Você está na página 1de 1

Mesopotâmia

A faixa de terra entre os rios Tigre e Eufrates foi chamada pelos gregos, na antiguidade, de Mesopotâmia, isto é, “terra entre rios”.
Localizava-se na região da Crescente Fértil, que englobava também outras regiões, como Egito e Israel.
A Mesopotâmia foi o berço da civilização ocidental. Nosso alfabeto, nossa religião, nosso direito e nossas artes são o resultado de uma
longa evolução que lá começou.
Essa rica planície atraiu uma série de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerras e dominaram uns aos outros.
Entre estes povos que formaram a civilização mesopotâmica temos: os sumérios, os babilônios, os hititas, os assírios e os caldeus.
Os babilônios estabeleceram-se ao norte da região, entre 1900 a.C e 1600 a.C. Centralizaram seu império na cidade de Babilônia.
Por volta de 1750 a.C., Hamurábi, rei babilônico, conseguiu conquistar toda a Mesopotâmia, fundando um vasto império ao qual impôs a
mesma administração e mesmas leis.
Suas leis eram baseadas na lei de talião – olho por olho, dente por dente. O Código de Hamurábi, o primeiro conjunto de leis escritas.
Desenvolvendo conhecimentos adquiridos pelos sumérios, os babilônios fizeram novas descobertas, como o calendário e o relógio de sol.
Babilônia, capital do império, tornou-se a cidade mais próspera e rica da época.
Com a morte de Hamurábi, o 1ºImpério Babilônico acabou com as invasões sucessivas de povos vindos do norte e do leste.
Os hititas estabeleceram grande dominação na região da Anatólia, ou Ásia Menor, entre 1600 a.C. e 1200 a.C. A capital, Hatusa, por sua
localização no centro da Anatólia, foi de muita utilidade no controle das fronteiras.
A importância dessa civilização é ter produzido os mais antigos documentos escritos numa língua indo-europeia até hoje descobertos.
Os textos tratavam de história, política, legislação, literatura e de religião, foram gravados em cuneiforme sobre tabuinhas de argila.
O domínio hitita produziu duas invenções para o progresso da humanidade: a utilização do ferro e o uso do cavalo. Além disso, criaram as
rodas com raios, utilizadas em carros de guerra.
O rei hitita era o chefe do exército, juiz supremo e sacerdote. As rainhas dispunham de um certo poder. Os hititas criaram um vasto
império nas atuais Turquia e Síria, e chegaram mesmo a conquistar a Babilônia.
Os assírios habitaram o norte da Babilônia, entre 1200 a.C. e 612 a.C. Um império com capital ora em Nínive, ora em Assur.
Destacaram-se pela cultura militar. Assim a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade.
Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e atrocidades como uma forma
de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos.
A violência militar assíria tinha legitimidade por meio da religião: a conquista de territórios e riquezas era a missão divina dos reis.
Os assírios não resistiram a aliança entre medos e caldeus. Em 612 a.C, aliados derrotaram os assírios e destruíram Nínive e Assur.
Os caldeus e sua supremacia representam o estágio final da civilização mesopotâmica, entre 612 a.C. e 539 a.C.
O rei caldeu Nabucodonosor tentou reviver a cultura da época de Hamurábi. Este estágio é chamado de 2º Império Babilônico.
Os caldeus foram os mais capazes cientistas da história mesopotâmica, com importantes contribuições no campo da astronomia.
Em 587 a.C., Nabucodonosor conquistou Jerusalém, após submetê-la a um cerco.
Seguiu-se um período de prosperidade na Babilônia. Neste período, surgiram os Jardins Suspensos da Babilônia e a Torre de Babel.
Em 539 a.C., Ciro, rei dos persas, apoderou-se da Babilônia e transformou-a em mais uma província de seu poderoso império.
A sociedade mesopotâmica era dividida em estamentos. Os estamentos eram camadas sociais, nas quais a posição social dos indivíduos
dependia do nascimento.
Os sacerdotes, aristocratas, os militares e os comerciantes formavam os estamentos da minoria. A maioria da população era formada pelos
artesãos, camponeses e escravos.
Mesmo nos estamentos, havia funções sociais diferenciadas. Existiam artesãos que detinham técnicas tão desenvolvidas que eram
considerados mais importantes que muitos sacerdotes.
Na Mesopotâmia havia um entrelaçamento entre política e religião. Os reis exerciam as funções de sumo sacerdote, supremo juiz e
comandante militar. Isto é denominado poder teocrático.
Os mesopotâmicos eram politeístas, adoravam vários deuses e acreditavam que elas eram capazes de fazer tanto o bem quanto o mal.
Os deuses tinham características antropozoomórficas. Isto significa que eram representados em forma humana e animal.
Os deuses se diferenciavam dos homens, sendo mais fortes, todos poderosos e imortais. Representavam elementos da natureza, como o
vento, a água, o sol, etc.
Cada cidade tinha um deus próprio e quando uma alcançava predomínio político sobre as outras, seu deus tornava mais cultuado.
A Mesopotâmia estava dividida em várias cidades-estado independentes e com governo próprio e autônomo.
Cada cidade mesopotâmica pertencia a um deus, representado pelo rei. Ele era auxiliado por ministros, sacerdotes e funcionários.
O rei legislava em nome das divindades, assegurava as práticas religiosas, a defesa de seus domínios e regulamentava a economia.
As principais atividades econômicas eram a agricultura e o comércio. Bem como a tecelagem, armas, joias e objetos de metal.
Os comerciantes andavam em caravanas, levando seus produtos aos países vizinhos e às regiões mais distantes e trazendo matérias-primas
que faltavam na Mesopotâmia.

Você também pode gostar