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ISBN 978-85-61411-09-1
1ª edição - Agosto/2009
Impressão: Imprensa da Fé
Classificação: Bíblia
Impresso no Brasil
ÍNDICE
Lista de fotografias
Lista de desenhos
Cronologia
Agradecimentos
Prefácio
1 O Cenário
2 As Campanhas de Josué
5 A Monarquia Unida
6 Os Primórdios de Israel
13 Da Liberdade à Independência
Abreviaturas
LISTA DE FOTOGRAFIAS
3 Vale de Aialon
4 Monte Tabor
5 En-Dor
6 En-Dor
7 Micmás
9 Monte Gilboa
12 Jerusalém
13 Arqueiro
14 Cavaleiro
15 Duelistas
16 Lanceiro de Gozan
17 Guerreiro armado com bumerangue e funda
18 Cameleiro
22 Escadaria de Megido
26 Montes Golan
29 Fortaleza de Berseba
34 Passo de Iron
35 Pontas de flecha e lança
37 Escamas de armadura
38 Cimeiras de capacetes
40 Crânio trepanado
42 O Sudeste de Judá
43 Ladeira de Levona
44 Ladeira de Bete-Horom
47 Cavaleiro helenístico
48 Infante helenístico
49 Elefante de guerra
51 Vale do Jordão
52 Adasa
53 Tumultos dos Macabeus em Modin
LISTA DE DESENHOS
3 Infantaria Egípcia
8 Arco reforçado
9 Funda
13 Espadas
16 Rosto de guerreiro
17 Carroça e carros de guerra filisteus
18 Batalha de Quedes
20 Navio fenício
23 Pontas de flecha
32 Arco composto
33 Carta de Arade
38 Navio Egípcio
41 Inscrição em Siloé
1 O Palco Geográfico
9 As Guerras de Saul
11 Batalha de Micmás
12 As Guerras de Davi
25 As conquistas assírias
29 A Queda de Judá
31 Batalha de Bete-Horom
34 Batalha de Bete-Sur
35 As Expedições de Socorro de Judas e Simão
36 Batalha de Bete-Zacarias
c. 1050 Samuel.
c. 1025-1006 Saul.
Invasão de Chichac.
REINO E JUDÁ
BONNETT, Hans, Die Waffen der Völker des Alten Orients, leipzig,
J. C. Hinri-chs’ sche Buchhandlung, 1926, p. 57 (integral), 61, 67,
203 e 266.
Este livro teve início a partir de um projeto do mesmo título que foi
realizado há vinte anos. Ele se beneficiou de todas as investigações
e descobertas arqueológicas das últimas duas décadas, e
aproveitou-se da oportunidade da presente edição para redesenhar
os mapas e ilustrar a obra novamente.
CHAIM HERZOG
MORDECHAI GICHON
Notas do Prefácio
Nota 1 - Ver CHILD, B.S., “The Etiological Tale Reexamined”, VT XXXIV, 4, pp. 25-397 e
bibliografia, incluindo as obras básicas de H. Gressmann, M. Noth e A. Alt. Uma grande
parte do presente volume refuta a etiologia como base dos episódios militares da Bíblia.
Além da impossibilidade de inventar os pormenores, não podemos explicar
satisfatoriamente o motivo da sua invenção e do fato de negligenciar, na maior parte dos
casos, os pormenores relativos aos feitos individuais de bravura, tão caros aos antigos
terrenos cultivados. [Voltar]
Nota 2 - O âmbito da arqueologia bíblica é resumido por MYERS, E.M., “The Bible and
Archeology”, BA 47, 1984, pp. 36-40. Relativamente aos problemas multifacetados em
causa e às tentativas para a sua resolução, ver os artigos de W.G. Dever, citados nas notas
da presente obra. [Voltar]
Nota 3 - As nossas opiniões quanto à veracidade intrínseca dos pormenores das batalhas
bíblicas são apoiadas pela escola de pensamento que reclama, para uma grande parte da
narrativa da Bíblia, a autenticidade do “Sitz im Leben” [contexto de origem (N.T.)], que
significa que a matéria em discussão reflete verdadeiramente o contexto social, tecnológico
e intelectual da época da sua composição: BUSS, J., “The Idea of Sitz em Leben”, ZAW 90,
1978, PP. 158-170. [Voltar]
Nota 4 - Além das nossas, outras opiniões face ao valor histórico dos relatos bíblicos são
evidentes em muitas notas, tais como as notas 5 e 27 do capítulo 1. j. A. Sogin
(suplemento a zaw 100, 1988) observa corretamente que uma redação posterior, só por si,
não anula a autenticidade dos acontecimentos. Introduções úteis aos estudos bíblicos são:
RENDTDORFF, R., The Old Testament, Londres, 1985, SCHIMIDT, W. H., Introduction to
the Old Testament, Londres, 1984. [Voltar]
PARTE 1
CAPÍTULO 1
O CENÁRIO
O PALCO GEOGRÁFICO
ABRAÃO E OS PATRIARCAS
ao minimizar a superioridade do
adversário, tornando suas aliadas as características geográficas do
teatro de operações. Este “olho perspicaz” é o dom que os grandes
capitães têm de adivinhar as qualidades táticas do campo de
batalha.[Nota 27] A opção de Moisés pela estrada ao longo da costa
foi ditada pela sua apreciação de que seus perseguidores egípcios
teriam pouco espaço para manobrar com os carros ou quaisquer
outras tropas, e que o terreno abundava em características que
poderiam ser utilizadas para enredar as forças regulares do faraó. E
as investigações arqueológicas estabeleceram outro fato: na época
do Êxodo, as praças-fortes ao longo da estrada costeira, como a
fortaleza do Monte Cássio, não estavam permanentemente
guarnecidas, enquanto que a estrada principal (que é seguida pela
linha de caminho de ferro, construída pelos britânicos na Primeira
Guerra Mundial, e pela rodovia atual) se encontrava ocupada por
guarnições egípcias estacionadas em postos fortificados perto de
todas as fontes de água. O desejo de evitar essas defesas milita a
favor da opção pela rota costeira, apesar do fato de esta ser muito
diferente da rota do êxodo, a qual já na época bizantina (séculos V-
VI d.C.) se tornara uma tradição profundamente enraizada.[Nota 28]
Mas independentemente da verdadeira localização do reencontro,
Moisés atendeu corretamente ao provérbio “...com prudência faze a
guerra” (Pv. 20:18), muito antes de ter sido escrito.[Nota 29]
OS ANTECEDENTES DA CONQUISTA
Notas do Capítulo 1
Nota 6 - O único outro país da ponte terrestre palestina independente durante algum
tempo, o reino cruzado de Jerusalém, também derivou da sua dedicação e ideais religiosos
a força e a resistência para compensar a superioridade numérica mulçumana. [Voltar]
Nota 7 - GICHON, M., “The Influence of the Mediterranean shores upon the security of
Israel in historical retrospect”, in “The Sea and the Bible, Haifa, 1970, pp. 71-96. Cf.
YEIVIN, S., “Did the Kingdoms of Israel have a maritime police?”, in JQR 50, 1960, pp. 193-
228. [Voltar]
Nota 8 - Ver notas 30 e 31 [Voltar]
Nota 12 - “Quando José chegou junto dos irmãos, estes... lançaram-no à cisterna.
...Erguendo porém, os olhos, viram uma caravana de ismaelitas... Judá disse aos irmãos...
‘Vinde, vendamo-los aos ismaelitas...’ estes levaram José para o Egito”. (N.T.) [Voltar]
Nota 14 - Em relação à origem e destino dos hicsos, ver WINLOCK, H. E., The Rise and
Fall of the Middle Kingdoms in Thebes, Nova Iorque, 1947, pp. 91 sqq.; ALT, A., Die
Herkunft der Hycsos in Neuer Sicht, Berlim, 1954; MAZAR, B., Canaan and Israel,
Jerusalém, 1964, pp. 64 sqq. (H); os carros de guerra mais antigos que se conhecem são
os veículos sumérios de duas e quatro rodas, da primeira metade do terceiro milênio a.C.
Cf. YADIN, Warfare, pp. 36 sqq.; SALONEN, A., Notes on Wagons in Ancient Mesopotamia,
Helsínquia, 1950. [Voltar]
Nota 15 - Sobre Abraão e os Patriarcas, ver MALAMAT, A., in HJP I, pp. 37 sqq. (H);
ALBRIGHT, W. F., From the Stone Age to Christianity, Baltimore, 1940, pp. 179 sqq.;
BOEHL, F.M., Das Zeitalter Abrahams, Leipzig, 1930. [Voltar]
Nota 16 - McMUNN, G. e C. Falls, Military Operations in Egypt and Palestine II, 2, Londres,
1928, pp. 560-595; GLLUT, H.S., Official History of Australia in the War of 1914-1918 IV,
Sidney, 1923, pp. 743-775. [Voltar]
Nota 17 - [“Sobre as Leis da Paz e da Guerra” (N.T.)]. MUFFS, Y., “Abraham The Noble
Warrior”, JSS 33, 1982, pp. 81-107 e a presente citação de Grotius. [Voltar]
Nota 21 - NEWBERRY, P. E., Beni Hasan I, Londres, 1893, il. 28, 30-31. [Voltar]
Nota 23 - JARVIS, C.S., “The Fourty Years’ Wandering of the Israelites”, PEQ 70, 1938, pp.
32 sqq. Para uma abordagem completamente diferente e uma súmula de todas as teorias,
ver nota 28. [Voltar]
Nota 27 - FREDERICO II, Die Instruktion Friedrichs des Grossen für seine Generale von
1747, (ed: R: Foerster), Berlim, 1936, pp. 38 sqq., 42. [Voltar]
Nota 28 - HAREL, M., The Sinai Wanderings, Tel Aviv, 1968, pp. 90 sqq. (H). Harel analisa
todas as rotas propostas e reúne provas para mais uma. Segundo ele, os israelitas
seguiram um rumo central, de Ras Sudar para Kadesh-Barnea. Uma das fortalezas
egípcias que bloqueava a estrada principal, perto da estação ferroviária de Bir el Abd, foi
escavada há relativamente pouco tempo. Ver OREN, E., Qadmoniot VI, 1973, pp. 101-104.
[Voltar]
Nota 29 - Moisés viveu na segunda metade do século XIII a.C., e a autoria do Livro dos
Provérbios é geralmente atribuída a Salomão, que teria reinado entre 972 e 931 a.C. (N.T.)
[Voltar]
Nota 32 - Em Acre, por exemplo, Napoleão baseou-se em informações reunidas doze anos
antes por civis, e nas de um oficial ferido, antes de poder estudar convenientemente as
defesas. Ver GICHON, M., “Acre 1799, Napoleon’s first assault”, Army Quartely 89, 1964,
pp. 100 sqq. [Voltar]
Nota 33 - Trata-se de uma alusão a uma raça de gigantes que teria desaparecido no
Dilúvio. (N.T.) [Voltar]
AS CAMPANHAS DE JOSUÉ
O PLANO DA CONQUISTA
A QUEDA DE JERICÓ
A travessia do Jordão foi facilitada por um terremoto:
Muitas vitórias têm sido privadas dos seus frutos por causa da
incapacidade dos vencedores de explorarem o sucesso. Por
exemplo, os suecos não conseguiram – ou não quiseram – impedir
a retirada de Wallenstein após a Batalha de Lützen (1634), Wel
ington não teve meios para impedir a retirada ordeira e o
reagrupamento dos franceses depois da Batalha de Talavera (1805),
e Napoleão não conseguiu dar seguimento à sua vitória em Ligny,
em 1815, com a destruição das forças prussianas de Blücher,
permitindo ao velho marechal reforçar os Aliados dois dias mais
tarde, em Waterloo, o que provocaria a sua própria derrota.[Nota 47]
Assim, a doutrina moderna dá ênfase ao planejamento para explorar
a vitória, o que se tornou uma fase integral de qualquer operação,
incluindo a alocação de tropas e meios para o efeito rápido no
estágio de planejamento.
Antigamente, a exploração era habitualmente concretizada não
por tropas frescas, quase sempre indisponíveis, mas sim através de
um excedente de energia moral e força física, aumentado pelo júbilo
natural resultante da vitória em combate.
Notas do Capítulo 2
Nota 35 - Ver cap. I, nota 17. Em apoio da minha opinião acerca do significado inicial de
Zonah, ver SCHULTE, H., “Beobachtungen zum Begriff der Zona im A.T.”, ZAW 104, 1992,
pp. 255-262. [Voltar]
Nota 40 - GARSTANG, J., Foundations of Bible History: Joshua and the Judges, Londres,
1932, pp. 136-138. Desde tempos remotos que os terremotos têm causado muitas
pertubações físicas na Palestina. Ver AMIRAN, D., “A revised earthquake catalogue of
Palestine”, IEJ, pp. 223-246. relativamente às provas arqueológicas da conquista de Jericó,
ver KENYON, K. M., Digging up Jericho, Londres, 1957, pp. 256 e sqq. [Voltar]
Nota 42 - McMUNN e Falls, Military Operations, pp. 175-204; GULLET, Official History, pp.
126-163; KRESSENSTEIN, F.K.V., Mit den Türken zum Suezkanal, Berlim, 1938, pp. 171-
191. [Voltar]
Nota 43 - Embora possa ser uma designação historicamente incorreta, utilizamos o termo
“Via Maris” porque descreve apropriadamente a grande estrada que atravessava a
Palestina e se dividia a norte do Carmelo em dois ramais, um em direção à Fenícia e o
outro para Damasco, e numa via paralela no sentido de Bete-Chan. Contudo, o traçado não
foi sempre o mesmo. Ver BEITZEL, B. J., “The Via Maris”, BA 54, 1991, pp. 64-75. [Voltar]
Nota 44 - GICHON, M., “The Conquest of Ai” (Zer L’Gevurot), volume Shazar, Yearbook of
the Israel Society for Biblical Research, 1973, pp. 56-73 (H). [Voltar]
Nota 47 - FULLER, J. F. C., The Decisive Battles of the Western World and their Influence
upon History II, Londres, 1955, pp. 72 e 509. [Voltar]
Nota 50 - Sobre os marianu, ver CALLAGHAN, R. T. O., “New light on the Maryannu”,
Jahrbuch für Kleinasiastische Forschungen I, 1950-1951, pp. 309 sqq. Cf. REVIV, R.,
“Some comments on the Maryannu”, IEJ 22, 1972, pp. 218 sqq. Em comparação com os
contingentes tribais israelitas, não só os carros mas também todo exército cananeu era
bem organizado e sofisticado. Ver, por exemplo, RAINEY, A. F., “The Military personnel of
Ugarit”, JNES 24, 1965, pp. 17-27, e o seu Social Structute of Ugarit, Jerusalém, 1967, pp.
73-80. Sobre o carro de guerra, ver cap. 1, nota 14, e cap. 5, nota 141. [Voltar]
Nota 52 - Também existia uma cidade chamada Memerom, assim batizada em nome do
ribeiro adjacente. Devido à sua importância estratégica, for a destruída por Ramsés II (cf.
MALAMAT, HPJ, P. 61). Sobre a controvérsia relativa a esta batalha, ver AHARONI, Y., LB,
pp. 221 sqq. E notas de rodapé. Provas arqueológicas corroborando a nossa opinião a
favor da veracidade da sequência bíblica foram reunidas em YADIN, Y, Hazor, Londres,
1975, pp. 245 sqq. [Voltar]
Nota 54 - Séculos XII-XI a.C. (N.T.) 21. “Então, ele tomou os seus homens e dividiu-os em
três grupos; depois, pois-se de emboscada no campo. Mal viu o povo sair da cidade, correu
para ele e derrotou-o. Abimelec e os chefes que estavam irromperam e tomaram posição à
entrada da porta da cidade, enquanto os outros dois grupos se lançavam sobre todos os
que estavam no campo, ferindo-os. Abimelec lutou todo aquele dia contra a cidade; depois,
apoderou-se dela e massacrou toda a população que lá se encontrava; destruiu a cidade e
semeou-a com sal”. (N.T.) [Voltar]
Nota 55 - Sobre o termo Habiru, ver LEMCHE, M.P. ABD III, p. 95 (“Hebreu”) e pp. 7-10
(“Habiru”). [Voltar]
A grande força dos reis cananeus sem muita força estava nas
suas praças-fortes. Contudo, ficando atrás das suas muralhas não
poderiam subjugar os israelitas. Impunha-se um caminho mais ativo,
no qual o seu principal armamento, o carro de guerra, era
fundamental. Patrulhas de carros poderiam controlar as planícies –
particularmente as estradas -, fornecendo, se necessário, proteção
às caravanas comerciais e a todo o tráfego restante. As invasões
israelitas poderiam ser rapidamente descobertas ou interceptadas, e
até em terreno montanhoso os carros constituiríam um poderoso
apoio para a infantaria. De modo a tornar a coligação mais coesa, a
liderança suprema do esforço combinado foi atribuída a Sísera,
comandante do exército de Jabim e provavelmente também chefe
de um contingente próprio.
Freios provenientes de Tell el-Fare e do Norte da Síria.
Notas do Capítulo 3
Nota 58 - Ver cap. 1, notas 19 e 20. Sobre a natureza do cargo de juiz, ver MALAMAT, A.,
“Charismatic leadership in the Book of Judges”, Magnalia Dei, (eds: F. Cross, W. Lemke e
D. Miller), Nova Iorque, 1977, pp. 152-168. [Voltar]
Nota 59 - Ver DEVER, D. W., “Ceramics, Ethnicity and the Question of Israel’s Origins”, BA
58, 1995, pp. 200 sqq.; em particular a p. 221, onde se afirma que os cananeus eram
predominantes entre a amálgama de povos que colonizou as partes não habitadas da
Palestina Ocidental e cristalizou na nação de Israel. Todavia, Dever não explica o principal
ingrediente deste tipo de processo, a existência de um núcleo étnico dominante, consciente
da sua nacionalidade distinta, em torno do qual outros elementos se congregam ou por ele
são absorvidos. Este processo teve necessariamente de decorrer em uma ou duas
gerações (ou seja, antes de “Israel” ser explicitamente mencionada por Merneptah). Este
núcleo foi, de fato, a confederação tribal de Israel, a única a adotar como religião o
monoteísmo, tão estranho aos outros grupos étnicos que a ela se uniram. [Voltar]
Nota 60 - AHARONI, Y., “The battle of the Waters of Merom and the battle with Sisea”,
MHBT, p. 100 (H). [Voltar]
Nota 62 - Sobre os carros de guerra cananeus, ver YADIN, Warfare, pp. 86 sqq.; sobre
carros combinados com infantes cananeus armados com a tripla espada falciforme, ver
YADIN, p. 206; sobre os condutores de carros e piqueiros cananeus, e infantaria cananeia
equipada com cotas de malha, ver YADIN, p. 242. Relativamente à campanha de Tutmose
em Megido, ver FAULKNER, R. O., “The Battle of Megiddo”, Journal of Egyptian
Archaeology XXVIII, 1942. [Voltar]
Nota 65 - Ver GUICHON, M., “The origin of the Limes Palaestinae and the major phases in
its development”, Bonner Jahrbücher Beiheft XIX, 1967, pp. 175-193, e “The defense of the
Negev in military retrospect”, Maarachot, Abril de 1963, pp. 13-21 (H). [Voltar]
Nota 67 - Estas tribos constituíam um povo nômade que habitava no norte da Transjordânia
e no deserto da Síria. (N.T.) [Voltar]
Nota 68 - “Por medo dos Medianitas, os Israelitas prepararam nas montanhas, para si, as
cavernas, as grutas e os refúgios escarpados”. (N.T.) [Voltar]
Nota 69 - Acerca de Ofra, ver KLEINMAN, S., EB VI, col. 124-125, e LB, pp. 263-264.
[Voltar]
Nota 70 - A grande mobilidade dos nômades em todo o tipo de terreno implicava que a sua
intercepção tinha sempre que ser efetuada em duas forças distintas. A maior e menos
flexível bloqueava o maior número possível de rotas de retirada, de modo a dar ao outro
contingente, menor e mais móvel a possibilidade de perseguir os nômades na direção
certa. Durante mais de quinhentos anos, esta estratégia constituiu o conceito básico de
defesa da Roma imperial em todas as suas fronteiras do deserto (cf. GUICHON, M.,
Roman Frontier Studies, Tel Aviv, 1968, pp. 191 sqq.). Os homens que, segundo Jz 7:2,
eram “demasiado numerosos” devem ser entendidos como desnecessários para a força
perseguidora, que tinha de ser tão ágil e rápida como os guerreiros nômades. É discutível a
afirmação de que esta força terá sido reduzida a apenas trezentos homens, e podemos dar
como certo que o resto do povo não foi mandado embora, mas sim utilizado com as forças
de bloqueio. [Voltar]
Nota 71 - Cf. WAVELL, A.P., The Good Soldier, Londres, 1948; MALAMAT, A., MHBT, pp.
116-117. [Voltar]
Nota 72 - “Então os homens de Efraim lhe disseram: Que é isto que nos fizeste, não nos
chamando quando foste pelejar contra Midiã? E repreenderam-no asperamente. Ele,
porém, lhes respondeu: ...Orebe e Zeebe; que, pois, pude eu fazer em comparação ao que
vós fizestes? Então a sua ira se abrandou para com ele, quando falou esta palavra.” (Jz
8:1-3). (N.T.) [Voltar]
Nota 75 - Mas o comandante mameluco foi demasiado rápido para Reynier e conseguiu
fechar as portas diante dos atacantes franceses. Cf. GUICHON, M., “The sands of El Arish
and Mount Tabor”, Maarachot, Julho de 1964, p. 160 (H). [Voltar]
Nota 77 - Acerca dos filisteus, ver a súmula de MAZAR, B., “The Philistines and the rise of
Israel and Tyre”, Israel Academy of Sciences and Humanities I, Jerusalém, 1964, 7, e
RABAN, A., “The Philistines in the Western Jezreel Valley”, BASOR 248, 1991, pp. 17-28.
[Voltar]
CAPÍTULO 4
SAMUEL
A CAMPANHA DE MICMÁS
Cabeça de guerreiro de um
caixão filisteu, comparada
com a cabeça dos relevos
de Medinet Habu.
11. Batalha de Micmás
1. Posição de Saul em Migron.
2. Conquista de Jerusalém.
4. Subjugação da Filisteia.
7. Subjugação de Edom.
Notas do Capítulo 4
Nota 78 - Os feitos lendários de Sansão estão fora do âmbito da presente obra, embora
seja de realçar que foram realçados em áreas de grande significado estratégico. Sorá e
Estaol figuram como cidades importantes na época de Josafá. A primeira era uma fortaleza
real da época de Roboão (ver p. 199), onde Amacias e Joás se enfrentaram pela
supremacia dos respectivos reinos (2 Reis 14). Estas áreas foram também palco de
combates durante a Primeira Guerra Mundial e a Guerra da Independência Israelita. A
colina de Ali el-Muntat, na qual, segundo a lenda, Sansão depositou as portas de Gaza (Jz.
16:3), figurou decisivamente na campanha napoleônica (BONAPARTE, Napoleão,
Campagnes d’Egypt et de Syrie II), Paris, 1947, pp. 39-40, na Primeira Guerra Mundial
(McMUNN e Falls, Military Operations I, pp. 270 sqq.) e nas guerras israeloárabes de 1956
e 1967. Cf. GUICHON, “Carla’s Atlas of Palestine from Bethther to Tel Hai”, Military History
II, 1974, pp. 85 e 104, e bibliografia, p. 118. [Voltar]
Nota 80 - Acerca do contexto geral, ver LB, p. 286, e PECKHAM, B., “Deuteronimistic
History of Saul and David”, ZAW 97, 1985, pp. 190-209. [Voltar]
Nota 81 - Por exemplo, nas batalhas de Ain Jalut, em 1260, e Radanija, em 1616. Ver
GICHON, M., “Carta’s Atlas”, pp. 65 e 74, e SMAIL, R.C., Crusading Warfare 1097-1193,
Cambridge, 1956, pp. 78 sqq. [Voltar]
Nota 82 - Acerca de Cannae, ver DELLBRÜCK, H., History of the Art of War I, Londres,
1975, pp. 315-335. FREDERICO II, Principes Généraux de la Guerre, Berlim, 1748, cap.
11. [Voltar]
Nota 83 - “Ora, Jônatas feriu a guarnição dos filisteus que estava em Geba, o que os
filisteus ouviram; pelo que Saul tocou a trombeta por toda a terra, dizendo: Ouçam os
hebreus.”. (N.T.) [Voltar]
Nota 84 - Um exemplo vívido e bem ilustrativo das consistências dos valores táticos
inerentes à topografia da Terra Santa é-nos dado pela 181.ª Brigada de 60.ª Divisão,
destacada por Allemby para conquistar Micmás, a 12 de fevereiro de 1917. Na véspera do
ataque, depois de ler a sua Bíblia, o major da brigada persuadiu o seu comandante a
cancelar o ataque frontal e a copiar a aproximação furtiva de Jônatas, seguindo
exatamente o mesmo caminho. [Voltar]
Nota 85 - A Bíblia refere ainda um outro fator que teria contribuído significativamente para a
completa desorganização e derrota dos filisteus: “Os hebreus que estavam dantes com os
filisteus, e tinham subido com eles ao arraial, também se ajuntaram aos israelitas que
estavam com Saul e Jônatas” (1 Sm 14.21). (N.T.) [Voltar]
Nota 86 - “Ao que disse Saul: Assim me faça Deus...se tu, certamente, não morreres,
Jônatas. Mas o povo disse a Saul: Morrerá, porventura, Jônatas, que operou esta grande
salvação em Israel? Tal não suceda! como vive o Senhor, não lhe há de cair no chão um só
cabelo da sua cabeça! pois com Deus fez isso hoje. Assim o povo livrou Jônatas, para que
não morresse” (1 Sm 14:44-45). (N.T.) [Voltar]
Nota 87 - “Maldito o homem que comer pão antes da tarde, antes que eu me vingue de
meus inimigos” (1 Sm 14:24). (N.T.) [Voltar]
Nota 88 - Cf. A célebre peça de H. von Kleist, “Der Prinz von Homburg”. BECKE, A.F.,
Napoleon at Waterloo vol. II, Londres, 1914, pp. 158 sqq. [Voltar]
Nota 90 - “Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate,
que tinha de altura seis côvados e um palmo [3,25 m]. Trazia na cabeça um capacete de
bronze, e vestia uma couraça escameada, cujo peso era de cinco mil siclos de bronze [60
kg]. Também trazia grevas de bronze nas pernas, e um dardo de bronze entre os ombros.
A haste da sua lança era como o órgão de um tear, e a ponta da sua lança pesava
seiscentos siclos de ferro [7 kg]” (1 Sm 17:4-7). (N.T.) [Voltar]
Nota 91 - A este propósito, refira-se que a vitória sobre Golias não é unanimemente
atribuída a Davi (2 Sm 21:19), e diz-se também que o vencido não foi Golias, mas sim o
irmão seu (1 Cr 20:5). (N.T.) [Voltar]
Nota 92 - KELLERMANN, D., “David und Goliath im Lichte der Endokrinologie”, ZAW 102,
1990, pp. 347-357. Sobre o armamento de Golias, ver BROWN, J. P., “Peace Symbolism”,
VT XXI, 1970, PP. 1-32. [Voltar]
Nota 94 - Acerca da presença filisteia nos vales do Norte, ver ROWE, A., The Topography
and History of History of Beth-shen, Filadelfia, 1930, pp. 23 sqq.; GARSTANG,
Foundations, pp. 310 sqq.; ALT, A., “Das Stützpunktsystem des Pharaonen Beiträge zur
Bliblischen”, Landres und Altertumskunde LXVIII, 1950. [Voltar]
Nota 95 - Pensa-se que o termo bíblico “Seren”, que denota o título dos governantes da
Pentápole filisteia, deriva da mesma raiz que a palavra grega para “tirano”. Em função do
seu revivalismo, é atualmente utilizada para designar a patente de capitão. [Voltar]
Nota 96 - Mas os chefes dos filisteus muito se indignaram contra ele, e disseram a Áquis:
Faze voltar este homem para que torne ao lugar em que o puseste; não desça ele conosco
a batalha, a fim de que não se torne nosso adversário no combate; pois, como se tornaria
este agradável a seu senhor? Porventura não seria com as cabeças destes homens? Este
não é aquele Davi, a respeito de quem cantavam nas danças: Saul feriu os seus milhares,
mas Davi os seus dez milhares? [Voltar]
A MONARQUIA UNIDA
A tradição judaica recorda o reinado de Davi como a primeira
Idade de Ouro do povo judaico. Foi Davi quem criou o império
israelita que se estendia “da entrada em Hamate à Torrente do Egito
[Uádi El Arish]” ou, noutra versão, “do rio do Egito ao grande rio
Eufrates”. Embora este império se tenha desintegrado cerca de
oitenta anos após a sua fundação e tenha sido restaurado, apenas
durante trinta anos, na época de Uzias de Judá e Jeroboão II de
Israel (c.785-750 a.C.), Davi conseguiu fundir as tribos israelitas
numa entidade nacional de tamanha coerência que mesmo depois
de o reino se dividir em dois, o povo judaico manteve-se, durante
mais de mil anos – sem levar em conta breves intervalos – como o
fator dominante na ponte terrestre palestina.
3. Milo.
4. Porta Norte.
A CONQUISTA DE JERUSALÉM
semelhantes.
O segundo corpo do exército real de Davi era constituído de
mercenários.
OS CARROS DE SALOMÃO
A origem do carro de guerra, o antepassado das nossas
modernas forças motorizadas em geral e dos tanques em particular,
pode ser traçada até a Suméria do terceiro milênio a.C.[Nota 140] Os
antigos sumérios desenvolveram um veículo de combate pesado,
com quatro rodas e um ligeiro, com duas. Tal como ainda acontece,
o desenvolvimento de um veículo de combate – neste caso, um
carro puxado por cavalos – foi influenciado por quatro fatores:
proteção, poder de fogo, velocidade (incluindo a manobrabilidade) e
capacidade para todo o terreno. Já mencionamos os carros
cananeus. Os cananeus tinham descoberto o carro de guerra
durante o período dos hicsos (séculos XVIII a.C.), quando uma
grande parte da Palestina passou a integrar o império construído
pelos hicsos, que utilizavam o carro de guerra em larga escala. Os
egípcios terão começado a utilizar o carro sob influência dos hicsos,
e melhoraram-no durante as suas guerras em Canaã (séculos XVI-
XIV a.C.) e contra o rival hitita da Ásia Menor e outros vizinhos do
Norte.
A REDE DE FORTIFICAÇÕES
A REDE VIÁRIA
A reserva geral do exército de Salomão era mantida em
Jerusalém. A Bíblia afirma explicitamente que incluía a reserva
estratégica de carros, uma afirmação que implica a existência de
estradas bem guardadas para deslocar rapidamente os carros,
explorando as linhas interiores para executar ações ofensivas fora
da cintura de bases fortificadas e apoiar forças empenhadas em
combate perto de qualquer uma das fortalezas. Embora não fossem
certamente pavimentadas, estas estradas eram obviamente bem
niveladas, para permitirem o tráfego de veículos, e dispunham de
sinalização. Devido à ausência de um movimento contínuo e
permanente (inaudito neste país até a época de Herodes), deve ter
existido um serviço regular de manutenção de estradas, sendo os
pontos mais necessitados os riachos e as partes de montanha.
18 A infraestrutura do Reino de Salomão
(Os números denotam os distritos)
A ORGANIZAÇÃO LOGÍSTICA
Notas do Capítulo 5
Nota 98 - Sobre os Jebuseus, ver ALT, A., Palästina Jahrbuch 24, 1928, pp. 79-81; MAZAR,
B. (Maisler), JPOS 10, 1930, pp. 189 sqq., e Sefer Yerushalayim, Avi-Yonah (ed.), 1,
Jerusalém, 1956, pp. 107 sqq. (H); AVIGAD, N., IEJ 5, 1955, pp. 163 sqq. [Voltar]
Nota 100 - A versão portuguesa das duas passagens citadas acima emprega a palavra
“fortaleza”. (N.T.) [Voltar]
Nota 101 - YADIN, Warfare, pp. 268-269; ver também nota seguinte. [É verdade que os
Jebuseus disseram a Davi que ele seria repelido “até por cegos e coxos”, uma metáfora
que é explicada na frase seguinte: “Isto queria dizer: ‘Nunca entrarás aqui’” (2 Sm 5:6). Em
lugar de procurar interpretações de caráter sobrenatural, não seria a cidadela tão
inexpugnável que bastariam “cegos e coxos” para a defender? (N.T.)] [Voltar]
Nota 102 - Relativamente ao tzinor, ver o diagrama da p. 246 da presente obra e KENYON,
Digging up Jerusalém, pp. 84 sqq. As muitas explicações rebuscadas para 2 Sm 5:6-9 e 1
Cr 11:4-6, parcialmente sumariadas por MAZAR, Sefer Yerushalayim, pp. 108-110, não são
convincentes de uma perspectiva militar. Quanto à conquista em duas etapas, primeiro da
cidadela e depois do resto da cidade, como decorre de uma leitura literal da sequência dos
acontecimentos no original em hebraico, importa referir que a tradução de “Ijr David” por
“Cidade de Davi” é deficiente porque “Ijr” tem também o significado mais restrito de
“fortaleza de uma cidade”. Cf. 2 Cr 26:6, que deveria ler “construiu cidadelas em Asdod...”.
2 Sm 5:9 fixa a localização da cidadela na extremidade norte da cidade, que Davi ligou ao
Monte do Templo através de uma fortificação (o “Milo”). Em épocas posteriores, a cidadela
foi provavelmente alargada sobre esta fortificação, e parece ter adquirido o seu nome. Cf.
SIMONS, J., Jerusalém in the Old Testament, Leiden,1952, pp. 131 sqq., e SHILON, Y.,
NEAEHL II, s.v., Jerusalém, pp. 70-74. [Voltar]
Nota 103 - Warren fez as suas descobertas na segunda metade da década de 1860. (N.T.)
[Voltar]
Nota 104 - KENYON, K.M., Digging up Jerusalém, pp. 84 sqq. SHILOH, Y., loc. Cit. [Voltar]
Nota 105 - “E Davi consultou ao Senhor, que respondeu: Não subirás; mas rodeia-os por
detrás, e virás sobre eles por defronte dos balsameiros.” (2 Sm 5:23). (N.T.) [Voltar]
Nota 107 - O período de Primeiro Templo decorreu entre c. 968 e 562 a.C. Davi reinou
entre c. 1012 e 972 a.C. (N.T.) [Voltar]
Nota 108 - Ver YEIVIN, S., “The Wars of David”, MHBT, p. 156. [Voltar]
Nota 110 - Ver MAZAR, Canaan and Israel, pp. 245-269. Sobre os Arameus, ver
MALAMAT, A., “The Arameans”, Peoples of the Old Testament (ed. D.J. Weiseman),
Oxford, 1973, pp. 134-135. Cf. ABD I, pp. 338 sqq., 345 sqq. [Voltar]
Nota 111 - Acerca do “vizinho do vizinho” na história europeia, veja-se a Rússia czarista, a
Prússia e a Alemanha em relação à Polônia; a Espanha dos Habsburgos, dos Bourbons e
de Franco e a Alemanha em relação à França, e a Escócia e a França em relação à
Inglaterra. [Voltar]
Nota 112 - “...os amonitas... enviaram e alugaram dos sírios de Bete-Reobe e dos sírios de
Bete-Reobe e dos sírios de Sobá vinte mil homens de infantaria, e do rei de Maacá mil
homens, e dos homens de Tobe doze mil.” (2 Sm 10:6). (N.T.) [Voltar]
Nota 113 - Agradecemos ao coronel Eric Patterson, dos Royal Engineers, por nos ter
informado destes fatos, e em particular do nome do regimento em questão. [Voltar]
Nota 114 - GICHON, “Carta’s Atlas”, pp. 36, 37, 201 e bibliografia. Ver também PLAYFAIR,
I. S. O., et. al., History of the Second World War: The Mediterranean and Middle East 2,
Londres, 1956. [Voltar]
Nota 115 - A perda da(s) estrada(s) costeira(s) ou da Estrada Real significava que as
forças inimigas poderiam operar ao longo dos flancos dos reinos judaicos ou contorná-los
na ponte terrestre. Este fato tornou-se terrivelmente evidente sempre que os reinos foram
empurrados para os redutos de montanha (ver capítulos seguintes) ou quando, numa
época posterior, os cruzados perderam o domínio da Transjordânia. O controle das zonas
na orla do deserto era de suma importância para a contenção de forças hostis
acostumadas às condições do deserto. A sua perda, cerca de 634 d.C., permitiu aos
mulçumanos deslocarem as suas forças entre a Síria e o Neguebe sempre que necessário.
Cf. GICHON, “Carta’s Atlas”, pp. 18-19. [Voltar]
Nota 116 - Ver capítulo 1, nota 7. em “The Philistines and the Rise of Israel” (cap. 4, nota
1), p. 19, Mazar afirma que nesta época existia uma suserania egípcia sobre a costa
filisteia. Os relatos bíblicos demonstran que a enfraquecida XXI Dinastia não constituía
uma ameaça para os israelitas, mas é possível considerar a hipótese de uma esfera de
influência comum. Somente com o Egito regenerado dos anos de declínio de Salomão é
que os egípcios tentam abertamente expulsar os israelitas. A abstenção por parte de
Salomão e Uzias, no auge do seu poder, de judaizarem os mercados do tráfego comercial
transneguebita, não pode ser atribuída a razões militares ou puramente políticas [Voltar]
Nota 117 - Acerca das fortificações na orla do deserto, ver CLARK, D. R., “The Iron I
Western Defense System at Tel Umeri, Jordan”, BA 57, 1994, pp. 138-148. [Voltar]
Nota 118 - Sobre a ordem de batalha persa em Arbela, ver ABRIANO, Anabasis, III, 8, 3-
15; sobre os auxiliares romanos, ver WEBSTER, G., The Imperial Roman Army, Londres,
1969, pp. 124-155. No século XVI, ainda havia uma constante procura de besteiros
genoveses, de piqueiros e alarbadeiros suíços, e de cavalaria ligeira croata e de outras
regiões, devido aos seus modos de combate tradicionais. [Voltar]
Nota 119 - Na ausência das tribos de Gade e Aser da lista fornecida em 1 Cr 27:16-22
dever-se-á ao lapso de um copista posterior, possivelmente ao contar doze tribos e
esquecendo-se de que as quatro meias-tribos que habitavam a Cisjordânia e a
Transjordânia são enumerados separadamente. Sobre uma opinião algo divergente acerca
dos negidim [nobres governantes (N.T.)], cf. YEIVIN, S., The Administration in Ancient
Israel in the Kingdoms of Israel and Judah (ed. A. Malamat), Jerusalém, 1961, pp. 47-61
(H). [Voltar]
Nota 120 - Também chamada Versão Autorizada, trata-se de uma tradução inglesa
publicada em 1611. O Antigo Testamento, tema da presente obra, foi traduzido a partir do
chamado texto massotérico (TM), a versão hebraica fixada ao longo dos séculos. Refira-se
que o TM apresenta diferenças importantes em relação à versão grega da Septuaginta,
que talvez se baseie em outro original em hebraico. (N.T.) [Voltar]
Nota 126 - Ver MAZAR, “The Philistines and the Rise of Israel”, p. 187. Sobre os cereteus,
ver ALBRIGHT, W.F., “A Colony of Cretan Mercenaries on the Coast of the Negev”, JPOS 1,
1921, pp. 187-199, e DECLOR, M., “Les Kerethim et les Cretois”, VT XXVIII, 1978, PP. 409-
422. [Voltar]
Nota 127 - Quando Josué estabeleceu as tribos israelitas em Canaã, a tribo de Levi foi a
única a receber cidades, mas não lhe foi atribuído nenhum território. Os levitas estavam
incubidos de deveres religiosos específicos, e possuíam também responsabilidades
políticas. (N.T.) [Voltar]
Nota 128 - MAZAR, B., VT, Sup. 7, 1960, pp. 193-205. Cf. ALT, A., “Festugen und
Levitenorte im Lande Juda” in kleine Schriffen II, pp. 306-315. A proposta de datar a lista de
cidades levíticas em épocas posteriores não faz sentido (geográfico) levando em conta a
alteração da situação política, o os argumentos que a relegam para o reino da ficção não
são convincentes. Ver BEN ZVI, E., JSOT 54, 1992, pp. 77-100. [Voltar]
Nota 129 - A falange teve sua origem com os Sumérios do terceiro milênio a.C., conforme
prova a estela em relevo de Eanatum Rei de Lagash. Ver PARROT, A., Tello, Paris, 1948, il.
Vib. [Voltar]
Nota 130 - Divisível por quatro: ver Ex 12:37/ Nm 2 (menos Gade); 31:5/ Js 4:13; 7:4; 8:3/
Jz 7:8; 20:15.34/ 1 Rs 10:26; 20:15/ 1 Cr 27:1/ 2 Cr 14:8; 26:13. Divisível por três ou
especificamente mencionada como tendo sido dividida em três: todas as referências
assinaladas com asterístico, e também Jz 7:16/ 1 Sm 13:5/ 2 Sm 18:2. [Voltar]
Nota 131 - MAZAR, “The Gibborim of David”, in Canaan and Israel, pp. 189-190. [Voltar]
Nota 132 - GUICHON, M., “The Defenses of the Salomonic Kingdom”, in PEQ, 1968, pp.
113-114. [Voltar]
Nota 133 - Também conhecido por Sesonquis, Checac ou Sheshonq. (N.T.) [Voltar]
Nota 135 - O texto da versão portuguesa não parece consubstanciar estas afirmações:
“...deu o rei Salomão a Hirão vinte cidades na terra da Galiléia. Hirão, pois, saiu de Tiro
para ver as cidades... porém não lhe agradaram. Pelo que disse: Que cidades são estas
que me deste, irmão meu? De sorte que são chamadas até hoje terra de Cabul” (1 Rs 9:11-
13). A expressão “terra de Cabul” significa “terra de nada”. (N.T.) [Voltar]
Nota 136 - Ver capítulo 1, nota 7. A aliança com Tiro, que Salomão cimentou cedendo
Cabul, foi frutuosamente explorada para empreendimentos marítimos conjuntos no Mar
Vermelho, desafiando o monopólio egípcio sobre a região. Ver pp. 126 e 229 sqq. [Voltar]
Nota 138 - Os números citados são questionáveis, embora não estejam necessariamente
errados. Em 1 Rs 5:6 (VA 4:26) são mencionados 40.000 “urwot”, ou seja, estábulos ou
manjedouras. Não nos ajuda G. I. Davies, o qual segere, em JSS XXXIV (1989), que por
analogia com outras línguas semíticas leiamos “urwot” como “parelhas de cavalos”. Mas
sim o número torna-se irrealista, e além disso esta tradução não se enquadra com os dois
outros casos de “urwot” presentes na Bíblia (2 Cr 9:25; 32:28). [Voltar]
Nota 143 - Versão João Ferreira de Almeida: “E tomou-lhe Davi mil e setecentos cavaleiros
e vinte mil homens de infantaria; e Davi jarretou a todos os cavalos dos carros, reservando
apenas cavalos para cem carros.” (N.T.) [Voltar]
Nota 144 - Para uma descrição pormenorizada, global e individual, das fortalezas do Rei
Salomão, ver GUICHON, “The Defenses”, pp. 113-126. [Voltar]
Nota 145 - Sobre Megido: SHILOH, Y., NEAEHL III, PP. 1016-1023. Haçor: BEN TOR, A.,
ibid. II, pp. 594-605. Guézer: DEVER, W.G., ibid. II, pp. 502-506. Tadmor: ver cap. 10, nota
255. [Voltar]
Nota 147 - As recentes dúvidas quanto à datação salomônica das torres com seis salas e
das cortinas adjacentes, escavadas por Yadin em Haçor, Megido e Gézer, não são
minimamente convincentes, mesmo depois das escavações complementares. Algumas
conclusões apressadas, por exemplo, WHITMAN, G.T., BASOR 277, 278, PP. 5-22) foram
criticadas por DEVER, W.G., ibid., pp. 121-130. Whitman ignora os períodos então
existentes quando nega que Salomão necessitasse de fortificações. Além do mais, os
líderes previdentes fortaleciam sempre os seus reinos, particularmente após um período de
expansão. [Voltar]
Nota 149 - Nome dado à mais importante tradução grega do Antigo Testamento,
alegadamente feita por 72 tradutores, do século III ao século II a.C., maioritariamente no
Egito e sem ligações rabínicas. (N.T.) [Voltar]
OS PRIMÓRDIOS DE ISRAEL
A SUCESSÃO DE ROBOÃO
O CISMA
O EXÉRCITO ISRAELITA
Notas do Capítulo 6
Nota 153 - Roboão fora já proclamado rei em Jerusalém pela tribos de Judá e Benjamim.
Ao deslocar-se a Siquém, pretendia ser aclamado também pelas dez tribos do Norte,
referidas nesta passagem como “todo o Israel”. (N.T.) [Voltar]
Nota 155 - GLUECK, N., “Tel el Khafeila”, NEAEHL II, p. 582. [Voltar]
Nota 156 - Sobre os arameus versus Israel, ver MAZAR, Canaan and Israel, pp. 245-269.
[Voltar]
Nota 157 - Em uma das versões portuguesas lê-se “cavalaria” em vez de “carros”. (N.T.)
[Voltar]
Nota 158 - Sobre Tirça e as suas fortificações, ver DE VAUX, R., “La troisième campagne
de fouilles à Tel-el-Farah”, RB 58, 1951, pp.409 sqq. [Voltar]
Nota 161 - O autor descobriu alguns restos típicos, tais como fragmentos de recipientes e
tigelas de cerâmica de Samaria, semelhantes aos referidos em AMIRAN, R., The Ancient
Pottery of Eretz Israel, Jerusalém, 1963, pp. 195 sqq. e Il. 75 II (a) e (b). [Voltar]
Nota 162 - Sobre as fortalezas da “Linha Neftali” através dos tempos, ver GICHON,
“Carta’s Atlas”, pp. 24-25 e 71. [Voltar]
Nota 163 - Acerca da estela de Mecha, ver ALBRIGHT, ANET, P. 320. [Voltar]
Nota 164 - Sobre Samaria e as suas fortificações, ver CROWFOOT, J.W., KENYON, K. M.
E SUKENIK, E. L., The Buildings at Samaria, Londres, 1942, pp. 5 sqq. O autor refere-se
ao relatório das escavações de Reissner e Fisher. Se acrescentarmos a fortaleza de Ibleam
(uma cidade levítica), ainda não escavada, que guardava os acessos originários do Norte,
pelo vale de Jezrael, e com origem a noroeste, pelo vale de Dotan, às três poderosas
cidades fortificadas de Siquém (cf. WRIGHT, G.E., Shechen: The Biography of a Biblical
City, Londres, 1950, p. 150), Samaria e Tirça, obtemos um quadrilátero de fortificações
idealmente concebidas para protegerem o coração da Samaria, e também para servirem
de rampas de lançamento e pontos de apoio para ofensivas em quatro direções diferentes.
Comparada com o famoso quadrilátero habsburgo do Norte de Itália (secs. XVII-XVIII), a
solução dos antigos israelitas parece melhor. [Voltar]
CAPÍTULO 7
A INVASÃO DE BENE-HADADE II
19. Bene-hadade cerca samaria
1. Cintura de cerco.
A AMEAÇA ASSÍRIA
Notas do Capítulo 7
Nota 165 - 1 Rs 20: 7-14. Do versículo 12, torna-se evidente que Bene-Hadade já se
encontrava acampado frente a Samaria, sitiando-a pelo que os anciãos e os governadores
de distrito, já se encontrariam dentro da cidade. Antes da invenção do telefone, não teria
sido possível a um comandante orientar as suas tropas a partir de um quartel-general a 60
km do teatro de operações (cf. YADIN, Warfare, pp. 305 sqq.). [Voltar]
Nota 166 - Sobre os nearin, ver DE VAUX, Ancient Israel, pp. 220-221. [Voltar]
Nota 167 - Na versão portuguesa: “Quer eles venham para tratar de paz ou combater,
prendei-os vivos”. (N.T.) [Voltar]
Nota 168 - McMUNN e Falls, Millitary Operations II, 2, pp. 416-546; GULLET, Official
History of Australia, pp. 692-712; GUHR, H., Als türkischer Divisionskommandeur in
Kleinasien und Palästina, Berlim, 1937, pp. 248-261; GICHON, “Carta’s Atlas”, p. 109.
[Voltar]
Nota 169 - “Dia Negro”, nome atribuído pelo calendário romano aos dias extremamente
funestos e aziágos. (N.T.) [Voltar]
Nota 173 - Cf. LB, p. 381, notas 14 e 15. Em qualquer dos casos, é impensável transferir a
batalha para o vale do rio Jarmuc. [Voltar]
Nota 174 - Cf. LB, p. 381, notas 14 e 15. Em qualquer dos casos, é impensável transferir a
batalha para o vale do rio Jarmuc. [Voltar]
Nota 175 - Acerca das relações entre Israel e a Assíria, ver MALAMAT, “The Wars of Israel
and Assyria”, in MHBT, pp. 241 sqq. [Voltar]
Nota 178 - YADIN, Warfare, p. 297. Todavia, esta passagem poderá apenas querer dizer
que ambos se deslocavam em carros. [Voltar]
Nota 180 - Para uma opinião extrema, ver NAAMAN, N., Tel-Aviv 3, 1976, pp. 89-106.
Todavia, parte da sua argumentação não é relevante (ver o nosso texto). [Voltar]
Nota 181 - GUNTER, E., The Officer’s Field Note and Sketch Book and Reconnaissance
Aide-Memoire (14ª edição revista), Londres, 1912, pp. 58 sqq. [Voltar]
Nota 183 - Sobre o Norte de Gileade, zona de conflito de interesses entre Aram e Israel,
ver MAZAR, Canaan and Israel, pp. 245 sqq., e MAZAR, “Havoth Yair”, in EB III, pp. 66-67.
[Voltar]
Nota 186 - ANET, para. (25). Escavações de Aroer, ver NEAEHL (ed. Avi-Yonah), pp. 99-
100 [Voltar]
CAPÍTULO 8
Mas quando Jorão foi ferido (não longe do local onde o pai
recebera o seu ferimento fatal) e teve de abandonar o combate para
recuperar-se no seu palácio de Jezreel, eclodiu uma revolta no
campo aliado. O profeta Eliseu aproveitou a ausência do rei de Judá
no acampamento (que fora visitar o seu primo Jorão, em
convalescença) para transformar em rebelião declarada o
descontentamento latente que há muito sentiam os que se opunham
às tendências autocráticas e às práticas culturais e religiosas
estrangeiras que se espalhavam pelo país.
A ASCENSÃO DE ARÃ
Para celebrar a sua grande vitória, Hazael erigiu em Dã, uma das
fortalezas conquistadas, um marco fronteiriço cujos fragmentos
foram recentemente desenterrados. A inscrição declara, inter alia:
“Parti dos sete distritos (?) do meu reino e matei setenta (?) reis que
aparelhavam milhares de carros e milhares de cavalos (?). Matei
Jorão, filho de Acabe, rei de Israel e... Acazias, filho de Jorão, da
casa de Davi...”[Nota 196]
Início, à direita:
É possível que esta indecisão política tenha sido a razão pela qual
Israel não se juntou à coligação formada sob a liderança de Uzias
de Judá. Dado o silêncio do texto bíblico em relação a este assunto,
restam-nos apenas as inscrições assírias severamente mutiladas
descobertas em Calah, no Eufrates. A batalha, travada no Norte da
Síria, foi, na melhor das hipóteses, inconcludente. Um ou dois anos
depois, em 738 a.C., Tiglat-Falasar III (a Bíblia chama-lhe Pul)
invadiu toda a Síria e impôs um pesado tributo a Israel e Judá. O
consentimento de Israel na suserania assíria provocou a revolta de
Pecá, filho de Remalias, um oficial superior, contra Pacaías, o
monarca reinante. Pecá era gileadita, e a sua ascendência foi típica
da crescente importância de Gileade e dos seus homens no reino
israelita. Apelando ao amor próprio dos seus compatriotas, cientes
do seu primado histórico sobre os cisjordanos e da sua importância
econômica e militar, Pecá serviu-se de uma companhia de gileaditas
para derrubar e matar o seu rei e senhor. Para reforçar o seu
domínio sobre Israel, Pecá certamente chamou unidades adicionais
do seu posto permanente em Gileade, deixando a região
completamente exposta a um ataque de Damasco (que se subtraíra
à hegemonia judaica algum tempo antes).
A QUEDA DE ISRAEL
Notas do Capítulo 8
Nota 187 - KRESSENSTEIN, Mit den Türken, pp. 181 sqq. [Voltar]
Nota 188 - Ver LIVER, “The Wars of Mesha, King of Moab”, PEQ 99, 1967, p. 30. A outra
parte da passagem da Bíblia (2 Rs 3:27) não é muito clara: “Isto provocou grande
indignação [em hebraico: “Ketezef”, mais precisamente “fúria”] contra Israel, que se retirou
dali e voltou para a sua terra” [refira-se que na versão portuguesa se lê: “provocou grande
indignação em Israel” (N.T.)]. Por que a fúria contra Israel? STERN, P. D., “Of Kings and
Moabites”, HUCA LIV, 1933, pp. 1-14, não oferece uma resposta convincente. Todavia,
avança a hipótese de o príncipe sacrificado ser o herdeiro ao trono edomita, que poderia
ter sido capturado durante os combates (ibid. p.26). Se foi este o caso, poderemos ter aqui
outra explicação para a “fúria” como recriminações dos edomitas contra Israel: falta de
apoio quando atacados, etc. Com as suas linhas de comunicações ameaçadas, os
israelitas retiraram apressadamente. [Voltar]
Nota 189 - 2 Rs 5. A jovem aconselharia a cura para Naaman, que sofria de lepra. (N.T.)
[Voltar]
Nota 191 - 2 Rs 7:6 refere que os arameus também receavam uma intervenção egípcia. Os
contatos entre Jorão e o Egito seguiam a política egípcia de responder a qualquer
aquisição de supremacia por um dos Estados da ponte terrestre palestina auxiliando a
parte aparentemente mais fraca. Recordamo-nos do “equilíbrio de poder” praticado pela
Grã-Bretanha na Europa continental, particularmente na Holanda, um “país-ponte” com
muitas características geográficas semelhantes às de Israel. Nesta época, o Egito estava
preocupado, entre outras coisas, com o seu abastecimento de cedro no Líbano, vital para a
manutenção da sua marinha. [Voltar]
Nota 193 - MAZAR (Maisler), B., Untersuchungen zur alten Geschichte und Ethnographie
Syries und Palästinas, Giessen, 1930; TADMOR, H., in HJP I, pp. 122 sqq. [Voltar]
Nota 194 - BIRAN, A., e J. Naveh, “An Aramaic Stele Fragment from Tel Dan”, IEJ 43,
1993, pp. 81-98, e “The Tel Dan Inscription: A New Fragment”, IEJ 45, 1995, pp. 1-18. Esta
é a primeira menção do Rei Davi e do Rei Acazias em uma fonte não bíblica,
envergonhando os “zelosos” críticos que pusessem desnecessáriamente em dúvida a
própria existência de Davi e Salomão. [Voltar]
Nota 195 - Joás aproveitou-se obviamente da crescente pressão assíria sobre Aram:
WEIPERT, M., “Die Feldzüge Adadniranis III”, ZDPV 108, 1992, pp. 42-67. [Voltar]
Nota 196 - A “Lodebar” referida em (Am 6:13) está erroneamente traduzida de forma literal
pela Versão Autorizada como uma “coisa de nada”, mas trata-se de fato, do nome de uma
cidade mencionada em fontes bíblicas e externas (ex: 2 Sm 17:27). [A versão portuguesa
não enferma deste “problema”. (N.T.)] [Voltar]
Nota 197 - LIPINSKI, E., “An Israelite King of Hamate?”, VT 21, 1971, pp. 371-373. [Voltar]
Nota 199 - Acerca do relevo representando o novo exército assírio, ver YADIN, Warfare, pp.
406 sqq. [Voltar]
Nota 200 - Para uma sinopse histórica da última fase do reino de Israel, ver TADMOR, H.,
HPJ I, pp. 133 sqq. [Voltar]
Nota 201 - Acerca do contexto da complexa situação política, ver EHRLICH, C. B.,
“Coalition Politics in 8th cent. BCE Palestine”, ZDPV 107, 1991, pp. 406 sqq. [Voltar]
Nota 202 - MITTMANN, S., “Gabbutuna”, ZDPV 105, 1989, pp. 56-59. [Voltar]
Nota 203 - Para um relato pormenorizado e com bibliografias relevantes, ver GICHON, M.,
“The Fortifications of Judah”, MHBT, 410-425. Algumas ideias divergentes encontram-se
em KALLAI, Z., “The Kingdom of Jerusalem”, Enciclopédia Judaica 10, pp. 246 sqq. [Voltar]
Nota 204 - No original, “Judeans”. A língua inglesa permite distinguir facilmente entre
súbditos do Reino de Judá (Judeans) e judeus em geral (Jews). Embora a palavra “judeu”
derive de “Judá” e “Judéia”, utilizaremos a forma “judaíta” para denotar uma ligação ou
associação específica a Judá, dado que uma opção por “Judeus” desvirtuaria a exposição
da realidade histórica. [Voltar]
CAPÍTULO 9
TENTATIVAS DE INVASÃO
Notas do Capítulo 9
Nota 205 - Sobre Alam el-Halfa, ver DE GUINGAND, F.W., Operation Victory, Londres,
1947, pp. 139 sqq. [Voltar]
Nota 206 - Números impressionantes, mas não se comparam aos de Salomão: “Tinha ele
setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas”. As riquezas de Roboão não eram
certamente de nível salomônico, e talvez o rei tinha também tido em conta o que se dizia
de Salomão: “e suas mulheres lhe perverteram o coração” (1 Rs 11:3). (N.T.) [Voltar]
Nota 208 - Ver cap. 11, nota 311, e BAR IX, 1983, pp. 6-8; MAZAR, A., “Iron Age Fortresses
in the Judeans Hills”, PEQ 114, 1982, pp. 87-109. [Voltar]
Nota 209 - P. ex, KOCHAVI, M. (ed.), Judaea, Samaria and the Golan, Archaeological
Survey 1967-1968, Jerusalém, 1972. [Voltar]
Nota 210 - Horvat Uza: ver BEIT ARISH, I., NEAEHL IV, pp. 1495-1497; Kadesh-Barnea:
ver COHEN, R., NEAEHL III, PP. 843-847. [Voltar]
Nota 216 - ANET, pp. 255-257. O cerco de Láquis encontra-se retratado em pormenor em
um relevo do palácio de Senaqueribe, em Nínive. Ver BARNETT, R. D., Assyrian Palace
Reliefs and their Influence on the Sculpture of Babylonia and Persia, Londres, 1960, pp. 44-
49. [Voltar]
Nota 217 - VAN DER KOOIJ, A., “Dass Assyrische Heer vor den Mauern Jerusalems...”,
ZDPV 102, 1986, pp. 93-110, ilumina a discussão relativa a esta campanha (ver as suas
referências bibliográficas). Segundo a sua interpretação textual, o exército assírio
decampou depois de isolar compeltamente a cidade, mas antes de dar início às operações
de cerco e assalto. [Voltar]
JUDÁ DURANTE O
REINADO DE UZIAS
As primeiras guerras do Reino de Judá após a defecção de Israel
e a invasão de Chichac podem ser descritas como um fútil teste de
força com Israel.
UZIAS
Amacias foi para Uzias, seu filho, aquilo que Filipe seria para
Alexandre – forjador dos instrumentos que o seu filho e herdeiro
utilizaria para conduzir o reino a um elevado nível de prosperidade e
poder. Segundo a vontade de Alexandre, desde a época helenística
tornou-se costume, no ocidente, conceder aos líderes de exceção o
atributo de “Grande”. Ora, pelos seus feitos em muitas áreas do
governo, Uzias merece certamente ser chamado de “Uzias, o
Grande”.
Dado que a segurança nacional é sempre influenciada por fatores
muito além dos aspectos militares – que constituem o tema destas
páginas, devemos ter presente que as forças culturais, sociais,
religiosas e econômicas foram determinantes, permitindo a Uzias
alcançar os seus feitos de armas.
Foi com estas forças que Uzias alcançou as suas muitas vitórias
militares.
O EXÉRCITO EM MARCHA
Notas do Capítulo 10
Nota 219 - TADMOR, H., “The Campaigns of Sargon II of Assur”, Journal of Cuneiform
Studies 12, 1958, pp. 80 sqq. Note-se que Tadmor atribui este cerco perticular a Sargão.
[Voltar]
Nota 220 - DE BOURRIENNE, F., Memories of Napoleon, Edimburgo, 1830, p. 153 (deveria
ler-se “Céstio” em vez de “Crasso”!); Cf. Flávio Josefo, Bellum Judaicum (A guerra dos
Judeus), II, para. 542 sqq. [Em 66 d.C., Céstio Galo, legado da Síria, penetrou na Judéia
para debelar uma grande rebelião contra Roma. Obrigado a retirar após uma malograda
tentativa de conquista de Jerusalém, foi emboscado e derrotado pelos Judeus no
desfiladeiro de Bete-Horon, perdendo quase uma legião e sendo obrigado a fugir
vergonhosamente. (N.T.)] [Voltar]
Nota 221 - Mispá: ver McCOWN, C. C., Tell en Nasbeh Archaeological and Historical
Results, New Haven, Connecticut, 1947; Gibeá: ver ALBRIGHT, W. F., AASOR IV, 1922
-1923, e SINCLAIR, L. A., AASOR XXXV, 1954-1956, pp, sqq. Geba não foi escavada.
Foram levantadas dúvidas de peso quanto à própria veracidade das guerras entre Abias,
filho de Roboão, e Jeroboão (2 Cr 13): ver KLEIN, R. W., “Abijah’s Campaign”, ZAW 95,
1982, pp. 210-217. No entanto, embora o resultado possa ter sido muito menos favorável
para Judá do que o descrito por nós, a narrativa reflete a realidade dos frequentes
confrontos até ser atingido um equilíbrio. [Voltar]
Nota 222 - AHARONI, Y., Excavations at Ramat Rahel I e II, Roma, 1962-1964. Acerca da
sua identificação com Bete-Hacarém, ver pp. 122-123. O autor teve a oportunidade de
desenterrar cerâmica do século VIII em Béter. [Voltar]
Nota 224 - Ver as entradas relevantes em NEAEHL. Ciclag também foi identificada com Tell
Sera; ver SEGER, J.D., “The Location of Biblical Ziglag”, BA 47, 1984, pp. 47-53. [Voltar]
Nota 225 - Ver RAHMANI, L. I., Yediot 28, 1964, pp. 209 sqq. [Voltar]
Nota 226 - KICHAVI, M. (ed.), Judéia, Samaria and the Golan Archaeological Survey 1967-
1968, Jerusalém, 1972. Os seguintes sítios pertencentes à Segunda Idade do Ferro
poderiam ser fortalezas construídas por Josafá ou pelos seus sucessores: deserto da
Judéia, nº 4, 92,93, 145, 199, 202; Judá, nº. 28, 79, 166. [Voltar]
Nota 227 - A versão portuguesa não inclui a palavra “duplas”. (N.T.) [Voltar]
Nota 228 - 2 Cr 8:5. Não é do âmbito do presente livro uma descrição pormenorizada de
todos os aspectos das fortificações bíblicas, nem serão dadas referências ou fontes
detalhadas. Acerca das provas arqueológicas e sua interpretação, ver os artigos relevantes
em NEAEHL (ed. Avi-Yonah), que contém uma extensa bibliografia. Pode encontrar-se uma
análise mais breve na Archaeological Encyclopedia of the Holy Land (ed. A. Negev),
Londres, 1932. [Voltar]
Nota 229 - Pano de muralha entre dois torreões, entre um torreão e uma esquina ou entre
duas esquinas da fortaleza. (N.T.) [Voltar]
Nota 231 - Ver nota 228. Acerca do número de efetivos das guarnições, ver GUICHON, M.,
“Estimating”, in The Eastern Frontier of the Roman Empire I, pp. 121-142 (aplicável ao
período bíblico), ed. French e Lightfoot, Londres, 1989. [Voltar]
Nota 233 - Na versão portuguesa mais completa, lê-se: “Depois, empreenderá contra ela
um cerco, construirás contra ela trincheiras, erguerás contra ela um terraço, estabelecerás
contra ela acampamentos e instalarás à sua volta, contra ela, aríetes”. (N.T.) [Voltar]
Nota 239 - A versão portuguesa refere apenas “aríetes”, sem especificar. (N.T.) [Voltar]
Nota 242 - O texto equivalente na versão portuguesa consultada será, porventura, “Só as
árvores que souberes que não servem para alimentação é que poderás destruir e cortar...”
(Dt 20:20). (N.T.) [Voltar]
Nota 243 - HERZOG, Z., “The Storehouses”, Beersheba I (ed. Aharoni), Tel Aviv, 1973, pp.
23-30. [Voltar]
Nota 244 - AHARONI, Y., IEJ 18, pp. 162 sqq. A existência de santuários nas fortalezas do
Reino Norte poderia ter sido descoberta através da Bíblia. Em ambos os reinos, Aharoni
lista Dan, Betel, Geba, Arade e Láquis. [Voltar]
Nota 245 - MESHEL, Z., NEAEHL IV, s.v. Teiman, Horvat, pp. 458-464 e bibliografia.
[Voltar]
Nota 246 - AHARONI, “Hebrew Ostraca from Arad”, IEJ 15, pp. 1-15. [Voltar]
Nota 247 - 1 Rs 21:4. A versão portuguesa consultada traduz erradamente “cavalos” por
“cavalaria”. A palavra “cavalos” alude metaforicamente aos carros de guerra, já que nas
épocas em causa não existiam unidades de “cavalaria” nos exércitos de Israel e Judá.
(N.T.) [Voltar]
Nota 248 - TADMOR, H., “Azriyau of Yaudi”, Scripta Hierosolymitana VIII, 1961, pp. 232-
271; ANET, p. 282. [Voltar]
Nota 249 - O tiro com arco foi uma das principais especialidades dos israelitas até a
destruição do Segundo Templo [em 70 d.C. (N.T.)] e em épocas posteriores. A tradição
benjamita é evidente entre os arqueiros montados que se juntaram a Alexandre Magno na
sua marcha sobre o Egito, no regimento de arqueiros montados que conquistou a Bataneia
herodiana (JOSEFO, In Apionem, I, 22; idem, Antiquitates Judaicae XVII, 2, 3), e ainda no
século II d.C., na coorte de arqueiros montados judaicos de Émesa, na Síria, que serviu no
exército romano (RE IV, 1, col. 295, s.v. Cohors). [Voltar]
Nota 250 - Os distritos administrativos de Josafá encontram-se preservados em Js 15:21-
62. Aos dez distritos registrados pela Bíblia hebraica, a Septuaginta acrescenta um décimo
primeiro, tirado de uma fonte mais completa do que a utilizada pelo cânone. O décimo
segundo distrito compreende as cidades benjaminitas do Sul, conquistadas pelo pai de
Josafá e por ele guarnecidas (cf. 2 Cr. 17:2). A lista destas cidades encontra-se em Js
15:21-24. Cf. ALT, “Juda’s Gaue unter Josia”, Kleine Schriften II, pp. 276-88; AHARONI, LB,
pp. 347-356. [Voltar]
Nota 251 - Ou seja, a fundação da monarquia, cerca de 1030 a.C. (N.T.) [Voltar]
Nota 252 - No seu tempo de serviço no exército israelita, o autor comprovou a utilidade de
grandes seções destes wadis como obstáculos antitanque. [Voltar]
Nota 257 - Hazeva: ver COHEN, R., “The Fortress at En Hazeva”, Eilat (ed. J. Aviram et
all.), pp. 150-168 (H). Kadesh-Barnea: Idem, NEAEHL III, PP. 843-847. YOTVETA: meshel,
z., NEAEHL IV, pp. 1517-1519. [Voltar]
Nota 258 - Sobre as fortificações do Neguebe durante o período do Primeiro Templo, ver
AHARONI, Y., “FORERUNNERS OF THE lIMES”, IEJ 17, 1967, pp. 1-17, e nota 25 do
presente capítulo. [Voltar]
Nota 259 - Ver a súmula em GLUECK, N., in Rivers in the Desert: a History of the Negev,
Londres, 1959, pp. 168 sqq. Para os seus registros mais detalhados, ver BASOR, 1953-
1960. Análise final: ver COHEN, R., NEAEHL III, pp. 1126-1133, s.v. Negev; idem, “The
Fortress at En Hazeva”, Eilat (ed. J. Aviran et al.), e “Fortresses and Roads in the Negev”,
pp. 80-126. [Voltar]
Nota 262 - COHEN, R., NEAEHL III, pp. 1126-1133, s.v. Negev; Idem, “The Fortress at En
Hazeva”, Eilat (ed. J. J. Aviram et al.), e “Fortresses and Roads in the Negev”, pp. 80-126.
[Voltar]
Nota 263 - O original hebraico poderia significar “uma parte dos filisteus trouxe...” ou “dos
Filisteus, Josafá recebeu...”. [Na versão portuguesa lê-se: “Também os Filisteus trouxeram
a Josafá...”. (N.T.)] [Voltar]
Nota 267 - Jeú matara Jorão, Rei de Israel, e apoderara-se do trono em 841 a.C. (N.T)
[Voltar]
Nota 268 - O Vale do Sal é a região de Arabá, próxima do Mar Morto, palco de uma derrota
edomita às mãos de Davi (2 Sm 8:13). (N.T.) [Voltar]
Nota 269 - As versões portuguesas consultadas atribuem este feito a Amacias e não a
Jorão. (N.T.) [Voltar]
Nota 270 - Na versão portuguesa o rei é identificado como Azarias, outro nome de Uzias.
(N.T.) [Voltar]
Nota 271 - MAZAR, B., The Excavations at Tel Qasile, Jerusalém, 1950. [O siclo (shekel)
valia aproximadamente 12 gramas de prata. (N.T.)] [Voltar]
Nota 272 - Os especialistas modernos tendem a situar os meonitas além das fronteiras sul
do antigo Judá: ver TADMOR, in MHBT, pp. 266 sqq. Alguns estudiosos, por exemplo,
ALBRIGHT, W. F., BASOR129, pp. 10-24, associam os meonitas aos Bani Main, os
“Minaioi” das fontes clássicas cujas caravanas comerciavam entre o Sul da Arábia e a
costa do Mediterrêneo. Mas esta associação também não vinga, pois os seus territórios
tribais parecem ter-se estendido do oeste ao este da Palestina. BORGER, R. e H. Tadmor,
“Zwei Beitäge zur A.T. Wissenschaft”, ZWA 94, 1982, pp. 250-251, são adeptos da ligação
entre os Me(h)unim e Maan. [Voltar]
Nota 273 - GICHON, M., Sinai as a Frontir Area in Historic Retrospect, Tel Aviv, 1969, pp.
17 sqq.: para os mapas relevantes, ver GICHON, “Carta’s Atlas” e ABEL, F. M., Géographie
de la Palestine II, p. 218. Migdol é o moderno Tell el Kher, e Pelúsio é Tell Farama. Neste
local, Z. Meshel escavou uma fortaleza e santuário judaítas; ver Qadmoniot 36, 1977, pp.
115 sqq. [Voltar]
Nota 274 - A versão portuguesa é algo diferente: “Construiu também torres no deserto,
onde cavou numerosos poços, pois aí possuía numerosos rebanhos, tanto na planície
como no planalto. Tinha lavradores e vinhateiros nas montanhas e nas vinhas, pois era
apaixonado pela terra”. (N.T.) [Voltar]
Nota 275 - Uma diligente investigação permitiu a B. Rothenberg definir um tipo especial de
cerâmica da Segunda Idade di Ferro própria do Neguebe, ao qual chama “medianita”. É
seguro supor que as tribos judaicas mais a sul, que permaneceram seminômades até o
estabelecimento de uma política de povoamento organizada centralmente, assimilaram
muito da cultura e do artesanato locais, especialmente por terem assimilado a população
“medianita” autóctone. [Voltar]
Nota 276 - Cf. 2 Cr 26:11. Na versão portuguesa, lê-se: “Uzias tinha um exército de
guerreiros que partiam para a guerra organizados em esquadrões segundo o alistamento
feito pelo escriba Jeiel e pelo administrador Massaías, sob a direção de Hananías, um dos
oficiais do rei”. (N.T.) [Voltar]
Nota 277 - DE VAUX, Ancient Israel, pp. 69-70. McKane, W “The Gibbor hayil...”, Glasgow
University Oriental society Transactions XVII, 1959, pp. 28-37. [A versão portuguesa é algo
diferente: “O número total dos chefes de família, guerreiros valentes, era de dois mil e
seiscentos. O exército que comandavam era de trezentos e sete mil e quinhentos homens
aptos para a guerra...”. (N.T.)] [Voltar]
Nota 278 - Relativo a Uzias como líder da coligação antiassíria, ver cap. 10, nota 15.
[Voltar]
Nota 280 - A versão portuguesa não fala propriamente num recuo ordeiro, dizendo antes o
seguinte: “Levantai o estandarte em direção a Sião! Fugi apressadamente...”. (N.T.) [Voltar]
Nota 281 - “...quando for levantado o estandarte nos montes, olhai; quando soar a
trombeta, escutai”. (N.T.) [Voltar]
Nota 283 - WEBSTER, The Imperial Roman Army, pp. 166 sqq. Para um campo dividido
em três partes e quartel-general, ver a planta de Novaesium; para divisão em quatro e
quartel-general, ver Birrens e Fendoch. Ver também HAHLWEG, W., Die Heeresreform der
Oranier, Wiesbaden, 1973, pp. 362-367. [Voltar]
Nota 284 - BARNETT, R.D., European Judaism 8, 1968, pp. 1-6; YADIN, European Judaism
8, p. 6. [Voltar]
``Nota 285 - “Fez guerra ao rei dos amonitas e venceu-o. Este pagou naquele ano um
tributo de cem talentos de prata [3600 kg], dez mil coros de trigo e dez mil de cevada”.
(N.T.) [Voltar]
CAPÍTULO 11
O REINADO DE EZEQUIAS
JOSIAS
A CAMPANHA DE NECO
Importa referir que Josias parece não ter descartado algo que
considerava improvável, um revés judaico. Nesta contingência, a
fortaleza de Megido estaria à mão para servir de porto de abrigo
para os vencidos, tal como as muitas cavernas naturais das
montanhas do Carmelo.
Notas do Capítulo 11
Nota 287 - Sobre Aroer, ver BIRAN, A., NEAHEL I, pp. 89-92. [Voltar]
Nota 288 - Recordamos ao leitor que Samaria era a capital do reino de Israel. (N.T.) [Voltar]
Nota 289 - 1 Cr 4:41-43 e 2 Cr 30; 31:1: O texto fala extensamente das iniciativas bem
sucedidas de Ezequias para que os israelitas do antigo Reino do Norte participem nos
serviços religiosos do Templo de Jerusalém. A partir de 2 Cr 31:6, deduzimos que ele
também conseguiu instalar permanentemente alguns israelitas em Judá. Tal como
descobriram Judas Macabeu (ver 1 Mac 5) e, mais recentemente, o primeiro governo do
Estado de Israel, Ezequias compreendeu que para resistir às pressões externas era
imperativo aumentar as suas forças alistando Judeus do estrangeiro. [Voltar]
Nota 290 - Sobre ezequias contra os filisteus e a Assíria, ver TADMOR, MHBT, pp. 138
sqq. [Voltar]
Nota 292 - MASPERO, G., The Passing of the Empires 850 BC-330 BC, Londres, 1900, pp.
251-253 (obsoleto, mas ainda merece uma leitura); BREASTED, J. H., A history of Egypt,
Londres, 1964, pp. 460-461. [Voltar]
Nota 293 - AVI GAD, N., The Upper City of Jerusalem, Jerusalém, 1980; WINTER, F. E.,
Greek Fortifications, Londres, 1971, cap. 8. [Voltar]
Nota 296 - A versão portuguesa substitui “dardos” por “lanças”, desvirtuando o contexto,
pois são armas muito diferentes. (N.T.) [Voltar]
Nota 297 - ANET, p. 321. A minha citação é de BAIKIE, J., Lands and People of the Bible,
Londres, 1932, p. 33. [Voltar]
Nota 299 - NAVEH, J., “Old Inscriptions in a Burial Cave”, IEJ 13, 1963, pp. 74-92. [Voltar]
Nota 301 - “Faz... um tratado com o meu soberano... e eu te darei dois mil cavalos, se
tiveres cavaleiros para os montar” (2 Rs 18:23). Talvez o assírio estivesse antes a sublinhar
a fraqueza econômica de Judá. (N.T.) [Voltar]
Nota 302 - ANET, Senaqueribe (a), pp. 287-288. Relativamente ao cerco, ver pp. 200-201
da presente obra. [Voltar]
Nota 306 - LAWRENCE, A.W., Greek Aims in Fortification, Oxford, 1979, contendo a
tradução de Filo (84) na p. 87, “The Meanderlike System”. Trata-se do seu primeiro
sistema: ver (1)-(38), pp. 75 sqq. Aroer: ver BIAN, NEAEHL I, pp. 89-92. [Voltar]
Nota 307 - Sobre Mezad Hashaviahu, ver NAVEH, J., IEJ 10, pp. 129-139 e IEJ 12, pp. 89-
99. [Voltar]
Nota 308 - Acerca do contexto político do reinado de Josias, consultar MALAMAT, MHBT,
pp. 296 sqq. As suas reformas militares foram extensivamente tratadas em Jung, E., in
Beitrage zur Wissenschaft der Alte und Neue Testaments 1937: der Wiederaufbau des
Heerwesens des Reiches Juda unter Josia, Esturgada, 1937. Não tive acesso a esta obra
ao preparar o presente livro. Notem-se as nossas divergências na interpretação de vários
problemas. [Voltar]
Nota 312 - TORCZINER, H., e all., “The Lachish Letters”, in HARDING, L. (ED.), Lachish I
Londres, 1938, Ostrakon 4; ANET, p. 322. Importa notar que, à semelhança dos
regulamentos de hoje, no período bíblico existia um procedimento próprio para passar para
um método de comunicação alternativo quando a sinalização direta se revelava impossível.
Os israelitas utilizavam sinais de fogo e de fumo desde a época dos Juízes, além dos
outros métodos de comunicação oral e visual descritos anteriormente (ver Jz 20:38). A sua
utilização limitava-se geralmente a postos estacionários. Ainda em 1799, na Galiléia,
Napoleão recorreu a sinais de fumo e de fogo. Ver também VEGÉCIO, Epitoma rei militaris,
III, 5; “Per noctem flammis per diem fumo” - chamas à noite e fumo de dia, para comunicar
com os aliados. Acerca do Oriente antigo, cf. DOSSIN, G., “Signaux lumineux du pays du
Mari”, Revue Archéologique XXXV, 1938. [Voltar]
Nota 313 - O contexto político e estratégico das últimas décadas de Judá foi descrito em
MALAMAT, A., “The twilight of Judah”, VT, Sup. 28, Edimburgo, 1974. [Voltar]
CAPÍTULO 12
A DERROTA DE APOLÔNIO
A BATALHA DE BETE-HOROM
3. Batalha de Bete-Horom.
A BATALHA DE EMAÚS
Notas do Capítulo 12
Nota 314 - Acerca da extensão da diáspora, ver ESTRABÃO, Hist. Hypomnemata apud
Josephus, Antiquitates XIV, pp. 114-118. Sobre o serviço militar como causa importante da
extensão da diáspora, ver HENGEL, M., Judentum und Hellenismus, Tübingen, 1973, pp.
27-31. [Voltar]
Nota 315 - Embora o tesouro do Templo de Jerusalém tivesse sido pilhado por ordem de
Seleuco IV (187-176 a.C.) quando este teve que pagar o tributo que Roma impusera a seu
pai, Antíoco III (2 Mac 3:7 sqq.). [Voltar]
Nota 316 - A história de Antíoco e da revolta dos Macabeus é narrada nos primeiro e
segundo Livros dos Macabeus, obra de diferentes autores anônimos. As perseguições de
Antíoco são referidas no livro de Daniel, e Josefo também relata a história dos macabeus.
[Voltar]
Nota 317 - AVISAR, E., The Wars of Judah the Maccabee, Tel Aviv, 1965. [Voltar]
Nota 318 - “Mal viram o exército que vinha contra eles, os companheiros disseram a Judas:
‘Como poderemos enfrentar tamanho exército, se somos tão poucos e nos sentimos
debilitados pelo jejum de hoje?’. Mas Judas respondeu-lhes: ‘...a vitória no combate não
depende do número, mas da força que vem do céu. Esta gente vem contra nós com
impiedade e orgulho... Nós, porém, lutamos pelas nossas vidas e pelas nossas leis” (1
Macabeus 3:17-21). (N.T.) [Voltar]
Nota 320 - Na versão portuguesa lê-se “Jerusalém” em vez de “Judéia”, o que não faz
sentido. (N.T.) [Voltar]
Nota 321 - Seguindo a organização atribuída pela Bíblia a Moisés (ver cap. 1), e também
utilizada por Davi (ver cap. 5). [Voltar]
DA LIBERDADE À INDEPENDÊNCIA
A BATALHA DE BETE-ZUR
A REDEDICAÇÃO DO TEMPLO
AS EXPEDIÇÕES DE SOCORRO
1. Exército de Lísias.
2. Judas avança ao encontro de Lísias, parando em Bete-
Zacarias.
Notas do Capítulo 13
Nota 325 - E não só; também disse aos que “tinham plantado uma vinha e aos tímidos que
voltassem cada um para sua casa, conforme a prescrição da lei”. (N.T.) [Voltar]
Nota 330 - Embora a fonte relativa a esta aliança seja o autor fortemente pró-judaico de 1
Macabeus, não existem motivos para dividar da sua existência. O acordo foi renovado
pelos sucessores de Judas, os asmoneus, mas acabou por se tornar uma fonte de conflito
na Judéia quando passou a ser apoiado apenas pelas classes altas – os governantes, os
sacerdotes e os seus ricos e influentes apoiantes, os saduceus. [Voltar]
Nota 335 - Jônatas foi nomeado sumo sacerdote pelo governante selêucida Alexandre
Balas. Judas nunca tentara conseguir esta nomeação porque a sua família não possuía as
qualificações hereditárias para o cargo. A nomeação de Jônatas viria a tornar-se fonte de
tensões na Judéia. [Voltar]
ABREVIATURAS
BA Biblical Archaeologist
RB Revue Biblique