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OFICINAS

LEITURA E MEDIAÇÃO DE LEITURA PARA JOVENS


Ministrante: Murilo Coelho
Classificação: adultos
Horário: 09h~12h
Local: Casa da Leitura Dario Vellozo
Ingresso: gratuito

Sobre a Oficina: O objetivo desta oficina é propiciar uma reflexão inicial a respeito da
leitura e da mediação de leitura para adolescentes. A partir de uma antologia de poemas,
iremos abordar alguns processos básicos de pré-leitura e de leitura, assim como
salientaremos a relevância do desejo e da intuição na interação com o texto literário. Por
fim, pensaremos na roda de leitura enquanto uma atividade artístico-cultural e na
relevância de ações dessa natureza realizadas dentro do âmbito escolar.

Sobre o Ministrante: Murilo Coelho é mediador de leitura e membro do Coletivo


Atalante. Graduado em Letras pela UFPR (2014) e Mestrando em Estudos Literários
(UFPR), com TCC em Mediação de Leitura e com projeto de pesquisa (em curso) em
teoria do romance e na experiência de leitura do romance. Atualmente trabalha como
mediador na Casa da Leitura Dario Vellozo, é um dos organizadores do evento de
extensão Poiesis e mediador do Clube da Leitura O Bairro.

Inscrições por telefone ou e-mail: - Casa da Leitura Dario Vellozo / Telefone: 3321-
3268 / E-mail: cldariovellozo@fcc.curitiba.pr.gov.br

14/04 - POESIA PRA QUÊ?


Ministrante: Diamila Medeiros
Classificação: adultos
Horário: 14h~17h
Local: Casa da Leitura Wilson Bueno
Ingresso: gratuito

Sobre a Oficina: A presente oficina tem como objetivo refletir sobre alguns aspectos da
constituição do texto poético, como os sons, ritmos e formas, com o intuito de trazer a
poesia para mais próximo do leitor. Gostaríamos de traçar diálogos sobre diversos tipos
de textos poéticos para que haja a compreensão do quanto a poesia faz, sim, parte de
nossas vidas e que não é um tipo de texto “difícil” e “inacessível”. A partir disso,
pensaremos também na possibilidade de se levar poesia para o dia-a-dia das crianças e
jovens nas salas de aula.

Sobre o Ministrante: Diamila Medeiros é Mestranda do Programa de Pós-Graduação em


Estudos Literários da UFPR, com pesquisa direcionada à poesia contemporânea
brasileira. Bacharel em Estudos Literários pela UFPR; trabalha como Mediadora de
Leitura da Fundação Cultural de Curitiba, na Casa da Leitura Wilson Bueno onde
desenvolve projetos de formação de leitores e pesquisa nesta mesma área.

Inscrições por telefone ou e-mail: Casa da Leitura Wilson Bueno / Telefone: 3345-
6311 / E-mail: clwilsonbueno@fcc.curitiba.pr.gov.br

15/04 - O TEXTO COMO OBRA PRIMA PARA O CONTADOR DE


HISTÓRIAS
Ministrante: Fabiane de Cézaro
Classificação: adultos
Horário: 09h~12h
Local: Casa da Leitura Manoel Carlos Karam
Ingresso: gratuito

Sobre a Oficina Esta oficina tem como objetivo pensar a contação de histórias como
processo de incentivo à leitura dentro do programa Curitiba Lê. O trabalho parte de
reflexões teóricas e exercícios práticos para estimular os participantes a pensar na
preparação dos textos para contar histórias. Para isso, serão abordados tópicos que
envolvem esta temática, como narrativa oral, literatura infantil, os ambientes criados
para compartilhar histórias, a seleção de histórias para diferentes públicos e a utilização
de recursos como fantoches, instrumentos musicais, tecidos, entre outros.

Sobre a Ministrante Fabiane de Cezaro é atriz, contadora de histórias, mediadora de


leitura e oficineira. Graduada em Bacharelado em Artes Cênicas pela Faculdade de
Artes do Paraná (2008/2011). Com especialização em Contação de Histórias e
Literatura Infantil pela FATUM Assessoria Educacional (2012/2013). Hoje, trabalha
como mediadora de leitura da Casa da Leitura Manoel Carlos Karam da Fundação
Cultura de Curitiba e atriz, na peça Do cão fez-se o dia, livremente inspirada na obra de
Valter Hugo Mãe, da Inominável Companhia de Teatro.

Inscrições por telefone ou e-mail: Casa da Leitura Manoel Carlos Karam / Telefone:
3240-1101 / E-mail: clkaram@fcc.curitiba.pr.gov.br

16/04 - MEDIAÇÃO DE LEITURA - INTERSTÍCIO SUBJETIVO


Ministrante: Lucas Buchile
Classificação: adultos
Horário: 09h~12h
Local: Casa da Leitura Dario Vellozo
Ingresso: gratuito

Sobre a Oficina: A oficina se propõe a refletir sobre a mediação de leitura e sua


ambiência subjetiva. O termo “mediação” se relaciona, aqui, com o conceito de roda de
leitura, caracterizado como o encontro entre um mediador de leitura e o público, no qual
o mediador propõe determinada obra de arte, em sua maioria literária, apresenta suas
impressões sobre ela e acolhe as dos participantes, incentivando conversas, reflexões e
análises da obra mediada. Nesse encontro, o ato de ler revela a capacidade de romper os
espaços sociais e de estabelecer intervalos, ambiências, a partir das quais o sujeito
encontra condições para a construção de sua subjetividade e as potências do sentido são
levadas aos seus limites.

Temas Abordados:
- Relação entre indivíduo e a linguagem, a partir da leitura de Roland Barthes;
- As vozes presentes na roda de leitura;
- Conceitos de Narrativa e Romance, a partir da leitura de Walter Benjamin;
- A semiologia do mediador de leitura;
- As ações do mediador de leitura.
- Proposta de leituras compartilhadas.
- Dinâmicas de sensibilização.

Sobre o ministrante: Lucas Buchile é Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em


Interpretação e Direção teatral pela Faculdade de Artes do Paraná. Foi membro do
grupo de pesquisa sobre metáfora na construção de microdramas da Faculdade de Artes
do Paraná, sob orientação de Ana Fabrício, mestre pela UFBA. Proponente e mediador
de leitura dos projetos: A arte de formar leitores (2009), Diálogos com Lobato (2010),
Territórios Literários (2011) e Asas de papel (2012), todos aprovados pelos editais de
Literatura do Fundo Municipal de Cultura da cidade de Curitiba. Seus projetos somam
mais de 700 rodas de leitura destinadas a leitores de diversas faixas etárias. Já trabalhou
em programas de promoção da leitura e do livro no Museu Histórico e Folclórico
Monteiro Lobato e no SESC-PR. Atualmente é mediador de leitura e gestor de projetos
culturais na Fundação Cultural de Curitiba, através do Programa Curitiba Lê. Também é
pesquisador do Devir, grupo de pesquisa avançada em mediação de leitura e ministrante
de oficinas de formação de mediadores de leitura. Participa de festivais literários como
ministrante de oficinas, mediador de leitura e contador de histórias.

Cursos na área da Literatura:


- Estética da Leitura. Ministrante: Márcio Abreu - Fundação Cultural de Curitiba
- Laboratório de Leitura: Osman Lins. Ministrante: Assionara Souza - Fundação
Cultural de Curitiba.
- Laboratório de Leitura: Clareiras para dias que não passam. Ministrante Mauro Tietz.
Fundação Cultural de Curitiba.
- Laboratório de Leitura: As portas da Leitura. Ministrante Otto Winck. Fundação
Cultural de Curitiba.
- Literatura Oral. Ministrante: Rosy Greca. Fundação Cultural de Curitiba.

Inscrições por telefone ou e-mail: Casa da Leitura Dario Vellozo / Telefone: 3321-
3268 / E-mail: cldariovellozo@fcc.curitiba.pr.gov.br

17/04 - ILUSIONISMO E REALIDADE


Ministrante: Leandro Toporowicz
Classificação: adultos
Horário: 14h~17h
Local: Casa da Leitura Paulo Leminski
Ingresso: gratuito

Sobre a Oficina: A presente oficina visa discutir a relação entre o real e o ficcional na
literatura. Tal proposição encontra-se amparada na constatação de que em algumas das
atividades desenvolvidas no âmbito do incentivo à leitura há determinados grupos de
leitores que consideram o texto ficcional como algo menor. Desta forma, o objetivo é
dilatar não só o que se tem por real na literatura, mas também a própria ideia de
realidade presente na vida das pessoas. Assim, tem-se o intuito de estimular a
simbolização e a ressignificação, propiciando um encontro com a própria subjetividade
daqueles que farão a oficina. Para tanto, serão propostas leituras compartilhadas de
textos literários e de obras de arte que abordem a nebulosa relação entre o real e a
representação deste.

Sobre o Ministrante: Leandro Toporowicz é graduando do 9° período de Licenciatura


em Letras-Português, pela UFPR; trabalha como Mediador de Leitura da Fundação
Cultural de Curitiba, na Casa da Leitura Paulo Leminski; é pesquisador do Devir, grupo
de pesquisa em mediação de leitura; e é um dos organizadores do Poiesis, grupo que
organiza palestras acerca de grandes obras literárias na UFPR.

Inscrições por telefone ou e-mail: Casa da Leitura Paulo Leminski / Telefone: 3212-
1402 / E-mail: clpauloleminski@fcc.curitiba.pr.gov.br

Por trás das oficinas de escrita criativa 30. 07. 2013


Literatura
O maior objetivo das oficinas é criar leitores melhores
Por Maria Fernanda Moraes
Oficineiros, oficinandos, Close Reading, Oficina Avançada, Aula Francesa. Com a
crescente popularização das oficinas de escrita criativa e a demanda cada vez maior por
encontros como esses, os termos peculiares aos "escritores aprendizes" estão sendo
usados com mais frequência.
Aquela antiga crença de que para escrever é preciso ter um dom já caiu por terra há
tempos. As oficinas formais, integradas a cursos acadêmicos, surgiram nos Estados
Unidos entre as décadas de 1930 e 1940 e se popularizaram após a Segunda Guerra
Mundial. No Brasil, chegaram a partir dos anos 60. Para entender um pouco mais desse
universo e saber como funcionam na prática essas oficinas de escrita, o
SaraivaConteúdo conversou com alguns especialistas no assunto.
O jornalista Dimas Gomez, que já frequentou muitas oficinas, ministrou algumas e hoje
pesquisa sobre o tema, contou um pouco sobre como foi seu caminho de descoberta.
“Eu sempre quis ser escritor, e um dia vi o anúncio de uma oficina do Bruno Zeni.
Pensei ‘Isso é pra mim’. É assim que funciona, a pessoa vê um eco ali, vê um espaço
que é dela, como uma ideia de pertencimento. Quem gosta de escrever tem que estar
numa oficina. É o lugar onde elas vão encontrar outras pessoas como elas e começarem
a se desenvolver”.
Mas existem diferentes públicos e diferentes metodologias numa oficina. Dimas
evidencia que as diferenças de público começam a aparecer principalmente quando os
espaços públicos e privados são segmentados. “De um modo geral, o que leva as
pessoas a fazerem uma oficina é tornar-se um leitor melhor. Mas se analisarmos um
espaço público como o circuito SESC, por exemplo, vamos perceber uma grande
presença de idosos que se inscrevem nas oficinas. Eles procuram os encontros para
contar suas memórias (autoficção) na maioria das vezes e, num segundo momento,
passam a reinventar a realidade. Já nos espaços privados, o intuito é mesmo tornar-se
um escritor”.
Crédito/ Mario Miranda Filho

O escritor Marcelino Freire ministra


oficinas em São Paulo
Quanto à metodologia, Dimas explica que as oficinas seguem algumas escolas, e tudo
depende do oficineiro (como é chamado o ministrante) que está à frente dos encontros.
Há três escolas principais:
A Aula Francesa: mais expositiva, nos moldes de uma aula tradicional. Oficineiros que
se identificam com essa escola: Ricardo Lísias, Heitor Ferraz, Bruno Zeni

A Close Reading: que busca entender o texto pelo texto. Oficineiros que se identificam
com essa escola: Luiz Bras, Rodrigo Petrônio

A Oficina Avançada: mais preocupada com o projeto. Oficineiros que se identificam


com essa escola: Assis Brasil, Marçal Aquino
“Entretanto, essas escolas possuem vários pontos de contato”, ressalta o pesquisador.
“Tudo isso não é uma coisa estanque. Cabe aos oficinandos (nome dado aos
participantes da oficina) escolher com quais aspectos se identificam mais”.
O escritor Marcelino Freire, que ministra oficinas de escrita em São Paulo, costuma
dizer que oficina não ensina ninguém a ser escritor. “Se eu conseguir transformar
alguém em leitor, já vai ser bom demais!”. Ele também toca num ponto importante, que
é a quebra de expectativa dos participantes, logo no início de uma oficina. “O que
acontece muito é que as pessoas querem publicar, não querem escrever. Quando elas
percebem que escrever requer leitura, treino, disciplina, entrega, um encontro com a sua
voz, aí algumas se assustam, desistem”.

Turma do projeto Escrevivendo na Casa


das Rosas
Mais próximo da escola que se atém ao texto pelo texto, Marcelino se utiliza do seu
jeito debochado para que os aprendizes de escritor atinjam a simplicidade na escrita.
“As pessoas acham que precisam de um vocabulário elevado, pensar em palavras como
'efêmera', 'inefável', 'leve brisa matinal', 'orvalho'. Nunca vi gostar tanto de outono!
[risos] Nós não temos outono! De onde vem esse outono? Eu digo a eles: ‘Eu quero a
tua palavra! Qual é a tua palavra?’. O poeta inaugura um olhar para as coisas, e eu quero
que as pessoas consigam lançar esse olhar”.
No âmbito dos espaços públicos, o projeto Escrevivendo também tem um espaço
importante na formação de leitores e escritores. Idealizado pela educadora Karen
Kipnis, que hoje trabalha na Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo, o projeto
promove desde 2006 oficinas de escrita e leitura gratuitas. Inicialmente concebido como
um programa de estágio da Faculdade de Educação da USP que era chamado de
Textando, o projeto ganhou vida própria e já passou pela Casa das Rosas, Museu da
Língua Portuguesa e pela Biblioteca Alceu Amoroso de Lima, onde inicia uma nova
turma agora em agosto.
A educadora ressalta que a partir da sua experiência no Escrevivendo, o papel do
ministrante se mistura ao de um mediador, já que os participantes buscam a ocupação de
um espaço público, e há ali diversos níveis socioeconômicos. “Vários 'escreviventes'
(como chamamos os participantes) querem escrever livros e já chegaram a participar de
concursos com seus textos. Mas o que eu vejo de mais importante é a ocupação dos
espaços públicos – e hoje existe cada vez mais essa oferta nas cidades. A pessoa quer
estar ali praticando e compartilhando sua escrita, tem a consciência de que está num
espaço coletivo e respeita as diferenças. É também um exercício de tolerância”,
pondera.

O projeto Escrevivendo existe desde 2006

ONDE ENCONTRAR OFICINAS:


Unidades do SESC em todo o país
Centros Culturais públicos e privados como: Casa das Rosas (SP), Centro Cultural
Vergueiro (SP), Instituto Vera Cruz (SP - oferece uma pós em Formação de Escritores),
Casa do Saber (São Paulo e Rio de Janeiro), Centro b_arco (SP), Oficina de Escrita
Criativa (SP), Estação das Letras (Rio de Janeiro), Casa das Ideias (Porto Alegre),
Espaço 3 e Meio (Recife)

Oficinas que fazem parte de cursos acadêmicos: Criação Literária da PUC-RS,


inserida no programa de pós-graduação em Letras da universidade e uma das pioneiras
do gênero no país. O curso é ministrado pelo escritor Luiz Antonio de Assis Brasil e é
aberto à comunidade. E, no Rio de Janeiro, há o curso de Letras com habilitação em
Produção Textual, oferecido pela PUC-Rio desde 2004.

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