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Profª Gilmara Diógenes

Agrupamento dos livros


• Depois do ministério de
Malaquias, não houve
profetas em Israel por quase
400 anos, até João, o Batista.
• Este período é chamado
“Período Interbíblico” ou
“Intertestamentário”,
justamente por situar-se
entre as duas grandes
divisões da Bíblia.
• Este período é também
chamado “Os anos de
Silêncio” por não haver
revelação profética.
Contexto
histórico-
político-
geográfico e
religioso da
palestina no
início da era
O AMBIENTE DO NT cristã
A NAÇÃO E A ÉPOCA
Período
Interbíblico
_________
400 anos de
silêncio
profético
O AMBIENTE DO NT
O mundo do Novo Testamento é muito
diferente do AT.

As mudanças que ocorreram no decurso


de quatro séculos afetaram todas as
áreas da vida.

Muitas dessas mudanças têm correlação


entre si.
Mudanças políticas e Mudanças geográficas
culturais • A Palestina está dividida nas
regiões da Judéia, Galiléia e
• Os romanos agora Samaria; no lado oriental do
dominam a Palestina, rio Jordão estão Peréia -
em vez dos persas. Galaditis, Gaulonites
Auranites, Batanéia,
• Agora são o Inturéia, agilena e
pensamento e a Decápolis. Além disso,
cultura dos gregos passaram a existir
MUDANÇAS (helenismo) que comunidades judaicas (algu-
ameaçam desviar o mas de tamanho
povo de Deus, em vez considerável) em algumas
das principais cidades do
dos deuses dos Império Romano, tendo cada
cananeus como Baal e comunidade as suas
Moloque. sinagogas.
• Essas comunidades são
chamadas coletivamente
Diáspora ou Dispersão.
Mudanças religiosas
• Partidos religiosos: Os partidos dos fariseus
e dos saduceus (bem como os partidos
políticos dos zelotes e dos herodianos) não
existiam no Antigo Testamento.
• Funcionários religiosos: Mestres da lei
(“escribas”) e rabinos (professores)
desempenham um papel de importância. Os
principais sacerdotes, como um grupo com
MUDANÇAS identidade própria, não se acham no AT.
• Instituições religiosas: O Templo e toda a
respectiva área foram transformados,
tomando-se por base a estrutura modesta
construída pelos judeus que regressaram do
exílio na Babilônia, em um complexo
magnífico. Além disso, cada cidade agora
tem uma sinagoga, um lugar para prestar
culto e para estudar a Palavra de Deus.
Idioma e escritos
• O idioma comum na Palestina já
não é o hebraico, mas o aramaico.
O idioma do comércio e das
comunicações em todo o Império
Romano é o grego.
• Essas mudanças de idioma exigiram
MUDANÇAS traduções da Bíblia hebraica (nosso
Antigo Testamento): a Septuaginta,
uma tradução para o grego, e os
targuns, paráfrases em aramaico.

A seguir, um detalhamento dessas


mudanças:
MUDANÇAS POLÍTICAS

NOVO TESTAMENTO
DIVISÃO DO REINO 931 a. C..
Reino
Saul unido, reino
dividido e
cativeiros
605/597.
Zorobabel um príncipe da
linhagem real de Davi, conduziu
a primeira volta em 536 a.C.

Uma segunda volta ocorreu sob


Esdras, em 485 a.C.
RETORNOS
Uma terceira foi liderada por
Neemias, em 445 a.C.
Retorno
do
cativeiro
CABEÇA
DE OURO
QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS
___________

1. O período persa, 430-332 a.C.


• A história do Antigo Testamento termina por volta de 430 a.C., com o
profeta Malaquias. (História - Neemias)
• Os babilônios, que tinham destruído Jerusalém em 587 a.C. (605, 597)
a.C, foram conquistados pelos medos e persas.
• O rei persa, Ciro, permitiu que os judeus regressassem a Jerusalém em
536 a.C. Sob a liderança de Zorobabel, Esdras e Neemias, o Templo e os
muros da cidade foram reconstruídos.
• Portanto, no fim do Antigo Testamento, Judá era uma província persa.
• Não se sabe muita coisa a respeito da história judaica nesse período —
somente que o domínio persa foi, na maior parte, brando e tolerante.
QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS
___________
2. O período grego, 331-167 a.C.

• Os primórdios da história da Grécia estão envoltos em mitos.


• Acredita-se que tiveram início por volta do século XII a.C., a época do livro
dos Juízes.
• O início da história da Grécia geralmente tem sido contado a partir da
primeira Olimpíada, em 776 a.C.
• Alexandre, o Grande, era filho do rei Filipe da Macedônia, no norte da
Grécia. Em 336 a.C., aos 20 anos de idade, assumiu o comando do
exército grego e avançou contra os países que tinham estado sob o
domínio do Egito, da Assíria, da Babilônia e da Pérsia.
• Já em 331 a.C., o mundo inteiro jazia a seus pés.
Quando Alexandre invadiu a Palestina em 332
a.C., tratou os judeus com consideração, poupou
Jerusalém e lhes ofereceu incentivos para se
estabelecerem em Alexandria, no Egito.
Fundou cidades gregas em todos os domínios
que conquistou, com o intuito de disseminar a
cultura e o idioma gregos em todas as partes do
mundo.
Depois de um breve reinado, morreu em 323
a.C., aos 33 anos de idade.

Seu império não perdurou, mas o seu sonho,


sim: o idioma e a cultura gregos (o helenismo)
dominariam o mundo por muitos séculos.
QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS
___________
Sob o domínio egípcio (os ptolomeus)
• Depois da morte de Alexandre, o Grande, seu império foi dividido entre quatro
de seus generais. (Os Diádocos – gr. Sucessores)
• A Síria foi destinada a Selêuco (que passou a ser o primeiro da dinastia
selêucida), e o Egito, a Ptolomeu (o primeiro dos ptolomeus).
• A Palestina ficava entre a Síria e o Egito, os dois segmentos orientais do
império.
• A Palestina foi dominada primeiramente pelo Egito (PTOLOMEUS) depois pela
Siria (SELÊUCIDAS).
• Sob o governo dos Ptolomeus que durou 122, a condição dos judeus foi em
geral pacífica.
• Nesse período, Alexandria, no Egito, veio a ser um centro influente do
judaísmo. (Tradução da LXX – Ptolomeu Filadelfo em 285-246 a. C.)
QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS
___________
Sob o domínio sírio (os selêucidas)

• O rei Antíoco III, o Grande, da Síria, conquistou a Palestina, em 198 a.C.,


depois de sucessivas tentativas, quer por alianças matrimoniais, quer por
invasão.
• Entre os judeus surgiram dois partidos: Casa de Onias (pró-Egito) e a casa
de Tobias (pró-Síria)
• Inicialmente, os selêucidas foram tolerantes com os judeus, mas essa
situação não tardou a se alterar.
• Antíoco IV - Epifânio (175-163 a.C. – Filho de Antíoco III) ficou frustrado
porque os judeus se recusaram a abrir mão de sua religião e de sua
identidade. Passou a ser violentamente rancoroso contra eles e decidiu
exterminar os judeus e sua religião.
• Devastou Jerusalém (168 a.C.) e profanou o
Templo ao sacrificar no altar um porco (animal
cerimonialmente impuro segundo a Lei de
Moisés).
• Em seguida, levantou um altar a Zeus — o
principal deus dos gregos, chamado Júpiter pelos
romanos,
Antíoco IV • proibiu o culto no Templo, proibiu a circuncisão
sob pena de morte, vendeu milhares de famílias
Epifânio (175- judaicas à escravidão,
• destruiu todos os exemplares das Escrituras que
164 a.C.) pudessem ser achados, trucidou qualquer pessoa
que fosse descoberta na posse das Escrituras e
recorreu a todas as torturas concebíveis a fim de
forçar os judeus a renunciarem sua religião.
• Essa situação deu ocasião a uma das façanhas
mais heróicas da história — a revolta dos
macabeus.
Israel sob a dinastia Hasmoneana
(167-63 a.C.)
QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS
_______________________________
Um século de independência (o período macabeu, 167-63 a.C.)

• Esse período é chamado macabeu ou asmoneu. Matatias, sacerdote de


intenso patriotismo e de coragem ilimitada, ficou enfurecido com a tentativa
feita por Antíoco Epifânio no sentido de destruir os judeus e sua religião.
Reuniu um grupo de judeus leais e levantou o estandarte da revolta.
• Teve cinco filhos heróicos e guerreiros: Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar.
• Matatias morreu em 166 a.C., sendo sucedido por seu filho Judas, um
guerreiro de notável gênio militar. Capturou Jerusalém em 166 a.C. (167?) e
purificou e rededicou o Templo.
• Essa foi a origem de Hãnuká, que significa Festa da Dedicação (também
chamada Festa das Luzes).
Judas uniu em si mesmo a autoridade sacerdotal e
civil, e assim estabeleceu a linhagem dos
governantes sacerdotais asmoneus que, durante os
100 anos que se seguiram, governaram a Judéia
independente.

Foram eles: Matatias (167-166 a.C.); Judas, seu filho


O período (166-161); Jônatas, irmão de Judas (161-144); Simão,
macabeu, 167- irmão de Jônatas (144-135); João Hircano (135-106),
filho de Jônatas; e Aristóbulo e seus filhos (106-63),
63 a.C.) que foram indignos do nome dos macabeus.

Somente em 142 a.C., a astuta política diplomática


de Simão foi recompensada com independência
política completa.
Período Macabeu
Lista dos sacerdotes-
governantes hasmoneanos
Matatias - 167-166 a.C.
Judas - 166-161 a.C.
Jônatas - 161-143 a.C.
Simão 143-135 a.C.
João Hircano I (filho de Jônatas) 135-104
a.C.
Aristóbulo I /Alexandre Janeu e Alexandra
Salomé: FILHOS: Aristóbulo II e Hircano II
104-63 a.C.
• Com a morte da rainha Alexandra Salomé, em
69 a.C., tanto o poder político como o
religioso passaram para as mãos de um filho
muito brando, João Hircano II.
• Seu irmão, Aristóbulo II, era muito ambicioso.
• Hircano foi persuadido a desistir do trono,
O PERÍODO mas reteve o ofício de sumo sacerdote.
• Aristóbulo logo cobiçou essa posição
MACABEU também.
167-63 a.C. • Antípater, um idumeu e conselheiro de
Hircano, viu uma oportunidade de jogar um
irmão contra o outro.
• Tomando o partido do irmão mais fraco, ele
persuadiu Hircano que sua vida estava em
perigo, e, assim, foi feito apelo a Pompeu,
general romano.
Datas Rei/Líder Descrição
167 a 160 AEC Judas Macabeu Líder dos Macabeus, filho de Matatias

161 a 143 AEC Jónatas Macabeu Líder dos Macabeus e sumo-sacerdote, filho de Matatias

142 a 135 AEC Simão Macabeu Príncipe dos judeus e sumo-sacerdote, filho de Matatias

134 a 104 AEC João Hircano I Rei e sumo-sacerdote, filho de Simão Macabeu

104 a 103 AEC Aristóbulo I Rei e sumo-sacerdote, filho de João Hircano

103 a 76 AEC Alexandre Janeu Rei e sumo-sacerdote, filho de João Hircano

76 a 67 AEC Salomé Alexandra Rainha, mulher de Alexandre Janeu; o sumo-sacerdote era o seu
filho Hircano II

67 a 63 AEC Hircano II e Aristóbolo Filhos de Alexandre Janeu. Conflitos entre estes ditaram o fim da
II dinastia.
Primeiro: Judas

Último: Antígono
• Em 63 a.C., Pompeu entrou em
Jerusalém e decidiu em favor de
Hircano.
• Contudo, a Judéia ficou sob o controle
romano, e Antípater foi designado
PERÍODO procurador, e Hircano, como sumo
ROMANO sacerdote.
• Antípater designou seu filho Fasael,
__________ governador da Judéia, e seu filho
Herodes, governador da Galiléia
• Após a morte de Antípater e Fasael,
Herodes recebeu de Antônio e Otávio,
em 40 a.C., o título de "Rei dos
Judeus".
QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS
______________________________
O período romano (63 a.C.-636 d.C.)
• Antípater então foi sucedido pelo seu filho, Herodes, o Grande, que foi rei
da Judéia de 37 a 4 a.C.
• Herodes era um político astuto que conseguiu conquistar o favor dos
judeus.
• Um dos meios que empregou para isso foi reconstruir e expandir o
Templo com beleza espetacular.
• Era, porém, brutal e cruel. Mandou matar a primeira esposa, Mariana, e
também, posteriormente, três de seus próprios filhos.
• Esse é o Herodes que governava a Judéia quando Jesus nasceu, e foi ele
quem mandou matar os meninos de Belém.
• Com a morte de Herodes o governo passou para seus filhos.
• Arquelau (4 a.C. – 6 d.C.) – Judéia, Samaria e Iduméia.
No ano 6 d.C., os romanos o depuseram e nomearam
procuradores para o governo de Judéia. Pôncio
Pilatos, foi nomeado governador no ano 26 d.C., foi
A VIDA ele quem ordenou a crucificação de Jesus em 30 d.C..
POLÍTICA – • Herodes Felipe (4 a.C. – 34 d.C.) – Em Ituréia,
Traconites, Gaulanites, Auranites e Batanéia.
HERODES • Herodes Antipas (4 a.C. – 39 d.C.) – Em Galileia e
Peréia. Mandou matar a João Batista, no ano 28 d.C.,
atendendo ao pedido de sua afilhada (Mt. 14:3-12).
Jesus foi julgado por ele (Lc. 23:7-12).
DINASTIA DE
HERODES

Procuradores:
Pilatos e outros
OS GOVERNANTES DA FAMÍLIA DOS HERODES
GOVERNANTE VÍNCULO FAMILIAR ÁREA DE DATAS REFERÊNCIAS
RESPONSABILIDADE BÍBLICAS

Herodes I (o Grande) Filho de Antípatro Rei da Judéia 37—4 a.C. Mt 2:1-22; Lc 1:5

Herodes Arquelau Filho mais velho de Herodes, Etnarca da Judéia, 4 a.C.—6 d.C. Mt 2:22
o Grande Samaria e Iduméia

Herodes Filipe Filho de Herodes, o Grande com Tetrarca da Ituréia e 4 a.C.—34 d.C. Lc 3:1
Cleópatra de Jerusalém
de Traconites

Herodes Antipas Filho mais novo de Herodes, Tetrarca da Galiléia e 4 a.C.—39 d.C. Mt 14:1-11; Mc 6:14-29;
o Grande. Segundo marido Peréia Lc 3:1, 19; 13:31-33;
de Herodias. 23:7-12

Herodes Agripa I Neto de Herodes, o Grande Rei da Judéia 37—44 d.C. At 12


Herodes Agripa II Bisneto de Herodes, o Tetrarca e rei de 44—100 d.C. At 25:13—26:32
Grande Cálcis (rei a partir de 48)
DINASTIA DE
HERODES
LISTAS DOS GOVERNADORES ROMANOS DA JUDÉIA

Do banimento de Arquelau, 6 D.C. à Destruição de Jerusalém,


70 D.C.

6 - Copónio 44 - Cuspius Fados


10 - M. Ambívio
46 - Tibério Alexandre
13 - Anio Rufo
15 - Valério Grato 48 - Ventídio Cumano
26 - PONCIO PILATOS 52 - M. Antônio FÊLIX
36 - Marcelo 59 - Pórcio FESTO
38 – Marilo
(De 41 a 44 D.C., Herodes Agripa I governou
61 - Albino
como rei da Judéia e da Palestina toda) 65 - Géssio Floro
ROMA • Civilização romana nos tempos bíblicos: império
Política
romana:
República
Política
Política
romana:
romana
República

Primeiro Imperador
IMPERADORES

Destacamos os seguintes
imperadores romanos que
estiveram relacionados com
os fatos bíblicos:
Otávio Augusto – 27 a.D. a 14 d.C – Nascimento de Jesus
Tibério (14-37 d.C.) – Durante seu governo Jesus desenvolveu seu
ministério, morreu e ressuscitou.
Calígula (37-41 d.C.) – Estabeleceu o culto ao imperador.
Império Romano – Claudio (41-54 d.C.) – Áquila e Priscila foram expulsos de Roma
Sucederam no trono juntamente com os judeus.

romano, na época Nero (54-68 d.C.) – Perseguiu os cristãos, incendiou Roma e os


culpou. Pedro e Paulo foram martirizados.
de Jesus e da igreja Anos de Crises (68-69 d.C.) – Governaram Galba, Oto e Vitélio.
primitiva, os Vespasiano (69-79 d.C.) – Sob seu governo, o General Tito, seu
seguintes filho, massacrou a revolta dos judeus que culminou com a
destruição de Jerusalém em 70 d.C..
imperadores:
Tito (79-81 d.C.) – Foi quem massacrou uma grande revolta de
judeus e destruiu o templo de Jerusalém em 70 d.C..
Domiciano (81-96 d.C.) – O apóstolo João foi desterrado para a ilha
de Patmos, no Mediterrâneo, onde escreveu o Apocalipse e,
provavelmente, seu Evangelho (95 d.C.).
• A pax romana foi um período assim denominado
pela tomada de controle sobre um amplo
território, garantindo certa estabilidade e
tranquilidade.
• O termo é da língua latina, e significa a paz
romana. PAX
• O período assim chamado teve uma duração ROMANA
considerável, desde 27 a.C. a 180 d.C.
• O início da Pax Romana se deu durante o governo
de Augusto, o primeiro imperador romano.
• E justamente o início do Império Romano que foi
definido para este período de paz.
Depois da construção da capital Constantinopla se
deu a divisão do império

CONSTATINOPLA
ROMA
Roma Constantinopla
MUDANÇAS
GEOGRÁFICAS
NOVO TESTAMENTO
• A Palestina no fim do período do AT era
uma província persa.
• No tempo de Cristo, a terra da Palestina
era dividida em três regiões ou províncias:

Mudanças a Galileia ao norte, Samaria no centro e a


Judéia e Induméa ao sul. A leste do rio

geográficas
Jordão estavam Peréia, ao norte Galaditis,
Gaulonites, Auranites, Batanéia, Inturéia,
Agilena e Decápolis.
• A história desempenhou um papel de
grande importância na maneira como os
habitantes dessas regiões se consideravam
mutuamente.
ADMINISTRAÇÃO ROMANA

Augusto César
estabeleceu o sistema
provincial para impedir Existiam dois tipos de
que os procônsules províncias: senatoriais e
administrassem imperiais
territórios estrangeiros e
se engrandecessem
• As Senatoriais - governadas pelos procôncules que eram designados pelo senado para
governa-las geralmente por um período de um ano, junto a eles estavam os
procuradores (designados pelo imperador)
• As Imperiais – governadas pelos propretores nomeados pelo imperador.
PALESTINA
NO NT
______
A Palestina: A Galileia
• A Galileia era uma região de aproximadamente 80 por 48
km; fértil, atravessada por importantes rotas comerciais.
• Quando o reino de Davi e Salomão foi dividido, o Reino do
Norte, que se separou, consistia num território
aproximadamente equivalente ao que o NT chama
Galileia e Samaria.
• Quando o Reino do Norte foi conquistado pelos assírios
em 722 a.C., a população foi deportada para a Assíria e,
no seu lugar, imigrantes pagãos foram trazidos para
colonizar a região.
• É por isso que a região é mencionada como ―Galileia dos
gentios (Is 9:1; Mt 4:15).
A Palestina: Samaria
• Samaria era um pouco menor que a Galileia.
• A cidade de Samaria foi destruída pelos assírios em 722
a.C., e seus habitantes foram deportados.
• Nos dias de Jesus, a população de Samaria, assim como a
da Galileia, consistia numa mistura de israelitas que, de
alguma maneira, tinham conseguido evitar a deportação
e de novos imigrantes de origem não israelita.
• Os samaritanos desenvolveram um tipo próprio de
adoração a Iavé, baseado exclusivamente nos cinco livros
de Moisés, e construíram um templo no monte Gerizim.
(Ainda hoje existem samaritanos que celebram a Páscoa
no monte Gerizim, perto das ruínas de seu templo.)
• Quando os judeus regressaram sob a liderança
de Esdras e Neemias, os samaritanos queriam
participar da reconstrução do Templo, mas foram
repudiados.
A Palestina: • Aproximadamente naquela mesma época, um
Samaria grupo de dissidentes judeus partiram de
Jerusalém e foram residir em Samaria. Tudo isso
levou a um rompimento religioso e político
permanente entre os judeus e os samaritanos.
• Os judeus evitavam viajar através de Samaria a
não ser que não houvesse outra saída, e é fácil
subestimar quão extraordinária foi a viagem de
Jesus ao passar por Samaria (Jo 4:1-42) e quão
fortes foram as emoções conflitantes geradas
pela parábola do Bom Samaritano (Lc 10:30-37).
A Palestina: Judéia
• A Judéia equivalia, aproximadamente, ao
território do antigo reino de Judá (Judéia é a
forma latinizada de Judá).
• Tinha cerca de 88 por 88 km de área, embora as
fronteiras nunca tenham sido fixadas com
precisão.
• Depois da morte de Herodes, seu filho Arquelau
passou a ser o governante, mas foi banido pelos
romanos, que anexaram a Judéia à província da
Síria.
• A Judéia ficou debaixo do domínio direto de
Roma até 37 d.C., quando Herodes Agripa I
tornou-se o rei da Judéia.
A Palestina: Decápolis
• Decápolis (literalmente, ―dez cidades) era um
grupo de dez cidades fundadas pelos gregos em
consequência das conquistas de Alexandre, o
Grande.
• Desfrutavam de considerável independência sob
a proteção de Roma. Regida por diferentes
governadores, pela Síria e Felipe.
• Perto de Gadara, uma das referidas cidades, Jesus
permitiu que os demônios passassem para uma
manada de porcos (Mc 5:1-20).
• Jesus passou a desfrutar de popularidade em
Decápolis (Mt 4:24-25; Mc 7:31-37).
A Palestina: A Peréia
• A Peréia era o pequeno território a leste do rio
Jordão, oposto a Samaria e à Judéia.
• Sua população era basicamente judaica.
• Nos evangelhos, nunca é mencionada
nominalmente, mas é referida como a terra
―além do Jordão (cf. Mt 4:15,25; 19:1; Mc 3:78).
• João batizava em Betânia, ―do outro lado do
Jordão (Jo 1:28).
• Jesus ministrou muitos de seus ensinos na Peréia,
e foi a partir dali que fez a última viagem para
Jerusalém
A Palestina:Galaditis,
Gaulonites, Auranites, Batanéia,
Inturéia e Agilena

• Filipe, o tetrarca, também foi filho de Herodes, o


Grande, com sua quinta mulher, Cleópatra de
Jerusalém.
• Ele governou a tetrarquia de Gaulanite, Traconite,
Auranite, Batanéia e Ituréia (Lc 3:1). Foi nomeado
por Augusto e governou durante 37 anos.
• Segundo Josefo, ele exerceu um governo
moderado e justo, ganhando o reconhecimento de
seus súditos por sua benevolência, e também se
distinguindo do restante de seus parentes.
• Ele foi o primeiro governante judeu a imprimir as
efígies de imperadores romanos em suas moedas.
IMPÉRIO ROMANO

ÁSIA MENOR
- ÁSIA
MENOR

- MACEDÔNIA

- EUROPA
Pátimos

ILHAS
• Na sociedade pagã as camadas sociais eram
vigorosamente delineadas.
• Os aristocráticos proprietários de terras, os
contratadores do governo e outros indivíduos
viviam no luxo.
• Não existia uma classe média forte, porquanto os
escravos é que perfaziam a maior parte do CLASSES
trabalho manual SOCIAIS
• No império romano, principalmente nas cidades,
os escravos talvez fossem tão numerosos quanto
os homens livres. Era comum condenar
criminosos, endividados e prisioneiros de guerra
à servidão. (não se baseava na distinção de raça)
SOCIEDADE
ROMANA
SOCIEDADE
ROMANA
• Tem-se calculado que mais de quatro milhões
de judeus viviam no Império Romano durante
os dias do Novo Testamento, talvez 7% da
população total do mundo romano.
• 2 e 3 milhões de pessoas na Palestina
• Mas dificilmente o número de Judeus que POPULAÇÃO
viviam na Palestina atingia a setecentos mil.
JUDAICA
• Havia mais judeus em Alexandria, no Egito, do
que em Jerusalém; e mais na Síria do que na
Palestina!
• E mesmo em certas porções da Palestina (na
Galileia, onde Jesus se criou, e em Decápolis) os
gentios eram mais numerosos do que os judeus
• Entre os judeus, os cobradores de impostos
(publicanos) tornaram-se objetos de uma especial
aversão, como classe.
• Os demais judeus desprezavam a esses cobradores
de impostos, ou, mais acuradamente ainda,
cobradores de taxas, e isso devido ao seu
necessário contato com superiores gentios. COBRADORES
• Os romanos leiloavam as vagas para coletores de DE IMPOSTOS
taxas numa espécie de concorrência pública, a (publicanos)
saber, para os que aceitassem as menores taxas de
juros como comissão, em contratos de cinco anos.
• Os coletores de taxas recolhiam não somente as
taxas e suas respectivas comissões, mas também
tudo quanto pudessem embolsar ilegalmente.
• As duas deportações — primeiramente do
Reino do Norte, Israel, pelos assírios, em 722
a.C., e depois do Reino do Sul, Judá, pelos
babilônios, em 586 a.C. — tinham dispersado os
judeus. Muitos daqueles que foram levados à
A DIÁSPORA Babilônia, juntamente com seus descendentes,
não voltaram a Jerusalém com Esdras e
OU DISPERSÃO Neemias, mas optaram por ficar
• Depois, Alexandre, o Grande, induziu muitos
judeus a se mudarem para a recém-fundada
Diáspora refere-se aos cidade de Alexandria, no Egito, e a partir
judeus que residiam daquela época muitos milhares de judeus
fora da Palestina sem emigraram para países vizinhos, com propósitos
deixar a fé religiosa. de negócios e comércio.
• Na época do NT havia, provavelmente, mais
judeus morando fora da Palestina do que nela.
• Atos 2:5-12 demonstra a extensão da Diáspora.
(Jo 10:40; 11:54).
Os hebraísticos:
retinham a fé e
todos os
costumes
judaicos bem
como o idioma.

Os helenísticos:
adotaram o idioma,
Diáspora – os judeus fora estilo de vestir e
costumes gregos e
da Palestina se dividiam ao mesmo tempo
em dois grupos: se apegavam a fé
judaica.
Primeira guerra (66 a 70 d. C.) – Jerusalém
foi destruída pelo general Tito.

Duas guerras
judaicas Segunda guerra (132- 135 d. C.) –
Imperador Adriano. Judeus foram liderados
por Bar Cochba, aceito como messias.
Depois dessa guerra Jerusalém foi
reconstruída como cidade Romana e o
judeus foram proibidos de entrar.
Nota: A Diáspora nos quatro séculos antes de Cristo foi, em grande medida,
voluntária. Entretanto, depois que Jerusalém e o Templo foram destruídos pelos
romanos em 70 d.C. e os judeus perderam o direito à Palestina, a Diáspora passou a
ser um meio obrigatório de viver. Quando o Estado de Israel foi fundado em 1948,
tornou-se possível a volta de muitos judeus, mas a Diáspora continua para a vasta
maioria dos judeus, embora ela seja, de novo, voluntária.
NOVO TESTAMENTO
MUDANÇAS
RELIGIOSAS
• Alexandre, o Grande, queria fazer mais
que conquistar o mundo — queria
disseminar a língua e a cultura gregas por
toda parte. Ele foi bem-sucedido, mesmo
depois de seu império ter sido dividido e
posteriormente absorvido pelo Império
Mudanças Romano.
• O nome dessa difusão da língua, cultura e
religiosas pensamento grego é helenismo (derivado
de Hellas, o nome grego da Grécia).
• O propósito do helenismo foi, pelo menos
em parte, político: mediante a criação de
uma só cultura unificada, seria possível
governar um império que consistia em
nações e culturas numerosas e
diversificadas.
• Parte da população judaica (até mesmo muitos
dos líderes) apoiava o helenismo, ao passo que
outra parte (especialmente os cidadãos comuns)
resistia fortemente a ele.
• Um dos motivos por trás da profanação do
Templo por Antíoco Epifânio foi que ele perdeu
a paciência com a insistência dos judeus em
permanecerem diferentes e se excluírem da
cultura mais cosmopolita, de modo que resolveu
Mudanças forçar a situação, sendo que nisso subestimou
grandemente a profundidade das convicções
religiosas judaicas.
• Foi a partir dessa luta contra o helenismo, luta
que era política, bem como cultural e religiosa,
que surgiram os dois principais partidos do
judaísmo na época de Jesus: os fariseus e os
saduceus.
• Dois outros partidos são mencionados no NT: os
zelotes e os herodianos. Eram de natureza mais
política que religiosa.
Funcionários religiosos -
Mestres da Lei (escribas)
• Na Antiguidade, os escribas eram uma classe especial de pessoas
que copiavam documentos e registravam informações. Eram
secretários governamentais e copistas que produziam exemplares
manuscritos das Escrituras.
• No decorrer do tempo, tornaram-se cada vez mais influentes e
passaram a assumir posições de liderança no governo.
• Quando os habitantes de Judá foram deportados para a Babilônia,
viram-se, de repente, em circunstâncias inteiramente novas, e nem
sempre ficava claro como a Lei de Deus se aplicava a novas situações
específicas.
• Foi então que os escribas se tornaram intérpretes e mestres da Lei.
Faziam, agora, o que os profetas tinham feito antes do Exílio:
ensinavam o povo a viver como o fiel povo de Deus.
• Esdras era escriba, além de ser sacerdote, e assumiu a tarefa de
ensinar a Lei ao povo que voltara da Babilônia.
• Quando, no período helenístico, muitos dos
sacerdotes prevaricaram contra os ensinos da Lei ao
aceitar ideias e costumes pagãos, os escribas
Mestres da Lei passaram a ser os defensores da Lei e os ensinadores
das massas. Agiam, na realidade, como se fossem a
(escribas) nobreza (ver Mt 23:5-7; Mc 12:38-39; Lc 11:43;
20:46).
• No zelo de proteger a Lei, os escribas chegavam a lhe
aumentar as exigências — eles ―levantavam uma
Por exemplo: a ―jornada cerca em redor da Lei na forma de mandamentos
do sábado — uma detalhados e específicos que impediriam o povo de
distância que a pessoa até mesmo chegar perto de quebrar a Lei.
podia percorrer no sábado • Mas, conforme Jesus indicou, eles eram tão zelosos
— foi instituída para no cumprimento da letra da Lei que deixaram de
garantir que o povo não compreender a própria Lei e de implementar o
violaria o mandamento do espírito da Lei.
repouso sabático. • Jesus recusou-se a ser limitado pelos acréscimos que
os escribas fizeram à Lei, e assim ficou sendo alvo da
inimizade deles (Mc 12:40; Lc 20:47).
Principais classes

Escribas, chamados, em hebraico, de Sopherim, surgiram entre os séculos V e III a.C. A


Bíblia registra que Esdras era um escriba (Ed 7.12; Ne 12.26).

Escribas talmudistas ou tanaistas, guardaram, interpretaram e comentaram o texto


sagrado entre 100 e 500 d.C. (o Talmude é um dos livros sagrados do judaísmo e contém
os comentários produzidos por estes rabinos sobre a Bíblia Hebraica, chamada Tanach.)

Escribas massoretas ou massoréticos, atuaram em 500 e 900 d.C. Eles produziram


manuais, chamados massoras (tradição), que continham as regras para a produção e
conferência das cópias.
Observação: origem do nome Jeová
• Segundo o Antigo Testamento, todos os
sacerdotes deviam ser descendentes de
Arão, irmão de Moisés, da tribo de Levi.
• Os sacerdotes eram divididos em
―grupos, dos quais cada um servia no
Templo uma semana por vez, duas vezes
Funcionários por ano.
religiosos - Os • A maioria dos sacerdotes morava fora de
Jerusalém (por exemplo, Zacarias; Lc 1:8-
Sacerdotes 9).
• Os sacerdotes que moravam em
Jerusalém e que tinham vínculos de
dedicação integral com o Templo eram
considerados muito mais importantes
que os sacerdotes comuns.
Funcionários religiosos
– O sumo sacerdote
______________________________________

• O sumo sacerdote devia ser um descendente direto de


Arão, o primeiro sumo sacerdote.
• Era um cargo hereditário. No século de independência
sob o governo dos asmoneus, o sumo sacerdote era,
ao mesmo tempo, o líder religioso e político.
• Esse sistema acabou levando ao desastre quando o
cargo passou a ser secular na prática.
• No período romano, o sumo sacerdote era nomeado
de modo semelhante aos demais oficiais do governo.
• Desde o tempo de Herodes, o Grande, até a
destruição de Jerusalém em 70 d.C., houve nada
menos que 28 sumos sacerdotes!
O sumo sacerdote
• É interessante notar que, possivelmente, os
próprios líderes judeus tenham continuado a
respeitar um sumo sacerdote que já não exercia
o cargo, como se ainda tivesse uma posição
oficial, embora tivesse sido deposto.
• Afinal de contas, segundo a Lei de Moisés o
sumo sacerdote permanecia no cargo até a
morte.
• Quando Jesus foi detido, ele foi enviado
primeiramente a Anás (que já fazia 15 anos que
deixara o cargo!) e só então a Caifás, que era
sumo sacerdote naquela época.
• Em Atos 4:6, Anás é chamado sumo sacerdote,
embora já não o fosse, tecnicamente.
Funcionários religiosos -
Rabi
Rabi [heb., rabbi] significa ―meu mestre, ―meu
senhor. Era empregado como um termo geral de
respeito. Os discípulos de João Batista referiam-se a
ele como rabi e Jesus era chamado ―rabi pelos seus
discípulos. João explica o termo rabi dizendo que
significa mestre (Jo 1:38; 20:16). ―Rabi não passou a
ser um título oficial senão muito mais tarde.

O rabino [heb. Rabbenû, ―nosso mestre]


profissional, ordenado e assalariado apareceu na
Idade Média.
Funcionários religiosos
- O Sinédrio
• No reinado dos reis helenistas, a Palestina tinha certa
autonomia.
• Um concílio aristocrático de anciãos mantinha as rédeas do
governo, presidido pelo sumo sacerdote.
• Esse grupo posteriormente veio a tornar-se o Sinédrio, que
consistia em anciãos, principais sacerdotes e mestres da Lei.
• No período romano, o governo interno da Palestina estava,
em grande parte, nas mãos do Sinédrio, e sua autoridade era
reconhecida até mesmo na Diáspora (At 9:2; 22:5; 26:12).
• É provável que a autoridade do Sinédrio fosse limitada à
Judéia depois da morte de Herodes, o Grande, de modo que
o Sinédrio não pôde alcançar Jesus enquanto este estava na
Galileia.
• O Sinédrio foi abolido depois da destruição de Jerusalém em
70 d.C.
Instituições religiosas -
O Templo
• A primeira ―casa de Deus que os
israelitas construíram foi o
Tabernáculo, uma tenda portátil.
• O primeiro Templo foi planejado
pelo rei Davi e construído pelo seu
filho, o rei Salomão, por volta de
950 a.C.
• Quando os babilônios invadiram
Judá, o Reino do Sul, em 586 a.C.,
eles destruíram Jerusalém e o
Templo e deportaram os
habitantes para a Babilônia.
• Depois de o rei Ciro ter permitido que
os judeus voltassem para Jerusalém
sob a liderança de Zorobabel e
Esdras, a primeira coisa que fizeram
foi reconstruir o Templo.
• Mas o segundo Templo era menos
O Templo imponente que o primeiro, o qual
muitos daqueles que regressaram do
cativeiro nunca tinham visto, pois
nasceram na Babilônia.
• Entretanto, tinham ouvido muita coisa
a respeito dele e é possível que
tenham desenvolvido uma ideia um
pouco exagerada a respeito do
esplendor do primeiro Templo.
• Quando Herodes, o Grande, tornou-se rei, uma das
primeiras coisas que fez para conquistar o apoio do povo foi
ampliar e embelezar o templo. Visto que o Templo
ocupava o topo de uma colina, a única maneira de
aumentar a área do Templo foi levantar enormes muros de
retenção e aterrar o espaço entre os muros, criando-se
assim uma grande plataforma.
• Herodes duplicou o tamanho da plataforma original do
templo de Salomão. Parte do muro que Herodes construiu
O Templo continua sendo visível e é chamado Muro das
Lamentações, o que revela quão notável e impressionante
o Templo deve ter sido
• Herodes morreu em 4 a.C., quase setenta anos antes de o
complexo do Templo ter sido completamente terminado
(64 d.C.). Lamentavelmente, o Templo terminado, com todo
o seu esplendor, ficou em pé meros seis anos.
• Em 66 d.C., os judeus se revoltaram contra Roma, e quatro
anos depois, em 70 d.C., Jerusalém e o Templo foram
destruídos. Hoje, o Domo da Rocha, uma mesquita, ocupa
o lugar no qual, em tempos antigos, existia o Templo.
TEMPLO DE
HERODES
TEMPLO DE HERODES
TEMPLO DE HERODES

TEMPLO DE SALOMÃO
• Um pouco fora da área do Templo, na esquina
do noroeste, Herodes, o Grande, construiu uma
fortaleza e a chamou Antônia, em homenagem
a Marco Antônio apaixonado pela rainha
Cleópatra do Egito.
• A torre dava vista para dentro do Templo e dos
O Templo pátios, e os romanos a usavam para vigiar
possíveis perturbações da ordem pública na
– A Fortaleza área do Templo e na cidade.
• A Fortaleza Antônia serviu ao seu propósito
Antônia original quando uma multidão ficou fora de
controle e estava a ponto de matar Paulo (At
21:30s.).
• Existiam dois lances de escadas que faziam a
ligação entre a fortaleza e a área do Templo: foi
por essas escadarias que o comandante romano
e suas tropas desceram correndo e foi dali que
Paulo se dirigiu à multidão.
FORTALEZA
ANTÔNIA
• Sinagoga - a palavra é grega e significa "reunidos juntos". No
Novo Testamento, há sinagogas em toda parte, tanto na
Palestina como em todo o Império Romano.
• Aonde quer que Paulo fosse pregar, dirigia-se primeiramente à
sinagoga daquela cidade.
• A sinagoga foi ―inventada no exílio babilônico. O templo de
Jerusalém — o local central de culto para todos os judeus —
tinha sido destruído. Por isso, sempre que havia um grupo de
judeus, eles se reuniam para ler e estudar as Escrituras
hebraicas (o Antigo Testamento).

As sinagogas • Essas reuniões passaram, então, a ser formalizadas na


instituição da sinagoga.
• Ao contrário do Templo, onde os sacrifícios ocupavam um lugar
central, na sinagoga o enfoque recaía sobre a pregação.
• Qualquer homem presente podia ser convidado para ler as
Escrituras — primeiramente o Pentateuco e depois os Profetas
— e qualquer homem presente podia ser convidado para
pregar. Foi assim que Jesus pôde pregar na sinagoga (Lc 4:16-
30), e posteriormente Paulo também o fez (por exemplo, At
13:15ss.). O culto cristão (bem como o muçulmano) segue o
padrão adotado na sinagoga.
As sinagogas
• A religião oficial de Roma adotou grande
parte do panteão e da mitologia gregos.
• As divindades romanas vieram a ser
identificadas com os deuses gregos (Júpiter
com Zeus, Vênus com Afrodite, e assim por
diante).
ROMA - • Os romanos também adicionaram certas
Religião características, como a de um sacerdócio
sobre o qual o próprio imperador atuava
oficial como pontifex maximus (sumo sacerdote).
• As características perfeitamente humanas
de tais deuses destruíam a fé de muitas
pessoas no panteão greco-romano.
• Quanto a outras pessoas, entretanto, tal fé
persistiu por todo o período do Novo
Testamento
• Seguindo a prática desde há muito firmada de
atribuir atributos divinos aos governantes, o senado
romano lançou a ideia do culto ao imperador, ao
Adoração deificar, após a morte, a Augusto e a subsequentes
imperadores que porventura tivessem servido bem

ao
como tais.
• Elementos leais e entusiastas das províncias

Imperador
orientais algumas vezes antecipavam essa deificação
pós-morte.
• Os imperadores do primeiro século que
reivindicaram a divindade para si mesmos,
enquanto ainda viviam - Calígula, Nero e Domiciano
- não foram honrados com tal distinção ao
morrerem.
• Domiciano (81-96 D.C.) foi o primeiro a tomar
providências sérias e generalizadas para forçar a
adoração de sua pessoa. A recusa dos cristãos em
participarem do que passou a ser tido como um
dever patriótico, como uma medida tendente a
unificar o preito de lealdade ao imperador, como
uma divindade, provocou uma perseguição que foi
crescendo de intensidade.
• Muito se tem escrito sobre a larga
popularidade e influência das religiões
misteriosas dos gregos, egípcios e povos
orientais sobre o primeiro século cristão -
os cultos de Eleusis, Mitra, Isis, Dionísio,
Religiões Cibele e inúmeros cultos locais.
misteriosas • Prometendo purificação e a imortalidade
do indivíduo, frequentemente esses
cultos giravam em torno de mitos sobre
uma deusa cujo amante ou filho fora
arrebatado dela, usualmente através da
morte, para ser subsequentemente
restaurado.
• As superstições estavam firmemente
entrincheiradas nas mentes da maioria
do povo do império romano.
• O emprego de fórmulas mágicas,
Superstições consultas de horóscopos e oráculos,
e augúrios ou predições sobre o futuro,
Sincretismo mediante a observação do voo dos
pássaros, os movimentos do azeite sobre
a água, as circunvoluções do fígado e o
uso de exorcistas profissionais (peritos
na arte de expulsar demônios)
• - todas essas práticas supersticiosas,
além de muitas outras, faziam parte
integrante da vida diária.
• Os judeus eram numerados entre os
exorcistas mais avidamente procurados, em
parte porque julgava-se que somente eles
eram capazes de pronunciar corretamente o
nome magicamente potente de Yahweh
Superstições
(nome hebraico traduzido por "Senhor").
• A pronúncia correta, juntamente com a
e ideia de algo secreto, segundo se pensava,
Sincretismo
seria necessária para a eficácia de qualquer
encantamento.
• Na prática apodada de sincretismo, o povo
comum simplesmente fazia a mescla de
diversas crenças religiosas com práticas
supersticiosas.
• As prateleiras para ídolos, existentes nas
residências, eram atulhadas de imagens de
aves, cães, crocodilos, besouros e outras
criaturas
• O contraste dualista concebido por
Platão entre o mundo invisível das ideias
e o mundo visível da matéria, formava o
substrato do gnosticismo do primeiro
século de nossa era, e segundo o qual a
matéria era equiparada ao mal, ao passo
Gnosticismo. que o espírito seria equivalente ao bem.
• Daí resultavam dois modos opostos de
conduta: (1) a supressão dos desejos do
corpo, devido à sua conexão com a
matéria má (ascetismo) e (2) a
indulgência quanto às paixões físicas, por
causa da irrealidade e inconsequência da
matéria (libertinagem ou sensualismo).
IDIOMAS E
ESCRITOS
NOVO
TESTAMENTO
O aramaico
• O aramaico substituiu o hebraico como o idioma
comum na Palestina depois do exílio na
Babilônia.
• É uma língua semítica correlata com o hebraico,
porém diferente o suficiente para não poder ser
facilmente compreendida pelos judeus em geral
do tempo do Antigo Testamento (ver II Rs 18:26 e
Gn 31:47, onde Labão emprega o aramaico, e
Jacó, o hebraico).
• O aramaico era a língua do comércio e da
diplomacia nos séculos anteriores a Alexandre, o
Grande. É por isso que se acham no livro de
Esdras vários documentos oficiais em aramaico, e
não em hebraico (Ed 4:8-6:18 e 7:12-26; Esdras
também escreveu em aramaico os versículos que
fazem conexão entre os documentos).
• O hebraico é o idioma
do Antigo Testamento.
• Porém, já no tempo do
Novo Testamento,
passara a ser, em
grande medida, a língua
da religião, visto que a
Bíblia hebraica foi
escrita nesse idioma.
• Muitas pessoas ainda
conseguiam ler e
escrever o hebraico,
Hebraico mas já não era sua
língua cotidiana.
• O latim era o
idioma de Roma,
mas, embora
fosse o idioma
dos documentos
oficiais do
império, não era
falado
comumente em
todas as partes
do império.
Latim
• O grego era a língua auxiliar de comunicação que
mantinha os vínculos dentro do Império Romano.
• Seu papel era semelhante ao do inglês no mundo
moderno.
• Alexandre, o Grande, conseguira tornar a língua — e
também, em grande medida, a cultura — grega
predominante em todas as partes de seu império, e
Idiomas - teve tanto sucesso nisso que o grego, como língua
comum, sobreviveu ao seu império por vários
séculos.
O grego • Podemos tomar por certo, sem a mínima dúvida,
que Jesus lia e talvez falava o hebraico (Lc 4:17), mas
que geralmente falava o aramaico. (A ordem que
deu ao ressuscitar a filha de Jairo foi talita qûmî,
(Talita cumi), que em aramaico significa ―Menina,
levante-se!.)
• É provável que Jesus também falasse pelo menos
um pouco de grego, embora não haja comprovação
disso
• Os apóstolos escreveram
em grego, embora
algumas das cartas
certamente tenham sido
escritas por pessoas que
não o dominavam como
língua materna.
• Pensa-se que Mateus
possa ter escrito o seu
evangelho em aramaico e
posteriormente o tenha
O grego traduzido para o grego.
Os Escritos
PANORAMA DO NT
Os Escritos: a
Septuaginta e os targuns

• O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, mas o


povo falava principalmente o aramaico ou o grego.
• Na realidade, em cidades como Alexandria, no Egito,
existiam muitos judeus cujas famílias tinham
residido ali por muitas gerações e que falavam
somente o grego.
• Para o judaísmo sobreviver, seria necessário que as
pessoas pudessem ler e compreender o AT.
• Com esse propósito, foram feitas algumas traduções
que eram usadas na época de Jesus: a Septuaginta
para os judeus que falavam o grego e os targuns
para os judeus que falavam o aramaico.
• A Septuaginta é uma tradução do Antigo
Testamento hebraico para o grego, feita em
Alexandria. Segundo a tradição, 70 judeus,
linguistas peritos, foram enviados de Jerusalém
para o Egito, a pedido de Ptolomeu Filadelfo
(285-247 a.C.), e completaram a tradução em 70
dias (tradição).
• Na realidade, a tradução foi feita ao longo de
certo período de tempo. A Torá — Gênesis a
Deuteronômio — foi traduzida primeiro, e,
A Septuaginta posteriormente, os demais livros do AT foram
sendo acrescentados.
• Era chamada Septuaginta por causa dos 70
tradutores que, reputadamente, a começaram
(septuaginta = ―setenta em grego; a abreviatura
comum de Septuaginta é LXX, algarismos
romanos que representam 70).
• A Septuaginta era comumente usada nos dias de
Cristo. Muitas das citações do AT no NT (que foi
escrito em grego) foram retiradas dela.
• Os targuns são traduções dos livros do Antigo
Testamento hebraico para o aramaico.
Os targuns • Eram originariamente traduções orais,
paráfrases e interpretações que tiveram
origem no cativeiro babilônico, quando o
hebraico perdeu a condição de língua primária
dos exilados e foi substituído pelo aramaico.
• Essas paráfrases orais foram posteriormente
registradas por escrito e se tornaram cada vez
mais necessárias à medida que o uso do
aramaico passava a predominar na Palestina.
• Na sinagoga, um trecho bíblico era
frequentemente lido em hebraico, seguido
pelo targum daquele mesmo trecho.
• A tradição oral teve seus primórdios com a nova ênfase
colocada na lei (escribismo) por Esdras, o escriba, por
volta de 458 a.C., no período persa.
• Todavia, os judeus afirmavam popularmente que ela
remontava ao próprio Moisés. Ele, diziam eles, a
recebera de Deus ao mesmo tempo que a lei escrita, mas
TRADIÇÃO com instruções para não escrever a lei oral.
ORAL • A lei oral (ou tradição dos pais) não cresceu da noite
para o dia, mas desenvolveu-se através de várias
gerações, à medida que surgiam perguntas acerca da lei
escrita.
• Constituía-se de interpretações rabínicas da Torah para
situações específicas.
• Tudo isto era feito de memória e passado de geração
para geração, pelos rabis e pelos escribas.
TRADIÇÃO ORAL
• Após a destruição de Jerusalém em 70 d.C, os
fariseus foram para Jâmnia e iniciaram a tarefa
de escrita da tradição dos pais.
• O processo de codificação ocorreu entre 70 e 200
d.C. A obra acabada é chamada o Mishnah.
• Fez-se, então, um comentário sobre o Mishnah.
Este é chamado o Gemarah.
• Estes dois foram combinados em uma obra
completa, com o nome de Talmude.
• Este foi publicado em duas edições: o Talmude
palestino (terminado pelo final do quarto século)
e o Talmude babilônico (terminado pelo final do
quinto século, e melhor organizado).
Gálatas 4.4 NADA FOI DE SURPRESA!
A PLENITUDE DOS TEMPOS
• Os evangelistas e, em especial Mateus,
procuram mostrar que os acontecimentos da
vida de Jesus não ocorreram por acaso, mas
tudo estava predito nas Escrituras.
• Não foram apenas os evangelistas quem tiveram
a fé firmemente estabelecida nas promessas do
Antigo Testamento, mas toda a Igreja primitiva.
• Os pregadores sempre buscavam no AT as
provas da verdade de sua pregação (veja o
exemplo do sermão de Estevão em Atos 7 e o de
Pedro em Atos 2).
• Está em pauta ―o momento em que todo o
período pré-messiânico se completou, como
que trazendo à luz a manifestação primeira do
A PLENITUDE Messias.
DOS TEMPOS • A era messiânica, pois, foi o pleno
complemento‘ da era precedente, bem como
aquela que completou‘ a expansão de tempo
que Deus havia determinado que transpirasse,
antes da era da graça vir tomar o seu lugar.
• Quando chegou o momento exato‘ para ser
inaugurada a grande dispensação e a
revelação da graça, Deus enviou o seu Filho.
Foi o tempo determinado pelo Pai.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

• HALE, Broadus David. Introdução ao estudo do Novo Testamento.


Editora Hagnos, 2001.
• GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida
Nova, 1997
• GEISLER, Norman L. NIX E. William. Introdução Bíblica: como a Bíblia
chegou até nós. São Paulo: Vida, 2006.
• TOGNINI , Enéas – O Período Interbiblico – São Paulo: Hagnos, 2009.

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