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Apresentação
1) Etimologia
A palavra teologia é de origem grega. Theos = Deus; Logos (logia) = discurso,
tratado, expressão.
2) Conceitos
a) Teologia quer dizer o estudo ou tratado acerca de Deus
b) Teologia é a ciência que trata de Deus e das relações entre Deus e o
universo (STRONG)
c) Teologia consiste em fatos relacionados com Deus e suas relações com o
universo, apresentados de maneira lógica, ordenada e consistente.
3) A importância da Teologia
a) A Teologia satisfaz a mente humana
b) A Teologia serve para a pureza e defesa do Cristianismo
c) A Teologia ajuda na propagação do Evangelho
d) A Teologia fundamenta a prática cristã
4) Divisão da Teologia
a) Teologia Bíblica – É a parte da Teologia que se ocupa com a exposição do
conteúdo dos ensinos dos autores bíblicos. Divide-se em Teologia do Antigo
Testamento e Teologia do Novo Testamento.
b) Teologia Histórica – É o estudo do desenvolvimento da doutrina cristã ao
longo do curso da história da Igreja, enfocando as suas origens, o seu
progresso e os seus desvios.
c) Teologia Sistemática – É o estudo de toda a verdade cristã, no aspecto mais
abrangente e sistemático, tomando-se por base o material fornecido pelas
Escrituras, mas servindo-se também de outros ramos do saber, tais como
Filosofia, História, Psicologia,... na medida em que esses ramos do saber
podem ajudar no esclarecimento das verdades tratadas na Revelação Especial.
d) Teologia Prática - Cuida da aplicação prática das verdades tratadas na
Teologia em geral, especialmente na Sistemática, visando uma vida espiritual
coerente com o ensino proposto.
1) Conceito
a) Teologia Sistemática é o estudo e a declaração cuidadosa e sistemática da
doutrina cristã.
b) Teologia Sistemática é o ramo da Teologia que estuda de forma sistemática
a doutrina cristã.
c) É o segmento da Teologia que contempla de forma organizada e encadeada
o estudo da doutrina cristã conforme revelado nas Sagradas Escrituras.
1) Etimologia
A palavra Bibliologia é composta de duas palavras gregas: biblos = livros e
logos = estudo, tratado, palavra .
2) Conceito
a) Bibliologia é a parte da Teologia Sistemática que estuda a Bíblia Sagrada.
b) Chama-se Bíblia Sagrada ao conjunto de 66 livros inspirados por Deus,
aceitos pela Igreja Evangélica como a única regra de fé e prática do cristão.
3) A Divisão da Bíblia
A Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes partes: O Antigo e o Novo
Testamento. A Palavra Testamento, relacionada à Bíblia Sagrada, significa
Pacto ou Aliança.
6) As Línguas Originais
O Velho Testamento foi escrito em quase sua totalidade em hebraico a língua
dos judeus, exceto pequenos trechos escritos em aramaico (Ed 4.8-6.18; 7.12-
26; Dn 2.4-7.28; Jr 10.11), a língua comercial da época. O Novo Testamento foi
escrito em sua totalidade na língua grega (grego koinê = popular).
8) A Revelação Geral
Aprouve a Deus se auto-revelar através da natureza, das coisas criadas. Essa
revelação é chamada na Teologia Sistemática de Revelação Geral. Nessa
revelação Deus revelou a sua deidade e alguns de seus atributos. ―Porquanto o
que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto
o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem
pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis‖ Rm
1.19,20. (Veja ainda Sl 19.1-6; Gn 1.1-31).
9) A Revelação Especial
Aprouve ainda a Deus se auto-revelar as suas criaturas através de homens
inspirados pelo Espírito Santo que escreveram os livros do Cânon Sagrado.
Nessa revelação Deus revelou até onde queria revelar o Seu ser, os Seus
atributos, o Seu caráter e a Sua vontade, destacando-se nesta última o seu
programa redentor. ―Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias
pelo Filho‖ Hb 1.1. (Veja ainda 1 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21).
A Revelação Especial tem as seguintes características:
a) Ela é redentiva, ou seja, nela é revelado o programa redentor de Deus
através de Cristo. ―Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam‖ Jo 5.39 (Veja ainda Gn 3.15; 49.10;
Dt 18.15-19; Lc 24.27,44; At 2.22-24,29-32; 3.13-15;...).
b) Ela é progressiva, ou seja, Deus foi se revelando aos poucos ao longo da
história do ser humano. ―Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias
pelo Filho‖ Hb 1.1. (Veja ainda Gn 3.15; 49.10; Dt 18.15; Is 7.14; 9.6,7; 53.1-12;
Mq 5.2;...).
c) Ela é a revelação de Deus mesmo, ou seja, nela Deus revela até aonde
queria nos revelar o Seu ser, os Seus atributos, o Seu caráter e a Sua vontade.
Gn 1.1; 17.1; Ex 3.14; Sl 139; Jo 1.1,14; 10.30; 14.9-111;...
d) Ela é uma revelação cristã, ou seja, o Senhor Jesus Cristo é o tema central
dessa revelação. ―Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida
eterna, e são elas que de mim testificam‖ Jo 5.39. (Veja ainda Gn 3.15; 49.10;
Dt 18.15; Is 7.14; 9.6,7; 53.1-12; Mq 5.2; Lc 24.27,44;...
e) Ela é uma revelação feita nas Escrituras (Antigo e Novo Testamento). ―E
temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos,
como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a
estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que
nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de
Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo‖ 2 Pe 1.19-21 (Veja ainda Is 34.16;
Lc 16.29; 24.27,44; Jo 5.39; 2 Tm 3.16,17; ...)
2) Conceitos de Deus
a) ―Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder,
santidade, justiça, bondade e verdade‖ (Catecismo Menor de Westminster).
b) ―Deus é Espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e
perfeição; todo-suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente,
onipotente, onisciente; infinito em sabedoria, santidade, justiça, misericórdia,
graça e longanimidade; cheio de toda bondade e verdade‖ (Catecismo Maior de
Westminster).
c) ―Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões, é
imutável, imenso, eterno, incompreensível, onipotente, onisciente, santíssimo,
completamente livre e absoluto, fazendo tudo para sua própria glória e segundo
o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é
verdadeiro galardoador dos que o buscam, e, contudo, justíssimo e terrível em
seus juízos, pois odeia todo pecado; de modo algum terá por inocente o
culpado‖ (Confissão de Fé de Westminster).
1) Etimologia
Anthropos = homem; logos (logia) = estudo, tratado
2) Conceito
Antropologia é a parte da Teologia Sistemática que estuda o homem do ponto
de vista teológico.
3) A Criação do Homem
a) Planejada por Deus – ―E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as
aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que
se move sobre a terra‖ Gn 1.26 (Veja ainda Ap 4.11).
b) Executada por Deus – ―E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou‖ 1 Gn 1.27 (Veja ainda Gn 2.7,18,21-
23; Jo 33.4).
c) Conforme um tipo divino – ―E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem
de Deus o criou; homem e mulher os criou‖ Gn 1.27 (Veja ainda Gn 1.26; 9.6;
Tg 3.9).
d) Distinção sexual (macho e fêmea) – ―E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou‖ Gn 1.27 (Veja ainda Gn
2.18,20-25; Mt 19.4; Mc 10.6).
1) Etimologia
Hamartia = pecado; logia (logos) = palavra, estudo, tratado
2) Conceito de Hamartiologia
Hamartiologia é a parte da Teologia Sistemática que estuda a doutrina do
pecado.
3) Conceitos de Pecado
a) Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou a
transgressão dessa lei.
b) Pecado é tudo aquilo que pensamos, falamos e praticamos que não esteja
de acordo com a lei moral de Deus.
c) Pecado é qualquer falta de conformidade, ativa ou passiva, com a lei moral
de Deus. Isso pode ser uma questão de ato, de pensamento ou de disposição.
d) Pecado é errar o alvo.
4) A Origem do Pecado
a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os anjos de Deus, quando
Lúcifer, o querubim ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo expulso do Céu
juntamente com um terço dos anjos que o seguiram – ―E viu-se outro sinal no
céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez
chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a
terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou
diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse
o filho‖ Ap 12.3,4 (Veja ainda Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap 12.9).
b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os nossos primeiros pais, Adão
e Eva, desobedeceram à ordem dada por Deus e comeram, por instigação do
Diabo, do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal - ―E viu a mulher
que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também
a seu marido, e ele comeu com ela‖ Gn 3.6 (Veja ainda Gn 2.16,17; 3.1-6,17; 2
Co 11.3).
5) Perspectiva Bíblica da Natureza do Pecado
a) Pecado é uma inclinação interna da natureza do homem – ―E o SENHOR
sentiu o suave cheiro, e o SENHOR disse em seu coração: Não tornarei mais a
amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do
homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente,
como fiz‖ Gn 8.21 (Veja ainda Sl 51.5; Jr 17.9; Mt 5.21,22,27,28; 15.19;...).
b) Pecado é uma atitude de rebelião e de desobediência a Deus -
―E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu,
e deu também a seu marido, e ele comeu com ela‖ Gn 3.6 (Veja ainda
Gn 2.16,17; 4.6-8; 9.17; 11.1-9; Rm 2.14,15;...).
c) Pecado tem consequência na incapacidade espiritual do homem em
obedecer a Deus – ―Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me
enganou, e por ele me matou‖ Rm 7.11 (Veja ainda Rm 1.18-22; 2 Co 4.3,4; Ef
2.1,5;...).
d) Pecado é o não cumprimento dos padrões que Deus estabeleceu nas
Escrituras – ―Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos
céus‖ Mt 5.48 (Veja ainda 1 Sm 15.23; Mt 5.48; 6.2,5,16; Ef 5.1; Tg 2.10,11).
6) A Fonte do Pecado
a) Várias fontes (filósofos)
- A natureza animalesca do homem
- A ansiedade causada entre o querer e as limitações próprias da natureza
humana
- A alienação existencial de Deus
- A competitividade provocada pelo individualismo do ser humano
b) O Ensino Bíblico
- Desejo de desfrutar das coisas (concupiscência da carne) – ―E viu a mulher
que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também
a seu marido, e ele comeu com ela‖ Gn 3.6 (Veja ainda 1 Jo 2.16).
- Desejo de obter as coisas (concupiscência dos olhos) - ―E viu a mulher que
aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também
a seu marido, e ele comeu com ela‖ Gn 3.6 (Veja ainda 1 Jo 2.16).
- Desejo de fazer as coisas (soberba da vida) - ―E viu a mulher que aquela
árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para
dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e
ele comeu com ela‖ Gn 3.6 (Veja ainda 1 Jo 2.16).
7) As conseqüências do Pecado
a) Que afetam o relacionamento do homem com Deus
- Desfavor divino - A. T. - Sl 5.5; 11.5; Os 9.15; Jr 12.8 (Deus se aborrece com
o pecado) -- Pv 6.16,17; Zc 8.17 (Deus odeia a iniquidade). N. T. – Rm 8.7; Cl
1.21; Tg 4.4 (inimizade contra Deus); Jo 3.36; Rm 1.18; 2.5 (A ira de Deus
futura)
- Culpa (o homem tornou-se culpado por ter violado o
propósito de Deus para a humanidade, e assim estar sujeito
a punição) Ed 9.6; 2 Cr 28.13; Tg 2.10.
- Punição (justiça retributiva – Deus punirá o pecador
impenitente; Deus puniu o seu Filho pelos pecados dos
eleitos). A. T. - Is 1.24; 6.1,2,34; Jr 46.10; Ez 25.14; Sl 94.1;…
N. T. - Rm 12.19; Hb 10.30;...
- Morte (Separação)
. Espiritual (separação do homem de Deus) – ―Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus‖ Rm 3.23 (Veja ainda Mt 8.22; Lc 9.60; Jo
5.24,25; Ef 2.1,5; Cl 2.13;...).
. Física (separação da parte material do homem da imaterial) – ―E o pó volte à
terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu‖ Ec 12.7 (Veja ainda Gn
3.19; 35.18; Tg 2.26;...).
. Eterna (eterna separação de Deus) – ―E aquele que não foi achado escrito no
livro da vida foi lançado no lago de fogo‖ Ap 20.15 (Veja ainda Sl 9.17; Mt
25.41-46; 2 Ts 1.7-9; Ap 20.14;...
b) Que afetam o próprio pecador
- Escravidão – ―Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que
todo aquele que comete pecado é servo do pecado‖ Jo 8.34 (Veja ainda Rm
6.17; 8.2; Cl 1.13;...
- Inquietação – ―Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo
meu bramido em todo o dia. (Salmos 32:4) - Porque de dia e de noite a tua
mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.)‖
Sl 32.3,4 (Veja ainda Is 48.22);...
- Confusão espiritual (negação do pecado) – ―DISSE o néscio no seu coração:
Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não
há ninguém que faça o bem‖ Sl 14.1 (Veja ainda Pv 10.23; 14.9;...).
- Egocentrismo – ―Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos,
presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos,
profanos‖ 2 Tm 3.2 (Veja ainda Mt 20.21; Mc 10.35-37;...).
c) Que afetam o seu relacionamento com o próximo
- Competição – ―De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não
vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?‖
Tg 4.1(Veja ainda 1 Co 3.3; Tg 4.2;...).
- Antipatia – ― Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a
todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente‖ Gn 37.4
(Veja ainda 1 Rs 22.8; Rm 12.16; Fp 2.3-5;...).
- Rejeição da autoridade – ―E, contudo, também estes, semelhantemente
adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as
dignidades‖ Jd 8 (Veja ainda Tt 3.1; 1 Pe 2.13;...).
- Incapacidade de amar – ―E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos
esfriará‖ Mt 24.12 (Veja ainda 2 Tm 3.3; 1 Jo 4.8;...).
8) A Extensão do Pecado (toda a raça humana é pecadora)
a) O ensino do A. T. – ―E viu o SENHOR que a maldade do homem se
multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu
coração era só má continuamente‖ Gn 6.5 (Veja ainda Gn 8.21; 1 Rs 8.46; Sl
143.2; Ec 7.20; Is 53.6;...).
b) O ensino do N. T. – ―Portanto, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens por isso que todos pecaram‖ Rm 5.12 (Veja ainda Mc 16.15,16; Lc
24.47; At 13.30,31; Rm 3.19,23; 6.23; Hb 9.27;...).
2) A preexistência de Cristo
O Senhor Jesus sempre existiu como eterno filho de deus. Pode-se perceber
isso através das escrituras do Antigo e do Novo testamento.
a) A preexistência de Cristo Revelada no A. T.
- A pluralidade de pessoas na deidade – ―Então disse o SENHOR Deus: Eis
que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal;...‖ Gn 3.22 (Veja
ainda Gn 1.26; 11.7;...).
- As Teofanias ou Cristofanias através do personagem o Anjo do Senhor e do
Príncipe dos Exércitos do Senhor. – ―E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em
uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no
fogo, e a sarça não se consumia‖ Ex 3.2 (Veja ainda Gn 16.7-13; 17.2; 18.1;
32.24-30; Ex 3.6,14; Jz 2.1-5; 6.11-14,19-24; 13.17-23; Js 5.13-15;...).
- As profecias acerca do Messias – ―Proclamarei o decreto: o SENHOR me
disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei‖ Sl 2.7; (Veja ainda Sl 110.1; Is 7.14;
9.6; 16.9,10; 53.1-12; Mq 5.2;...).
b) A preexistência de Cristo confirmada no N. T. – O Novo Testamento
apresenta Jesus existindo antes da criação material e até mesmo da criação
espiritual – ―E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória
que tinha contigo antes que o mundo existisse‖ Jo 17.5 (Veja ainda Mt
22.43,44; Jo 1.1-3,15; 8.58; 10.30; Rm 11.36; Cl 1.15-17; Hb 1.10-12; 1 Pe
1.19,20; Ap 1.4,8; 13.8;...).
3) A Concepção da Salvação
A salvação do pecador perdido foi concebida pelo conselho da Santíssima
Trindade, segundo o eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes dos
tempos eternos. ―Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade‖ Ef 1.4,5. (Veja ainda 1 Pe 1.18-20; Ef 1.3-5; 3.8-
12; At 4.26-28; Ap 13.8).
4) O Fundamento da Salvação
A salvação do pecador perdido está fundamentada no grandioso amor que
Deus tem pelas suas criaturas morais. Esse amor, que é um dos atributos
morais da Deidade, é o amor sacrificial, desinteressado, não circunstancial. É o
amor eterno que Deus nos tem em Cristo Jesus. ―Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna‖ Jo 3.16. (Veja ainda Rm 5.8; Gl 2.20;
2 Ts 2.16; 1 Jo 4.8-10,16,19; Ap 1.5).
7) A Apropriação da Salvação
Para se apropriar da salvação dois passos são exigidos ao ser humano por
Deus: o primeiro é o arrependimento e o segundo é a fé. ―E dizendo: O tempo
está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no
evangelho‖ Mc 1.15. (Veja ainda Lc 24.47; Mc 16.15,16; At 2.38; 3.19; Ef 2.8).
a) Arrependimento - Deus exige que o ser humano, para receber dele o perdão,
arrependa-se de seus pecados, isto é, reconheça a sua condição de pecador
perdido aos olhos do Todo-Poderoso e tome a firme decisão de abandonar a
vida pecaminosa. ―Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância,
anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo,
por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o
dentre os mortos‖ At 17.30,31 (Veja ainda Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; Mc 1.15).
b) A fé (Crer em Jesus) - O outro passo que deve ser tomada é o passo da fé.
A salvação oferecida, gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve ser
recebida pela fé. O pecador, arrependido, deve aceitar e crer em Jesus como
seu único, suficiente e eterno Salvador. ―E eles disseram: Crê no Senhor Jesus
Cristo e serás salvo, tu e a tua casa‖ At 16.31 (Veja ainda Mc 1.15; Mc
16.15,16; Ef 2.8; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11).
8) O Alcance da Salvação
Assim como o pecado atingiu toda a estrutura do ser humano (corpo, alma ou
espírito), assim também, a salvação alcança o homem integralmente. Para um
grande mal, o maior dos remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: ―E o mesmo Deus
de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo‖ (1 Co
15.53,54; 5.4,5; Lc 1.46,47). Para o corpo a salvação garante glorificação. ―Mas
a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser
conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também
a si todas as coisas‖. Fp 3.20,21 (Veja ainda Dn 12.1; 1 Co 15.50-54; 1 Ts
4.16,17). Para a alma ou espírito a salvação proporciona o perdão. ―Antes sede
uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo‖ Ef 4.32 (Veja ainda Sl
103.3; Cl 2.13; 1 Jo 1.9; 2.12; ) e vivificação. ―E vos vivificou, estando vós
mortos em ofensas e pecados‖ Ef 2.1 (Veja ainda Ef 2.5,6; Cl 2.13; Rm 6.11).
9) A Posse da Salvação
A salvação é gozada neste mundo, a partir do momento em que a pessoa
arrependida crer em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um
prolongamento por toda a eternidade através da vida eterna dada por Deus.
―Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas
passou da morte para a vida‖ Jo 5.24 (Veja ainda Jo 3.16; 6.47; Lc 23.43; 1 Jo
5.11,12).
2) Conceito
Angelologia é a parte da Teologia Sistemática que estuda a doutrina dos anjos.
6) Suas atividades
a) Anjos bons
· Adoram a Deus – ―(Hebreus 1:6) - E outra vez, quando introduz no mundo o
primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem‖ Hb 1.6 (Veja ainda Sl
89.7; 99.1,2; Is 6.2,3; Mt 18.10; Ap 5.11,12).
· Executam a vontade de Deus – ―E me disse: Daniel, homem muito amado,
entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a
ti sou enviado. E, falando ele comigo esta palavra, levantei-me tremendo‖ Dn
10.11 (Veja ainda Sl 103.20; Lc 1.19,26;...).
· Guardam os santos – ―Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para
te guardarem em todos os teus caminhos‖ Sl 91.11 (veja ainda At 8.26,29;
10.13).
· Ministram ao povo de Deus – ―Não são porventura todos eles espíritos
ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a
salvação?‖ Hb 1.14 (Veja ainda Re 19.5-8; Mt 4.11; Lc 22.43;...).
· Acompanharão a Cristo por ocasião da 2ª vinda – ―E quando o Filho do
homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará
no trono da sua glória‖ Mt 25.31 (Veja ainda Ap 19.14).
b) Anjos Maus
· Opõem-se ao propósito de Deus – ―Porque não temos que lutar contra a
carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da
maldade, nos lugares celestiais‖ Ef 6.12 (Veja ainda Dn 1012,13; Zc 3.1; Ap
12.7,8).
· Afligem o povo de Deus – ―E não convinha soltar desta prisão, no dia de
sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa?‖ Lc
13.16 (Veja ainda 2 Co 12.7).
· Executam o propósito de Satanás– ―E houve batalha no céu; Miguel e os seus
anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos‖ Ap
12.7 (Veja ainda Mt 25.41; 12.26,27; Ap 12.4).
7) Satanás
a) Sua existência (declarada nas Escrituras)– ―Vós tendes por pai ao diabo, e
quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e
não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere
mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira‖ Jo
8.44 (Veja ainda Zc 3.1,2; Mt 13.19; Jo 10.10; 13.2; At 5.3; Ef 6.11,12 1 Pe 5.8;
Ap 20.2,7,10)
b) Seu estado original (criado sem defeito, puro) – ― Tu eras o querubim, ungido
para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das
pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em
que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti‖ Ez 28.14,15 (Veja ainda Jo
8.44; Is 14.12-14; Ez 28.12,7.
c) Sua natureza (essencialmente um espírito malévolo, opositor de Deus e do
Seu povo) – ―E Ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante
do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor‖ Zc
3.1 (Veja ainda Jó 1.8; 2.1,2; Zc 3.2; Jo 8.44; 2 Tm 3.6; Hb 2.14; 1 Jo 3.8; Ap
12.10).
d) Seu caráter (maligno)– ―Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores
do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do
que o primeiro‖ Lc 11.26 (Veja ainda Mt 24.24; 2 Co 2.11; 11.14; Ef 6.11,12; 2
Ts 2.9; Ap 13.11,14).
e) Sua obra (maléfica, matar, roubar e destruir) – ―(João 10:10) - O ladrão não
vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a
tenham com abundância‖ Jo 10.10 (Veja ainda Gn 3.1-3; Ez 28.15; Zc 3.1,2;
Mc 4.15; Lc 13.16; Jo 13.2,27; At 5.3; 10.38; 2 Co 4.4; 11.3,13-15; 1 Ts 3.5; 2
Tm 2.26; Hb 2.14; Ap 3.9).
f) Seu destino (perdição eterna, lago que arde com fogo e enxofre, sofrer por
toda a eternidade) –―E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e
enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão
atormentados para todo o sempre‖ Ap 20.10 (Veja ainda Gn 3.14,15; Is 65.25;
Jo 12.31; 16.8-11; Cl 2.15; 1 Jo 3.8; 5.18; Ap 12.9; 20.1-3).
1) Etimologia
A palavra pneumatologia é composta de duas palavras gregas: pneuma =
vento, espírito, e logia = estudo, tratado.
2) Conceito
Pneumatologia é a parte da Teologia Sistemática que estuda a doutrina do
Espírito Santo.
3) A Natureza do Espírito Santo
a) A Divindade do Espírito Santo
· Nomes divinos Lhe são dados. ―Disse então Pedro: Ananias, por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses
parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não
estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não
mentiste aos homens, mas a Deus‖ At 5.3,4 (Veja ainda 1 Co 3.16; 6.19; Ef
4.30;...)
· Perfeições (atributos) divinas Lhe são atribuídas. ―Para onde me irei do teu
espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer
no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também‖ Sl 139.7,8 (Veja ainda Sl
139.10; Is 40.13,14; 1 Co 2.10,11; 12.11; Rm 15.19; Hb 9.14).
· Obras divinas executadas por Ele. ―O Espírito de Deus me fez; e a inspiração
do Todo-Poderoso me deu vida‖ Jó 33.4 (Veja ainda Gn 1.2; Jó 26.13; Sl
104.30; Jo 3.5,6; Tt 3.5; Rm 8.11).
· Honra divina atribuída a Ele. ―A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de
Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém‖ 2 Co 13.13
(Veja ainda Mt 28.19; Rm 9.1; Ap 4.5; ...).
b) A Personalidade do Espírito Santo
· Nome próprio lhe é atribuído – ―E a terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas‖ Gn 1.2 (Veja ainda Ef 1.13; 4.30; Rm 8.14;...).
· Pronomes pessoais – ―O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber,
porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita
convosco, e estará em vós‖ Jo 14.17 (Veja ainda Jo 15.26; 16.7,8,13,14).
· Associação com as outras pessoas da Trindade – ―Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo‖ Mt 28.19 (Veja ainda 2 Co 13.13).
· Associação com os seres humanos – ―Na verdade pareceu bem ao Espírito
Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas
necessárias‖ At 15.28 (Veja ainda At 13.2,4; 16.6,7).
· Características Pessoais lhes são atribuídas - Inteligência – ―Mas Deus no-las
revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as
profundezas de Deus‖ 1 Co 2.10 (Veja ainda Is 40.13; Rm 8.27 ); Vontade –
―Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer‖ 1 Co 12.11 (Veja ainda At 13.2; 16.6,7);
e Emoções – ―E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais
selados para o dia da redenção‖ Ef 4.30 (Veja ainda Is 63.10 ).
3) Divisão
a) Igreja universal (Invisível)
Na expressão universal, Igreja significa a totalidade daqueles que em todas as
épocas e em todos os lugares confessam a Cristo como Senhor e Salvador,
inclusive os que já faleceram e também aqueles que ainda vão crer em Cristo.
―Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém
agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor‖
Jo 10.16 (Veja ainda Mt 16.18; Jo 17.20; At 13.48; Ef 1.22,23; Hb 12.22,23;...).
b) Igreja local (visível)
Na expressão local, Igreja significa um grupo de crentes em Cristo que se
congregam numa determinada localidade geográfica, segundo modelo
estabelecido nas Sagradas Escrituras, com seus líderes instituídos por Deus
(Pastores, Presbíteros e Diáconos). ―À igreja de Deus que está em Corinto, aos
santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o
lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso‖
1 Co 1.2 (Veja ainda At 11.26; 13.1; Rm 1.7; 2 Co 1.1; Gl 1.2; Fp 1.1; 1 Ts 1.1;
Ap 1.11;...).
(Ainda existem outras divisões: Igreja Militante – Os crentes que estão vivos
numa determinada época, e vivem servindo ao Senhor. Igreja Triunfante – A
igreja glorificada por ocasião da segunda vinda do Senhor)
4) As Figuras da Igreja
A Igreja é representada por algumas figuras de linguagem, dentre elas temos:
a) A Igreja como um Povo – ―Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real,
a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo
não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado
misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia; .‖ 1 Pe 2.9,10 (Veja ainda
Rm 9.24-26; Gl 6.16; Tt 2.14; Hb 10.30; Ap 21.3;...).
b) A Igreja como um Corpo – ―Porque assim como em um corpo temos muitos
membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que
somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos
membros uns dos outros‖ Rm 12.4,5 (Veja ainda 1 Co 10.16,17; 12.27; Ef
1.22,23; 2.16; 3.16; Cl 1.18;...).
c) A Igreja como um Templo – ―Não sabeis vós que sois o templo de Deus e
que o Espírito de Deus habita em vós?‖ 1 Co 3.16 (Veja ainda 1 Co 6.19; 2 Co
6.16; Ef 2.21,22; 1 Pe 2.5;...).
5) As Funções da Igreja
A Igreja existe neste mundo para exercer alguns ministérios, a saber:
a) Adoração – ―Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferenda,
e entrai nos seus átrios. Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei
diante dele toda a terra‖ Sl 96,8,9. ―E estavam sempre no templo, louvando e
bendizendo a Deus. Amém‖ Lc 24.53 (Veja ainda Mt 4.10; At 1.12-14; 2.47; Ap
4.23,24;...).
b) Edificação – ―E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento
do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo‖
Ef 4.11-13 (Veja ainda 1 Co 12.27-31; 1 Co 14.4, 5,12,17,26; Ef 2.20-22; 4.11-
16;...).
c) Evangelização – ―E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado‖ Mc 16.15,16 (Veja ainda Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47; At
1.8; 1 Co 9.16,17;...).
d) Beneficência – ―E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo,
façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé‖ Gl 6.9,10
(Veja ainda Lc 10.25-37; At 6.1-6; Rm 12.13; Gl 6.9,10; Hb 13.16; Tg 1.27;...).
6) Os Oficiais da Igreja
a) Presbíteros, Bispo, Pastor, Ancião (termos similares)
Oficiais designados para o governo espiritual da Igreja – ―E, havendo-lhes, por
comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os
encomendaram ao SENHOR em quem haviam crido‖ At 14.23 (Veja ainda At
11.30; 15.4,22,23; 20.17,28; 1Tm 5.17; Tt 1.5; Tg 5.14; 1 Pe 1.1; 2 Jo 1; 3 Jo
1;...). Os Pastores são chamados de Presbíteros Docentes e os outros
Presbíteros de Presbíteros Regentes.
b) Diáconos
Oficiais designados para cuidar das temporalidades da Igreja especialmente da
beneficência – ―Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em
Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos‖ Fp 1.1 (Veja
ainda At 6.1-6; 1 Tm 3.8-13).
7) O Governo da Igreja
Encontramos pelo menos três formas de governo através das quais são
geridas as Igrejas na sua expressão local:
a) Episcopal – governo exercido através dos bispos (Metodista, Anglicano ou
Episcopal). Tt 1.5; 3 Jo 10.
b) Presbiteriano – governo exercido através dos Presbíteros (docentes e
regentes) eleitos pela Igreja por um determinado período. At 20.17; 1 Tm 5.17;
Tt 1.5; 1 Pe 5.1.
c) Congregacional – governo exercido pelos próprios membros da Igreja
através de suas assembléias regulares. Os Pastores, Presbíteros e Diáconos
recebem da Igreja a delegação para exercerem o seu mandato dentro de uma
comunidade local. Mt 18.17,18; At 1.15,23; 6.3; 14.23; 15.22,25.
Dos três modelos o que mais se aproxima do modelo bíblico é o
Congregacional, pois considera a Igreja como uma instituição divina e com
autoridade suficiente para governar-se a si mesma. Esse governo tem como
base maior a doutrina do sacerdócio universal dos crentes.
8) As Ordenanças da Igreja
O Senhor Jesus deixou para serem observadas pela Igreja duas ordenanças, a
saber:
a) Batismo Cerimonial
Os novos crentes devem ser batizados cerimonialmente com água em nome da
Santíssima Trindade – ―Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo‖ Mt 28.19 (Veja
ainda Mc 16.15,16; At 2.38,41; 8.12, 38; 9.18; 16.15;...).
Sobre a maneira de realizar o batismo os cristãos se dividem nos ritos da
aspersão e da imersão. Os aspersionistas ensinam que o batismo simboliza a
purificação dos pecados e ainda o derramar do Espírito Santo na vida da
pessoa no ato de sua conversão a Cristo. Eles justificam a aspersão baseados
no ritual de purificação feito na Velha Dispensação que era através da
aspersão do sangue, da água, de cinzas. Já os imersionistas advogam esse
rito baseado na idéia de que o batismo significa morte e ressurreição. Quando
a pessoa é imersa na água ela está morrendo para o mundo e quando emerge
está ressuscitando para uma nova vida.
Quanto a maneira mais correta de acordo com a Bíblia de realizar essa
cerimônia veja o texto abaixo deste autor:
Há uma divergência, no meio evangélico, quanto à forma de realização do
batismo. As maiores polêmicas giram em torno da imersão e da aspersão. Nós
Congregacionais, batizamos por aspersão considerando que, na análise dos
textos bíblicos sobre o assunto, bem como na geografia da Terra Santa e no
significado do batismo cerimonial, a balança pende para o lado dessa forma de
batismo, senão vejamos:
a) A palavra batismo no original (grego), no Novo Testamento, admite outros
significados além de imergir, tais como lavar, purificar, aspergir;...
b) É sabido que em Jerusalém, onde a Igreja começou a existir e onde foram
salvas três mil pessoas de uma só vez na pregação de Pedro, não existia água
corrente (o rio Jordão fica distante de Jerusalém e o Mar Mediterrâneo muito
mais ainda) e sim água em poços artesianos e piscinas ou tanques. (Jo 5.2;
9.7). É impensável que os apóstolos levassem os convertidos para o Mar
Mediterrâneo ou para o Jordão a fim de batizá-los.
c) As lideranças religiosas e políticas de Israel, na época do início da Igreja,
não tinham nenhuma simpatia pelo Cristianismo e jamais permitiriam que suas
escassas águas fossem usadas numa cerimônia não aceita por eles. (At 4.1-
3,17,18; 5.17,18,33,40; 7.57-59; 9.1,2). Veja a questão de saúde pública no
tratamento desta questão.
d) Caso a liderança cristã conseguisse água para encher um tanque, era
impossível que nele fossem batizados por imersão três mil pessoas.
Provavelmente, quando chegasse ao centésimo candidato ao batismo, fosse
impossível introduzi-lo no tanque, pois a água já estaria totalmente poluída,
assim, a operacionalização do batismo seria bastante complicada.
e) Lembremo-nos de que o significado do batismo é também purificação e não
somente morte e ressurreição. Todos os atos de purificação na religião judaica,
instituída por Deus, e que nos seus cerimoniais tipificavam ou simbolizavam a
Cristo, eram realizados por aspersão (Hb 9.13; Lv 8.10,11; 9.18; Nm 8.6,7; Jo
2.6; Hb 9.19-22).
f) Outra coisa a considerar na opção pela aspersão, é que os judeus que foram
submetidos ao batismo realizado por João Batista (os imersionistas têm-no
como paradigma, a famosa teoria JJJ = Jordão, Jerusalém, João) não se
submeteriam alegremente a ele se o rito fosse feito por imersão, prática essa
desconhecida nos rituais do culto judaico. (Considerem que até os saduceus -
membros do Sinédrio e os fariseus - fervorosos observadores da Lei e
extremamente legalistas procuraram o batismo ministrado por João Batista).
(Mt 3.4-7). Se o rito do batismo ministrado por João fosse diferente daquele
conhecido pelas autoridades e povo de Israel, certamente, os judeus teriam
João como falso profeta, o que dificultaria, sensivelmente, o ministério do
precursor de Cristo.
g) Os batismos cerimoniais, registrados no livro de Atos, mostram que os
mesmos foram realizados por aspersão, senão vejamos: Paulo, ao ser batizado
por Ananias, ficou de pé (At 9.18; 22.16); Os gentios que estavam na casa de
Cornélio e que após a pregação de Pedro foram batizados, certamente, o
foram por aspersão, porque Pedro mandou que os batizassem logo após terem
aceitado a Jesus. É muito improvável que já tivesse um tanque preparado para
tal ocasião (At 10.47,48). Caso semelhante aconteceu com o carcereiro de
Filipos que foi batizado em sua casa, logo após a sua conversão, junto com os
seus (At 16.32,33). O batismo de Lídia, vendedora de púrpura da cidade de
Tiatira, deu-se, provavelmente, num rio, mas isso não quer dizer que o mesmo
fosse por imersão, visto que foi Paulo ou Silas, ou mesmo Timóteo que a
batizou. Como Paulo era quem liderava, é muito improvável que ela tivesse
sido batizada por imersão, visto que ele o fora por aspersão. O batismo do
eunuco, oficial de Candace, rainha dos etíopes, registrado em At 8.36-39, foi
realizado ao pé de alguma água. As expressões ―eis aqui água‖, ―desceram à
água‖ e ―saíram da água‖, não são conclusivas no que se refere à imersão
porque também podem se referir a um poço artesiano, a uma cisterna, a um
córrego ou mesmo a um rio que não tivesse profundidade suficiente para
imergir alguém. Os batismos realizados em Samaria, registrados em At 8.12,
não dão nenhuma idéia de que foram por imersão ou aspersão. Podemos
inferir pelo que expomos acima, que os mesmos foram realizados por
aspersão, considerando que foram ministrados por um homem só e que eram
muitas as pessoas que foram batizadas.
h) A comissão do Senhor Jesus é para que o Evangelho seja pregado em todo
o mundo, às todas as pessoas, inclusive nas regiões desérticas onde não se
encontra água com facilidade e onde vivem os beduínos, e também nas
regiões geladas e até onde a água está em estado sólido (gelo) nos pólos onde
vivem os esquimós. Será que Deus na sua sapiência infinita iria dá uma ordem
a Igreja que não seria fácil executá-la no globo terrestre? (Considerem aí,
também, a questão da praticidade da aspersão).
i) Que dizer também de candidatos ao batismo em estado terminal nas UTI's ou
em casas, ou ainda pessoas com doenças graves de pele como lepra! Como
fazer para introduzi-lo num tanque ou levá-los para um rio ou para uma praia a
fim de realizar o batismo? Penso que os imersionistas iriam, nessa situação,
optar pela aspersão para resolver o problema ou então não batizá-los,
infringindo assim a ordem do Senhor da Igreja que mandou que os que
cressem fossem batizados.
Há ainda aqueles que batizam crianças, mas essa maneira de pensar é
errônea, pois, não se encontra no Novo Testamento nenhum texto que
explicitamente corrobore essa maneira de agir. O batismo é para os que crêem,
e uma criança recém nascida ainda não tem a capacidade de expressar a sua
fé. ―De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua
palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas‖ At 2.41.
b) Ceia Memorial
Os salvos devem se reunir periodicamente para celebrar a Ceia do Senhor, que
é o símbolo memorial da morte redentora do Salvador – ―Porque eu recebi do
SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi
traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto
é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que
beberdes, em memória de mim‖ 1 Co 11.23-25 (Veja ainda Mt 26.26-29; Mc
14.22-25; Lc 22.19-20).
Veja o texto a seguir da pena deste autor:
O nosso Senhor Jesus na noite em que foi traído instituiu a Ceia Memorial, logo
após celebrar a páscoa judaica. Os registros bíblicos sobre a instituição e
celebração da Ceia encontram-se nos evangelhos sinóticos (Mateus 26.26-30;
Marcos 14.22-26; Lucas 22.14-20) e na primeira carta de Paulo aos Coríntios
11.23-32.
Na instituição da Ceia, o Senhor Jesus utilizou-se de dois elementos que
estavam presente na celebração da páscoa: o pão e o vinho. Ao tomar o pão o
Senhor Jesus deu graças e o partiu entregando-o aos discípulos dizendo esta
celebre expressão: ―Tomai e comei isto é o meu corpo fazei isto em memória
de mim. Logo após comerem o pão, o Senhor tomou o vinho e disse aos seus
discípulos: Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da nova
aliança que é derramado em favor de muitos‖. O pão e o vinho quando da
celebração da Ceia adquirem uma representatividade: o pão representa o
corpo do Senhor Jesus que foi supliciado na cruz do Calvário e o vinho
representa o Seu precioso sangue que foi derramado para a eterna redenção
dos escolhidos de Deus e para a contínua purificação de seus pecados.
Aos ministros do Senhor, devidamente credenciados, foi dada a autorização
para celebrarem a Ceia do Senhor.
Só os crentes em Cristo, batizados com água em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo, e que estejam em comunhão com Deus e com a Igreja que
pertence, é podem participar da Ceia.
À Igreja Deus deu autoridade para determinar a periodicidade da celebração da
Ceia do Senhor. Nós, como Igreja organizada que somos, determinamos que
essa celebração deve ser realizada, a priori, no primeiro domingo de cada mês.
Há uma controvérsia no meio teológico quanto à celebração da Ceia no que se
refere à expressão ―isto é o meu corpo‖ e ―isto é o meu sangue‖. A Igreja
Católica ensina que quando da consagração dos elementos pão e vinho, eles
se transformam, respectivamente, no corpo e no sangue de Cristo
(Transubstanciação). A Igreja Luterana ensina que a presença real de Cristo
está nestes dois elementos depois de consagrados, mas o pão continua sendo
pão e o vinho continua sendo vinho (Consubstanciação). Um segmento das
Igrejas Reformadas segue o pensamento Calvinista que ensina que Cristo está
presente espiritualmente nos elementos pão e vinho. Outras Igrejas
Reformadas, inclusive a nossa, seguem o pensamento de Zwinglio, reformador
suíço, que ensina que a Ceia é o símbolo memorial da morte redentora de
Cristo, isto quer dizer que o pão e o vinho não se transformam no corpo e no
sangue de Cristo como pregam os católicos, nem que a presença real nem
espiritual de Cristo está nos elementos como ensinam os luteranos e um
segmento das Igrejas reformadas e sim que a Ceia, em sua totalidade, é o
grande símbolo memorial da obra redentora do Salvador. A argumentação de
Zwinglio foi baseada na expressão ―em memória de mim‖ e que se é em
memória, dizia Zwinglio, a pessoa do Redentor não estaria presente nos
elementos da Ceia e muito menos em sua transformação no corpo e no sangue
de Cristo, visto que o Senhor está nos céus, à direita de Deus.
Ainda quanto à participação dos crentes na Ceia do Senhor os mesmos devem
fazê-lo com a compreensão correta do seu significado e com a consciência
tranqüila. O apóstolo Paulo ensina que participar da Ceia dignamente traz
benção para a vida do crente e que participar indignamente traz juízo de Deus.
Nenhum crente deve se privar da Ceia exceto se estiver sob disciplina da
Igreja, pois ela é uma ordenança do Senhor Jesus.
9) A Disciplina na Igreja
Considerando que a Igreja na sua expressão local é uma instituição divina o
Senhor outorgou para a ela o poder de julgar e disciplinar os seus membros
faltosos. ―E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a
igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo
o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu‖ Mt 18.17,18 (Veja ainda 1 Co 5.1,2; 6.1-5) .
A disciplina na Igreja divide-se em três formas de ser:
a) Formativa (aconselhamento através das Sagradas Escrituras)
b) Corretiva (Suspensão dos direitos de um membro por causa de pecado na
vida)
c) Cirúrgica (exclusão definitiva do membro motivada por apostasia ou por
insubordinação as determinações da Igreja)
(Toda disciplina aplicada pela Igreja tem como objetivo maior a restauração do
indivíduo).
1) Etimologia
A palavra escatologia é composta de duas palavras de origem grega (escathos)
que significa últimas coisas e logos (logia) que significa estudo, tratado.
2) Conceito
A Escatologia é a parte da Teologia Sistemática que estuda a doutrina das
últimas coisas.
3) Divisão da Escatologia
a) Escatologia individual (conceito)
É a parte da Escatologia que trata do futuro do indivíduo no que se refere a seu
aspecto espiritual.
b) Temas contemplados
1 - A morte
A morte é o primeiro tema da Escatologia Individual. Deus, ao criar o homem,
deu-lhe uma ordem de que poderia comer de todos os frutos das árvores do
Jardim do Édem menos o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Disse ainda Deus que se o homem comesse desse fruto certamente morreria
(Gn 2.15-17). Enganado pelo diabo o homem comeu do fruto proibido, pecando
contra Deus, desobedecendo a Sua ordem e atraindo sobre si e sobre todos os
seus descendentes a morte como conseqüência do seu pecado (Gn 3.1-24).
Mais tarde escrevendo aos Romanos o apóstolo Paulo disse que por um
homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e que essa morte
passou a todos os homens porque todos pecaram em Adão. (Rm 5.12). Disse
ainda Paulo que ―O salário do pecado é a morte‖ Rm 6.23. A morte na
perspectiva bíblica tem três dimensões, a saber: a morte espiritual, a morte
física, e a morte eterna. Todas as pessoas que nascem, por causa do pecado,
já nascem mortas espiritualmente. Veja Romanos 5.12. A morte física é uma
experiência que dispensa comentários, porque está no cotidiano da vida do
homem. A morte eterna dar-se-á quando o homem morre fisicamente estando
afastado espiritualmente de Deus.
A morte, sua natureza: a) Morte Física - separação da parte material da parte
espiritual do homem – ―E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a
Deus, que o deu‖ Ec 12.7 (Veja ainda Gn 3.19; 35.18; Hb 9.27;Tg 2.26); b)
Morte Espiritual - separação do homem de Deus – ―Estando nós ainda mortos
em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois
salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares
celestiais, em Cristo Jesus; Porque, assim como todos morrem em Adão, assim
também todos serão vivificados em Cristo‖ Ef 2.5,6 (Veja ainda Ef 2.1,2,5; Jo
5.24,25; Mt 8.21,22;); c) Morte Eterna - eterna separação do homem de Deus –
―Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos‖ Mt 25.41
(Veja ainda Dn 12.2; Mt 25.46; 2 Ts 1.9; Ap 20.6,14; 21.8;...).
A morte, seus efeitos – Para os salvos a morte é uma bem-aventurança, uma
preciosidade, uma felicidade – ―Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos
seus santos‖ Sl 116.15 (Veja ainda Lc 23.42,43; 16.22; Fp 1.23; Ap 14.13).
Para os perdidos a morte é uma tragédia, uma penalidade, um inimigo – ―Os
ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de
Deus‖ Sl 9.17 (Veja ainda Mt 25.41,46; Lc 16.22-24; 2 Ts 1.9; Hb 9.27).
2 - O Estado Intermediário
O Estado Intermediário é o segundo e último tema tratado pela Escatologia
Individual, e é o estado que o individuo experimentará no período de tempo
entre a sua morte física e a sua ressurreição corporal. Por causa da escassez
de material bíblico surgiram diversas heresias quanto ao assunto: o sono da
alma, o purgatório, a teoria do aniquilamento, etc, mas o material bíblico
existente nos dá uma idéia clara desse assunto. Por ocasião da morte física, a
parte espiritual do homem (alma ou espírito) se projetará na eternidade e será
recolhida em um dos dois lugares distintos no outro lado da vida onde
subsistirão até o dia da ressurreição dos seus corpos: uns descansarão no
paraíso na presença de Deus e outros sofrerão num lugar afastado de Deus.
Na parábola do Rico e Lázaro proferida por nosso Senhor Jesus Cristo (Lucas
16.19-31), encontramos a revelação dos estados das almas no Estado
Intermediário, e que essas almas em estado de consciência, estão sofrendo (o
ímpio ou o descrente) (Lc 16.23,24,27,28,30) ou gozando (o justo ou o crente
em Cristo) (Lc 16.25). (Em relação ao estado intermediário dos salvos leia
ainda Hb 12.23 e Ap 6.9—11), aguardando o grande dia da Segunda Vinda do
Senhor quando ressuscitarão para comparecerem diante de Deus (os salvos
para serem galardoados e os ímpios para serem julgados e definitivamente
condenados) e definidamente irem para o lugar reservado para elas (Céu ou
Inferno). Diz ainda a Bíblia que esses estados no Estado Intermediário são
definidos não havendo possibilidade de ser alterados. Isto quer dizem que
quem partir deste mundo salvo, salvo continuará nele. Quem partir perdido,
perdido continuará até o julgamento final.
- Concepções do Estado Intermediário (O Sono da Alma - Interpretação literal
dos textos: Jo 11.11,14; At 7.60; 1 Co 15.6,18,20,51; 1 Ts 4.13-15. O
Purgatório - Doutrina romanista baseada nos textos: 2 Macabeus 12.43-45; Mt
12.32; 1 Co 3.15. Sobrevivência Desencarnada - Doutrina protestante baseada
nos textos: Sl 16.10; Mt 16.18,19; Lc 16.19-31; 23.43; At 2.31; 2 Co 5.1-10; Fp
1.9-26; Ap 6.9-11).
c) Escatologia Geral ou Cósmica (conceito)
É aquela parte da Escatologia que trata do futuro da humanidade em geral ou
do programa de Deus para humanidade relacionada às últimas coisas.
d) Temas contemplados
1 - A Segunda Vinda do Senhor
A Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo é, dentro dos eventos
escatológicos, o mais bem documentado do Novo Testamento. Em quase
todos os livros dessa porção das Escrituras temos pelos menos um registro
desse glorioso evento. Três palavras foram usadas pelos escritores do Novo
Testamento quando faziam referência a Segunda Vinda do Senhor: Parousia(1
Ts 3.13; 4.15; ...) que tem o sentido transliterado de presença, vinda,
chegada; Apocalipse(1 Co 1.7; 2 Ts 1.6,7; 1 Pe 4.13; ...) que significa revelar,
trazer à luz aquilo que estava oculto; e Epifania (1 Tm 6.14; 2 Tm 4.8; Tt
2.13,14; ...) que significa aparecimento.O Senhor Jesus, ao longo de seu
ministério terreno, já vinha profetizando que depois que realizasse a obra
redentora e voltasse ao Pai, aos Céus, voltaria a este mundo para buscar a
Sua Igreja, que resgatara com o Seu precioso sangue. Em João 14.2,
encontramos uma dessas profecias: "E, quando eu for e vos preparar lugar,
virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver,
estejais vós também".A segunda vinda do Senhor é o próximo grande evento
escatológico tendo como conseqüência imediata o Arrebatamento da Igreja. O
apóstolo Paulo escrevendo aos Tessalonicenses explica como acontecerá esse
tão esperado evento: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e
com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor" 1 Ts 4.16,17. A segunda vinda do
Senhor Jesus tem algumas características que precisam ser conhecidas de
todos: A primeira delas, é que será uma vinda pessoal. O texto de
Tessalonicenses diz que o Senhor mesmo descerá dos céus. Em Atos 1.11
encontramos dois anjos dizendo aos discípulos do Senhor: "Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o
vistes ir". A segunda característica é que será uma vinda física e,
conseqüentemente, visível, ou seja, o Senhor Jesus voltará com o corpo que
ressuscitou dos mortos, dando ensejo para que todos O possam ver: "Eis que
vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o transpassaram;
..." Ap 1.7. "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as
tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens
do céu,..." Mt 24.30. A terceira característica é que será uma vinda gloriosa.
Jesus veio a primeira vez em humilhação, mas virá a segunda vez com poder e
grande glória. "... e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória" Mt 24.30. " E, quando o Filho do Homem vier em
sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da
sua glória" Mt 25.31.Quanto à data da Segunda Vinda não nos foi revelado
nem pelo Senhor nem pelos Seus apóstolos. O Senhor Jesus disse que
daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos nem o próprio Filho como
homem sabia (Mt 24.36; 25.13; ...). É uma data da exclusiva competência de
Deus. A Igreja não está autorizada a marcar a data da Segunda Vinda do
Senhor. Todos que se aventuraram a datar esse grandioso evento ficaram
decepcionados, pois entraram numa área que não lhes competia e sim a
Deus.Quando a época da Segunda Vinda, em relação ao período tribulacional,
existem pelos menos três posições escatológicas: O Pré-Tribulacionismo que
ensina que a Segunda Vinda do Senhor, e o conseqüente Arrebatamento da
Igreja, ocorrerão antes do estabelecimento da Grande Tribulação. O Meso -
Tribulacionalismo que prega que a Segunda Vinda do Senhor e o conseqüente
Arrebatamento, ocorrerão no meio do período tribulacional e o Pós –
Tribulacionismo que ensina que a Segunda Vinda do Senhor ocorrerá logo
após a Grande Tribulação.Amados irmãos, a segunda vinda do Senhor Jesus é
certa, preparemo-nos, portanto, para esse grande evento a fim de sermos
achados por Ele em paz e em santidade.
· Alguns sinais que indicam as proximidades da Segunda Vinda: a multiplicação
da ciência – ―E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do
tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se
multiplicará‖ Dn 12.4; a multiplicação da iniqüidade – ―E, por se multiplicar a
iniqüidade, o amor de muitos esfriará‖ Mt 24.12 (Veja ainda Mt 24.37-39; 2 Tm
3.1-9; 1 Pe 3.20); a apostasia e a manifestação do Anticristo – ―Ninguém de
maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a
apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição‖ 2 Ts 2.3
(Veja ainda Mt 24.12; 2 Ts 2.1-12; 1 Tm 4.1; Ap 6.2); a grande tribulação –
―Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem
abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão
abreviados aqueles dias‖ Mt 24.21,22 (Veja ainda Dn 12.1; Mc 13.19,20; Lc
21.25,26; Ap 6.1–19.10).
· Como será a Segunda Vinda do Senhor: Pessoal – ―E quando eu for, e vos
preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde
eu estiver estejais vós também‖ Jo 14.3 (Veja ainda Mt 24.30; 1 Ts 4.16; Ap
1.7); Física/Visível – ―Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais
olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu,
há de vir assim como para o céu o vistes ir‖ At 1.11 (Veja ainda Mt 24.30; Ap
1.7; Gloriosa – ―Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as
tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória‖ Mt 24.30 (Veja ainda Mt 25.31; Mc
13.26; Lc 21.27; 2 Ts 1.10; Ap 19.11-16).
· O Propósito da Segunda vinda: Cumprir a palavra profética – ―Eu estava
olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um
como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até
ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos,
nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não
passará, e o seu reino tal, que não será destruído‖ Dn 7.13,14 (Veja ainda Dn
2.34,35,44; 12.4; Mt 24.35); Buscar a Igreja – Jo 14.3; 1 Ts 4.17; 2 Ts
2.1; Julgar o mundo ímpio – ―Para que sejam julgados todos os que não creram
a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade‖ 2 Ts 2.12 (Veja ainda Mt 24.31-
46; At 17.30,31; Ap 20.11-15); Estabelecer o reino eterno – ―E o sétimo anjo
tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do
mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo
o sempre‖ Ap 11.15 (Veja ainda Dn 2.34,35,44,45; 7.13,14; Ap 19.6).
2 - A Segunda Vinda de Jesus na Visão Dispensacionalista
6 - O Milênio
O quarto tema a ser tratado no programa escatológico de Deus, segundo as
Escrituras, é o Reino Milenar ou o Milênio. Os profetas antigos previram um
tempo em que Deus iria implantar um reino, através de um representante seu
onde imperasse a paz, a justiça e a prosperidade (Isaías 11; Dn 2.44;
7.13,14,27;....). Esse representante seria da casa real de Davi – o Messias.
―Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu
trono será firme para sempre‖ 2 Sm 7.16. Esse reino iria submeter todos os
reinos do mundo, que passariam para o seu controle. ―Mas, nos dias destes
reis, o Deus do céu, levantará um reino que não será jamais destruído; e este
reino não passará a outro povo, esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e
será estabelecido para sempre‖ Dn 2.44 (Veja ainda Dn 7.13,14, 27). Devido à
reiterada ênfase nesse reino nos escritos do Antigo Testamento, na época em
que Jesus viveu neste mundo havia uma expectativa muito grande, por parte
dos judeus, quanto à sua implantação. ―Aqueles, pois, que se haviam reunido
perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a
Israel?‖ Atos 1.6.
A expressão Milênio foi tirada do texto de Apocalipse 20.1-4, onde há uma
referência a um reino de mil anos, onde são mencionados os salvos ou a Igreja
e Cristo, o Rei.Os estudiosos bíblicos se dividem quanto à interpretação do
Milênio, havendo três escolas de interpretação: 1) Existem aqueles que
interpretam o Milênio como um reino literal, cuja capital será Jerusalém e que o
rei Jesus governará o mundo com a Igreja e que esse reino durará mil anos.
Acreditam, eles, que a segunda vinda de Cristo inaugurará o Reino Milenial –
são os pré-milenistas; 2) Outros entendem que o Milênio não é
necessariamente um período de mil anos e sim um período de tempo
indeterminado em que as instituições sociais do mundo inteiro serão
melhoradas, graças à poderosa ação do Evangelho, trazendo para o mundo
um período de paz, justiça e prosperidade nunca visto, e que a segunda vinda
do Senhor dar-se-á logo após esse período – são os pós-milenistas; Outros
entendem que a mensagem do livro de Apocalipse é apresentada de forma
simbólica, portanto, não se pode entender o Milênio como um reino literal e sim
de natureza espiritual, símbolo da vida perfeita dos crentes nos céus. Esse
grupo diz ainda que o Milênio é o símbolo do reino de Cristo no coração dos
crentes, fazendo-os gozar de paz com Deus, alegria e felicidade plena – são os
amilenistas. Considerando que a mensagem do livro de Apocalipse nos é
apresentada de forma simbólica, e que a única referência a um reino de mil
anos se encontra nele, é melhor optar pela linha amilenista por uma questão
básica de coerência na interpretação desse precioso livro. Com isso
descartamos a idéia de um milênio literal bem como a idéia de um milênio
produzido pela pregação do Evangelho, tendo em vista que a Bíblia nos diz
que, na medida em que se aproxima o fim de todas as coisas, o mundo piorará.
Deve-se considerar, também, que uma opção literal do Milênio tem que se
pensar nesse reino também para o estado israelita da atualidade, o que é
incoerente dentro do esquema geral das Escrituras, que contempla os
remanescentes judeus com as bênçãos celestiais no programa geral da Igreja,
que é formada de judeus e gentios.
As teorias Milenistas em relação à Segunda Vinda do Senhor:
· Pré-milenismo Histórico - A Segunda Vinda do Senhor dará ocasião ao
estabelecimento do Reino Milenar. O Milênio é considerado um reino político
onde Cristo governará o mundo durante um período de 1.000 anos. Nesse
reino a Igreja governará com Cristo e será um período de paz, prosperidade e
justiça. Os Pré-Milenistas Históricos são Pós-Tribulacionistas, acreditam que a
Igreja passará pela Grande Tribulação sendo preservada pelo Senhor nela.
· Pré-milenismo Dispensacional - O Milênio é considerado um período
dispensacional de 1.000 anos literais. A Segunda Vinda do Senhor acontecerá
antes dele, ou melhor, dará ocasião ao seu estabelecimento. Nesse reino
haverá uma distinção entre a Igreja, a nação de Israel e o mundo gentílico. O
Senhor Jesus governará o mundo como rei messiânico prometido a nação de
Israel, como príncipe da casa real de Davi.
· Pós-milenismo - A Segunda Vinda do Senhor dar-se-á no final do Milênio. O
Milênio nessa linha de pensamento não é um reino literal e sim um período
áureo de paz, prosperidade e justiça que o mundo experimentará por causa da
expansão do Evangelho. Não é considerado um período de 1.000 anos literais.
· Amilenismo - Não existe um Milênio literal. O Milênio é símbolo da vida
perfeita dos crentes nos Céus e ainda é símbolo da vida eterna que o crente
goza em Cristo neste mundo, assentado nos lugares celestiais, objeto de todas
as bênçãos de natureza espiritual.
7 - O Juízo Final
O Juízo Final é o sexto tema a ser tratado no programa escatológico de Deus,
segundo as Sagradas Escrituras. A Bíblia Sagrada nos revela que na
consumação de todas as coisas o ser humano, todos eles, exceto a Igreja, irão
se apresentar diante de Deus para dar conta de sua mordomia (suas ações,
suas palavras, seus bens, enfim, de sua vida). ―E vi um grande trono branco, e
o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não
se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam
diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e
os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros,
segundo as suas obras‖ Ap 20.11,12. (Veja ainda At 17.30,31). A primeira coisa
a ser considerada no estudo deste tema é que Deus, por ser o criador do
homem, tem o direito de exigir dele a responsabilidade pelos seus atos
praticados nesta vida. A segunda coisa é que o ser humano, como criatura que
é, é moralmente responsável pelos seus atos diante de Deus e deles dará
contas no dia do Juízo Final. A doutrina do juízo final é embasada tanto pelas
Escrituras do Antigo como do Novo Testamento (Sl 96.13; 98.9; Ec 3.17;...; At
17.31; Rm 2.16; 2 Ts 2.12; 1 Pe 4.5; Ap 11.18;...), sendo, portanto, uma
doutrina bastante consolidada, dada à abundância de material bíblico. No Juízo
Final todos os seres humanos que serão julgados terão corpos especiais
capazes de suportar o castigo ou punição que será distribuído por Deus. ―E
muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e desprezo eterno‖ Dn 12.2. ―porque vêm à hora em que
todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem
sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição
da condenação‖ Jo 5.28,29. No Julgamento Final o Juiz será o Senhor Jesus
Cristo. ―Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o
mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos,
ressuscitando-o dos mortos‖ At 17.31. A Igreja glorificada nos céus também
tomará parte nesse julgamento. ―Não sabeis vós que os santos hão de julgar o
mundo‖?... Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?... 1 Co 6.2,3. Os
julgados serão condenados e banidos para sempre da presença de Deus, indo
sofrer a punição eterna por causa do pecado, no inferno, lugar de sofrimento e
dor. ―Os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e
a glória do seu poder‖ 2 Ts 1.9. ―Os ímpios serão lançados no inferno e todas
as gentes que se esquecem de Deus‖ Sl 9.17. Satanás e seus anjos serão,
também, julgados no dia do Juízo Final, e serão lançados no inferno, que foi
preparado para eles. ―Então dirá também aos que estiverem a sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e
seus anjos‖ Mt 25.41. Tratando-se dos salvos, os seus pecados já foram
julgados em Cristo na cruz do Calvário, sendo os mesmos perdoados e
justificados pelos méritos do Salvador, não havendo mais condenação para
eles. ―Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito‖ Rm 8.1.
Segundo a Bíblia, o único julgamento dos crentes é o referente à distribuição
de galardões pelo serviço prestado ao Senhor (Rm 14.10; 1 Co 3.13,14; 15.58;
2 Co 5.10).
O Juízo Final é a grande ocasião pública quando o mundo inteiro estará
reunido na presença de Deus (O Senhor Jesus Cristo) e o destino final de cada
indivíduo será pronunciado publicamente pelo Supremo Juiz.
· A doutrina confirmada no Antigo Testamento e no Novo Testamento – ―De
tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus
mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. (Eclesiastes 12:14) -
Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto,
quer seja bom, quer seja mau‖ Ec 12.13,14 (Veja ainda Gn 18.25; 1 Cr 16.33;
Sl 9.8; 96.13; 67.4; 98.9; Ec 3.17...); ―Porquanto tem determinado um dia em
que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e
disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos‖ At 17.31 (Veja
ainda Jo 5.22; Rm 2.16; 3.6; 2 Ts 1.9; 2 Tm 4.1; Hb 9.27; Ap 11.18;
20.4,11,12;...).
· O Propósito do Juízo Final (Vindicar a justiça de Deus e promover a Sua
glória) – ―Mas o SENHOR está assentado perpetuamente; já preparou o seu
tribunal para julgar. Ele mesmo julgará o mundo com justiça; exercerá juízo
sobre povos com retidão‖ Sl 9.7,8; (Veja ainda Sl 115.1; Ap 4.11;...).
· O juiz (o Senhor Jesus Cristo) – ―E nos mandou pregar ao povo, e testificar
que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos‖ At 10.42
(Veja ainda Mt 25.31,32; Jo 5.21-23,26,27; At 17.30,31; Fp 2.9-11; 2 Tm 4.1).
· Quem será julgado
Os Perdidos – ―E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se
manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como
labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que
não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo‖ 2 Ts 7,8 (Veja
ainda Mt 25.31-33,41; Ap 20.15); Os anjos caídos – ―Não sabeis vós que
havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?‖
1 Co 6.3 (Veja ainda Mt 25.41; 1 Co 6.31; Pe 2.4; Ap 20.10).
· Quando será o Julgamento
Na consumação da atual dispensação – ―E a vós, que sois atribulados,
descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os
anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não
conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo‖ 2 Ts 7,8 (Veja ainda Ap 20.7-15).
- O Julgamento da Igreja - nos céus durante o período tribulacional – na visão
pré-tribulacionista; por ocasião do juízo final – na visão amilenista.
É a grande ocasião em que a Igreja será recompensada por causa de suas
obras realizadas durante sua existência. ―Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou
tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer
ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que
todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira
que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus‖ Rm 14.10-12 (Veja ainda
Mt 25.21; Lc 12.47,48; 1 Co 3.13; 2 Co 5.10; Hb 10.30; Ap 20.12).
8 - A Ressurreição Corporal
No programa divino está previsto que os mortos, tanto os salvos como os
perdidos, ressuscitarão, os primeiros com corpos glorificados e os outros com
corpos especiais, para puderem usufruir plenamente do gozo eterno ou
suportar o juízo eterno, respectivamente. O ser humano foi constituído por
Deus de uma parte material (o seu corpo) e uma parte imaterial (a sua alma
chamada também de espírito). ―Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó
da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser
alma vivente‖ Gn 2.7. O pecado de nossos primeiros pais atingiu a alma e o
corpo do ser humano. Tanto um como o outro sofreram as conseqüências do
pecado de Adão. ―Por um homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a
morte; e a morte passou a todos os homens porque todos pecaram‖ Rm 5.12.
Ainda segundo o plano eterno de Deus, o homem integral (corpo e alma ou
espírito) é responsável pelos seus atos morais praticados durante a sua
existência neste mundo, gozando plenamente das bênçãos do Evangelho ou
padecendo plenamente longe de Deus, no Estado Eterno, dependendo de sua
decisão neste mundo de aceitar a Cristo como Salvador e Senhor de sua vida.
O Evangelho promete para o homem além da salvação de sua alma a
ressurreição do seu corpo, glorificado, quando do segundo advento de Cristo.
―Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do
arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro‖ 1 Ts 4.16. Escrevendo aos Coríntios em sua
primeira carta, o apóstolo Paulo discorreu num longo capítulo sobre a
ressurreição dos crentes falecidos com corpos glorificados (1 Co 15.1-58).
Escrevendo aos Filipenses Paulo disse que o corpo dos crentes será
transformado num corpo semelhante ao corpo de Cristo quando ressuscitou
dos mortos, com as mesmas propriedades (Fp 3.20,21).A doutrina da
ressurreição tem respaldo tanto no antigo como no Novo Testamento. No
Antigo Testamento encontramos o profeta Daniel dizendo sobre o assunto:
―Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e horror eterno‖ Dn 12.2. No Novo Testamento o
Salvador disse, num de seus sermões o seguinte: ―Não vos maravilheis disto,
porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua
voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que
tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo‖ Jo 5.28,29. Paulo explora
profundamente o tema na sua primeira carta aos Coríntios, inclusive, dizendo
que os crentes que estiverem vivos no dia da Segunda Vinda do Senhor, terão
os seus corpos mortais revestidos de imortalidade, ou glorificados. Isto quer
dizer que tanto os mortos salvos ressuscitados como os salvos que estiverem
vivos terão corpos glorificados, semelhantes. Quanto aos mortos que não são
salvos, ressuscitarão também com corpos especiais, capazes de suportar o
juízo divino, e com esses corpos sofrerão eternamente. Falando sobre o juízo
final, o autor de Apocalipse assim se expressou: ―O restante dos mortos não
reviveram até que se completassem os mil anos... ‖ Ap 20.5. Veja ainda o que
Daniel falou e o que também falou o Senhor Jesus no parágrafo anterior.
· A doutrina no Antigo Testamento e no Novo Testamento – ―E muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para
vergonha e desprezo eterno‖ Dn 12.2 (Veja ainda Sl 16.10; Is 26.19; Dn
12.2;…). ―Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento;
mas serão como os anjos de Deus no céu‖ Mt 22.30 (Veja ainda Lc 14.14; Jo
5.28,29; 6.40; 11.24; At 23.6; 24.15-21; 1 Co 15.1-57; Hb 6.2; Ap 20.5).
· A Ressurreição dos justos (corpos glorificados) – ―Porque o mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro‖ 1 Ts 4.16 (Veja ainda Dn
12.2; Jo 5.28,29; At 24.15; 1 Co 15.35-49; Fp 3.20,21; Ap 20.4,6).
· A Ressurreição dos ímpios (corpos especiais - subtendido) – ―E os que
fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para
a ressurreição da condenação‖ Jo 5.29 (Veja ainda Dn 12.2; At 24.15; Ap 20.5
· O tempo da Ressurreição - (As duas ao mesmo tempo – na visão amilenista;
Separada uma da outra por 1.000 anos – na visão pré-milenista).
9 - O Estado Eterno
O último tema a ser tratado na Escatologia Geral é o Estado Eterno, ou seja, a
consumação de todas as coisas, quando tudo será definido e continuará
permanentemente sem alteração. O plano eterno de Deus em relação as suas
criaturas morais tem início meio e fim. A execução do plano começou quando
da criação dos seres morais - anjos e homens, e continuará até a consumação
no futuro, numa época já definida pelo Todo-Poderoso. Esse Estado Eterno
envolve os seres morais (anjos e homens) e, evidentemente, a santíssima
Trindade. Esse período se instalará logo após o Juízo Final, depois que o
Senhor julgar os seres humanos e os anjos. A Bíblia Sagrada nos fala deste
assunto nestes termos: ―Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a
Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e
força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo
de seus pés. Ora o último inimigo que a de ser aniquilado é a morte. Porque
todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas quando diz que todas as
coisas lhe estão sujeitas claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou
todas as coisas. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então
também o mesmo Filho se sujeitará aquele que todas as coisas lhe sujeitou,
para que Deus seja tudo em todos‖ 1 Co 15.24-28. A Bíblia diz que quando da
consumação de todas as coisas os crentes com seus corpos glorificados
estarão para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17), gozando plenamente da
beatitude eterna, daquelas coisas preparadas por Deus para eles antes da
fundação do mundo (1 Co 2.9). Diz ainda a Bíblia Sagrada que os descrentes
padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e da glória do seu poder (2
Ts 1.9). Dos anjos diz a Bíblia que após o julgamento final o Diabo e seus anjos
serão lançados no inferno quando, junto com os ímpios, e serão atormentados
para todo o sempre (Ap 20.10). Este mundo como nós o conhecemos será
destruído (purificado) por fogo e Deus reorganizará as coisas criando novos
céus e nova terra. ―Mas o céu e a terra que agora existem pela mesma palavra
se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da
perdição dos homens ímpios... Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de
noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos,
ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, se queimarão...
Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus,
em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão. Mas nós, segundo
a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra em que habita a justiça‖
2 Pe 3.7-13. No livro de Apocalipse (21.1-4) nos é dito o seguinte: ―E vi um
novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra
passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada
para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o
seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus
limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem prato,
nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas‖.
. O Estado Eterno dos Salvos (os crentes com seus corpos glorificados estarão
para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17), gozando plenamente da beatitude
eterna, daquelas coisas preparadas por Deus para eles antes da fundação do
mundo (1 Co 2.9).
. O Estado Eterno dos Perdidos – (os descrentes padecerão eterna perdição,
ante a face do Senhor e da glória do seu poder - 2 Ts 1.9).
. O Estado Eterno dos Anjos Maus (a Bíblia diz que após o julgamento final o
Diabo e seus anjos serão lançados no inferno quando, junto com os ímpios, e
serão atormentados para todo o sempre (Ap 20.10).
Conclusão
Procuramos neste trabalho abordar toda a Teologia Sistemática de forma
sintetizada para ajudar ao leitor a conhecer a doutrina cristã em sua forma
organizada. O assunto foi exposto conforme o encadeamento identificado em
praticamente todos os livros de Teologia Sistemática.
Essa visão panorâmica da Teologia Sistemática deve ajudar aos iniciados na fé
cristã e também aqueles que já caminham a mais tempo na jornada da vida
cristã a darem uma resposta positiva aqueles que venham a indagar da
esperança que há no coração do cristão.
Na nossa avaliação a Igreja da atualidade está sofrendo de inanição doutrinária
devido aos nossos púlpitos, com rara exceção, não estarem mais preocupados
em ministrar todo o conselho de Deus, conforme fazia Paulo em suas viagens
missionárias.
Os profetas da atualidade estão mais preocupados em trazer mensagens que
agradem ao auditório, que satisfaçam as emoções e os sentimentos das
pessoas e que prometam o atendimento das suas necessidades materiais.
Desprezando a doutrina, o pregador cai no erro que tão bem foi identificado em
sua época por Charles Spurgeon (século dezenove), famoso pregador batista
que parafraseamos a seguir: Estamos com as nossas pregações divertindo os
bodes ou alimentando as ovelhas?
Muitos pregadores da atualidade principalmente aquele que ministram no
contexto neopentecostal estão sistematicamente bombardeando o saber
teológico alegando que o mesmo é estéril, não produz vida, etc, mas o tempo
dirá se eles estão construindo o edifício em sólido fundamento ou se em areia
movediça.
Uma igreja para ser considerada evangélica deve ter um perfil conforme
delineado nas Sagradas Escrituras, sendo um dos requisitos desse perfil a
perseverança na doutrina apostólica (At 2.42). Não tendo esse fundamento
cedo ou tarde ela vai descambar para a apostasia. Este trabalho visa ajudar a
evitar esse mal no meio do povo de Deus.
Queira o bondoso Deus utilizar este pequeno trabalho para a sua glória e
benção de sua Igreja.
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