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A palavra Mesopotâmia vem do grego e significa “entre rios”.

Região seca, desértica e de clima


quente, ela é cortada por dois grandes rios: Tigre e Eufrates, que deságuam no Golfo Pérsico.
A Mesopotâmia foi o cenário para cinco grandes povos que habitaram essa região banhada por
dois grandes rios, o Tigre e o Eufrates: Sumérios, Acádios, Amoritas, Assírios e Caldeus.
Os mesopotâmicos desenvolveram sua civilização próxima dos Rios Tigre e Eufrates, nas
margens dos rios onde a terra era fértil, desenvolveram a agricultura. Essa proximidade com os
rios tornam os mesopotâmicos uma Civilização Fluvial, de acordo com os estudiosos.
A organização social babilônica era parecida com a do Egito antigo. No topo estavam os reis, os
guerreiros, os administradores, os arquitetos, os sacerdotes e os escribas. Na base social
estavam os camponeses das aldeias, que trabalhavam para sobreviver e pagar os impostos. Os
camponeses trabalhavam na agricultura, na construção dos templos, nas obras de irrigação e em
outras obras públicas. Havia poucos escravos, sem direito nenhum, que serviam como criados.
Em relação a economia da Mesopotâmia, cultivavam cevada para fazer cerveja, trigo para fazer
pão, linho e algodão para fazer tecido e criavam ovelhas, cabras, porcos e bois.
MESOPOTÂMIA: ESCRITA CUNEIFORME
Os sumérios escreviam em tabuinhas feitas de argila. Para escrever, usavam uma espécie de
palito afiado de extremidade triangular, com o qual faziam sinais em forma de cunha. Por isso
essa escrita recebeu o nome de escrita cuneiforme.
Na Suméria, o desenvolvimento da escrita resultou de um longo processo originado pela
necessidade de registrar o controle dos recebimentos e pagamentos dos templos e palácios e a
circulação de produtos.
Há cerca de 4000 a.C., os sumérios estabeleceram-se no sul da Mesopotâmia e formaram
importantes cidades, a exemplo de Ur, Uruk, Eridu e Lagash. Cada uma dessas cidades possuía
um governo próprio e independente, por isso são chamadas pelos historiadores de cidades-
estado.
Muito comum na Antiguidade, as guerras eram lucrativas, dominar territórios significava a
cobrança de impostos, pilhagens de tesouros e principalmente, a escravidão: os dominados da
batalha se tornavam prisioneiros, vendidos depois como escravizados.
Por volta de 1900 a.C., os amoritas, um povo semita vindo do deserto da Arábia, se
estabeleceram no centro-sul da Mesopotâmia. Eles construíram um poderoso império, que
abrangia quase toda a Mesopotâmia: o Primeiro Império Babilônico.
Hamurábi (1792-1750 a.C.), o principal imperador babilônico, ocupou-se pessoalmente da
administração de seu império, coordenando a construção de numerosos edifícios públicos, canais
de irrigação e açudes. Sua obra mais célebre, porém, foi um código de leis escrito: o
Código de Hamurabi.
O Código de Hamurabi cria normas e leis em diversos campos da vida social e estabelece
penalidades correspondentes para o que considera como crime. Ex: 196. Se um homem
arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [Olho por olho].
Baseado na Lei do Talião “olho por olho, dente por dente”, previa a punição ao infrator na mesma
proporção do delito. O princípio de Talião, sinônimo de retaliação, usa a ideia de que a pena não
seria uma vingança desmedida, mas proporcional à ofensa cometida pelo criminoso.
Os assírios se estabeleceram no Norte da Mesopotâmia. Na luta para garantir seu território,
criaram táticas de guerra e organizaram um exército poderoso com arqueiros, lanceiros e carros
de guerra com rodas de aros. Então, conquistaram terras e povos, formando um grande império.
Os assírios reforçaram os carros de guerra inventados pelos sumérios, utilizavam peças de ferro
e substituíram os burros por cavalos. Com isso ganharam mobilidade, transformando um carro
usado como meio de transporte e uma arma de combate. A entrada do carro de combate assírio
na guerra apavorava o inimigo, facilitando a vitória assíria. Os assírios justificavam a conquista de
terras e a escravização de povos dizendo que faziam isto para contentar Assur, seu principal
deus. Mas o que tornou os assírios mais conhecidos foi o uso do terror contra os adversários.
Era comum, por exemplo, cortarem dedos, mãos e orelhas dos prisioneiros. O uso do terror
visava desencorajar a resistência e abalar o moral do inimigo.
Os povos dominados pelos assírios se rebelavam com frequência. Mas o Império Assírio só
desmoronou em 612 a.C., quando os caldeus (habitantes da Babilônia), aliados aos medos
(vindos do planalto do Irã), atacaram, ocuparam e destruíram Nínive, capital
assíria.
Ao compreendermos as estratégias de expansão utilizadas pelos Caldeus, perceberemos a
importância do domínio territorial como uma prática de enriquecimento deste povo. Práticas
utilizadas por muitas culturas ao longo da história.
Durante as violentas campanhas militares chefiadas pelo rei Nabucodonosor II os caldeus
arrasaram Jerusalém (587 a.C.), prenderam milhares de judeus e os forçaram a marchar como
escravos para a Babilônia.
Como outros impérios mesopotâmicos, o novo Império Babilônico também foi abalado por várias
revoltas internas. Isto o enfraqueceu e abriu caminho para que os persas, chefiados por Ciro, o
Grande, o conquistassem em 539 a.C.

ZIGURATE E
RELIGIÃO MESOPOTÂMICA
Os sacerdotes na tentativa de entenderem os “sinais dos deuses”, ou seja, fenômenos da
natureza, criaram um calendário lunar e estudavam astronomia e astrologia (zodíaco).
Os babilônios eram politeístas. As divindades mais importantes para os babilônios eram Marduk,
deus tribal e criador da vida, e Ishtar, deusa da fertilidade, do amor e das vitórias. Cada cidade,
contudo, cultuava um deus local em seus templos. Os templos eram chamados de zigurates,
construções em forma de torre, com vários andares, consideradas moradia dos deuses na terra.
Eram feitos de tijolos e tinham uma sala no topo para a observação do céu. O maior dos zigurates
foi dedicado a Marduk, na Babilônia.

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