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A Flor e os Espinhos

Na vida, às vezes, precisamos tanto da be-

leza e da delicadeza das flores quanto da segu-

rança e da proteção dos espinhos.


Andressa Mueller

Ilustradora, de-

senhista e meio bruxa,

nasceu com lápis-de-

-cor e papel na mão.

Devoradora de livros

de histórias, ficção e roman-

ces. Amante de gatinhos e

motoqueira selvagem, algu-

mas vezes também arranha

o violino.

Atualmente estuda Ar-

quitetura e Urbanismo.
Carlos G. Steigleder Carlos Geovane Steigleder
Andressa Mueller

Educador, escritor e conta-

dor de histórias.

É um Apaixonado pelos livros A Flor e os Espinhos


e pelo saber, considerando-se um

eterno aprendente.

os Seus escritos concen-

tram-se na área da literatu-

ra infantil e da espiritualida-

de.

acredita que uma boa

história tem o poder de tocar e


Sapiranga-RS
transformar as pessoas.
2018
carlossteigleder@ig.com.br
www.carlossteigleder.com.br
www.mundodasletrinhas-livraria.com
Fone: 51 996288148

Editoração & Diagramação


Carlos G. Steigleder

Revisão
Sandra Land

Capa & Ilustrações


Andressa Mueller

S818h Steigleder, Carlos Geovane.


A Flor e os Espinhos / Carlos Geovane
Steigleder; [ilustrações Andressa Muel-
ler] - 1. ed. - Sapiranga: mundo das letri-
nhas; 2018. 24p.

ISBN: 978-65-80333-19-6

1. Literatura infanto-juvenil brasileira.


I. Título.

CDU 869.0(81)-93
Não dá pra acreditar

Na cegueira daquela flor,

Não vendo que os espinhos,

Ao causarem tanta dor,

Outra coisa não faziam

Que proteger o seu amor! “Se alguém te feriu, desculpa e esquece, lem-
brando que o espinho dilacera por não possuir

a contextura da flor!”

Chico Xavier / Emmanuel


Encontrei pelo caminho,

Num dia de sol e cor,

Bem no meio dos espinhos

A mais bela e meiga flor.

Assim que ela me viu

Foi gritando: “Hei, Senhor!”


Atendendo ao seu pedido,

Eu lhe darei ao meu amor,

Mas lamento uma coisa

Que pra vocês vou expor:

A tristeza dos espinhos

Sem a presença da flor...


“Venha aqui um instante,

Eu imploro, por favor!”

Atendi de imediato

Correndo até a flor.

Em seguida lhe falei:

“- Eu estou ao seu dispor.”


Entristecido, chorei

Pelo destino da flor

Que sonhando em ser livre

Só encontrou amargor...

Em um vaso coloquei-a

Pra manter o seu fulgor.


“Salva-me destes espinhos,

Não aguento mais de dor.

Leva-me deste lugar

Para onde você for

E dá-me como presente

Para o seu grande amor.”


Contudo, em minhas mãos

Foi perdendo o seu calor,

A vida se extinguindo

Num último estridor

Sem movimento nenhum

Mais nada disse a flor.


De que forma dizer não

À doce e linda flor?

Inclinei-me sobre ela

Sentindo o seu olor

E com calma e cuidado

Libertei a pobre flor...

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