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CONSTANTINO TEODÓSIO JUSTINIANO

PRINCIPAIS IMPERADORES

CONSTANTINO TEODÓSIO JUSTINIANO

TRANSFERIU A SEDE DE
DIVIDIU O IMPÉRIO EM LEVOU O IMPÉRIO A
ROMA PARA
OCIDENTE E ORIENTE SEU APOGEU
CONSTANTINOPLA

TORNOU O COMBATEU AS
TORNOU-SE CRISTÃO E
CRISTIANISMO HERESIAS (ATOS OU
GARANTIU A LIBERDADE
RELIGIÃO OFICIAL DO PALAVRAS CONTRÁRIAS
DE CULTO
IMPERIO A IGREJA CATÓLICA)
ANTECEDENTES...
No século IV, diante da gravidade da crise no Ocidente, o
imperador Constantino, em 330 d.C., decidiu criar uma capital no
Oriente. O local escolhido foi Bizâncio, uma colônia grega fundada
em 657 a.C.
Escolhida pela localização – situada na costa ocidental do
Estreito de Bósforo, entre o Mar negro e o Mar de Mármara –
encruzilhada de importantes rotas marítimas e terrestres.
Deveria ser chamada de Nova Roma como pretendia
Constantino, mas prevaleceu o nome de Constantinopla.
Em 395 d.C., o imperador Teodósio, dividiu o Império em:
Império Romano do Ocidente com a capital em Roma e Império
Romano do Oriente com a capital em Constantinopla.
Enquanto na Europa Ocidental as cidades desapareciam e a
população migrava para o campo, o Império Bizantino manteve
seu caráter urbano.
Costumes romanos preservados (estrutura política e
administrativa) – idioma oficial Latim foi substituído pelo grego no
século VII.
Mar
Egeu
ECONOMIA...
A economia bizantina era caracterizada:
- Intensa concentração fundiária;
- Parte significativa das terras eram propriedade do Estado;
- Existência de forte elite aristocrática latifundiária;
- Produtividade rural limitada;
- Forte atividade comercial.
- Intervenção do Estado na economia, impondo regulamentações
ao comércio e à indústria bem como, era reservado ao Estado o
monopólio da cunhagem de moedas.
Em Constantinopla se fabricava artigos de luxo e de alta
qualidade destinados à exportação para o Ocidente.
Por estar entre o Ocidente e o Oriente, desenvolveu um ativo e
próspero comércio na região, destacando-se do restante do Império
Romano, que estava parado e em crise.
Com a riqueza obtida da cobrança de impostos sobre todas as
mercadorias que entravam e saíam da cidade, Constantinopla
implementou reformas urbanas, transformando-se em importante
centro cultural.
ECONOMIA...
A centralização do poder do Estado se refletia na fiscalização
das atividades econômicas, supervisionando a qualidade e a
quantidade das mercadorias que eram produzidas ou
comercializadas no império, com o objetivo de controlar preços e o
abastecimento das cidades.
A economia estava baseada no comércio, no artesanato
(indústria) e na agricultura.
- O comércio – era a principal fonte de renda do império e se
desenvolveu devido à excelente posição geográfica de
Constantinopla, entre a Ásia e a Europa. Foi a principal fonte de
recursos utilizada pelo império no combate aos invasores bárbaros
bem como, na construção de importantes obras públicas e na
transformação do império em um importante centro cultural, ao
atrair artistas de projeção.
- O artesanato – fabricavam sedas, tecidos de lã, joias, artigos
religiosos, etc – estavam organizados por “corporações de ofícios”.
- A agricultura – maior parte da produção vinha dos grandes
latifúndios, pertencentes aos mosteiros e a nobreza fundiária –
trabalho era realizado pelos servos e escravos.
POLÍTICA...
O Império Romano do Oriente tinha por base um poder
centralizado e intervencionista – Monarquia Teocrática.
A sucessão ao trono era de forma hereditária.
O imperador era a autoridade absoluta, centralizando as
decisões políticas, religiosas, administrativas, econômicas e
militares.
O Império Bizantino atingiu seu apogeu com o imperador
Justiniano, que pretendia reconstituir a unidade do antigo Império
Romano.
O reinado de Justiniano foi marcado pela ampliação das
fronteiras do império – reconquistas territoriais: Península Itálica,
Península Ibérica e Norte da África – elevação dos gastos
aumentam os impostos, que deflagram diversas revoltas.
Foi marcado também pelo cesaropapismo – chefe do Estado,
torna-se chefe supremo da igreja – interferências geram
insatisfações na igreja – grande cisma do Oriente: Igreja Católica
Apostólica Romana e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa.
Foi também responsável pela atualização do direito romano –
Código de Justiniano ou Corpus Juris Civilis.
EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO BIZANTINO APÓS RECONQUISTAS
SOCIEDADE...
A sociedade bizantina era hierarquizada e com pouca
mobilidade social. Era constituída de elementos de várias
nacionalidades.
No topo da sociedade estava o imperador, sua família, os
assessores do imperador e o alto clero.
Em seguida vinha:
A “elite”, composta por banqueiros, grandes proprietários
rurais, grandes comerciantes, donos de oficinas e altos funcionários
públicos.
A “camada intermediária”, constituída de pequenos
comerciantes, artesãos, funcionários públicos subalternos e o baixo
clero.
A “camada pobre”, integrada por trabalhadores urbanos e
servos ou camponeses.
Os “escravos”, em pequena quantidade eram empregados
nas construções das grandes obras públicas e nos serviços
domésticos.
IMPERADOR + FAMÍLIA + ASSESSORES + ALTO CLERO
BANQUEIROS + GDES PROPRIETÁRIOS RURAIS +
GDES COMERCIANTES + DONOS DE OFICINAS +
ELITE
ALTOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.

PEQUENOS COMERCIANTES +ARTESÃOS +


CAMADA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS SUBALTERNOS +
INTERMEDIÁRIA BAIXO CLERO

TRABALHADORES URBANOS +
CAMADA POBRE
SERVOS OU CAMPONESES

ESCRAVOS
RELIGIÃO...
A religião cristã, herdada de Roma, desempenhava papel
central na vida dos bizantinos. Era a religião oficial e
fundamentava o poder do imperador (cesaropapismo).
Os festejos, a arquitetura, os jogos e os espetáculos teatrais,
tinham sempre um fundamento religioso.
Em Constantinopla, a influência cultural de gregos,
romanos e de povos do oriente, estimulavam constantes
discussões teológicas, destacando-se :
- O monofisismo – tese que negava a natureza humana do
Cristo, que só teria uma natureza: a divina, a espiritual –
“Concílio de Calcedônia”.
- A iconoclastia – movimento que pregava a destruição de
imagens sagradas (ícones) e sua proibição nos templos –
“Segundo Concílio de Nicéia”.
As divergências teológicas (heresias) serviam para esconder
os objetivos e disputas políticas, como no caso dos ícones
produzidos pelos monges, que além de obterem grandes lucros,
exerciam grande influência na sociedade bizantina, levando o
imperador a proibir o uso de imagens, determinando sua
destruição (iconoclastia) – Conduz ao “Cisma do Oriente”.
MONOFISISMO

ICONOCLASTIA
CULTURA...
Foi influenciada pela cultura greco-romana e oriental,
associando o luxo e exotismo do oriente ao equilíbrio da arte greco-
romana.
Era uma arte a serviço de Deus e do Imperador, para a
propagação da fé e a exaltação do governante.
A partir do século IX, a arte bizantina alcançou extraordinário
destaque, particularmente na arquitetura religiosa – as basílicas,
com seus mosaicos e pinturas, são o ponto alto da arte bizantina –
destaque para a Catedral de Santa Sofia, construída por Justiniano
e um ícone dessa arquitetura.
Na produção literária além do elo com a cultura grega (poesia
e retórica), existem as marcas da religiosidade herdadas do
cristianismo.
Na pintura, os ícones em metal, madeira ou em mosáicos,
destacam-se pelas minúcias ornamentais e no uso das cores.
Na escultura, destacam-se as estatuetas de marfim com
motivos religiosos.
ARQUITETURA...
PINTURA E MOSAICO...
ESCULTURA...
A REVOLTA DE NIKA...
Medidas políticas e tributárias adotadas por Justiniano,
visando manter a máquina militar para sustentar a Guerra de
Reconquista, provocaram sério descontentamento na população.
Esse descontentamento desencadeou um violento levante
popular conhecido como “Revolta de Nika”.
O pretexto para o levante surgiu no hipódromo de
Constantinopla, onde os bizantinos acompanhavam as disputas a
cavalo.
A fraude em uma corrida, provocou o tumulto que geraria a
rebelião. O povo marchou contra a moradia do imperador aos
gritos de “niké” (vitória), que deu nome a revolta.
O movimento foi controlado pelo governo com muita
violência, provocando a morte de mais de trinta e cinco mil
pessoas.
Essa revolta foi que motivou a revisão do Direito Romano,
publicando o “Corpus Júris Civilis”.
O CÓDIGO JUSTINIANO...
O Código Justiniano ou “Corpus Juris Civilis” (Corpo do Direito
Civil), foi a maior realização de Justiniano, servindo de base e
inspiração para códigos e leis das civilizações futuras em várias
partes do mundo.
Essas leis determinavam os poderes quase ilimitados do
imperador e protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários
de terras.
O “Corpus Juris Civilis” estava dividido nas seguintes partes:
- O Código – reunião de leis e constituição romana desde o
século II;
- As Institutas – princípios fundamentais do Direito Romano,
que serviam de manual aos estudantes;
- As novelas – cerca de cento e cinquenta leis publicadas em
grego durante o governo de Justiniano;
- O Digesto – uma compilação de normas jurídicas.
DECADÊNCIA DO IMPÉRIO...
Após a morte de Justiniano em 565 d.C., o Império entrou em
decadência. Entre as razões desse declínio estão:
- Os vultosos gastos militares para defender as fronteiras,
ameaçadas pelas invasões constantes dos germanos, persas e
árabes.
- As violentas disputas de poder entre civis e militares.
- A intolerância religiosa e incompetência de vários de seus
governantes.
Entre tantos ataques que enfraqueceram a administração do
império, estava a ambição das cidades italianas por Bizâncio.
Veneza após subjulgá-la, transforma-a em ponto comercial sob
exploração italiana.
O final político do Império Bizantino ocorreu em 1.453, com a
tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, chefiados por
Maomé II.
DECADÊNCIA DO IMPÉRIO...

As consequências da queda do Império Bizantino:


- Surgimento do Império Turco-Otomano – ameaça ao
Ocidente;
- Preservação da cultura clássica antiga, preservada em
Constantinopla e levada para a Itália pela imigração dos sábios
bizantinos;
- Interrupção do comércio entre a Europa e a Ásia,
acelerando a busca de novas rotas para o Oriente – Grandes
navegações.
LEGADOS...
Constantinopla foi considerada o maior centro cultural do
mundo cristão durante a Idade Média, principalmente pela
preservação de uma grande quantidade de obras de artistas e
pensadores da Antiguidade, em especial dos gregos e dos
romanos.
As atividades dos monges copistas proporcionou que os
pensadores do Renascimento pudessem entrar em contato com
os clássicos da Antiguidade.
Foram os bizantinos que difundiram o cristianismo no
oriente europeu, a ponto de dois monges bizantinos, Cirilo e
Metódio, terem criado um alfabeto, baseado no alfabeto grego,
para converter os povos eslavos. O alfabeto cirílico, como foi
batizado, é hoje utilizado em diversos países, como na Rússia e na
Ucrânia.
LEGADOS...

PROTEÇÃO DA EUROPA
Império Bizantino manteve a cultura grega e romana
viva por quase mil anos após a queda do Império Romano.
Preservou esse patrimônio cultural até ser absorvido no
Ocidente durante o Renascimento.
O Império Bizantino também atuou como um
amortecedor entre a Europa Ocidental e os exércitos
conquistadores do Islã, isolando a Europa e dando-lhe o
tempo necessário para recuperar-se de seu período
medieval caótico.
LEGADOS...

RELIGIÃO
Foram os bizantinos que difundiram o cristianismo
no oriente europeu. A ortodoxia agora ocupa uma posição
central na história e nas sociedades da Grécia, Bulgária,
Rússia, Sérvia e outros países. A moderna Igreja Ortodoxa
Oriental é a segunda maior igreja cristã do mundo.
LEGADOS...

DIPLOMACIA E DIREITO
A preservação da antiga civilização na Europa deveu-
se à habilidade e desenvoltura da diplomacia bizantina, que
continua sendo uma das contribuições duradouras de
Bizâncio para a história da Europa. No campo do direito, as
reformas de Justiniano no código legal serviriam de base
não apenas para a lei bizantina, mas para a lei em muitos
países.
LEGADOS...

ARTE E LITERATURA
Influências da arquitetura bizantina, particularmente
em edifícios religiosos, podem ser encontradas em
diversas regiões, do Egito e da Arábia à Rússia e à
Romênia.
Durante a Renascença Bizantina da Dinastia
Macedônia, arte e literatura floresceram, e os artistas
adotaram um estilo naturalista e técnicas complexas da
arte grega e romana antiga, misturando-os com temas
cristãos. Pintura bizantina deste período teria uma forte
influência sobre os pintores posteriores do Renascimento
italiano.
REFERÊNCIAS

- VICENTINO, Cláudio. História Geral. Ed. Atual. São Paulo : Scipione,


2002.
- BOULOS, Alfredo. História, Sociedade & Cidadania, 6º ano. 3ª Ed. São
Paulo : FTD, 2015.
- Imagens utilizadas não identificadas por não ter sido possível localizar as
fontes.

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