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MESOPOTÂMIA

COORDENADAS ESPAÇO-TEMPORAIS
1) CARACTERÍSTICAS ESPACIAIS :

a) De acordo com o mapa atual, a mesopotâmia, localizava-se nas regiões da atual Turquia,
Síria e Iraque;
b) O Mar Mediterrâneo era uma forte via de comunicação;
c) O irão era também uma via de trocas comerciais, tal como o Mar Mediterrâneo;
d) A mesopotâmia era uma região de grande afluência de pessoas e comunicações;
e) Os fenícios foram um dos povos que demonstrou que o Mar Mediterrâneo não era de
todo uma barreira;
f) O Crescente Fértil é o território que vai desde o “vale do Nilo” ao “Golfo Pérsico”, com
grandes recursos hídricos;
g) Nem todas as regiões do crescente fértil vão ter as mesmas características;
h) Dentro do Crescente Fértil existem zonas que permitem o crescimento/desenvolvimento
urbano (abundantes recursos hídricos, que ajuda para uma boa agricultura, o que logo,
contribui para a existência de cidades) – Nichos Ecológicos – que contribui para uma
grande variedade de climas;
i) O termo crescente fértil é muito geral, pois como abordado no ponto acima, nem todas as
regiões tem as condições favoráveis (variados tipos de climas), resultando em zonas ou
regiões com mais população do que outras;
j) O desenvolvimento urbano só é possível graças aos dois grandes rios principais: Tigres e
Eufrates;
k) Ambos os rios principais, nascem na parte oriental da Turquia, nos “Montes Tauros” e
desaguam no “Golfo Pérsico”;
l) O Monte Zagros é também bastante importante para o desenvolvimento da região;
m) Existe ainda outros dois rios com alguma significância: O Rio Jordan e o Rio Orontes,
localizados na região da Síria/Palestina;
n) Ambos os montes eram grandes vias de comunicação, pois estas eram passáveis;
o) Todos os anos, por volta de abril, os rios Tigres e Eufrates sofriam inundações e as regiões
afetadas por estas cheias eram dotadas de solos muito férteis;
p) Na mesopotâmia, existiam dois tipos de agricultura: a de sequeiro e a de regadio. A
primeira necessita de pouca água, mais utilizada a norte, enquanto a segunda necessita de
bastante água e é mais praticada a sul.
q) Nesta região vai haver ainda a necessidade de criar canais, para levar água a zonas mais
desérticas;
r) O Norte é mais chuvoso enquanto o Sul é mais seco;
s) Na alta mesopotâmia (montanhas) encontrava-se matérias-primas como, o cobre; a prata;
o ouro e o estanho;
t) As civilizações desenvolveram ainda, o gado e a pesca, com o fim de exportar;
u) No Sul desenvolveu-se o elemento sumérico e no Norte o elemento semita. Estes
elementos são famílias linguísticas;

NOTA: SUMER-AKKAD É UM NÚCLEO CULTURAL COM ELEMENTOS CULTURAIS


SUMÉRIOS E SEMITAS.

2) ESCRITA:

 Na mesopotâmia – no período Uruk – em cerca de 3200 a.C.;


 Cuneiforme – é um sistema de escrita comum e “global” a toda a mesopotâmia;

3) TEMPO:

 Existem três métodos de datar os documentos:


(1) Funcionário Epónimo – A data é o nome do funcionário que se encontrava em
funções. Com exceção do primeiro ano de reinado do Rei, Rei esse que dava
nome ao ano. (LIMMU)
(2) Acontecimentos Destacados do Ano – O ano em que se encontravam recebe o
nome de um acontecimento importante que tenha ocorrido nesse ano. (Foi
mais comum na baixa mesopotâmia e assíria entre 3000 e 2000 a.C.);
(3) Anos de Reinado do Monarca – Os documentos eram datados conforme o nome
do monarca em funções;
 É possível compreender a cronologia destes documentos, graças á existência de uma “Lista
de Reis”. Estas listas fornecem-nos a ordem dos reinados e dos monarcas, até ao
momento em que essa lista foi criada. No entanto muitas destas listas podem não
fornecer os reinados e nomes de todos os reis, por variados motivos.

A ASSIRIOLOGIA COMO DISCIPLINA HISTÓRICA

DIFERENTES PONTOS DE PARTIDA PARA A CONTAGEM DE TEMPO

 776 a.C.  Olimpíadas;


 753 a.C.  Roma;
 Nascimento de Jesus Cristo no ano 1
 622 a.C.  Hégira;

ASSIROLOGIA  CONCEITO

 A assiriologia é a disciplina que estuda o próximo oriente asiático;


 Conceito de Oriente: Distante/longe oriente (china); Médio oriente (índia); Próximo
oriente (Mesopotâmia).
 Muitas das civilizações do oriente eram apelidadas de “civilizações fluviais”, pois
localizavam-se ao pé de rios.
 O cuneiforme, é o sistema de escrita utilizado por toda a mesopotâmia.
 Os textos fundamentais da mesopotâmia são: a “Enuma Elish” e o “Egamesh”.
 Na mesopotâmia existem 3 tipos de crónicas fundamentais: A de Weidner, as Babilónicas
(750-220 a.C.) e a crónica dinástica.
 A assiriologia requer uma especialização ou várias, ou seja, o historiador precisa de possuir
um grande e diverso leque de conhecimentos.
 Os tipos mais comuns de inscrições na mesopotâmia eram as “inscrições reais”.
 Estas inscrições tinham como objetivo elogiar o rei ou notar/escrever informações em
nome do rei.

FONTES PARA O ESTUDO DA MESOPOTÂMIA

1. Fontes externas ou indiretas:


 A bíblia, principalmente o antigo testamento;
 As fontes clássicas, como herodonte e jenofonte; Cidades importantes:
 Outras - autores bizantinos, entre outros. Uruk;
2. Fontes internas ou diretas: Susa;
Ninive;
 Restos arqueológicos; Sippar;
 Inscrições reais, textos cronográficos… Kish;

A PRÉ-HISTÓRIA E A PROTO-HISTÓRIA NA MESOPOTÂMIA

CRONOLOGIA

 Paleolítico:  Inferior;
 médio;
 superior;

 Neolítico:  Natufiense;
 Neolítico pré-Acerâmico A;
 Neolítico pré-Acerâmico B;
EL- HALAF – período de transição entre o neolítico e o calcolítico.
 Idade dos metais:
 Calcolítico (idade do cobre)  Ubaid Antigo/inicial (4500-4000 a.C.);
– Ubaid Final (4000-3500 a.C.).
 Idade do bronze – Fase de Uruk (3500-3000 a.C.): Bronze inicial I
 Protodinástico (2900-2350 a.C.): Bronze inicial I
 Dinastia acádia (2300-2150 a.C.): Bronze inicial II
 III Dinastia Ur (2200-2000 a.C.): Bronze inicial III

– Bronze Médio (2000- 1600 a.C.)

– Bronze Final (1600 -1200 a.C.)


REVOLUÇÃO NEOLITÍCA

Período progressivo de profundas mudanças. Na Mesopotâmia, os primeiros indícios de neolítico,


principalmente na palestina e síria, ocorrem entre 10.000-7000 a.C., apelidado de natufiense e
posteriormente de Neolítico Pré-Acerâmico A.

 Neste período a principal fonte de alimento eram os cereais. Os principais cereais produzidos eram:
a cevada e o trigo.
 Entre 7000-6000 a.C., inicia-se o Neolítico Pré-Acerâmico B, com produção de cereais e
leguminosas, a domesticação de ovelhas e cabras e a construção de casas com adobe e barro.
 Neste período do Neolítico Pré-Acerâmico B, vai se desenvolver um culto aos antepassados em
Jericó (preservação de uma parte do crânio com argila).
 Em Jericó vão se construir, ainda, muralhas.
 De 6000-4500, a mesopotâmia vai se encontrar num neolítico pleno, onde já existe tecidos,
cerâmica e a construção de canais.
 Desenvolve-se ainda, o comércio da obsidiana (comum nos montes Taurus).
 Algumas cidades neolíticas são: Biblus (na região da síria/palestina); Hassuna, Samara e tell halaj
(alta mesopotâmia) e eridú (baixa mesopotâmia).
 As fases do neolítico chamam-se Pré-Acerâmicas, pois ainda não havia sido descoberta a cerâmica.
 El-Halaf, é a fase transitória do Neolítico para o Calcolítico.
 No período do El-Halaf, é desenvolvida a agricultura de sequeiro. Os povos vivem casas, as “Tholoi”,
casas com uma planta redonda, uma espécie de cúpula, seguidas de uma parte retangular.
 No entanto, a cultura halaf, distingue-se pela sua cerâmica.

CALCOLÍTICO – IDADE DO COBRE

Num primeiro momento o cobre é usado na sua forma natural e posteriormente vai ser fundido.

Existem duas fases do Calcolítico:

 Ubaid/Obeid Inicial (4500-4000 a.C.)


 Ubaid/Obeid Final (4000-3500 a.C.)

O Ubaid é uma fase do Calcolítico, mas é, também, considerada uma cultura, que se vai expandir por toda a
mesopotâmia.

CARACTERÍSTICAS DO UBAID:

1. Houve um grande aumento demográfico;


2. Maiores recursos de produção agrícola e de gado;
3. Criação e manutenção de canais, na baixa mesopotâmia;
4. Drenagem dos pântanos, de modo a ganhar terrenos férteis para a agricultura.
5. O nascimento de Eridú foi importante para a afirmação da cultura do Ubaid. Esta cidade na época
era costeira e detinha templos, com uma planta de 20x12 metros. Estes templos eram edifícios
públicos.
6. Os templos eram um lugar de culto para a comunidade. Isto implicava uma organização social e
uma unificação das crenças e dos cultos.
7. Implicava ainda, um poder político com condições para a construção de edifícios de tais dimensões.
Para além do mais era ainda necessário a existência de sacerdotes.

IDADE DO BRONZE INICIAL

1) FASE DE URUK (3500-3000 A.C.):

Uruk, é o nome de um assentamento populacional da baixa mesopotâmia, com imensa importância, graças
á potência arqueológica. Mas também é uma cultura.

A cidade de Uruk é composta, atualmente, mos elementos diacrónicos. Esta tem uma muralha com 10 km.

1.1) FASE DE URUK - CRONOLOGIA

 Uruk antigo/inicial (3500-3200 a.C.)


 Uruk médio (3200-3000)
 Jemdet nasr – fase de transição

1.2) REVOLUÇÃO URBANA – TRANSFORMAÇÕES A TODOS OS NÍVEIS

A) Mudanças económicas:
 Aumento da produção agrícola, através da manutenção de canais de água, o que vai resultar em
excedentes.
 Aumento populacional.
 Progresso tecnológico – experimentação de técnicas de cultivo, como por exemplo o arado
semeador; Máquina de cerâmica (rodas de olaria); Carro de 4 rodas.
B) Mudanças Administrativas e políticas:
 Aparição de especialistas (vivem na cidade e não produzem);
 Distinção social entre especialistas e produtores.
 Vão ser criadas “grandes instituições”.
C) Aparição da Escrita:
 A origem da escrita na mesopotâmia surge graças às necessidades contabilísticas.
 Esta é um sistema de “signos” /” sinais” /” marcas”.
 No calcolítico, já havia um género de signos, que serviam para contar, mas estes ainda não são
considerados escrita.
 Ao longo da fase Uruk, os signos linguísticos foram-se desenvolvendo, podendo envolver animais,
figuras humanas e até elementos da natureza.
 A bullae era um instrumento usado para contar, esta não era escrita, mas sim pictografia.
 Passamos, efetivamente, a ter escrita quando usamos os signos linguísticos não para representar
ideias, mas sim para representar fonemas.
 A escrita adquire um valor logográfico, pois ganha um valor fonético.
 Se antes se escrevia em Bullae (formas cilíndricas com objetos/formas dentro), agora escreve-se em
tabuinhas.

Na fase de Uruk, existem várias cidades-estado, independentes, por onde se vai expandir o modelo
civilizacional urbano de Uruk.
Estas cidades-estado independentes eram governadas pelos sumo-sacerdotes (funcionários do templo) e
pelos deuses, sendo que cada cidade tinha o seu próprio deus. Os sacerdotes, comandavam e governavam
em nome de Deus. Os templos eram polos administrativos governados pelos sacerdotes, sendo este
considerado um local sagrado e religioso. Servia para armazenar os bens produzidos e era onde as tropas
eram chefiadas.

1.3) “CIVILIZATION PACK”

É o termo utilizado para listar as “qualidades” necessárias para se poder considerar um povoado, um
assentamento urbano. Este conceito é aplicável a todas as regiões.

1.4) ECONOMIA REDISTRIBUTIVA

 As aldeias davam (como um género de imposto ou tributo), os excedentes, á cidade;


 Na cidade encontra-se a população que não produz alimento – os especialistas;
 O estado entrega “rações”, ou trocas comerciais aos especialistas.
 A aldeia necessita de produtos feitos pelos especialistas, como cerâmica.
 Esta constrói infraestruturas para a redistribuição de água;
 O estado precisa de mão-de-obra e, por isso, obriga a população a fazer serviços temporários
através das “corveias”, um género de imposto.

1.5) COMÉRCIO ADMINISTRADO OU DE ESTADO

Tem por base, a organização de expedições por iniciativa do estado, onde os especialistas vão a outras
regiões, trocar matérias-primas.

Esta organização de expedições dá-se devido:

 Á crescente necessidade de produtos, devido ao crescimento urbano;


 Expansão do modelo de Uruk.

2) PERÍODO PROTODINÁSTICO (2900-2350 A.C.)

 Protodinástico I (2900-2750 a.C.)


 Protodinástico II (2750-2600 a.C)
 Protodinástico III (2600-2300 a.C.)

No Protodinástico, a escrita desenvolve- se e passamos a ter documentos legais e judiciais. Estes


documentos surgem, maioritariamente nas cidades de Shurupack e Lagash.

2.1) PERIODO PROTODINÁSTICO – MUDANÇAS POLÍTICAS

 Existe um policentrismo, ou seja, existem várias unidades políticas e cidades-estado.


 Nesta fase é possível identificar a origem das línguas faladas, como por exemplo, no Sul a linguística
mais comum era a suméria.
 No entanto, havia uma simbiose dos falantes de língua suméria e semita. Mesmo assim, a família
linguística mais usada era a suméria.

2.2) INSTITUIÇÕES
As duas grandes instituições deste período eram o palácio e o templo.

 O palácio, converte-se no núcleo político.


 O templo, é o núcleo/lugar de culto, mas também vai desempenhar funções económicas.
 Vinculadas a estas instituições aparecem as primeiras inscrições reais, que nos fala dos primeiros
reis.

As cidade-estado eram governadas por um Rei. Esse Rei detinha vários nomes conforme a família linguística
da região:

 “En” – Uruk;
 “Ensi” – Lagash;
 “Lugal” – Ur e Kish

O rei estava encarregue da agricultura e do gado, da manutenção das infraestruturas e de garantir a


prestação do culto aos deuses.

O Rei era trocado, se houvesse muitos anos de fome, más colheitas ou de guerras.

Graças aos documentos sobreviventes, sabe-se que neste período houve um conflito entre as cidades-
estado de Lagash e de umma, devido a um território localizado entre as duas.

Lugalzagesi – rei de Uruk, é o primeiro rei que tenta dominar mais do que uma cidade-estado, mas sem
sucesso. Este rei usava a Teoria do poder universal.

A teoria do poder universal – é quando um Rei da mesopotâmia afirma conquistar a totalidade da mesma,
mas acaba por essa afirmação ser mentira.

Uma fonte importante de conhecimento, são as tumbas.

No final do Protodinástico, dá-se uma segunda fase de urbanização pelo Norte da mesopotâmia.

3) DINASTIA ACADIA (2350-2150 A.C.)

SARGON
Pode ser chamada de sargonida, proveniente de Sargon. Sargon, foi o primeiro rei desta dinastia e reinou
por 56 anos. A sua vida se vai confundir com as lendas e mitos.

Sargon é o primeiro rei que vai conseguir conquistar o domínio universal. Sargon vai então, conquistar as
regiões desde o golfo pérsico, até á montanha de prata, inclusive as cidades de Tuttul, Mari, Ebla e a região
do país alto.

Sargon vai começar a sua conquista a partir da cidade-estado de Tuttul, e vai controlar as rotas comerciais,
de modo a assegurar as matérias-primas que faltavam no Sul da mesopotâmia, como a madeira e a pedra.

Sargon vai fundar a capital de Akkad, de onde provém o nome da dinastia. No entanto, não existem vestígios
da cidade de Akkad, mas sabe-se que esta estava localizada perto da cidade-estado de Kish.
Por isso, algumas das informações referentes a este momento e período foram encontradas no tempo de
enlil, na cidade de nippur. Este era o centro religioso mais importante da mesopotâmia neste momento.

É nos possível saber as campanhas feitas por Sargon através de outros monarcas, mas sobretudo através de
lendas. Por isso, as poucas informações que obtivemos, não são fiáveis, pois estão influenciadas pela
ideologia acádia, que insistia na vitória e supremacia acádia.

Com a fundação de Akkad, Sargon passa a ser mencionado como rei de Kish, de Akkad e de outras cidades-
estado. Sargon vai, assim se caracterizar como o monarca militar por excelência.

RIMUSH
Com a sucessão do seu filho mais velho, Rimush, que reinou durante 9 anos, vão acontecer uma série de
problemas importantes. O objetivo de Rimush como rei, vai ser, com muito esforço, manter os territórios
conquistados pelo seu pai- Sargon.

Vão então, durante o reinado deste, acontecer um conjunto de conflitos e confrontos/revoltas no Sul da
mesopotâmia, especialmente nas cidades de Ur, Umma e Lagash.

MANISHTUSU
Já Manishtusu, irmão de Rimush e filho segundo de Sargon, reinou durante 15 anos, e durante o seu
reinado, vai continuar a lutar para manter os territórios conquistados por seu pai.

Por isso, vai organizar uma série de expedições, tanto no golfo pérsico, como na zona do islão, obtendo
assim, importantes matérias-primas, principalmente a prata e a deorita.

NARAM-SIN
Após a morte de Manishtusu, vai se suceder o seu filho, Naram-sin. Durante o reinado deste, que durou 56
anos, vai se iniciar um período de esplendor acádio

Tal como ocorre com Sargon, a vida de Naram-sin vai se misturar com as lendas e os mitos.

As campanhas militares de Naram-sin, vão se centrar principalmente no Norte e no Noroeste. Este rei, vai
então ter de enfrentar vários povos bárbaros, como os Hurritas e os lulubitas.

A "estrela da vitória" é um documento fundamental. Neste documento encontramos uma narrativa que
detalha a batalha entre as tropas dos acádios e o lulubitas. Este monumento/documento narra a vitória dos
acádios e a grandeza de Naram-sin.

Naram-sin levou ainda a cabo expedições para a reconquista de territórios que haviam sido conquistados
por Sargon, mas perdidos, entretanto, pelos seus filhos. Como por exemplo, a cidade de Ebla, de Mari e de
Armanum.

Naram-sin conquistou a teoria do universo total, ou seja, conquistou todos os territórios desde o golfo
pérsico até ao mar mediterrânio.

SHAR-KALI-SHARRI
Durante o reinado de Shar-kali-sharri, filho de Naram-sin, vão se pronunciar outras populações que existiam
e viviam no norte da síria, com um caracter eminentemente guerreiro – Os Martu (ou Amorritas) e os
Gutium (ou Guti).

Com os últimos reis da dinastia acádia - Dudu e Shu-turul - vamos ter um período de puro caos político, o
que vai levar a uma guerra entre o povo Guti e os acádios.

Os acádios vão perder essa guerra e os Guti vão dominar vários territórios até agora ocupados pelos acádios.

A dinastia acádia dura apenas dois séculos e o seu fim resulta, maioritariamente graças a debilitações
políticas internas e graças a ameaças externas.

3.1) ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA

1. A nível político:
 O monarca semita é visto como um herói, forte, poderoso e orgulhoso de dominar o
universo.
 O rei aparece assim, nas fontes como " O forte" ou como aquele que não tem rival. Os reis
são mencionados como o rei da totalidade ou como o rei das 4 regiões.
 Existe um desenvolvimento na figura do rei ao longo da dinastia acádia. Como exemplo,
Naram-sin vai se identificar como um deus, ou seja, ele vai se divinizar, o que não era
costume.
 Sargon era visto como um monarca positivo, já Naram-sin era visto como orgulhoso e como
alguém que não precisava da ajuda dos Deuses, porque ele próprio se considerava um deus.
2. A nível administrativo:
 A organização administrativa da dinastia acádia dava-se a partir do centro, a chamada zona
nuclear.
 Nesta zona nuclear desenvolviam -se as culturas sumérias e semita.
 Os principais centros, vão ser Summer, Akkad, Ur, Eridú, Uruk, Lagash, Umma, entre outros.
 Nas zonas periféricas, o controlo não é tão apertado e a administração não vai ser feita
diretamente pelo rei acádio, como acontecia com Summer e Akkad.
 As zonas periféricas estão localizadas a norte e a Oeste da mesopotâmia. Nestas periferias
vão se desenvolver principalmente as vias de comércio.

4) O RENASCIMENTO SUMÉRIO – A III DINASTIA DE UR

Após a queda da dinastia acádia os Guti, vão dominar principalmente o norte da mesopotâmia e o
Sul/centro vai se deparar com um certo vazio de poder.

No Norte, onde permanecem os Guti, vai se manter a organização política e administrativa semita. Os
Gutium vão permanecer no Norte da mesopotâmia por 1 século.

A fase do renascimento sumério, é caracterizado por uma falta de documentação. No entanto, evidencia-se
um desenvolvimento de variadas cidades-estados na região de summer. Ou seja, recupera-se o
policentrismo. Existe ainda, um retrocesso às organizações políticas e administrativas do Protodinástico.

Neste contexto, vai ser protagonista um território governado pela III dinastia de Ur. O rei mais importante
desta dinastia é o Ur-nammu. Temos pouca informação sobre esta dinastia, mas sabemos que o rei Ur-
nammu, se identificava como o forte rei de Ur, rei de summer e rei de Akkad.
Ao se declara como rei de todos estes territórios, este rei demonstra assim, o desejo de dominar a os
territórios de Summer e Akkad. No território dominado por Ur-nammu, estabelece-se um Ensi local, ou seja,
nos territórios conquistados quem "governa" não vai ser o rei, mas sim um administrador local, nomeado
por Ur-nammu, que muitas vezes acabara por ser o antigo rei local dessas regiões.

A documentação deste período fala-nos da criação de canais, da construção de zigurats e de uma grande
atividade comercial e abertura de novas rotas comerciais.

4.1) ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA

No que diz respeito á organização interna, esta resume-se á qualidade da governação e não á quantidade de
territórios dominados.

Foi então criado o primeiro código de leis do mundo, chamado de código de Ur-nammu ou shulgi. Este
código tinha como objetivo organizar a sociedade no seu conjunto.

Este código de leis, ditava:

 procurava restabelecer a prosperidade;


 Fazer reinar a justiça
 Adorar os deuses de summer;
 E ainda estabelece um conjunto de medidas e volumes de relações comerciais;
 Estabelece uma proteção aos órfãos, às viúvas e aos pobres.
 Ditava evitar um abuso dos ricos e proteger as mulheres dos seus maridos.
 Estabelece-se um conjunto de penas económicas para aqueles que cumprem delitos menos graves.
 Estabelece- se ainda as fronteiras.

A III dinastia de Ur, vai desenvolver escolas de escrivães, o que resulta numa maior valorização da escrita e
por isso numa maior abundância de fontes históricas que nos permitem conhecer bem este período.

Todos os povos da zona norte da mesopotâmia, vão tentar conquistar e dominar a III dinastia de Ur, o que
vai provocar vários desequilíbrios para a III dinastia de Ur.

A persistência destes povos a norte, em quererem entrar nos territórios da III dinastia de Ur, vai provocar
uma desordem e um caos total, o que resultara no fim desta dinastia e época.

O "lamento pela destruição de Ur", é um texto que narra o acontecimento mítico do abandono da deusa
ningal, da cidade de Ur, o que explicaria a desordem e o caos em que se encontrava a cidade

IDADE DO BRONZE MÉDIO (2000-1600 A.C.)

Alguns grandes reinos na mesopotâmia durante o bronze médio são a babilónia e Mari, O reino da Alta
Mesopotâmia, que mais tarde se torna a assíria e o reino da Anatólia.

1) O PERÍODO PALEO-BABILÓNICO (2000-1595 A.C.)

Este período na mesopotâmia é conhecido como o período paleo-babilonico ou período babilónico antigo

Este período paleo-babilonico, pode ser dividido em duas partes:


• Disputa entre isin e larsa para recuperar o antigo território de Ur (século XXI e XX a.C.);

• Poder e ascensão da babilónia, através de Hammu-rabi (Séc. XVIII A.C) - 1790-1742 a.c.;

Após a queda da III dinastia de Ur, a mesopotâmia encontra-se dividida em reinos locais, com um poder
igualitário. No entanto, Hammu-rabi, que começa por sei o rei da babilónia vai conquistando e tornando-se
rei da babilónia, de summer e Akkad, rei de todo o país amorrita e rei dos 4 cantos do mundo.

O reinado de Hammu-rabi dura 42 anos e este rei é amorrita. As conquistas de Hammu-rabi dão-se através
de tratados. Hammu-rabi fazia tratados simpáticos e de paz com outros reinos e cidades, e quando essas
cidades menos esperavam Hammu-rabi atacava e dominava estas regiões.

Um documento importante para perceber este período é a estela de Hammu-rabi, pois transmite-nos as
conquistas que Hammu-rabi fez.

Tal como foi dito anteriormente, cada cidade-estado detém um deus próprio e na babilónia vai então
ascender um deus. Esse deus vai ser Marduk que se vai tornar o deus patrono da babilónia.

ESTELA DE HAMMU-RABI
Nesta estela, está representado o deus samas, deus da justiça e deus do sol. Este deus entrega a Hammu-
rabi uma vara e um anel, símbolos da realeza na antiga mesopotâmia.

A estela de Hammu-rabi ou "código" de Hammu-rabi:

 Este documento não tinha um propósito prático;


 Não constituía um instrumento para exercício da justiça;
 Não se trata de um código legal, como entendemos atualmente, pois não tem um verdadeiro valor
legislativo;
 As leis são casuísticas, pois baseiam-se em situações casuais do dia-a-dia;
 Não detém um caracter universal;
 O grande objetivo e afirmar o poder de Hammu-rabi no âmbito da justiça;
 Tem 282 artigos;

1.1) A SOCIEDADE PALEO-BABILÓNICA, DESCRITA NA ESTELA

 O fator social é indissociável do fator económico;


 A estratificação social é baseada no poderio económico de cada um;
 As possibilidades/poderio económico, baseiam-se na facilidade de acesso á terra ou não;
 É possível dividir a propriedade da terra em dois grandes sectores:
 O sector estatal - propriedades que pertencem ao templo/deus ou propriedades
pertencentes ao rei/palácio. As terras estatais podiam ser cultivadas por indivíduos que
não tinham capacidades para possuir as próprias terras, estes recebiam um género de
salário (alimentício), ou podiam ser cultivadas por indivíduos com alguma importância em
proveito próprio, onde trocavam por serviços ao palácio.
 O sector privado - terras pertencentes a grandes famílias. Tinha como objetivo garantir a
sobrevivência familiar e assegurar a linhagem.
 O casamento assenta numa base contratual regida por um conjunto de benefícios para ambas as
partes (a mulher leva um dote) e o pai da mulher recebia um contradote/contraparte
(compensação pela perda da filha). O controlo da mulher passava do pai para o sogro.
 O pai e a única figura jurídica completa da família;
 A mulher podia pedir o divorcio, em caso de maus-tratos;
 Um género de lei que existia era o Levirato - Caso o pai/chefe de família falecesse e a sua mulher
ficasse viúva, mas não tivessem descendência, a esposa podia casar com um irmão do falecido
marido. Os filhos resultantes do casamento com o irmão do falecido seriam considerados filhos do
falecido e não do irmão, de modo a assumirem o cargo do falecido.
 Caso a esposa fosse estéril, o marido podia requisitar uma segunda esposa ou ter filhos com uma
escrava. Caso tivesse filhos com uma escrava, em caso de morte do pai, os filhos seriam livres. Isto
demonstrava que existia a possibilidade de mobilidade social;
 A estratificação estava baseada na riqueza e património que cada individuo possuía

No entanto a sociedade dividia-se em:

• Awilum - grupo social no topo da hierarquia, homens e mulheres livres, pertencentes a elite. São
detentores dos seus próprios meios de produção. Tem possibilidade de comprar e vender terras e viviam
maioritariamente na cidade. Podem contratar pessoas para trabalhar as suas propriedades.

• Muskenum - homens e mulheres livres, dependentes de outros (estado e Awilum), só tem o seu
corpo como força de trabalho, é essa força que lhes garante sustento. Habitam nas periferias das cidades.

• Wardum - são escravos, ou seja, homens não-livres. Podiam ser cativos de guerra (prisioneiros) ou
tornaram-se escravos através de insolvência económica(dividas);

Na estela alguns artigos eram ditavam:

 As penas a cumprir dependiam do seu estatuto social;


 As leis de talião, ou seja, olho por olho, dente por dente. (somente entre Awilum - Awilum);
 Consoante o estatuto a pena, baixa.

2) O REINO DA ALTA MESOPOTÂMIA

Neste momento este reino ainda não se chama assíria, poi a capital ainda não é a cidade de Assur. Assur vai
ser o nome de uma cidade, o nome de uma divindade e o nome de uma população.

As características são:

 Começa a desenvolver contactos socias com Anatólia;


 Na Anatólia surgem colónias comerciais (karum), a mais conhecida é a de kultepe;
 As principais matérias-primas comercializadas são o cobre e o estanho;
 Samsi-adad era a figura central do reino da alta mesopotâmia (amorrita);
 O rei tinha o título de sarrum, e era ajudado por uma assembleia denominada de puhrum, na qual
pensa-se que tinham assento os homens livres pertencentes ás elites;
 O rei tinha ainda uma espécie de braço direito - um alto funcionário do estado, este pertencia as
mais altas famílias. Este funcionário tinha o trabalho de ser limum;
 No reinado de Samsi-adad houve vários limum;
 Após a morte de Samsi-adad os territórios do reino da alta mesopotâmia são distribuídos, e o reino
da alta mesopotâmia torna-se num território muito pequenino. Foi assim, que mari acabou por
ganhar a sua independência e alcançar o seu apogeu.

Mais tarde, Hammu-rabi conquista todos os territórios do antigo reino da alta mesopotâmia

3) ANATÓLIA- HITITAS

Futuramente no século XV a.C., tornar-se-á no reino de Hatti- de população Hitita.

É composta por cidades independentes com um governante por cidade. É composta ainda por várias
colónias comerciais.

Os reis da Anatólia, vão poder ser chamados de sarrum ou ruba'um

Existiam funcionários comerciais, apelidados de rabi simmiltim - governantes das colónias

Mais tarde, um rei de uma cidade-estado, vai dar início a uma anexação de outras cidades da Anatólia,
dando origem ao futuro reino Hitita

Durante este período de anexação as relações entre a alta e a baixa mesopotâmia vão esfriar, mas vai se
manter uma estabilidade através de casamentos.

4) MARI – MÉDIO EUFRATES

Ao recuperar a sua independência, Mari vai ser governada por um soberano de seu nome zimri-lim. Este há
de levar mari ao seu apogeu. Apogeu este que á de acabar quando Hammu-rabi conquista todo o universo
mesopotâmico.

Mari mantém o estilo de vida amorrita muito acentuado, ou seja, nómada

Havia uma cooperação entre as populações sedentárias e as populações nómadas.

Zimri-lim intitula-se o rei de mari e o rei do país haneus.

IDADE DO BRONZE FINAL (1600 - 1200 A.C.)

Este é um período com muita pouca informação, e por isso considera-se uma dark age ou época obscura.

INOVAÇÕES TÉCNICAS DO BRONZE FINAL:


 Na mesopotâmia, até agora a força de carga utilizada era o asno (burro);
 Existe uma difusão e uma maior utilização do cavalo como força de carga. Estes eram utilizados
inicialmente para transportar mercadorias ligeiras, no entanto rapidamente se passou a utilizar
militarmente, naquilo a que chamamos de carro de guerra. Acredita-se que os cavalos sejam
originais da região do islão;
 A introdução do cavalo neste território, é demonstrado através do aparecimento de palavras e
términos para o animal. A importância que este vai tomar é demonstrada pelo uso não de uma,
mas de várias palavras diferentes para este animal;
 Aparecem novos elementos militares para a proteção do cavalo, como a coraza metálica e o arco
composto;
 Com estas inovações, o combate corpo a corpo, vai perder importância;
 A nível social, vai surgir um grupo de elite, que vai contar com grande prestígio- Os maryannu -
estes são os militares/soldados que conduzem os carros de guerra;
 Vai se desenvolver um ideal heroico do guerreiro, ou seja, dos maryannu;
 O palácio real/estado é quem vai contratar os maryannu. Estes soldados têm de estar sempre
disponíveis, em caso de ataques;
 O estado que os contrata vai pagar aos maryannu com lotes de terra. Assim, estes vão possuir
enormes terras com grandes rendimentos;
 Os maryannu vão de certa forma originar uma aristocracia militar, e a dependência do rei para com
os maryannu e vice-versa vai dar origem a uma forte ligação e vinculação entre os dois;
 Por isso, os maryannu vão passar a integrar os postos e altos cargos administrativos do reino.
Constituindo-se assim um grupo dirigente;
 O campesinato vai perder importância, e vai acabar por pedir empréstimos a esta classe de elites, o
que resultará no endividamento e empobrecimento destas populações mais pobres.
 A antiga figura do rei no bronze médio vai se transformar num rei militar e decisivo em questões de
guerra;
 Dá-se um importante desenvolvimento da química, especialmente no que diz respeito aos corantes
para tecidos, e aos perfumes. Este desenvolvimento vai ter lugar na alta mesopotâmia e síria;

INOVAÇÕES NOS ASSENTAMENTOS:


 Redução da zona urbana e do número de assentamentos, ou seja, cidades. Isto vai acontecer,
sobretudo na alta mesopotâmia, no curso medio do rio Eufrates e em certas regiões da síria.
 Nas zonas semi secas (em que chove menos), vai haver uma diminuição dos assentamentos e as
populações passam a adotar um modo de vida semi- nómada. Já aquelas regiões que são mais
chuvosas, os assentamentos vão se manter sem grandes alterações,
 Esta redução da população, não vai afetar todas as regiões por igual. Na alta mesopotâmia, o
despovoamento vai ser grande, ao contrário da região da assíria que vai haver um desenvolvimento
populacional;
 Na zona da anatólia, nas regiões dos vales entre as montanhas, vai haver uma grande concentração
de população;
 Na zona do centro da mesopotâmia, o reino da babilónia vai reduzir drasticamente as suas relações
com o exterior, resultando numa perda da sua importância militar, económica e demográfica. Ou
seja, a posição central da babilónia vai desaparecer;
 A posição central vai se deslocar para a zona da alta mesopotâmia e síria;
 Vai se dar um equilíbrio regional, ou seja, temos um conjunto de potências médias-grandes que vão
controlar potências pequenas que se encontrem perto dos seus territórios;
 As potências regionais, neste momento, vão ser o islão, a babilónia cassita, o reino de mitanni, o
reino medio assírio, o reino Hitita, o mundo egeu e o Egipto faraónico;
 Estas potências e as ligações entre si vão originar o sistema regional do bronze final;
 No entanto, nem todas vão deter a mesma importância;
 Entre elas, vão se estabelecer relações horizontais - ou seja, relações entre potências do mesmo
"rank" (grandes potências com grandes potências) - e relações verticais - ou seja, uma relação de
subordinação (relações entre uma grande potência e uma pequena potência);
 Os reis das grandes potências vão ser chamados de grandes reis. Já os reis das pequenas potências
vão ser chamados de pequenos reis;
 Estes pequenos reis vão deter os seus próprios reinos, no entanto não vão ser independentes.

COMO CONHECEMOS AS RELAÇÕES ENTRE ESTES ESTADOS?


• A principal fonte para conhecer as ligações entre os diferentes estados e compreender este
sistema regional do bronze final, vão ser as chamadas cartas de amarna.

1) SIATEMA REGIONAL DO BRONZE FINAL:

REINO DE MITANNI
É composto por populações Hurritas. Os Hurritas vão tomar os territórios que pertenciam aos assírios.

O povo hurrita vai se assentar em regiões como o Norte da mesopotâmia, a síria e na zona do Cáucaso e
anatólia oriental.

O reino de mitanni vai durar muito pouco tempo. O reino de mitanni vai fazer uma aliança com Egipto, para
proteger os territórios Hurritas do reino de Hatti. Esta aliança ocorre na XVIII dinastia do Egipto, com faraós,
como entre outros, Amenhotep III.

Esta aliança é conhecida, pois os faraós egípcios como Amenhotep III, vão casar com princesas mitaneas.

Durante o reinado de Amenhotep IV, vai se dar uma diminuição das relações internacionais, o que vai
resultar numa derrota de tushratta - rei hurrita - para o rei hitita - suppileliuma, no século XIV a.C.

Esta derrotar vai provocar numa desestabilização de fronteiras do reino mitanni, pois os assírios vão
recuperar territórios e importância no século XIV. A população hurrita do reino de mitanni, vai se tornar em
vassalos do reino hitita nesse mesmo século.

O REINO BABILÓNICO CASSITA:


Os babilónios do bronze final vão ser cassitas, e quando este reino se extinguir, vai se suceder a dinastia
caldea babilónica ou neobabilónico (idade do ferro).

Os cassitas são uma população complexa que provem da região do islão. Possui-se muita pouca informação
da população cassita. Mursili, rei hitita vai conquistar a babilónia, ao monarca sansu-ditana em meados do
início do seculo XVI.

Após a conquista da babilónia, o rei hitita - Mursili, necessita voltar ao reino hitita e por isso deixa a
babilónia vazia de poder, o que resultará no surgimento de um novo poder - O poder cassita. No entanto
não se sabe grandes coisas sobre este momento.

Os cassitas vão tomar importância e implementar um reino com 36 reis.

Os cassitas não deixaram documentos escritos e não falavam uma língua nem suméria nem semita.

A única coisa que sabemos e que o seu primeiro rei, se chamava agum II.
Apesar do pouco que sabemos, a dinastia cassita não vai ser um período de decadência, mas sim de
importância e esplendor militar, de inovações militares e de prosperidade. Os cassitas vão adotar os
costumes da babilónia amorrita. Esta população é uma população guerreira.

IMPÉRIO HITITA:
O último grande núcleo territorial no bronze final e o império hitita.

O império Hitita pode ser dividido em Dois grandes momentos:

 O grande império Hitita antigo (1600-1400 a.C.);


 O grande império hitita (1400-1200 a.C.);

Os hititas falam uma língua indo-europeia, escrita em cuneiforme. Estes hititas entram na região da anatólia
através do Cáucaso, dos estreitos de Bósforo e de Helesponto.

Quando entram nesta região, já lá se encontravam algumas povoações chamadas Hatti, de onde os indo-
europeus vão buscar o nome.

O centro e capital vai ser a cidade de Hattusa. Como monarcas destacados, temos Mursili e suppileliuma. O
reino hitita vai se tornar o maior império da mesopotâmia neste período. Os hititas vão ter confrontos com o
Egipto.

Um acontecimento célebre, que nunca aconteceu, durante o reinado de suppileliuma foi quando este rei
recebe uma carta, de uma rainha egípcia - ankhesenaman, que se tornou viúva. Nessa carta ela pede que o
rei hitita lhe mande um marido. Por isso, o rei hitita envia o seu filho para casar com a rainha egípcia, no
entanto o filho do rei hitita nunca chega ao Egipto. Acredita-se que este tenha morrido.

Este desaparecimento, vai resultar numa guerra entre Hatti e o Egipto.

O rei hitita, muwattali é quem vai liderar a guerra entre os egípcios, denominada de guerra de kadesh em
1286 a.C. Acredita-se que a vitoria tenha sido dos hititas e não dos egípcios.

Devido a pressão dos assírios para entrar em território hitita e egípcio, o reino hitita e egípcio vão encontrar
a paz, para se aliarem contra os assírios. Esse tratado de paz chama-se hatusilli III e teve lugar entre 1285 e
1270.

O império hitita cai pouco tempo depois com a chegada dos povos do mar.

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