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Cerco de Jerusalém
Data 63 a.C.
Beligerantes
Pompeu Aristóbulo II
Baixas
Poucas ~12 000
Jerusalém
[Esconder]
Terceira Guerra Mitridática (75 a.C.–63 a.C.)
Calcedônia (74 a.C.)
Ríndaco (74 a.C.)
Tênedos (73 a.C.)
Cabira (72 a.C.)
Tigranocerta (69 a.C.)
Artaxata (68 a.C.)
Nísibis (68 a.C.)
Zela (67 a.C.)
Lico (66 a.C.)
Campanhas de Pompeu
Judeia (63 a.C.)
Índice
1Contexto
2Cerco
3Eventos posteriores
4Referências
5Bibliografia
Contexto
A morte da rainha asmoneia Alexandra Salomé levou o Reino da Judeia a
uma guerra civil entre os dois filhos dela, Hircano e Aristóbulo. Depois que este
expulsou seu irmão mais velho do trono e do sumo-sacerdócio em
Jerusalém, Antípatro, o Idumeu, aconselhou Hircano a pedir ajuda ao rei Aretas
III do Reino Nabateu. Em troca de uma promessa de concessões territoriais,
Aretas forneceu a Hircano 50 000 soldados; as forças combinadas dos dois
então cercaram Aristóbulo em Jerusalém.[1][2]
Pompeu já havia dado sequência à sua vitória na Terceira Guerra
Mitridática com a criação da província da Síria e passara 64 e 63 a.C.
pacificando a região.[3] Os eventos na Judeia fizeram com que Marco Emílio
Escauro, o legado de Pompeu em Damasco, viajasse até Jerusalém, onde ele
foi contatado pelas duas partes da guerra. No fim, seu favorecimento foi
conquistado através de um considerável suborno por Aristóbulo[4] e Escauro
ordenou que Aretas levantasse o cerco e deixasse a Judeia. O exército
nabateu se retirou na direção de Filadélfia, mas ainda assim Aristóbulo deixou
a cidade, perseguiu-os e os derrotou em Papyron.[1]
Quando Pompeu chegou em Damasco, em 63 a.C., tanto Hircano quanto
Aristóbulo foram ter com ele. Pompeu se recusou a tratar do conflito e informou
as duas partes que só resolveria a questão depois de visitar ele próprio a
Judeia. Aristóbulo não esperou pela decisão de Pompeu e se encastelou na
fortaleza de Alexândrio, um movimento que enfureceu Pompeu. Os romanos
invadiram a Judeia e Aristóbulo imediatamente se rendeu. Quando Aulo
Gabínio liderou uma força para tomar Jerusalém, porém, os aliados dele
fecharam os portões da cidade. Pompeu mandou prender Aristóbulo e se
preparou para cercar a cidade.[5]
Cerco
Quando Pompeu chegou a Jerusalém, sua primeira ação foi inspecionar a
cidade:
“ ”
...pois ele percebeu que as muralhas eram tão firmes que seria difícil superá-las; e que
o vale diante da muralha era terrível; e que o templo, que estava neste vale, estava
também circundado por uma muralha muito forte, tanto que se a cidade fosse tomada,
este templo seria um segundo lugar de refúgio para o onde o inimigo poderia se retirar.
— Flávio Josefo, A Guerra dos Judeus 1:141 .
[6]
Eventos posteriores
O cerco e a conquista de Jerusalém foram um desastre para o Reino Asmoneu.
Pompeu re-instalou Hircano II como sumo-sacerdote, mas retirou-lhe a coroa;
Roma passou a reconhecê-lo como um etnarca em 47 a.C.[17]
A Judeia permaneceu autônoma, mas passou a ter que pagar tributo para a
administração romana na Síria. O reino foi desmembrado, perdendo sua
planície costeira e seu acesso ao mar. A Idumeia e a Samaria foram também
foram libertadas. Diversas cidades helenísticas receberam permissão para
formar a Decápole, reduzindo ainda mais o estado asmoneu