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ÍNDICE DAS ATIVIDADES – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 14 – CAÇA-PALAVRAS HISTÓRIA DA ARTE. [Coleção Praticar a Arte - Professor Fabrício Secchin].

Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade


01 A Arte Rupestre. 41 A Arte Conceitual no Brasil. 81 A Arte Aborígene.
02 A Arte Mesopotâmica. 42 A Arte Povera. 82 A Arte da China.
03 A Arte Egípcia. 43 O Minimalismo. 83 A Vídeo Arte.
04 A Arte Grega. 44 O Hiper-Realismo. 84 A Missão Artística Francesa.
05 A Arte Romana. 45 A Land Art. 85 O Maneirismo.
06 A Arte Cristã-Primitiva. 46 A Street Art. 86 A Arte Afro-Brasileira.
07 A Arte Bizantina. 47 A Arte Urbana no Brasil. 87 O Neoplasticismo.
08 A Arte Românica. 48 A Arte Contemporânea. 88 A Poesia Concreta.
09 A Arte Gótica 49 A Arte Contemporânea no Brasil. 89 O Corpo na Dança.
10 O Renascimento italiano. 50 A Arte Digital. 90 O Teatro.
11 O Barroco italiano. 51 O Cinema. 91 A Escultura.
12 O Barroco no Brasil. 52 A Fotografia. 92 A Gravura.
13 O Rococó. 53 A Música. 93 A Pintura.
14 O Rococó no Brasil. 54 A Arte Africana. 94 O Desenho.
15 A Arte Neoclássica. 55 A Toy Art. 95 O Hip-Hop.
16 A Arte Neoclássica no Brasil. 56 Performance. 96 A Tatuagem.
17 A Art Nouveau. 57 Histórias em quadrinhos. 97 A Arquitetura.
18 A Art Nouveau no Brasil. 58 A Teoria da Cor. 98 A Importância da Arte.
19 A Art Déco. 59 A Arte Indígena. 99 A Arte como forma de Expressão.
20 O Realismo. 60 O Rádio. 100 A Arte e a Vida.
21 O Impressionismo. 61 A Dança. - Soluções dos Caças-Palavras.
22 O Impressionismo no Brasil. 62 O Balé.
23 O Pós-Impressionismo. 63 A Dança Contemporânea.
24 O Fauvismo. 64 O Simbolismo.
25 O Fauvismo no Brasil. 65 O Primitivismo.
26 O Expressionismo. 66 O Futurismo.
27 O Expressionismo no Brasil. 67 A Arte Naïf.
28 O Cubismo. 68 A Body Art.
29 O Cubismo no Brasil. 69 O Modernismo no Brasil.
30 O Abstracionismo. 70 O Movimento Armorial.
31 O Abstracionismo no Brasil. 71 O Muralismo Mexicano.
32 O Dadaísmo. 72 O Expressionismo Abstrato.
33 O Dadaísmo no Brasil. 73 O Tropicalismo.
34 O Surrealismo. 74 A Vanguarda Russa.
35 O Surrealismo no Brasil. 75 O Suprematismo.
36 A Op Art. 76 O Construtivismo.
37 A Op Art no Brasil. 77 A Bossa Nova.
38 A Pop Art. 78 Assemblage.
39 A Pop Art no Brasil. 79 A Junk Art.
40 A Arte Conceitual. 80 O Neoexpressionismo.
01 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE RUPESTRE – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE RUPESTRE:
Se hoje os pintores compram suas tintas e
pinceis, no passado suas ferramentas
eram bastante diferentes. Utilizavam terra
colorida1, sangue e pelos de animais2
3
para criar imagens de silhuetas de
grandes feras em paredes e tetos de
escuras e quase inacessíveis cavernas.
4
Usa-se o termo arte rupestre para designar as
inúmeras pinturas encontradas no interior de
cavernas5 pré-históricas por todo mundo. Mas
6
será que os desbravadores dessas cavernas
que a usavam como tela para seus desenhos tinham
a intenção de fazer arte? Este é uma questão quase
impossível de responder, hoje tratamos essas
representações como arte em função das suas
7
qualidades técnicas, no entanto a hipótese mais
8
aceita entre os historiadores é de que, nossos
antepassados9 pensavam e criavam essas
10
imagens como algo, acima de tudo, utilitárias .
Assim é quase certo que nossos antepassados não
penetrariam cavernas tão inacessíveis com o
simples propósito de decorá-las.
11 12
A sugestão mais viável para tal feito é de que esses homens e mulheres
13
primitivos que viviam essencialmente da caça
, acreditavam no “poder das imagens”
14
que desenhavam, ou seja, eles imaginavam que criando imagens de suas
presas15 em situação de caça, os animais reais também se renderiam às suas caças.
16
Assim as criações dessas imagens poderiam servir como uma espécie de magia para
17
uma caça bem sucedida . Mesmo assim é difícil afirmar com exatidão o significado e
função dessas imagens, exceto que elas nos trazem valiosas18 pistas acerca da
19
cultura e modo de vida dessas antigas civilizações e, principalmente, que nossos
20
antepassados possuíam uma capacidade simbólica , intelectual e artística.
02 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE MESOPOTÂMICA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE MESOPOTÂMICA:
Entendemos por povos mesopotâmicos, as
civilizações que se desenvolveram na área das
1
terras férteis localizadas entre os rios Tigre e
Eufrates2, denominada comumente
“Mesopotâmia”. Entre eles estão os
sumérios3, os assírios4 e os babilônicos5.
6
As principais manifestações da arquitetura
mesopotâmica eram os palácios, em geral
muito grandiosos; como havia pouca pedra, as
paredes tinham que ser grossas, pois eram
7
feitas de tijolos. Os templos possuíam
instalações completas, com aposentos para os
sacerdotes e outros compartimentos. Um traço
característico dessa arquitetura era o
8
“Zigurate ”, torre de vários andares, em
geral sete, sobre a qual havia uma capela9,
usada para observar o céu.
Os escultores representavam o corpo humano
10
de forma rígida, sem expressão de
11
movimento e sem detalhes anatômicos .
Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo,
coberto com longos mantos; os olhos eram
12
completados com esmalte brilhante. As
estátuas conservavam sempre uma postura
13
estática ante a grandiosidade dos
deuses14. As figuras esculpidas em baixo-
relevo15 se caracterizavam por um grande
realismo.
16
Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas ,
17 18
batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de
19
cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas , que utilizavam
20
também tijolos esmaltados.
03 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE EGÍPCIA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE EGÍPCIA:
A Arte Egípcia nasceu há mais de 3000 anos a.C. e
1
está ligada à religiosidade , visto que a maior
parte das suas estátuas, pinturas, monumentos e
obras arquitetônicas se manifesta em temas
religiosos. Assim, o interior dos templos, bem como
as peças ou espaços relacionados com o culto dos
mortos2, eram artisticamente3 elaborados. Os
túmulos são um dos aspectos mais representativos
da arte egípcia. Isso porque os egípcios acreditavam
4
na imortalidade da alma e que ela poderia sofrer
5
eternamente, caso o corpo fosse profanado .
Daí decorre a mumificação6 e o caráter
7
monumental do local onde as múmias eram
colocadas, cujo objetivo estava voltado para
8
protegê-las pela eternidade. O faraó contratava
artistas para desenhar e pintar nas paredes das
pirâmides9, que viriam a ser os seus túmulos.
Essas pinturas detalhavam a vida deles e seu
entorno10, de modo que essa arte registra parte
da história do Egito. Nessa sociedade, a arte era
11
produzida de forma padronizada e não dava
espaço para a criatividade.
Dessa maneira, foi realizada uma arte anônima, pois o importante12 era a perfeita
13 14
realização das técnicas executadas e não o estilo dos artistas. A dimensão das
15
pessoas e objetos não caracterizava uma relação de proporção e distância, mas sim
16
os níveis hierárquicos daquela sociedade . Assim, o faraó era sempre o maior dentre
17 18
as figuras representadas numa pintura . A lei da frontalidade é a característica
mais marcante na pintura egípcia. Essa regra determinava que o tronco das pessoas
devesse ser representado de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés exibidos de perfil.
19
Os olhos também são retratados de frente. Essa maneira de representação cria uma
20
combinação visual lateral e frontal.
04 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE GREGA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE GREGA:
A arte grega abarca todas as manifestações artísticas e
1 2 3
revela a história , a estética e mesmo a filosofia
desta civilização. O povo grego foi na antiguidade um dos
que exibiam manifestações culturais mais livres,
4
rendendo-se pouco às ordens de reis e sacerdotes ,
pois acreditavam que o ser humano era a concepção mais
5
incrível do universo . A arte grega passou pelos
6 7 8
períodos arcaico , clássico e helenístico , e cada
uma dessas fases históricas, influenciou a elaboração das
obras. Os gregos se destacaram especialmente na
pintura9, na arquitetura10 e na escultura11.
Vejamos algumas características:
 Simetria.
 Perfeição.
 Obras realizadas a partir de modelos vivos.
 Uso religioso, doméstico ou funerário.
 Valorização do ser humano.
12
As pinturas e esculturas eram concebidas a fim de
serem belas e assim perfeitas. As artes foram ainda
influenciadas13 pelas próprias civilizações com as
quais a Grécia se relacionava. A arte da pintura era
desenvolvida em cerâmicas, bem como nas paredes
14
das grandes construções. Os vasos nem sempre
foram peças de decoração15, sendo utilizados no
16
trabalho diário ou para guardar mantimentos ,
17 18
tais como vinho e azeite . Os grandes
19
templos erguidos pelos gregos tinham o propósito
de prestar culto aos seus deuses. Uma das suas
20
características é a utilização das colunas e a
simetria entre a entrada e os fundos do templo.
Esta arte se manifesta nas esculturas dos deuses e dos atletas cuja perfeição dos
detalhes dos corpos tornam os gregos excepcionais nessa manifestação artística.
05 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE ROMANA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE ROMANA:
A arte romana foi produzida pelo povo pertencente à
1
Roma Antiga e perdurou aproximadamente do
século VIII a.C. ao século IV d.C. Foi fortemente2
3
influenciada pelos etruscos e gregos, sendo que as
manifestações artísticas mais significativas
remontam4 ao estabelecimento da República
5

no ano de 509 a.C. Apesar disso, conhecemos poucos


6
nomes de seus artistas e arquitetos , posto que era
7
uma arte coletiva ou feita para seus mecenas .
8
Os romanos aproveitaram a bagagem cultural dos
etruscos, cuja arte era bastante desenvolvida, bem
como se deixaram influenciar pelos padrões
estéticos9 gregos, que admiravam. Quando os
romanos conquistaram a Grécia, ficaram
10
fascinados com a sua arte e começaram a imitar
os gregos. Daí resulta que muitas das características
da arte grega são encontradas na arte romana.
11 12
Como é o caso também da mitologia . A arquitetura foi a maior de todas as
expressões artísticas dos romanos. Nela, a característica que mais se destaca é o uso dos
arcos13. As esculturas romanas, por sua vez, são essencialmente14 cópias das
originais gregas. Nelas, o realismo é uma característica marcante. A pintura romana,
15
classificada em quatro estilos, caracteriza-se ora pelo colorido das paredes, ora pelo
ilusionismo16 ou pela riqueza de detalhes17.
Os artistas romanos trabalharam uma grande variedade
de temas, como acontecimentos históricos e cotidianos,
lendas18, conquistas militares, efígies e natureza-
morta. As pinturas romanas eram realizadas em murais
19 20
(afrescos ) e possuíam tridimensionalidade .
Os materiais utilizados variavam de metais em pó, vidros
pulverizados, substâncias extraídas de moluscos, pó de
madeira e até seivas de árvores.
06 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE CRISTÃ PRIMITIVA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

ARTE CRISTÃ PRIMITIVA:


Chama-se arte cristã primitiva1 a arte dos cinco
2
primeiros séculos do aparecimento do
cristianismo. A Arte Primitiva Cristã divide-se em
dois períodos: antes e depois do reconhecimento
3
do Cristianismo como religião oficial do Império
4
Romano. O reconhecimento do Cristianismo
como religião oficial do Império Romano foi feito
5
pelo imperador Constantino , no Édito de Milão
no ano 330 da nossa era.
6
A Fase Catacumbária : A fase anterior ao
reconhecimento chama-se Catacumbária,
7
porque as suas principais manifestações
ocorreram nas catacumbas, cemitérios8
subterrâneos9, verdadeiros hipogeus10,
11
nos quais os primeiros cristãos sepultavam
12
seus mortos e mártires . A fase catacumbária
estende-se do I século ao início do IV século,
precisamente ao Édito de Milão.
13
A Fase Cristã Primitiva: A fase posterior ao
reconhecimento, quando o Cristianismo deixou de
ser perseguido14 e substituiu,
oficialmente15, entre os romanos, as crenças do
16
paganismo, tem sido determinada Arte Latina
17
por alguns historiadores . Deve ser chamada,
porém, de modo mais adequado, Arte Cristã
18
Primitiva propriamente dita. Essa fase, Arte
primitiva Cristã, desenvolve-se dos anos de 330 ao
de 500, quando as artes do Cristianismo começam a
19
dividir-se em dois grandes ramos - um oriental
20
e outro ocidental .
07 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE BIZANTINA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE BIZANTINA:
A Arte Bizantina1 é uma arte cristã que surge no
período em que o Cristianismo2 passa a ser
3
reconhecido como religião. Jesus , considerado uma
ameaça para o Império Romano, foi perseguido e morto
4
pelos romanos . Após sua morte, seus adeptos se
escondiam em catacumbas para rezar, pois continuaram
5
sendo perseguidos . Até que em 313 o imperador
Constantino6 outorgou o Édito de Milão, que proibia a
perseguição aos cristãos e, então, o Cristianismo começa a
crescer. Surgem assim, as igrejas cristãs e um novo estilo
de arte, a Arte Bizantina.
A Arte Bizantina se contextualiza na Arte
Paleocristã7, que tem origem nas
expressões8 artísticas dos convertidos na
9

fé em Jesus Cristo. Eram manifestações feitas


10
especialmente através das pinturas nas
catacumbas11 e nos sepulcros12. Em
13
decorrência do período histórico , a Arte
Bizantina expressa especialmente o caráter
religioso. Além disso, o imperador era uma figura
14
de referência sagrada uma vez que
desempenhava15 o seu papel de governante
em nome de Deus, tal como era propagado na
época.
Assim, muitas vezes se encontra mosaicos que
retratavam16 o imperador17 e sua esposa entre
Jesus e Maria. Os artistas da época não tinham
liberdade18 para se expressar, não podiam usar sua
criatividade19; deviam apenas cumprir com a
20
elaboração da obra, tal como lhes era solicitado .
08 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE ROMÂNICA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE ROMÂNICA:
1
A Arte Românica faz referência a um estilo que
surgiu durante a Idade Média, mais precisamente
na Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII). O
termo “Românico” está intimamente relacionado
2
com às influências do Império Romano , que
3
dominou durante séculos quase toda a Europa
Ocidental. O estilo românico destacou-se na
arquitetura4, pintura5 e escultura6. Embora
7
tenha tido maior relevância na arquitetura das
construções religiosas.
Na arquitetura românica, podemos destacar alguns
elementos8 característicos, como a
horizontalidade9, ou seja, as edificações
10

não possuíam estruturas muito altas. Diversas


igrejas11, mosteiros12 , conventos13 e
catedrais14 foram construídas nesse estilo. Temas
15
bíblicos e religiosos marcam a pintura românica.
Geralmente, essas pinturas adornavam as igrejas e
catedrais da época.

Da mesma forma que na pintura românica, as


esculturas16 românicas eram produzidas17
18 19
para adornar os locais sagrados . Por
isso, a grande temática girava em torno da
religiosidade, visto que nesse período o
teocentrismo20 (Deus como centro do
mundo) foi uma forte característica. Muitas
construções românicas tinham o intuito de
abrigar peregrinos, de modo que foram erigidas
nos caminhos de locais sagrados. É por isso que
as igrejas desse período ficaram conhecidas
como Igrejas de Peregrinação.
09 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE GÓTICA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE GÓTICA:
1
A arte gótica foi uma expressão artística da
Baixa Idade Média (século XII) que perdurou até
o Renascimento. Denominada de arte das
catedrais2, ela era realizada nas cidades. Foi
uma reação ao estilo românico e pretendeu
3 4
rivalizar com os mosteiros e basílicas que
5
eram construídas no campo . Isso porque
nesse momento, as cidades começaram a
crescer por conta da economia
6
fundamentada no comércio.
Anteriormente, as vivências coletivas estavam
concentradas no campo e os mosteiros
consistiam nos locais de desenvolvimento
intelectual7 e artístico. A Arte Gótica irá se
expandir para Inglaterra8, Alemanha9,
Itália10, Polônia11 e Península Ibérica12 .
Contudo, esta arte grandiosa somente foi
possível após a solidificação das monarquias.
Isso permitiu o desenvolvimento comercial e
urbano, levando ao desenvolvimento das rotas
comerciais e favorecendo, ainda mais, o
crescimento das cidades.
Os recursos para obras tão magníficas eram obtidos
13
mediante as contribuições dos fiéis, principalmente
daqueles que compunham a burguesia14 em ascensão.
15
Portanto, a Arte Gótica marca o triunfo das cidades, onde
a Igreja percebe ter o apoio de uma grande parcela dos fiéis,
para quem irá construir catedrais. Elas representavam
símbolos16 do poder político17 da Igreja e econômico da
burguesia. Serão as catedrais a exaltarem abeleza18 do
19
ideal divino , por meio de uma harmonia20 permeada
pela religiosidade.
10 – CAÇA-PALAVRA: O RENASCIMENTO ITALIANO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O RENASCIMENTO ITALIANO:
O período do Renascimento, ou
1
Renascença Italiana se passou na
Europa2 entre os séculos XIV e XVI. Pode-
3
se dizer que foi um período transitório
entre a Idade Média e a Idade Moderna do
qual foi marcado por importantes
mudanças no pensamento4
sociocultural, refletidos na economia,
política e religião.
5
Trata-se de um período de "descoberta do mundo e do
6
homem". A volta aos paradigmas da Antiguidade Clássica,
7 8
que trazia como ideal o humanismo e o naturalismo ,
foram os principais fios condutores de todo um período de
9
reflorescência empírica e científica de uma época.
Toscana10, entre as cidades de Siena11 e Florença12, foi
onde o Renascimento se originou, proliferando-se mais tarde
por toda a Europa. Grandes transformações ocorreram na
13
cidade de Roma , o que originou o surgimento de
14
importantes nomes na literatura , arquitetura15, bem
16
como nas artes plásticas .
17
Esta, que por sua vez foi marcada pela busca do belo ,
18
trazia em seus parâmetros de perfeição o estudo de
19 20
anatomia ,simetria e proporção das figuras.
Destacam-se alguns desses grandiosos nomes que
marcaram a história das artes, com seus retratos,
pinturas, esculturas e arquiteturas dignas de caráter
divinal, artistas como Leonardo Da Vinci, Michelangelo,
Rafael, Donatello, Brunelleschi e Botticelli, podendo ser
dito que foram um dos maiores representantes do
movimento renascentista.
11 – CAÇA-PALAVRA: O BARROCO ITALIANO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O BARROCO ITALIANO:
Na pintura Barroca1, os pintores também
2
alcançaram resultados fantásticos com efeitos do
uso de luz. Não existindo padrão de beleza a ser
3
seguido, a pintura barroca abriu um leque
bastante extenso. Os pintores da época tinham
aprendido muito com os antigos mestres, a tal ponto
4
de poderem desenvolver ideia ou tema com
5
extrema perfeição .
6
Deixando de lado o padrão adotado para pintar o corpo humano como fizeram os
pintores clássicos, retrataram o homem carregado de “humanidade”, corpos cansados e
7 8
peles flácidas ou enrugadas que expressavam o sofrimento e purificação
9
humana exigido pela igreja .
Características da Pintura Barroca:
10
 Grande realismo e interesse pelo movimento
e emoção.
11
 Sombras projetadas.
12
 Perspectiva é apenas sugerida.
13
 Composição em diagonal .
14
 Acentuado contrastes de claro-escuro.
15
 Os temas mitológicos e religiosos16 são
amplamente explorados.
17
Existe uma imponência na sua estrutura e nos detalhes
bastante decorados. As colunas, por exemplo, são duplas ou
espiraladas. Os interiores seguem os mesmos princípios. No
18
caso das igrejas, todo o apelo sentimental da Arte
Barroca foi intensamente decorado, pois os ambientes se
propõem a mostrar o esplendor de Deus e o poder da Igreja
19
Católica. A escultura levou ao máximo as produções do
20
barroco. Predominam as linhas curvas, os drapeados das
vestes e o uso do dourado.
12 – CAÇA-PALAVRA: O BARROCO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O BARROCO NO BRASIL:
No Brasil Colonial, a presença dos jesuítas1 teve
2
grande importância no processo de disseminação do
cristianismo católico no interior da colônia. Não por
3
acaso – visando aperfeiçoar suas ações
missionárias4 –, os jesuítas trouxeram da Europa as
influências estéticas de cunho fortemente religioso que
5
marcaram o estilo barroco . Na maioria das vezes,
6
esse tipo de criação se manifestou na construção de
igrejas7 8
e imagens religiosas que tomavam campo
9
nos centros urbanos do país.
Chegando ao Brasil, as construções de traço barroco
se lançavam aos olhos de uma população mista
10
formada por alfaiates, ambulantes , funcionários
11
públicos, indígenas, escravos e vadios. Essa
população, na maioria das vezes, só conseguia
compreender o sentido dos valores religiosos
12
afirmados pela catequese com a imponência de
imagens ricas em que a complexa ornamentação
13
pretendia reafirmar o caráter sagrado dos santos
e templos religiosos. De forma geral, as obras e
14
construções barrocas eram fabricadas a partir
15
do uso de pedra-sabão , barro cozido e madeira
policromada16 ou dourada. Além disso, existiu
uma visível preocupação em se reproduzir
17
movimentos de conteúdo dramático , o uso de
linhas curvas, a preferência por construções de porte
grandioso e o uso de um impacto visual capaz de
18
chamar atenção dos apreciadores . O barroco
tentou exprimir uma religiosidade19 de princípio
medieval com a sofisticação20 da arte
renascentista.
13 – CAÇA-PALAVRA: O ROCOCÓ – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O ROCOCÓ:
“Rococó” é um substantivo masculino de origem
1 2
francesa (rocaille , que significa “concha ”) e faz
3
alusão a um estilo artístico tipicamente decorativo .
Ele prosperou na Europa (especialmente no sul da
Alemanha e na Áustria) do início ao fim do século XVIII,
marcando a passagem do Barroco para o Arcadismo.
4
Caracterizado pelo uso de conchas, laços e flores em
seus adornos, o estilo rococó predominou na esfera da
arquitetura, escultura e pintura.

5
Elas deveriam se complementar harmonicamente ,
muitas vezes pela união de artistas especializados em
afazeres distintos. O Rococó pode ser considerado como
6 7
uma reação da aristocracia e burguesia francesa
contra a suntuosidade do barroco tradicional. Considerado
8
por muitos como uma variante “profana ” do barroco, o
rococó caracterizou-se, acima de tudo, pela valorização das
9
linhas em formato de concha. Ele abandona aquelas
10
linhas retorcidas , típicas do barroco, para empregar
11
linhas e formas mais leves e delicadas , vistas
facilmente na decoração dos interiores12,
ourivesaria13, mobiliário14, pintura, escultura e
arquitetura. As obras deste movimento estético possuem
texturas15 suaves que buscam expressar o caráter
lúdico16 e mundano
17
da vida. Assim, foi uma
preferência os temas leves e sentimentais relacionados ao
18
cotidiano e recheados de alegorias mitológicas e
pastoris.
Os ambientes luxuosos, como parques e jardins suntuosos19, retratam, na maioria
20
das vezes, cenas eróticas e sensuais em paisagens idílicas e alegres, nas quais
transparecem os interesses hedonistas e aristocráticos.
14 – CAÇA-PALAVRA: O ROCOCÓ NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O ROCOCÓ NO BRASIL:
Esse estilo chegou a América do Sul em meados
do século XVIII e, no Brasil, teve grande
1
representação por meio do mobiliário desse
período e ficou conhecido como estilo2 Dom
3
João V. É possível encontra características
dessaescola4 artística na pintura, na escrita,
5
na escultura e também na arquitetura. Esse
tipo de arquitetura no Brasil pode ser vista em
cidades como Minas Gerais, Belém e
Pernambuco6. No Brasil a arquitetura rococó
teve muita influência7 religiosa e isso pode
8
ser percebido nas igrejas brasileiras do século
9
XVIII. Podemos citar Aleijadinho como um
10
dos principais artistas do rococó brasileiro.
Diferente do que aconteceu em outros países, no Brasil
11
essa manifestação artística aparecia intimamente
relacionada12 com a arquitetura religiosa13 ,
14
principalmente em Minas Gerais (Ouro Preto é um
dos exemplos mais simbólicos), Rio de Janeiro, Belém,
Pernambuco e Paraíba. Por ter essa aproximação com a
religiosidade15, no Brasil o Rococó realmente se
mistura16 muito com o Barroco, não sendo tão fácil
diferenciar17 um do outro. Os maiores nomes
18
nacionais foram Manuel da Costa Ataíde , Francisco
19 20
Xavier de Brito, José Pereira Arouca e o célebre
Aleijadinho.
Quem visita a Igreja de Santa Rita, no centro do Rio de Janeiro, pode observar
claramente a arquitetura e decoração típicas do Rococó: muito dourado, desenhos de
flores e uso de conchas. Por ser uma igreja, também é um ponto que serve para ilustrar
a religiosidade impregnada no Rococó e, como consequência natural disso, a sua
semelhança com a arte barroca.
15 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE NEOCLÁSSICA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE NEOCLÁSSICA:
O Neoclassicismo1 (novo classicismo)
2
representa um movimento artístico e
cultural que envolveu a literatura, a pintura, a
escultura3 e a arquitetura. Surgiu no século
4 5
XVIII na Europa se espalhando pelo
mundo, permanecendo até meados do século
XIX. Recebe esse nome uma vez que esteve
baseado nos ideais clássicos. Trata-se de um
movimento de oposição aos exageros,
6
rebuscamento e complexidades do
Barroco.
Ele surge após a Revolução Francesa (1789), o
7
início da Revolução Industrial e no contexto
8 9
do Iluminismo chamado de “Era da Razão ”.
A arquitetura neoclássica foi fundamentada nos
10
ideais clássicos e nas construções erigidas
durante o período do Renascimento. A pintura
apresenta diversas características desse período, o
11 12
qual buscava a pureza e a harmonia das
formas. Inspirados nas artes greco-romana e
renascentista, o realismo13, o
14
racionalismo das obras e o equilíbrio das
cores15 foram essenciais para disseminar esse
estilo nas artes plásticas.
A Escultura Neoclássica vem unir diversos
16
elementos baseados na escultura clássica,
donde o uso do mármore é sua mais forte
característica. Busca-se a harmonia das
proporções17 e das formas com a exploração18
19
de temas relacionados à mitologia e
20
personagens heróicos .
16 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE NEOCLÁSSICA NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE NEOCLÁSSICA NO BRASIL:


Os elementos clássicos que seduziram a Arte do século
XIX, na Europa, encantaram também o Brasil. Muitas
mudanças ocorreram no Brasil, em 1808 e, uma delas
1
foi chegada da Família Real. O Rio de Janeiro, onde
a corte então se instalara, passou a ser o novo centro
cultural2 e político do país. No campo artístico, as
inovações3 da Europa chegaram junto com a Missão
Artística4 Francesa, em 1816, encarregada e
contratada5 para fundar e dirigir a Escola Real de
Artes6 e Ofícios7, no Rio de Janeiro.
8
O grupo, composto por artistas , arquitetos, músicos,
9
mecânicos, ferreiros e carpinteiros , era liderado
10
pelo escritor Joachim Lebreton (1760-1819) e, entre
os componentes, estavam o arquiteto Grandjean de
Montigny11 (1776-1850); o paisagista Nicolas Antoine
Taunay12 (1755-1830) e seu irmão, o escultor
13
Auguste -Marie Taunay (1768-1824); o gravador de
14
medalhas Charles-Simon Pradier (1783-1847); e o
15
pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848). O grupo,
entretanto, encontrou obstáculos, como a resistência da
tradição barroca, já enraizada no país; a escassez de
16
recursos financeiros e de materiais; e as intrigas
políticas17. Muitos dos ofícios que, no Brasil, antes
eram passados de pessoa para pessoa, como a
18
Arquitetura, a Escultura, a Pintura e o Desenho ,
passaram a ser estudados oficialmente na Escola de
Artes, que ficou mais tarde, conhecida como a Academia
Imperial19 de Belas Artes. O local é, atualmente, a
Escola de Belas Artes da Universidade20 Federal do
Rio de Janeiro.
17 – CAÇA-PALAVRA: A ART NOUVEAU – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ART NOUVEAU:
O ArtNouveau1 ou Arte Nova foi um
movimento2 artístico que surgiu no final do
século XIX na Bélgica, fora do contexto em que
normalmente surgem as vanguardas3
4
artísticas. Vigorou entre 1880 e 1920,
aproximadamente. Existia na sociedade em geral o
desejo de buscar um estilo que refletisse e
acompanhasse5 as inovações da sociedade
industrial6.A segunda metade do século XIX
marcou uma mudança estética nas artes, a
inspiração7 na antiguidade vigorava8 desde
9
o século XV, e as fórmulas baseadas no
Renascimento começam a dissipar-se dando lugar
10
a Arte Nova, que se opunha ao historicismo
11
e tinha como tônica de seu discurso a
originalidade, a qualidade e a volta ao artesanato.
Uma de suas principais características foi a
12
busca de originalidade , tanto na forma
de expressão13 , como pelo uso de
materiais14 até então pouco explorados
nas artes. A partir desse desejo de inovação,
também foram utilizadas novas técnicas,
15
como a xilogravura (técnica que utiliza a
16
madeira entalhada como base para a
17
produção de gravuras ). A Art Nouveau
tornou-se um movimento que integrou
criticamente18 algumas características da
sociedade19 industrial, refletindo essas
particularidades20 nas obras produzidas
e nos materiais utilizados.
18 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE NOUVEAU NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE NOUVEAU NO BRASIL:


A Arte Nouveau1 no Brasil começou a surgir no
começo do século XX. A primeira2 obra de Arte
Nouveau em São Paulo3 foi o edifício Vila
4
Penteado , projetado pelo arquiteto sueco Carlos
5
Ekman e finalizada em 1902. Trata-se de duas casas
em uma só, idealizada para abrigar duas importantes
6
famílias paulistas. A obra tem dois pavimentos e
7
mais de 60 cômodos . Em 1949, o edifício foi doado
à USP e passou a abrigar a Faculdade de
Arquitetura8 e Urbanismo9 até 1968.
Hoje ele é sede do curso de pós-graduação da
10
mesma faculdade . Outra obra de Arte
Nouveau presente11 em São Paulo é o Viaduto
12 13
da Santa Efigênia , projetado pelo italiano
14
Giulio Micheli . A curiosidade é que a sua
estrutura veio totalmente pré-fabricada da
Bélgica. Nas artes, o nome que se destacou no
15
Arte Nouveau no Brasil foi Eliseu Visconte . O
premiado16 pintor17 e designer
18

percorreu alguns estilos, entre ele o Arte


Nouveau. Essa influência veio após uma viagem à
Paris para aperfeiçoar seus estudos na Academia
Imperial de Belas Artes. O artista é o responsável
19
pela decoração interna do Teatro
Municipal20 do Rio de Janeiro.
19 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE DÉCO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE DÉCO:
1
Arte Déco é um termo de origem francesa
que se refere a um estilo artístico de âmbito
internacional2, mas que tem sua origem na
Europa no começo do século XX, porém seu
apogeu se deu na década de 20. O termo Arte
Déco3 nasceu da expressão “arts decoratifs”.
Este estilo se afirmou nas artes visuais, nas artes
4
aplicadas (design de interiores, mobiliário,
5
etc.) no desenho industrial , na moda, no
cinema e especialmente na arquitetura onde
6
teve uma presença marcante.
Na década de 30 espalhou-se pelos EUA e em
outros países fora da Europa. A Arte Déco
começou a ganhar força como um estilo
artístico7 a partir da Exposição Internacional de
8 9
Artes Decorativas e Industriais Modernas
que ocorreu em Paris em 1925. Esta exposição
10
deu ênfase à individualidade e ao
artesanato refinado. Muito embora os
11
movimentos artísticos da época estivessem
ligados à filosofia e a política, a Arte Déco foi um
estilo de caráter decorativo, visto na época como
ultramoderno12 e de alto luxo, destinado à
burguesia13 do pós-guerra. Era comum o uso
14 15
de materiais caros como o marfim , o jade
e a laca.
A partir da exposição Arte Déco no Metropolitan Museum de Nova York em 1934, o
16
estilo passou a valorizar a produção industrial, com materiais e formas aptas de
17
serem produzidas em massa. Dessa forma o estilo Arte Déco foi popularizado e de
18
fácil acesso a população por meio da publicidade , dos objetos de uso domésticos,
19 20
das joias e bijuterias , da moda e do mobiliário .
20 – CAÇA-PALAVRA: O REALISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O REALISMO:
1
O termo “realismo ” geralmente é usado para
2 3
designar desenhos , esculturas e pinturas
que tenham uma representação objetiva da
realidade4, ou seja, uma forma de
reproduzir5 a realidade tal como ela é. No
entanto o termo realismo no âmbito das artes
6
visuais diz respeito ao princípio estético que
surgiu na segunda metade do século XIX, na
França em reação ao Romantismo.
Entre 1850 a 1890 o Realismo espalhou-se pelo
7
Europa e outros continentes tanto nas artes
visuais quanto na literatura. Diferentemente do
tradicionalismo do Romantismo e do
Neoclassicismo, o Realismo teve influência das
transformações8 sociais ocorridas na
política9 e na ciência, onde procurou incorporar o
progresso10 científico da época, bem como
trazer reflexões11 acerca da grande
desigualdade12 social, mas acima de tudo foi
uma forma de superar as tradições românticas e
clássicas.
13
O grande objetivo dos pintores realistas era retratar a
realidade do povo de maneira concreta e não uma forma
14
ideal como nos movimentos anteriores. No
15
Romantismo era valorizado nas pinturas o que se sentia
e se idealizava, já no Realismo se valorizava o que realmente
16
era e o homem não ocupava mais o centro das
narrativas17. Entre os temas mais desejados estão à
paisagem18 e os retratos. As cores eram sóbrias e a
pincelada19 era livre, o que resultava numa representação
nítida20 da realidade que os cercava.
21 – CAÇA-PALAVRA: O IMPRESSIONISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O IMPRESSIONISMO:
1
O Impressionismo foi um movimento que se
manifestou, especialmente nas artes plásticas no
2
fim do século XIX na França . Os impressionistas
rejeitavam3 as convenções da arte acadêmica
vigente na época. As pinturas do Impressionismo
4
captavam as impressões perceptivas de
luminosidade5, cor6 e sombra7 das
paisagens8, por isso pintavam o mesmo quadro
9
em diferentes horários do dia.
O termo “impressionista” deriva de uma das obras
mais significativas obras desse movimento -
10
Impressão: Nascer do Sol, de Monet . Outra
explicação diz que o termo foi usado pela primeira
11
vez pelos caluniadores do movimento, que
consideravam as obras inacabadas e o nome foi
12
aceito e adotado pelos artistas desse estilo .
13
Esses artistas estavam interessados em
confinar com a tinta as impressões sensoriais de
cor, luz, som e de movimento, por meio de cores
claras e brilhantes bem como pinceladas mais
livres e distintas.
Assim como é do conhecimento de todos, as cores da natureza mudam conforme a luz
14
incidente em determinado horário do dia, e eram essas impressões que os
impressionistas queriam capturar. Os impressionistas estudavam muito sobre os efeitos
15 16
ópticos, para isso usavam com frequência recursos fotográficos . Em função
17
disso preferiam trabalhar ao ar livre , bem como, não se prenderam ao uso da
18
perspectiva e ao uso de modelos . As figuras representadas não possuíam
contornos19 nítidos, as sombras deveriam ser coloridas e as cores deveriam ser
20
usadas puras, evitando a mistura de tonalidades .
22 – CAÇA-PALAVRA: O IMPRESSIONISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O IMPRESSIONISMO NO BRASIL:
No Brasil,
um grupo dissidente da pintura
1
acadêmica já tinha anunciado as transformações
de temas e técnicas em direção ao impressionismo.
2
Tratava-se de um conjunto de alunos da Academia,
chefiados um mestre alemão, Georg Grimm, que ficou
historicamente3 conhecido como o Grupo Grimm.
Eles saíam para pintar4 ao ar livre, de uma maneira
5
espontânea e sem assunto previamente escolhido,
rebelando-se contra os cânones do neoclassicismo.
Alguns vieram a engrossar as fileiras do
6
impressionismo, como Giovanni Castagneto ,
7 8
Antonio Parreiras e Hipólito Caron ; outros
seguiram o caminho do realismo, como Garcia y
9
Vasquez e França Junior . No período em que se
desenvolveu o período impressionista na Europa, a
10
arte brasileira estava seduzida pelo realismo e
11 12
pelo regionalismo , o que dificultava a
aceitação de uma nova teoria de fora. Além disso,
vimos que um dos preceitos dos impressionistas era
13 14
a procura do ar livre e das paisagens . Os
artistas franceses, ou melhor, parisienses, que
primeiro se agruparam em torno do movimento,
além do ambiente cultural estavam seduzidos pelos
ensinamentos científicos da sua época, o que não
acontecia15 no Brasil. Havia também a
considerar16 o fato tempo: o clima francês era
mais seco que o brasileiro, e as cores da natureza
17
eram aqui mais exuberantes , a atmosfera
18 19
menos límpida , a topografia montanhosa
e o interior rural em pouco se pareciam com as bem
comportadas20 paisagens europeias.
23 – CAÇA-PALAVRA: O PÓS-IMPRESSIONISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O PÓS-IMPRESSIONISMO:
O pós-impressionismo1 foi uma
2
tendência nas artes que ocorreu na França
no final do século XIX e início do XX. Esse
3
movimento inovador começa a despontar
em 1880 e permanece até o surgimento do
Cubismo, em 1907. Na realidade, essa corrente
organiza-se de maneira espontânea, inspirando-
4
se e ao mesmo tempo confrontando o
chamado impressionismo. O termo pós-
impressionismo foi utilizado pela primeira vez
pelo crítico de arte britânico Roger Eliot Fry
(1866-1934), para designar as obras expostas na
Grafton Galleries, em Londres, em 1910.
5
A exposição incluía pinturas de Paul Cézanne ,
6 7
Vincent van Gogh e Paul Gauguin . Ao lado
8
do pintor francês Georges Seraut , eles foram
os mais importantes representantes dessa nova
tendência. Os pós-impressionistas valorizavam a
9
expressão do lado subjetivo , humano,
10
emocional e sentimental . Dessa forma, o
11
novo espírito que surgia se distanciava do
impressionismo, na medida em que não buscava
somente elementos técnicos, estudos da luz
natural12 nos objetos13 e reprodução14
da realidade, como fizeram seus antecessores.

De tal modo, ainda que tenham criado uma nova tendência, muitos artistas do pós-
impressionismo fizeram parte do impressionismo, pois o novo movimento pode ser
15
considerado uma extensão ou desenvolvimento maior da escola impressionista.
Em resumo, os artistas que compõem o pós-impressionismo buscavam novos
estilos16, determinado por novos conceitos17 e formas18 , mas ainda assim
19 20
utilizando intensamente elementos como a luz e a cor em suas obras.
24 – CAÇA-PALAVRA: O FAUVISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O FAUVISMO:
1
O fauvismo é uma corrente artística do início do
século XX aliada à pintura, tendo como uma das
2
características a máxima expressão pictórica,
onde as cores são utilizadas com intensidade3,
além de outras, como a simplificação4 das
formas5, o estudo das cores. Os seus temas eram
leves, e não tinham intenção crítica, revelando
apenas emoções e alegria de viver. As cores eram
utilizadas puras, para delimitar planos, criar a
6
perspectiva e modelar o volume .
O nome da corrente deve-se a Louis Vauxcelles. Esse chamou alguns artistas de “Les
Fauves” (que significa “feras” em português) em uma exposição em 1905, pois havia ali a
7
estátua convencional de um menino rodeada de pinturas nesse novo estilo.
Os princípios desse movimento foram:
8
 Criar, em arte, não possui relação com o intelecto ou sentimentos ;
9 10
 Criar é considerar os impulsos do instinto e das sensações primárias;
11
 Exaltação da cor pura .
Participaram do movimento fauvista os pintores:
12 13
Henri Matisse , Maurice de Vlaminck , André
Derain14 e Othon Friesz15; principais responsáveis
pelo gosto do uso de cores puras, presentes no
cotidiano16 atual, em objetos e peças de
vestuário. O principal representante do movimento
Fauvista foi Henri Matisse, que tinha por
17
característica a despreocupação com o
realismo, onde as coisas representadas18 eram
19
menos importantes do que a forma de
representá-las.
Por exemplo, “Natureza morta com peixes vermelhos”, pintado em 1911, quando se
observa que o importante são as cores puras e estendidas em grandes campos,
20
essenciais para a organização da composição .
25 – CAÇA-PALAVRA: O FAUVISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O FAUVISMO NO BRASIL:
O fauvismo no Brasil não teve uma grande adesão entre
1
os artistas ativos no período de seu ápice na Europa.
Contudo, é fundamental ressaltar que, até os dias de hoje,
2
características do fauvismo podem ser observadas em
obras de artistas nacionais3. É importante notar,
4
também, que o fauvismo não influenciou apenas o
cenário5 artístico brasileiro6. Isso porque os
7
principais aspectos dessa corrente também podem ser
vistos em outros estilos e artistas ao redor do globo.
8 9
Mesmo com pouca abrangência , houve espaço
para as obras fauvistas. Nesse contexto, Arthur
Timótheo10 da Costa foi um dos principais artistas do
fauvismo no Brasil. Outro artista do fauvismo no Brasil, ou
11
melhor, que utilizava algumas características do
12
estilo, foi Mário Navarro da Costa. Entre os exemplos
13 14
de pinturas que carregavam esses
atributos , está o quadro “Porto de Leixões16
15
”.
17
Nesse cenário , é válido informar que, apesar dos dois
18
artistas citados trabalharem bastante com
19
características dessa corrente, o expoente mais
20
conhecido do fauvismo no Brasil foi Inimá José de
Paula.
26 – CAÇA-PALAVRA: O EXPRESSIONISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O EXPRESSIONISMO:
O Expressionismo1 foi um movimento estético
2
embalado pela arte moderna do início do século XX e
teve expoentes nas artes visuais, no cinema, no teatro, na
literatura3, na música, na dança4, na arquitetura e na
fotografia5. Contrapôs-se ao academicismo artístico, à
sistematização6 alienante do mundo industrial e
principalmente à representação objetiva do
Impressionismo: em vez de captar a realidade, o
Expressionismo cria a realidade, em uvm movimento do
interior para o exterior, valorizando aspectos
irracionais7 e instintivos8 no procedimento artístico.
Engajados9 em um projeto de crítica social de
seu tempo, os expressionistas comumente
10
elegiam temas relacionados à angústia da
condição11 humana, à morte, ao medo12, ao
sexo, muitas vezes representados de maneira
13
sombria e com figuras deformadas . Assim,
14
a arte precisava também contemplar a
vivência humana desses novos tempos. De modo
geral, os expressionistas tentaram captar o
drama15 da existência, da tentativa do homem
16
de dominar a realidade, mas ser arrastado
por ela.
O Expressionismo foi um movimento muito
diversificado, fundado por dois grupos: A Ponte,
17
de 1905, e O Cavaleiro Azul, de 1911, que
reuniram majoritariamente artistas
18
alemães . Em uma segunda fase, monta-se o
19
grupo Nova Objetividade , já de caráter
20
internacional .
27 – CAÇA-PALAVRA: O EXPRESSIONISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O EXPRESSIONISMO NO BRASIL:
O expressionismo no Brasil e no mundo foi uma
corrente que marcou o circuito artístico por apresentar
1
uma forte vertente de vanguarda . Prestigiando a
subjetividade2 e destacando o caráter
3

emocional, esse movimento surgiu entre o fim do


século XIX e o início do século XX, na Alemanha,
4
chegando a terras tupiniquins no começo da
década de 1900. Presente nas artes plásticas5, na
6
arquitetura, no cinema , na literatura, na fotografia
e na dança, o expressionismo na arte conta com um
legado excepcional, composto por trabalhos singulares
dos mais diversos artistas. No Brasil, não foi diferente.

Tanto que o país também apresentou ícones7 da arte


8
que criaram obras importantes dessa corrente.
9
Assim, teve como um de seus conceitos principais,
10
desvincular a beleza da arte. Além disso, ressaltou a
importância de compor uma arte profunda, desligando-
11
se de correntes anteriores que apenas retratavam
12
a natureza óbvia e verossímil. Nesse contexto ,
apesar dessa corrente fugir da obviedade e do
pragmatismo13, ela contou com características que,
juntas, compuseram o expressionismo no Brasil e no
mundo. Foram elas:
14
 A valorização da perspectiva do artista em relação à elaboração de suas obras;
15
 A repetição de temáticas voltadas para o sofrimento e dor;
16
 O descompromisso de retratar a realidade de forma fiel;
17
 A valorização da emoção e da intuição ;
18
 O domínio de pinceladas desconexas na pintura;
19
 A presença de cores contrastantes e de temas carregados de críticas à
20
sociedade .
28 – CAÇA-PALAVRA: O CUBISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O CUBISMO:
O cubismo1 foi uma vanguarda artística europeia
2
marcada pelos usos de formas geométricas .
Surgido no início do século XX na França, esse novo
estilo rompeu com os modelos estéticos que só
3
valorizavam a perfeição das formas. Esse
movimento pode ser considerado o primeiro a se
4
caracterizar pela incorporação do imaginário
5
urbano industrial em suas obras. Abrangeu,
sobretudo as artes plásticas e influenciou a
literatura6. O marco para o surgimento do cubismo
foi em 1907, com a tela Les Demoiselles d'Avignon (As
damas7 d'Avignon), do pintor espanhol Pablo
Picasso8.
Essa obra apresenta influências visíveis das esculturas
africanas9 e das pinturas do pós-impressionista francês
Paul Cézanne. Ao lado de Picasso, o pintor e escultor
10
francês Georges Braque também foi fundador do
movimento11 cubista. Com o cubismo teremos um
tratamento geométrico das formas da natureza12.
13
Assim, elas passam a ser representadas pelos objetos
14
em todos os seus ângulos no mesmo plano ,
15
constituindo uma figura em três dimensões .
Predominam as linhas retas16,
modeladas basicamente por cubos17 e
cilindros18, dadas a geometrização das
formas e volumes. Essa técnica que
renuncia à perspectiva, assim como ao
19
"claro-escuro ", causa uma sensação
20
de pintura escultórica .
29 – CAÇA-PALAVRA: O CUBISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O CUBISMO NO BRASIL:
1
Impossível falar sobre o cubismo no Brasil sem
2
relacionar essa corrente com a Semana de Arte
Moderna3 de 1922. Entre os artistas brasileiros
mais conhecidos que utilizaram o cubismo em
4
suas peças, Tarsila do Amaral, Emiliano Di
Cavalcanti5 e Anita Malfatti
6
ganham
posição de destaque. O cubismo foi uma corrente
de vanguarda que nasceu na França, no começo
7
do século XX, com o objetivo de romper com a
perfeição8 das formas9 , uma característica
frequentemente presente em outros estilos, como
o renascentista.
O começo do século XX foi marcado pela disputa
10
entre o conservadorismo e as tendências
modernistas. Nesse cenário11, o cubismo no
12
Brasil ganhou espaço após a Semana de Arte
Moderna. Afinal, ela foi um marco na história da
arte moderna brasileira. Vanguardista e ousado,
esse evento chocou a sociedade conservadora da
época13. Desse modo, representou um novo olhar
14
sobre a arte e, assim, introduziu tendências
15
experimentais derivadas do expressionismo
europeu, do cubismo e do surrealismo.
No entanto, vale destacar que não há produções
16
artísticas nacionais que apresentem
características exclusivas desse estilo. Assim, o
cubismo no Brasil ficou caracterizado por obras
17
que mesclavam aspectos desse movimento
combinados18 com outros de diferentes19
20
expressões artísticas .
30 – CAÇA-PALAVRA: O ABSTRACIONISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O ABSTRACIONISMO:
O Abstracionismo1, ou arte abstrata, é um estilo
2
artístico moderno das artes visuais que prioriza as
formas abstratas em detrimento das figuras que
representam algo da nossa própria realidade. Dessa
forma, podemos dizer que esse tipo de arte é uma obra
3
“não representacional ”, ao contrário da arte
figurativa, expressa por meio de figuras que retratam a
natureza.
4
O pintor russo Wassily Kandinsky é
considerado o precursor da arte abstrata com
suas obras Primeira Aquarela Abstrata (1910) e a
série Improvisações (1909-14). A origem da arte
abstrata está intimamente relacionada com as
vanguardas5 artísticas europeias do final do
século XIX, a também chamada arte moderna.
Caracterizada pela “não representação”, essa
vertente6 buscou apresentar um novo estilo
de arte, em que as formas, cores, linhas e
texturas eram os objetos de pesquisa dos
artistas.
7
A Arte Abstrata tinha o objetivo de encontrar uma nova forma de expressão plástica ,
8
distanciada das formas figurativas ou representação da natureza . Caracteriza-se pela
9 10
decomposição da figura, simplificação da forma, novo uso das cores e descarte
11
da perspectiva ou técnicas de modelagem .
As principais características da arte abstrata são:
12
 Arte não representacional .
 Ausência13 de objetos reconhecíveis.
14
 Arte subjetiva .
 Oposição15 ao modelo renascentista e à arte figurativa16.
17 18 19 20
 Valorização de formas , cores , linhas e texturas .
31 – CAÇA-PALAVRA: O ABSTRACIONISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O ABSTRACIONISMO NO BRASIL:
Desde a década de 1940, a arte abstrata começou
1
a entrar em território brasileiro. Os pioneiros
foram Abraham Palatnik2 (1928),Manabu3
Mabe (1924-1997) e Luiz Sacilotto4 (1924-
2003). O momento chave, no entanto, ocorreu
somente em outubro de 1951, com a I Bienal de
5
São Paulo. Foi lá que despontaram nomes
como Lygia Clark6, Helio Oiticica7 e Alfredo
8
Volpi . Lygia Clark (1920-1988) não foi apenas
pintora, também atuou como escultora,
desenhista, professora de belas artes e
psicoterapeuta. A artista fez parte do
neoconcretismo9 brasileiro. A sua série
tridimensional10 11
“Bichos ” fez imenso
sucesso de público e crítica. As esculturas eram
12
feitas com material de revestimento de
13
avião e permitiam múltiplas combinações de
acordo com o desejo do espectador. Helio Oiticica
(1937-1980) pertenceu, assim como Lygia Clark,
ao neoconcretismo. Sua produção - composta de
telas e instalações - teve influência
anarquista14. O artista ficou muito conhecido
15
pelas instalações com cores primárias, uma
delas pode ser encontrada no Museu de
Inhotim16. É impossível falar em arte abstrata
brasileira e não mencionar o pintor Alfredo Volpi
(1896-1988), um dos expoentes do movimento
modernista17 brasileiro. As representações das
bandeirinhas18 - inspiradas nas festas
juninas19 - são das suas imagens mais
famosas20.
32 – CAÇA-PALAVRA: O DADAÍSMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O DADAÍSMO:
1 2
O dadaísmo é considerado a mais radical das
vanguardas artísticas do século XX. O movimento
dadaísta ou dadá tinha a ruptura como meta e “a
destruição também é criação” como lema. A proposta
dadaísta relaciona-se ao fim da estética, ou seja, à
desvinculação da produção artística com aquilo que até
então se entendia como arte. A proposta era a
negação3 de todas as regras e de todas as tradições.
4
“Dadá” não significa nada – e, portanto, pode
também significar tudo. Nascido em meio à Primeira
5
Guerra Mundial, o dadaísmo queria escandalizar o
gosto popular e rejeitar6, subverter7 todos os
valores vigentes.
A Europa via-se imersa no colapso bélico da Primeira Guerra Mundial,
conflito de proporções estrondosas como nunca se tinha visto antes,
8
o que influenciou diretamente os artistas dadaístas. A
intensidade9 e violência do confronto destruíram o senso lógico e
a suposta ordenação da civilização, gerando10 nos artistas o
11
desprezo pelos valores culturais – que instituíam o bom senso
estético, a alta cultura, o que era belo e, ao mesmo tempo,
permitiam o horror e a matança generalizada. A destruição causada
pela guerra12 foi o motor principal para o movimento13. Os
14
artistas dadaístas franceses e alemães exilaram-se na Suíça, por
não concordarem com o posicionamento de seus países de origem
durante a Primeira Grande Guerra, e levaram para a arte esse
15 16
protesto contra uma cultura e uma civilização incapazes de
evitar o aniquilamento17 massivo, a desgraça e a ruína. A arte,
18
portanto, deveria negar os valores vigentes, levantar a bandeira
do absurdo e chocar, escandalizar, já que a ruína da guerra não
19 20
parecia chocante o suficiente para que os governantes
europeus cessassem fogo.
33 – CAÇA-PALAVRA: O DADAÍSMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O DADAÍSMO NO BRASIL:
No Brasil o Dadaísmo abrangeu1 as artes plásticas e
2 3
principalmente a literatura , sendo representada
por escritores e artistas dos primeiros anos do
modernismo no Brasil, nesse início do movimento
modernista4 buscavam o arrojado e o polêmico,
onde o Dadaísmo se encaixava perfeitamente, sendo
5
assim as ideias absorvidas do Dadaísmo Europeu
6
que se enquadravam nesse estilo serviram de
grande influência para os artistas do modernismo. Um
7
dos maiores representantes foi o pintor Flávio de
Carvalho8, considerado um dos maiores nomes do
modernismo Brasileiro, Flávio teve a oportunidade de
9
conviver pessoalmente com os ícones do Dadaísmo
por viver um algum tempo na Europa.
Ismael Nery10 que também é um artista
11
modernista, pintor que demonstrou grandes
influências Dadaístas na sua ultima fase de
pintura12 onde andava pelo surrealismo e também
pelo Dadaísmo, sendo essa fase de sua carreira tida
13
pelos críticos como a mais importante e
promissora14. Foi na literatura Modernista
15
Brasileira onde o Dadaísmo mais se disseminou ,
com escrita totalmente brasileira com linguagem
nacional totalmente livre e abusando do uso de
paródias16. O escritor Manuel Bandeira
17

considerado o maior poeta lírico brasileiro do


Modernismo mostrou muita influência Dadaísta em
18 19
suas obras , principalmente trabalhando no
20
poema-piada .
34 – CAÇA-PALAVRA: O SURREALISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O SURREALISMO:
1 2
O surrealismo foi uma das vanguardas
artísticas europeias que surgiu em Paris no início do
século XX. Esse movimento originou-se em reação ao
racionalismo e ao materialismo da sociedade ocidental.
A arte surrealista não se restringiu às artes plásticas, de
modo que também influenciou outras manifestações
3 4 5
artísticas: a escultura , a literatura , o teatro e
6
o cinema . Na Europa, o período entre as duas
guerras (1918-1939) ficou conhecido como "os anos
loucos7".
Assim, a incerteza sobre a predominância da paz
8
levou ao desejo de "viver apenas o presente ".
9
Foi nesse período de insatisfação, desequilíbrio
10
e contradições , que surgiram diversos
movimentos artísticos voltados para uma nova
11
interpretação e expressão da realidade. Esses
movimentos ficaram conhecidos como "vanguardas
europeias". O Surrealismo foi uma dessas
correntes12 e teve como precedente
indispensável o Dadaísmo e a pintura metafísica de
Giorgio de Chirico (1888-1978). O surrealismo
13
propõe a valorização da fantasia , da
loucura14 e a utilização da reação15 automática.
Nessa perspectiva, o artista deve deixar-se
16
levar pelo impulso , registrando tudo o
17
que lhe vier à mente , sem se preocupar
com a lógica. Os artistas surrealistas tinham
como objetivo usar o potencial do
subconsciente18 e dos sonhos19
como fonte para a criação de imagens20
fantásticas.
35 – CAÇA-PALAVRA: O SURREALISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O SURREALISMO NO BRASIL:
De acordo com historiadores da arte, a chegada do
Surrealismo no Brasil esteve completamente
1
relacionada com o movimento modernista
alavancado na Semana de Arte Moderna de 22, e
contou com a adesão de artistas como Tarsila do
Amaral2 e Cícero3 Dias. No mundo, o
4
Surrealismo viveu seu surgimento e auge entre
os anos de 1924 e 1945. Destacando-se como um
movimento europeu, nascido na Paris entre
5
guerras, propunha a liberdade da manifestação
6
do inconsciente . Artistas plásticos e poetas se
identificaram com as propostas do francês André
Breton7, que, em seu “Manifesto8 Surrealista”,
9 10
defendia a negação da lógica e do racional .
O objetivo do surrealismo, era a defesa da
liberdade11 para a expressão do
inconsciente (conceito criado e teorizado por
Freud12). O movimento surrealista no Brasil
13
foi absorvido pelo movimento Modernista
e seus artistas, pouco antes da década de
14
1930. Alguns historiadores acreditam
que o Surrealismo no Brasil não teve tanto
destaque15, e atribuem isso aos momentos
históricos16 diferentes, vividos na França (e
a Europa como um todo) e nosso país.
17
Mesmo com “pouca força”, grandes artistas surrealistas brasileiros deixaram
marcas na cultura e na história da arte. Muita gente se pergunta quem foi o primeiro
18
artista surrealista brasileiro , na verdade, não foi apenas um. Em conjunto e no
19
esforço de encontrar uma identidade artística brasileira, artistas como Ismael Nery,
20
Cícero Dias e Tarsila do Amaral, trouxeram para o país o, até então, novo estilo na
arte.
36 – CAÇA-PALAVRA: A OP ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A OP ART:
1
A “Op Art ” ou “Optical Art” (Arte Ótica) foi um
movimento artístico que atingiu seu auge na década
2
de 60 nos Estados Unidos . Em Nova York, ocorreu
a primeira exposição no Museu de Arte Moderna
(MOMA) intitulada “The Responsive Eye” (O Olho que
Responde), em 1965. Baseado em recursos visuais,
3
sobretudo na ilusão de ótica, esse movimento que
4
expressa à mutabilidade do mundo e suas
5
ilimitadas possibilidades , é fundamentado no
mote “menos expressão e mais visualização”. Ele foi
considerado uma variação do expressionismo
abstrato, sendo seu precursor o artista húngaro
6
Victor Vasarely , na década de 30.
As características do movimento Op Art são:
7
 Tridimensionalidade .
8
 Efeitos óticos e visuais .
9 10
 Movimento e contraste de cores. ;
11
 Tons vibrantes (principalmente preto e branco).
12
 Formas geométricas e linhas.
13
 Observador participante .
14
 Estilo abstrato .
A razão da Op Art é a representação do movimento através
15
da pintura apenas com a utilização de elementos
gráficos16. Outro fator fundamental para a criação da Op
17
Art foi a evolução da ciência , que está presente em
18
praticamente todos os trabalhos , baseando-se
19
principalmente nos estudos psicológicos sobre a vida
moderna e da Física sobre a Óptica. A alteração das cidades
modernas e o sofrimento do homem com a alteração
20
constante em seus ritmos de vida.
37 – CAÇA-PALAVRA: A OP ART NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A OP ART NO BRASIL:
A Op Art também teve influência nos artistas nacionais. Vamos conhecer alguns nomes
marcantes no cenário na Op Art no Brasil. A Op Art no Brasil tem nomes expressivos
entre os quais destacamos os artistas Ivan Serpa, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto e Israel
Pedrosa.
 IvanSerpa1 (1923-1973): É um pintor, gravador2,
desenhista3, professor e um dos artistas brasileiros da Opt Art.
Começou a pintar no início dos anos 40 trabalhos figurativos com
4
pouca preocupação temática. Desde o início do seu trabalho
nas artes, Serpa se identificava com a estrutura da
;
composição5 e pelo ritmo6 das formas. A partir da década de
7
50, com a obra ‘Formas ’ que ressalta os aspectos da abstração
geométrica8 ganhou o título de Melhor Pintor Jovem na 1ª
Bienal Internacional de São Paulo. Depois, aderiu de vez ao
concretismo com obras criadas com formas geométricas e
planas9, organizadas matematicamente10.
11
 Israel Pedrosa (1926-2016): A artista mineiro do Alto
Jequitibá, Israel Pedrosa, também marcou o caminho da
Op Art no Brasil. Sua trajetória artística começou ainda
12
na adolescência quando começou a estudar pintura
com Ferrucio Dami, em Juiz de Fora/MG. Entre 1942 e
1947 morou no Rio de Janeiro. Foi aluno do famoso
;
pintor Cândido Portinari. Depois de servir na Força
Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial,
13
foi bolsista na Escola de Belas Artes de Paris, de
14
1948 a 1950. Na década de 1960, fixou residência
em Niterói, e trabalhou na Universidade Federal
15
Fluminense, onde ajudou a começar os trabalhos
com História da Arte.
16
Um dos seus estudos mais conhecidos era sobre a “cor inexistente ” que, segundo
17
o próprio Pedrosa, significava “uma cor complementar produzida pela ação dos
18 19 20
contrastes de várias gamas de uma cor primária, levadas ao paroxismo ”.
38 – CAÇA-PALAVRA: A POP ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A POP ART:
A Pop Art1 é um movimento artístico que se
reprodução2 de temas relacionados
caracteriza pela
3
ao consumo, publicidade e estilo de vida americano
4
; (american way of life). Esse é um termo em inglês
que significa "arte popular" e surgiu durante a década de
1950, na Inglaterra. A expressão foi criada pelo crítico
Lawrence5 Alloway durante os encontros6 de um
grupo de artistas intitulado "Grupo Independente".

Depois, difundiu-se durante os anos de 1960, atingindo


seu auge em Nova York. A pop art não deve ser
7
considerada um fenômeno de cultura popular
(apesar de estar muito interligada a ela), mas uma
8 ;
interpretação feita pelos seus artistas da cultura
dita popular e de massas. Este fenômeno artístico
baseou-se, em grande medida, na estética da cultura
de massas, a mesma criticada pela Escola de Frankfurt.
9
O movimento influenciou grandemente o
grafismo10 e os desenhos relacionados à moda11.
Características da pop art:
12
 Aproximação da arte com a vida cotidiana .
13
 Utilização de cores intensas e vibrantes.
14
 Reproduções de peças publicitárias .
15
 Inspiração na cultura de massa. ;
16
 Uso da serigrafia .
17
 Imitação da estética industrial.
18
 Reproduções em série do mesmo tema.
19
 Uso da imagem de celebridades .
20
 Inspiração nas histórias em quadrinhos .
39 – CAÇA-PALAVRA: A POP ART NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A POP ART NO BRASIL:


A Pop Arte no Brasil ganhou expressão na década de
1
60, no período da Ditadura Militar. Por aqui, as
manifestações2 artísticas tinham forte cunho
político3. E não foi só a arte que se fortaleceu com
a Pop Arte no Brasil. Músicos, intelectuais, jornalistas
e formadores de opinião também deram o contorno
; para esse movimento em diferentes aspectos da
sociedade4, onde tinham influência. A chegada da
Pop Art no Brasil aconteceu na década de 60 em
5
meio aos movimentos de protestos no país
contra a Ditadura Militar. A Pop Arte já havia
transformado o cenário da arte na Inglaterra e nos
Estados Unidos, destacando artistas como Roy
Lichtenstein, Andy Warhol e Robert Rauschenberg.
6
O espírito contestador desses artistas
também foi a marca dos artistas nacionais,
apesar do alvo dos protestos serem pontos
7
diferentes. No Brasil, eram as duras críticas à
tortura e à violência da Ditadura e as
reflexões8 do cotidiano banal e dos
problemas sociais que ganhavam as telas. A ;
9
utilização de cores vivas e inusitadas,
colagens10, alterações dos formatos11 das
12
imagens, as figuras de ícones simbólicos, o
13 14
uso das impressões em serigrafia alto-,
contraste15 e as referências aos gibis foram
algumas das marcas da Pop Art no Brasil.
As obras eram usadas como um forte instrumento de denúncia política e social. E, além
16 17
das telas de artistas como Antonio Dias, Rubens Gerchman e Claudio Tozzi ,
Hélio18 Oiticica, outros membros
19
da cultura nacional se apropriaram do conceito
20
contestador da Pop Art no Brasil e o levaram para a música .
40 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE CONCEITUAL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE CONCEITUAL:
A Arte Conceitual1 é uma vanguarda
2
artística moderna e contemporânea que
surgiu nos anos 60 e 70 na Europa e nos
Estados Unidos. Como o próprio nome indica,
trata-se de uma expressão artística mais
pautada3 nos conceitos4, reflexões5 e
ideias6, em detrimento da própria estética
;
(aparência) da arte. Nela, a atitude mental é o
7 8
mais relevante . Em outras palavras , a
arte conceitual é uma “arte-ideia” em
detrimento da “arte-visual”, sendo o principal
9
material da arte a "linguagem ". Diante
disso, os artistas conceituais preocupam-se em
criar reflexões visuais para seus
espectadores10.
Esse movimento artístico que critica o formalismo
11
e propõe a autonomia da obra artística, foi
12
capaz de revolucionar muitos aspectos da
arte. O termo “arte conceitual” foi utilizado pela
primeira vez pelo artista, escritor e filósofo
13
estadunidense Henry Flynt, em 1961, durante
14 ;
as práticas do Grupo Fluxus . O Grupo Fluxus
foi um movimento que reuniu artistas em todo o
15
mundo e tinha como base fazer oposição à
comercialização da arte. Eles trouxeram novas
definições16 à pratica artística, dissipando17
18
os limites da arte e mesclando diversos
conceitos, com grande influência do dadaísmo.
Sobre a arte conceitual, afirma o escultor estadunidense Sol LeWitt (1928-2007): “A
19
própria ideia, mesmo se não é tornada visual, é uma obra de arte tanto quanto
20
qualquer produto ”.
41 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE CONCEITUAL NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE CONCEITUAL NO BRASIL:


1
Cultuada por muitos e incompreendida por alguns, a arte conceitual no Brasil é um
movimento carregado de críticas à sociedade. Surgido na década de 1960, nos Estados
2
Unidos e na Europa, essa expressão artística valoriza mais a ideia do que a obra. A
Arte Conceitual ganhou força no Brasil no fim da década de 1960, devido à
conjuntura3 política do país. Com o regime ditatorial impondo uma repressão
4
5
dramática sobre as expressões artísticas, submetendo-as à censura prévia, os artistas
brasileiros começaram a buscar alternativas6 diferentes de arte para, assim,
7
propagar suas mensagens e criticar as condições impostas pelo regime militar. Para
8
isso, a linguagem metafórica e as ideias prevaleciam, já que a mensagem era muito
9
mais importante do que a estética . Logo, de maneira natural e condizente com a
situação do país, novas formas de expressão começaram a surgir, e muitos artistas
brasileiros aderiram à essa proposta.
10
 Cildo Meireles : Em frente ao cenário político do
país, Cildo Meireles criou objetos11 e
12
instalações que questionavam a ditadura e a
;
dependência13 do Brasil na economia global.
Assim, com o objetivo de criticar o regime, o artista
arquitetou uma série de trabalhos nas décadas de
1970 e 1980. “Inserções em circuito ideológico:
Projeto Coca-Cola” é uma de suas obras mais
marcantes14.
 ClaudioTozzi15: Com a intenção de propor
um significado16 diferente para criar
uma nova mensagem, o artista Claudio
Tozzi abordava a linguagem dos meios de
; comunicação17 de massa de modo
reflexivo e metódico. Logo, suas
imagens18 foram construídas com forte
gráfica19, uma das
influência mais
importantes20 da arte conceitual.
42 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE POVERA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE POVERA:
A Arte Povera1 (em inglês, “poor art”) foi um movimento artístico de vanguarda
surgido na Itália na década de 60 e que significa literalmente “arte pobre2”. O termo
3
“arte povera” foi cunhado pelo crítico e historiador da arte italiano Germano Celant,
em 1967, no catálogo da exposição “Arte povera – Im Spazio”, ocorrida em Veneza. O
4
movimento povera se destacou na pintura, escultura, instalação e performance .
5
Sua ideia era, de fato, propor uma nova reflexão estética sobre o produto artístico ao
“empobrecer a arte” e trazer à tona sua efemeridade através da utilização de materiais
6
simples e naturais . As cidades italianas que desenvolveram mais trabalhos dessa
vertente foram: Turim, Milão, Roma, Gênova, Veneza, Nápoles e Bolonha7. De
8
qualquer forma, o efêmero movimento se espalhou por todo continente europeu,
9
terminando na década de 70. Ao lado do Futurismo, a Arte Povera foi uma das mais
10
importantes correntes artísticas italianas do século XX.
Principais características da Arte Povera:
11
 Crítica à sociedade de consumo ,
capitalismo e processos industriais.
12
 Crítica à comercialização do objeto
artístico.
13
 Oposição ao modernismo, pop art,
racionalismo científico e minimalismo.
14
 Arte antiformalista que se aproxima de
algumas vanguardas europeias, tais qual o
surrealismo e dadaísmo.
15
 Utilização de materiais simples e naturais
(sucatas, papel, vegetal, terra, metal, comida,
sementes, areia, pedra, tecido, etc.).
16
 Criatividade e espontaneidade.
17 ;
 Efemeridade e materialidade da arte.
18
 Valores pobres e marginais .
19
 Contraste do “novo” e do “velho”.
20
 Temáticas da natureza e do cotidiano.
43 – CAÇA-PALAVRA: O MINIMALISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O MINIMALISMO:
1
A palavra minimalismo reporta-se a
um conjunto de movimentos artísticos e
culturais que percorreram vários
momentos do século XX, manifestos
através de seus fundamentais
elementos, especialmente nas artes
2 3
visuais, no design e na música .
;
Surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos.
As obras minimalistas possuem um
4 5
mínimo de recursos e elementos .
A pintura minimalista usa um número
limitado6 de cores e privilegia formas
geométricassimples7, repetidas
simetricamente8.
No decurso da história da arte, durante o século
9
XX, houve três grandes tendências que
poderiam ser chamadas de “minimalistas”:
(manifestações minimalistas:
construtivismo10, vanguarda russa, ;
modernismo). Os construtivistas por meio da
experimentação formal procuravam uma
11
linguagem universal da arte, passível de ser
absorvida12 por toda humanidade.
A segunda e mais importante fase do movimento surgiu de artistas como Sol LeWitt,
13
Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, cuja produção tendia ultrapassar os
14
conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte : procuravam estudar as
possibilidades estéticas a partir de estruturas bi ou tridimensionais16. O
15

minimalismo exerceu grande influência em vários campos de atividade do design, como


a programação visual17, o desenho industrial18, na arquitetura19 . Os
20
minimalistas produzem objetos simples em sinônimo de sofisticação .
44 – CAÇA-PALAVRA: O HIPER-REALISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O HIPER-REALISMO:
1
O hiper-realismo é uma técnica de pintura
ou um movimento artístico? Essa é uma
discussão de décadas e que muito
provavelmente jamais terá uma resposta
2
definitiva. Independente do ponto de vista
que você defenda, não é possível negar a
beleza3 e a importância que esse tipo de
trabalho tem para a história da arte
4
contemporânea 5 . Desde seu
; surgimento , poucas vezes a realidade foi
retratada6 de forma tão fiel em seus mínimos
detalhes, o que aproximou muitas pessoas
comuns7 que antes se mantinham longe de
8
obras complexas criadas para a
compreensão de poucos. Hiper-Realismo é o
nome dado ao movimento artístico que tem
como objetivo criar pinturas9 e
esculturas10 com efeitos muito
semelhantes11 ao que pode ser visto nas
fotografias em alta resolução.
Basicamente o hiper-realismo consiste na utilização
12
de meios mecânicos para que o artista possa
reproduzir em uma tela, ou criar uma escultura, os
13
mínimos detalhes presentes na fotografia, que a
olho nu poderiam acabar passando despercebidos.
;
Os temas mais dos trabalhos14 que seguem essa
15
linha são totalmente voltados para coisas reais,
16 17 18
como paisagens , animais , pessoas , e
19
suas imagens são tão perfeitamente
20
reproduzidas que muitas vezes é difícil distinguir
a pintura da fotografia.
45 – CAÇA-PALAVRA: A LAND ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A LAND ART:
1
A “Land Art ” (em inglês “Earth Art” ou
“Earthwork”) foi um movimento artístico
2 3
pautado na fusão na natureza com a arte .
Ele surgiu na década de 60 nos Estados Unidos e
na Europa. O termo “land art”, se traduzido,
4
corresponde a “arte da terra ” e tem como
; principal característica a utilização de
recursos5 provenientes da própria natureza
para o desenvolvimento6 do produto
artístico7. Em outras palavras, a land art surge
8
a partir da fusão e integração da natureza e
9
da arte onde a natureza, além de suporte , faz
10
parte da criação artística .

Os artistas dedicados a essa estética buscavam na


11
natureza a reflexão sobre o fazer artístico. Eles
12
dentre outros materiais, folhas
utilizavam,13 ,
madeira 14 15 16 17
, galhos , areia , rocha , sal e daí ;
sua aproximação com a arte povera. O intuito era chamar
18
atenção para a grandiosidade da natureza como
local central de experimentação artística, bem como para
19
a ocorrência da efemeridade dessa arte. Importante
destacar que, ao contrário da arte exposta nos museus, a
land art propõe ultrapassar as limitações do espaço
tradicional ao sair deles. Assim, ela é realizada em espaços
exteriores e, devido suas grandes dimensões, só é possível
conhecê-las dentro de um museu por meio de fotografias.
Sendo a natureza o local (locus) de desenvolvimento ;
20
dessa tendência da arte contemporânea , a arte
pode surgir nos mais variados espaços naturais tais como
a praias, mares, lagos, lagoas, desertos, montanhas,
canyons, campos, planícies, planaltos, dentre outros.
46 – CAÇA-PALAVRA: A STREET ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A STREET ART:
O ato de pintar desenhos nas paredes não é novidade
— vem desde os homens das cavernas. Ao longo dos
anos, o propósito e a maneira das pinturas foram
mudando para o que é possível ver em ruas brasileiras
e de outras partes do mundo. Distante da depredação,
o objetivo de grande parte dos artistas urbanos é
passar uma mensagem — na maioria das vezes social
;
ou política — por meio do street art1. Alguns locais
se tornaram pontos turísticos2. A arte urbana3
ganhou força nos anos 1980, nos Estados Unidos.
Muitos nomes contribuíram com o desenvolvimento
do street arte para outras partes do mundo: Darryl
4
McCray (Cornbread) e Jean-Michel Basquiat são
apenas dois deles.
5
A partir do trabalho dos norte-americanos , as artes
6 7
espalhadas nas cidades ganharam o mundo , com novos
traços e influências. O street art ainda é cercado por
;
preconceitos8. Segundo o paulista Eduardo Kobra9 é, uma
10
questão cultural . “Acho que é por falta de conhecimento,
informação11. Muitas pessoas ainda insistem em manter a
postura12 de achar que a arte é restrita para a elite ou que
13
está disponível só em galerias de arte.” Mas, para ele, o
preconceito vem diminuindo. Kobra, autor de um trabalho em
Brasília (no prédio da Caixa Econômica Federal) busca, por meio
14 15
de seus murais , mudar as paisagens da cidade e
16
recuperar suas memórias , desde 1987. Nascido em um
bairro da periferia, ele conta que viveu na pele o preconceito e a ;
falta de incentivo ao seu trabalho, o que reflete na sua arte.
17
“Sempre fez parte do meu trabalho usar os muros como
18
suporte para passar um tipo de mensagem , um tipo de
19 20
informação . Eu passo os meus ideais e tudo o que eu
acredito.”
47 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE URBANA NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE URBANA NO BRASIL:


A Arte Urbana surgiu em Nova Iorque, Estados Unidos,
1
na década de 70, com uma característica dinâmica
e temporária2. Dessa forma, surgiam os demais
estilos de Arte Urbana, partindo da arte escrita3,
cantada4 5
e musical , como o hip hop6 que
apareceu em meados dos anos 60/70 na cidade de
; Nova York e Berlim. Na época, a dança apareceu como
7
uma manifestação política e social, abrindo espaço
para outras movimentações artísticas como os
desenhos8 de rua, as apresentações teatrais9,
10
além das “estátuas vivas”, exemplo de arte
11
possível de se encontrar nas esquinas das grandes
12
cidades até os dias atuais.
13
No Brasil, os primeiros sinais de Arte Urbana
começaram a surgir na década de 70, mais
precisamente na cidade de São Paulo, com as
obras de grafite, que eram feitas nas paredes.
Ironicamente14 ou não, essas pinturas
surgiram em uma época muito conturbada da
história junto com as repressões e censuras
15
causadas pela Ditadura Militar no Brasil. No
início, não existia preocupação estética com as ;
letras, bastava apenas que elas fossem legíveis a
ponto de transmitir a mensagem de
insatisfação16 do povo. Diante disso, muitas
das manifestações17 de rua surgiram como
alternativas18 de comunicação, denúncia e
19
até mesmo como fonte de renda para
pessoas marginalizadas que viviam nas
periferias20 do país.
48 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE CONTEMPORÂNEA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE CONTEMPORÂNEA:
1
A Arte Contemporânea ou Arte Pós-
Moderna é uma tendência artística que surgiu na
segunda metade do século XX, mais precisamente
2
após a Segunda Guerra Mundial, por isso é
3
denominada de arte do pós-guerra. A Arte
4
Contemporânea se prolonga até aos dias
;
atuais, período essedenominado5 de pós-
6
modernismo, propondo expressões artísticas
originais a partir de técnicas inovadoras. Do latim,
o vocábulo “contemporanĕu” corresponde a união
dos termos “com” (junto) e “tempus” (tempo), ou
seja, significa que ou quem do mesmo tempo ou
época7.
Utilizamos essa palavra como adjetivo para
indicar8 o tempo presente, atual. Após a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), um novo panorama é
9
caracterizado pelo avanço da globalização ,
cultura10 de massa e o desenvolvimento
11

;
das novas tecnologias e mídias. Nesse panorama, a
12
arte oferece experiências inovadoras pautadas
principalmente nos processos artísticos, em
detrimento13 do objeto, 14
ou seja, na ideia em
detrimento da imagem . Nesse sentido, a arte
contemporânea prioriza a ideia, o conceito, a
atitude, acima do objeto artístico final.
15
O objetivo aqui é produzir arte, ao mesmo tempo em que reflete sobre ela. Foi
dessa maneira que a Arte Contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte
16 17
Moderna. Ela abandonou diversos paradigmas e trouxe valores para a
constituição18 de uma nova mentalidade. Note que a arte contemporânea abriga
diversos valores da arte moderna. Destacam-se as inovações e experimentações19
20
artísticas bem como a diluição de fronteiras entre as formas artísticas.
49 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL:


1
Desde os tempos do descobrimento , o Brasil segue as
tendências artísticas internacionais – seja nas artes
plásticas, música, literatura e tecnologia. Quanto mais o
tempo passa, no entanto, menor é a diferença temporal
2
entre as vanguardas americanas e europeias e as suas
3
execuções com o gosto brasileiro . Para a arte brasileira,
; 4
o momento de grande distinção é, sem dúvida, a
Semana da Arte Moderna de 1922. Foi com esses artistas
que a cena artística brasileira deixou de ser apenas
consumidora5 e imitadora6, e passou a ser a
executora e criadora de sua própria arte, ainda que se
encaixando7 em padrões artísticos internacionais8 –
mas sempre com uma pitada de algo tipicamente brasileiro.
A arte evoluiu desde a Semana de Arte Moderna, e a Arte
Contemporânea brasileira se inicia nos anos 60, quando as
influências da Pop Art americana apareciam por todo o mundo,
inclusive9 no Brasil. Esta faceta10 brasileira do
movimento11 fazia críticas fortes à ditadura e à sociedade da
época, assim como trazia diversas referências ao ;
12
Tropicalismo . Na década de 70, a arte se afasta da política e
da crítica social, e passa a emblematizar a reflexão, a razão, o
conceito13 e a tecnologia14. Com a Exposição Internacional
da Arte por Meios Eletrônicos, iniciou-se no Brasil o processo de
arte tecnológica, de execução de obras de arte com o auxílio do
computador15.
16
A mudança de paradigma político do fim dos anos 70 e primeira metade dos anos
80 mudou também a forma que a arte era feita no Brasil. Com o clamor pelas Diretas Já,
17
a arte retoma o seu caráter político a opinativo , de crítica social e
preocupação18 19
política, com exposições como: “Tradição e Ruptura ” de 1984,
“A Trama do Gosto”, em 1987, ambas organizadas pela Bienal de São Paulo, e “A Mão
20
Afro-Brasileira” de 1988, organizada pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
50 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE DIGITAL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE DIGITAL:
1
Embora esteja presente em nossas rotinas diárias,
não é todo mundo que sabe o que é arte e como ela se
expressa no cotidiano. Ela é uma das expressões mais
intrínsecas2 ao ser humano3, acompanhando a
; nossa trajetória desde o período Paleolítico. É por ela
4
que transmitimos sentimentos, ideias e histórias,
expressando o que somos e o como vemos o mundo ao
nosso redor. Os meios artísticos sempre
5 6
acompanharam a evolução da tecnologia e na
era digital isso não seria diferente.
Existem vários modos de definir o
conceito, mas pode-se afirmar que a arte
7
digital engloba toda e qualquer
manifestação artística executada com a
ajuda de meios eletrônicos —
8 9
computadores , smartphones ou
10 ;
similares. Tais aplicações artísticas
podem estar expostas tanto em meios
virtuais quanto em suportes tradicionais.
Como exemplos de manifestações
11
artísticas, temos a web art, as
ilustrações12 digitais, as técnicas de
13 14
vídeo mapping e os gifs .
A arte digital foi possível devido ao surgimento das formas de arte contemporâneas, que
começaram a ganhar força no período pós-guerra, quebrando seu vínculo com as
tradições e regras rígidas do movimento modernista que, por sua vez, havia substituído
às escolas de arte academicistas15. A evolução das técnicas16 e dos suportes
apontava cada vez mais para formas de arte flexíveis, inovadoras e que cruzassem17
barreiras consolidadas. Com o aparecimento18 dos primeiros computadores, de
19
dimensões colossais e capacidade de processamento ínfima, artistas de vanguarda
20
viram um novo espaço de experimentação aberto.
51 – CAÇA-PALAVRA: O CINEMA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O CINEMA:
Quem não se encantou quando foi pela primeira vez ao
cinema1 assistir a um filme? Imagine então como
2
ficaram as pessoas que assistiram ao primeiro filme do
mundo. Até o início do século XVIII, as únicas formas
encontradas3 pelo homem para conservar4 a
; imagem5 de uma paisagem ou pessoa era guardando-a
na memória ou sendo retratada em tela por um pintor.
Essa realidade mudou quando, na França, em 1826, o
6
inventor Nicephóre Niepce conseguiu registrar uma
paisagem7 sem pintá-la, demorou 14 horas para
alcançar o feito.

A imagem foi registrada com o auxílio de uma


câmera8 escura numa placa de vidro. O filme
fotográfico9 só foi inventado em 1879, por
Ferrier e aperfeiçoado pelo americano George ;
Eastman. Algum tempo depois os irmãos
Lumière10 criaram o cinematógrafo11, que
era uma câmera de filmar e projetar12 imagens
13
em movimento . Com o cinematógrafo em
mãos, os irmãos Lumière começaram a produzir
14
seus filmes , cuja apresentação pública foi
realizada pela primeira vez em 1895, na França.
15
Para o público que assistiu ao filme aquilo era
16
algo maravilhoso e surpreendente, pois até
aquele momento a fotografia ainda era novidade.
Foi pelo fato dos filmes não terem sons que surgiu a ;
17 18
expressão “cinema mudo ”, os atores
19
falavam e em seguida surgia uma legenda na
tela. Um dos grandes destaques do cinema mudo
20
foi Charles Chaplin.
52 – CAÇA-PALAVRA: A FOTOGRAFIA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A FOTOGRAFIA:
Fotografia1 é a técnica de criar imagens por
exposição2 luminosa em uma superfície fotossensível. A
primeira fotografia reconhecida foi feita em 1826, pelo
; 3
francês Joseph Nicéphore Niépce, no entanto o
desenvolvimento da fotografia não pode ser atribuído
4
apenas a uma pessoa. Diversas descobertas ao longo
do tempo foram somadas para que fosse possível
desenvolver a fotografia como é conhecida hoje. Químicos
5
e físicos foram os pioneiros nesta arte, já que os
6 7
processos da revelação e da fixação da fotografia são
essencialmente físico-químicos, numa associação de
; 8
condições ambientais e de iluminação a produtos
químicos. Com o passar do tempo a essência da forma de
fazer fotografia não mudou, no entanto, os avanços
tecnológicos9 permitem cada vez mais melhorar a
qualidade da fotografia, aumentar a resolução10 e a
realidade11 das cores. A busca pela acessibilidade12
da fotografia também era grande preocupação logo em seu
surgimento, a busca era intensa por materiais duráveis,
; eficazes e de baixo custo e pela aceleração no processo
13
14
de revelação. O desenvolvimento da fotografia colorida
foi também um processo lento e que necessitou de muitos
testes. O primeiro filme colorido foi produzido em 1907,
mas ainda hoje a fotografia colorida não alcançou a
15
definição da escala de tons que a sensibilidade do
filme preto e branco possui. Com o advento da fotografia
digital, muitos paradigmas fotográficos foram
16 17
; alterados . Com aparelhos cada vez menores , mais
18
simples de manipular e que produzem fotografias em
19
alta qualidade , a internet facilitando o fluxo das
imagens, a fotografia tornou-se algo muito mais simples e
popular20 do que era.
53 – CAÇA-PALAVRA: A MÚSICA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A MÚSICA:
1
Podemos dizer que a “Música ” é a arte de
2
combinar os sons e o silêncio. Se pararmos para
perceber os sons que estão a nossa volta,
3
concluiremos que a música é parte integrante da
nossa vida, ela é nossa criação quando cantamos4,
batucamos5 ou ligamos um rádio ou TV. Hoje a
; música se faz presente em todas as mídias6, pois
7
ela é uma linguagem de comunicação universal , é
8
utilizada como forma de “sensibilizar ” o outro
para uma causa de terceiro, porém esta causa vai
variar de acordo com a intenção de quem a pretende,
seja ela para vender um produto, ajudar o próximo,
para fins religiosos, para protestar, intensificar
noticiário, etc.
A música existe e sempre existiu como produção
cultural9, pois de acordo com estudos
científicos, desde que o ser humano começou a
10
se organizar em tribos primitivas pela
África, a música era parte integrante do ;
cotidiano11 dessas pessoas. Acredita-se que a
música tenha surgido há 50.000 anos, onde as
12
primeiras manifestações tenham sido
feitas no continente africano, expandindo-se
pelo mundo com o dispersar da raça
humana13 pelo planeta.
A música, ao ser produzida e reproduzida, é influenciada diretamente pela organização
sociocultural14 e econômica15 local, contando ainda com as características
climáticas e o acesso tecnológico16 que envolvem toda a relação com a
17
linguagem musical. A música possui a capacidade estética de traduzir os
sentimentos18, atitudes e valores19 culturais de um povo ou nação. A música é
20
uma linguagem local e global .
54 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE AFRICANA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE AFRICANA:
1
Compreende-se por arte africana a totalidade de
expressões artísticas presentes no continente
2
africano, sobretudo na região subsaariana . A
África é grandiosa, tanto em termos geográficos,
3
; como em diversidade cultural, pois são muitos
países que a compõe. Dessa forma, suas populações
possuem particularidades e costumes diferentes, o
que, obviamente, se reflete na arte produzida por
elas. De qualquer maneira, existem algumas
características que se mantém nas manifestações
4
artísticas desses povos .
Podemos dizer que os africanos conseguiram
produzir uma arte bastante livre, mas ainda
5
assim preservando o rigor que suas
tradições6 exigiam em busca de um
entendimento da espiritualidade7 e
8
ancestralidade . A história da arte ;
africana originou-se no período pré-histórico,
9
quando a humanidade ainda não havia
10
inventado a escrita. Suas esculturas mais
antigas encontradas, datam de 500 a.C., e
foram produzidas pela cultura Nok, na região
11
onde hoje se localiza a Nigéria .
Na África subsaariana, o povo Igbo Ukwu realizou belos trabalhos em metais,
principalmente bronze12 , além de utilizar a terracota13, marfim14 e pedras
15
preciosas . Mas o material mais utilizado pelos povos africanos certamente foi a
madeira16, com a qual produziram máscaras17 e esculturas. Infelizmente, grande
18
parte dessas peças se perdeu, devido às intempéries climáticas e também por
19
conta da intolerância religiosa por parte dos muçulmanos e cristãos, que entraram
20
em contato com essas civilizações e destruíram parte de seus acervos culturais.
55 – CAÇA-PALAVRA: A TOY ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A TOY ART:
Toy Art1 ou também chamado de Designer Toys ou
Urban Vinyl, não foi criado para brincar, na realidade é
2 3
um brinquedo onde os designers e artistas
4
expressam a arte contemporânea, misturando moda ,
5 6
; design, artes, grafite , arte urbana , etc. Os temas
7
são bem infantis , os personagens podem ser
famosos8, ou bichinhos9. As expressões variam:
meigas10, podem parecer violentos11,
engraçados12, satíricos, tudo depende da criatividade
e imaginação do artista.
O Toy Art como qualquer obra de arte transmite
13
uma sensação ao espectador. Surgiu em 1998
14
quando um artista chinês chamado Michael
Lau levou a uma feira, um boneco do personagem
15
Falcon todo customizado , com roupas jeans,
com correntes, traduzindo a moda hip-hop, e ;
16
pasmem, foi um verdadeiro sucesso . Os
materiais utilizados para a confecção destes
brinquedos são os mais diversos: vinil,
poliuretano17, metal ou tecido, papel e
pelúcia18.
Os brinquedos comuns são produzidos em grandes
quantidades. Isto não acontece com o Toy Art, pois
são colecionáveis e possuem número de série.
Adultos e adolescentes que procuram mais este
tipo de arte. Eles valem uma nota. Lojas
;
especializadas19 neste segmento de arte estão
por todo o mundo e a internet ajudou a divulgar
cada vez mais. As galerias também promovem
20
exposições com este brinquedo super
diferente. Um sucesso garantido de público.
56 – CAÇA-PALAVRA: PERFORMANCE – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

PERFORMANCE:
1
A palavra performance foi emprestada do
inglês à língua portuguesa recentemente e pode
ser considerada uma forma de
2
estrangeirismo . A expressão é utilizada com
maior frequência no campo artístico. Geralmente,
; apresentações3 como
serve para análises de
malabarismo4, mímica5, mágica6,
teatro7, canto8 e dança9 , em referência aos
performers. Nos EUA, durante o século XX, há o
surgimento de um gênero de arte chamado
Performance Art, resultante da síntese do teatro,
cinema, dança, poesia, música e artes plásticas.
Ainda no campo das artes, as performances são divididas
10
da seguinte forma: musicais (concerto e recital) e
teatrais (teatro musical, dança moderna, ballet,
operetta11, ópera e teatro). Ainda podem ser
caracterizadas como mágica, leitura de poesia, arte viva, ;
12
performance arte, apresentações circenses e leituras
de histórias. No Brasil, o pioneiro a realizar performances
13
foi Flávio de Carvalho , representante do Movimento
14
Modernista interessado pelo experimental . Uma de
15
suas performances mais polêmicas foi quando
começou a andar no sentido contrário de uma procissão
de Corpus Christi. Na ocasião, ele vestia uma boina verde
16
e uma blusa de manga curta. Sua ação perturbou os
17
integrantes da procissão , que quase o lincharam. O
artista acabou na delegacia pelo episódio. Existem casos ;
18
em que a performance arte é extrema . Chris Burden,
19
artista norte-americano, chegou a rastejar por um
piso lotado de cacos de vidro, foi crucificado em cima de
20
um automóvel e levou tiros em suas apresentações.
57 – CAÇA-PALAVRA: HISTÓRIA EM QUADRINHOS – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

HISTÓRIA EM QUADRINHOS:
1
Histórias em quadrinhos , mais conhecidas
como HQs, é o nome dado a arte de narrar histórias
2
por meio de tirinhas . Bem como seus desenhos
3
e textos são dispostos em sequência . Assim
também integram os 11 tipos de arte reconhecidos ;
do mundo, e são muito apreciadas por crianças,
jovens bem como adultos. Em suma, essas
histórias4 possuem narrativa5, enredo,
personagens6, tempo, lugar e desfecho7.
Também podem possuir linguagem verbal e não
verbal, bem como podem ser de cunho
humorístico8 ou para transmitir uma
informação9. Para conseguir transmitir ao leitor
a história desejada, aliás, os artistas utilizam de
vários recursos gráficos. Como, por exemplo, na
comunicação dos personagens são empregados
balões10 com textos escritos. Assim como o
11
formato do balão exprime intensões
diferentes. São eles balões com linhas contínuas,
linhas tracejadas, formato de nuvem e com traços
pontiagudos.
12 13
O com linhas contínuas são os mais comuns e sugerem falas normais . Já os de
14 15
linhas tracejadas são usados quando personagem esta sussurrando algo. Os
balões em formato de nuvem apontam pensamentos, bem como os com traços
16
pontiagudos representam falas gritadas . Eventualmente, além desses outros
17
recursos também são explorados para melhor transmitir a história ao leitor . Como,
18
por exemplo, as onomatopeias , que são aquelas palavrinhas que tentam
reproduzir sons. Tais como: “toc-toc”, som ao bater em uma porta, “miau’, som do
19
miado do gato. Outro recurso usado bastante também são as letras de tipos
20
diferentes e sinais de pontuação .
58 – CAÇA-PALAVRA: A TEORIA DA COR – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A TEORIA DA COR:
Teoria1 das Cores são os estudos2 e
experimentos3 relacionados com a
4
associação entre a luz e a natureza das
cores5. Leonardo Da Vinci, Isaac Newton,
Goethe e outros estudiosos inicialmente
buscavam saber como acontecia o ;
6
processo de formação das cores. Com
o passar do tempo a Teoria se tornou mais
extensa7 e hoje compreende vários
8
campos de observação a respeito das
cores.
Os estudos incluem desde a
9
compreensão sobre o que são as
cores, como elas se formam, como
10
acontece a interpretação da visão e do
cérebro11 até os usos na prática e as

;
melhores formas de aplicação12. O
13
pintor e cientista italiano Leonardo
Da Vinci (1452-1519), em suas pesquisas e
formulações retratadas no livro Tratado
da Pintura e da Paisagem – Sombra e Luz,
já afirmava que a cor era uma
propriedade14 da luz e não dos
objetos.
15
Mais tarde, o físico inglês Isaac Newton (1643-1727), nos seus experimentos
16
aprofundou os estudou sobre a influência da luz do sol na formação das cores.
17
Newton estudou o fenômeno da difração , que consistia na decomposição da luz
18
solar em várias cores quando atravessava um prisma . Para fazer o experimento, ele
19
utilizou um prisma de vidro. Ao observar a passagem da luz do sol pelo objeto,
Newton percebeu que a luz se decompunha em diversas cores, que variavam20 do
tom violeta ao vermelho. Ele deu ao feixe de luz o nome de espectro.
59 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE INDÍGENA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE INDÍGENA:
A arte indígena1 é múltipla e bastante
diversificada2; ela assume diferentes facetas,
3
formas e atributos , dependendo da
4
localização, do povo e das suas tradições .
Assim, a arte de cada tribo ou etnia indígena
5
; apresenta as suas singularidades . Existem,
no entanto, traços comuns que são transversais
às várias regiões: um exemplo é a pintura
corporal6. No Brasil, estas manifestações7
artísticas são um dos elementos basilares da
8
nossa cultura . Todos os tipos de arte indígena
9
possuem características e significados .
Um dos traços mais marcantes da arte
10
indígena é a sua dimensão
coletiva. Aqui, o fazer artístico não se
trata de uma atividade individual: pelo
contrário, é partilhado. A arte indígena
está intimamente ligada à vida em
comunidade11, às necessidades 12 ;
diárias, às celebrações ,
13
cerimônias e rituais . Deste modo,
em traços gerais, podemos afirmar que
embora as peças tenham
preocupações estéticas, existe sempre
14
um grande caráter utilitário , ou
seja, trata-se de objetos que podem
15
ser (e são) usados no cotidiano .
A pintura corporal é, então, um dos principais16 elementos desta arte, podendo
17 18
assumir diversas técnicas , padrões e simbologias . As tintas variam de tribo
19
para tribo, sendo preparadas de diferentes formas a partir de recursos naturais
20
distintos, principalmente plantas, árvores e frutos .
60 – CAÇA-PALAVRA: O RÁDIO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O RÁDIO:
1
A invenção do rádio é atribuída ao italiano
2
Guglielmo Marconi , mas o instrumento
reúne uma série de descobertas anteriores. No
3
Brasil, a primeira transmissão ocorre em
; 1923, por Edgard Roquete Pinto e Henry
Morize4. O rádio é a união de três
5 6
tecnologias, a telegrafia , o telefone sem
7
fio e as ondas de transmissão. A primeira
descoberta está nas ondas de rádio, com
capacidade de enviar som e fotos pelo ar.
Aconteceu em 1860, quando o físico escocês James
Maxwell8 descobriu as ondas, que foram apresentadas
somente em 1886 por Heinrich Hertz9. Foi Hertz quem
10
apresentou a variação rápida da corrente elétrica para
o espaço em forma de ondas de rádio. Assim, Guglielmo ;
11
Marconi estabeleceu em linha telefônica os sinais de
rádio. À invenção, Marconi deu o nome de telégrafo sem
fio12. A primeira transmissão de rádio foi um evento
esportivo13 e ocorreu durante a regata de Kingstown
para o jornal de Dublin. Em 1901, Marconi recebe o Prêmio
Nobel14 de Física. A invenção, porém, ainda não tinha o
formato como conhecemos hoje porque transmitia
15
somente sinais. A transmissão de voz só ocorreu em
1921 e foi introduzida às ondas curtas em 1922. Os
16
primeiros receptores eram confeccionados em sulfeto
;
de chumbo17, os bigodes de gato, usados para
detectar18 os sinais de rádio, sendo ligados a
aparelhos19 de cristal. Havia muita dificuldade para
sintonizar as estações e, principalmente por esse obstáculo,
20
a massificação do rádio ocorre somente após 1927.
61 – CAÇA-PALAVRA: A DANÇA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A DANÇA:
1 2
A dança é um tipo de manifestação artística que
3
utiliza o corpo como instrumento criativo.
Geralmente, essa forma de expressão vem
4
acompanhada por música , entretanto, também é
possível dançar sem o apoio musical. Na dança, as
5
pessoas realizam movimentos ritmados, seguindo
;
uma cadência6 própria ou coreografada, originando
harmonias7 corporais. A dança foi uma das primeiras
8
demonstrações expressivas do ser humano. Surgiu
ainda na pré-história, como consequência de
9
experimentações corpóreas que homens e mulheres
realizavam, como bater os pés no chão e bater
palmas10.
A partir das descobertas de novos sons,
11
ritmos e intensidades sonoras, as
pessoas foram combinando
movimentos do corpo. São as
12
chamadas danças primitivas .
Portanto, é muito provável que a dança ;
tenha surgido juntamente com a
música, também como uma forma de
comunicação13. Além disso, estava
bastante14 relacionada a
cerimônias15 ritualísticas e
espirituais.
Há registros de pinturas rupestres do período paleolítico que representam figuras16
humanas realizando movimentos que foram interpretados17 como danças. As
18
danças milenares são aquelas que ocorreram em civilizações da antiguidade , como
19
Índia, Egito, Grécia e Roma. Para esses povos, dançar tinha um caráter sagrado e
20
seu maior objetivo era reverenciar as divindades .
62 – CAÇA-PALAVRA: O BALÉ – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O BALÉ:
1 2
O balé clássico surgiu nas cortes italianas , no
início do século 16, embora não se saiba ao certo de
3
onde veio a inspiração para os seus
primeiros4 5
passos e coreografias . Foi o
termo italiano balletto (“dancinha”, “bailinho”) que
deu origem à palavra francesa ballet. Na época, ;
6
tratava-se de uma diversão muito apreciada
7
pela nobreza local. Tamanha admiração pela
dança levou a princesa italiana Catarina de
Médici8 (1519-1589) a introduzir o balé numa
nova corte quando se casou com o rei da França
Henrique II.
Catarina também fez questão de contratar o
9
grande coreógrafo italiano de então,
10
Balthazar de Beaujoyeulx . Aqui vale
abrir um parêntese. O nome
11
verdadeiro do coreógrafo era
Batazarini Di Belgioioso. A forma
; afrancesada, não só do nome dele, como de
outros italianos que fizeram parte da
história do balé, tornou-se a mais
conhecida, pois a dança só se
desenvolveu12 realmente quando
13
chegou entre os franceses , que
espalharam seu sotaque em tudo o que
envolve14 essa arte.
Por volta do século 18, osespetáculos15 passaram por outra transformação,
16
concentrando-se mais na música e na dança. Foi nessa época também que as
bailarinas17 começaram a se rebelar contra os vestidos18 que usavam até então e
que limitavam os movimentos. Por causa dessa restrição, os homens eram os que
tinham os papéis de destaque nos espetáculos. Como as coreografias cheias de
saltos19 e giros ganhavam espaço, as mulheres tiveram que reagir20.
63 – CAÇA-PALAVRA: A DANÇA CONTEMPORÂNEA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A DANÇA CONTEMPORÂNEA:
1
Dança contemporânea é um tipo de dança
que não se limita a um conjunto de técnicas
específicas2, abrangendo assim uma
variedade3 de gêneros4, ritmos, formas e
performances5. Por esta razão, é
considerada uma dança abstrata e em constante
;
transformação. Esta modalidade de dança se
desenvolveu em meados do século XX (1950 /
6
1960), tornando-se popular na década de
7
1980. A sua crescente popularidade se
justifica, em parte, pelo fato deste gênero de
8
dança não se prender aos padrões estéticos
clássicos.
A dança contemporânea se
caracteriza por propor intensas
inovações9 e
experimentações10
coreográficas, que muitas vezes
misturam ritmos como o ballet, o ;
jazz11 e o hip hop. Como dito, não
existem técnicas pré-definidas,
sendo o processo criativo do
conceito ou ideia a ser transmitido
pela coreografia o ponto central da
dança contemporânea.
12
A sua não limitação possibilita ao bailarino autonomia para construir suas próprias
13 14
coreografias a partir de métodos como a improvisação , o contato com o chão
15 16
ou com outro personagem cênico e a utilização de figurinos interativos , por
exemplo. A criação dentro da dança contemporânea é um processo que alia os métodos
17 18
da composição coreográfica. Desde situações rotineiras até temas polêmicos
19 20
podem servir de base para a concepção do conceito de uma coreografia.
64 – CAÇA-PALAVRA: O SIMBOLISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O SIMBOLISMO:
Corrente artística de timbre espiritualista que floresce
na França, nas décadas de 1880 e 1890, o
simbolismo1 encontra expressão nas mais
variadas2 expressões artísticas, pensadas em
estreita relação umas com as outras. O objetivo último
das diferentes modalidades artísticas é a expressão da
3
vida interior , da “alma das coisas”, que a linguagem
;
poética4 – mais do que qualquer outra – permite
alcançar, por detrás das aparências. A poesia
5
simbolista, de Gérard de Nerval (1808-1855) e
Stéphane Mallarmé6 (1842-1898), por exemplo,
7
sonda os mistérios do mundo e o universo
inconsciente8 por meio de sugestões, do ritmo9
10
musical e do poder encantatório das palavras .
Do mesmo modo, a força da pintura reside no poder
evocativo11 das imagens. O seu fim é dar expressão visual ao
que está oculto por meio da linha e da cor que, menos do que
12
representar diretamente a realidade , exprimem ideias. Os ;
13
princípios orientadores do simbolismo encontram suporte
teórico nas formulações do poeta Jean Moreás (1856-1910),
14
autor do Manifesto do Simbolismo (1886), e no Tratado do
Verbo, escrito no mesmo ano por René Ghil (1862-1925). Nos
termos de Moreás, a arte deve ser pensada como fusão de
elementos15 sensoriais e espirituais. Reagindo à sociedade
industrial, os simbolistas se refugiam em sua torre de marfim,
16
buscando uma beleza ideal e intocada . Desejando salvar o
;
mundo17 do 18
seu materialismo extremado, identificam-
se com a natureza e a religião (Ocultismo, Espiritismo, Rosa-
19
Cruz), buscando seus temas na Bíblia e na mitologia .
20
Aproximam-se também dos Pré-Rafaelitas ingleses .
65 – CAÇA-PALAVRA: O PRIMITIVISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O PRIMITIVISMO:
1
O Primitivismo foi uma tendência difundida na
arte moderna que visou buscar referências de arte de
2
culturas estrangeiras como a arte feita por
povos3 e tribos primitivas. Para isso os modernistas
exploravam as coleções etnográficas4 de museus
5 6
de todo mundo em busca de inspiração . Arte
primitiva representava para os modernistas que a
7 ;
buscavam, o oposto de tudo aquilo que estava
sendo valorizado como arte e dominado pelo gosto
convencional8, como a arte acadêmica9.
Assim, no início do século XX, a arte dita primitivista
10
definiu uma tendência dentro das vanguardas
modernistas. Além disso, se caracterizava como uma
arte realizada por artistas com pouco
11
conhecimento técnico.
A simplificação formal, como por exemplo, no
12
uso da perspectiva, e as temáticas
populares também sugerem qualidades dessa
tendência. São alguns artistas que passaram a
se apropriar dessa concepção de arte:
13
Constantin Brancusi (1876-1957), Max
Ernst (1891-1976), Paul Gauguin (1848-1903),
Henry Moore (1898-1986) e Pablo
;
Picasso14 (1881-1973). As obras
“primitivas” eram exaltadas pela força
expressiva15, pela emoção16, pelo
vigor17 18
e insanidade . Os artistas
modernos contemplavam o primitivo, pois na
Europa era comum idealizar culturas não-
19
ocidentais como realidades mais
20
naturais e menos sofisticadas .
66 – CAÇA-PALAVRA: O FUTURISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O FUTURISMO:
1
O futurismo foi uma das vertentes das
vanguardas artísticas do século XX. Iniciou-se
2
como movimento na Itália , em 1909-1910,
3
com forte tonalidade patriótica em seu
manifesto, mas teve influência nas artes de
4
outros países, como França , Rússia e Brasil.
; Esses artistas viam o futuro representado na
velocidade5 do automóvel, nos avanços
industriais6, na eletricidade7, nas
8 9
grandes metrópoles , nas engrenagens
dos maquinários, enfim, na nova configuração
social do início do século, que para eles
representava um novo mundo e um novo
homem10.
11
Glorificando a tecnologia e entendendo
a aceleração dos motores e turbinas como
uma libertação do passado, saudavam
12
entusiasmadamente as novas invenções
como o horizonte do futurohumano13 . “É
14
mais belo um ferro elétrico do que uma
escultura”, disse Giacomo Balla, um dos
fundadores do movimento, assertiva que
15
aponta para a ruptura que representava ;
a proposta futurista. A ideia principal que os
futuristas buscavam incorporar em seu
procedimento16 artístico era
principalmente a velocidade, captando, seja
nas artes plásticas17, seja na
literatura18, esse movimento
19
acelerado que percebiam intensificar-se
20
ao seu redor .
67 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE NAIF – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE NAIF:
É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica, do
fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é
instintiva, e onde o artista expande seu universo particular.
Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem
1
os realmente marcantes e outros nem tanto. Arte Naif
; (do francês, “arte ingênua”) é o estilo a que pertence à
2
pintura artistas sem formação
de acadêmica
3
sistemática . Trata-se de um tipo de expressão que não
4
se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas
5
tendências modernistas, nem tampouco no conceito de
arte popular.
Assim, o artista naif é marcadamente individualista6 em suas manifestações mais
puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir7
8 9
sua fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros,
10 11
das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos . Não se trata, portanto, de
uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural. O artista naif não
se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos
12
das figuras que representa.
Características gerais:
13
 Autodidata , resultado da inexistência de
formação acadêmica no campo artístico.
 Recusa ou mesmo desconhece o uso dos
cânones14 da arte acadêmica.
15 ;
 Composição plana, bidimensional , tende à
simetria e a linha é sempre figurativa.
16
 Não existe perspectiva geométrica linear.
17
 Detalhamento das figuras e dos cenários.
18
 Desprezo pela representação fiel da realidade.
19
 Colorido exuberante.
20
 Pinceladas contidas com muitas cores.
68 – CAÇA-PALAVRA: A BODY ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A BODY ART:
A BodyArt1 (arte do corpo) é uma tendência artística
contemporânea2 que surgiu na década de 60, nos
Estados Unidos e na Europa, sendo sua principal
3
caraterística o uso do corpo como suporte e
intervenção para a realização4 do trabalho artístico.
; 5
Dessa maneira , o corpo humano (seja do artista ou
de um modelo) passa a ser a “tela” (daí aproximação
6
com a “body paint”, ou pintura corporal), bem como
o comunicador7 de ideias, ou seja, o mais
8
importante veiculador em que o artista vai explorar
sua "obra viva".
Para muitos estudiosos sobre o tema, a body art é uma vertente da arte contemporânea
9 10
e seu precursor foi Marcel Duchamp (1887-1968) ao questionar os limites do
11
conceito e o modo de fazer arte, dando início a reflexão sobre a "arte conceitual"
bem como a relação do sujeito com o mundo. Dessa forma, os artistas contemporâneos
ultrapassam12 os limites da tela e do conceito de arte ao propor uma nova forma de
13 14
expressão artística em detrimento das tradicionais pinturas e esculturas .
Principais Características
15
 Corpo Humano como suporte e experimentação
artística.
16
 Materialidade e resistência do corpo.
17
 Relações entre arte e a vida cotidiana .
18
 Arte como forma de protesto. ;
19
 Choque do espectador.
20
 Uso de performances, vídeo artes e instalações .
 Temática livre de preconceito (cultura do corpo,
sexualidade, nudez,etc.).
 Tatuagens, maquiagens, deformações, travestimento,
mutilações, escarificações, queimaduras, implantes e
ferimentos.
69 – CAÇA-PALAVRA: O MODERNISMO NO BRASIL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O MODERNISMO NO BRASIL:
1
O Modernismo no Brasil teve como
marco inicial a Semana de Arte Moderna,
em 1922, momento marcado pela
efervescência2 de novas ideias e
modelos. Lembre-se que o modernismo
3
foi um movimento cultural, artístico e
; 4
literário da primeira metade do século
XX. Ele situa-se entre o Simbolismo e o
Pós-Modernismo - a partir dos anos 50 -
havendo, ainda, estudiosos que
5
considerem o Pré-Modernismo uma
escola literária. O Modernismo surge num
6
momento de insatisfação política no
Brasil.
Isso, em decorrência7 do aumento da inflação que fazia aumentar a crise e
8
propulsionava greves e protestos . A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) também
9
trouxe reflexos para a sociedade brasileira . Assim, numa tentativa de
reestruturar10 o país politicamente11 , também o campo das artes - estimulado
12
pelas Vanguardas Europeias - encontra-se a motivação para romper com o
tradicionalismo. Foi a “Semana de arte moderna” que marca a essa tentativa de
mudança13 artística.
Características do Modernismo
14
 Libertação estética.
15
 Ruptura com o tradicionalismo .
16
 Experimentações artísticas. ;
17
 Liberdade formal (versos livres,
abandono18 das formas fixas,
ausência de pontuação).
19
 Linguagem com humor.
20
 Valorização do cotidiano .
70 – CAÇA-PALAVRA: O MOVIMENTO ARMORIAL – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O MOVIMENTO ARMORIAL:
O Movimento Armorial1, surgido na década de 70 no
2
Brasil, foi uma vertente artístico-cultural de
3
valorização das artes populares nordestinas . O
objetivo central era criar uma arte brasileira singular
baseada nas raízes populares. Idealizado pelo escritor
; 4
paraibano Ariano Suassuna , essa manifestação
abrangeu a literatura, música, dança, teatro, artes
5
plásticas, arquitetura, cinema , etc. De 1969 a 1974,
Suassuna atuou como Diretor do Departamento de
Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE).
Foi com apoio desse Departamento que Suassuna, ao
lado de outros artistas, criou o movimento armorial
6
em 18 de outubro de 1970. Na ocasião, realizada
na Igreja de S. Pedro dos Clérigos no centro da cidade
de Recife, houve uma exposição de artes populares e
7
ainda, um concerto . A ideia central do movimento ;
8
era criar uma arte erudita a partir de
elementos9 populares. Nessa perspectiva, o
sertão10 nordestino é valorizado mediante a
riqueza de valores culturais e artísticos. Embora
tenha sido iniciado no âmbito acadêmico11, o
movimento se expandiu.
Posteriormente, teve apoio da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Educação do
12
Estado de Pernambuco . Nas palavras de Ariano Suassuna: “A Arte Armorial
Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação13 com o espírito
14
mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de
Cordel15), com a Música de viola16, rabeca17 ou pífano que acompanha seus
18 19
"cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o
20
espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro
relacionados.” (Jornal de Semana, 20 de maio de 1975).
71 – CAÇA-PALAVRA: O MURALISMO MEXICANO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O MURALISMO MEXICANO:
Muralismo1 é o tipo de arte que tem como
2 3
suporte paredes e painéis permanentes.
Assim, está particularmente ligado à
arquitetura. Também conhecido como pintura
mural ou arte mural, o muralismo propicia uma
4
; relação de proximidade com o público. Isso
acontece na medida em que suas obras são
5
encontradas nas ruas e exploram problemas
sociais, bem como temas históricos6. A arte
7
muralista desempenha um papel social
bastante forte, já que ela se aproveita da
exposição8 pública para manifestar-se de
forma crítica.
9
Marcando forte presença no México, onde
surgiu esse movimento artístico, as primeiras
manifestações do que viria a se tornar o
10
muralismo são as pinturas rupestres . Pode-se
11
dizer que o Muralismo é uma arte mexicana
que surgiu na primeira metade do século XX no
México. É nessa altura também que tem início a ;
Revolução Mexicana (1910), momento histórico
que inspirou os artistas a expressar seus
pensamentos12 críticos. Por isso, essa
13
manifestação artística revela muito do que se
vivia no México. Era um momento em que, sem
dúvida, o povo carregava um sentimento forte de
compromisso14 libertário.
Para entender a gravidade15 desse acontecimento, leia Revolução Mexicana. Em
1920, após assumir o cargo de Secretário da Educação, VasconcelosCalderon16
17 18
propôs a construção de murais. O objetivo era que eles retratassem a história
19 20
do México e promovessem o nacionalismo .
72 – CAÇA-PALAVRA: O EXPRESSIONISMO ABSTRATO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O EXPRESSIONISMO ABSTRATO:
1
O Expressionismo Abstrato, também
chamado de “Escola de Nova York”, corresponde
2
a um movimento de vanguarda artística. Ele
surgiu nos Estados Unidos, em Nova York, na
3
década de 40. Esse movimento uniu aspectos
4
da vanguarda expressionista alemã e da
; 5
corrente abstracionista criando dessa
maneira, uma nova tendência de caráter
simbólico e expressivo. O expressionismo
abstrato tem origem no período denominado de
6
pós-guerra , (após a segunda guerra mundial),
numa época conturbada7, de afirmação de
valores.
O expressionismo abstrato e a arte “verdadeiramente
8
estadunidense” surge para oferecer um novo
enfoque9 artístico-cultural, sobretudo, nos
aspectos contra o sistema formal da pintura. O
10
expressionismo abstrato atingiu influência ;
mundial, e, nesse momento, Nova York passa a ser
um dos mais importantes centros de arte do mundo,
que até então era a França (Paris). O termo
“Expressionismo Abstrato” já tinha sido usado na
11
década de 20 para identificar pinturas do artista
12
russo Wassily Kandinsky (1866-1944).
Mais tarde foi utilizado pelo escritor, filósofo e crítico estadunidense Harold
Rosemberg13 (1906-1978). O termo apareceu14 em seu artigo “Artistas
15
americanos do Action Painting ”, publicado em 1952 no jornal “Art News”. Foi assim
16
que muitos artistas dessa corrente inovadora romperam com a arte tradicional de
17
cavalete. Focaram na criação artística nas emoções e expressões humanas18, tal
19
qual Jackson Pollock , um dos maiores20 representantes do expressionismo
abstrato norte-americano.
73 – CAÇA-PALAVRA: O TROPICALISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O TROPICALISMO:
1
O Tropicalismo foi um
movimento cultural de
vanguarda que ocorreu no
Brasil nos anos de 1967 e 1968
nas artes, principalmente na
Música2. Merecem
destaques3 os compositores
; Caetano4 Veloso,
5
Gilberto Gil, que lideraram
o movimento, além de Nara
6
Leão, Tom Zé, Gal Costa , Os
Mutantes (Rita Lee, Arnaldo
Baptista e Sérgio Dias),
Torquato Neto, Rogério
Duprat, Capinam, Jorge Bem,
7
Maria Bethânia .

O Tropicalismo caracterizado como um movimento libertário8 e revolucionário


9
buscava se afastar um pouco do intelectualismo da Bossa Nova a fim de aproximar
a música brasileira dos aspectos da cultura popular, do samba, do pop, do rock, da
psicodelia10. Interessante observar que essa experiência estética aberta,
sincrética11 e inovadora lançada pelos tropicalistas, mudaram não somente a música
popular brasileira, mas o panorama12 da cultura em geral, em busca da
13 14
modernidade do país. Teve grande influência do movimento concretista na
literatura e nas artes plásticas. Na música, além do sincretismo de ritmos, o movimento
15 16
apostou na presença do som melódico das guitarras em suas canções. Durante
um ano, além de mudanças na música popular, outros elementos culturais foram
incorporados17 à cultura brasileira como, por exemplo, o estilo das roupas, muito
18 19
próximas à dos hippies , mas ao mesmo tempo com uma psicodelia e mistura de
cores e tonalidades. Por fim, o movimento tropicalista termina com a prisão de Gilberto
20
Gil e Caetano Veloso em 1968 pela Ditadura Militar . Em 1969, Caetano partiu para o
exílio marcando definitivamente o fim do movimento.
74 – CAÇA-PALAVRA: A VANGUARDA RUSSA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A VANGUARDA RUSSA:
A Vanguarda1 Russa é um termo comumente
2
utilizado para se referir a uma série de
movimentos artísticos e culturais que ocorreram na
Rússia3, aproximadamente entre as décadas de
1890 e 1930, especialmente4 durante a
primeira fase da Revolução5 Russa. Apesar da
;
variedade de artistas e escolas que o termo pode
6
abranger, normalmente ele está mais associado
7
aos movimentos construtivista e
suprematista8, que em geral ocorreram
paralelas9 à Revolução política e os quais se
inserem no contexto das vanguardas artísticas
européias10.
Entre os participantes do movimento se
destacam Gustav Klutsis, Vladimir e Giorgi
Stenberg, Nikolai Prusakov, Alexandr Rodchenko
e El Lissitzky, Vladimir Mayakovsky, Kazimir
Malevich, além de Dziga Vertov e Sergei
11
Eisenstein na área cinematográfica . E Ivan
12
Leonidov na arquitetura . Com a chegada
de Josef Stalin ao poder, ocorre um incentivo
13
estatal ao Realismo soviético, uma escola ;
baseada em uma estética totalitária14
considerada antagônica15 a todas as
vanguardas anteriores16 . A partir deste
momento, as experimentações realizadas pelos
17
vanguardistas são abandonadas e
recuperadas apenas18 em espaços como a
19
Bauhaus e o De Stijl, movimentos
20
externos à Rússia.
75 – CAÇA-PALAVRA: O SUPREMATISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O SUPREMATISMO:
1
O Suprematismo foi um movimento que
se originou na Rússia, ainda no início do
século XX, por volta de 1915, e que tinha
como uma de suas principais
característica a composição3 com
2
4
formas geométricas elementares
(quadrado e círculo). O Suprematismo deu o
pontapé inicial para a pintura abstrata do
5
Modernismo. Sua organização teórica
deu-se somente no ano de 1925 no manifesto
intitulado “Do Cubismo ao Futurismo ao
Suprematismo: O novo Realismo na Pintura”,
escrito por Kazimir Malevich (1878-1935) e
pelo poeta Vladmir Mayakovsky (1894-1930).
6
A obra “Quadrado negro sobre fundo branco” de Kazimir
Malevich7 8
foi exposta pela primeira vez em uma
exposição na Rússia, exibida num canto da sala expositiva,
9
ela marcou o início do Suprematismo. Kazimir Malevich,
criador e principal expoente do movimento suprematista,
10
explica como se deu a inspiração para realizar a obra
11
composta por um enorme quadrado preto pintado
contra um fundo branco: "Eu sentia apenas noite dentro de
12
mim, e foi então que concebi a nova arte, que chamei
suprematismo." Os suprematistas mantinham-se longe de
13 14
temas convencionais na pintura como paisagens
ou natureza-morta. Seus principais interesses eram as
figuras geométricas, o movimento espacial, a
abstração15 e as composições monocromáticas .
16

Tratava-se sobre romper com qualquer ideia de imitação do


mundo17 real no que se referia a formas18 ou cores19
como fizeram os cubistas20 e os impressionistas
respectivamente.
76 – CAÇA-PALAVRA: O CONSTRUTIVISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O CONSTRUTIVISMO:
1
O Construtivismo representou um movimento de
vanguarda artística (artes plásticas, escultura,
arquitetura, cenografia, dança, fotografia, design) que
surgiu no início do século XX na capital russa,
Moscou2. Durou até meados da década de 1920 e
3
influenciou o movimento artístico da Bauhaus . Essa
4
vertente de influência futurista esteve preocupada
em mostrar uma nova configuração5 da arte,
6 7
imbuídas dos aspectos da Revolução Industrial ,
8
ou seja, uma arte que rompia com o passado
tradicional, trazendo à tona outras formas de
apresentação, associados aos avanços técnicos e
tecnológicos9 modernos, por exemplo, as
máquinas10, engenharia11, eletrônica, evolução
fabril, dentre outros.

Para isso, os artistas construtivistas, sobretudo os precursores e


fundadores do movimento Vladimir Tatlin, Aleksandr
Rodchenko, El Lissitzky e Naum Gabo, utilizaram a
tridimensionalidade12, o relevo, o objeto industrial, a
fotografia13,a tipografia14 e a moda para expressarem os
ideais do movimento. Embora tenha influenciado grande parte
15
da arte moderna ocidental, no Brasil, o movimento
concretista e neoconcretista foram os que mais se aproximaram
do Construtivismo russo. A arte construtivista, inspirada nas
16
novas conquistas da revolução operária bolchevique,
liderados por Lenin (1870-1924) e Trotsky (1879-1940), tornou-
se um instrumento de transformação social buscando assim,
17
satisfazer as necessidade humanas. Promoveu uma
faceta18 cultural durante a Revolução, no entanto, o próprio
19
regime soviético, que sustentou e fomentou essa tendência
20
durante anos, terminou quando Stálin chega ao poder.
77 – CAÇA-PALAVRA: A BOSSA NOVA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A BOSSA NOVA:
1 2
A Bossa Nova foi um movimento da música popular
brasileira que surgiu no final dos anos 50, caracterizado
3 4
por forte influência do samba carioca e do jazz norte-
americano. A bossa nova desponta em meio ao processo
5
de urbanização e industrialização no Brasil, no
governo de Juscelino Kubitschek (1902-1976). Nessa
época, estavam em vigor o Plano de Metas e a Política
Desenvolvimentista, realçados pelo lema "cinquenta anos
6
em cinco", que tinha como propósito o crescimento
econômico do país.
7
O movimento surge entre músicos jovens da classe
média carioca, que se reuniam8 com o intuito de
experimentar9 e inovar nas composições10 Em .
11
1958, o lançamento do compacto de João Gilberto , um
12
dos maiores representantes da bossa nova, consolida o
estilo musical. O movimento da Bossa Nova durou pouco
mais de uma década, terminando em 1966. Posteriormente,
aparece outro estilo, a MPB (Música Popular Brasileira), que
13
valoriza e se referência na bossa nova. Importante
ressaltar que o término do movimento não significou o fim
14
da criação musical seguindo essa linha, uma vez que
15
muitos compositores e músicos atualmente buscam
unir os tons melódicos e o samba brasileiro. O termo
"Bossa" foi utilizado pela primeira vez numa canção
16
composta por Noel Rosa , “Coisas Nossas”, na década de
1930. Na letra, Noel diz: "O samba, a prontidão e outras
17
bossas, são coisas nossas". A expressão era uma gíria
18
utilizada para se referir a um "jeito de fazer as coisas".
Dessa forma, os artistas se apropriaram do termo "bossa
19
nova" para sugerir que estavam compondo e cantando
20
de uma nova maneira .
78 – CAÇA-PALAVRA: ASSEMBLAGE – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

ASSEMBLAGE:
O termo Assemblage1 origina-se do francês e
significa montagem2. Ao primeiro olhar, a
assemblage pode parecer uma arte estranha. Na
realidade, é um trabalho no qual o artista une
objetos3, por colagem ou encaixe, expressando o
4
seu imaginário . Os objetos que fazem parte das
obras permanecem em seu estado original, mas,
5
unidos, parecem diferentes . O termo
6
Assemblage foi incorporado às artes, em 1953,
pelo pintor e gravador francês Jean Dubuffet para a
exposição The Art of Assemblage, no Museu de Arte
Moderna – MoMA – de Nova York em 1961.
7
Ao se utilizar de diversos materiais como papéis, tecidos ,
madeira “colados” a uma tela o artista consegue ultrapassar as
limitações8 da superfície, rompendo assim o limite da pintura,
criando uma junção da pintura com a escultura9. Mas, esse tipo
10
de obra artística já vinha sendo produzida desde o começo do
século 20, como nas colagens cubistas feitas por Pablo Picasso e
Georges Braque, nas esculturas dos futuristas e no dadaísmo,
sobretudo pelo ready-made de Marcel Duchamp. E obras do
11
polonês radicado no Brasil pelas obras de Franz Krajcberg e os
brasileiros Wesley Duke Lee e Arthur Bispo do Rosário12. Três
técnicas distinguem-se como características principais13 desta
fase: "encaixes", collages e assemblages, pela agregação e
ligação14 de elementos diversos na caixa de "encaixe". Estas três
15
formas de exprimir uma mesma idéia fundamental em
16
relação a métodos firmados por signos e estruturas , com
17
inclusão de objetos de sucata , de significados pseudo científicos
18
ou - como prefere a artista - etnográficos e antropológicos de
suas raízes, constituem uma espécie de "quebra-cabeça" projetadas
19 20
nos encaixes e nos relevos que evocam o jogo do tempo .
79 – CAÇA-PALAVRA: A JUNK ART – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A JUNK ART:
A Junk Art1 em Inglês. Arte de sucata2, movimento surgido nos EUA na década de
3
1960, defendendo que qualquer objeto ou material pode servir para a obra de arte,
como acontece nas colagens. As junk sculptures recorrem a materiais
4 5 6
abandonados , sucatas, ferros velhos, canos, aspiradores de pó e restos de
7
automóveis, que são usados como alegorias das megacidades e seus ambientes
degradados e poluídos. O italiano Ettore Colla (1899-1968) preferiu predominantemente
8
pedaços de máquinas industriais inutilizadas . O termo Junk Art (tradução literal:
9
arte lixo ) foi empregado pela primeira vez pelo crítico britânico de arte e curador
Lawrence Alloway em 1961, para descrever obras de arte feitas a partir de sucata de
10 11
metal, máquinas quebradas, trapos de pano, madeira, papel e outros materiais
12
"achados". Materiais banais , usuais no dia a dia são a sua marca de identificação.
Mas essa ideia não é recente. O movimento modernista iniciado no início do século XX já
pregava13 a fuga dos materiais tradicionais14 e a vontade de mostrar que a arte
15 16
pode ser feita com qualquer coisa. O artista dadaísta Marcel Duchamp (1887-
17
1968) se destaca como sendo um dos pioneiros , pela sua coragem e excentricidade
ao criar os “ready-mades”, um artigo produzido em massa, escolhido
aleatoriamente18, isolado de seu contexto habitual e apresentado como uma obra
19
de arte. Temos como exemplo a famosa “Roda de bicicleta”, um ready made
20
elaborado em 1913 e que se encontra atualmente no Centro Pompidou em Paris.
80 – CAÇA-PALAVRA: O NEOEXPRESSIONISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O NEOEXPRESSIONISMO:
1
O Neo-Expressionismo foi um movimento artístico, que surgiu na Alemanha entre
o final da década de 1970 e começo da década de 1980. Desenvolveu-se,
2
principalmente, na década de 1980. Este movimento espalhou-se pela Europa ,
principalmente pela Áustria e Suíça. Também chegou aos EUA, na década de 1980. Foi
3 4
no segmento artístico da pintura que ele ganhou grande destaque . O Neo-
5
Expressionismo recebeu grande influência de um movimento artístico italiano
conhecido como Transvanguarda. Na Alemanha, este movimento também foi chamado
de Neue Wilde (Novos Selvagens). As novas tendências informais e figurativas
surgiram6 no inicio da década de 1970, com toda sua carga de violência e emoção, de
7
humor e sujeira (Bad Painting), de temas políticos, mitológicos, simbólicos e
desbragada fantasia são uma reação ao intelectualismo da Arte Concreta e à assepsia da
8 9
Minimal Art com seus sistemas, sua lógica e seu rigor purista. A nova pintura ,
definida como não-autoritária, desenvolveu-se simultaneamente na Itália, Alemanha e
10
Estados Unidos. É um movimento que procurava resgatar a figuração, a emoção
declarada, a autobiografia, a memória, a psicologia, o simbolismo, a sexualidade, a
literatura11 e a narrativa. Ou melhor, desejava resgatar12 a pintura como meio de
13
expressão. O Neoexpressionismo teve vários artistas representantes , destacamos:
Georg Baselitz, Anselm Kiefer, A.R. Penck e Jörg Immendorff.

Principais características:
 Pinturas marcadas pela presença
14
visual da emoção .
 Pinturas figurativas15 de
16
grandes dimensões .
 Os artistas do Neo-Expressionismo
executavam suas obras com
17
grande rapidez .
18
 Oposição ao estilo
convencional de arte
burguesa19.
20
 Presença de cores agressivas .
81 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE ABORÍGENE – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE ABORÍGENE:
1 2
A arte aborígene está cheia de simbolismos que
se manifestam em uma extraordinária combinação de
formas3, figuras e fundos. Utilizam-se 4 cores básicas: o
ocre4 vermelho, ocre amarelo, caolim e o preto do
carvão. Para pintar estas cores diluem-se em água,
utilizando a ponta de um dedo ou um pedaço de madeira.
5
Os aborígenes, normalmente, costumam decorar todos
os objetos de uso cotidiano6 como cestas,
7
bumerangues , facas, escudos, copos, recipientes, etc.
8
Em algumas cerimônias, os aborígenes pintam o corpo ,
além de adorná-lo com penas de diferentes cores. Quando
se tenta definir as pinturas aborígenes, fala-se em
expressões "realistas". Por exemplo, os indígenas
9
representam, na silhueta de um animal , atributos que
o aborígene sabe encontrar-se dentro dele. Assim, pode
10
desenhar os ossos, zonas musculares ou inclusive os
intestinos. Muitas vezes, ao representar um peixe,
11
desenham seu espinhaço, a bexiga ou as entranhas.
Geralmente, as pinturas têm um caráter mágico e fazem-
12
na para obter dos espíritos a ajuda necessária para a
caça13 dos animais pintados. O laço de união entre os
antepassados14 e os aborígenes são os tótens15 .
Cada indígena tem seu próprio e pessoal tótem ou
"sonho", quer dizer ilusão, sonho. Estes tótens
representam16 diversas e variadas formas, geralmente
sob o aspecto de animais. O “pintar” aborígene está
17
próximo do “sonhar ”, não pelas vias do inconsciente,
tal qual concebeu a Psicologia, mas de uma linhagem de
conhecimento18 mitológico animista. Dela, brotam
19
narrativas ancestrais passadas de geração a geração,
20
muitas vezes como estratégia de sobrevivência .
82 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE DA CHINA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE DA CHINA:
1
Arte e arquitetura da China desde a Idade da
Pedra até o século XX, que representa as
conquistas2 mais significativas da civilização
mais antiga do mundo. O princípio
3
fundamental de todos os aspectos da cultura
4
chinesa é o equilíbrio harmônico e, assim, sua
arte é uma sutil mistura5 de tradições e
6
inovações , de ideias autóctones e
estrangeiras7, de imagens profanas e
8

religiosas. O estabelecimento da República


Popular da China, em 1949, introduziu outro
9
campo importante na arte e na cultura do país.
Sob o mandato de Mao Tsé-tung, o conteúdo
político foi incutido na pintura e nas artes
decorativas10. Os estilos pictóricos procediam
das escolas posteriores à dinastia Qing, porém
11
incluindo nos temas os louvores à
reconstrução12 socialista. Muitas artes
populares13 tradicionais, que não haviam sido
reconhecidas como tais durante os períodos
dinásticos, passaram a ocupar um lugar
14
destacado. As artes têxtil , da cestaria, da
joalheria15 e da gravura em madeira se
16
somaram às da cerâmica , da laca e do
17
entalhe em jade, ante a importância cobrada
ao artesanato tanto para o uso interno quanto
18
para a exportação . Depois da morte de Mao,
ocorrida em 1976, a arte chinesa se apresenta
19
menos politizada em todos os sentidos, o
que permitirá julgar melhor sua evolução futura
20
dentro do contexto de sua tradição histórica.
83 – CAÇA-PALAVRA: A VÍDEO ARTE – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A VÍDEO ARTE:
A vídeo1 arte é uma forma de expressão artística, na
2
qual o vídeo é o elemento principal. Supõe uma nova
linguagem3, uma nova inter-relação entre imagem e
espectador, em que a primeira sai da tela para interagir
com o resto do meio, integrando as imagens junto aos
4
demais elementos que a formam. Ajudado pelas
5 6
novas tecnologias , esta arte consegue projetar
as imagens além do monitor e para diferentes
direções7, obrigando ao público a iniciar um
percorrido8 sobre um espaço, de um todo, do qual as
projeções fazem parte. Surgiu na década de sessenta,
como meio artístico, num contexto no qual os artistas
9
procuravam uma arte contrária à comercial.
10
Entre seus princípios está a crítica à televisão , a qual
representa, em certo modo, a cultura atual. Durante os anos
oitenta, as imagens utilizadas por esta arte procuram provocar
11 12
na audiência estados anímicos e evocar sensações . Na
atualidade, os avanços13 da tecnologia, permitem ampliar o
14
leque de suas possibilidades criativas. Surgiu na década de
60 através dos trabalhos de integrantes do grupo Fluxus, e os
pioneiros foram o coreano Naum June Paik e o alemão Wolf
Vostell. Antes disso, o vídeo era usado apenas para fins
comerciais15 , como para a televisão e treinamento em
empresas16. Além disso, seu início foi marcado pelo alto
preço dos equipamentos o que limitou essa linguagem a artistas
de países desenvolvidos, onde o acesso à tecnologia era menos
custoso17. Os artistas do Fluxus procuravam18 , através dos
novos suportes audiovisuais, criar uma espécie de “contra-
19
televisão” e justamente fazer uma crítica aos ideais desse
20
meio e dos modelos comerciais da época, subvertendo seu
uso mais frequente.
84 – CAÇA-PALAVRA: A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA:


1
Em 1816, durante a estada da família real
portuguesa no Brasil, chega ao Rio de Janeiro um
2
grupo de artistas franceses com a missão de
3
ensinar artes plásticas na cidade que era, então,
a capital do Reino unido de Portugal e Algarves. O
4
grupo ficou conhecido como Missão artística
francesa. O convite para a vinda do grupo teria
partido de Antonio Araújo Azevedo, Conde da
Barca, ministro de dom João 6º. Preocupado com o
desenvolvimento5 cultural da colônia6 que
havia se transformado em capital, o rei trouxe para
7
cá material para montar a primeira gráfica
8
brasileira, onde foram impressos diversos livros
e um jornal chamado "A Gazeta do Rio de Janeiro".
9
Já a missão tinha o objetivo de estabelecer o
ensino oficial das artes plásticas no Brasil, e acabou
10
influenciando o cenário artístico brasileiro,
além de estabelecer um ensino acadêmico
inexistente até então. A missão foi organizada por
11
Joaquim Lebreton e composta por um grupo de
artistas plásticos. Dela faziam parte os pintores
12
Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine
Taunay13, os escultores Auguste Marie Taunay,
Marc e Zéphirin Ferrez e o arquiteto Grandjean de
Montigny14. Esse grupo organizou, em agosto de
15
1816, a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios ,
transformada, em 1826, na Imperial Academia e
16
Escola de Belas - Artes. Os artistas da Missão
Artística Francesa pintavam, desenhavam17,
esculpiam18 e construíam19 à moda europeia,
20
obedecendo ao estilo neoclássico .
85 – CAÇA-PALAVRA: O MANEIRISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O MANEIRISMO:
1
O Maneirismo representa um estilo artístico
que surgiu na Itália no século XVI, no período
entre a Renascença e o Barroco (1520 a 1600).
Nesse período a Europa passava por diversas
transformações2 políticas, econômicas e
culturais, tal qual o Renascimento e a
Contrarreforma, o que fez surgir uma nova
estética3 que fugia dos moldes
tradicionais4 e que se espalhou rapidamente
por toda a Europa. Esse movimento artístico
arquitetura5, escultura6, artes
utilizou da
plásticas7, música8 e literatura9, para
apresentar
uma arte mais perturbadora,
10
exagerada e sofisticada. Além disso, os
11
artistas do maneirismo buscavam se afastar
dos moldes renascentistas (cânones clássicos),
inaugurados12 por figuras da alta renascença
como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael
Sanzio. O termo “maneirismo” advém do italiano
“maneira” que significa “ao modo”, ao referir-se
13
ao estilo próprio de cada artista. O termo foi
popularizado e utilizado pela primeira vez pelo
14
artista italiano Giorgio Vasari , como
15
sinônimo de leveza e sofisticação. Para
muitos historiadores da arte, o maneirismo
16
representou um momento de transição
entre a Alta Renascença e o Barroco, enquanto
outros acreditam ser uma escola artística
independente17. Nesse ínterim, alguns
estudiosos18 consideram o maneirismo um
19
período de decadência das artes, o qual
20
fora muito criticado na época.
86 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE AFRO-BRASILEIRA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE AFRO-BRASILEIRA:
1
A cultura afro-brasileira nasceu profundamente
baseada nas raízes das culturasafricanas2 e percorreu
3
um longo caminho de séculos para que essa cultura
4
fosse realmente conquistando autonomia e
singularidade5 própria em seus costumes. Iniciando a
6
cultura afro-brasileira com a chegada dos escravos ao
país, primeiramente as artes produzidas localmente eram
7
na verdade releituras e recriações das obras vinda da
cultura africana, porém ao passar do tempo, ficou cada
8
vez mais eminente que a principal herança deixada
pela cultura africana foi os sentimentos9 e os
10
valores emocionais deixados para as comunidades
descendentes que já possuíam um caráter cultural já
constituído.
Muito das artes e os elementos11 artísticos produzidos esculturalmente e
12
artesanalmente pelos afrodescendentes no período colonial e imperial, foi uma
13
união com as culturas portuguesas e indígenas presentes no convívio dos escravos .
14 15
Além do destaque artístico afro-brasileiro nas esculturas e pinturas durante o
período barroco, a arte musical foi notoriamente a mais difundida e até hoje
repassada16 e ensinada para as novas gerações17. Através dos atabaques18 ,
agogôs19, tambores e berimbaus20 , a música afro-brasileira é ainda disseminada
através das religiões, dos ensinos culturais e também pela capoeira.
87 – CAÇA-PALAVRA: O NEOPLASTICISMO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O NEOPLASTICISMO:
1
O Neoplasticismo foi um movimento
artístico vanguardista das artes (plásticas,
arquitetura, designer, escultura, literatura) que
teve início no século XX, sendo seu precursor o
2
pintor neerlandês Piet Mondrian . Foi ele o
criador do termo que deu nome ao movimento,
3
definido em uma de suas obras : “Le Neo-
plasticisme”.
O movimento neoplástico, baseado nos ideais dos
4 5
movimentos cubista e naturalista e, ainda na
teosofia, propunha uma nova expressão artística,
ou seja, uma nova “plasticidade” pautada na
6
abstração geométrica e redução da expressão
plástica, expressas pela clareza7,
objetividade8 e ordem9. O Primeiro Manifesto
do Neoplasticismo, foi publicado na Revista “De
Stijl” (O Estilo), em 1918, ano do fim da
primeira10 guerra mundial. O segundo e o
terceiro manifesto, foram publicados dois anos mais
tarde (1920).
No total foram cinco manifestos publicados até 1923, entretanto, a revista vigorou até
11
1928, quando o movimento começa a apresentar um declínio . Mondrian foi
colaborador12 da revista até 1924, quando apresentou divergências de
pensamento13 com Theo van Doesburg, sobretudo acerca da “Teoria do
14
Elementarismo”, que focava na presença de linhas diagonais em detrimento das
15 16
verticais e horizontais , fato que contestava Mondrian. Na época, o movimento
foi muito criticado por diversos artistas, principalmente por aqueles que rejeitavam a
17
corrente abstracionista, colocando em questão a “verdadeira arte”, que segundo
os críticos, estava longe da arte neoplástica, sem representação18. No entanto, o
movimento neoplástico influenciou diversos19 movimentos artísticos como a "Escola
20
de Bauhaus "e o "Abstracionismo".
88 – CAÇA-PALAVRA: A POESIA CONCRETA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A POESIA CONCRETA:
A poesia concreta1 surgiu com o Concretismo, fase literária voltada para a
valorização2 e incorporação3 dos aspectos geométricos à arte (música, poesia,
artes pláticas). Em 1952, a poesia concreta tem seu marco inicial através da publicação
da revista “Noigrandes”, fundada por três poetas: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e
Augusto de Campos. Contudo, é em 1956, com a Exposição Nacional de Arte Concreta
4 5
em São Paulo, que a poesia concreta se consolida como uma nova e inusitada
vertente6 da literatura brasileira. O poema do Concretismo tem como característica
primordial o uso das disponibilidades gráficas que as palavras possuem sem
7
preocupações com a estética tradicional de começo, meio e fim e, por este motivo,
é chamado de poema-objeto. A poesia concreta começa por assumir uma
responsabilidade8 total perante a linguagem: aceitando o pressuposto9 do
idioma histórico como núcleo indispensável de comunicação, recusa-se a absorver as
10
palavras com meros veículos indiferentes , sem vida sem personalidade sem
história - túmulos-tabu com que a convenção insiste em sepultar a idéia. O poeta11
12
concreto não volta a face às palavras, não lhes lança olhares oblíquos: vai direto ao
seu centro, para viver e vivificar a sua facticidade.
Outros atributos que podemos
apontar deste tipo de poesia são:
13
 A eliminação do verso.
 O aproveitamento do espaço em
branco14 da página para
disposição das palavras.
15
 A exploração dos aspectos
16
sonoros , visuais e
17
semânticos dos vocábulos .
18
 O uso de neologismos e
termos estrangeiros.
19
 Decomposição das palavras .
 Possibilidades de múltiplas20
leituras.
89 – CAÇA-PALAVRA: O CORPO NA DANÇA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O CORPO NA DANÇA:
1
A consciência corporal é um fator muito
importante na vida de um dançarino, o
domínio da dança tem uma relação bastante
íntima2 com esse seguimento. Devemos
trabalhar muito para adquirir essa técnica de
conhecimento3 do corpo, para tirar o
4
maior proveito possível da dança. O corpo
tem uma relação completa com a dança, por
5
vários motivos. Alguns deles são: Saúde ,
Leveza6, Flexibilidade7 e
condicionamento8 Físico. Quando
praticamos a dança, usamos uma ferramenta
bastante complexa que é o corpo e aí
passamos a dar real valor a essa
ferramenta9. Nos alimentamos melhor,
buscamos10 sempre estar em dia com a
saúde dormindo e descansando
adequadamente. Com isso melhoramos de
11
maneira global nosso metabolismo e
qualidade de vida. Com a prática dos
exercícios12 que envolvem as técnicas de
dança e até mesmo com a própria dança,
adquirimos muita flexibilidade nos movimentos
13
como um todo, facilitando a oxigenação
dos músculos e trazendo por consequência
14
muita leveza ao organismo e estrutura
muscular15. Quando dançamos Temos mais
fôlego16 para as atividades cotidianas17 e
18
nos cansamos bem menos. A expectativa
19
de vida aumenta e o metabolismo como
20
um todo melhora significativamente.
90 – CAÇA-PALAVRA: O TEATRO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O TEATRO:
O teatro1 surgiu na Grécia Antiga, no séc. IX a.C.
Consiste em representar2 uma situação e
3
estimular sentimentos na audiência . A tríade:
quem vê, o que se vê e o imaginado é o apoio do
drama4, pois ele exige uma reflexão propiciada
através do ator ou conjunto de atores
5
interpretando uma história . A palavra teatro
6 7
pode significar tanto o prédio em que se
exibem as diferentes formas de arte como uma
delimitada arte. A arte de representar prosperou
8
em terrenos sagrados na Índia, Egito, Grécia ,
China e nas Igrejas da Idade Média. O modo pelo
qual o homem descobriu para revelar seus
sentimentos9 de amor e ódio. As primeiras
sociedades primitivas acreditavam que a dança
10
imitativa influenciava os fatos necessários à
sobrevivência através de poderes sobrenaturais,
por isso alguns historiadores assinalam a origem do
11
teatro a partir deste ritual . Os principais
gêneros12 dramáticos conhecidos são: a
tragédia13
nascida na Grécia, a comédia que
14

representa
os ridículos da humanidade, a
tragicomédia15 que é a transição da comédia
16
para o drama e o drama (melodrama), ao ser
representado é acompanhado por música. O Padre
José de Anchieta evidenciou a implantação do
17
teatro no Brasil com o interesse de catequizar
os índios para o catolicismo e impedir os hábitos
condenáveis dos colonizadores portugueses, sendo
18 19
assim uma ideia mais religiosa do que
artística20.
91 – CAÇA-PALAVRA: A ESCULTURA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ESCULTURA:
A escultura1, grosso modo, é a arte de
transformar2 matéria bruta (pedra3, metal4,
madeira5 etc.) em formas espaciais6 com
significado. Quando dizemos “formas espaciais”,
7
queremos dizer formas em terceira dimensão, isto
8 9 10
é, com volume , altura e profundidade . Das
artes plásticas, a escultura é uma das que mais
estabelecem interação com o grande público. Isso
porque, geralmente, elas são pensadas e
produzidas11 com a finalidade de ocupar espaços
públicos. É assim, por exemplo, com os conjuntos
esculturais gregos e romanos; mas também com as
esculturas produzidas na época do Renascimento ou
12
em culturas de religiões tradicionais, como o
budismo e o hinduísmo. Muitas vezes, as esculturas
são também projetadas para acompanhar
13
complexos arquitetônicos, com o objetivo de
compor um conjunto artístico harmonioso. É o caso
14
das esculturas que acompanham as catedrais
góticas da Idade Média e os palácios em estilo clássico
do período das monarquias absolutistas. Além disso,
15
de acordo com a época , a civilização e a escola
16
artística, a escultura sofre variações temáticas e
formais. Isso se torna evidente quando comparamos as
obras de um escultor renascentista (do século XVI),
como Michelangelo, com as obras de um escultor
primitivista ou cubista, como Picasso (do século XX). A
“Pietá” de Michelangelo, por exemplo, seguramente,
17
tem uma expressão realista típica do
Renascimento, que busca transmitir18 a dor do
19
tema da deposição do corpo de Cristo da cruz e a
contemplação20 pela mãe.
92 – CAÇA-PALAVRA: A GRAVURA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A GRAVURA:
1
A Gravura nada mais é do que uma linguagem
visual que representa um tipo de arte, como
pinturas2 e relevos3. Com essa técnica, a imagem
4
é obtida por meio da impressão de uma matriz , na
qual um desenho é gravado com uma ferramenta
5
chamada buril . Trata-se de um modo de
reprodução6 assinado e numerado que conta com
forte valor artístico. Afinal, por meio dessa técnica, o
7 8
artista produz peças únicas e dispensa artifícios
tecnológicos. A história da gravura é mais antiga do
9
que muita gente imagina . Ela foi particularmente
importante no século II, quando os chineses, por meio
10
de pedras e madeiras , gravavam sua arte. No
ocidente11, a gravura teve seu início junto com o
surgimento do papel, no século XIV. Porém, foi em
12
meados do século seguinte , na Alemanha e na
13 14
Itália, que a técnica começou a ganhar fama.
15
Desenvolvido por ourives , esse método se
propagou por toda a Europa. Desse período em diante,
os artistas que utilizaram a gravura no ocidente
16
começaram a ser chamados de Mestres da
Gravura. Um dos primeiros trabalhos conhecidos da
arte da gravura foram feitos pelo Mestre E. S., um
alemão anônimo que colocava as letras E. S. em suas
peças. Depois, Martin Schongauer obteve
17
destaque nessa área. Além de ourives,
Schongauer foi um conhecido pintor alemão que
18
produziu várias obras com esse método. Outro
importante artista do período foi o Mestre de
19
Housebook, que elaborou a famosa gravura “Par
20
de Amantes ”.
93 – CAÇA-PALAVRA: A PINTURA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A PINTURA:
1
A pintura é uma manifestação artística
muito antiga que utiliza técnicas de
coloração2 em uma superfície
bidimensional3. Esse tipo de manifestação
acompanhou o desenvolvimento das
4
sociedades , no entanto, a partir do século
XIX, com a criação da fotografia, ela sofreu um
declínio5. Atualmente, com a evolução da
tecnologia a pintura adquire diversas
técnicas6, modelos7 e tendências8. As
pinturas podem ser Figurativas9 (com
10
representações da realidade) ou Abstratas
(não representacional). Os gêneros mais
11
difundidos de pinturas são: natureza -
12 13
morta, retratos , paisagem , dentre
outros. A estética é um conceito que está
vinculado à beleza e, portanto, é fundamental
nas artes, por exemplo, na criação de imagens
e combinação de tons14, matizes15,
texturas16. O conceito de “belo” está
apoiado na estética clássica grega e romana, a
qual fundamentou outros momentos
17
posteriores da história da arte, por
exemplo, o Renascimento Cultural. Os
materiais mais utilizados para a realização de
18
pinturas são os pincéis , espátulas, rolo,
19
tela, papel , parede, murais, tinta. As cores
designam elementos fundamentais da pintura.
Elas são extremamente importantes para criar
profundidade, volume20 e oferecer
movimento às pinturas.
94 – CAÇA-PALAVRA: O DESENHO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O DESENHO:
O desenho1 é a arte de representar, ou
2
criar formas , utilizando materiais como
lápis3, carvão4, pincel5. Diferencia-se da
pintura e da gravura, por ser considerado
6
tanto como processo quanto como
resultado7 artístico, uma obra
bidimensional composta por linhas8,
pontos9 10
e formas . Na pintura a
superfície é marcada por lápis, caneta, pincel,
os movimentos dão origem aos pontos, linhas
e formas planas. Outro aspecto que
diferencia11 o desenho da pintura, é que
12
no primeiro não há mistura de cores
antes da aplicação, essas são utilizadas
puras13, enquanto na pintura as cores são
misturadas para dar origem a outras novas.
Existem várias técnicas de desenho, e a
escolha dos materiais utilizados está
relacionada14 com a mesma. O desenho
existe desde a Pré-História, como forma de
manifestação15 estética e linguagem
expressiva16, porém obteve status de arte
durante a Idade Média. O desenho
17
possibilitou o estudo da figura humana.
Desde o final do século XIX, os desenhos
eram bastante utilizados em
18
publicidade . As possibilidades técnicas
da arte do desenho foram ampliadas nas
19
últimas décadas do século XX, com o
computador20.
95 – CAÇA-PALAVRA: O HIP HOP – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

O HIP HOP:
O Hip Hop1 é uma cultura popular que surgiu entre as
comunidades2 afro-americanas do subúrbio de Nova
3
York na década de 1970. A música é a principal
manifestação artística do hip hop, que também tem na
dança4 e no grafite5 forte representação. Dos
6
Estados Unidos , a cultura hip hop se espalhou pelo
mundo. No Brasil, a cidade de São Paulo é aquela com
maior número de adeptos e com uma relevante
produção7 artística. Embora existam algumas
traduções da expressão hip hop como balançar dos
8
quadris, neste caso o vocábulo hip em inglês tem a
conotação de "o que está na moda, acontecendo neste
momento", e hop seria um movimento de dança. E ainda
9
de acordo com registros norte-americanos, o termo
10
hip hop é na verdade o som da cadência da marcha
dos soldados, que foi comparado ao ritmo dos MCs no
11
palco, ao lado dos DJS, ao proferir o rap . O hip hop
teria sido registrado pela primeira vez em 1979, na
gravação12 da música "Rapper’s Delight", do grupo
Sugarhill Gang. Mas a expressão hip hop não tem uma
13
única fonte e diversas figuras tenham alegado a sua
criação, como o DJ Lovebug Starski, Afrika Bambaataa,
Keith ‘Cowboy’ Wiggins e Grandmaster Flash. Com a sua
14
origem nas periferias de Nova York, o hip hop
americano15 acabou se tornando a expressão mais
famosa16 em termos musicais. O hip hop gospel é um
17
dos estilos provenientes desta cultura de rua, com
18
forte perpetuação entre os jovens evangélicos de
19
periferia. As letras das músicas do hip hop gospel
discutem20 a realidade social, mas sempre com uma
lição e mensagem de fé.
96 – CAÇA-PALAVRA: A TATUAGEM – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A TATUAGEM:
1
Tudo indica que a prática de marcar o corpo é tão antiga
quanto a própria humanidade. Mas, como é impossível encontrar
2
corpos de eras tão remotas com a pele preservada, temos de
nos basear em amostras mais recentes. É o caso de múmias
egípcias do sexo feminino, como a de Amunet, que teria vivido
entre 2160 e 1994 a.C. e apresenta traços e pontos inscritos na
3
região abdominal – indício de que a tatuagem , no Egito
Antigo, poderia ter relação com cultos à fertilidade. Um registro
bem mais antigo foi detectado no famoso Homem do Gelo,
múmia4 com cerca de 5 300 anos descoberta em 1991, nos
Alpes. As linhas azuis em seu corpo podem ser o mais antigo
5
vestígio de tatuagem já encontrado – ou, então, cicatrizes de
algum tratamento medicinal adotado pelos povos da Idade da
6
Pedra. Mesmo com tantas incertezas , os estudiosos
7
concordam que, já nos primórdios da humanidade, a
tatuagem deve ter surgido na busca de tentar preservar a
pintura8 do corpo. “Um dos objetivos seria permitir ao
indivíduo9 registrar sua própria história, carregando-a na pele
10
em seus constantes deslocamentos”, A prática se difundiu por
11
todos os continentes , com diferentes finalidades: rituais
religiosos , identificação13 de grupos sociais, marcação de
12

prisioneiros e escravos (como a tatuagem era usada pelo Império


14 15
Romano), ornamentação e até mesmo camuflagem .
No Ocidente, a técnica caiu em desuso com o cristianismo, que a
proibiu – afinal, está escrito no Levítico, livro do Antigo
Testamento: “Não façais incisões no corpo por causa de um
16
defunto e não façais tatuagem”. A tradição só foi
redescoberta em 1769, quando o navegador17 inglês James
18
Cook realizou sua expedição à Polinésia e registrou o
19
costume em seu diário de bordo: “Homens e mulheres
20
pintam seus corpos”. Na língua deles, chamam isso de tatau .
97 – CAÇA-PALAVRA: A ARQUITETURA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARQUITETURA:
1 2
A Arquitetura é a arte e técnica de projetar uma
3
edificação ou um ambiente de uma construção . É o
processo artístico e técnico que envolve a elaboração de
espaços organizados e criativos para abrigar diferentes
tipos de atividades humanas. A arquitetura é a
disposição das partes ou dos elementos que compõem
os edifícios ou os espaços urbanos em geral. Essa arte é
4 5
composta pelo conjunto dos princípios , normas ,
técnicas6 7
e materiais utilizados pelo arquiteto,
para criar um espaço arquitetônico. O arquiteto é o
profissional8 legalmente habilitado para o exercício
da arquitetura. Etimologicamente, a palavra arquitetura
se originou a partir do grego arkhitekton, junção dos
termos arkhé ("principal") e tékhton ("construtor" ou
"construção"). No entanto, antes de chegar à Língua
Portuguesa a palavra foi absorvida pelo latim,
9
architectus. Cada civilização, em diferentes épocas
da história, construiu projetos arquitetônicos com base
10
em elementos próprios. A inspiração para essas
11
particularidades está na cultura , tradição e modo de
sociedades12. Os desenhos de
vida das respectivas
caráter industrial13 tinham formas simples,
geométricas e, ao contrário da arquitetura clássica, com
14
pouca (ou nenhuma) ornamentação. A prioridade
15
estava na funcionalidade dos edifícios, ou seja, o
modo como estes podiam ser integrados na vida
urbana16 e no cotidiano das pessoas. Também foi com
os avanços trazidos durante a arquitetura moderna que
foram construídos os primeiros arranha-céus no
mundo17.Este tipo de construção é, sem dúvida18 ,
19 20
um dos maiores marcos desse estilo
arquitetônico.
98 – CAÇA-PALAVRA: A IMPORTÂNCIA DA ARTE – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A IMPORTÂNCIA DA ARTE:
A arte1 nos dá um entendimento de mundo mais
2
amplo, ela é um meio de comunicação entre as
pessoas e os povos, ela nos dá subsídios para
3
compreender melhor a vida e nos proporciona a
4
união da nossa racionalidade com a nossa emoção
5
e a nossa atividade corporal do divino. Conhecer a
arte que é praticada pela nossa sociedade, ou pelo grupo
6
cultural a que pertencemos é fundamental para
construirmos a nossa própria identidade, contudo o
contato com outras artes de outros grupos culturais nos
7
proporciona o aprendizado e um melhor
convívio8 com pessoas o que amplia a nossa visão de
mundo. O artista consegue ver aquilo que as outras
pessoas não vêem, ele cria o que está além do nosso
cotidiano9, torna intensa a nossa sensibilidade e
ainda tem a capacidade de promover uma visão crítica
sobre um determinado tema, ou até mesmo propor uma
reflexão10, seja com uma pintura, uma música, um
poema ou um livro. Cada manifestação artística
11
proporciona tendo uma identidade , e até mesmo,
uma linguagem própria, mas todas nos levam a uma
12
coerência na qual a arte é sempre inspirada pelos
sentimentos, pelas emoções e opiniões do artista. O
13
artista usa a arte como uma maneira de expressar
os enigmas da vida e os verdadeiros14 sentimentos.
15
“A importância da arte na vida das pessoas” dá-se
16
principalmente pelo fato de abrir a nossa mente e
17
de fazer fluir o nosso pensamento , assim como
18
têm uma grande importância social por integrar
19
diversas pessoas com personalidades e
20
características físicas diferentes dentro de um meio .
99 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE COMO EXPRESSÃO – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE COMO EXPRESSÃO:


Dentre os inúmeros meios e formas de
1
expressões corporais e intelectuais que
podemos nos utilizar para expressarmos os nossos
pensamentos2, as nossas emoções3, as
4
nossas críticas construtivas e até mesmo, os
nossos sonhos ou devaneios, encontra-se a arte. É
5 6
na arte da música , na arte da poesia , na arte
daliteratura7, da pintura8, da dança9 ou do
teatro10 (principalmente) que milhares de
pessoas em todo o mundo encontram o seu espaço
para se expressarem e manifestarem de forma
positiva11, os seus sonhos, projetos e obras
pessoais. Um poeta transforma em poesia os seus
pensamentos e opiniões sobre tudo o que achar
que seja um bom tema. O músico transforma em
12
canções as suas composições . O pintor
transforma13 em gravuras as suas
imaginações14. O ator representa as mais
diversas expressões artísticas do teatro da vida e o
dançarino representa na dança os mais belos e sutis
movimentos da arte. Afinal, todos somos capazes
15
de representar, dançar, pintar, escrever um
livro ou uma poesia e até mesmo pintar uma
16
gravura, mas ninguém será tão autêntico
quanto àqueles que já nascem com esse dom. Por
isso, o incentivo às pessoas que querem
desenvolver uma dessas formas de expressão, é de
fundamental17 importância para os seus
intelectos18, pois ao saberem que estão sendo
notadas através de suas artes, todas se sentirão
19
importantes para si mesmas e continuarão sem
20
parar a busca por suas identidades artísticas.
100 – CAÇA-PALAVRA: A ARTE E A VIDA – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin]

A ARTE E A VIDA:
1 2
A arte baseia-se na vida , porém não como matéria, mas
como forma. Sendo a arte um produto direto do
pensamento3, é do pensamento que se serve como matéria;
a forma vai buscá-la à vida. A obra de arte é um pensamento
4
tornado vida: um desejo realizado de si mesmo. Como
5
realizado tem que usar a forma da vida, que é essencialmente
6
a realização; como realizado em si mesmo tem que tirar de si
a matéria em que realiza. É mais do que natural se ouvir falar em
7
arte na vida das pessoas , a vida em sua existência
humana8 já é a própria arte da criação divina no amor infinito
de Deus, afinal são vários os movimentos artísticos na vida, a
9
música, cinema, teatro, literatura, pintura, artesanato , artes
plásticas10, enfim… Inúmeras manifestações que poderia citar
11
aqui, que representam aquilo que uns chamam de dom,
mas que eu prefiro denominar de aprendizado em sua própria
12
experiência de vida. A arte nos dá um entendimento de
mundo mais amplo, ela é um meio de comunicação entre as
pessoas e os povos, ela nos dá subsídios para
compreender13 melhor a vida e nos proporciona a união da
nossa racionalidade com a nossa emoção e a nossa atividade
corporal do divino. Conhecer a arte que é praticada pela nossa
14 15
sociedade, ou pelo grupo cultural a que pertencemos
é fundamental para construirmos a nossa própria identidade,
contudo o contato com outras artes de outros grupos culturais
16 17
nos proporciona o aprendizado e um melhor convívio
com pessoas o que amplia a nossa visão de mundo. O artista
consegue ver aquilo que as outras pessoas não veem, ele cria o
que está além do nosso cotidiano, torna intensa a nossa
18
sensibilidade e ainda tem a capacidade de promover uma
determinado19 tema, ou até mesmo
visão crítica sobre um
propor uma reflexão20, seja com uma pintura, uma música,
um poema ou um livro.
SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 1/13
01 – ARTE RUPESTRE: 02 – ARTE MESOPOTÂMICA: 03 – ARTE EGÍPCIA: 04 – ARTE GREGA:

05 – ARTE ROMANA: 06 – ARTE CRISTÃ PRIMITIVA: 07 – ARTE BIZANTINA: 08 – ARTE ROMÂNICA:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 2/13
09 – ARTE GÓTICA: 10 – RENASCIMENTO ITALIANO: 11 – BARROCO ITALIANO: 12 – BARROCO NO BRASIL:

13 – O ROCOCÓ: 14 – O ROCOCÓ NO BRASIL: 15 – A ARTE NEOCLÁSSICA: 16 – A ARTE NEOCLÁSSICA NO BRASIL:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 3/13
17 – ARTE NOUVEAU: 18 – A ARTE NOUVEAU NO BRASIL: 19 – A ARTE DÉCO: 20 – O REALISMO:

21 – IMPRESSIONISMO: 22 – O IMPRESSIONISMO NO BRASIL: 23 – O PÓS-IMPRESSIONISMO: 24 – O FAUVISMO:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 4/13
25 – O FAUVISMO NO BRASIL: 26 – O EXPRESSIONISMO: 27 – O EXPRESSIONISMO NO BRASIL: 28 – O CUBISMO:

29 – O CUBISMO NO BRASIL: 30 – O ABSTRACIONISMO: 31 – O ABSTRACIONISMO NO BRASIL: 32 - O DADAÍSMO:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 5/13
33 – O DADAÍSMO NO BRASIL: 34 – O SURREALISMO: 35 – O SURREALISMO NO BRASIL: 36 – A OP ART:

37 – A OP ART NO BRASIL: 38 – A POP ART: 39 – A POP ART NO BRASIL: 40 – A ARTE CONCEITUAL:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 6/13
41 – A ARTE CONCEITUAL NO BRASIL: 42 – A ARTE POVERA: 43 – O MINIMALISMO: 44 – O HIPER-REALISMO:

45 – A LAND ART: 46 – A STREET ART: 47 – A ARTE URBANA NO BRASIL: 48 – A ARTE CONTEMPORÂNEA:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 7/13
49 – A ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL: 50 – A ARTE DIGITAL: 51 – O CINEMA: 52 – A FOTOGRAFIA:

53 – A MÚSICA: 54 – A ARTE AFRICANA: 55 – A TOY ART: 56 – PERFORMANCE:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 8/13
57 – HISTÓRIA EM QUADRINHOS: 58 – A TEORIA DA COR: 59 – A ARTE INDÍGENA: 60 – O RÁDIO:

61 – A DANÇA: 62 – O BALÉ: 63 – A DANÇA CONTEMPORÂNEA: 64 – O SIMBOLISMO:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 9/13
65 – O PRIMITIVISMO: 66 – O FUTURISMO: 67 – A ARTE NAIF: 68 – A BODY ART:

69 – O MODERNISMO NO BRASIL: 70 – O MOVIMENTO ARMORIAL: 71 – O MURALISMO MEXICANO: 72 – O EXPRESSIONISMO ABSTRATO:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 10/13
73 – O TROPICALISMO: 74 – A VANGUARDA RUSSA: 75 – O SUPREMATISMO: 76 – O CONSTRUTIVISMO:

77 – A BOSSA NOVA: 78 – ASSEMBLAGE: 79 – A JUNK ART: 80 – O NEOEXPRESSIONISMO:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 11/13
81 – A ARTE ABORÍGENE: 82 – A ARTE DA CHINA: 83 – A VÍDEO ARTE: 84 – A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA:

85 – O MANEIRISMO: 86 – A ARTE AFRO-BRASILEIRA: 87 – NEOPLASTICISMO: 88 – A POESIA CONCRETA:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 12/13
89 – O CORPO NA DANÇA: 90 – O TEATRO: 91 – A ESCULTURA: 92 – A GRAVURA:

93 – A PINTURA: 94 – O DESENHO: 95 – O HIP HOP: 96 – A TATUAGEM:


SOLUÇÕES – Apostila Praticar a Arte – Volume 14. [Coleção Praticar a Arte – Professor Fabrício Secchin] - PÁGINA 13/13
97 – A ARQUITETURA: 98 – A IMPORTÂNCIA DA ARTE: 99 – A ARTE COMO EXPRESSÃO: 100 – A ARTE E A VIDA:

ANOTAÇÕES DO PROFESSOR:
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