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Núbios e Império

de Axum
Núbios
Os núbios foram um antigo povo africano

que viveram na região da Núbia, onde


atualmente está localizado o Sudão .

Durante grande parte de sua história, os

núbios não desenvolveram nenhuma


forma de escrita, por conta disso, a

maioria das informações que temos sobre

eles, são registros deixados pelos


egípcios.
Conflito Inicial
A Núbia era uma região rica em ouro, pedras
semipreciosas, madeira de ébano, incenso e marfim.
Por conta da abundância de recursos, os egípcios
foram icentivados a invadir a região em busca
dessas matérias primas.
Os Núbios lutavam como podiam, porém eram
inferiores na questão militar, e foram cada vez mais
empurrados para o sul, assim sendo expulsos da
região no qual habitavam.
Devido aos períodos de instabilidade no Egito, os núbios
conseguiram se organizar e montar defesas eficazes, e
durante os períodos de paz, os núbios e os egípcios
comercializavam e compartilhavam diferentes
conhecimentos. Durante o reinado do faraó Tutemés I, a
Núbia fazia parte do império egípcio, porém este domínio
logo acabou, e o povo núbio se organizou e fundou o
Império de Cuxe.
Reino Cuxe
O fundador deste novo reino, foi um líder
tribal chamado Alara, que se tornou rei de
todos os núbios. Com o reino formado, eles
precisavam garantir sua defesa e economia,
então, os cuxitas começaram a praticar o
comércio com os egípcios através do rio
Nilo, onde estabeleceram contato com reinos
árabes.
A Dinastia Núbia
A fama e a riquesa dos cuxitas se espalhou, e com o passar do
tempo e devido aos períodos de instabilidade no Egito, os
cuxitas passaram a conquistar cidades egípcias.
No auge de seu poder, sob o comando do rei Piiê, o Egito foi
totalmente tomado pelos cuxitas, o rei Piiê se declarou como
campeão, a serviço do deus Amon, e junto ao exército
guerreou por mais um ano contra vários líderes egípcios, e
derrotou todos aqueles que se opuseram a ele. Este momento
da história cuxita, ocorreu durante o terceiro período
intermediário do antigo Egito, que começou por volta do ano
1070 a.C, também, sendo históricamente conhecida como "A
Dinastia Núbia" ou "A Dinastia dos Faraós Negros".
Com o convívio entre os dois povos, as culturas foram se
mesclando. Após dominar o Egito, o rei Piiê volta para a cidade
de Napata, capital do Reino Cuxe, deixando seu irmão para
governar o Egito, que ficou sob domínio cuxita até o ano 652
a.C, que somente enfraqueceu por conta das invasões assírias
que conquistaram quase todo o Egito levando mais instabilidade
para as terras egípcias, os assírios eram muito mais superiores
na parte militar, e já possuiam armas e armaduras de ferro, além
de utilizarem armas de cerco, e uma cavalaria bem treinada.
Os governantes cuxitas tiveram que recuar
para a capital, e um tempo depois,
fundaram a cidade de Meroé, mais ao sul,
que se tornou a nova capital do império
cuxita . Os soberanos cuxitas passaram a
adotar o costume egípcio de construir
pirâmides, sendo sepultados após sua
morte nas mesmas.
Foi nesta mesma época que foi
desonvolvido a escrita meroítica, o
alfabeto do povo do reino cuxe.
Costumes
Historiadores relatam que os reis
cuxitas reinavam até receberem
uma ordem dos sacerdotes, dizendo
que eles deveriam cometer suicídio
e passar o poder adiante.
Este costume, perdurou até o
reinado de Ergamenes, que foi um
homem instruido por professores
gregos e aprendeu a filosofia
grega.
Quando Ergamenes recebeu a
ordem de cometer suicídio, mandou
seus homens matarem o sacerdote,
assim, colocando um fim neste
costume
As mulheres por sua vez, também tinham
papéis importantes, tendo uma voz ativa
em questões do dia-a-dia. Muitas vezes,
rainhas cuxitas reinavam sozinhas, sem
interferência de companheiros masculinos.
Existem relatos de mulheres cuxitas
lutando em batalhas, e até, comandando
tropas.
A mãe do rei, recebia o título de
candace, que significa rainha
mãe, ela atuava como conselheira
tanto do rei, quanto da rainha, em
algumas ocasiões, fazia parte de
decisões políticas, e poderia até
mesmo assumir totalmente o
comando
Conflito Final
Uma das mais poderosas mulheres e talvez a mais corajosa de
seu povo, foi Amani-Xaqueto, que reinou em Cuxe, na época
em que Roma já havia conquistado o Egito após a derrota de
Marco Antônio e Cleópatra.
Roma exigia que o reino de Cuxe pagasse tributos para a
república, porém, ela não aceitou as exigências e considerou
como uma ofensa, declarando guerra contra Roma, e avanando
com seus soldados para saquear as cidades egípcias que
estavam sob domínio romano.
Em 24 a.C, os cuxitas saquearam as cidades de Assuã,
Filas e Elefantina. Eles retornaram para Cuxe levando
prisioneiros, objetos de valor e estátuas romanas,
incluindo a cabeça da estátua do imperador romano
Augusto, que foi levada pela rainha Amani como um
gesto de desprezo para o inimigo.
Ao saber disso, o imperador Augusto, enviou o general
romano Petrônio com suas tropas, em uma missão para
punir o reino cuxita.
Existem poucos detalhes sobre a batalha, porém
Petrônio havia relatado que continham cerca de 30 mil
guerreiros cuxitas
Fim dos Cuxitas
Após cerca de 3 anos de combate, os
romanos foram atrás de um tratado de paz
no ano 20 a.C, no qual o imperador romano
reconhece o reino de Cuxe como uma
potência independente, e livre de pagar
tributos à Roma.

O império de Cuxe seguiu até os anos 350


d.C, porém, devido a escassez de recursos
e a falta de comércio, o reino ficou
enfraquecido. Com isso, o poderoso
império de Axum viu uma oportunidade e
acabou dominandoo reino cuxita.

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