Processo Seletivo | 2O semestre de 2018

001. Prova I

 Confira seus dados impressos neste caderno.

 Nesta prova, utilize caneta de tinta azul ou preta.
 Esta prova contém 60 questões objetivas e uma proposta de redação.
 Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas.
 Nas questões de Língua Estrangeira, responda apenas àquelas referentes à sua opção (Inglês, Espanhol ou
Francês).
 Esta prova terá duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas
2h, contadas a partir do início da prova.
 Os últimos três candidatos deverão se retirar juntos da sala.
 Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação e o Caderno
de Questões.

Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

10.06.2018
Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões Leia o trecho inicial do conto “A igreja do diabo”, de Machado
de 01 a 03. de Assis, para responder às questões de 04 a 07.

O exemplo das rosas Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em

Uma mulher queixava-se do silêncio do amante:
− Já não gostas de mim, pois não encontras palavras
[para me louvar!
Então ele, apontando-lhe a rosa que lhe morria no seio:
− Não será insensato pedir a esta rosa que fale?
Não vês que ela se dá toda no seu perfume?
(Estrela da vida inteira, 2009.)
questão  01 núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de
Em sua réplica, o amante
(A) concorda com a fala da mulher, apontando para um
possível rompimento.
(B) argumenta que é possível expressar sentimento sem
recorrer a palavras.
(C) responde rispidamente, por julgar absurda a fala da
mulher.
(D) procura agradar à mulher, falando da rosa, um assunto
mais ameno.
certo dia, teve a ideia de fundar uma igreja. Embora os seus
lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com
o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização,
sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por
assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e ob-
séquios humanos. Nada fixo, nada regular. Por que não teria
ele a sua igreja? Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de
combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez.
− Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Es-
critura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com
vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e
todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o
Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem
e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de
mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar;
há só um de negar tudo.
Dizendo isto, o Diabo sacudiu a cabeça e estendeu os
braços, com um gesto magnífico e varonil. Em seguida,
lembrou-se de ir ter com Deus para comunicar-lhe a ideia, e
desafiá-lo; levantou os olhos, acesos de ódio, ásperos de vin-
gança, e disse consigo: − Vamos, é tempo. E rápido, batendo
as asas, com tal estrondo que abalou todas as províncias do
abismo, arrancou da sombra para o infinito azul.
(Contos: uma antologia, 1998.)

(E) desconsidera a fala da mulher, mudando bruscamente

de assunto. questão  04

O Diabo gostaria de fundar uma igreja para

(A) sistematizar suas atividades, visto que, até então, elas

questão  02
não estavam fundamentadas em regras nem em rituais.
“Não vês que ela se dá toda no seu perfume?”
(B) reformular as regras da igreja de Deus, a fim de que estas
O pronome sublinhado refere-se, no texto, lhe fossem mais favoráveis.

(A) ao amante. (C) começar a ter lucros, uma vez que, até então, vivia das
sobras, daqueles que não se encaixavam em outras
(B) ao seio. igrejas.
(C) à rosa. (D) passar a controlar o céu e a terra, ampliando sua jurisdi-
ção para além do inferno.
(D) à mulher.
(E) provar a Deus, por uma argumentação concreta, que os
(E) ao silêncio. homens são mais pecadores do que virtuosos.

questão  03 questão  05

“Então ele, apontando-lhe a rosa que lhe morria no seio:” “O meu credo será o núcleo universal dos espíritos” (2o pará-
grafo)
Na oração centrada no verbo “morria”, o termo sublinhado
exerce função de O termo sublinhado tem sentido equivalente ao de

(A) sujeito. (A) transcendente.

(B) geral.
(B) adjunto adverbial.
(C) específico.
(C) objeto direto.
(D) descomunal.
(D) objeto indireto.
(E) sagrado.
(E) adjunto adnominal.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 2
 questão  06 Leia o texto de Edward Said para responder às questões de
“Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de combater as outras
religiões, e destruí-las de uma vez” (1o parágrafo)
A expressão sublinhada pode ser substituída, com correção
gramatical, por:
(A) de contrariar a outros credos.
(B) de contrariar aos outros credos.
(C) de refutar às outras crenças.
(D) de se opor à outros credos.
(E) de se opor às outras crenças.
questão  07 efetivamente versado na prática musical – quer se trate de re-
“Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-
-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos,
sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem
nada” (1o parágrafo)
Mantendo o sentido original e a correção gramatical, a frase
pode ser reescrita como:
(A) Os seus lucros eram contínuos e grandes; no entanto,
sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia des-
de séculos, sem organização, sem regras, sem cânones,
sem ritual, sem nada.
(B) Mesmo que seus lucros fossem contínuos e grandes,
no entanto sentia-se humilhado com o papel avulso que
exercia desde séculos, sem organização, sem regras,
sem cânones, sem ritual, sem nada.
(C) Porque os seus lucros eram contínuos e grandes, sentia-se
humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos,
sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual,
sem nada.
(D) Ainda que os seus lucros fossem contínuos e grandes,
sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia des-
de séculos, sem organização, sem regras, sem cânones,
sem ritual, sem nada.
(E) Os seus lucros eram contínuos e grandes, portanto sen-
tia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde
séculos, sem organização, sem regras, sem cânones,
sem ritual, sem nada.
3 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
08 a 11.
Poucas figuras na história da música – e apenas um pu-
nhado de intérpretes – chegaram a gozar, fora do mundo mu-
sical, de uma reputação tão rica e tão complexa quanto a de
Glenn Gould, o pianista, compositor e intelectual canadense
que morreu de um infarto em 1982, aos 51 anos. Esse nú-
mero reduzido certamente tem a ver com a lacuna cada vez
maior entre o mundo da própria música clássica (deixando-se
de lado a indústria musical) e o ambiente cultural mais amplo,
uma lacuna pronunciada que contrasta com as relações ra-
zoavelmente próximas que ligam o mundo da literatura ao da
pintura, do cinema, da fotografia e da dança. O intelectual ou
literato contemporâneo não tem grande experiência na arte
musical, raras vezes toca um instrumento ou estudou solfejo
e teoria e, a não ser por comprar e colecionar gravações de
alguns nomes como Karajan1 ou Callas2, não costuma ser
lacionar execução, interpretação e estilo, quer se trate de di-
ferenciar as características harmônicas e rítmicas de Mozart,
Berg3 e Messiaen4. É provável que essa lacuna seja resulta-
do de muitos fatores, entre os quais o recuo da música nos
currículos humanísticos, o declínio da interpretação amadora
(aulas de violino e piano já foram parte rotineira da formação)
diante de padrões proibitivos e profissionais, e o difícil acesso
ao mundo da música contemporânea.
No entanto, Gould parece ter conquistado na imaginação
geral um lugar em que ainda permanece, mais de duas déca-
das após sua morte.
(Estilo tardio, 2009. Adaptado.)
1
Herbert von Karajan: um dos mais conhecidos regentes do século XX.
2
Maria Callas: uma das mais conhecidas cantoras líricas do século XX.
3
Alban Berg: importante compositor clássico do século XX.
4
Olivier Messiaen: importante compositor clássico do século XX.
questão  08
De acordo com o autor, Glenn Gould
(A) possuía, como intérprete, habilidades superiores às de
outros músicos de sua época.
(B) foi bem sucedido na música, mas fracassou em outras
artes.
(C) era, fora do meio musical, mais popular que Mozart.
(D) estabeleceu uma reputação positiva, mesmo fora de seu
campo de atuação.
(E) teve fama limitada ao meio musical, assim como Berg e
Messiaen.
 questão  09 Leia o texto de Georges Jean para responder às questões
O texto afirma que
(A) o conhecimento de literatos sobre músicos como Mozart
e Berg mostra o quanto as diferentes artes se alimentam
umas das outras.
(B) a distância que separa a música clássica das demais for-
mas artísticas tem se mostrado mais e mais significativa.
(C) a troca de informações entre as artes acaba por aperfei-
çoar a produção dos diferentes campos artísticos.
(D) as diferentes artes pertencem a mundos distintos, sem
conexões entre si.
(E) o fluxo de conhecimento de uma arte a outra provoca
uma contaminação que prejudica a pureza esperada
para as obras.
questão  10 teria criado a escrita, dando-a depois aos homens. A palavra
“uma lacuna pronunciada que contrasta com as relações
razoavelmente próximas que ligam o mundo da literatura ao
da pintura, do cinema, da fotografia e da dança” (1o parágrafo)
O sentido de “pronunciada” é equivalente ao sentido do termo
sublinhado em:
(A) A palestra do professor foi considerada excessivamente
teatral e eloquente.
(B) A sujeira nas ruas da cidade é uma informação tão
lamentável quanto permanente.
(C) A tristeza da mãe tornou-se, com o tempo, evidente.
(D) O modo como a palavra foi emitida transformou seu
sentido.
(E) A ausência do pai era mais que triste, era paralisante.
questão  11
“No entanto, Gould parece ter conquistado na imaginação
geral um lugar em que ainda permanece, mais de duas déca-
das após sua morte” (2o parágrafo)
O sujeito do verbo sublinhado é:
(A) mais de duas décadas após sua morte.
(B) ainda.
(C) um lugar.
(D) imaginação geral.
(E) Gould.
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
de 12 a 15.
A história do antigo Egito teria ficado, sem dúvida, em
grande parte desconhecida ou obscura, se Champollion e os
egiptólogos não tivessem penetrado no segredo da escrita
“hieroglífica” que recobre os inumeráveis monumentos do
vale e do delta do Nilo.
Esta escrita, ao contrário da cuneiforme – austera,
geométrica, abstrata –, é fascinante, poética e realmente
viva. Porque é feita de desenhos admiravelmente estilizados:
cabeças humanas, pássaros, animais diversos, plantas e
flores.
Sumérios e egípcios habitavam a mesma região do
mundo e suas civilizações apresentavam muitos pontos em
comum. Por essa razão, os pesquisadores ainda se interro-
gam sobre eventuais equivalências entre os pictogramas de
uns e os hieróglifos de outros. Contudo, por enquanto, ainda
se está no terreno das hipóteses e a pesquisa está longe de
ser concluída.
Segundo os antigos egípcios, foi o próprio deus Thot quem
“hieróglifo”, que designa os caracteres da escrita egípcia, signi-
fica, de fato, “escrita dos deuses” (do grego hieros, “sagrado”,
e gluphein, “gravar”).
Os primeiros documentos contendo inscrições em hieró-
glifos remontam ao terceiro milênio a.C.; porém, parece que
a escrita surgiu antes. Em todo caso, não sofreu nenhuma
transformação notável até aproximadamente 390 d.C., nem
mesmo quando o Egito estava sob o domínio romano. Sim-
plesmente, o número de símbolos cresceu, passando de se-
tecentos a cinco mil, no momento da ocupação romana.
(A escrita: memória dos homens, 2008. Adaptado.)
questão  12
Uma característica dos hieróglifos, que os diferencia da escrita
cuneiforme, é a
(A) concretude.
(B) inflexibilidade.
(C) exatidão.
(D) praticidade.
(E) ineficiência.
4
 questão  13 Read the text to answer questions from 16 to 21.
“Por essa razão, os pesquisadores ainda se interrogam sobre
eventuais equivalências entre os pictogramas de uns e os
hieróglifos de outros” (3o parágrafo)
No contexto em que está inserido, o trecho sublinhado tem
sentido de
(A) causa.
(B) finalidade.
(C) condição.
(D) conclusão.
(E) consequência.
questão  14 making duck faces at an iPhone, apparently unaware of
“Sumérios e egípcios habitavam a mesma região” (3o pará-
grafo)
Passada à voz passiva e mantido o sentido original, a oração
transforma-se em:
(A) A mesma região habitavam sumérios e egípcios.
(B) A mesma região foi habitada por sumérios e egípcios.
(C) A mesma região era habitada por sumérios e egípcios.
(D) A mesma região é habitada por sumérios e egípcios.
(E) A mesma região habitava sumérios e egípcios.
questão  15 of the year, these contemporary self-portraits have become
Assinale a alternativa em que o verbo sublinhado é transitivo
direto e indireto.
(A) “que recobre os inumeráveis monumentos do vale e do
delta do Nilo” (1o parágrafo)
(B) “foi o próprio deus Thot quem teria criado a escrita,
dando-a depois aos homens” (4o parágrafo)
(C) “Em todo caso, não sofreu nenhuma transformação notá-
vel até aproximadamente 390 d.C.” (5o parágrafo)
(D) “a pesquisa está longe de ser concluída” (3o parágrafo)
(E) “o número de símbolos cresceu, passando de setecentos
a cinco mil” (5o parágrafo)
5 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
How the selfie has helped shape the 20th century
Getty Images
A photograph of a photograph – a wedding party in The Philippines take a
selfie to note their special occasion
The word ‘selfie’ may bring to mind an adolescent girl
her surroundings, or a daredevil1 hanging off a skyscraper
moments from death – symptoms of a self-obsessed culture
and, some argue, the decline of society – but selfies have
much deeper cultural implications that complicate those
stereotypes. In her new book, The Selfie Generation, author
Alicia Eler breaks with clichés to imagine the selfie as a
double-edged sword, at once an empowering and vulnerable
phenomenon, characteristic of the digital age.
In opposition to the assumption that selfies are objectifying
or narcissistic, selfies have been key for empowering
marginalised groups. Mass media at our fingertips created
access to all kinds of characters, a new generation of
individuals who aren’t as afraid to be different or unique. “Was
there ever a time when adolescents weren’t obsessed with
their own image?” asks Eler. Young or old, you can’t blame
people for wanting validation, and now it’s just a tap away.
Since 2013, when ‘selfie’ was Oxford Dictionaries’ word
omnipresent in an age when visibility can be synonymous
with political power. Resistance and protest movements
have taken on new forms since then. They’re less about
marching with banners or community organising and more
about decentralised fluidity or being seen across multiple
online platforms. They are aimed at gaining visibility through
a different logic – by using common images, tactics, hashtags,
identity politics and iconic events.
(Devon V. H. Maldonado. www.bbc.com, 15.01.2018. Adaptado.)
1 
daredevil: someone who enjoys doing dangerous physical things.
questão  16
In the first paragraph we find the idea that selfies
(A) tend to make people more vulnerable, especially
adolescents.
(B) are a most important symptom of the decline of modern
society.
(C) make people entirely forgetful of the world around them.
(D) can be seen as having favourable as well as unfavourable
attributes.
(E) bring the very negative cultural implication of creating
stereotypes.
 questão  17 questão  21

In the fragment from the first paragraph “at once an According to the third paragraph, selfies
empowering and vulnerable phenomenon”, the underlined
expression can be replaced, without a change in meaning, by (A) should be correctly interpreted as symbols of political
power.
(A) merely.
(B) are described by The Oxford Dictionaries as synonyms to
(B) at the same time. social visibility.
(C) surprisingly. (C) have been transformed by multiple online platforms.
(D) immediately.
(D) have modified the way in which protest movements
(E) one time. operate.

(E) have helped make resistance mobilisations more

consistent.
questão  18

In the second paragraph, according to Eler, selfie users –

especially the young – are concerned about
questão  22
(A) having access to people from anywhere in the world.

(B) creating legitimate marginalised groups.

(C) strengthening their political power.

(D) appearing narcissistic.

(E) reinforcing their self-image.

questão  19

Expressions such as “at our fingertips” and “just a tap away”,

in the second paragraph, help describe one important feature
related to the use of selfies, namely,

(A) accessibility.

(B) narcissism.

(C) obsession.
(www.cartoonstock.com)
(D) marginalisation.
The cartoon shows that
(E) validation.
(A) the boy is surprised there are no pictures of his
grandmother in the family album.

(B) the boy expected the grandmother to like selfies, but it

questão  20
appears she doesn´t.
In the fragment from the second paragraph “a new generation
of individuals who aren’t as afraid to be different or unique”, (C) selfies may have become a serious generation gap
the underlined term could be correctly replaced by problem.

(A) what. (D) the boy doesn´t seem to realize there were no selfies at
the time the pictures were taken.
(B) whose.
(E) the grandma and her grandson enjoy spending their time
(C) which. together looking at selfies.
(D) whom.

(E) that.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 6
Read the text to answer questions from 23 to 30. questão  24

In the fragment from the first paragraph “if the current trend
Antarctica threatened by increasing ice-free areas
of global greenhouse gas emissions continues to rise”, the
A new study revealed that the increasing ice-free areas underlined expression means the same as
in Antarctica could negatively affect the plant and animal life
that are unique in the continent. The study, published in the (A) long-lasting impact.
journal  Nature, showed that the ice-free area in Antarctica
(B) massive effect.
could increase to 25 percent by 2100 if the current trend of
global greenhouse gas emissions continues to rise. Due to
(C) present tendency.
this expansion, some of the native animal and plant species
in the continent could suffer from population decline. “While (D) intense movement.
this might provide new areas for native species to colonize, it
could also result in the spread of invasive species, and in the (E) actual level.
long term, the extinction of less competitive native species,”
warned study co-author Aleks Terauds, of the Australian
Antarctic Program.
At present, the ice-free area in Antarctica covers only less questão  25
than 1 percent of the continent. However, these areas serve In the excerpt from the first paragraph “Due to this expansion,
as home to about 99 percent of the plants and animals unique some of the native animal and plant species in the continent
to Antarctica. If the recent trend continues, about 85 percent could suffer from population decline”, the underlined
of the Antarctic Peninsula could become ice-free. Global expression could be replaced, without a change meaning, by
temperatures exceeding 2 degrees Celsius could make South
Oakley Islands completely ice-free by 2100. The researchers (A) according to.
described such event as the “a complete transformation of the
physical environment.” (B) because of.
While some of the native species in Antarctica could
greatly suffer from the expansion of ice-free areas, there (C) contrasting with.
are also other species that could benefit from the increasing
(D) with respect to.
number of patches. The extra space could become breeding
grounds for some species of penguins, seabirds and seals. (E) in spite of.
These changes in the range and breeding grounds of some
species could cause destabilizing effects on the ecosystem
in the continent; also, they could encourage the spread of
invasive species, greatly threatening some of the native ones. questão  26
(John Raphael. www.natureworldnews.com, 30.06.2017. Adaptado.)
Choose the alternative describing the event which,
according to the second paragraph, would mean “a complete
transformation of the physical environment”.
questão  23
(A) The fact that about 85 percent of the Antarctic continent
The study reported in the text revealed have already become ice-free.

(A) greenhouse gas emission effects on waters around the (B) The amazing decrease in the number of Antarctica´s
world. native plants and animals.

(B) a threatening and unexpected population decline in the
Antarctic Peninsula.
(C) possible environmental impacts of the spread of unfrozen
areas in the Antarctica.
(D) the disappearance of all plant and animal life unique to
the continent.
(C) Much higher world temperatures in the near future.
(D) The progressive melting of the ice in most of the Antarctic
Peninsula.
(E) The total disappearance of frozen lands on the South
Oakley Islands by 2100.

(E) new invasive animal and plant species dominating the

Antarctica.

7 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 questão  27 Lea el texto para contestar a las cuestiones del 16 al 23.

In the excerpt from the second paragraph “However, these

Brasil mejora: ¿podemos aprovecharlo?
areas serve as home to about 99 percent of the plants and
animals unique to Antarctica”, the underlined word carries the Con mayores fundamentos que a fines de 2016,
idea of aunque no mucho mayores, han reaparecido estos días las
expectativas de que la economía brasileña le dé, al fin, una
(A) contrast.
buena mano a la Argentina. Esa mano que se espera hace
(B) exemplification. tiempo se llama exportaciones y, sobre todo, exportaciones
industriales.
(C) emphasis.
Entre 2015 y 2016, la economía brasileña acumuló
(D) explanation. una caída del 7,2% y sufrió una recesión sin precedentes.
Tomando como cierto el 1%, el PBI estaría hoy al mismo nivel
(E) consequence. de 2011 y medido por habitante, igual que en 2010. De ahí se
viene. Peor fue el recorrido de la actividad industrial, que entre
2014 y 2016 se desplomó nada menos que un 19%. Pero dos
questão  28 proyecciones, ya sobre 2018, mejoran verdaderamente el
panorama. Privada, una anticipa crecimiento económico del
According to the third paragraph, in the Antarctica, 2,7% y la otra, del propio Ministerio de Hacienda brasileño,
(A) the new ecosystem shows that destabilization in the area sube la raya al 3%.
will be inevitable. Está claro que ambas hipótesis deben ser probadas en
los hechos y, también, que la Argentina debe tener con qué
(B) the emergence of new species replacing native ones may aprovechar la oportunidad. Durante los últimos años la vía
prevent destruction of the ecosystem. comercial funcionó exactamente en sentido contrario al que
(C) there are animal species to possibly profit from the ahora se espera: en 2017, Brasil cosechó un superávit de
increased quantity of ice-free patches. US$ 8.183 millones que fue récord histórico. La cuenta trepa
a US$ 12.516 millones cuando se le suma 2016. La Argentina
(D) native animal and plant life is expected to be extinguished pagó parte de la recesión brasileña, porque fue uno de los
within a few years. mercados a los que los brasileños mandaron la producción
que no podían colocar puertas adentro.
(E) penguins, seabirds and seals are the animals to most
suffer as a result of unfreezing waters. En conclusión, varias de 2017 remiten a las posibilidades
de capitalizar el crecimiento que parece asomar. Pese a sus
dificultades y por necesidad, Brasil aumentó las importaciones
totales un 9,6%, o sea, el doble largo del 3,8% que nos
questão  29 tocó a nosotros. Para China no pintó 9,6% sino 17%, o un
In the fragment from the third paragraph “the extra space porcentaje cuatro veces y media mayor al nuestro. Registros
could become breeding grounds for some species of...”, the aún más altos anotaron países de la región que no figuran en
underlined term indicates la categoría de potencias: por ejemplo, el 19,8% de Chile; el
20% de México y el 31% de Perú.
(A) strong necessity. Esto vuelve a plantear la cuestión de tener productos
(B) certainty. con los cuales poder entrar o, peor, canta que existen
competidores más fuertes; si se prefiere, mejor preparados.
(C) result. (Alcadio Oña. www.clarin.com, 21.01.2018. Adaptado.)
(D) past ability.

(E) possibility.
questão  16

De acuerdo el primer párrafo del texto, Argentina

questão  30 (A) desea importar más productos de Brasil en el año 2018.
The irregular verb we find in the third paragraph is (B) proyecta que su economía será mayor que la brasileña
(A) encourage. en el año 2018.

(B) benefit. (C) quiere interrumpir viejos acuerdos comerciales con Brasil
próximamente.
(C) suffer.
(D) tiene la expectativa de vender más productos a Brasil.
(D) become.
(E) ve en la posible mejora de la economía brasileña un
(E) cause. problema por la rivalidad económica.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 8
 questão  17 questão  21

En el segundo párrafo, decir que “entre 2014 y 2016 se En el tercer párrafo se dice que Argentina “fue uno de los
desplomó nada menos que un 19%” indica que la actividad mercados a los que los brasileños mandaron la producción
industrial que no podían colocar puertas adentro”, lo que significa que

(A) se recuperó muy pronto. (A) la crisis argentina hizo que Brasil les vendiera más
productos a países vecinos.
(B) sufrió una fuerte caída.
(B) se prohibió en Argentina la entrada de varios productos
(C) tuvo un alza significativa.
brasileños.
(D) se mostró muy inestable.
(C) Argentina tiene una deuda grande con Brasil por no
(E) se mantuvo en los mismos niveles. haberle pagado varias importaciones.

(D) la crisis económica hizo que Brasil le vendiera más

productos a Argentina.
questão  18
(E) se prohibió en Brasil la entrada de varios productos
En “Pero dos proyecciones, ya sobre 2018, mejoran argentinos.
verdaderamente el panorama”, segundo párrafo, la conjunción
destacada tiene valor

(A) causal. questão  22

(B) consecutivo. Según los datos del cuarto párrafo, en 2017

(C) temporal. (A) Brasil prácticamente dejó de importar debido a la crisis.

(D) comparativo. (B) Chile, México y Perú tuvieron gran importancia en la

economía argentina.
(E) adversativo.
(C) China tuvo mucha influencia en la economía argentina.

(D) Brasil importó más productos que Argentina.

questão  19
(E) Argentina es el principal importador de productos chinos
En “la Argentina debe tener con qué aprovechar la en el mundo.
oportunidad”, tercer párrafo, la palabra destacada lleva tilde
(acento gráfico) porque es

(A) un pronombre interrogativo. questão  23

(B) una palabra que se pronuncia con la “e” abierta. Además de hablar del pronóstico para la economía brasileña,
el autor del texto
(C) una palabra monosílaba.
(A) afirma que Argentina debería buscar otros socios
(D) un pronombre personal. comerciales como Chile, México y Perú.
(E) un pronombre demostrativo. (B) advierte que Brasil prefiere hacer más negocios con
China que con Argentina.

(C) critica el sistema productivo argentino, ya que hay

questão  20
competidores más fuertes y mejor preparados.
En “La cuenta trepa a US$ 12.516 millones cuando se le suma
(D) pone de relieve los puntos positivos de la economía
2016”, tercer párrafo, el pronombre destacado se refiere a
argentina.
(A) histórico.
(E) le echa la culpa a la ineficiencia argentina respecto a la
(B) récord. poca relación comercial con Brasil.

(C) recesión.

(D) parte.

(E) cuenta.

9 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
Lea el texto para contestar a las cuestiones del 24 al 29. questão  24

El subtítulo del texto indica que la conciliación entre la vida

Encadenados al trabajo personal y el empleo, en España, es algo
La conciliación entre la vida personal y el empleo (A) inútil.
es una quimera en España
(B) que ya se ha alcanzado.
“Si queremos salir de la crisis solo tenemos una manera: (C) imposible de conseguir.
trabajar más y, desgraciadamente, cobrar menos. Hay que
recordar que esta democracia empezó con 48 horas de (D) que se debe abandonar.
trabajo semanal, y ahora estamos en 40, no se puede seguir
(E) indeseado.
así”. Como en tantas otras cosas, el expresidente de la
Confederación Española de Organizaciones Empresariales
(CEOE), Gerardo Díaz Ferrán (en la cárcel desde 2012 por la
quiebra de Marsans), se equivocaba cuando pronunció estas questão  25
palabras. En el primer párrafo, se comenta que Gerardo Díaz Ferrán
Los españoles están entre  los europeos que más estaba equivocado. Su equivocación consistió en haber
horas trabajan al año (1.691, según la CEOE, 272 más que afirmado que
holandeses y 320 más que alemanes) pero la productividad
promedio (calculada como la relación entre PIB y tiempo (A) la crisis en España había hecho reducir las horas de
trabajado) ronda los 36 euros por hora, frente a los 68 de actividad de los trabajadores en las empresas.
Dinamarca, los 57 de Holanda, Francia (56 euros) o Alemania
(B) se tenía que trabajar más por menos dinero en España
(55 euros).
para salir de la crisis.
El presentismo, unos horarios endiablados, el
menosprecio a las mujeres, los sueldos mermados, una (C) se estaba trabajando cada vez más horas después que
legislación que no se cumple, unos mandos que presumen de se instauró la democracia en España.
no descansar y la presión de una sociedad que quiere poder
(D) España no llegaría al mismo nivel de eficiencia productiva
consumir las 24 horas del día escriben el guión de una época
que otros países europeos.
espinosa para sobrellevar equilibradamente vida privada y
profesional. (E) los españoles no respetaban las leyes democráticas del
El investigador Marc Grau pide a las personas que país.
asisten a sus charlas que se fijen en un número: el 168. “Son
las horas de las que disponemos cada semana. Son para
todos… ricos, pobres, altos, bajos. Si le dedicas más horas al questão  26
trabajo le darás menos a la familia.
Algo falla. “¿Estamos locos? Trabajar sin desconectar, sin Entre el portugués y el español, hay ciertas palabras a las
dormir lo suficiente, no nos convierte en gente más divertida. que se les clasifica como “heterotónicas”. Las palabras
Podemos ser europeos sin perder nuestras singularidades, heterotónicas son iguales o muy semejantes en ambas
pero funcionamos con modelos del siglo pasado”, reflexiona lenguas pero se pronuncian de forma diferente porque la
José Luis Casero, presidente de la Asociación para la tonicidad no coincide, es decir, la sílaba tónica de la palabra
Racionalización de Horarios. Aunque elegir no está al en uno de esos idiomas no es la misma que en el otro. En el
alcance de todos. Según la encuesta de condiciones texto, es el caso de la palabra
laborales de España que se  publica cada cinco años (los (A) cosas.
últimos datos son de 2015), muchas personas superan con
creces la jornada laboral máxima semanal que el Estatuto (B) trabajo.
de los Trabajadores marca en 40 horas. Los operarios de la
(C) horas.
construcción o con ocupaciones elementales admiten llegar,
en más de un 40% de los casos, “exhaustos” a casa. Trabajar (D) semanal.
con plazos ajustados o a gran velocidad es lo normal para
un tercio de la población ocupada – y subiendo –, y casi la (E) democracia.
mitad de la masa laboral realiza tareas breves (de menos de
un minuto) y repetitivas. La oferta y la demanda no casan
porque, como recuerda Cristina Antoñanzas, vicesecretaria questão  27
general de Unión General de los Trabajadores (UGT), “como
sociedad lo queremos todo, y queremos que esté disponible Según los datos del texto, Gerardo Díaz Ferrán
las 24 horas”. (A) está en prisión.
(María Fernández. https://elpais.com, 21.01.2018. Adaptado.)
(B) va en contra de la democracia.

(C) va en contra del aumento de las horas de trabajo.

(D) preside la CEOE.

(E) preside la empresa Marsans.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 10
 questão  28 Lisez le texte et répondez aux questions de 16 à 23.

El conjunto de ítems expuestos en el tercer párrafo repre-

Qu’est-ce que la dépression?
senta
Il ne faut pas confondre état dépressif et tristesse
(A) ventajas de las condiciones de trabajo de España frente
passagère, liée à un événement (perte d’un proche, accident,
a otros países europeos.
etc.). Pour les médecins, une personne est dépressive si elle
(B) actitudes de discriminación hacia las mujeres y los présente, pendant plus de deux semaines, au moins deux
trabajadores más pobres. symptômes de la maladie: humeur triste, perte d’intérêt,
(C) percances a que se consigan mejores condiciones sentiment de culpabilité ou de dévalorisation, envies de mort.
laborales en España. Auxquels doivent s’ajouter au moins trois symptômes non-
spécifiques: troubles du sommeil, fatigue, ralentissement des
(D) consejos para tener una vida con actividades más mouvements ou agitation, troubles de l’appétit, difficultés de
equilibradas. concentration, perte d’énergie.
(E) consecuencias de la constante falta de trabajo en la Les causes de la dépression sont encore mal comprises.
sociedad española. Derrière ces symptômes se cache une perturbation du
fonctionnement du cerveau dont les scientifiques cherchent
encore la cause, même si plusieurs pistes sont envisagées.
questão  29 En premier lieu, une anomalie dans la formation, la
transmission et la régulation des neurotransmetteurs (les
De acuerdo con el texto, molécules que s’échangent les neurones pour véhiculer
(A) Francia tiene más productividad laboral que Holanda y l’information), notamment un manque de sérotonine. Vient
Dinamarca. ensuite le stress. L’organisme y réagit en faisant monter le
taux de glucocorticoïdes dans le sang. Or, ces messagers
(B) los españoles son los europeos que trabajan más horas y peuvent devenir toxiques et bloquer la formation de nouveaux
son más productivos. neurones.
(C) el PIB español es mayor que el de otros países europeos Autre piste, notre système immunitaire. Après une
porque los españoles trabajan más horas. infection ou une maladie inflammatoire, l’organisme libère
des molécules favorisant les réactions immunitaires, qui
(D) Marc Grau recomienda que se dedique mitad de las horas
altèrent les concentrations de certains neurotransmetteurs
semanales a la familia y mitad al trabajo.
indispensables à la régulation de l’humeur. Sans oublier
(E) muchas personas suelen trabajar más de 40 horas por l’hérédité, qui peut créer un terrain favorable.
semana en España. (www.science-et-vie.com, 09.01.2018. Adaptado.)

questão  30
questão  16

HACE UNOS AÑOS HOY Selon le texte, pour les médecins, la dépression

(A) est une maladie chronique pour laquelle la médecine n’a

SOY MILEURISTA SOY MILEURISTA
pas encore trouvé de solution.
¡AY, POBRE!
¡QUÉ ¡VAYA, SUERTE!
¡QUÉ (B) peut être perçue comme une manifestation de la mauvaise
VERGÜENZA! ENVIDIA,
OYE!
humeur et du stress quotidien.
¡EXPLOTADORES! ¡ENCHUFADO!
(C) résulte souvent de la mort d’un proche ou de l’occurrence
¡ESE
SUELDO ES ¡OJALÁ d’un accident grave.
MISERABLE! TUVIERA YO
UN SUELDO
ASÍ!
(D) se caractérise par un ensemble de signes ou symptômes
qui durent plus de deux semaines.

(E) est un état de tristesse intense et passagère, en raison

d’un événement tragique.

(www.memedroid.com, noviembre de 2013.)

La viñeta muestra una condición social y laboral

(A) que se ha mantenido igual a lo largo del tiempo.
(B) de desprestigio en la actualidad para los mileuristas.
(C) que demuestra que los sueldos suben cada vez más en
España.
(D) que ha cambiado a lo largo del tiempo.
(E) de tristeza del personaje por su situación actual.
11 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 questão  17 questão  20

Selon le texte, La phrase du deuxième paragraphe “Les causes de la

dépression sont encore mal comprises” peut être réécrite,
(A) le système immunitaire et l’hérédité n’ont pas la moindre
sans modification de sens, par
influence sur l’état dépressif.
(A) en ce moment, tout le monde comprend les causes de la
(B) derrière la dépression se trouve un mauvais dépression.
fonctionnement de la communication entre neurones.
(B) autrefois, on comprennait mieux les causes de la
(C) les neurotransmetteurs se multiplient dans le cerveau dépression.
d’une personne dépressive.
(C) les causes de la dépression ne seront pas identifiées à
(D) la dépression est une maladie psychiatrique qui peut court terme.
devenir chronique par manque de sérotonine.
(D) on vient de décourvrir les véritables causes de la
(E) après les études menées par les scientifiques, il ne reste dépression.
aucun doute quant aux origines de la dépression.
(E) jusqu’à présent, on n’a pas bien compris les causes de la
dépression.

questão  18

D’après le texte, questão  21

Dans la phrase du troisième paragraphe “Derrière ces

(A) la dépression est une maladie héréditaire et incurable qui
symptômes se cache une perturbation du foncionnement du
affecte surtout les personnes plus agées.
cerveau dont les scientifiques cherchent encore la cause”, le
(B) les maladies inflammatoires et les infections provoquent mot souligné se réfère
dans le cerveau d’une personne dépressive des
(A) aux opinions des scientifiques sur la dépression.
altérations très graves et irréversibles.
(B) aux symptômes de l’état dépressif.
(C) les scientifiques viennent de découvrir les causes de la
dépression et, par conséquent, un traitement efficace de (C) au cerveau des scientifiques impliqués.
cette maladie. (D) à une perturbation du fonctionnement du cerveau.
(D) l’étude de l’hérédité révèle que les parents dépressifs ont (E) au fonctionnement normal du cerveau.
souvent des enfants qui souffrent de cette même maladie.

(E) le manque de sérotonine, le stress, le système immunitaire

questão  22
et l’hérédité seraient parmi les causes possibles de la
dépression. Dans l’extrait du premier paragraphe “Pour les médecins, une
personne est dépressive si elle présente, pendant plus de
deux semaines, au moins deux symptômes de la maladie”, le
questão  19 mot souligné exprime

Dans la phrase du premier paragraphe “Il ne faut pas (A) l’intensité.

confondre état dépressif et tristesse passagère”, les termes (B) l’opposition.
soulignés peuvent être remplacés, sans modification de sens,
par (C) la conséquence.

(A) on ne doit pas. (D) la durée.

(E) la conclusion.
(B) on ne sait pas.

(C) on ne veut pas.

questão  23
(D) il ne fait pas.
Dans l’extrait du premier paragraphe “Pour les médecins, une
(E) il ne va pas. personne est dépressive si elle présente, pendant plus de
deux semaines, au moins deux symptômes de la maladie:
humeur triste, perte d’intérêt, sentiment de culpabilité ou de
dévalorisation, envies de mort. Auxquels doivent s’ajouter au
moins trois symptômes non-spécifiques”, le mot souligné se
réfère à
(A) une personne.
(B) les médecins.
(C) deux symptômes.
(D) la maladie.
(E) deux semaines.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 12
Lisez le texte et répondez aux questions de 24 à 30.
Les français doivent retrouver la culture du don
En réformant la fiscalité du capital dans son budget voté
il y a quelques jours, le gouvernement a souhaité inciter les
particuliers à devenir investisseurs.
Or, si le capital peut servir à financer des projets
entrepreneuriaux, il peut également devenir un outil au
service du bien commun grâce à la philanthropie. Et, sur ce
point, notre pays accuse un retard significatif. Alors que les
particuliers allemands donnent un peu plus de 4 milliards
d’euros chaque année et les Britanniques plus de 11 milliards
d’euros, les Français ne consacrent que 2,2 milliards d’euros
aux causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur.
Les Français seraient-ils moins généreux que leurs
voisins? Comment expliquer un tel décalage?
Il est vrai qu’avec un montant de prélèvements obligatoires
largement supérieur à la moitié de la richesse nationale, les
Français ne bénéficient guère de marges de manœuvre pour
donner davantage.
De plus, la législation concernant la création de
fondations et d’œuvres demeure contraignante, même si ce
point s’améliore notamment grâce à la création des fonds
de dotation. Les chiffres le prouvent: la France compte un
peu moins de 4 000 fondations, contre plus de 12 000 au
Royaume-Uni et 20 000 en Allemagne.
Mais surtout, une raison culturelle profondément ancrée
dans les mentalités françaises vient expliquer cette faiblesse.
Par la mise en place de systèmes sociaux toujours plus
centralisés, l’État s’est progressivement arrogé le monopole
du bien commun. Or, force est de constater que la solidarité
nationale, quoique nécessaire, traverse aujourd’hui une crise
morale, financière et opérationnelle.
En nationalisant la charité, l’État l’a désincarnée et a
déresponsabilisé ses acteurs, tant les donateurs – devenus
des contribuables, que les bénéficiaires – considérés comme
des ayants droit. Alors que les uns dénoncent une fiscalité
excessive, les autres attendent une prestation, bien loin de
tout esprit de générosité.
(Pierre-Édouard Stérin. www.lefigaro.fr, 17.01.2018. Adaptado.)
questão  24
Selon le texte,
(A) les Allemands et les Anglais paient plus d’impôts que les
Français.
(B) la nationalisation de la charité est une initiative des
entrepreneurs français.
(C) les Français consacrent peu d’argent à la philanthropie.
(D) les Français sont plus fraternels que leurs voisins
européens.
(E) les Français doivent beaucoup d’argent aux associations
caritatives.
13
questão  25
D’après le texte,
(A) la crise économique et le chômage empêchent les
Français de donner davantage.
(B) en France, la législation ne favorise pas la création de
fondations et d’œuvres.
(C) les fonds de dotation vont financer la création de 4 000
fondations en France.
(D) la générosité n’a jamais été le point fort des hommes
politiques français.
(E) l’État français contribue très peu pour les œuvres sociales
et le bien commun.
questão  26
Selon le texte,
(A) en France, les bénéficiaires sont beaucoup plus nombreux
que les donateurs, ce qui explique la crise de la solidarité.
(B) la crise morale, financière et opérationnelle des institutions
de charité résulte d’une mauvaise gestion.
(C) au contraire de l’Allemagne et du Royaume-Uni, la
solidarité nationale en France est complètement disparue.
(D) la générosité des Français est reconnue dans le monde
entier, malgré la crise économique et financière qu’ils
traversent.
(E) l’État français s’est approprié le monopole du bien
commun, par la création de systèmes sociaux très
centralisés.
questão  27
La phrase du deuxième paragraphe “les Français ne
consacrent que 2,2 milliards d’euros aux causes et aux
œuvres qui leur tiennent à cœur” peut être remplacée, sans
modification de sens, par
(A) les Français consacrent seulement 2,2 milliards d’euros
aux causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur.
(B) les Français n’ont jamais consacré 2,2 milliards d’euros
aux causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur.
(C) les Français consacrent plus de 2,2 milliards d’euros aux
causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur.
(D) les Français consacrent une partie de 2,2 milliards d’euros
aux causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur.
(E) les Français ne consacrent pas 2,2 milliards d’euros aux
causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur.
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 questão  28 questão  31

Dans la phrase du troisième paragraphe “Les Français Os homens espartanos eram exclusivamente soldados
seraient-ils moins généreux que leurs voisins?”, le verbe profissionais. Sua vida, integralmente modelada pelo Esta-
souligné est do, era-lhe inteiramente dedicada. Aos sete anos o menino
era entregue nas mãos do Estado; a educação consistia, so-
(A) au passé composé.
bretudo, em desenvolver a habilidade guerreira. Tornando-se
(B) à l’impératif. adulto, ele passava a maior parte do tempo com seus compa-
nheiros de armas e devia participar da refeição comum.
(C) au conditionnel présent.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1980. Adaptado.)
(D) à l’imparfait.
Na Grécia Antiga, a cidade-Estado de Esparta distinguia-se
(E) au futur. (A) pela formação dos dirigentes políticos para o exercício
das atividades agrícolas e comerciais da cidade.
(B) pela organização política e social orientada pelo objetivo
questão  29
preponderante de defesa da cidade.
Dans la phrase du sixième paragraphe “Or, force est de (C) pela inexistência de relações escravistas em uma cidade
constater que la solidarité nationale, quoique nécessaire, de pouco desenvolvimento da atividade comercial.
traverse aujourd’hui une crise morale, financière et
(D) pela anexação de mercados externos fornecedores de
opérationnelle”, le mot souligné exprime une idée de
equipamentos militares para a cidade.
(A) but. (E) pela adoção de um regime político cuja participação era
(B) condition. permitida apenas aos guerreiros das cidades aliadas.

(C) quantité.
questão  32
(D) conséquence.
As mui ricas horas do duque de Berry é um livro de oração
(E) concession.
ilustrado, produzido no século XV. As imagens trazem infor-
mações sobre a sociedade da Europa Ocidental no final da
Idade Média.
questão  30

Dans l’extrait du deuxième paragraphe “Alors que les

particuliers allemands donnent un peu plus de 4 milliards
d’euros chaque année et les Britanniques plus de 11 milliards
d’euros, les Français ne consacrent que 2,2 milliards
d’euros aux causes et aux œuvres qui leur tiennent à cœur”,
l’expression soulignée fait référence aux causes et aux
œuvres

(A) qui sont méprisées par les Français.

(B) qui n’ont pas d’importance pour les Français.

(C) qui déstabilisent les convictions des Français.

(D) qui sont très importantes pour les Français.

(E) qui ne concernent pas les Français.

(http://es.wahooart.com)

A ilustração remete
(A) ao elevado nível técnico na exploração das pequenas pro-
priedades camponesas no conjunto da economia feudal.
(B) à divisão do trabalho agrícola em um espaço em que se
destacam monumentos arquitetônicos dedicados à prote-
ção militar e à religião.
(C) ao fim das relações feudais com a dissolução da explora-
ção econômica e social do estamento servil.
(D) à aliança do rei com a Igreja e com os servos no processo
de consolidação das monarquias nacionais.
(E) às transformações da economia feudal com a emergên-
cia do dinamismo comercial e das cidades fortificadas.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 14
 questão  33 Leia o texto para responder às questões 35 e 36.
O poder econômico não resulta tanto da posse dos recur-
sos naturais, mas da capacidade, com ou sem eles, de reagir
rapidamente às mudanças econômicas e tecnológicas.
Em geral, a escassez e o gosto pelo desafio que ela ins-
pira estimulam mais do que a abundância. Um exemplo nes-
se sentido é fornecido pela Península Ibérica e seu império
colonial.
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.)
O texto refere-se à experiência histórica dos países ibéricos,
Portugal e Espanha, que
(A) exploraram grandes jazidas de metais preciosos em suas
colônias americanas sem terem se industrializado.
(B) priorizaram o investimento financeiro na implantação da
Contrarreforma Católica nos impérios coloniais.
(C) procuraram conter a eclosão de movimentos de inde-
pendência colonial por meio de gastos com exércitos
mercenários.
(D) dilapidaram os recursos abundantes acumulados com o
comércio de especiarias orientais no desenvolvimento de
suas áreas coloniais.
(E) aplicaram os recursos provenientes de suas colônias nas
formas tradicionais de industrialização têxtil.
questão  34
Governando de fato o país a partir de 1624, o cardeal
Richelieu logo deu continuidade à destruição das últimas for-
talezas huguenotes no sudoeste, com o cerco e a captura de
La Rochelle; esmagou sucessivas conspirações da nobreza,
com execuções sumárias; derrubou os castelos da nobreza
e baniu os duelos.
(Perry Anderson. Linhagens do Estado absolutista, 2016. Adaptado.)
As atitudes políticas do cardeal Richelieu, ministro do rei da
França Luiz XIII, foram fundamentais para a consolidação do
absolutismo porque
(A) separaram o poder político do religioso e a classe aristo-
crática do comando militar.
(B) aboliram o Antigo Regime e a desigualdade jurídica na
sociedade francesa.
(C) extinguiram o culto calvinista e os privilégios sociais da
aristocracia francesa.
(D) confiscaram riquezas eclesiásticas e terras senhoriais
em benefício do tesouro real.
(E) submeteram grupos religiosos e sociais ao poder militar e
judiciário do Estado.
15
Não só o algodão, o bicho-da-seda e a laranjeira intro-
duziram os árabes e mouros na Península: desenvolveram a
cultura da cana-de-açúcar que, transportada depois da Ilha
da Madeira para o Brasil, condicionaria o desenvolvimen-
to econômico e social da colônia portuguesa na América,
dando-lhe organização agrária e possibilidades de perma-
nência e fixidez. O mouro forneceu ao colonizador do Brasil
os elementos técnicos de produção e utilização econômica
da cana.
(Gilberto Freyre. Casa-Grande e Senzala, 1989.)
questão  35
O excerto refere-se a trocas civilizacionais ocorridas em Por-
tugal, cujas origens históricas mais remotas remontam
(A) às Cruzadas cristãs em direção à Terra Santa.
(B) à liberdade de culto instaurada em Portugal pelos monar-
cas iluministas.
(C) à expansão militar islâmica ocorrida na Idade Média.
(D) aos contatos entre cristãos e muçulmanos nas costas
africanas.
(E) à fundação de universidades sarracenas na Península
Ibérica.
questão  36
Ilustra o argumento do autor sobre os efeitos da economia da
cana-de-açúcar na história da colônia do Brasil a referência
(A) à uniformização econômica do extenso território da co-
lônia, à expansão da catequese em meio às populações
indígenas e à produção em grande escala do açúcar para
o mercado interno.
(B) à instalação de um complexo econômico constituído
pela grande exploração agrícola, aos maquinários para a
transformação da matéria-prima e à utilização de traba-
lho compulsório.
(C) à formação de governos autônomos no nordeste do Bra-
sil, à liberdade de venda no exterior da produção colonial
e aos investimentos de grandes somas de capital em ma-
nufaturas têxteis.
(D) à urbanização das sociedades litorâneas, à chegada de
mão de obra estrangeira especializada em equipamentos
industriais e ao predomínio da mão de obra europeia imi-
grante nos trabalhos agrícolas.
(E) à constituição de uma sociedade nobiliárquica de origem
europeia, à submissão da população nativa ao trabalho
extenuante da produção tropical e à economia de coleta
de produtos nativos.
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 questão  37 questão  39
É do interesse daqueles que produzem mercadorias, que
a quantidade delas efetivamente levada a mercado não exce-
da a procura efetiva; e interessa aos compradores que essa
quantidade não seja inferior à procura.
Se num dado momento a produção excede a procura efe-
tiva, algumas das partes componentes do preço devem ser
pagas abaixo do seu valor natural. Nesse caso, a quantidade
posta à disposição do mercado diminuirá até se tornar ape-
nas suficiente para abastecer a procura efetiva.
Se, pelo contrário, a quantidade levada a mercado for
numa dada ocasião inferior à procura efetiva, seu preço su-
birá acima do valor natural. A produção das mercadorias ten-
derá a aumentar, forçando uma queda dos preços. Dessa for-
ma, a quantidade posta no mercado alcançará rapidamente o
valor suficiente para satisfazer a procura efetiva.
(Adam Smith. Investigação sobre a natureza e
as causas da riqueza das nações, 1974. Adaptado.)
O livro de Adam Smith foi publicado em primeira edição em
1776. O texto resume o princípio central da teoria do autor so-
bre produção e circulação de mercadorias, sustentando que
(A) os mercados internos dos países devem ser protegidos
em relação à concorrência estrangeira.
(B) a busca desenfreada por lucro pelos capitalistas é preju-
dicial à sociedade.
(C) a riqueza de um país resulta dos lucros obtidos no comér-
cio com outras nações.
(D) a livre concorrência produz associações de empresas
para controlar o mercado.
(E) a economia funciona com leis próprias sem a intervenção
regulatória do Estado.
questão  38
O mapa da Europa das guerras napoleônicas foi redeli-
neado com considerável atenção para o equilíbrio das cinco
grandes potências que emergiram das guerras: a Rússia, a
Grã-Bretanha, a França, a Áustria e a Prússia.
(Eric J. Hobsbawm. A era das revoluções, 1981. Adaptado.)
A reorganização da Europa realizada pelo Congresso de Vie-
na (1814-1815) provocou, na primeira metade do século XIX,
uma série de movimentos
(A) nacionalistas e liberais.
(B) religiosos e feudais.
(C) internacionalistas e europeístas.
(D) monárquicos e absolutistas.
(E) socialistas e anarquistas.
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
A população negra é composta de oito ou nove castas
diferentes, que não têm uma linguagem comum nem são li-
gadas umas às outras por nenhum laço, a tal ponto que fre-
quentemente eles se empenham em lutas e batalhas, das
quais chegam a participar até duzentos indivíduos de uma
nação de cada lado.
(Robert Walsh. “Notícias do Brasil”.
In: Manolo Florentino e José Roberto Góes. A paz das senzalas:
famílias escravas e tráfico atlântico, Rio de Janeiro, 1790-1850, 2017.)
O reverendo Robert Walsh esteve no Rio de Janeiro de 1828
a 1829 e publicou na Inglaterra Notícias do Brasil, em 1830.
A partir do texto, pode-se deduzir a
(A) penúria econômica dos escravos, que impedia o surgi-
mento, entre eles, de vínculos de solidariedade.
(B) aliança dos escravos com os senhores, que estimulavam
um clima de harmonia entre os cativos.
(C) composição cultural da mão de obra escrava, que facilita-
va a dominação dos senhores escravistas.
(D) facilidade de atuação do movimento abolicionista, que
procurava congregar as diversas nações de escravos.
(E) heterogeneidade dos escravos, que estavam divididos
em grupos econômico-sociais radicalmente distintos.
questão  40
Em verdade, que é o nosso governo representativo, o
nosso parlamento, as nossas altas corporações? Tudo isto
se assenta no ar. É o cetro, que eleva os humildes e precipita
os soberbos. Por baixo está o povo desprezado. Pois que o
ponto de apoio é o trono, quantas diligências para cercá-lo,
para acariciá-lo, para prendê-lo aos antigos preconceitos, ou
às ideias novas que vão rompendo!
(Aureliano Cândido Tavares Bastos. A província:
estudo sobre a descentralização no Brasil, 1975. Adaptado.)
O autor do livro A província, publicado em primeira edição
em 1870, fez um balanço crítico da política brasileira no pe-
ríodo posterior à Guerra do Paraguai e manifestou uma clara
oposição
(A) à inconveniência de concessão do direito de voto a uma
população de analfabetos.
(B) ao atraso político da monarquia brasileira em uma Amé-
rica republicana.
(C) à adesão da política institucional brasileira às novidades
filosóficas europeias.
(D) à falsidade do sistema eleitoral brasileiro manipulado
pelo governo monárquico.
(E) ao parlamento nacional dominado pelos grandes proprie-
tários rurais.
16
 questão  41 questão  43
Frente a uma agitação operária crescente, as tropas de
choque substituem a polícia para restabelecer a ordem ao
preço de confrontos sangrentos. Bem mais do que os car-
tazes, os discursos violentamente anticomunistas e antis-
semitas, são a repressão e a provocação que estabelecem
o Nazismo como o partido da ordem e o muro de proteção
[da Alemanha] contra o comunismo.
(Henri Burgelin. “O sucesso da propaganda nazista”.
In: A Alemanha de Hitler, 1991. Adaptado.)
O texto descreve
(A) a luta dos movimentos fascistas pela manutenção do
equilíbrio político eleitoral de países europeus ameaça-
dos pelas revoluções operárias.
(B) a força da retórica, do poder do livre convencimento
ideológico e eleitoral dos movimentos fascistas em uma
Europa democrática.
(C) a política de colaboração da classe operária com o mo-
vimento fascista e a burguesia em países capitalistas em
processo de desindustrialização.
(D) a organização e a atuação de um partido de modelo fas-
cista em um momento de crise econômica e política do
capitalismo.
(E) a aliança militar de países europeus vencidos na Primeira
Guerra Mundial com regimes políticos fascistas antide-
mocráticos do continente.
questão  42 Essa mudança nas relações dos Estados Unidos com a Amé-
Se tomarmos o valor da produção agrícola e da produção
industrial, veremos o nítido avanço da indústria. Em 1920, a
agricultura detinha 79% do valor da produção total e a indús-
tria, 21%. Em 1940, as proporções correspondiam a 57% e
43% respectivamente.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2012.)
Entre as razões que explicam esses dados da economia bra-
sileira, destaca-se
(A) o investimento estatal nos setores da indústria de produ-
ção de bens de consumo popular.
(B) a desaceleração no comércio de exportação e de impor-
tação derivada da crise econômica dos países industria-
lizados.
(C) a desorganização dos mercados internacionais provoca-
da pela entrada dos Estados Unidos na Guerra Mundial.
(D) o encarecimento dos produtos brasileiros com a política
de valorização da moeda nacional.
(E) a expansão do montante de capital estrangeiro aplicado
nos setores dinâmicos da economia brasileira.
17
O populismo foi um fenômeno da política brasileira que se
destacou principalmente no período de 1945 a 1964. Esse
movimento foi historicamente condicionado pela ligação de
uma liderança política personalista com
(A) as oligarquias regionais e os chefes políticos rurais.
(B) os conselhos operários de fábrica e os camponeses de
latifúndios produtivos.
(C) os militantes operários socialistas e os revolucionários.
(D) as classes médias das cidades e os oficiais das forças
armadas.
(E) a massa de trabalhadores urbanos e as cúpulas sindicais.
questão  44
Durante o período Eisenhower (1953-1961), a postu-
ra norte-americana manteve-se conservadora: na visão de
­Washington, a América Latina não precisaria de investimen-
tos de longo prazo do governo dos Estados Unidos para se
desenvolver, mas de investimentos externos privados.
Com a administração Kennedy (1961-1963) houve uma
clara guinada. Seria preciso garantir financiamento de longo
prazo para projetos essenciais, promover reformas de estru-
tura, a fim de produzir crescimento com equidade na América
Latina.
(Felipe Pereira Loureiro. Empresários,
trabalhadores e grupos de interesse: a política econômica
nos governos Jânio Quadros e João Goulart, 1961-1964, 2017. Adaptado.)
rica Latina deveu-se
(A) ao acirramento da Guerra Fria com a revolução cubana.
(B) ao enfraquecimento militar norte-americano em decor-
rência da Guerra do Vietnã.
(C) ao apoio dos Estados Unidos aos movimentos campone-
ses latino-americanos.
(D) à união do terceiro mundo com o surgimento de novos
países livres na África.
(E) à eleição de governos socialistas nos países sul-ame-
ricanos.
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 questão  45 questão  47

Trump não acredita que o interesse norte-americano re- Valores do albedo em diferentes superfícies (%)
pouse em parcerias mutuamente benéficas na Ásia-Pacífico,
neve ou neve
Europa e Oriente Médio. De fato, anulou o Acordo Transpa- água floresta areia gelo velho nuvem fresca
cífico; desmantelou o Tratado Norte-Americano de Livre Co-
mércio (Nafta) e questionou o acordo de livre-comércio com
a Coreia.
(Olivier Zajek. “Qual é a inspiração da política externa de Trump?”.
Le monde diplomatique Brasil, janeiro de 2018. Adaptado.)
0 20 40 60 80 100
A política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, média da
Terra
define-se como
(www.opentextbc.ca. Adaptado.)
(A) uma suspensão das alianças militares contraídas com
os aliados tradicionais dos Estados Unidos na Europa e O albedo, relevante em estudos da natureza, consiste
na Ásia.
(A) no índice de saturação da umidade.
(B) uma conjugação de argumentos retóricos com oposição
à tendência de internacionalização das relações econô- (B) na taxa de retenção de poluentes.
micas.
(C) na taxa de gases retidos na superfície terrestre.
(C) uma continuidade dos princípios da política exterior dos
últimos presidentes democratas dos Estados Unidos. (D) no valor de reflexão da radiação solar.
(D) uma negação das promessas feitas na campanha elei-
(E) no índice de permeabilidade do solo.
toral com a tentativa de aproximá-lo da classe operária
norte-americana.

(E) uma aliança dos financistas internacionais com os pe-

quenos produtores de bens de consumo para o mercado questão  48
interno do país.
O escoamento desse produto tem início no Centro-Oes-
te, atravessando o chamado Arco Norte, que abrange os es-
tados de Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão,
questão  46
saindo pelo Atlântico Norte. Passa pelo Canal do Panamá e
Fusos horários evita, assim, o longo e oneroso trajeto até os portos mais
saturados do Sul e do Sudeste.
(Julia Dias Carneiro. www.bbc.com, 30.08.2017. Adaptado.)

O produto escoado e seu destino são

(A) manufaturados e Estados Unidos.

(B) eletrônicos e Sudeste Asiático.

(C) commodities e China.

(D) minérios e Japão.

(E) industrializados e Índia.

(Levon Boligian. Geografia espaço e vivência, 2011.)

As horas fracionadas observadas no mapa são explicadas

(A) pela divisão político-administrativa dos países.

(B) pelo interesse logístico dos blocos econômicos regionais.

(C) pela curvatura geoide da Terra.

(D) pelos acordos pós-Segunda Guerra Mundial.

(E) pela escala grande utilizada.

UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva 18
 questão  49 questão  50

Relevo brasileiro Oferecem, generosamente, uma série de serviços ambien-

tais que melhoram a qualidade de vida das pessoas nas cida-
des; mas, como não têm um “preço”, seu valor nem sempre é
reconhecido. Quem se aventura a calculá-lo, porém, pode se
Equador
surpreender. Foi justamente o que fez um grupo de pesquisa-
dores, que chegou aos seguintes números: US$ 10,3 milhões
em armazenamento de carbono; US$ 18,1 milhões na remoção
de poluentes do ar; US$ 41,5 milhões na prevenção de enchen-
tes e incríveis US$ 101 milhões em economia de energia para
aquecimento e resfriamento.
(Vanessa Barbosa. www.exame.abril.com.br, 27.06.2017. Adaptado.)

Os rendimentos calculados pelos pesquisadores provêm

OCEANO
1 ATLÂNTICO
(A) da presença de árvores no meio urbano.

2 Trópico de Capricórnio
(B) da despoluição de cursos d’água periurbanos.
N
3
O L (C) do controle sobre a expansão da mancha urbana.
S
0 465 km (D) da proibição na instalação de agroindústrias.

(James O. Tamdjian e Ivan L. Mendes. Geografia, 2013. Adaptado.) (E) do investimento em transportes de energia limpa.

Assinale a alternativa que relaciona corretamente a legenda

e o compartimento do relevo brasileiro.

(A) 1 corresponde a planícies, como a Planície e Tabuleiros questão  51

Litorâneos.
O Pampa ocupa quase dois terços do Rio Grande do Sul
e pouco mais de 2% do Brasil, mas o seu quinhão protegido,
(B) 2 corresponde a planaltos, como os Planaltos e Chapadas
em meio às demais unidades de conservação do país, se
da Bacia do Parnaíba.
apequena em 0,4% – bioma com menor representatividade
no Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Mas o
(C) 2 corresponde a planícies, como a Planície e Pantanal
que se perde? Um patrimônio ambiental que sequer é reco-
Mato-Grossense.
nhecido na Constituição Federal? Seu desconhecimento está
na raiz do processo de destruição.
(D) 3 corresponde a depressões, como a Depressão Serta-
neja e do São Francisco. (www.gauchazh.com.br, 21.07.2017. Adaptado.)

A vegetação característica do Pampa é do tipo

(E) 1 corresponde a planaltos, como os Planaltos e Serras do
Atlântico Leste-Sudeste. (A) latifoliada.

(B) arbustiva.

(C) xerófila.

(D) cactácea.

(E) herbácea.

19 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 questão  52 questão  54
Examine a figura, considerando a dinâmica da água na su-
perfície terrestre.
(Pedro J. O. Machado e Fillipe T. P. Torres.
Introdução à hidrogeografia, 2012. Adaptado.)
A linha indicada pela seta delimita
(A) a divisão de bacias hidrográficas, que direciona o fluxo
d’água até os fundos de vales.
(B) os meandros naturais de um rio, que orientam estudos
de retificação para a ocupação segura de suas vertentes.
(C) a região jusante de um rio, a qual indica as áreas de nas-
centes a serem preservadas para sua qualidade hídrica.
(D) as áreas de várzea de uma bacia hidrográfica, que su-
gerem zonas de perigo aos usuários de rios caudalosos.
(E) a área máxima ocupada pela cheia de um rio, a qual de-
termina os espaços onde não deve haver ocupação an-
trópica.
questão  53
A prolongada ausência das chuvas no sertão nordestino
durante o inverno está associada ao desempenho vertical de
uma determinada massa de ar que atua por meio dos ventos
alísios de sudeste, que são, paradoxalmente, os responsá-
veis pelas chuvas de outono e inverno de até 500 mm da
faixa litorânea úmida da região.
(Francisco Mendonça e Inês M. Danni-Oliveira.
Climatologia, 2007. Adaptado.)
O excerto menciona a atuação da massa de ar denominada
(A) massa polar atlântica.
(B) massa equatorial atlântica.
(C) massa equatorial continental.
(D) massa tropical atlântica.
(E) massa tropical continental.
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
As altas temperaturas e a abundância de insetos, bactérias e
fungos nas florestas pluviais tropicais conferem a essa área
um solo muito nutritivo. Com o desmatamento, entretanto, o
solo torna-se empobrecido, dentre outros fatores, devido
(A) à dissolução e remoção dos constituintes do solo pela
água das chuvas.
(B) aos restos orgânicos acumulados no horizonte “O”, que
concentram húmus.
(C) à concentração de calcário, que aumenta o pH do solo.
(D) ao encharcamento prolongado, derivado do alto nível dos
lençóis freáticos.
(E) à salinização do solo pelo excesso de sais resultantes da
evaporação da água.
questão  55
A fase da transição demográfica denominada “estabilização
demográfica” possui como característica principal
(A) a baixa taxa de mortalidade, derivada da revolução médi-
co-sanitária e da Primeira Revolução Industrial.
(B) a alta taxa de expectativa de vida, típica de países com
amplos programas de vacinação.
(C) a baixa taxa de natalidade, derivada da inédita difusão de
métodos contraceptivos.
(D) a alta taxa de migração, típica de países europeus com
baixa população economicamente ativa.
(E) a baixa taxa de fecundidade, típica de países pós-indus-
triais e essencialmente urbanos.
questão  56
Por ser a Amazônia uma região situada numa posição
periférica no interior de países periféricos no sistema mundo
capitalista moderno-colonial, escapa-lhe até mesmo o poder
de falar sobre si mesma. Sendo assim, prevalecem visões
sobre a Amazônia, e não visões da Amazônia. E, mesmo
quando se fala de visões da Amazônia, não são as visões dos
amazônidas – principalmente de seus povos/etnias/nacionali-
dades e grupos/classes sociais em situação de subalterniza-
ção/opressão/exploração – que nos são oferecidas.
(Carlos W. Porto-Gonçalves. Amazônia, 2017.)
A visão criticada no excerto relaciona-se ao
(A) discurso da Amazônia como território internacional dedi-
cado à ciência.
(B) slogan da Amazônia como pulmão do mundo.
(C) argumento da Amazônia como entrave ao desenvolvi-
mento regional.
(D) mito da Amazônia enquanto um vazio demográfico.
(E) imaginário da Amazônia enquanto um espaço sem riquezas.
20
 questão  57 questão  59

Analise o mapa que representa a localização das fábricas de Ao avaliar a produção e a organização do espaço brasileiro,
uma montadora de automóveis. tem-se, no início do século XXI, a formação da Mapitoba ou
Matopiba. Essa região corresponde a

(A) um tecnopolo.

(B) uma zona franca.

(C) uma frente pioneira.

(D) um centro turístico.

(E) um polo petroquímico.

(www.toyota.pt. Adaptado.)
A distribuição representada revela o processo de
(A) fragmentação industrial, utilizado para tornar sutil a obso-
lescência programada em bens de consumo.
(B) diversificação produtiva, aposta de uma marca para ino-
var em seu setor de atuação.
(C) abertura de capital, consequência da elevada concorrên-
cia no mercado de automóveis.
(D) desconcentração industrial, resultado da busca por me-
nores custos de produção.
questão  60
Segundo o professor Humberto A. Barbosa, coordena-
dor do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens
de Satélites (LAPIS) da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL), a temperatura da superfície do Pacífico equatorial
encontra-se em elevação, o que pode indicar novos períodos
de seca pela frente. “Essa característica oceânica indica pos-
sibilidade de ocorrência de um fenômeno diretamente ligado
às secas no Nordeste brasileiro”, afirma.
(https://g1.globo.com, 02.04.2017. Adaptado.)
O fenômeno citado no excerto corresponde

(E) flexibilidade produtiva, reflexo das novas demandas por (A) às ilhas de calor.
segurança no trabalho.
(B) ao El Niño.

(C) às monções.
questão  58

Em todas as áreas de expansão do agronegócio no Bra- (D) à La Niña.

sil, é visível o crescimento da urbanização e de aglomerados
urbanos, assim como a subdivisão e criação de novos muni- (E) ao efeito estufa.
cípios. São várias as cidades classificadas como pequenas
ou de porte médio que têm parte de sua economia associa-
da a alguma produção agrícola ou agroindustrial, compondo
exemplos de desenvolvimento urbano vinculado ao agrone-
gócio.
(Denise Elias. “Agronegócio globalizado”. In: Alvaro Ferreira et al. (orgs.).
O espaço e a metropolização, 2017. Adaptado.)

No excerto, a relação entre o agronegócio e a urbanização

expressa

(A) a migração do capital destinado à produção rural para o

mercado imobiliário especulativo.

(B) a estratégia corporativa de angariar recursos municipais

para a construção de infraestruturas ao agronegócio.

(C) a prioridade em atender as demandas por produtos e ser-

viços especializados para o agronegócio.

(D) a função social dos empreendimentos privados de inves-

tir parte de seus lucros no desenvolvimento local.

(E) a importância econômica de situar áreas produtivas pró-

ximas aos seus mercados consumidores.

21 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
 REDAÇÃO
Texto 1
(“Brasil é o país com 3a maior população
carcerária”. www.conectas.org, 08.12.2017. Adaptado.)
Texto 2
Não há dúvida de que há muitos presos no Brasil. Mas
não é possível afirmar que um país prende muito ou pouco
olhando apenas para o número. É preciso analisar a base de
valores da sociedade e a frequência com que infrações graves
são praticadas. Os elevados índices de homicídio e de corrup-
ção, por exemplo, bem demonstram a existência de uma base
de valores sociais no mínimo distorcida em nossa sociedade.
À luz desse quadro, é possível afirmar que prendemos muito?
Apesar de a legislação penal ser frequentemente descumpri-
da, é grande a resistência, em diversos segmentos estatais,
à aplicação da pena de encarceramento, o que é influenciado
pela precariedade das nossas prisões. A solução encontrada
não tem sido aperfeiçoar os serviços públicos para diminuir os
índices de criminalidade e muito menos respeitar a integrida-
de dos presos. O que temos feito é evitar o encarceramento. A
ideia, em sua pureza conceitual, é correta, pois a prisão deve
ser reservada aos crimes mais graves. O complicador é que a
cada dia a nossa concepção de gravidade sobe um degrau, o
que gera uma grande sensação de impunidade.
(Emerson Garcia. “Prendemos muito ou pouco?”.
https://oglobo.globo.com, 13.03.2018. Adaptado.)
Texto 3
Para minar o ciclo vicioso da violência no Brasil, precisa-
mos falar menos em construção e privatização de presídios
para dar conta da superpopulação carcerária e olhar mais para
as alternativas penais. A prisão precisa deixar de ocupar lugar
UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva
central no sistema de justiça para ceder espaço a outras medi-
das capazes de transformar os conflitos sociais. A punição esta-
tal, que esgarça ainda mais as relações entre vítima, agressor e
comunidade, precisa ser gradativamente substituída por outras
abordagens, que englobem a responsabilização adequada do
autor, o acolhimento da vítima e a reconstrução das relações
sociais, com a efetiva participação da sociedade. É preciso rom-
per com a crença de que o agravamento penal é a melhor forma
de o Estado dar uma resposta contundente aos altos índices de
criminalidade. Há anos observamos que as estratégias adota-
das com esse viés apenas acentuam a espiral da violência no
Brasil. Daí a importância de problematizar o funcionamento do
sistema de justiça criminal, destacando a importância de investir
em uma cultura de pacificação e minimalismo penal. O foco prio-
ritário da política deve ser o desencarceramento, sem deixar de
lado a relevância de mudar o paradigma punitivo, uma vez que
responder à violência com mais violência não tem dado certo.
A saída para a questão da criminalidade passa pela priorização
de uma política pública afirmativa focada na reconstrução do
tecido social. A atual abordagem – rígida, maniqueísta e violen-
ta – tem propiciado apenas sofrimento para todos. É urgente
a necessidade de uma agenda de segurança pública séria e
transparente, pautada na racionalidade do uso da prisão, com o
envolvimento e esforço dos três poderes, garantindo sempre a
participação social.
(Marina Dias. “Alternativas à violência: do recrudescimento à
reconstrução social”. www.nexojornal.com.br, 05.02.2017. Adaptado.)
Texto 4
Nos últimos anos diversos setores têm repetido que o Bra-
sil possui um “sistema punitivista e encarcerador em massa”.
Um mantra repetido à exaustão refere-se à falência do insti-
tuto da prisão. Declara-se que é autoevidente a falência do
cárcere, ante a constatação simplória de que o aumento do
número de presos não interferiu na escalada assustadora da
criminalidade. Inverte-se de forma bizarra a relação de causa e
efeito, segundo a qual a pena é consequência do crime e não o
contrário. Ora, com os cerca de 800 mil homicídios registrados
apenas entre 2000 e 2015 é um verdadeiro escândalo atribuir
à pena e não à impunidade o cenário caótico de violência em
que ora vivemos. A pena detém caráter punitivo e pedagógico,
de modo que não é possível visualizar a desproporcionalida-
de da pena privativa de liberdade aplicada em solo brasileiro.
Após inúmeras mudanças legislativas, com a adoção de uma
lógica que passou a diminuir progressivamente a intensidade
das penas, o sistema prisional assemelha-se a uma porta gira-
tória de criminosos, permitindo-se, com o sangue e o sofrimen-
to de incontáveis vítimas, que um malfeitor tenha de cometer
inúmeros crimes para permanecer tempo razoável em regime
fechado. Em outras palavras, verifica-se que os condenados
criminalmente permanecem pouquíssimo tempo no sistema
prisional, o que demonstra a falta do efeito intimidatório ineren-
te à pena de prisão por tempo prolongado.
(Bruno Amorim Carpes. “O mito do encarceramento
em massa”. http://politica.estadao.com.br, 05.09.2017. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios co-
nhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a nor-
ma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Penas alternativas em lugar do
encarceramento: combate à
criminalidade ou incentivo à impunidade?
22
 Os rascunhos não serão considerados na correção.

HO
UN
SC
RA

NÃO ASSINE ESTA FOLHA

23 UEFS1703 | 001-Prova-I-Objetiva