Você está na página 1de 19

15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Disciplina: História da Filosofia Medieval

Aula 2: A Filosofia Bizantina e o contexto oriental

Introdução
Filosofia bizantina é aquela que se desenvolveu no Império Bizantino? Como e onde
se formou esse Império? Quais foram suas principais características e até quando
durou? Nesta aula, buscaremos responder a tais questionamentos.

Abordaremos a relação entre Filosofia e Teologia, que marcou profundamente o


pensamento no Oriente. Veremos como o mundo Bizantino se pautou por uma
relação muito próxima entre religião e política, em um modelo de governo chamado
de Cesaropapista, em que o Imperador possuía atribuições religiosas, além de
políticas.

Objetivos
Identificar a formação da cultura bizantina e sua estrutura no contexto oriental;
Reconhecer a relação entre Filosofia e Teologia e as disputas cristológicas em
Bizâncio;
Analisar alguns autores e escolas filosóficas que se destacaram na história da
Filosofia bizantina.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 1/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Origem do Império Bizantino


O Império Bizantino corresponde ao lado oriental do Antigo Império Romano,
o que explica qual a origem deste império com duração de quase mil anos.

Mas, quando e por que ele deixa de ser Império


Romano e passa a ser considerado Bizantino?

A denominação de Império Bizantino se estabeleceu na

historiografia tardiamente, a partir de estudos do século

XIX. Observamos, então, que o nome não estava definido

para aqueles que habitaram este império.

Como não houve um evento histórico fundador que pudesse estabelecer


precisamente seu início, os estudos sobre o Império Bizantino destacam as
controvérsias sobre seus marcos temporais. Algumas correntes sobre o início
do império:

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 2/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval


1

Década de 280

Nesta década houve a consolidação de tetrarquia romana.


2

Início do Século IV

Conversão de Constantino ao Cristianismo e a fundação da cidade de Nova


Roma ou Constantinopla.


3

Ano de 395

Divisão do império entre os filhos de Teodósio.


4

Ano de 565

Fim do governo de Justiniano, quando a esperança da retomada do lado


ocidental desaparece.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 3/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Qualquer que seja a data de início, o que o que caracteriza este império é sua
origem romana, com administração e organização romanas, aliadas aos
elementos orientais e helênicos.

Os historiadores perceberam que, a partir de um determinado momento, difícil


de medir precisamente, as mudanças introduzidas com o Cristianismo e com a
cultura grega haviam transformado de tal forma estrutura e organização
imperiais, que já não era mais possível falar em Império Romano do Oriente.

Constantino
No Oriente, bem como ocorreu no Ocidente, a Filosofia e a Teologia estiveram
profundamente relacionadas durante a Idade Média. No caso Bizantino, a
Teologia esteve ligada às discussões políticas, já que a definição de ortodoxia
e das heresias fazia parte da política de Estado bizantina.

O imperador era o representante religioso e político do Império, o que trouxe


inúmeras consequências, especialmente do ponto de vista filosófico, já que as
discussões cristológicas marcaram a política e o pensamento Bizantino.

Um dos grandes destaques do Império Bizantino foi seu caráter cristão – o


imperador Constantino se converteu 1 ao Cristianismo e publicou o Édito de
Milão, que deu liberdade de culto aos cristãos.

Além de se converter ao Cristianismo, Constantino fundou uma cidade que se


tornaria a capital do Império Romano do Oriente: Constantinopla.

Localizada em uma antiga cidade grega às margens do estreito de bósforo, na


região entre a Europa e a Ásia, uniram-se os elementos romanos, cristãos e a
cultura grega que caracterizaram o Império Bizantino.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 4/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

 Mapa de Constantinopla. Fonte:


TheTravelClub.org
<//www.thetravelclub.org/articles/old-
travelogues/579-old-istanbul> .

Constantinopla foi a capital até 1453, com a


invasão dos turcos otomanos 2, que puseram fim
à longa história bizantina. Essa data tornou-se
um dos marcos que caracterizaram o final do
período medieval.

Do ponto de vista do pensamento político e filosófico, o modelo Bizantino se


caracterizou por uma relação íntima entre a esfera política e a religiosa.

Em Bizâncio 3, o modelo imperial ficou conhecido como Cesaropapismo 4,


isto é, o imperador possuía atribuições religiosas, além das políticas que
exercia. O imperador Bizantino podia convocar concílios, decidir sobre a
doutrina, o que seria ou não considerado heresia dentro do seu território.

O Império Romano teve como seu último defensor o Imperador Justiniano,


que governou durante o século VI e chegou a retomar alguns territórios do
lado ocidental, na esperança de restabelecer o glamour do antigo Império
Romano.

Com auxílio do general Belisário, o Império Bizantino chegou a conquistar


territórios em torno do mediterrâneo ocidental, particularmente na península
itálica, no sul da península Ibérica e no norte da África.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 5/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Os esforços de conquista dos territórios ocidentais – àquela altura estavam


dominados por reinos germânicos estabelecidos após às migrações – foram
tão desgastantes que, ao final do governo de Justiniano, o custo financeiro e
humano revelou a dificuldade de seguir apostando na união entre os
territórios do Ocidente e do Oriente.

A antiga grandeza de Roma passaria para um plano simbólico, já que a partir


do fim do reinado de Justiniano não houve mais tentativa de retomada do
Ocidente. A partir de então, o Império Bizantino se restringia ao lado ocidental
e se consolidava nos aspectos culturais e políticos que o caracterizaram.

Disputas Cristológicas
Com o Concílio de Niceia 5, em 325, o Imperador Constantino buscou
resolver certas disputas cristológicas que vinham sendo discutidas desde o
século anterior.

ARIANISMO
6
O Arianismo foi considerado uma heresia. Ário afirmava que Deus havia
gerado o filho. A disputa em relação à natureza de Cristo ocorreu com o bispo
Alexandre, da cidade de Alexandria 7. A partir do Concílio de Niceia, o
imperador Constantino acreditou ter posto fim a controvérsia, considerando o
Arianismo uma heresia e afirmando a consubstanciação, ou seja, a união
entre Jesus e Deus Pai.

No século V, desenvolveu-se entre os cristãos de Antioquia uma interpretação


segundo a qual havia uma distinção entre as duas naturezas de Cristo, ou
seja, havia uma separação entre a natureza humana e a natureza sagrada.

NESTORIANISMO
Jesus veio ao mundo como homem e foi na carne que sofreu os castigos que
redimiam a humanidade, por isso sua natureza humana seria mais
importante. Foi sua natureza humana que lhe permitiu sofrer como homem e
dar à humanidade a possibilidade de salvação do pecado. Essa concepção foi
apoiada pelo patriarca de Constantinopla, Nestório.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 6/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

9
A doutrina nestoriana se difundiu no Império Bizantino e ganhou
inúmeros adeptos. Ela foi considerada heresia no Concílio de Éfeso 10, em
431. Os estudiosos têm dificuldades de analisar o pensamento de Nestório, já
que todas as suas obras foram destruídas depois do Concílio. Em virtude
disso, o que se sabe sobre a doutrina foi retirada de seus comentadores ou de
seus opositores.

MONOFISISTA
Entre os adversários do Nestorianismo se difundiu, a partir da cidade de
Alexandria, uma interpretação que desvalorizava a natureza humana de Cristo
e reconhecia basicamente sua natureza divina. A doutrina Monofisita surgiu
no século V e se difundiu rapidamente pelas províncias bizantinas da Síria e
do Egito. Segundo o Monofisismo, com a encarnação teria ocorrido a união
perfeita da dupla natureza e, assim, Jesus teria apenas uma única natureza, a
divina.

A Igreja bizantina sentiu a necessidade de convocar mais um concílio para


discutir o tema. Desse modo, foi realizado o Concílio de Calcedônia, em
451, que condenou o Monofisismo como heresia e estabeleceu a primazia da
ortodoxia, com a crença na dupla natureza de Cristo: humana e divina. Essa
decisão, por um lado, aproximava a igreja bizantina da romana, que
estabelecia a dupla natureza e a trindade, mas por outro lado, afastou
importantes províncias – como Egito e Síria – do centro imperial, em
Constantinopla.

Apesar de serem consideradas heresias tanto o Nestorianismo e o


Monofisismo tiveram vida longa no Império Bizantino e muitos pensadores
Bizantinos eram seguidores dessas doutrinas.

Teologia Vs Filosofia no Império


Bizantino

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 7/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

 Mapa do antigo Império Bizantino.

No Oriente Bizantino, as relações e tensões entre Filosofia e Teologia


marcaram a especulação filosófica durante o período medieval, bem como
ocorria do lado ocidental.

Em Bizâncio, no seio da Igreja ortodoxa, encontrava-se a oposição entre


Teologia, como a verdadeira especulação iluminada pela fé e a Filosofia dos
antigos pagãos. Os padres da Capadócia colocam a ênfase de seus estudos no
tema da Trindade. Significava considerar que a Filosofia bizantina esteve
relacionada com a Teologia, mas, em certos casos, não foi considerada um
conhecimento inferior.

Alguns pensadores Bizantinos buscavam na sabedoria antiga, nas reflexões


dos filósofos gregos, os presságios da revelação divina. Encontramos, por
exemplo, a lenda segundo a qual Platão, no Hades, havia acreditado na
pregação de Cristo. Além disso, era comum recorrer a Aristóteles e Platão
para fundamentar os mais variados temas de Teologia.

É bastante comum encontrar autores, como Juan Crisóstomo, que se


dedicaram a fazer um ataque a Filosofia. Ele foi Patriarca de Constantinopla,
considerado um dos grandes Padres da Igreja do Oriente e, segundo seus
escritos, o Paganismo aparecia como mal e a Filosofia antiga obscurecia a
verdadeira fé.

As escolas filosóficas

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 8/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

No início da era bizantina encontramos duas grandes escolas filosóficas, que


foram centros intelectuais de grande importância no início da era bizantina,
mas divergiram do ponto de vista da postura política e religiosa assumida.

Neoplatônica de Atenas

A escola de Atenas foi fundada em princípios do século V e representava


uma etapa importante da fixação dos estudos filosóficos da época. Ali
atuaram Plutarco, Siríaco, Poclo, Marino, entre outros, organizando um
plano de estudos de acordo com uma progressão que conduzia desde
Aristóteles e Platão até as fontes da Teologia, as revelações dos deuses.
Defensora aberta de um modelo político baseado na República platônica,
não foi coincidência ter fechada por Justiniano, no ano de 529.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 9/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Aristotélica de Alexandria

A escola de Alexandria se mostrava mais próxima ao Cristianismo e,


especialmente, mais prudente e conciliadora politicamente com o poder
central em comparação aos seus colegas atenienses.

Primeiro Humanismo Bizantino

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 10/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

 Pintura de Fócio.

Durante o patriarcado de Fócio 11 retomou-se o


interesse pela Filosofia de Aristóteles, no
período conhecido como Primeiro Humanismo
Bizantino, no século IX.

Filosoficamente, Fócio foi um enciclopedista, isto é, se dedicou aos mais


variados assuntos, em uma intenção de organizar e sistematizar o
pensamento.

Suas principais obras foram a Biblioteca e as Respostas às questões de


Anfilóquio, cobrindo um imenso e desarticulado campo de investigações. A
Biblioteca contém textos variados, desde a vida de Isidoro (um dos últimos
mestres da Escola de Atenas) até a Providência e o destino, de Hiérocles.

O enciclopedismo inaugurado com Fócio chegou ao auge com o dicionário


enciclopédico compilado por mãos anônimas, na segunda metade do século X,
sob o título de Suda (A muralha), contendo aproximadamente trinta mil

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 11/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

artigos, com os mais variados temas.

Miguel de Psellós (1018–1078)


A atividade filosófica conheceu um período rico no mundo da ortodoxia
bizantina, com uma espécie de renascimento da Filosofia grega, no século XI,
com Miguel de Psellós professor da escola platônica, fundada por João
Mavrupos.

12
Psellós foi conselheiro do Imperador Constantino IX ;
Lecionou na Academia de Constantinopla;
Tornou-se monge e participou da acusação do patriarca Miguel Cerulário,
fomentada em 1059, pelo imperador Isaac Comeno;
Comentou o texto que os neoplatônicos da Antiguidade consideravam
portador da revelação filosófica, os oráculos caldaicos (ou caldeus),
atribuídos a Juliano Caldeu.

A escolha que Psellós fez das citações e a ordem na qual as examinou


mostrou que ele se esforçava para retirar dos oráculos caldeus uma espécie
de sistema. De fato, ele foi mais neoplatônico do que cristão ou platônico. Ele
distinguiu os três poderes correspondentes às três espécies de objetos de
conhecimento:

O SENTIDO
para os sensíveis.

O COGITATIVO
para os objetos do pensamento discursivo.

O INTELECTO
para os inteligíveis.

Com Miguel de Psellós, a dicotomia Platão-Aristóteles perdeu intensidade, já


que sua máxima admiração foi reservada aos neoplatônicos: Proclo, Jámblico
e os oráculos caldeus.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 12/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

A atitude que prevaleceu na base de valorização de Psellós implicou,


finalmente, a escolha que fez de Platão o guia para a esfera mais filosófica e
teológica, distintamente de Aristóteles, cujo âmbito de investigação e de
aplicação se limitava à lógica e à física.

Assim, entende-se porque Psellós não aprovava a condena indiferenciada de


toda a Filosofia platônica e aristotélica que resultou no sínodo patriarcal de
Miguel de Cerulário, bem como esclareceu que desejava resguardar a doutrina
da igreja dos erros da Filosofia pagã.

A tradição bizantina e a escolástica


ocidental
13
Com a fundação do Reino Latino de Constantinopla , estabelecido com a
Quarta Cruzada, que tomou a capital do Império, o mundo Bizantino entrou
em contato com o pensamento escolástico que vinha se desenvolvendo no
Ocidente.

Ocorreu, em Bizâncio, um interesse pela Teologia latina, que até então era
conhecida apenas por um seleto círculo de teólogos e de forma pouco
significativa.

Coube aos mosteiros da ordem mendicante dos dominicanos, difundir no


Oriente o pensamento de Santo Tomás de Aquino, especialmente a partir de
traduções gregas dos originas latinos. A partir de tais traduções era possível
ampliar e divulgar o conhecimento sobre sua doutrina.

No século XIV, o secretário imperial Demetrio


Cidônio dedicou-se ao estudo do latim com o
propósito de ler a Summa contra gentiles, de
Santo Tomás. A partir desses estudos, Demetrio
realizou uma tradução para o grego dessa obra,
concluída em 1354, além de traduzir outros
textos de Tomás de Aquino e outros teólogos
latinos.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 13/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Atividade
1. Analise os dois mapas e descreva:

a) A formação do Império Bizantino.

 Mapa do Império Bizantino.

b) As conquistas do Imperador Justiniano.

 Mapa do Império Bizantino.

2. Discuta a relação entre Filosofia e Teologia no Império Bizantino.

3. Faça uma análise do termo Cesaropapismo e sua relevância para a


História bizantina.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 14/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

4. Justiniano (527–565), no Império Romano do Oriente, enfrentou


diferentes dificuldades internas, inclusive nas relações entre a Igreja e o
Estado, devido a heresias como a dos monofisistas. Estes, entre outros
princípios:

a) Pretendiam a destruição de todas as imagens.


b) Negavam a natureza humana de Cristo.
c) Defendiam o conhecimento de Deus inspirado no misticismo.
d) Admitiam o dualismo de inspiração budista.
e) Acreditavam na reencarnação das almas em corpos animais.

5. Explique a relação entre a fundação do reino latino de Constantinopla


e a Filosofia ocidental.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 15/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Notas

Converteu 1

A conversão de Constantino: na noite anterior da batalha contra Maxêncio na


Ponte Milvia, Constantino teria tido um sonho com o famoso Lábaro
Constantino (CHI e RHO, iniciais gregas de Cristo). Ele mandou, então,
colocar o lábaro no escudo dos guerreiros, o que teria sido definitivo para a
vitória final. Apesar da história pitoresca sobre a conversão, do ponto de
vista da história da Filosofia não é relevante saber se a conversão foi sincera
ou apenas um ato político do Imperador. O que é significativo é entender a
importância histórica do fato e como o Cristianismo se tornou lentamente
uma religião de Estado, aliada aos poderes hegemônicos na Idade Média.

2
Turcos otomanos

Os turcos otomanos fundaram um império na região da Anatólia, liderados


por Oguz Osman. A região já era ocupada pelos povos turcos. É preciso
observar que os turcos seljúcidas haviam entrado no mundo islâmico ainda
no século XI e em 1050, 1051 se apropriaram do califado Abássida,
formando o mais tarde chamado Império Seljúcida. Eles adotaram a religião
islâmica, a língua e a cultura persa. Tempos depois, os otomanos viviam na
região da Anatólia e buscavam expandir seu Behique Otomano. Em 1453,
Maomé, o conquistador, liderando os povos turcos otomanos entrou e
conquistou Constantinopla.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 16/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

3
Bizâncio

Bizâncio se tornaria Constantinopla e atualmente é Istambul, capital da


Turquia.

4
Cesaropapismo

Forma de governo em que o Imperador exercia os poderes políticos que lhe


eram atribuídos, mas também arrogava-se prerrogativa da espera espiritual,
exercendo funções que eram tradicionalmente reservadas para as
autoridades religiosas.

5
Concílio de Niceia

Convocado pelo imperador Constantino, ocorreu na cidade de Niceia em 325.


Discutiu-se a controvérsia Ariana, a datação da páscoa, entre outros
assuntos.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 17/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

6
Arianismo

Doutrina defendida por Ário, presbítero de Alexandria, e amplamente


difundida no início da Idade Média, embora tenha sido considerada uma
heresia. Segundo o Arianismo, Jesus Cristo havia sido gerado pelo Deus pai
e, portanto, negava-se que os dois fossem a mesma pessoa, isto é, negava-
se a consubstancialidade.

7
Alexandria

Uma das cidades mais importantes do mundo antigo, ao norte do Egito, na


costa mediterrânea, fundada por Alexandre, o grande em 331 a.C.

10
Concílio de Éfeso

Convocado por Teodósio II, em 431, onde, por força de manobras políticas,
Nestório foi deposto e sua doutrina que distingue as naturezas de Cristo foi
considerada heresia.

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 18/19
15/04/2024, 09:02 História da Filosofia Medieval

Referências

DE LIBERA, A. A Filosofia Medieval. São Paulo: Loyola, 1998.

ECO, Umberto (Coord.). La Edad Media: Bárbaros, cristianos y


musulmanes. México: FCE, 2015.

WELLS, Colin. De Bizâncio para o mundo: A saga de um império milenar.


Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.

Próximos Passos

Transição do mundo antigo para a Idade Média;


A Filosofia na chamada primeira Idade Média;
Vida e obra de Santo Agostinho de Hipona.

Explore Mais

Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.

Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos
recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.

Visite a página:

Bizantinística <https://imperioBizantino.com.br/> .

https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon947/aula2.html?brand=estacio 19/19

Você também pode gostar