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FACULDADE ADVENTISTA DO PARANÁ

Tiago Seus Falke

Relatório de Leitura do Vol. 5 do CBA

Artigo I O Período Intertestamentário

Entre o término do AT e início do NT há um intervalo de aproximadamente 400


anos, para ter uma melhor compreensão do NT é necessário entender o que
aconteceu com os judeus durante esse longo período, principalmente quem foram
os últimos governantes e como se deu a ascensão do poder romano na região do
Mediterrâneo.
I. Os Judeus sob o domínio Persa no 4° século: Os persas não interferiram na
religião Judaica, porém para eles os sacrifícios de animais queimado eram uma
profanação por acreditarem que o fogo era sagrado, os egípcios não gostavam
também porque eles adoravam alguns animais que eram oferecidos. Tanto os
persas como os judeus acreditavam em um grande dia de julgamento, e que cada
um receberia uma recompensa, o justo receberia uma nova morada. Os persas
tinham 2 deuses opostos, o justo Ahura-Mazda e o ruim Arimã, os judeus falavam
muito do Deus todo-poderoso, mas pouco de um adversário inferior que fora criado
perfeito. Os judeus sofreram muita oposição ao definir normas de culto contra a
norma dos povos pagãos, Tobias e Sambalate fizeram de tudo para que eles não
conseguissem, inclusive o filho do sacerdote Joiada foi expulso por Neemias por se
casar com a filha de Sambalate, ele provavelmente virou sacerdote do templo
samaritano no monte Gerizim. Após essa forte oposição por parte dos samaritanos,
os judeus começaram a estudar intensivamente a Torah, abriram sinagogas em
todos os lugares e havia leituras nos sábados que eram traduzidas em aramaico, lá
os rabinos orientavam os leigos na interpretação das Escrituras, o problema foi que
isso abriu caminho para um conjunto de tradições, os rabinos interpretaram com
suas próprias opiniões ao invés de pedir auxílio ao Espírito Santo e assim acabaram
rejeitando o Messias.
Ascensão de Gregos e Macedônios:Grande parte dos povos que foram para o
Oriente Médio no segundo milênio a.C vieram da Grécia, Ilhas do Mar Egeu e da
costa oeste da Ásia. Os jônicos estavam sobre o domínio da Lídia e como os gregos
ofereceram socorro, os persas se voltaram contra eles, Dario I e Xerxes
fracassaram contra os gregos, os persas sofreram graves perdas no mar jônico e
assim foram enfraquecidos, foi uma era de ouro para grécia onde Esparta e Atenas
lutavam pela supremacia, mas foram superadas por Tebas. Essa guerra
enfraqueceu a Grécia e se deu o surgimento da Macedônia que com Filipe II tomou
a supremacia sobre os gregos, ele tentou um ataque greco-macedônico contra a
Pérsia, mas foi assassinado. Essa tarefa foi deixada com o seu filho Alexandre, o
Grande que foi bem sucedido em vencer a Pérsia, ele foi através da Síria e
Palestina tomando todas as cidades e chegou no Egito onde foi honrado como
libertador e como deus. Ao atravessar os rios Tigre e Eufrates, Alexandre se
encontrou com Dario e seu exército, e acabou com os persas . Babilônia, Susã e
Persépolis se renderam frente a Alexandre, depois de muita conquista e da grande
helenização que ele trouxe aos povos, ele morreu em 13 de junho de 323 a.C de
uma doença febril. Esse período de helenização abriu caminho para a civilização
greco-romana, para a transformação do judaísmo e o crescimento e disseminação
do cristianismo.
Sucessores de Alexandre e a Desintegração de seu Reino: Houve uma briga
pelo trono de Alexandre, o Grande, seu meio irmão Filipe Arrideu, deficiente, e seu
filho ainda criança ficaram no poder, mas seu filho foi assassinado por Cassandro, a
questão do reino foi resolvida em 301 a.C., com 4 reinos separados, o ideal de um
reino unido foi perdido e agora haviam 4 reinos com 4 governantes: Seleuco,
Ptolomeu, Cassandro e Lisímaco.
Os Reinos Helenísticos: Lisímaco foi morto por Seleuco e Ptolomeu matou
Seleuco, assim Ptolomeu dominou a Macedônia. Seleuco deixou seu filho Antíoco I.
O território de Alexandre ficou dividido em três reinos: Macedônia, Egito e o império
selêucida, estes 3 reinos dominaram o Mediterrâneo até serem dominados um a um
pelo império romano.
O domínio dos Ptolomeus na Palestina: Com o domínio dos ptolomeus sobre
a Palestina a nação judaica ficou tão helenizada que passou a necessitar das
Escrituras em grego, muitos deixaram a Palestina e se estabeleceram em
Alexandria, mas Jerusalém continua sendo o centro do estado judeu sob liderança
do sumo sacerdote. A tradição diz que Ptolomeu IV visitou Jerusalém e profanou o
templo, depois de sua morte foi substituído por Ptolomeu V Epifânio.
A Palestina sob domínio do império selêucida: Os ptolomeus foram
substituídos pelos selêucidas que foram mais rígidos ainda nos impostos. O
sucessor de Seleuco IV foi Antíoco Epifânio, perseguidor dos judeus, tentou
conquistar o Egito, mas foi bloqueado por Roma até que completamente absorvido
pelos romanos.
Ascensão de Roma: Originalmente era composta de de sete colinas com tribos
diferentes e independentes até que foram expulsas. Roma posteriormente se tornou
uma cidade-estado governada por reis com senado ou assembleia representando o
povo. Após se organizar Roma teve uma prolongada guerra contra Cartago, após a
vitória dominou sobre o Mediterrâneo e esmagou a Macedônia
Antíoco Epifânio e os Judeus: Ele se apaixonou pela cultura grega e ao chegar
ao poder quis unir todos os impérios pelo elo comum da cultura helenística, porém
fez isso de maneira forçada. Muitos judeus começaram a misturar com as ideias
gregas, sacerdotes inclusive adotaram roupas e costumes helenizados, mas em
oposição surgiu um partido conservador que prezava em seguir exatamente o que
está escrito na Torah os hassidins. Alguns judeus que queriam viver de modo
helenista pediram a Antíoco que construísse um ginásio em Jerusalém e assim os
sacerdotes estavam envolvidos nos esportes e não nos seus ofícios, isso ofendeu
muito os conservadores, pois as pessoas treinavam nus como os gregos. Alguns
creem que Antíoco entrou em Jerusalém, saqueou o templo, paralisou as ofertas da
manhã e da tarde, ergueu um altar idólatra diante do templo para sacrifício de
porcos, ordenou os judeus a adorar Zeus e Dionísio, mandou parar com a
circuncisão e até a ignorar o sábado, muitos que não quiseram seguir as
ordenanças foram martirizados, foi feita uma guerrilha entre a resistência e os
selêucidas que só acabou com a independência dos judeus. Judas Macabeu surgiu
como líder, lutou várias batalhas contra os liberais e assim conseguiu restituir o
templo tirando todo o paganismo, no dia 25 de quisleu foi comemorado o Chanucá
em que Judas dedicou o templo. Mais tarde, Judas foi morto, a disputa entre os dois
partidos continuaram, mas estavam subjugados pelos selêucidas, mais tarde os
hasmoneus dominaram em Jerusalém.
Roma conquista a Síria e Palestina: Em 64 Pompeu, comandante das forças
de Roma, eliminou a monarquia selêucida, fez uma campanha contra a Síria e
conquistou Jerusalém, quebrando o poder dos hasmoneus. Em 63 a Síria e a Judéia
já faziam parte do território Romano. Pompeu foi derrotado em 48 e César entrou
como ditador, inclusive César introduziu o calendário de 365 e um quarto de dia que
usamos hoje, contudo pela suspeita de querer ser coroado rei, foi assassinado. O
herdeiro de César foi Otaviano que virou o senhor do mundo romano, garantindo até
mesmo o Egito como província romana, ele ganhou o título de Augusto
A origem dos Herodes: Tem origem com a ascendência da iduméia, edomitas.
Herodes se torna rei após uma votação unânime no senado romano Herodes se
tornou monarca da Judéia em 37 a.C, após uma investida romana sangrenta.
Herodes foi chamado de “o Grande”, manteve seu equilíbrio, seu reino e manteve a
amizade e cooperação com César Augusto, porém por ciúmes e desconfiança ele
matou seus parentes mais próximos e melhores amigos. O sinédrio não teve
influência política significativa, pois Herodes não permitiu, virando assim um lugar
para discussões teológicas. Herodes também colocou muita influência grega na
Judéia. Herodes também reconstruiu o templo de Zorobabel, para assim conquistar
a amizade dos judeus. Herodes era tão odiado pelo povo que ao estar perto da
morte pediu para que prendesse todos os líderes judeus e os matasse no dia de sua
morte para que o país estivesse de luto quando este dia chegasse, porém a ordem
de matar não foi cumprida. Herodes também ficou conhecido pelo seu ato de tentar
acabar com o Messias matando os bebês de Belém.

Artigo III Literatura Judaica Antiga


Desde a conquista de Alexandre, O grande (322 a.C) até a destruição do templo
(70 d.C) houve muita atividade política e religiosa, mas também muitas obra
literárias de natureza religiosa e também que refletem a situação política, estes são:
apócrifos e pseudepígrafos; escritos de Qumran; tratados alegóricos de Filo de
Alexandria; obras de Josefo. Após a destruição do templo os judeus passaram por
mudanças drásticas e agora lutavam para a preservação de sua cultura.
Os Apócrifos: Do grego significa coisas “escondidos”, pois sua mensagem era
de natureza duvidosa, foram incluídos na septuaginta (LXX), mas os judeus da
Palestina não os aceitaram e nem foram incluídos no cânon hebraico, não foram
aceitos pelos protestantes, porém os católicos os considerou canônicos. Livros
apócrifos: 1° Esdras (precede Esdras); Tobias (um livro fantasioso que conta as
histórias do judeu Tobit); Judite (narra a história de Nabucodonosor, rei Assírio);
acréscimos no livro de Ester; Sabedoria de Salomão (é divido em sabedoria e
história, fala que temos uma alma imortal); Eclesiastico (contém muitos provérbios,
fala da salvação por boas obras); Baruque (há a alegação de ter sido escrito pelo
secretário de Jeremias, no contexto do cativeiro Babilônico). Epístola de Jeremias
(uma suposta carta que Jeremias teria escrito aos judeus cativos na Babilônia);
acréscimos do livro canônico de Daniel (oração dos três jovens, história de Susana
e história da destruição de Bel o dragão); prece de Manassés (uma oração de
Manassés quando preso em Babilônia); 1° Macabeus (relato histórico da luta judaica
por independência); 2° Macabeu (também é um relato histórico dos judeus em
busca da independência)
Pseudepígrafos: Significa “falsamente intitulado”, não são aceitas por judeus
e nenhum grupo cristão. Terceiro Macabeus (Fala da vitória de Ptolomeu IV
Filopator contra Antíoco, o Grande); Quarto Macabeus (um sermão para os judeus
sobre a razão ser superior a paixão); Livro dos Jubileus (comentário sobre Gênesis
e Êxodo sob uma perspectiva legalista); Primeiro Enoque (compilação do trabalho
de vários autores fariseus, fala sobre o juízo, o reino messiânico…); Segundo
Enoque (é bem semelhante ao 1° Enoque e só está disponível em eslavo); Segundo
Baruque (Compilação que defende salvação pelas obras e um reino messiânico
terrestre); Terceiro Baruque (tem crença em sete céus e três classes de anjos, a
árvore proibida seria uma videira e a desobediência de Adão foi culpa de Satanás);
Quarto Esdras (defende uma visão escatológica de Deus e promove crenças
fundamentais judaicas); Testamento dos Doze Patriarcas (fala da salvação dos
gentios através de Israel, o Messias seria descendente de Levi e não Judá, Dã
representa o anticristo); Oráculos Sibilinos (formado por 15 livros e fragmentos de
oráculos desenvolvidos por judeus e talvez cristãos); Assunção de Moisés (consiste
de dois textos diferentes, o testamento e de Moisés e a assunção) Carta de Aristéas
(foi produzida por Aristéas e conta como a LXX foi produzida); Livro de Adão e Eva
(conta a história de Adão e Eva desde a criação até a expulsão do jardim); Martírio
de Isaías (declara que o rei Manassés condenou o profeta Isaías por ter dito ver
Deus); Pirkei Avot (compilação de éticas religiosas proferidas por líderes Judeus);
Salmos de Salomão (fala da justiça de Isarael em relação as nações vizinhas);
História do Sábio Ahicar (romance ocorrido na época do rei da Assíria, Senaqueribe)
Literatura de Qumran: Vários fragmentos foram encontrados em Qumran entre
os manuscritos do Mar Morte, entre eles os fragmentos extrabíblicos que
apresentam costumes e normas da seita de Qumran. Algumas delas são:
Comentário de Habacuque I e II(diz que os oráculos do profeta foram cumpridos no
período turbulento em que o comentarista viveu); Pergaminho da guerra dos Filhos
da Luz contra os Filhos das Trevas (narra um conflito histórico ou imaginário e dá
regras para a guerra); Salmo de Ação de Graças (semelhante aos salmos, porém
sem profundidade espiritual); Manual de disciplina (livro de normas de vida e regras
da seita de Qumran, os membros desta seita tinham ritos de purificação por imersão
nas águas, tinham uma alimentação em comum, buscavam uma vida de santidade e
leitura das Escrituras). Estudiosos dizem que João Batista por viver no deserto e
batizar pessoas ele teria sido influenciado por esta seita.
Septuaginta: A mais antiga tradução do Antigo Testamento. Nela contém os
livros apócrifos de 1 Esdras, Sabedoria, Eclesiastico, Judite, Tobias, Baruque e
Macabeus, além dos acréscimos do livro de Ester e Daniel. O motivo de aceitarem
esses livros apócrifos parece estar ligado ao judeus helenistas aceitarem as obras
rejeitadas pelos seus irmãos conservadores da Palestina.
Filo: Foi um erudito e filósofo judeu que cresceu em Alexandria no meio de uma
cultura helenizada, mas era um ávido estudante da Torah e de Moisés.
Josefo: Um grande autor judeu deste período, era sacerdote, erudito, oficial do
exército e historiador Em uma revolta josefó liderou tropas contra os romanos, foi
capturado e preso, em Roma ele profetizou que Vespasiano se tornaria imperador e
então quando isso aconteceu em 69 d.C, Flávio Josefo foi posto em liberdade,
depois escreveu 4 obras importantes, Guerra dos Judeus, Antiguidades Judaicas,
Contra Ápion e Vida.
Targuns: São interpretações feitas para as pessoas que não entendiam o
Hebraico, pois o texto era lido em hebraico, então os intérpretes traduzem para o
aramaico. Os targuns são muito importantes para entendermos como os judeus
interpretavam as passagens, também consistiam de comentários e paráfrases.
Talmude: Conjunto de leis judaicas civis e das Escrituras, veio da tradição oral.
Tradição oral: Os rabinos da era dos apóstolos acreditavam que a tradição oral
tinha a mesma origem da revelação da Torah. Sua tradição oral tinha ênfase
especialmente na exegese da Escritura, isso se chama Midrash. Hagadah e
Halacah, fazem parte do Midrash e se referem a narrativa e as leis. Os maiores
mestres da Halacha foram Hillel e Shammai, Hillel era mais bondoso e Shammai era
mais rígido.
Mishnah: “repetição” é a lei codificada e tradicional dos judeus, normas e
proibições compõem a maior parte da mishnah. A Gemarah é a codificação da
Mishnah
Tosefta: Coletânea de interpretações da Halacah.

Artigo IV
Grego: É a língua oficial do Novo Testamento, grandemente difundida após a
expansão de Alexandre, o Grande. Porém não era a única língua oficial, pois havia
o aramaico, o latim como língua de roma, isso fica bem visível na cruz onde temos 3
inscrições em 3 idiomas diferentes: o aramaico, grego e o latim. Os autores do NT
eram todos judeus, mas pensavam em hebraico, por isso podemos ver muitos
hebraísmos no Novo Testamento que foi escrito no grego Koinê ou seja, “comum”. A
septuaginta é uma das principais fontes de estudo para o grego Koinê. Hebraísmos
são traduções de palavras hebraicas e expressões idiomáticas, muitas expressões
assim ocorrem no NT. ex: geena como fogo do inferno, para alguém entender essa
expressão deveria conhecer que geena era o “vale de Hinom”, onde eles
queimaram lixo. Algumas palavras gregas como amém (assim seja, Mt 6:13) são
transliterações de termos hebraicos. Os autores do NT tinham diferentes classes
sociais, profissionais e educacionais, podemos ver isso nos escritos gregos de
Paulo comparado com os de João, A escrita de João é muito mais simples do que a
de Paulo. Os Ms gregos antigos não tinham pontuação, por isso às vezes era
dividido erradamente como em (Lucas 23:43, ARA). Os principais manuscritos do
AT são em formato de papiro, códices. Um dos critérios que eram usados para
admitir ou não um livro no cânon era o status do autor, o conteúdo. Os 27 livros que
Eusébio considerou como canônicos são os mesmos 27 que os cristãos consideram
hoje. A decisão do cânon do Novo Testamento formar 27 livros não foi uma decisão
de uma igreja organizada que fez de acordo com a sua própria vontade, mas se
desenvolveu gradualmente por um período de mais ou menos 4 séculos sob
orientação do Espírito Santo mostrando quais livros eram inspirados e quais não
eram. O conteúdo dos livros foi essencial para decidir quais livros entraram no
cânon.

Artigo V Crítica Bíblica


Crítica Textual: Pode ser dividida em alta e baixa crítica, a “baixa crítica” trata
da linguagem e da transmissão do texto, tenta restaurar a versão dos textos
originais. A “baixa crítica” é exclusiva do estudo dos textos da Bíblia. Ela nos ajuda a
entender a versão original. Ass fontes de estudo são a septuaginta, pentateuco
samaritano, Peshitta Siríaca, Vulgata Latina (feita por Jerônimo, tradução direta do
AT); Targuns Aramaicos; Os Manuscritos do Mar Morto. Wescott e Hort, dois
estudiosos da universidade de Cambridge produziram em 1881 o NT em grego
depois de 30 anos estudando os problemas textuais, através de seu ótimo trabalho,
eles influenciaram bastante na crítica textual do NT e as versões das Bíblias das
Sociedades Bíblicas.
Evidência Textual: É muito importante pois atesta um correto entendimento
das passagens do NT, visto que as diferenças textuais têm um grande impacto
sobre o texto que está sendo lido.
Crítica Histórica: Diferentemente da Baixa Crítica, a Crítica Histórica ou Alta
Crítica se refere ao estudo da autoria, tempo, lugar, circunstâncias da escrita,
validade histórica e as relações de uma obra. Há duas categorias desta crítica, os
céticos que tem uma posição cética em relação ao conteúdo da Bíblia e a crítica de
natureza histórica que tira conclusões baseado nas evidências internas da Bíblia
como as leis, profecias, literatura e sabedoria, depois compara estas evidências
com outras fontes, ou seja, tenta determinar se é um fato histórico ou apenas fruto
da imaginação do escritor. O argumento dos céticos é que eles não podem
considerar a veracidade de acontecimentos que só podem ser entendidos pela fé.
Outros usam o argumento de que fatos históricos da Bíblia estão errados, porém
muitos já foram comprovados através da arqueologia
Crítica do Antigo Testamento e Novo Testamento: Poucos escritores
cristãos ou judeus pré-reforma do AT duvidavam da autoria de Moisés no
Pentateuco. Da reforma até Jean Astruc, todos os reformadores criam na inspiração
da Bíblia, com exceção de alguns líderes que diziam que Moisés não poderia ser o
autor do Pentateuco, todos os outros acreditavam. A partir do século 17, alguns
eruditos protestantes romperam com a ideia da autoria de Moisés sobre o
Pentateuco; estudiosos católicos chegaram a negar a ideia da autoria de Moisés
sobre o Pentateuco. A Alta Crítica lança muitos argumentos históricos, linguísticos,
arqueológicos para alegar a falsidade da Bíblia, dizer que seus escritos são tardios,
mostrar que seus acontecimentos são irrisórios e impossíveis. Mas através de
descobertas arqueológicas e um bom uso da ciência tem se mostrado que os
argumentos céticos da Alta Crítica estão errados e cada vez mais comprovamos a
veracidade das Escrituras inspiradas por Deus.

Conclusão: É impressionante quando olhamos para a história Bíblia, pelos grandes


acontecimentos e vemos a comprovação deles na história, suas profecias se
cumpriram e estão se cumprindo, Deus guiou sabiamente cada escritor da Bíblia a
uma harmonia inegável, quando olhamos para o passado, o presente e o futuro
podemos declarar que a Palavra de Deus é verdadeira.

Referências Bibliográficas: NICHOLS, Francis. Comentário Bíblico Adventista.


Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013. v. 5.

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