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Sumérios

Oriundos do planalto do Irã e se fixaram no sul da Mesopotâmia, localizados entre os rios Tigre e Eufrates. Tinham cidades
independentes que eram governados por patesis - alguém que era tanto um chefe militar como um sacerdote -, responsáveis pelo
controle da população, cobravam impostos e lidavam com obras de armazenamento de água para as épocas de seca, também eram
conhecidos por possuírem um complexo sistema de irrigação. As cidades-estado estavam em constante guerra para se imporem
hegemonicamente sobre a região e garantirem terras férteis. As terras eram consideradas propriedades dos deuses e era dever dos
homens servi-los, tanto com trabalho agrícola como com a edificação dos zigurates, que são templos politeístas.

O sistema de irrigação favoreceu a agricultura e a criação de gado - como porcos, ovelhas, cabras e gado -, sendo que o gado era
usado para tração e transporte. Os sumérios produziam peças de cerâmica e artesanato para comércio, o que gerou a riqueza desse
povo. Como invenções desse povo é possível apontar os selos cilíndricos, que são feitos de pedra e entalhados com desenhos.
Possuiam vários usos como assinatura, confirmação de recebimento e também marcação de blocos de construção.

Nas cidades haviam grandes muralhas fortificadas para se manterem impenetráveis. Nelas houve um processo que gerou
desigualdade social, com o domínio da elite no controle de terras. Os reis moravam em palácios elaborados, já os camponeses em
casas de palhas, o que era a maioria da população.

A linguagem suméria foi transformada pela escrita cuneiforme, já que os textos eram escritos em blocos de argila por um objeto
conhecido como cune, e esse formato de escrita utilizava símbolos. Tiveram destaque na literatura com textos épico-religiosos, que
chegaram a influenciar os babilônios em suas próprias produções. Os sumérios ficaram lembrados pela Epopeia de Gilgamesh.
O sumério parece não ter conexão com mais nenhum idioma.
Acádios
É um povo seminômade, que migraram nos momentos necessários para expandir o plantio em momentos de maior escassez, que
era sua principalmente fonte. Habitavam a região central da Mesopotâmia até chegarem no local que viviam os sumérios. Esses dois
grupos entraram em guerra e depois se unificaram para formar o Império Acadiano. Os acádios foram responsáveis por formar o
primério império e a primeira língua falada do mundo. Sua cultura gira em torno da construção de cidades com grandes palácios e
templos. Também eram um povo politeísta e acreditavam que o rei era um representante direto dos deuses, sendo cultuado após a
morte.

Praticavam o escambo, trocavam produtos como metais, trigo, cevada e lentilha com povos vizinhos. A agricultura era um forma
do governo manter o nível de desemprego controlado, houve investimentos em expansão de rodovias e em rotas de comércio feito
sob a liderança do rei. O rei Sargão I foi o grande líder e o responsável por muitas conquistas, incluindo a dominação de quase todo
o Oriente Médio. O povo tinha certo poder político, porém o rei dava a palavra final.

Igualmente invadiram os sumérios, os acadianos foram tirados do poder por meio da invasão de seu território por povos forasteiros,
especificamente os gútios e elamitas.

Assírios
Viviam ao norte da Mesopotâmia na regiãos dos rios Tigre e Eufrates, o Império Assírio foi formado após a queda do Império
Acadiano, conhecidos por desenvolverem uma cultura bélica, com destaque em sua tecnologia pelo uso de ferro, cobre e estanho na
produção de armamento. Eles se fixaram a partir do desenvolvimento da cidade de Assur por volta de 1900 a.C. Durante parte do
segundo milênio os assírios foram controlados por povos como os hurritas, porém conquistaram sua independência após os hititas
derrotarem o povo invasor. Foi após isso que iniciaram um processo de conquista que os transforam em um grande império.

Os assírios inicialmente falavam acadiano e com o tempo começaram a usar o aramaico como principal língua, também utilizavam a
escrita cuneiforme dos sumérios. A Grande Biblioteca de Nínive, por exemplo, possuia milhares de tabuletas em escrita
cuneiforme.

A sociedade era liderava por uma aristocracia guerreira, e com a expansão das conquistas o exército foi transformado no primeiro
exército profissional da humanidade, onde os guerreiros eram contratados e pagos. Possuiam técnicas de batalha ótimas, além de
habilidade, possuiam brutalidade na luta. Devido ao uso da força extrema, os povos dominados por eles constantemente eram
protagonista de rebeliões. Os assírios utilizavam o deslocamento para separarem os povos dominados e evitar que se organizassem.

A decadência dos assírios começou com a morte do imperador Assurbanípal II, já que os reis sucessores foram considerados
fracos e isso contribuiu para que a população enfraquecesse, dando abertura para povos invasores. As terras foram então dividas
entre os medos e os babilônios.

Babilônios
Apenas durante o reinado do rei Hamurabi foi consolidado o Primeiro Império Babilônico, durante esse governo centralizador
e autoritário foi que a Babilônia se tornou um dos maiores centros urbanos e comerciais da antiguidade. Também foi responsável
pelo desenvolvimento do código de leis mais antigo do mundo, o Código de Hamurabi, que tinha o princípio de “olho por olho,
dente por dente”. De acordo com o código, cada criminoso deveria ser punido de maneira proporcional ao delito cometido. A
estrutura social era levada em conta ao punir.
Mesmo com a implementação dessas leis houve revoltas internas intensas dos cassitas e hititas, que provocaram a destruição do
império em diferentes reinos. Após a morte de Hamurabi houve instabilidade na Babilônia, o que facilitou a invasão e domínio dos
assírios por volta de 1300 a.C.

No século VII a.C governou o imperador Nabucodonosor, que marcou o império pela expansão, conquistas militares, e execução de
obras públicas. Ele protegeu as muralhas do império, impulsionou o desenvolvimento arquitetônico com palácios luxuosos para os
funcionários públicos. Após sua morte, os persas dominaram a Babilônia.

Egípcios
O Império Egípcio possuía condições geográficas favoráveis que impulsionaram o desenvolvimento da população. O povo tinha o
trabalho árduo de domar o rio Nilo, que provia tanto para a agricultura quanto para o consumo. A tradição nomeia Menes como o
primeiro faraó, que teria sido o responsável pela unificação do Egito e do desenvolvimento do sistema de irrigação segundo
Heródoto.

A sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e quase não havia mobilidade social. Além dos faraós, existiam os nomarcas
que eram autoridades legais de um nomo, distritos. Eles eram como prefeitos que governavam sua designada unidade política
social e básica. Já os escribas eram encarregados de vigiar os nomarcas, eles cumpriam um papel burocrático com
responsabilidade de monitorar a execução das ordens dadas pelo faraó, eram fiscais arrecadadores de impostos. Havia escravos no
Egito, que faziam trabalho compulsório.
A cultura egípcia se manteve bastante coesa durante a existência do Império. Eles influenciaram muito a matemática e a
engenharia, mostrando sofisticação na construção das pirâmides - templos mortuários para os faraós -, já que não foi utilizado
argamassa, as pedras foram encaixadas umas nas outras. O infanticidio existia, porém não era comum.

Na escrita eles desenvolveram os hieróglifos, escrita em forma de símbolos para descreverem o cotidiano e registrarem textos
religioso, e também as economias do reino. Nas esculturas utilizavam a pintura afresco, com rosto, pés e pernas de perfil, e olhos e
tórax vistos de frente. A literatura egípcia era majoritariamente religiosa e moral, sendo o livro mais importante o Livro dos
Mortos, o primordial livro sagrado desse povo.

Os egípcios eram politeístas, com deuses antropozoomórficos como foco. Acreditavam também que possuiam almas imortais, no
julgamento após a morte, e que uma alma poderia retornar para um mesmo corpo, por isso embalsamavam os faraós.

Eles possuíam uma agricultura sazonal, onde abasteciam seus silos e ainda sobrava produto para comercializar, já que
estabeleceram relações com diversos povos. Não passavam fome habitualmente. Eles produziam azeite de oliva e eram dados como
os inventores da cerveja. Interessante pontuar que não tinham madeiras nativas boas para construção, o que sugere que
comercializaram madeiras oriundas da Fenícia e da Núbia.

Micênicos e Minóicos
A formação da civilização creto-micênica se iniciou no período pré-homérico (séc. XXX - XII). Na ilha de Creta se desenvolveu os
minóicos e em Micenas o povo micênico. Foi o arqueólogo Arthur Evans que liderou as primeiras investigações sistemáticas de
Creta, processo bancado por ele mesmo que possui dinheiro. Ele desconfiou que era um povo oriental pela características, e pelas
construções ele presumiu que era um povo comerciante com certo conhecimento arquitetônico. O palácio minóico encontrado é a
notação de um poder centralizado e não haviam fortificações, dando a entender que esse povo não tinha uma cultura guerreira. Eles
tinham um senso estético bastante apurado e desenvolveram uma cultura refinada.

Já os micênicos se formaram na parte continental, com seu centro sendo a cidade-estado de Knossos. Era um civilização
militarizada, bastante fortificada com uma aristocracia guerreira. Possuiam uma sociedade estratificada, pouca mobilidade social. A
concentração do poder ficava com princípes. Os escravos eram provenientes dos povos conquistados durante as batalhas.

Os micênicos eventualmente absorveram os minóicos, porém os minóicos tinham uma cultura predominante.

Palas-Atena
Atenas era dividida entre várias tribos ou genos, lideradas pelo pater. A sociedade ateniense possuia vários cargos: os eupátridas
eram homens ricos e transformaram a monarquia em uma oligarquia; georgóis eram pequenos proprietários sem direitos políticos
e não se davam bem com os eupátridas, era comum que virassem escravos por dívidas; os demiurgos eram marceneiros e
ferreiros; os basileus eram chefes de guerra e possuiam um papel fundamental na estrutura social, estavam a frente das tropas da
cidade e eram frequentemente explorados.

Só após lutarem juntos que os grupos menos favorecidos começaram a valorizar a própria vida e a questionar a estrutura social e o
predomínio dos eupátridas.

As legislações de Atenas foram gradualmente sendo mudadas e aprimoradas de acordo com quem estava a frente. Dracon, por
exemplo, criou leis que favoreciam os eupátridas, já Sólon tentou conversar com todas as classes sem se indispor com nenhum,
ficou encarregado de desenvolver um legislação para melhorar as tensões dos grupos sociais. Sólon implementou um sistema
censitário, o que deu abertura para mais pessoas participarem das decisões, e também proibiu a escravidão por dívidas, mas sem
efeito retroativo, ainda regulamentou a herança.

Clístenes trouxe ainda mais mudanças com o desenvolvimento dos demos, onde a população tinha se cadastrar e as famílias eram
espalhadas por esses grupos propositalmente, o que obrigava várias classes diferentes a conviverem juntos. Para cada demos era
dado uma infantaria, uma cavalaria e um general. Ninguém ocupava um cargo sem ser por meio do sorteio e era ainda por poucos
meses, para que a pessoa não se acostumasse com a posição de poder.

Esparta
Era um diarquia formada por dois reis de famílias distintas e governavam com a ajuda de um orgão chamado gerúsia, um conselho
de anciões. As crianças espartanas eram criadas com suas famílias até os 7 anos de idade, ao chegar nesse período, tanto meninos e
meninas, eram mandados para um acampamento fora da cidade para treinarem. Eles ficavam nus para desmistificar o corpo e
acalmar o desejo, além de passarem por inúmeras situações extremas como fome, frio, calor, exaustão, etc, para se tornarem bons
guerreiros. Só com 30 anos que os homens eram liberados de suas obrigações militares e podiam casar e ter filhos, já as mulheres
eram liberadas mais cedo. Também era comum o infanticídio já que eles queriam crianças ideais para o combate.

Os espartanos não são muito acadêmicos, sendo um povo calado, com um silêncio lacônico. Foi a militarização da cidade que levou
a perda da intelectualidade, um feito creditado a Licurgo.

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