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O IMPÉRIO BIZANTINO A SOCIEDADE E O ESTADO BIZANTINOS

O império bizantino caracterizou-se por um intenso


As origens do império bizantino remontam ao final desenvolvimento do comércio. Grande parte desse
do império romano. No século IV, o imperador romano comércio estava nas mãos do Estado ou da corte de
Constantino transferiu a capital do império para Bizâncio, Constantinopla. Também a atividade manufatureira,
cidade grega situada às margens do mar Negro, o que bastante desenvolvida, era regulamentada em seus
demonstra a decadência por que passava a parte ocidental processos de fabricação e comercialização pelas
do império romano. corporações e grêmios municipais. A partir do século VI,o
Estado adquiriu o monopólio da fabricação de vários
Em 395, Teodósio dividiu o império romano em artigos de luxo e da operação de algumas rotas de
duas partes. que entregou a seus filhos Arcádio e Honório. comércio particularmente lucrativas. Dessa forma, o
A parte oriental, cuja capital era a antiga Bizâncio, agora sucesso dos empreendimentos comerciais e
conhecida como Constantinopla, coube a Arcádio, manufatureiros estava em estreita dependência dos
enquanto a ocidental, com sede em Milão, ficou com favores do Estado, através de regulamentações
Honório. A partir de então, a parte ocidental passou por um favoráveis, investimentos diretos ou isenção de impostos.
processo de ruralização. enquanto a oriental permaneceu
urbana, com um poder central forte, consolidado na figura A vida urbana no império bizantino era
do imperador. fundamentada no desenvolvimento comercial,
manufatureiro e na máquina administrativa do Estado, que
No século V, as invasões bárbaras no império empregava grande parte da população das grandes
ocidental acentuaram ainda mais o processo de formação cidades. A estrutura social das cidades era composta pela
do sistema feudal. Mas Constantinopla, apesar de aristocracia urbana (grandes proprietários, altos
constantemente ameaçada pelas invasões dos hunos e funcionários e membros da corte), pelos artesãos e
eslavos, conseguiu manter sua autoridade sobre um pequenos comerciantes e pela numerosa camada dos
conjunto unificado de territórios e povos, capaz de trabalhadores semilivres, além de alguns escravos.
sustentar sua riqueza. A partir desse século, o império
romano do Oriente passou a ser conhecido com o nome de No interior, havia os extensos latifúndios, que
império bizantino, ou império grego, por ocupar as regiões pertenciam aos dínatas (recebiam a propriedade por
helenizadas do Oriente. A língua dominante nesse império herança), aos altos funcionários do governo (recebiam a
multinacional era o grego. propriedade como retribuição aos serviços prestados ao
imperador) ou aos mosteiros. O trabalho nesses latifúndios
era realizado por camponeses dependentes e alguns
escravos.
CONSTANTINOPLA
Existiam ainda pequenas aldeias de camponeses
“Bizâncio foi reconstruída não como mais uma livres, que foram perdendo sua independência,
simples cidade romana, mas modelada na própria Roma, pressionada tanto pelos grandes proprietários como pelo
rodeada por sete colinas. Constantino a escolheu como Estado, que as onerava com pesados impostos e tributos.
sua nova capital, rebatizando-a de Constantinopla, e assim
ela se estabeleceu como a capital da parte leste do império O poder no império bizantino era fortemente
Romano. centralizado. Riqueza e poder andavam juntos: os
grandes proprietários lutavam para conseguir um título de
Uma olhada no mapa do Império Romano em seus funcionário oficial, enquanto os altos funcionários
derradeiros anos mostra que Constantinopla estava empenhavam-se para obter alguma propriedade nas
exatamente no centro do Império Romano. Aproximando- províncias. Essa situação aumentava o poder do Estado e
se da cidade pelo Mar de Mármara, podia-se ver a cidade do imperador, que, apoiado pela extensa máquina
surgindo acima das águas em sua península triangular. A administrativa, fazia valer sua autoridade nas mais
cidade era protegida dos três lados pelo Mar de Mármara, distantes províncias do império. O imperador detinha
o Bósforo e o Cabo de Ouro, uma barreira natural, descrita também o poder militar e religioso.
por Procopius como ‘cercando a cidade como uma
grinalda’. Posteriormente, a defesa da cidade foi
completada pela construção das muralhas de Teodósio,
que se estendiam pela parte continental da cidade desde A IGREJA BIZANTINA
o Cabo de Ouro até o Mar de Mármara. Localizada nas
rotas entre Leste e Oeste do mundo greco-romano, A religião cristã tinha um papel fundamental para
Constantinopla era ainda uma posição estratégica tanto a manutenção da unidade do império. A unificação de
militarmente como comercialmente. Militarmente a nova crenças, costumes e ritos garantia certa coesão entre as
Roma estava em uma posição muito melhor para enfrentar diferentes partes do império, e a hierarquia eclesial
invasões na fronteira leste do Império, assim como as legitimava o poder do imperador. Por sua vez, a figura do
provenientes do Danúbio. Comercialmente, esta era uma imperador era fundamental para a unidade da própria
posição que permitia controlar as trocas entre Ásia, Europa Igreja. O combate às heresias (idéias contrárias à doutrina
e Mediterrâneo.” oficial da Igreja) e ritos diferentes daqueles adotados pela
Fonte: hierarquia eclesiástica reforçava a união entre o Estado e
http://www.enclavebizantino.hpg.ig.com.br/index.html a Igreja. O Estado precisava da unidade doutrinaria do
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credo cristão, e a Igreja necessitava da interferência do gastos, geraram tensão e insatisfação internas, devido ao
imperador na resolução dos problemas doutrinais. constante aumento de impostos sobre as províncias.

De início, a igreja cristã era uma só. Havia a


autoridade máxima do papa, em Roma, e os patriarcas de
Alexandria e Constantinopla. Quando os árabes A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO BIZANTINO
muçulmanos tomaram o Egito, Alexandria perdeu sua
importância para o mundo cristão, restando Roma e Com a morte de Justiniano, o império bizantino
Constantinopla. O choque de interesses entre a Igreja de entrou em lenta decadência: o aumento territorial das
Constantinopla, dominada pelo imperador, e a Igreja de grandes propriedades e o crescimento de sua autonomia,
Roma, poderosa e independente, levou a primeira a não
bem como o enfraquecimento do poder central, reforçaram
mais reconhecer a autoridade da segunda, em 867. Em
1054 ocorreu o rompimento definitivo entre essas duas os sentimentos separatistas de várias regiões do império.
Igrejas, episódio este conhecido como Cisma do Oriente.
A Igreja de Bizâncio passou a ser conhecida como Igreja A necessidade de manter um exército poderoso
Ortodoxa Grega, mantendo dogmas e rituais próprios. nas amplas fronteiras para impedir invasões e sublevações
consumia muitos recursos, acelerando o processo de
O caso das iconoclastias. Os mosteiros, embora decadência. Surgiram rivais econômicos e políticos, como
subordinados à autoridade do patriarca de Constantinopla, as cidades italianas e os árabes. A quarta Cruzada,
eram centros religiosos auto-suficientes, organizados em organizada em Veneza no século XIII, tomou
grandes latifúndios. Esses mosteiros incentivavam o culto Constantinopla e monopolizou seu comércio.
aos ícones — imagens religiosas —, que atraia multidões
de devotos, gerando dividendos às ordens religiosas. No
século VIII, o governo imperial, sentindo-se ameaçado pela Mas o fim do império bizantino deu-se com a
popularidade e autonomia dos mosteiros, proibiu o culto e invasão dos turcos otomanos, que tomaram
a reprodução dos ícones. Os mosteiros reagiram e Constantinopla em 1453.
conseguiram restabelecer o culto às imagens, passando a
pagar impostos ao imperador.

A CULTURA BIZANTINA

O APOGEU DO IMPÉRIO BIZANTINO: O GOVERNO DE O Oriente helenizado que permaneceu sob


JUSTINIANO
domínio de Bizâncio não viu sua cultura destruída sob o
Durante o governo de Justiniano (527-565) o peso das invasões bárbaras, tal como aconteceu na
império bizantino atingiu seu apogeu econômico, cultural, Europa. Essa é a razão pela qual a arte bizantina
religioso e militar: preservou características da arte romana

 Com o fortalecimento da autoridade imperial, Constantinopla era uma cidade cosmopolita,


houve a unificação da legislação, surgindo o Código de centro comercial, manufatureiro e cultural do império
Justiniano ou Corpus Juris Civilis, que sintetizava 2.000 bizantino. O luxo e a riqueza estavam nas mãos da
anos de jurisprudência romana; era composto de três numerosa corte do imperador, bem com a vida artística e
partes: Digesto ou Pandectas —jurisprudência romana; cultural do império; os artistas trabalhavam para a corte e
Instituias —manual para estudantes; Novelas — leis Igreja, o que fazia de seus trabalhos uma expressão da
publicadas no governo de Justiniano.
autoridade absoluta e da grandeza sobre-humana dos
poderosos (principalmente do imperador). Também a
 Houve o combate à corrupção dentro da
arquitetura bizantina reflete esse caráter autocrático
burocracia estatal e o apoio ao desenvolvimento das
manufaturas e do comercio, juntamente com uma reforma hierárquico: nas basílicas bizantinas, havia uma
administrativa que colocou sob controle do imperador uma preocupação muito grande em dividir o espaço interno,
enorme quantidade de empreendimentos. marcando nitidamente o lugar de cada membro; a
introdução da cúpula arredondada intensificou ainda mais
 Justiniano promoveu uma intervenção sis- essa hierarquização do espaço, medida que “coroou” o
temática em todos os negócios da Igreja e reforçou a altar onde o sacerdote oficializava a missa.
autoridade eclesiástica em todos os domínios do império.
Nos mosteiros, encontramos duas formas de arte:
 No plano externo, esse imperador tentou a a pintura de quadros religiosos, os ícones, obedecia às
reconstrução do antigo império romano, empreendendo regras de composição da pintura cortesã; as miniaturas
guerras para conquistar as antigas províncias. Essa que ilustram os manuscritos possuíam um estilo mais livre
política externa obteve resultados em curto prazo, com a e criativo.
conquista de alguns reinos bárbaros (vândalos na África do
Norte, ostrogodos na Itália e parte da península ibérica). (Fonte: História da Civilização Ocidental. Antonio Pedro.
Em longo prazo, entretanto, as guerras, com seus grandes Ed. FTD.)

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EXERCÍCIOS 05. (UFES) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio,
os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo,
da Virgem e dos Santos) constituíam a "revelação da
01. (FUVEST) Entre os fatores citados abaixo, assinale eternidade no tempo, a comprovação da própria
aquele que não concorreu para a difusão da civilização encarnação, a lembrança de que Deus tinha se
bizantina na Europa Ocidental: revelado ao homem e por isso era possível representá-
lo de forma visível."
a) Fuga dos sábios bizantinos para o Ocidente, após a
queda de Constantinopla. (Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O IMPÉRIO BIZANTINO. São
Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27).
b) Expansão da Reforma Protestante, que marcou a
quebra da unidade da Igreja Católica.
c) Divulgação e estudo da legislação de Justiniano, Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no
conhecida como Corpus Juris Civilis. Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726,
d) Intercâmbio cultural ligado ao movimento das Cruzadas. condenou tal prática por idolatria, desencadeando
e) Contatos comerciais das repúblicas marítimas italianas assim a chamada "crise iconoclasta". Dentre os
com os portos bizantinos nos mares Egeu e fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos
Negro. citar o (a):

a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da


Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de
02. Justiniano (527 - 565), no Império Romano do pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam
Oriente, enfrentou diferentes dificuldades internas, se emancipar.
inclusive nas relações entre a Igreja e o Estado, devido b) necessidade de conter a proliferação de culto às
a heresias como a dos monofisistas. Estes, entre imagens, num contexto de reaproximação da Sé de
outros princípios: Roma com o imperador bizantino, uma vez que o
papado se posicionava contra a instituição dos ícones
a) pretendiam a destruição de todas as imagens; e exigia a sua erradicação.
b) negavam a natureza humana de Cristo; c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã,
c) defendiam o conhecimento de Deus inspirado no Teodora, a qual valendo-se do prestígio de que gozava
misticismo; junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava
d) admitiam o dualismo de inspiração budista; secretamente a sagrar-se imperatriz.
e) acreditavam na reencarnação das almas em corpos d) aproximação do imperador, por meio do califado de
animais. Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os
princípios originais do monoteísmo judaico-cristão,
condenava a materialização da essência sagrada da
03. (PUC) Em relação ao Império Bizantino, é certo divindade em pedaços de pano ou madeira.
afirmar que: e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e
riqueza dos mosteiros (principais possuidores e
a) o governo era ao mesmo tempo teocrático e liberal; fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço
b) o Estado não tinha influência na vida econômica; monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso
c) o comércio era sobretudo marítimo; de contribuírem para o Estado na qualidade de
d) o Império Bizantino nunca conheceu crises sociais; soldados, marinheiros e camponeses.
e) o imperialismo bizantino restringiu-se à Ásia Menor.

06. (G1) Forma de poder instituída por Justiniano no


04. Sobre o Império Bizantino, considere as afirmações Império Bizantino, em que o imperador possuía
abaixo se são verdadeiras ou falsas: autoridade política e religiosa, adquirindo um caráter
divino:
( ) Constantinopla, a "Nova Roma" de Constantino, foi
fundada para servir como capital do Império. a) Cesaropapismo.
( ) Sua localização geográfica era péssima, descampada b) Teocracia militar.
por todos os lados, facilitando as invasões. c) Monarquia Teocrática.
( ) O grande imperador de Bizâncio foi Justiniano, de d) República Teocrática.
origem humilde, mas protegido por seu tio, o e) Plutocrassia.
imperador Justino.
( ) No Corpus Juris Civilis, Justiniano organizou uma
compilação das leis romanas desde a República
até o Império. 07. (UFPB) Em inícios do século VIII, o império
( ) Com o objetivo de reconstruir o Antigo Império Bizantino, tendo à frente Leão Isáurico, encontrava-se
Romano, Justiniano empreendeu campanhas abatido diante da expansão muçulmana. Leão
militares conhecidas pelo nome genérico de entendeu que as derrotas do Império deviam-se à
"Reconquista". adoração crescente dos fiéis às imagens de santos e
resolveu destruí-las. Esse movimento ficou conhecido
como:

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V. As Novelas ou Autênticas, que reuniam as novas
a) Monofisista leis do Imperador.
b) Cesaropapista
c) Iconoclasta VI. O Dominus Noster, inspiração nas Monarquias
d) Telefisista Despóticas e Teocráticas do Oriente.
e) Legitimista
VII. As Leis Licínia e Ogúlnia, que tratavam de
assuntos referentes ao Direito Civil e ao Direito
Penal.
08. (Uece) Na origem do chamado "cisma do Oriente",
pode-se assinalar corretamente: a) I, II, IV e V.
b) I, II, III e VII.
a) as desavenças entre os membros da hierarquia católica c) II, III e IV.
e o Imperador bizantino diziam respeito à cobrança das d) II, IV, VI e VII.
indulgências e à corrupção dos bispos. e) I, IV, V e VI.
b) significou o aparecimento de inúmeras seitas
"reformadas", que se desligaram da Igreja romana.
c) no Império Bizantino, a Igreja era submetida ao
Imperador e promoviam um excessivo culto aos ídolos 11. (Puc-pr) A História do Império Bizantino abrangeu
e às imagens. um período equivalente ao da Idade Média, apesar da
d) em Bizâncio, ao contrário do cristianismo ocidental, as instabilidade social, decorrente, entre outros fatores:
imagens e os ídolos dos santos não eram objetos de
adoração e culto. a) dos frequentes conflitos internos originados por
controvérsias políticas e religiosas.
b) da excessiva descentralização política que enfraquecia
os imperadores.
09. (FGV) Entre as múltiplas razões que explicam a c) da posição geográfica de sua capital, Constantinopla,
sobrevivência do Império Romano no Oriente, até vulnerável aos bárbaros que com facilidade a invadiam
meados do século XV, está a: frequentemente.
d) da constante intromissão dos imperadores de Roma em
a) capacidade política dos bizantinos em manter o controle sua política.
sobre seu território sobordinado a uma Monarquia e) da falta de um ordenamento jurídico para controle da
Despótica e Teocrática; vida social.
b) autonomia comercial das Cidades-estados otomanas
subordinadas ao Império Romano do Ocidente;
c) essencial ruralização da sociedade para proteger-se de
migrações desagregadoras; 12. (UFV) O Império Bizantino se originou do Império
d) capacidade do Sultão Maomé II de manter, ao longo de Romano do Oriente, reunindo diferentes povos:
seu governo, a unidade otomana do Império Bizantino; gregos, egípcios, eslavos, semitas e asiáticos. Em
e) política descentralizada, consequência das migrações razão disso, foi preciso criar um eficiente sistema
gregas e romanas. político e administrativo para dar força e coesão
àquele mosaico de povos e culturas. Sobre o Império
Bizantino é INCORRETO afirmar que:

10. (Puc-pr) No século VI, o Império Bizantino foi a) a religião fornecia a fundamentação do poder imperial,
governado pelo seu mais célebre imperador, mas absorvia grande parte dos recursos econômicos,
Justiniano. Conseguiu anexar várias regiões ao seu originando várias crises.
território, praticou o cesaropapismo, isto é, fazia b) a intolerância religiosa não deixava espaço de
constantes intervenções nos assuntos religiosos e autonomia para que os indivíduos escolhessem seus
mandou edificar a suntuosa Igreja de Santa Sofia. Na próprios caminhos para a salvação.
cultura jurídica, organizou o Corpus Juris Civilis, no c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito influente,
qual podemos destacar: provocando intensa espiritualidade popular e várias
controvérsias teológicas.
I. Um código, que continha toda a legislação romana d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual permitia
revisada desde o Imperador Adriano. que o Imperador indicasse laicos para postos na
hierarquia eclesiástica.
II. O Digesto ou Pandectas, que incluía um sumário da e) a importância política do Imperador impediu que o
jurisprudência romana. Patriarcado se desenvolvesse independentemente, tal
como o Papado do Ocidente.
III. A Recomendação, que teve suas origens no antigo
Patronato romano.

IV. As Institutas, que constituíram um resumo para ser 13. (Puc-pr) O Império Bizantino ou Romano do Oriente
utilizado pelos estudiosos de Direito. existiu durante a Idade Média, sendo-lhe

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cronologicamente coincidente. Sobre o tema, assinale e) inviabilizou a conversão para o cristianismo das
a alternativa correta: multidões supersticiosas e incultas da Idade Média
europeia.
a) Seu período de maior esplendor e expansão ocorreu sob
o governo de Justiniano, que mandou fazer a
codificação das leis romanas.
b) Sua posição geográfica correspondia às terras da parte 16. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade
ocidental do Império Romano. Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da
c) Apresentava excessiva descentralização política, o que Europa testemunhos de sua irradiação cultural.
enfraquecia os imperadores (baliseus). Assinale importante e preponderante contribuição
d) Reprimiu violentamente a heresia dos cátaros, que artística bizantina que se difundiu expressando forte
ameaçava a sua unidade religiosa. destinação religiosa:
e) A força da cultura romana fez com que o latim fosse
língua de emprego geral. a) Adornos de bronze e cobre.
b) Aquedutos e esgotos.
c) Telhados de beirais recurvos.
d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
14. (Puc-pr) "É bizantino esperar de uma política e) Vias calçadas com artefatos de couro.
bancária que aumenta os depósitos compulsórios e
que eleva a alíquota do PIS/Cofins uma redução
expressiva das taxas de crédito. Também o é culpar a
Selic e o lucro dos bancos pelos empréstimos caros
no Brasil, ignorando as demais causas. A superação
da barreira do crédito demanda um diagnóstico
realista e a eliminação das bizantinices."

(Roberto Luis Troster, "Folha de S.Paulo", 03. Ago.2006, p. A3).

O autor nos compara, com muita propriedade, com o


Império Bizantino, onde:

a) o povo não era atingido por tributações exageradas,


causa da paz e equilíbrio sempre presentes naquela
sociedade.
b) seus habitantes deleitavam-se com discussões
filosóficas, sutis e que não levavam a nenhuma
conclusão.
c) as decisões econômicas eram tomadas
democraticamente.
d) havia programas de previdência e aposentadorias
bastante complexos.
e) as decisões políticas eram tomadas com grande
objetividade e rapidez.

15. (Unesp) O culto de imagens de pessoas divinas,


mártires e santos foi motivo de seguidas controvérsias
na história do cristianismo. Nos séculos VIII e IX, o
Império bizantino foi sacudido por violento movimento
de destruição de imagens, denominado "querela dos
iconoclastas". A questão iconoclasta

a) derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto


que as religiões pagãs greco-romanas devotavam às
representações plásticas de seus deuses. GABARITO
b) foi pouco importante para a história do cristianismo na
Europa ocidental, considerando a crença dos fiéis nos 01 – B 02 – B 03 – C
04 – VFVVV 05 – E 06 – A
poderes das estátuas. 07 – C 08 – C 09 – A
c) produziu um movimento de renovação do cristianismo 10 – A 11 – A 12 – B
empreendido pelas ordens mendicantes dominicanas e 13 – A 14 – B 15 – A
franciscanas. 16 – D
d) deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas
desprovidas de decoração e de ostentação de riquezas.

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