A ALTA IDADE MÉDIA ORIENTAL
RIENTAL
V
CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
A divisão do império romano em 395 d.C. esta relaciona-
da a origem da civilização bizantina. O nome bizantino vem
de Bizâncio, antiga colônia grega localizada na porção ociden-
tal do estreito de Bósforo, região considerada entrada do oci-
dente. Já no período do declínio do império romano,
Constantinopla, era uma cidade cosmopolita e dinâmica, com
um mercado dinâmico que garantia a riqueza das elites locais.
Sua posição era estratégica: colocava-a na convergência das ro-
tas comerciais vindas do extremo oriente e ao mesmo tempo
a protegia.
Ao passo que o império desaparecia no ocidente, no final
do século V d. C., as províncias orientais mantinham a integri-
dade e permaneciam unidas em torno de Constantinopla. A
necessidade de defender essa parte do império e o ideal religi-
oso fizeram nascer a unidade em torno de um estado despó-
tico e teocrático no qual o poder era exercido pelo basileu.
Na primeira metade do século VI uma série de conquistas
territoriais, realizadas por Justiniano (527 – 565), recuperou a
idéia de império, no período reconhecido como idade de ouro
de Constantinopla.
Desde o inicio de seu governo, Justiniano tentou recupe-
rar os territórios europeus que haviam sido perdidos para os
povos invasores. No oriente, os bizantinos enfrentaram tro-
pas persas nos limites da Mesopotâmia. Com isso, no inicio
do século VI, o império bizantino acabou ocupando quase
toda orla do Mediterrâneo. Todavia, tais conquistas foram
efêmeras. Os francos e os árabes recuperaram rapidamente
seus territórios e reduziram o império de Justiniano aos limi-
tes de Constantinopla.
As campanhas militares freqüentes esgotavam os recursos
públicos do império e a solução encontrada pelo Estado foi
aumentar os impostos, algo que não agradou a maior parte da
população, que vivia em condições miseráveis. Da mesma for-
ma que em Roma, o Estado criou mecanismos para evitar
agitações sociais, através política do pão e circo. Nesse contex-
to, destacaram-se as corridas de cavalo, realizadas no hipódro-
mo.
Ampliando seus poderes, o imperador Justiniano conso-
lidou uma posição despótica e teocrática através do
cesaropapismo, exercendo o poder político com autoridade
também sobre a igreja, algo que se chocava com a autoridade
do papa.
A QUESTÃO RELIGIOSA
Discussões sobre temas religiosos eram comuns na socie-
dade bizantina. Isso facilitou o aparecimento de heresias, ou
seja, doutrinas ou movimentos cujas idéias contrariavam os
dogmas do cristianismo romano. Em Constantinopla, uma
das heresias mais difundidas era o monofisismo, de acordo
com o qual Cristo possuía apenas a natureza divina, contrari-
ando o pensamento da igreja romana, que acreditava que Cris-
to possuía, ao mesmo tempo, natureza humana e divina.
Outra heresia que se destacou na região foi a iconoclastia,
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que questionava o culto a imagens de santos, da Virgem e de
Cristo. Em 726, o i8mperador Leão III determinou o
iconoclasmo, ou seja, a destruição das imagens e passou a
perseguir aqueles que desrespeitavam a decisão. As questões
políticas (o cesaropapismo), e religiosas (as heresias) acentua-
vam o embate entre o imperador de Contantinopla e o papa,
da mesma forma que entre o papa e os patriarcas da igreja
cristã do oriente. O apogeu dos conflitos ocorreuem 1054,
quando foi consumado o cisma do oriente, resultando no
nascimento da Igreja Cristã Ortodoxa Grega, com sede em
Constantinopla e a Igreja Católica Apostólica Romana, com
sede em Roma e dirigida pelo papa.
ECONOMIA E SOCIEDADE
OCIEDADE
Constantinopla apesar de ser conhecida como pólo co-
mercial, tinha sua economia fundamentada na produção agrí-
cola, realizada em grandes latifúndios, com uso de mão-de-
obra escrava e serva. Os latifundiários alem de controlarem a
riqueza da região, estavam a frente dos principais cargos admi-
nistrativos. A atividade comercial vinculava-se ao fato de
Constantinopla estar posicionada geograficamente no entron-
camento das rotas comerciais do oriente. Artigos de luxo,
como perfumes, porcelanas, ervas, essências aromáticas, teci-
dos de seda, etc, provenientes da Pérsia, China ou Índia eram
os mais comercializados na região. Alem de produtos impor-
tados, os produzidos em Constantinopla também se desta-
cavam. Eram negociados localmente peças de vidro, jóias, te-
cidos, etc.
A estrutura econômica diversificada moldou uma socie-
dade complexa. Na hierarquia social destacavam-se os solda-
dos e o clero, acompanhados por uma rica classe de comerci-
antes e banqueiros ligados ao comércio. Seguindo, vinha um
grupo de artesãos, ligados a produção manufatureira, latifun-
diários e uma camada de trabalhadores urbanos e rurais cons-
tituída por homens livres e escravos.
O estado controlava a economia, determinando através
de sua gigantesca máquina burocrática a quantidade e o preço
das mercadorias alem de supervisionar a qualidade. Era tam-
bém proprietário de algumas empresas.
Os motivos do declínio do Império Bizantino relaciona-
vam-se as sucessivas incursões de povos vizinhos. A partir
do século XI, principalmente com as Cruzadas, intensifica-
ram-se as pressões externas, principalmente pelos turcos. A
isenção de impostos concedida aos comerciantes genoveses
arruinou as finanças públicas, aumentando a instabilidade
política e militar. O Império durou ainda até 1453, quando
foi definitivamente tomado pelos turcos otomanos, que
transformaram Constantinopla em Istambul, a capital de seu
Império.
IMPÉRIO ÁRABE
Surgiu com a fundação do islamismo, por Maomé, e a
unificação das tribos árabes no século VII.
Arábia Pré-islâmica – Os povos árabes são de origem
semita e vivem na região compreendida entre o mar Verme-
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 lho e o golfo Pérsico, onde predominam os desertos. Cons-
truíram cidades como Meca e Iazrib (futura Medina) e desen-
volveram intenso comércio terrestre e marítimo, principalmen-
te pelo mar Vermelho. Possuiam uma língua comum, mas
viviam dispersos em tribos de diferentes etnias. Cada tribo
venerava divindades próprias, reunidas na Caaba, santuário
pagão de Meca, que se tornou centro de mercadores e peregri-
nos.
Maomé, após a Iluminação do profeta, uma revelação di-
vida que lhe acontecera em 610, elaborou uma nova doutrina
religiosa, o islamismo, que tem Deus (Alá, em árabe) como o
criador e juiz que determina o destino dos homens. A religião
baseia-se em cinco regras essenciais:
Crer em Alá, único Deus e em seu profeta Maomé,
Trilhar o caminho da generosidade;
Orar cinco vezes ao dia;
Respeitar o jejum no mês do Ramada;
Ir a Meca em peregrinação pelo menos uma vez na vida.
Temendo que o fim da peregrinação anual a Meca diminu-
ísse suas rendas, ricos comerciantes da cidade passaram a se
opor a pregação de Maomé, perseguindo-o e forçando-o a
fugir de Meca para a cidade de Yatreb, em 622. O acontecimen-
to, conhecido como Hegira, marca o inicio do calendário mu-
çulmano. Em 630, Maomé regressou a Meca, suprimiu a ido-
latria pagã e transformou o santuário de Caaba no centro da
religião islâmica.
Unificação da Arábia – Em 632, ano da morte de Maomé,
somente o Oeste da atual Arábia Saudita era muçulmano. Diver-
gências em torno da doutrina religiosa e do modo de escolha
dos sucessores do profeta dividiram os muçulmanos em sunitas,
aqueles que aceitam o Suna, alem do Corão, como fonte de
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ensinamentos e fé, além de acreditarem que o chefe do Estado
islâmico deve ser pessoa de fé e virtude; e xiitas, que só aceitam o
Corão como fonte sagrada e defendem que o controle do Esta-
do seja atribuição apenas de decendentes ou aparentados de
Maomé.
Expansão Árabe – Começou em 634, por meio de pre-
gações e da Guerra Santa (Jihad), que difundiam o islamismo
ao Iêmen, Omã, Síria, Pérsia, Palestina e Egito. Em 711, os
árabes lutaram contra Bizâncio e invadiram a península Ibéri-
ca. A tentativa de conquistar Constantinopla fracassou e, em
732, os árabes foram derrotados pelos francos. Em Bagdá,
tropas persas assumiram nomeadamente a hegemonia do
islamismo. A desagregação do império prosseguiu, com o
surgimento de dinastias independentes. A partir do século
VIII, tribos turcas incorporam-se aos exércitos árabes. Em
962 surgiu a primeira dinastia turca num território muçulma-
no, no Afeganistão. Essa ascensão foi decisiva para a formação
do futuro Império Turco-Otomano.
Civilização Muçulmana – Após as conquistas, em con-
tato com os povos vencidos, os povos árabes criaram uma
nova civilização, denominada muçulmana, formada de ele-
mentos gregos, persas, egípcios, bizantinos, ibéricos, hindus,
sírios e hebreus. Os centros do império árabe, como Bagdá e
Cairo, passaram por um grande desenvolvimento cultural,
que tinha por base a fusão do saber oriental com o helenismo.
Os árabes impulsionaram a medicina, astronomia, matemáti-
ca, química, técnicas agrícolas, navegação, arquitetura e enge-
nharia. Difundiram na Europa as obras de Aristóteles e dos
gregos antigos e criam uma ciência própria que influenciou o
desenvolvimento científico do Ocidente.
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 IMPÉRIO TURCO-OTOMANO
URCO
A partir de 1055, os turcos assumiram a direção política
do mundo muçulmano. Com a dinastia otomana, foi adota-
do o título de Sultão para o monarca. Os territórios ocupa-
dos foram divididos em feudos militares, administrados por
governadores ou paxás. Durante os séculos XI e XII, ataca-
ram o Império Bizantino, mas fracassam em virtude da desa-
gregação feudal. Somente no final do século XIII os príncipes
feudais foram submetidos à monarquia unificada conhecida
como Osman. Teve, então, início a expansão turco-otomana.
Expansão Otomana – Osman I assumiu o califado em
1281 e consolidou o domínio turco sobre a Ásia Menor. Em
1) (Pucpr ) No início, o Islã cresceu à custa do Império Bizantino
e do Império Persa - cerne ainda do Islã - as duas maiores forças do
Oriente Médio durante o período de expansão do islamismo. No
apogeu, porém, o Império Muçulmano estendeu-se da Espanha
até a Índia, superando mesmo o ponto de expansão máxima do
Império Romano.
(Stewart, Desmond - “Antigo Islã”, José Olympio, Rio de
Janeiro, Biblioteca Life, 1967.)
Com base no texto e nos conhecimentos de História, assinale a
opção correta:
I - A conquista da Síria e Palestina ocorreu ainda sob o governo de
Maomé, falecido no ano 632 da Era Cristã.
II - Os árabes, após a luta de conquista, eram generosos para com
os dominados, convivendo em paz com os vencidos, quer fossem
cristãos, judeus ou de outras religiões, não conhecendo o racismo.
III - Sob a dinastia dos Omíadas ocorreu a conquista da Península
Ibérica, que politicamente formava o Império Visigótico, exceto
as Astúrias.
IV - Enquanto os Califas Perfeitos ou Legítimos tiveram capital
em Meca, sob a dinastia dos Omíadas e Abássidas as capitais foram
Damasco e Bagdá.
V - O ponto de máxima expansão do Império Romano, aludido no
texto, ocorreu sob o governo de Augusto.
Estão corretas:
a) I, III, IV e V b) II, III, e IV c) apenas I e III
d) apenas IV e V e) apenas III e V
2) (Pucpr ) A História do Império Bizantino abrangeu um período
equivalente ao da Idade Média, apesar da instabilidade social, de-
corrente, entre outros fatores:
a) dos freqüentes conflitos internos originados por controvérsias
políticas e religiosas.
b) da excessiva descentralização política que enfraquecia os impe-
radores.
c) da posição geográfica de sua capital, Constantinopla, vulnerável
aos bárbaros que com facilidade a invadiam freqüentemente.
d) da constante intromissão dos imperadores de Roma em sua
política.
e) da falta de um ordenamento jurídico para controle da vida
social.
3) (Pucsp) A cidade de Jerusalém, na Palestina, é considerada
sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos. Sua história conheceu
vários movimentos históricos e religiosos, da Antigüidade aos dias
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1354, seu filho, Orjan, estabeleceu o primeiro território turco
na Europa. Sob o governo de Murad, os turcos derrotaram
reinos cristãos, estenderam seu domínio até o Danúbio e
ocuparam a Bósnia, Bulgária e Grécia. Perderam a hegemonia
na Ásia Menor ao serem derrotados pelos mongóis, em 1402,
mas retomaram a expansão em 1413 e conquistaram
Constantinopla em 1453 (marcando o fim do Império Ro-
mano no Oriente). A antiga capital do Império Romano do
Oriente foi transformada em capital do Império Turco-
Otomano, com o nome de Istambul. A expansão otomana
continuou até 1571, já na idade moderna. O império esten-
deu-se por grande parte da Europa, Ásia Menor, Mesopotâmia,
Síria, Palestina, Egito, Arábia e norte da África.
atuais. Por Jerusalém passaram ou lá se fixaram os
a) hebreus, que viveram na região a que chamavam de Canaã até o
século VI a.C., quando preferiram invadir as férteis terras egípcias
e abandonaram voluntariamente a cidade.
b) gregos, que ocuparam a Palestina durante o governo democrá-
tico de Clístenes sobre Atenas, no século V a.C, e criaram um pólo
de difusão da cultura grega na cidade.
c) romanos, que no século I ampliaram os limites de seu Império,
levando-os até a Palestina, e expulsaram os judeus e os muçulma-
nos da cidade.
d) egípcios, que estabeleceram na região, por volta do século V
a.C, a capital de seu império unificado, proibindo a presença de
cristãos e judeus na cidade.
e) muçulmanos, que na expansão iniciada no século VII, que tam-
bém se dirigiu ao Ocidente e chegou a conquistar parte da Penín-
sula Ibérica, tomaram a cidade.
4) (Ufpe) O islamismo, uma religião tão comentada no século
XXI, foi fundada por Maomé (570-632). De caráter monoteísta,
esta religião, também conhecida por muçulmana ou maometana,
foi a base do Estado Muçulmano de caráter teocrático criado por
Maomé, que passou inicialmente a dominar a península Arábica.
Em face desse enunciado, analise as afirmações seguintes.
( ) A expansão muçulmana, principalmente após a morte de
Maomé, fez com que esse Estado dominasse vastos territórios,
desde o norte da África, noroeste da China e quase toda a penínsu-
la Ibérica.
( ) O livro sagrado do islamismo é o Alcorão, que teria sido
resultado das revelações do Deus Alá ao Profeta Maomé. Além de
ditar a conduta religiosa, este livro contém recomendações de
como manter a ordem social e os interesses dos grandes comercian-
tes.
( ) A força do Alcorão, para alguns, deve-se à obediência a alguns
princípios como: fazer cinco orações diárias; crer em Alá, deus
único, e em Maomé, seu profeta; ir em peregrinação a Meca, pelo
menos uma vez na vida; ser generoso com os pobres e dar esmolas.
( ) Maomé, ao pregar o monoteísmo, foi de encontro à religião
politeísta que dominava entre os árabes. Entretanto, conseguiu
organizar um exército de seguidores e, através dele, proibir o
politeísmo e assim unir as diversas tribos árabes em torno da reli-
gião.
( ) A decadência do Império Islâmico é atribuída às disputas
internas, que provocaram o desmembramento do Império. No
entanto, deve-se também levar em consideração a reação dos di-
versos povos submetidos à dominação árabe.
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 5) (Ufpe) As transformações ocorridas na Idade Média não se
restringiram ao mundo ocidental. Os bizantinos e os muçulmanos,
entre outros, devem ser lembrados pelas importantes contribui-
ções que trouxeram para o mundo da época.
( ) A economia bizantina tinha em Constantinopla seu grande
centro, o qual possibilitava o comércio com algumas cidades itali-
anas.
( ) A organização política dos bizantinos influenciou nas refor-
mas administrativas do império romano, com seu modelo político
descentralizador.
( ) Os muçulmanos não conseguiram dominar politicamente
regiões da Europa; daí seus feitos culturais, apesar de relevantes,
terem ficado restritos aos domínios árabes.
( ) A religião muçulmana não tinha semelhança com o cristianis-
mo, embora fosse igualmente monoteísta e politicamente impor-
tante.
( ) A obra mais conhecida da literatura muçulmana, As mil e uma
noites, não conseguiu repercutir no ocidente.
6) (Ufrn) A política expansionista dos árabes, durante os séculos
VII e VIII d. C., possibilitou-lhes o contato cultural com diferen-
tes civilizações. Com relação ao tratamento dado a essas civiliza-
ções, os árabes
a) estimulavam, nos territórios dominados, a diversificação dos
costumes por meio da religião.
b) controlavam hábitos culturais e práticas religiosas dos povos de
todas as regiões conquistadas.
c) respeitavam costumes e crenças das nações dominadas, permi-
tindo-lhes manter sua identidade cultural.
d) promoviam intensa assimilação entre os povos dominados, por
meio da cultura e da religião.
7) (Ufv ) O Império Bizantino se originou do Império Romano do
Oriente, reunindo diferentes povos: gregos, egípcios, eslavos,
semitas e asiáticos. Em razão disso, foi preciso criar um eficiente
sistema político e administrativo para dar força e coesão àquele
mosaico de povos e culturas.
Sobre o Império Bizantino é INCORRETO afirmar que:
a) a religião fornecia a fundamentação do poder imperial, mas absor-
via grande parte dos recursos econômicos, originando várias crises.
b) a intolerância religiosa não deixava espaço de autonomia para que
os indivíduos escolhessem seus próprios caminhos para a salvação.
c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito influente, provocando
intensa espiritualidade popular e várias controvérsias teológicas.
d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual permitia que o
Imperador indicasse laicos para postos na hierarquia eclesiástica.
e) a importância política do Imperador impediu que o Patriarcado se
desenvolvesse independentemente, tal como o Papado do Ocidente.
8) (Unesp) Assinale a alternativa correta sobre a civilização muçul-
mana durante o período medieval.
a) Os constantes ataques de invasores árabes, provenientes das
1) [B]
2) [A]
3) [E]
4) V-V-V-V-V
5) V F F F F
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áreas do Saara, criaram instabilidade na Europa e contribuíram
decisivamente para a queda do Império Romano.
b) A civilização muçulmana não desempenhou papel significativo
no período, em função da inexistência de um líder capaz de reunir,
sob um mesmo estado, sunitas e xiitas.
c) Os pensadores árabes desempenharam papel fundamental na
renovação do pensamento da Europa Ocidental, uma vez que
foram responsáveis pela difusão, via Espanha muçulmana, do lega-
do grecoromano.
d) O distanciamento entre muçulmanos e cristãos aprofundou-se
com a pregação de Maomé, que postulou a superioridade da reli-
gião islâmica e negou se a aceitar os tratados de paz propostos pelo
Papa.
e) A partir do século VIII, a civilização muçulmana passou a ser
regida pelo Alcorão, cujas recomendações aplicavam-se à vida co-
tidiana, contribuindo para o declínio do Império Otomano.
9) (Unesp ) “Os muçulmanos entenderam que deveriam constituir
uma frota para o Mediterrâneo. O resultado inicial foi a conquista
de Chipre e de Rodes. A Córsega foi ocupada em 809, a Sardenha
em 810, Creta em 829, a Sicília em 827. As cidades fundadas pelos
gregos na Sicília foram sendo conquistadas. Palermo caiu em 831,
Messina em 843, Siracusa em 848, Taormina em 902”.
(Jacques Risler. “A civilização árabe”, 1955.)
Esta ocupação resultou
a) no clima de intolerância religiosa e de perseguição ao cristia-
nismo no conjunto das regiões ocupadas pelos árabes.
b) na decadência acentuada do patrimônio cultural, científico e
filosófico da civilização grega antiga e clássica.
c) na derrocada dos regimes democráticos do Ocidente, inspira-
dos no modelo da antiga democracia ateniense.
d) na reconquista, pelos muçulmanos, de muitas regiões e cidades
invadidas pelo movimento das Cruzadas européias.
e) no aprofundamento da crise da atividade comercial européia,
com o conseqüente deslocamento da população para os campos.
10) (Unesp) O culto de imagens de pessoas divinas, mártires e
santos foi motivo de seguidas controvérsias na história do cristia-
nismo. Nos séculos VIII e IX, o Império bizantino foi sacudido por
violento movimento de destruição de imagens, denominado “que-
rela dos iconoclastas”. A questão iconoclasta
a) derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto que as
religiões pagãs greco-romanas devotavam às representações plásti-
cas de seus deuses.
b) foi pouco importante para a história do cristianismo na Europa
ocidental, considerando a crença dos fiéis nos poderes das estátu-
as.
c) produziu um movimento de renovação do cristianismo empre-
endido pelas ordens mendicantes dominicanas e franciscanas.
d) deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas desprovidas
de decoração e de ostentação de riquezas.
e) inviabilizou a conversão para o cristianismo das multidões su-
persticiosas e incultas da Idade Média européia.
6) [C]
7) [B]
8) [C]
9) [E]
10) [E]
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