de sua
palavra eterna a seu povo em todas as épocas.

Alguns dizem que esta teoria deixa de levar em conta o fato do


pecado humano. Como esta enorme barreira entre o homem e Deus
pode ser transposta para que o homem possa pronunciar as próprias
palavras de Deus?

Em resposta, podemos declarar o seguinte: As pessoas ou escritores,


que Deus usou para transmitir sua verdade foram renovados pelo seu
espírito e entraram em relação com ele. Negar que os homens possam
articular a verdade de Deus resultam em negar que a linguagem
humana possa em alguma ocasião em principio ser o veiculo da
verdade divina.

Teoria Verbal: Ensina a inspiração da Bíblia só quanto às palavras,


não deixando lugar para a atividade e estilo do escritor, o que é
patente e notório em cada livro. Esta teoria falsa faz dos escritores
verdadeiros maquinas que escrevem sem qualquer noção de mente e
raciocínio.

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TEORIA CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

A inspiração é profundamente relacionada com a nossa doutrina


sobre Deus.

“Se “reconhecermos Deus como sendo aquele, “que faz todas as


coisas conforme o conselho da sua vontade”, Ef 1: 11, que” faz o que
quer”, Sl 135: 6, não encontraremos qualquer dificuldade básica.

Nada há de incongruente no fato dele ter produzido um livro que,


embora nascido da experiência de suas criaturas, é também através
de sua ordem soberana, a sua própria palavra dirigida a elas.

A inspiração não se estende apenas a algumas partes da bíblia, mas


as próprias palavras: “Disto também falamos, não em palavras
ensinadas pela sabedoria humana, mas inspiradas pelo Espírito,
conferindo coisas espirituais, I Cor 2: 13. Este é o alicerce da, Teoria
Plenária, estendendo-se completamente a todas as partes, II Tm 3:
16, I Ts 2: 13.

A IMPARCIALIDADE DA BÍBLIA

Se a Bíblia fosse um livro originado do homem, ela não poria a


descoberto as muitas falhas deles... Os homens jamais teriam
produzido um livro como a Bíblia, que dá toda a glória a Deus e mostra
a fraqueza humana; Jo 27; Sl 50: 21 – 22; 51: 5; I Co. 1: 19 – 25;
Jó 17: 1 e Cap 14. A Bíblia tanto diz que Davi era um homem segundo
o coração de Deus, At 13: 22, como também revelam os seus pecados
como vemos nos livros de Reis, Crônicas e Salmos. É o também caso
da embriagues de Noé, da dissimulação de Abrão, das falhas de Ló,
da idolatria e luxuria de Salomão.

Só a Bíblia ensina que o homem está em condições físicas, mental e


moral decadentes, e que, se deixando só, decairá cada vez mais, os
livros humanos ensinam o oposto. Dizem que há no homem uma
“peça resistente”, que constantemente procuram eleva-lo.

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Este ensinamento é agradável aos homens, por que adoram crer que
se estão desenvolvendo as suas próprias custas. O homem jamais
escreveria um livro como a Bíblia que põem em relevo todas as
fraquezas e os defeitos humanos.

O CÂNON BÍBLICO E AS DUAS LÍNGUAS PRINCIPAIS

O termo grego Kanôn significado regra ou padrão de medidas. Em


segundo lugar, significa uma decisão autorizada de um concilio da
igreja; em terceiro lugar, conforme se aplica a Bíblia, significa aqueles
livros que foram medidos, foram declarados satisfatórios e aprovados,
como tendo sido por Deus.

Cânon do Antigo e Novo Testamento:

A primeira consideração deve ser que o Senhor e seus Apóstolos


reconhecem o Canôn do Antigo Testamento. Em Lc 11: 51 fica
implícito que o Cânon usado na sinagoga nos dias de Jesus era
equivalente ao nosso Antigo Testamento.

No Antigo Testamento não há registro de aceitação formal pelo povo


de nenhum dos livros pertencentes a segunda e terceira divisão do
Cânon. Não obstante, esses livros eram evidentemente considerados
canônicos. Fosse imprescindível ou aceitação pelo povo, ou o endosso
oficial pelos escribas para a canonização dos livros, o registro de tal
ato seria uma parte importante de cada livro ou, pelo menos de cada
divisão do cânon. A explicação obvia é que os livros eram
reconhecidos desde o principio.

Vejamos algumas bases bíblicas que irão dar a reivindicação ao


reconhecimento canônico das escrituras do Antigo Testamento: Dt
10: 5 e II Rs 22: 8; a lei defendida e considerada, Dn 9: 2; aceitação
demonstrada, as declarações proféticas contidas nos livros dos
profetas, Mt 22: 29; Jo 5 : 39; Mt 23: 35; Lc 24: 44; defesas de Cristo
nas Escrituras.

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II Tm 3: 16 e II Pe 1: 20 e 21; os apóstolos defendendo a origem e
autoridade divina.

O Cânon do Novo testamento, teve a sua reivindicação e autorização


canônica de uma forma mais contundente: a preocupação da igreja
primitiva em preservar as tradições sobre Jesus, mostrava que
reconhecia a natureza normativa da suma missão e por tanto do
registro preservado da mesma, por isso a compilação dos quatro
evangelhos, devia ser documentada.

As igrejas nascidas através da missão dos apóstolos e dos auxiliares,


respeitavam as cartas dos apóstolos, o apostolo Paulo afixou sua
assinatura para confirmar a autoridade apostólica das mesmas e
recomendou que essas cartas fossem lidas, I Co 16: 21, Cl 4: 18 e II
Ts 3: 17, João em Ap 22: 18 é outra evidência de uma distinção desde
cedo entre os escritos autorizados e os não autorizados.

A igreja não criou o cânon do Novo testamento, reconhecendo e


definindo-o da mesma forma que Isaque Newton não criou a lei da
gravidade. Nesses escritos e apenas neles a igreja sob a orientação
do espírito Santo ouviu, e continua a ouvir, os tons autênticos do bom
Pastor, Jo 10: 4.

As duas línguas originais do texto sagrado:

O Hebraico de Antigo Testamento: Nas páginas do Antigo


Testamento, o hebraico é chamado de língua de Canaã, Js 19: 18 e
Ne 13: 24. Portanto embora os hebreus sejam um povo Semita, seu
idioma é tipicamente cananeu. O hebraico bíblico foi se diferenciando
do hebraico moderno, o hebraico clássico era aceito exclusive na
sinagoga, e utilizado pelos escritores do Antigo Testamento. Até os
tempos de exílio o hebraico continuava sendo a língua falada na
Palestina.

No inicio da era cristã os escribas judeus mostravam-se


profundamente côncios da necessidade de transmitir com exatidão o
texto hebraico. Até 1488, quando a primeira Bíblia em hebraico foi

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impressa em Soncino, Itália, cada cópia era escrita a mão. Embora
tivessem surgido cópias particulares, tanto em pergaminho como em
forma de livro, os textos usados nas sinagogas usualmente se
restringiam a textos de pergaminho, sendo copiados com extremo
cuidado.

O Hebraico é lido da direita para a esquerda, e o seu alfabeto é


composto de 22 letras, constando somente de consoantes. Há sinais
vocálicos, mas não podem ser considerados como letras. Esses sinais
vocálicos tem a aparência de grupos de pontos ou traços, esse modo
infra linear foi adotado para o hebraico impresso.

O GREGO DO NOVO TESTAMENTO

Muita controvérsia tem girado em torno da discussão sobre o caráter


exato do grego do Novo Testamento. Os dois campos opostos, no
principio foram os chamados puristas e hebraístas. Os primeiros criam
que a revelação de Deus, no Novo testamento não poderia ser
utilizada se não fosse no grego Ático Clássico. Porém para o novo
testamento essa tese não foi aceita, pois é encontrado nos 27 livros
que compõem este testamento, palavras que pertencem a outros
dialetos gregos além do Ático.

O Novo testamento foi escrito na língua comum do povo, a língua


franca do mundo greco-romano. O grego mais utilizado foi o Koiné,
marcos e João nos seus escritos utilizam um Koiné mais simples e
Lucas, Paulo e o escritor de Hebreus apresentaram nos seus escritos
um grego Koiné mais literário, pois todas 3 eram eruditos. Quase
todos os livros do Novo Testamento foram escritos por judeus, pelo
que não se pode esperar o mesmo tipo de grego que se poderia
esperar de escritores não judaicos.

O grego koiné se caracteriza pelo enfraquecimento gera das


conjunções e conjugações verbais.

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No vocabulário, os verbos compostos tomam o lugar de verbos
simples, temáticos ou não temáticos, e aparecem formações
reversíveis.

CÁLCULO DA DATA DE UM MANUSCRITO

Um manuscrito é calculado através de alguns indicativos e detalhes,


vejamos alguns:

- Pela forma das duas letras;


- Pela forma como as palavras se encontram escritas;
- Pelas letras iniciais de títulos e parágrafos;
- O raio-x. pois este tipo de raio também ajuda a idade dos antigos
objetos, por meio de fotografia e certas reações.

PERÍODOS

Ante diluviano

Em um período de seis dias, prevaleceu a ordem no universo, em


relação à formação da terra. E durante este período de seis dias tudo
que há na terra foi formado e criado; inclusive o homem, sendo este
imagem e semelhança do Criador. Sendo o homem a principal obra
criativa de Deus; o criador lhe torna ponto focal de interesses,
cuidados e observações; Deus forma o homem do pó da terra e sopra
em seu interior o hálito da vida, tornando-o um ser vivo. Conseguinte,
o Criador ver a necessidade que o homem tem de uma companheira
e cria a mulher da costela do homem; e prepara o jardim do Édem
para servir de habitat do casal. Neste jardim foi franqueado de
alimentar-se dos frutos que suas árvores produziam, menos um fruto,
o homem não deveria se alimentar que é o proveniente da árvore do
conhecimento do bem e do mal.

Uma serpente que falava, representando Satanás, persuade Eva para


desobedecer a ordem e orientação de Deus, sendo assim Eva
persuade a Adão e os dois acabam sendo vencidos e vindo a pecarem.
Foram separados da presença de Deus, e punidos com a expulsão do

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jardim, e outras consequências como enfrentar as consequências de
uma terra amaldiçoada por motivo da queda de Adão.

Os filhos que vieram da união de Adão e Eva, só três são mencionados


por nome. Caim e Abel eram uns destes três filhos do casal, sendo
Abel o que oferecia sacrifício aceito por Deus, ofertava em sacrifício
um animal; Caim oferecia a oferta de legumes. O sacrifício de Abel
era aceito por Deus e o de Caim não, irado com isso Caim mata seu
irmão, se tornando o primeiro assassino. Após a perda de Abel e seu
desapontamento com Caim, que se fizera homicida, nossos primeiros
pais expressaram nova esperança ante o nascimento de Sete. Foi nos
dias de Enos, filho de Sete que os homens começaram a voltar-se
para Deus, e com a passagem de muitas gerações, outro sinal piedoso
foi encontrado na vida de Enoque, esse personagem devido a intima
comunhão com Deus, foi arrebatado.

Nos dias de Noé a impiedade da Civilização atingiu um ponto critico.


A corrupção, a iniquidade e a violência aumentaram de tal maneira
que todos os planos e esquemas do homem se caracterizavam pela
maldade. Atitude de pesar de Deus, por ter criado o gênero humano
ficou notória, no plano de tirar do homem seu Espirito. Um período
de 120 anos de advertência aconteceu o Juízo iminente contra a raça
humana, sendo só Noé preservado, e achando favor aos olhos do
senhor; foi livrado da condenação.

Do dilúvio a abraão

Achando Noé graça aos olhos do Senhor, pois era homem justo,
inculpável em seu tempo. Com a chegada do diluvio em 2.348 a. C
foi preservado, ele e sua família e os animais que entraram na arca.
Todavia, a natureza pecaminosa dos sobreviventes não se alterara,
de modo que logo todos estavam envolvidos em uma nova rebelião
contra Deus. Sendo formadores de uma única sociedade e tendo uma
só língua, nada que se propusessem fazer lhes seria impossível. Assim
foi que Deus interveio de novo, dessa vez não para destruir o homem,
mas para sim confundir as línguas dos homens e espalha-los pela

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superfície da terra, onde constituiriam culturas, tradições, falsas
religiões.

Por volta de 2.000 A.C, Deus chamou um homem para que saísse de
Ur dos Caldeus e fosse para uma terra que o Senhor lhe haveria de
mostrar, seu nome era Abrão, neste homem Deus formaria uma
grande nação e abençoaria todas as famílias da terra. Por causa dessa
aliança de Deus com Abrão, o Senhor mudou o seu nome para Abraão
“pai de uma multidão”. Aquele que haveria de redimir a humanidade,
viria da descendência da mulher e sairia dos lombos de Abraão e seus
descendentes, seu filho Isaque e se Neto Jacó. Deu fato, Isaque gerou
a Jacó, e este foi pai de Doze filhos que originaram as Doze tribos de
Israel.

A era antes de cristo

Compreende no período Inter bíblico ou intertestamentário, inicia em


430 a. C, ficando situado entre Malaquias e Mateus, num tempo de
mais de 400 anos.

O período inicia-se com Israel sob domínio persa, nenhum profeta se


levantou nesse tempo. O domínio persa prosseguiu por quase 100
anos.

Durante o período Inter bíblico, encontramos a Palestina sob três


impérios mundiais, o Persa, Grego e o Romano, além do intervalo de
pouco mais de 100 anos em que ela esteve independente.

Período persa

Após Neemias e Malaquias, a Palestina continuou sob os persas até


330, quando a Grécia venceu a persa. A Bíblia menciona o fim do
período persa em Ne 12: 22, como império mundial, os persas
dominaram por 200 anos. Nessa ocasião já assonava no horizonte a
sombra ameaçadora do que mais tarde viria a ser o maior império do
mundo, o Romano.

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Período Grego

330 a 167 a. C, mais de 150 anos. Em 330, Alexandre, o monarca


grego, tinha o mundo todo a seus pés, após seis anos de conquista
de doze de reinado. Com a ampliação do domínio, começa a espalhar
e a predominar a língua grega o surgimento da Bíblia em grego, e
para a vinda de Jesus, que encontrou o grego predominante em todos
os contornos mediterrâneos e em outras regiões. Em 323 morre
Alexandre na Babilônia.

O império de Alexandre depois sua morte, é dividido entre quatro de


seus famosos generais: Seleuco I, Nicator, Ptolomeu I, Sótere
Ptolomeu Lagos, Cassandro e Lisimaco.

Esse período de governo destes quatro governantes foi de 330 a 166.


Foi um período de progresso para os judeus, a língua grega é
implantada na palestina e o poder civil passou a ser exercido pelo
sumo-sacerdote, que exercia também o civil passou a ser exercido
pelo sumo- sacerdote, que exercia também o religioso.

Nesse período também surgiram seitas religiosas; sendo 3


destacadas: os Fariseus, os Saduceus, os Essênios.
- Fariseus: Primavam pela preza religiosa; mas depois chamados de
hipócritas;
- Saduceus: Os aristocratas da época eram racionalistas;
- Essênios: eram uma ordem monástica, praticantes do ascetismo.

Período de Governo de Antíoco Epifânio e Macabeus

Em 168 a. C, Antíoco Epifânio profanou o templo sacrificando uma


porca no altar dos holocaustos e erigiu nele um altar a Júpiter. O que
ocasionou em 167 a.C, a revolta do Macabeus, pois os judeus estavam
irados e a perseguição religiosa já tomavam conta do país. Matatias,
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foi o grande herói do movimento, sendo um sacerdote, ficou furioso
com tudo o que estava ocorrendo e comandou a batalha no seu inicio,
tinha cinco heroicos e corajosos irmão, cujos nomes eram: Judas,
Jônatas, Simão, João e Eleazar. Judas um guerreiro de considerável
gênio militar, ganha muitas batalhas e em 165 a. C, rededica o templo
e enfeixa sobre si a autoridade civil e religiosa, estabelecendo a
linhagem dos Macabeus que durante 100 anos governaram uma
Judéia independente.

O Período Romano

Em 63 a. C, os Romanos comandados por Pompeu, tomaram a


Palestina. Antípatro um idumeu foi nomeado governador da Judéia. E
esta incluía as regiões da Galileia, durante a maior parte do tempo do
período romano que o seguiu. Com Antípatro é que começou o
governo dos Herodes, tão bem conhecidos nos evangelhos. Os
Herodianos eram o partido político que favorecia a linhagem dos
Herodes, como artificio para evitar o governo direto. E nesse tempo,
no governo de Herodes o grande, é que nasce Jesus. Um ano depois
do nascimento de Cristo é que morre Herodes. E então é que começa
o caminho para a vida e ministério de Cristo.

O erro do nosso calendário – O calendário anual

O erro que está encontrado no nosso calendário anual, seria que, as


datas atuais estão atrasadas 5 anos, devido a uma falha de calculo
cometido por Dionysius Exiguus, que fixou o ano 1º a.C, com um
atraso de 5 anos. Portanto para se vir a ter datas mais ou menos
exatas é preciso que sejam acrescentados 5 anos.

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O tempo e suas divisões

Dia: era dividido em períodos, com a seguinte nomenclatura


Manhã de 6 até 10 horas ou poucos mais
Calor do Dia das 10 as 15 horas
Fresco do dia de 15 as 18 horas

A noite era dividida seguindo uma divisão em três vigílias:


1º Vigília: de 18 até 24 horas
2º vigília: de 00 até 03 horas
3º vigília: de 03 até 06 horas
No novo testamento já houve uma mudança, no dia e na noite, sendo:

Dia: Terceira Hora (9 Horas)


Sexta Hora (12 Horas)
Nona Hora (15 Horas)
Décima segunda Hora (18 Horas)

Noite: 1º Vigília (18 a 21 horas)


2º Vigília (21 a 00 horas)
3º Vigília (00 a 03 horas)
4º Vigília (03 a 06 horas)

Semana – esta era de sete dias chamados pelos ordinais. Primeiro


dia e etc; ainda que o sexto dia geralmente fosse denominado o dia
da preparação e o sétimo, pelo seu caráter sagrado o Sábado.

Meses – a observação das fases da lua determinou a divisão do ano


em doze meses ou períodos de 29 a 30 dias alternadamente em cujos
nomes se percebe a raiz Cananéia, bem como a babilônia. Mas como
o ano lunar retrocedia em números de dias e assim desencontrava
das estações agrícolas determinadas pelo ciclo solar, tornou-se
necessário intercalar um mês intermediário cada três anos, ou seja, o
13º mês, denominado Ve-Adar, exatamente sete vezes em cada ciclo
de 19 anos, o que levou a se adotar o ano ciclo solar.

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Nome do Mês Aproximação Atual

Abibe ou Nisã Abril


Zife ou Liar Maio
Sivã Junho
Tamuz Julho
Abe Agosto
Elul Setembro
Etanim ou Tishri Outubro
Bul ou Marquesvã Novembro
Quisleu Dezembro
Tebete Janeiro
Sebate Fevereiro
Adar Março

Anos – No calendário hebreu havia o ano religioso, que começava


com a Páscoa no dia do mês de Abib ou Nisã e o ano civil, cujo inicio
era assinalado com a Festa das Trombetas no dia 2 de Tishri ou
Etanim, correspondendo do final de Setembro ou começo de outubro.
Havia de sete em sete anos um ano sabático, que servia para o
descanso do solo, destinação da produção espontânea para os pobres
e peregrinos e cancelamento das dívidas, e o ano do Jubileu que
ocorria a cada 50 anos, quando todos os escravos eram libertados.
Tanto o ano civil como o religioso, tinha 354 dias, divididos em 12
meses, de 29 a 30 dias.

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CONCLUSÃO

Ao encerrar este fascículo, queremos deixar registrada a importância


do estudante e leitor vir por este caderno não como um fim, mais
como o principio dos estudos sobre cada tópico que aqui abordamos.

Apresentamos razões e definições que elucidam e fortalecem que a


Bíblia não só é o nosso fundamento da verdade e regra de fé, mas
também a cada página revela os desígnios e realidades de Deus para
a humanidade e tudo por ele formado.

No centro da crença numa Bíblia inerrante e infalível, está o


testemunho da própria escritura, pois o texto Sagrado tem sua própria
defesa, concernente sua inspiração divina. II Tm 3: 16. E como vimos
neste estudo contido nesta apostila, a Bíblia não só satisfaz as
exigências mínimas para ser um livro procedente de Deus, como
também contém provas convincentes de sua origem divina.

O caráter sobrenatural da Bíblia é uma razão por que acreditamos


que o cristianismo é verdade. E que a Bíblia é o documento divino
sobre todas as estruturas do Cristianismo; que é Deus se
manifestando aos homens; “O Verbo se fez carne”; e continua sendo
através das paginas deste livro o “Verbo” comunicando-se com o
homem, a quem ele criou.

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BIBLIOGRAFIA

- A Bíblia, o livro, a história e a mensagem; Autor: Antônio Gilberto;


Editora C.P.A.D

- Bibliografia – Introdução do estudo da Bíblia. Autoria Antônio


Gilberto EETAD

- Bíblia de estudos indutivo; Tradutor Pr. Osvaldo Ramos; Editor


Fabiani S. Medeiros Editora Vida.

-Razões para os céticos considerarem o cristianismo; Autoria Josh


McDowell E Don Stewart; Ed. Cândeia.

- Enciclopédia Teológica; Editor Walter A. Elwell; Ed. Vida Nova;


Volume 1.

- Novo Dicionário da Bíblia; Editora: R.P. She DD.; Editora Vida Nova;
vol. 1.

-Estudando as doutrinas da Bíblia; Autor Bruce Milne, Edição ABU

- Teologia Elementar; Autor E. H. Bancroft; Edição I. B. R.

- Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia; Autor R. N. Champlin e


J. M. Bentes Editora Cândeia; Vol. 1,2, 5.

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