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Aula 16/09/2022

Coordenadas espaciotemporais das civilizações pré-clássicas

índice

1- El medio geográfico en el próximo oriente

2- El medio geográfico egipcio

3- cronología del próximo oriente antiguo y egipto

Mesopotâmia: oriente de Iraque, síria, iraque, parte de irão, líbano, israel,


Jordânia, ocidente de irão, azerbeijão, arménia e georgia

Mesopotâmia, meso-potamos: no meio de rios ou centro de rios.

a mesopotâmia tem como fronteira oriental a cordilheira de zagros, a


norte o Cáucaso e tauru, a ocidente o mediterrâneo, contudo, estas
cordilheiras não eram uma barreira

mesopotâmia é fértil devido à abundança de agua o que permite a


agricultura, contudo, o desenvolvimento das civilizações deve-se a nichos
ecológicos, ou seja, nem toda a mesopotâmia era fértil mas sim em vários
nichos
Os dois principais rios da mesopotâmia nascem nas cordilheiras de tauros
e zagros e unem-se em Bagdad, estes dois rios tigris e euphrates eram
sujeitos a inundações que permitiam a fertilização da mesopotâmia.
Sul pantanoso com uma agricultura de regadio, norte mais fertil mais
precipitação com mais pecuária e cereais. A zona nuclear na mesopotanea
dividida entre zona norte e zona sul localiza-se entre rios.

Em recursos como pedra e madeira o sul é escasso ao contrário do norte,


contudo no sul a pesca é mais predominante ambas estabelecem
contactos comerciais como o ouro e prata predominante no este da
turquia.

Summer é uma zona cultural que engloba as populações do sul que são
principalmente os falantes sumérios e falantes sumitas

Akkad

Aula 21/09/2022
Conferencia dia 22 sala b112 b
Egito
A fronteira a sul do egito é Assuán uma “catarata” a sul e mais tarde o
povo Núbio
Dualidade da paisagem egipcia
- terra negra = kmt
- Terra vermelha, o deserto = dsrt

Oasis = antigos afluentes do Nilo que secaram predominante no deserto


líbico a ocidente:
- Bahariya
- Farafra
- Dakhla
- Kharga
Enquanto a oriente uadis/ wadis
Abelha baixo egito
Cema taui: aquando a coroação do faraó o mesmo unia o alto e baixo
egito.
Minya é a cidade atual mais próxima onde nasceu akenaton
Nilo atravessa Quénia sudão etiopia e egito
O limo trazido pelo nilo da etiopia foi fundamental para a fertilização
Egipto = kmt “ a terra negra”
Calendário egipcio: 3 estações de 4 meses e cada mês te 3 semanas.

Aula 23/09/2022
Quarta e sexta da 10:00-12:00 tutoria.
O Egipto é protegido geograficamente exceto no nordeste
Ano epónimo quando um monarca dá nome ao primeiro ano do seu
reinado
Cronologia absoluta: estabelecer através de datações em documentos
uma cronologia
Cronologia relativa: Estabelecer de maneira relativa uma datação de um
acontecimento, por exemplo, através de um objeto aferir que ele é mais
antigo que outro objeto contudo isto é baseado em hipóteses
Unificador do egito Ménes
Meneton: autor de uma cronologia

Damnatio memoriae: condenação da memória


Cronologia Egípcia: [(*) – dinastia]

Período Arcaico(1-2) - Reino Antigo(3-6) - Primeiro período intermedio(8-


11) – Reino Médio(11-12) – Segundo PI(13-17) – Reino Novo(18-20) –
Terceiro PI(21-25) – Ptolemeus(26-31) – Período Romano

Fontes indiretas
- bíblia
- fontes clássicas: Heródoto Diodoro de Sicília
- description de l´egypte
Fontes internas e diretas:
- coleções museus viagens
- Arqueologia
- Inscripciones: em pedra, papiro, ostraka, madeira

Aula 28/09/2022
Assiriologia: é o estudo das línguas e civilizações da antiga Mesopotâmia
O facto das construções e o material de suporte de escrita ser de argila
não permitiu que elas se preservassem até hoje como o egito
As localidades que permaneceram até hoje foram as capitais do império
Assirio.
Até 1842, as fontes para antiga mesopotamia eram textos greco romanas
e o antigo testamento, contudo, ambas a fontes contêm juízos :devido à
sua natureza. Exemplos: (Babel = Babilonia) = confusão
Filologia: Estudos cuneiformes

História:
Arqueologia: Artefactos e Estruturas
1857: Decifração da escrita cuneiforme Surgimento da Assirologia

Fontes, Métodos e Objetivos


Tipos de Fontes
- Históricos / monumentais: Inscrições reais, listas reais, crónicas, anais,
depósitos de fundação…
- Literários: epopeias, mitos, hinos, lamentações, conjuros, textos
sapienciais…
- Textos científicos: matemática, astronomia, medicina…
- Textos escolares: listas bilíngues(Sumérico e Acádico), cópias
- Documentos de arquivo: contabilidade, cartas, textos legais (contratos)
(Selo cilíndrico: gravados em argila e usados como assinatura na antiga mesopotâmia,
mostravam o quotidiano sobre a antiga civilização)
(Babel = Babilonia) = confusão

Fontes Externas
. Antigo Testamento
. Textos Greco-Romanos
. Relatos de Historiadores
Antigo Testamento
- Pentateuco(primeiros cinco livros da bíblia)
- Livros proféticos
- Livros Históricos
Novo Testamento:
- Livro do Apocalipse
Autores Clássicos
- Heródoto
- Estrabão
- Beroso
- Diodoro Sículo
- Flávio Josefo
- Luciano
- Justino
- Plutarco
(Conquista da Babilonia por Siro o grande em 539 a.c)
(Figuras Míticas: Nino, Semíramis, Sardanapalo)

Relatos de Historiadores Arábes


____________________________________________________________

(Zigurate: Templo na antiga Mesopotamia)

Viajantes Europeus e as grandes expedições:


. Don García de Silva y Figueroa
. Carsten Niebuhr
. Claudius Rich

Primeiras Escavações no século XIX:


. Paul Émile Botta (1842 / Khorsabad = Dur sarrukin)
. Austern Layard (1845 / Nimrud; 1849/ Nínive)
. Escavação da Babilonia, Robert Koldewey (1899-1917)
As escavações decorrem predominantemente do norte

A decifração do Assirio: Em 1857 Henry Rawlinson com rochedo de


Behistun (dividida em três com escrita cuneiforme da persa antiga,
elamita e acádico)
Em Ashur são introduzidas novas técnicas de escavação, com
Robert Koldewey como:
 Atenção à estratigrafia e ao registo de campo
 Abertura de sondagens horizontais e verticais
 Interesse nas estruturas arquitetónicas
 Utilização da fotografia
 Tipologias cerâmicas

Períodos:
Neolítico(9000-7000 millennios a.c.):
Com o surgimento das aldeias surgem as primeiras redes de comércio
bem como sistemas de irrigação, pode-se aferir que surgem algumas
industrias, como o artesanato e algumas ferramentas utilizando a
obsidiana.
Aldeia:
 Ausência de diferenças entre unidades de habitação;
 Fórmula de habitação repetitiva;
 Autossuficiente e restritiva nas suas actividades económicas;
 Exploração do espaço circunscrita e limitada;
 Não há ruas ou espaços definidos entre as habitações.
Casas das aldeias:
 Habitações pequenas de planta quadrangular
 Adobe: tijolo feito com argila e palha
 Telhado com vigas de madeira
 Decorações com cabeça de boi, representava para estas
comunidades a força e a autoridade tanto que todas as divindades
vestiam um capacete chifrado de até 7 cornos

Calcolítico(6000 – 4000 a.C):


Neste período começa se a utilizar o cobre nas armas de pedra e
surgem edifícios de planta circular construídos com pedra e edifícios
funerários apelidados de Tholos/Tholoi, estes edifícios continham
peças de cerâmica e artefactos como o sello
No espolio destas comunidades verificou-se o uso de umas pedras de
argila (bulla) que tinham como intuito contar alguma propriedade (10
cabeças de gado) este método de usar bolinhas como forma de contar
ou registar alguma coisa evolui para a escrita
Tipologias de ceramica:
Na mesopotamia existem quatro culturas distintas
 Neolítico pré cerâmica (… - 6400 a.C)
 neolítico cerâmico
- Hassuna(c 6400-6000 a.C): neste período desenvolvem-se fornos de
cozedura que permitem cerâmica de melhor qualidade com uma
decoração monótona, geometrica e incisa e com uma cor avermelhada.
 Calcolítico
- Samarra(c. 6000-5500 a.C.): Vasos de baixas dimensões com uma
melhor qualidade que o período anterior, com uma pintura
monótona e geométrica com uma decoração de figuras humanas,
vegetais e animais, ou seja, verifica-se uma maior diversidade na
decoração.
- Hallaf(c. 5500-5000 a.C.): período onde a cerâmica atinge o seu
apogeu na sua decoração e a introdução do uso do molde, desta
forma há uma maior diversidade de formas (vasos de pé alto)
decoração pintada, que deixa de ser monótona e passa a ser
polícroma mantendo o cariz geométrico, ainda na decoração
usufruem-se de figuras vegetais e animais.
- Obeid(c. 5000-4000 a.C.): Desenvolve-se no sul da mesopotâmia
perto do golfo pérsico, urbanismo com habitações com uma planta
cruciforme, a estrutura de adobe. Surgem os templos que hão
dominar o espaço e ser o centro da urbanização, a construção
destas obras beneficia dos recursos que a sua localização geográfica
providencia. Quanto à cerâmica, perde qualidade na construção e
na decoração voltando a ser monótona deixando de ser policroma,
contudo mantem as figuras humanas, animais vegetais adicionando
formas zoomórficas. Surgem estatuetas de figura feminina, feitas de
argila com cabeça de lagarto cujo o seu intuito é desconhecido A
expansão de Obeid caracteriza-se pela difusão/introdução de uma
ideologia cerimonial e cutural (tese de Stein e Ozbal) e não se trata
de uma colonização (como acontece com a cultura de Uruk):
 Os índices de migração são mnimos
 Há uma difusão lenta e pacífica, gradual e selectiva:
permanecem em muitos locais no norte da mesopotamia
elementos da cultura preexistente de Halaf
 No norte, os elemento típicos da cultura de Obeid podem ser
apropriados

Primeiras cidades na mesopotâmia 3500 a.c.

Aula 07/10/2022

Fontes para o estudo do antigo Egito


Fontes indiretas:
 Biblia
 Fontes clássicas: Heródoto y Diodoro de Sicilia, entre otros
 Descrisão do egipcio
Fuentes internas o directas:
 Coleções de museus e viajantes
 Arqueologia
 Inscrições: em pedra, papiro, ostraka(pedaço de cerâmica), madeira

Para os egípcios a escrita é extremamente importante

IFAO: instituto francês de arqueologia oriental


DAI: Instituto arqueológico alemão
No egipto existem diversos sistemas de escrita e só uma língua, ao
contrario da mesopotanea em que existem diversas línguas com um só
sistema de escritura(cuneiforme).

Hieroglífico cursivo mais frequente em papiros funerários, menos


pictográficos
Hierático: não é pictográfico a mesma língua hieroglífica
Demótica um sistema gratico escrito mais simplificado que a hieritica
Copto: uma fase que usa a gramatica egípcia com caracteres egipcios

Aula 12/10/2022
Cronlogia Bronze antigo (3500-2000 a.C.): Unificação 3100 Dinástico
Arcaico (3100-2700)

Fase de Uruk (3500-3000)


Protodinastico (2900-2350)
Reino Antigo (2700-2200)
Dinastia acadia (2300-2150)
Primeirio Periodo Intermediario 2200-2000
III dinastia de Ur (2200-2000)

Fase Uruk:
Devido aos poucos vestígios arqueológicos é difícil mapear e aferir.
A fase Uruk disponha de diversos templos(zigurats) a deuses como Anu e
Eanna, e uma muralha de 10 km.
Gordon Chile elabora uma obra que descreve a aceleração evolutiva da
civilização e da revolução urbana:
 Mudanças económicas
- Aumento de la productividad agrícola
- Aumento demográfico
- Progreso tecnologico “Civization pack” de Gordon Childe:

 Cambios organizativos y políticos: - Escritura

- Desenvolvimento urbano
- Aparición de especialistas
- Arquitectura
- Jerarquización social y de asentamientos:
- construccion de grandes
“grandes organizaciones” infrastructuras hidráulicas de
irrigacin,
 Origen de la escritura
- dividon de trabajo

- Estratificação social

Entre as numerosas revisões deste modelo, véase Moreno Garcia, J.C.,


“Early writing, archaic states and nascente administration: Ancient Egypt
in context”

Nas ciudades podemos verificar uma estratificação social com


especialistas(funcionários), sacerdotes, artesãos, campesinato. Com
“grandes organizações” como palacios e templos segundo Oppenheim que
são o estado neste periodo

Economia na fase Uruk:


Economia Redistributiva:

População: Tributo Serviço dos


(excedentes) habitantes ex: militar

Estado
Cosntrução de infrstruturas
Pagamento a especialistas y cultivo de novas terras
mediante “raciones” y/o
tierras
A escrita surge ao mesmo tempo no Egipto e na mesopotamia

Moeda:
1 Telento = 60 mina = 60 sículo

Evolução da escritura:
1º selos
2º (fase Uruk): Bulla ou Bullae: Bola oca com fichas dentro que identificam
o tipo e a quantidade de material.
3º Tabuinhas (protodinastico)
Origem da escrita com pictogramas. Utilizam-se os pictogramas de um
forma logográfica, ou seja, através da fonia da leitura dos símbolos pode-
se construir palavras.

Comércio administrado pelo estado


 Crescente necesidades de productos debido ao crescimento
urbano y la complejizacion del tejido social
 Expedições comercial patrocinadas pelo estado com o intuito
de obter matérias primas
 Expansão do modelo Uruk

Aula 14/10/2022
Período Proto dinástico (2900-2350 a.C)
A documentação neste periodo é diversa, ou seja, fontes
indiretas(arqueologia) e diretas coadjavado da escrita que surgiu neste
periodo em forma de textos jurídicos. Este período na mesopotamia é
caracterizado pelas cidades estado e o policentrismo, devido à precária
informação da fase anterior só conhecemos a cidade Uruk portanto só
podemos afirmar que a proliferação das cidades estado se iniciou, devido
ao conhecimento adquirido através da documentação, no periodo
protodinastico. As cidades que podemos destacar são: Lagash, Ur, Uruk,
Kish…

Onomática: Estudo dos nomes, neste caso o estudo dos nomes sumérios e
sumitas
Sobreviveram restos arqueológicos de palácios e templos onde se
encontram diversas inscrições.

Nome do Rei
 “En” en Uruk
 “Ensi” en Lagash
 “Lugal” en Ur y Kish

“Poliada” Deus de cada cidade, ou seja, divindades representam cada


cidade desta forma cada rei da cidade representa a sua divindade.
Estes reis têm de garantir o sustento da sua cidade estado (alimentação)
bem como garantir a continuidade da sua cidade através de expedições
militares. Garantir boas relações com o seu deus através de oferendas,
pois só apenas com o seu suporte pode ganhar guerras.
Em suma as funções reais são:
 Alimentação
 Guerra
 Religião
O sucesso nestes três tópicos ou num destes tópicos geram propaganda
politica.

Um episodio de guerra neste período dá-se entre as cidades Lagash e


Umma devido a um território entre elas rico em termos agro pecuários
As fontes sobre esta guerra são de Lagash do rei Eannatum que afirma ter
ganho a guerra desta forma aumentando o seu termo.
Lugalzagesi de Uruk iniciam um processo de conquista imperialista que vai
gradualmente gerar um império este individuo conquista cidades como
Lagash.
Quando um rei afirma ser rei dos dois limites da
mesopotanmia(mediterrânio e golfo pérsico) pode significar tê-los
conquistado.
Reformas de Urukagina: este documento afirma que urukagina afirma ter
eliminado o usurpador corrupto anterior e ter instaurado a ordem.

Período Acadio: (2350-2150); coincide Egipto: Reino


Antigo(2700-2200) Primeiro Período Intermediário.
O período acádio é caracterizado por pôr fim ao policentrismo pois unifica
as cidades formando um império predominantemente semita. Este
império foi fundado por Sárgon Akkad

Aula 19/10/2022
Sargon governante acádio inicia expedições com tendências imperialistas
terá conquistado a cidade de Mari e de Ebla(perto do limite norte) até ao
golfo pérsico. Estabelece a norte perto destas cidades relações comerciais,
a capital deste império Acadio (supostamente Agadé) não foi encontrada
até aos dias de hoje.
Sargon fui sucedido pelo seu filho Reimus, contudo, não consegue
assegurar a integridade do império com revoltas nas cidades do sul como
Ur e com perca de influencia no norte.
Contudo, o neto do Sargon, Naram Sim, inicia uma época de esplendor
com a reconquista do norte com a conquista de outros territórios bem
como a sul. Naram-Sim também vai estender as suas campanhas militares
para os territórios montanhosos Tauros e Zagros contra os povos
hurritas(norte) e lullubitas(nordeste), estes feitos militares estão descritos
numa pedra chamada “estrela da vitória” que descreve a vitória de
Naram-Sim sobre os Lullubitas.
Este periodo de esplendor fratura-se com revoltas aproveitando a
instabilidade consequente do tamanho do império, estes povos são os
Gutium(nos Zagros) e os Amorritas/Martu. A dinastia Acádia final (Dudu e
Shu-Turul) vão se dedicar a suprimir estes povos, contudo, a dinastia
acádia com a sua cronica instabilidade politica acaba por gerar uma
anarquia que leva os Guti a vencer e a pôr fim à dinastia Acádia.
Sar Kissatim (Rei de tudo)
Sar Kibratim Arbaim(Rei dos quatro cantos do mundo)

O renascimento sumério(2200-2112) Primeiro per


Dinastia III de Ur
______________________________________
Com a queda da dinastia Acádia os Guti dominam o norte, pondo o sul
num vácuo de poder, o que acaba por gerar cidades estado e ao
policentrismo e uma recessão económica devido à falta de segurança. Esta
dinâmica entre imperialismo e cidades estado vai ser comum na
Mesopotâmia.
O vazio de poder proporcionou um crescimento económico devido ao fim
da fiscalização devido à queda do império. No norte os Guti vão manter o
sistema administrativo que vai durar 23 reis até Tirigan que cairá com a
vitória de Uruk face aos Guti.

O renascimento sumério:
Após a queda do imperio acádio o vazio no sul foi preenchido pelas
cidades estado até que Utu Khegal rei da cidade estado de Uruk vai-se
defrontar com Urnammo rei da cidade estado de Ur dando inicio à III
dinastia de Ur.
Com o fim da dinastia Guti, inicia-se o renascimento sumério com a III
dinastia de Ur. Este periodo é notável pela falta de documentação e pela
escassa atividade militar. Neste período pode-se destacar a introdução do
primeiro código da humanidade (código de Ur-nammu), construções de
templos e Zigurats, a introdução de um sistema de pesos e medidas.
Urnammu consegue algumas vitórias e expansão territorial. Contudo, com
o seu filho Shulgi o reino conhece expedições militares nomeadamente no
norte com os hurritas(guerras hurritas), a nordeste com o lullubitas e a
ocidente com os amorritas/Martu. O seu sucessor vai enfrentar problemas
com a zona nuclear e as conquistas vão progressivamente diminuindo,
contudo, na terceira dinastia vai-se verificar evoluções na organização
territorial e nos escribas que passam a sua função de geração em
geração.
III dinastia de Ur vai se colocar no final do bronze antíguo.

Aula 21/10/2022
El Bronze Medio (I): Isin y Larsa e o periodo paleobabilónico:
____________________________________________________________

Cronologia do Bronze Medio (2000-1600)

No sul:
 Isin e Larsa (2000-1800) Reino Medio Egipcio (2000-1750)

 Periodo Babilonia I (1800-1600) Segundo Periodo Intermedio (1750-1550)

No norte:
 Estado Paleoasirio
 Mari
 Reino hitita

A decandencia da III dinastia de UR


Desde o reinado de Ibbi-sin (2028-2004) assistimos a:
 Crescidas insuficientes de los ríos,
 Más colheitas,
 Seca
 Mudanças climáticas: desplazamiento del curso do rio Tigris
 …(ver no moodle)
Com Ibbi Sin temos uma situação critica que coadjuvada de uma
invasão dos Elamitas pôs fim à III dinastia de Ur que ira gerar
novamente ao vazio de poder e ao policentrismo, à proliferação de
cidades estado

No sul chamado periodo paleobabilonico que inclui:


 Isin e Larsa (2000-1800) guerras destas duas cidades estado
pós queda de Ur
 Periodo Babilonia I (1800-1600): “segundo imperio semitico”
com Hammurabi.
Limites cronológicos: desde la caída de Ur (2004) a la conquista
de Babilonia por los casitas (1595)

Amorreos, Amorritas o Martu

Características do bronce medio: Indoeuropeus

 Dimorfismo ecológico e social( coexistência de populações nómada e semi-nómadas como


populações sedentárias)

Os povos amorritas são nómadas mas também vao contribuir para a


urbanização localização-se perto do mediterraneo e irão adotar os sistema
políticos da antiga dinastia de Ur que funcionavam. Ou seja, no ocidente
da mesopotanea verificamos diformismo ecológico e social.

Sedentários Nomadas

Cereais Gado
Indoeuropeus (populações que provém do norte, Tauros, Cáucaso e
península de Anatólia) são muito difíceis de detetar nas fontes .
Verificamos nas fontes, contudo, que os indo-europeus causam
destruições em 2300.

Novidades do periodo paleobabilonico: (ver no moodle)


 No terreno politico, passou da unidade à desegregação = policentrismo
 Difunsão da lingua acadia(língua de prestigio)
 Presencia crescente de los amorritas
 Predominio do palácio(Jendet-Nasr) sobre o templo
 Aparição da documentação privada[aparecimento da propriedade
privada (outrora concentrada no estado) e a acumulação de riqueza
(aristocracia), ou seja, dá-se a polarização social com assalariados e
aristocratas]
 Monarca como buen pastor: edictos remisión de dividas y códigos
legislativos(pai do povo)

O bronze médio, é caracterizado pelas guerras entre cidades estado o que


irá levar a guerras frequentes entre estas cidades pois todas elas têm
tendências imperialistas, ou seja, todas querem o mesmo. Embora cidades
como Babilonia se vão destacar. Ambos Sumitas e sumérios se consideram
descendentes dos antigos impérios (summer-akkad)

Ibbi Sim manda a Ibbi sherra um funcionário que consiga viveres, contudo
Ibbi Sim outrora reinado por ibbi sherra declara se independente e inicia
uma dinastia, Ibbi Sim vai dominar cidades vizinhas desta forma
expandindo-se (Uruque, Nippur etc…). Estes reis vão se declarar reis de
summer akkad e vão pretender dominar a baixa mesopotamia.
Um destes reis Lipit-Ishtar vai elaborar um código género código civil com
sentenças monetárias, contudo, no final deste reinado a baixa
mesopotanea vai ser invadida por Gungunum de Larsa conquistando
territórios importantes de Lipit-Ishtar a situação vai se agravar pois Lipit-
Ishtar não tem descendência o que vai levar a um usurpador Ur-ninurta
ocupar o seu cargo (1925-1895) que será derrotado por (ver no moodle)
Que não muito tempo depois será ameaçado e conquistado pela
Babilonia, ou seja, pela babilonia I (1800-1600).
A babilonia irá dominar um bom território na baixa mesopotanea este
periodo de conquistas coincide com o rei Hammu-Rabi que irá reclamar
ser “rei dos quatro cantos do mundo” este monarca irá também criar um
código que servirá mais como propaganda politica do que um código com
leis

Características do código Hammurabi: (ver no moodle)

A hierarquia social, na sociedade babilónica, e as penas dependem do


estatuto social quanto mais alto está o individuo lesado mais alta vai ser a
multa. Este código também tem leis género talião

Aula 26/10/2022

Código Hammurabi:
Classes Sociais:
Wardum = escravos
Awilum = homens livres
Muskenum = Homens semi-livres
Lei do Talião = Se tu me roubas eu te
roubo/ se eu te mato o filho a lei mata-
me o filho. Contudo, dependendo da
posição social de cada indivíduo as
penas podem agravar ou aliviar
Leis de destaque:
Se a mulher for infértil o homem pode usufruir de concubinas escolhidas
pela sua mulher.
Se um individuo num edifício em chamas decidir roubar algo será
queimado vivo.
Bronze Médio (2000-1600)

En el sur:
 Isin y Larsa (2000-1800)
 Periodo Babilonia I (1800-1600)

En el norte:
 Estado paleoasirio
 Mari
 Reino hitita

Reino Paleoasirio de Samsi-Adad: 1813-1781


Reino com agricultura de secura (apenas com chuva sem regadio) devido
ao estar perto das montanhas e portanto ter muita agua o que foi fator
para o crescimento
Exportavam tecidos e manufaturas
Importavam metal
A posição deste reino(no norte) permitia o comercio com o sul, com o
mediterrâneo e com a Anatólia(Karum=bairros de comercio estabelecidos
na anatolia para praticar o comercio).
Ou seja, os dois fatores para o desarroio do imperio assírio foi o comercio
e a agricultura devido à abundancia de água
A nível politico os Amorritas tinham mais peso do que no sul e a
organização consistia em:
 El rey = “gobernador principal de Assur”
 Ciudad “alum” y la asamblea “puhrum”
 El funcionario epónimo “limum”
Dualidad palácio/corte y funcionários
O rei não tinha poder absoluto pois estava condicionado pelo
funcionário epónimo que era eleito todos os anos, tinha poder de
decisão na legislação comercial, ou seja, o rei legislava e julgava mas
estava condicionado pelo funcionário epónimo
Kanish comunidade de comerciantes Assírios onde se descobriu tabuinhas
que nos permitiu conhecer os modelos políticos e comerciais assirios.
Na Anatolia estabelece-se uma rede de karum e wabartum(bairros
comerciais menos importantes) que são bairros dentro de cidades estado
hititas puramente comerciais, ou seja, não é um modelo dominante mas
sim um modelo através de acordos comerciais com os monarcas hititas.
Era benéfico para os monarcas hititas aceitarem esta presença assiria nas
suas cidades estado pois o comercio irá permitir a prosperidade da cidade

Aula 28/10/2022
Organização política das cidades hititas do bronze medio
As fontes que nos informam das relações comerciais dos Karum da
Anatolia são as tabuinhas de Kanish. Estas cidades estado com presença
Síria nos seus karum são equilibradas, contudo, um pouco depois na
cidade estado de Kussara vai originar um conflito, isto pois o monarca
Anita vai iniciar um processo de conquistas na Anatolia até ao norte
(cidade de Zalpo)

Idade de Mari (1700-1600):


A cidade de Mari se localiza num ponto estratégico, entre a Assíria e
Anatólia no ocidente da mesopotâmia. Através das tabuinhas de Mari
sabemos de um diformismo entre populações sedentárias e nómadas
“bárbaros incivilizados” nomeadamente: os khaneos povo nómada/semi
nómada que se situava nos arredores de Mari, praticantes de
transumância com o seu gado, ou seja, não praticam a agricultura e
plantações mas sim a pecuária e a transumância; os maru-yamina povo
nómada/ semi nómada que se situava e fazia a sua transumância mais
longe de Mari; os Suteos povo nómada/seminomada e guerreiro que
praticava razias nos demais povos da zona.
Esta zona de Mari continha cidades estado hierarquizadas, centros
administrativos com templos e palácios com o seu rei em que se
destacava Mari e Shubat-Enlil, Yakh-dun Lin monarca de Mari vai expandir
o seu território tanto que vai rivalizar com a Assíria e a Babilonia pois
todos estes territórios querem controlar do norte a sul da mesopotâmia.
Yahk dun lin vai estabelecer tratados comerciais com toda a palestina,
contudo, devido ao crescimento da sua influência vai gerar uma guerra
com os Assirios que vai acabar com a conquista de Mari por Samsi-Adad
no século XVIII, a administração de Yakh-dun-lin vai se refugiar no oriente
contudo vai reconquistar Mari e expulsar os Assírios
Contexto Internacional:
Yakh-dun Lin – Mari
Samsi-Adad – Asiria
Hammurabi – Babilonia

Bronse Final (1600-1200):


Bronse Final I (1550-1400): O reino de Mitanni, Babilonia Cassita e o
império hitita.
Inovações técnicas no bronze final na Mesopotamia:
 Difusão do cavalo na Mesopotamia e no Egito desde meados do 2º
Milenio a. C.
 Aparição do carro de guerra coadjuvado do cavalo como força
motriz
*Surge um léxico devido a estas inovações no mundo militar
 Surge a armadura e arco composto
 Combate com armas curtas(adagas espadinhas) perde importância
 Surgem os “maryannu” carristas, condutores de carros de guerra
 O palácio real vai contratar os maryannu e vai pagar com a doação
de terras gerando assim uma aristocracia militar
 Estes maryannu vai gerar um ideal heroico herói que ganha batalhas
que ganha guerras tanto que esta classe social vai se tornar numa
classe politicamente importante correlatado com o rei. Este sistema
dos maryannu faz lembra
r o sistema feudal dado que o rei precisa dos maryannu como os
maryannu precisam do rei

No bronze final as cidades na Anatólia localizam se em vales entre


montanhas os núcleos de comercio localizam-se mais a ocidente

Potencias no bronce final:


Elam leste
Baibilonia Cassita
Reino Mitanni
Reino Medio Assirio
Reino Hitita
Mundo Micénico

Durante este período teremos grandes reis (reis das potencias


mencionadas) e pequenos reis (reis de estados mais pequenos
suborsinados pelas potencias, ou seja, não são completamente
independentes).
Estas relações entre estados maiores e menores estão descritas nas cartas
de Amarna(redigida em escrita akkadia em cuneiforme)

No Norte
Reino de Mitanni
Descendentes dos reinos Hurritas vão criar no séc XVI a. C. o estado
hurrita de Mitani que cairá no século XIV. A sua expansão vai se dar pelo
território da Assíria e da Anatólia, ou seja, no norte da mesopotâmia.
A sua habilidade com o cavalo e com o carro de guerra explica a sua rápida
expansão no norte da Mesopotâmia.
Os Mitanni aproveitam os débeis monarcas Assírios e os subodirna, efetua
pactos militares com o maior inimigos dos hititas os egipcios do Reino
Novo um exemplo foi o esposamento de princesas de mitani com faraós
egipcios.
O reino hitita irá derrotar o reino de Mitani no século XIV o que irá libertar
os Assírios outrora subjugados. Os hititas irão subjugar os Mitani até ao
século XIII a. C

Imperio Hitita Antiguo (1600-1400):


Estes Hititas indo-europeus no bronze medio estavam divididos em
cidades estado na Anatólia e com acordos especiais com os Assírios,
contudo, foram cada vez mais expandindo o seu território da Anatólia à
síria e ao norte da Mesopotâmia.
Império Hitita (1400-1150)
Dado ao progressivo crescimento do reino hitita este irá rivalizar com o
egito durante séculos até que no século XIII os dois povos(Ramsés II e
Hatusili III) cessam hostilidades com o intuito de lutarem em conjunto
contra a crescente ameaça Assíria.

No Sul
Babilonia II
No século XVI a. C. (Bronze Médio) a Babilonia é conquistada pelos Hititas
rei Musili pondo fim ao período Babilonia I.
Esta queda da paleo babilonia de Hammurabi deu inicio à Babilonia cassita
Os Cassitas são um povo local dos montes Zagros que usou o vazio de
poder, criado pelos hititas no século XVI, para criar a sua dinastia,
conhecemos mal a língua cassita e só temos fontes indiretas sobre o povo
cassita, os cassitas já estavam integrados na babilónia do bronze médio.
O que sabemos sobre a babilonia cassita foi que foi um periodo de grande
estabilidade e de inovações(cavalo e carro de guerra para se defenderem
dos elamitas e dos assirios) com a integridade dos Cassitas no território
Summer-Akkad.

Queda da Babilonia II/ Babilonia Cassita:


No século XII a II dinastia de Isim derruba os cassitas

Os povos do mar:
Povos nómadas das ilhas do mediterrânio que praticam pirataria e
casaram terror no mar egeu e no império hitita que serão travados pelo
Ramsés III

Egipto
Aula 04/11/2022

Pré História Egípcia


Até ao final do século XIX se acreditava que o Egipto não tinha pré história
ora esta crença pode se dever: ao interesse de grandes achados
arqueológicos, á natureza da terra Egípcia e escassas fontes documentais.
Paleolítico: Povos nómadas que se baseiam na coleta
Neolítico Egípcio: Verifica-se assentamentos permanentes,
agricultura(cereais e cevada), pecuária e cerâmica, contudo, este tipo de
praticas foi importada do neolítico do próximo oriente e da Núbia Jartum.
Fayum A em 5500 a. C, foi a grande primeira cultura neolítica Egípcia por
este periodo verificamos o nascimento de Merimde Beni Salameh com
pequenas casa feitas de adobe com espaço para fazer fogo com uma
chaminé, com recipientes para guardar águas, verfica-se um inicio de um
urbanismo com silos e uma planta urbanística e enterramentos. Já na
cerâmica verificamos esculturas de figuras femininas.
A cultura Badariense segue-se a Merimde em que se destaca o uso
minoritário do cobre, cerâmica com bicromia de grande qualidade,
construção de necrópoles e cemitérios e figuras femininas.
Pré Dinástico Egípcio (segunda metade do quarto milénio a. C.)
À que destacar o povo Amratiense(Naqadah I) com a metalurgia de cobre,
industria lítica de alta qualidade, estatuinhas masculinas(com pénis
erguido) e femininas e enterramento em fosas ovaladas simples.
De seguida a partir do quarto milénio verificamos a cultura
Gerzeense(Naqadah II e III), verificamos um processo de aridificação que
vai marcar o Egipto ora esta desertificação vai concentrar as populações
nos vales do rio nilo. Neste periodo vamos verificar o uso do bronze na
metalurgia em facas e machados, já na industria lítica em vasos e paletas.
Na cerâmica vamos verificar vasos com o fundo alaranjado com fundo
vermelho com cenas fluviais. Já podemos verificar um hierarquização
social nas necrópoles (tumba 100 de Hierakómpolis) assim como a
complejidad del urbanismo.

Dinastia 0/ Proto Dinástico (3300-3100 a. C.)


A nossa a informação é escassa, contudo, segundo os Egípcios posteriores
o primeiro Rei Egípcio e o unificador foi Ménes que protegeu Menfis com
um dique, segundo Hérodoto do século V, portanto Menes também
fundou a tradicional capital egipcia Menfis.
A unificação deu se numa guerra entre dois reinos em que vai ganhar o
alto Egipto.
Segundo as fontes na paleta de la caza descreve a unificação de territórios
diferentes pois os caçadores têm estandartes diferentes mostrando a sua
unificação. Outra fonte é a maza del rey escorpion, onde aparece um
personagem com a coroa branca do alto Egipto e que está com um
instrumento abrindo um canal neste mesmo documento verificamos
estandartes com prisioneiros atados, a ultima é a paleta do rei Narmer em
que o rei aparece representado golpeando o inimigo com a coroa branca
do alto egito coadjovado de um falcão(que representa o rei) marchando e
vencendo os povos do norte que está representado com a planta do
norte.
Em suma, neste periodo podemos verificar um panorama politico muito
fragmentado com diferentes unidades territoriais(cidades) muito
hierarquizadas com proto faraós, ou seja, todas queriam dominar o
território. Apesar de Menes ser considerado pelos clássicos como o
primeiro rei, hoje é mais considerado uma figura mística pois segunda as
fontes e os eruditos Narmer talvez tenha sido o verdadeiro, contudo não
sabemos com segurança.

Unificação do Egipto/ Periodo Arcaico(3100-2700 a. C.)


Dinastias: I e II
Sobre este periodo, sabemos que o Egipto está unificado, contudo, as
informações são escassas e os poucos textos que temos são muito curtos.
Nestas duas dinastias já verificamos as duas coroas (coroa branca do alto
Egipto com a coroa vermelha do baixo Egipto) bem como os rituais(festa
sed), os cetros e três títulos reais dos cinco títulos reais(Nome de Horus[o
farao é a sua encarnação], nome das duas damas de nbtj[deusas do norte
e do sul] e Rei do alto e baixo Egipto[nswt-bjty]).
Dinastia I: Narmer, Aha: sobre este faraó temos um calendário de três
estações, Neithotep: figura feminina não sabemos se foi mãe ou esposa
do anterior, Dyer: rei serpente cujo a sua tumba será considerada no
futuro como tumba de Osíris, Dyet, Merytneit:talvez seja a mãe do faraó
Den, Den: Segundo a pedra de palermo cairo teve um reinado muito longo
e será o primeiro faraó com o titulo de rei do alto e baixo Egipto também
se festeja pela primeira vez a festa sed, Adyib, Semerjet, Qaa
Dinastia II: Hetepsejemuy[os dois poderes estão apaziguados]: Ou seja,
através do nome deste faraó podemos aferir que ele reunificou o pais
após um período turbulento, ou seja, pôs fim ao isfet e estabeleceu Maat,
Nebra, Nynecher, Uneg, Senedi, Neferkara I, Neferkaseker, Hudyefa,
Sejemib, Peribsen, Jasejem, Jasejemuy
Neste periodo podemos destacar as cidades Saqqara e Abydos pois os
faraos deste periodo terão tumbas nas duas cidades, contudo, apenas a de
Abydos são verdadeiras as outras são apenas simbólicas. Estas dinastias
são conhecidas como dinastias tinitas pois proveem de Tinis. Já as capitais
vão rodar entre Menfis, Tinis e Narrada.
Verificamos também já neste periodo vários altos cargos burocráticos.

Aula 11/11/2022
Egipto Reino Antigo.

Timeline:
Neolitico: 6000 a. C.
Fayum A: 5500 a. C.
(Merimde e Badaria)
Calcolítico: 4500 a. C.
Bronze: 3700 a. C.
Período Arcaico: (I-II) [3150-2700 a. C]
Reino Antigo: (III-VI) [2700-2160 a. C]

Primeiro Periodo Intermedio (VIII-XI) [2160-1990 a. C]


Reino Medio (XII) [1990-1650 a. C]
Segundo Periodo Intermédio (XIII-XVII ) [1730-1550 a. C]
Reino Novo (XVIII, XIX e XX ) [1550-1070 a. C]

Terceiro Periodo (XXI-XXV) [1070-650 a. C]


Reino Antigo (2700-2160); [eq Proto dinástico e Império


Akkadio]:
Cidades: Gizeh, Saqquara

Fontes do reino antigo: papiro Westcar(reino medio); Estrela de Hambre


(Período Ptolemaico); Pedra de Palermo-Cairo descreve até à 5 dinastia;
Papiro de Turim descreve os primeiros reis do Egipto.
(Pirâmides da quarta dinastia não têm inscrições, o primeiro Faraó a ter
inscrições na sua pirâmide é o Unas)
Pr = casa [usado pelos egípcios para designar dinastias]

Dinastia III: Nebka, Djeser(foi o primeiro rei que construiu um grande


edifício em pedra em vez do adobe), Khaba, Sekhemkhet, Neferkare, Huni.
[Nebka provavelmente é filho bastardo do último rei da II dinastia
(khasekhemuy)]
O enterramento dos primeiros reis era feito em Mastabas = banco

Por exemplo, o rei Djeser estava enterrado numa pirâmide de 5 mastabas


que já agora é a primeira pirâmide
____________________________________________________________
Dinastia IV (2625-2510): Snefru, Kheops(Segundo Heródoto é um déspota
focado em construir pirâmides tanto que pôs a filha num bordel para
pagar materiais de construção, ou seja, é recordado como um faraó cruel),
Djedefre, Khefrén(Khaefra), Baefre, Micerino(Menkara), Shepseskaf
[Snefru era filho de Meresankh, ou seja, não era filho do rei Huni daí criar
outra dinastia.]
Não se tem conhecimentos de eventos políticos apenas temos
conhecimento dos monumentos
Snefrum construiu 3 pirâmides
Dashur foi o primeiro rei a fazer uma pirâmide perfeita geometricamente

S3-Rº = filho de Rá
Os cortesãos são enterrados perto dos Faraós

Aula 16/11/2022
Dinastia V e sua Origem: A mulher de Redjedet vai ter trigémeos num
parto complicado com a ajuda das deusas Heget, Meshkenet, Khnum,
Neftis e Isis que lhe apelidam usr, sah, keku que serão os três primeiros
reis da V dinastia).
Reis: Userkaf(pirâmide em Saqqara), Sahure, Neferikare-kakai,
Shepseskare, Nferefre, Niuserra, Menkauhor, Dejelkare-Isesi,
Unas/Wnis(pirâmide em Saqqara e primeira pirâmide a ter textos, ou seja,
até este rei as tumbas eram anepígrafas).
Todos os reis nesta dinastia tem uma referência onomástica ao deus sol
Rá/Ré por isso, estes reis, têm templos solares cujo o topo vai refletir os
raios de sol como o templo de Niuserra.
O nosso conhecimento desta dinastia provém do papiro Westcar.

Dinastia VI e sua origem: Unas morre sem descendente então Teti vai se
casar com a filha de Unas Iput
Reis: Teti(vai se enterrar perto do funcionário Mereruka e de teti, sua
mulher que segundo Maneton morreu assassinada), Userkare, Pepi I(vai
ter uma conspiração para eliminalo e descobriu a conspiração de sua
esposa secundaria que queria que o seu filho fosse rei), Merenre I, Pepi
II(reinado de longo duração 50 a 70 anos com a sua pirâmide em Sakkara),
Merenre II, Nitocris (primeira rainha faraona) .
O final do Reino antigo deve-se à concentração de poder nos nomarcas o
que vai gerar uma fragmentação politica, o poder dos nomarcas era
dinástico.
As tumbas dos funcionários perto da pirâmide real mostra-nos a
hierarquia na corte e a sua relevância politica.
Capital do reino antigo em Menphis

Pirâmide social do estado central:


O Faraó representa o deus Orus na terra ou seja não é um deus mas sim
um representante.
Visir: equivalente ao primeiro ministro e o seu poder é nomeadamente
executivo e cabe-lhe a administração do reino e do palácio, funções
judiciais, gestão dos silos de cereais, poder militar.
Chanceler de Deus:
Autobiografia de Uni aparece em Abydos

Aula 18/11/2022
Primeiro Periodo Intermedio

Dinastia VII: Segundo Maneton, foi um periodo com uma extrema


instabilidade politica “70 reis de Menfis, que reinaram 70 dias”, contudo, a
historiagrafia não tem conhecimento dos reis que governaram nesta
dinastia apenas temos a afirmação de Maneton pois nem ele os diz.
Devido a estas contradições muitos egiptólogos afirmam que a sétima
dinastia não existiu portanto passam da VI para a VIII.

Primeiro Período Intermedio(2160-1990 a. C):


Dinastias: VIII-XI
Reino Antigo Reunificação por Montuhotep II

Este período é caracterizado pela fragmentação politica


É considerado uma idade das trevas por não ter um poder
central.

Este período deve-se a um período de conflitos internos como


por exemplo com o regicídio de Teti com uma conspiração de
“Harén” e com a tentativa de assassinato de Pepi I.
Outro fator para a instabilidade foi o progressivo poder dos
nomarcas governadores provincianos e com a perda de
soberania do monarca (Faraó). Portanto os reis tinham um poder
efémero porque estavam controlados pelos altos funcionários e
pelos nomarcas, os últimos formam “principados” como: Assuit,
Koptos e Hierakómpolis não respeitando a autoridade
faraónica/poder central.
Outro fator para esta instabilidade é o fator ecológico com uma
progressiva aradização, ou seja, um clima cada vez mais seco
como podemos verificar com os registos do volume do nilo a
cada ano, com a crescida do nilo cada vez mais insuficiente e
menos húmido.

Dinastia VIII: Ka-Kau-Ra Ibi(piramide em sakkara);


Estas cidades tiveram relevância no primeiro periodo intermedio:
Heracleopolis e Tebas
Os heracleopolitanos fundaram a dinastia 9 ao mesmo tempo da
8 de tebas e depois com a dinastia 10 heracleopolitana coincide
com a 11 tebana, ou seja, há uma dualidade de poderes.

Heracleopolis:
Os reis da cidade de heracleopolis chamavam-se Khety

Nas tumbas nobiliárquicas das dinastias 9 e 10 de heracleopolis


existe uma estela porta falsa para que o defunto na outra vida
pode-se ir buscar as oferendas.
Os faraós deixavam ensinamentos para os filhos herdeiros temos
o exemplo das “máximas de Merikare”(filho) do khety III(pai)
[Ver no moodle o documento]

Tebas:
Quarto nomo do alto Egipto (conta-se os nomes a partir do sul);
Reis Tebanos: Antes
Os Tebanos vão reclamar a sua soberania sobre todo o pais esta
ambição irá desencadear a guerra entre Tebas e Heracleopolis.
Os arqueologos verificaram a necrópole de Heracleopolis
destruída o que indica que os Tebanos ganharam a guerra.
_____________________________________________________
Cada rei de cada cidade vai se declarar rei de todo o Egipto
apesar de não dominarem quase nada esta afirmação serve de
propaganda.

Com esta dualidade entre estas duas cidades outras cidades vão
se declarar de uma delas ou se permanecem neutrais.
Sobre Menphis os historiadores não têm conhecimento portanto
não sabemos o que se decorria na outrora capital.
Hierakómpolis apoia Hieracleopolis;
Koptos apoia Tebas;
Hermopolis permanece neutral.
Este cenário proporcionou uma guerra civil violenta e lenta os
confrontos que temos conhecimento tiveram lugar na zona
tebana de hermante, depois destes confrontos Montuhotep II
de Tebas reunificou o Egipto.
Aula 23/11/2022
Reino Médio: (1990-1730 a. C)
Dinastias: Dinastia XII
Dinatia XII: Amenemhat I; Sesostris I; Amenemhat II; Sesostris
II; Sesostris III; Amenehat III; Amenehat IV; Nefrusobek

Até este periodo Tebas era uma localidade com pouca


importância, contudo, com Montuhotep II e seus sucessores, vai
converter-se na capital do país. Apesar de Montuhotep II ser
aclamado rei do alto e baixo Egipto vão existir localidades que
não o vão reconhecer portanto Montuhotep II vai concretizar
uma pacificação (que durará 30 anos) e uma restruturação da
administração com o reaparecimento do Visir agora com um
poder centralizado.
Das construções de Montuhotep II se destaca Deir el Bahari um
templo funerário
Montuhotep II: Também efetuo campanhas militares com o
intuito de preservar o território nomeadamente contra os
Núbios(a sul) e os Líbios (a oeste) e os asiatico (este)
Montuhotep morreu com um reinado de 51 anos.

Festa Sed/hb-sd: Festa que se concretizava de 30 em 30 anos do


reinado de um farao com o intuito de recarregar a energia do
farao isto pois eventos como secas, assassinatos, guerras
mostravam a debilidade do farao e por isso era necessário uma
festa. Jubileu em português
Montuhotep III: governa apenas 10 anos, destaca-se a
construção das tumbas dos cortesãos como Hekankhte que nos
deixa um documento com as suas propriedades em Tebas e com
disputas na corte.

Amenemhat I (1991-1962): Com Amenemhat temos um


renascimento egípcio; Segundo o texto a profecia de Neferti
Ameny(Amenemhat I) irá unificar o país e estabelecer a
Maat(ordem) e pôr fim ao Isfet(desordem). Esta “profecia” é
uma profecia post-eventum, ou seja, foi redigida depois da
tomada de posse de Amenemhat I e serve apenas como
propaganda politica.
Amenemhat I para consolidar o seu poder negociou com
governadores locais, sabemos isso através das suas tumbas.
Desta forma pôs limite ao poder local e concentrou o poder
central.
Amenemhat I vai construir os muros do príncipe, género game of
thrones, a oriente do delta para conter os povos de entrarem no
Egipto. A capital vai se alterar de Tebas para Hemenehapt ittawy
mais a norte perto do oásis Faiyum, contudo, nunca
encontramos esta cidade.
Há uma possibilidade que Amenemhat I para assegurar uma
transição de poder segura vai pôr o seu filho Sesostres como
futuro herdeiro e co-regente. Amenemhat I vai ser assassinado,
este regicídio dá-se antes da festa Sed enquanto o rei está débil
porque depois da festa sed o rei estará revigorado daí
importância de matá-lo antes.

Aula 25/11/2022
Continuação do Reino Médio/ 12ª dinastia e segundo periodo
intermedio.

Sisostris/Sn-wsrt I: a sua tumba está em licht, construiu diversos


monumentos em Karnak e celebrou uma festa Sed/hb-sd

Sisostris II: Vai se focar em fayum com o intuito de efetuar uma


politica de colinização; A construção da sua tumba em Kahun deu
origem a uma cidade para os trabalhadores cujo a planta é
racional e retangular.

Sisostris III: Um dos grandes faraós do Reino Médio pela sua


politica interior e exterior
Em politica exterior se consolida o poder Egípcio no sul, no
território núbio isto foi possível devido à construção de
fortalezas em território Núbio (Semna, Kumma, Buhen) perto da
segunda catarata, nomeadamente na fortaleza de Semna foram
encontrados documentos chamados “Relatórios de Semna”.
Estes documentos nos falam do reino de Kerma povo este
inspirado pelos os Egípcios culturalmente. Sisostris III também
realiza expedições no próxima oriente na Síria e Palestina.
Em politica interna suprime os governadores locais(nomarcas) e
centraliza o poder local concentrando-o no Visir, nos
funcionários, em três novos ministérios regionais e vai
estabelecer o conselho d3d3t (jájáte).
Amenemhat III: Vai herdar um reino consolidado e próspero daí
o esplendor do seu reinado. Amenemhat III vai construir no
Fayum como a piramide Hawara conhecido como labirinto.
Amenemhat IV: Foi conhecido como o farao que deu inicio à
crise
Rainha Neferusobek: Ultimo monarca do reino antes do segundo
periodo intermédio

O Reino Médio vai ser um periodo bastante importante com o


florescimento das artes e das letras isto pois a maioria das obras
literárias no antigo Egito são do reino medio como o canto do
naufrago também a nível linguístico se considera a grafia do
reino medio a mais prefeita e foi usada na posterioridade mesmo
na época greco romana 1500 anos depois se continuava a
escrever com a escrita do reino médio como base.
Também ficou marcado pela boa administração do reino face ao
primeiro periodo intermedio, contudo, no final deste periodo
com Amenemhat IV o faraó começa-se a tornar um monarca
falível. Verificamos a partir do primeiro periodo intermedio e
mais pronuncialmente no Reino Médio uma democratização dos
rituais funerários, ou seja, estes rituais não eram mais exclusivos
ao Faraó esta democratização está correlatada com a maior
importância de Osíris no panteão outrora um deus residual
verificamos a importância de Osíris no reino medio devido às
peregrinações ao templo de Osíris em Abydos.

O Segundo Periodo Intermedio (Aprox: 1750-1550 a. C.)


Dinastias: XIII-XVII
Periodo complexo devido à pouca informação que temos pois os
próprios Egípcios a quiseram eliminar. Contudo, Maneton vai-nos
dar alguma informação bem como o papiro de turim e a lista real
de Thutmosis III do templo de Karnak. Vamos verificar
novamente uma fragmentação política com nomeadamente os
reinos seguintes:
 Reino de Avaris: Dinastias Hikzas
 Reino de Tebas
 Reino de Kush/ Kerma

Dinastia XIII Egípcia: Neferhotep I e Sobekhotep IV Governada


pelo Egipto inteiro sozinho, contudo, entra em decadência
Dinastia XIV Egípcia: Periodo de transição para o domínio hikso,
contudo, este periodo é completamente desconhecido e a
informação é vaga portanto qualquer informação não tem
fundamentação suficiente.
XV(grande dinastia) e XVI(pequena dinastia):6 reis antes, Yakub-
Har, Khyan, Apofis I e Apofis II. Dinastias Hiksa contemporânea
da dinastia tebana XVII

Com as sublevações Hiksas no delta, Avaris vai se tornar a capital


do reino Hikso. Esta apropriação de Avaris deve-se ao
assentamento de populações estrangeiras mesopotâmicas no
delta perto de Avaris o que também explica a invasão hiksa. O
assentamento destas populações mesopotâmicas segundo a
teoria mais aceitada na comunidade cientifica deve-se a Avaris
ser um bom porto.

Aula 30/11/2022
Continuação do segundo periodo intermedio:
Reino de Avaris: Foi governado pelos Hiksos, capital Avaris[Hwt-
wrt(hukerete)] localizada no este do delta onde hoje é Tell el-
Daba. Emos constatado junto da cultura material tipicamente
egipcia encontramos uma cultura material da asia meridional
(siria palestina).
As fontes sobre este periodo são o Maneton e o papiro de Turim.
Significado:
Segundo Maneton(falso): Hik=reis sos=pastores, ou seja, reis
pastores
Segundo a etimologia Egípcia (verdadeiro): Hiksos/Hq3w
h3swt(hecas womensot) = Governantes dos países estrangeiros
(hiksos proveniente do grego)
Segundo Maneton, uns povos orientais invadem o delta egipcio
saqueiam, não respeitam os deuses e reduzem a população à
escravidão, contudo, dado que Maneton escreveu 1500 anos
após os acontecimento e segundo os indícios arqueológicos não
houve uma invasão pois estas populações do próximo
oriente(Síria e Palestina) já estavam assentadas no local porque
devido ao centro comercial entre o Egipto e o próximo oriente
coadjuvado de um excelente porto dádiva do Nilo estas
populações sublevaram-se na cidade e tomam o poder
proclamando-se faraós e reis de todo o pais talvez mais povos
orientais tenham entrado na área para administrar, contudo, não
temos provas nem a certeza.
Embora esta seja a versão atual segundo os eruditos a mais
popular segue o que diz Maneton, ou seja, que houve uma
invasão, esta estória da invasão é proveniente de propaganda
tebana quando reconquistaram o Egipto.
O domínio de Aváris foi apenas no delta, ou seja, não conquistou
todo o Egipto apenas se ficou pela delta.
Dinastias Hiksas(Estão nas listas reais mas sem protocolo):

Tebas:
Dinastias (XVII): Rahotep, Antef V, Sobekemsaf, Djehuty,
Mentuhotep VII, Nebiryau I, Antef VII, Senaqhtenre TAA I”o
antigo” e Seqenre TAA II “o bravo” e Kamosis (Inicio da dinastia
XVIII…)
Não sabemos muito, contudo, temos noção de conflitos com
Avaris.

Kerma:
A capital estava centrada na terceira catarata, já que as fronteira
do reino médio era na segunda katarata onde estão as fortalezas
de Semna Buhen e Aniba, contudo Kerma na XIII dinastia
aproveitando a sua decadência e fraqueza ocuparam a segunda
catarata tomando as tais fortalezas tendo agora o seu território
compreendido entre a 4ª e a 2ª catarata só no Novo Reino os
egipcios vão derrotar Kerma. Kerma vai apenas efetuar umas
razias contra Tebas mas não chegou haver uma guerra como
avaris a tal carta de avaris para kerma foi interceptada portanto
kerma nunca chegou a ter uma aliança.

O fim do periodo intermedio são de fontes tebanas, o primeiro


conflito com os Hiksos foi com rei tebano Seqenenre no inicio
tinham acordos, contudo surgiu um conflito não sabemos bem
porquê, o que sabemos é que Saqenere Taa II que morreu em
combate, como podemos aferir com feridas profundas no crânio
na sua múmia. O seu filho Kamosis, temos uma fonte a Estrela de
Kamose (Karnak) que afirma querer “rasgar” o corpo do rei hikzo
que controla Jmun(cidade no Egipto médio), ou seja, Kamosis
quer reunificar o egipto sabemos que Kamosis chegou a atacar
Avaris e vai acabar por morrer no campo de batalha.
O rei Hikso manda uma mensagem ao rei de kerma(núbio) para
pedir-lhe ajuda propondo uma aliança o que já demonstra a sua
fragilidade.
O irmão de Kamosis Ahmosis, vai expulsar os Hiksos e completar
o processo que o seu irmão iniciou fundando o Novo Reino e a
XVIII dinastia. Ahmosis será equiparado a Montuhotep II e Ménes
pelos seus feitos, sendo estes os 3 grandes unificadores e os três
maiores faraós do Egipto.

Aula 2/12/2022
Novo Império (Cerca 1550-1070 a. C)
Dinastias: XVIII, XIX e XX
O novo império é um período, ao contrário dos outros, bem
documentado apesar de haver alguns momentos sem
informação e buracos de informação.

Reis Hiksos
Dinastia XVIII: Ahmosis; (Aasehre; Apofis III);Amenofis I;
Thutmosis I /twt-ms I; Thutmosis II; Thutmosis III; Hatshesut;
Thutmosis III; Amenofis II; Thutmosis IV; Amenofis III; Amenofis
IV; Akhenatón; Smenkhare(?); Tutankhatón; Tutankhamón; Ay;
Horemheb.
Ahmosis vai-se apoiar numa nova elite para unificar o território e
garantir o seu poder

Ahmosis teve como obra perseguir os hiksos e


consequentemente conquistando territórios no próximo oriente.
As suas obras estão centralizadas em Karnak e Abydos.
Ahmes-Nefertari primeira esposa de Amon este status permitia
poderes políticos tanto que esta mulher teve um filho
Amenhotep I/ Jmn-htp com o rei e fez regência durante a sua
menoridade. Ahmes-Nefertari será venerada no futuro.
Com Amenhotep I/ Jmn-htp vamos verificar a separação entre a
tumba e o templo funerário as tumbas a partir deste periodo vão
estar a oriente de Tebas no vale dos reis que em sí gerou uma
localidade para os trabalhadores Deir el-Medina onde
encontramos vários documentos como a descrição da primeira
greve da história.

Thutmosis I: No sul, chegará a quarta catarata no sul e porá fim


ao reino de Kerma, No norte chegará ao rio Orontes na Síria.

Hatshepsut I(mulher): Amplificou o templo funerário de


Montuhotep II para incluir o seu anexando o ao lado já a sua
tumba está no vale dos reis. Hatshepsut vai fazer uma expedição
militar a Punt suponha-se que esteja ao lado do mar vermelho,
contudo, sabemos que esta expedição deu fruto a produtos
como marfim etc…

Thutmosis III: será um dos monarcas principais no reino novo,


uma das questões principais do seu reinado vai praticar o
damnatio memorae com a sua madrasta Hatshepsut tentando
apagar o seu nome dos templos como em Karnak. Thutmosis III
foi um faraó guerreiro(apesar de ser pequeno), através de karnak
sabemos que levou acabo 17 campanhas na asia, no próximo
oriente síria palestina, alargando os limites de Thutmosis I que ia
até ao rio Orontes. Thutmosis III vai-se defrontar com o reino de
Mittani
No sul, vai chegar à quarta catarata recuperando o que no reino
Hatshepsut se perdeu. Já a nível de obras sabemos que teve uma
festa Sed e templos como Akhmenu de Karnak

Amenofis II: desportista

Thutmosis IV: Vai fazer alianças com os Mittaneos para travar e


combater o avanço do império Hitita

Amenofis IV: Vai fazer expedições à Núbia no sul, o seu templo


funerário vai ficar conhecido pelos colossos de Memnón que
guardavam um templo imenso que se perdeu na história.

Amonnhotep(Amon está satisfeito)/Akhenaton(Filho de Aton):


filho de Amenofis IV, Amonhotep vai alterar o paradigma da
religião no Egipto tornando o Egito monoteísta celebrando
apenas o deus Aton tanto que vai mudar o seu nome para
Akhenaton. No ano 5 do seu reinado em Amarna funda uma
nova capital, akhetaton/3bt-jtn significando horizonte do disco
solar ou horizonte aton. Este cambio religioso tem como intuito
uma questão de soberania politica contra os sacerdotes de Amon
devido ao progressivo poder. A sua esposa Nefertiti tem uma
estatua famosa no museu de Berlim e Akhenaton será enterrado
na sua tumba em Amarna apesar de o seu corpo foi retirado da
sua tumba e não sabemos onde está até hoje, contudo, se
considera devido a representações de Akhenaton alguns eruditos
especulam que tinha a síndrome de marfa.

Tutanhaton/ Tutankamon: Filho de Akhenaton, irá alterar o


paradigma religioso voltando a estabelecer os deuses
tradicionais e a veneração do deu Amon. Vai morrer aos 19 anos
sem descendência, a sua mulher vai mandar uma carta ao rei
hitita para se casar com a sua descendência, contudo, o filho do
rei hitita foi assassinado no caminho impossibilitando a
descendência da rainha e deixando o poder para outra
ramificação de faraós.
Ay e Horemheb: Um militar que herdou cargo depois do vácuo
deixado por tutankamon, contudo, não vao deixar linhagem

Aula 07/12/2022
Cont Império Novo e Dinastias ramésidas
Dinastia XIX: Ramsés I: governou pouco tempo; Sethi I; Ramsés
II; Meneptah; Amenmes; Sethi II; Siptah; Tausert.
Dinastia XX: Sethnakht; Ramsés III; Ramsés IV; Ramsés V;
Ramsés VI, Ramsés VII, Ramsés VIII, Ramsés IX; Ramsés X;
Ramsés XI.
Sethi I: Inicia um novo movimento “o novo nascimento”, ou seja,
Sethi I considera que o seu reinado inaugura uma nova fase e
para marcar a sua legitimidade ao trono Sethi I vai gravar no
templo de Abydos a famosa lista real de Abydos. A lista real tem
figurado Sethi I e o seu filho Ramsés II coadjuvado das inscrições
de todos os reis egípcios exceto os reis hicsos e Akhenaton.
Quanto à politica externa renicia as campanhas militares na Ásia
(Síria Palestina) já as obras arquitetonicas podemos destacar a
sala hipostila no templo de Karnak. Sethi I vai repousar na sua
tumba no vale dos reis.
Ramsés II: Com este faraó chegamos ao apogeu do Novo
Império, a sua esposa é a rainha Nefertari. A nível arquitetonico
podemos destacar Abu Simbel que foi semi escavado numa
montanha (semi-speos) bem com as tumbas dos filhos de
Ramsés II, templo de karnak também vai restaurar as obras de
outros Faraós, o seu templo funerário Ramesseum de Tebas com
a sua tumba no vale dos reis. Na politica exterior Ramsés II faz
atividades na Núbia especialmente em Wadi Allaki com minas de
ouro o que vai permitir pagar as suas obras e guerras no próximo
oriente com o Reino Hitita. Como disse o Ramsés II vai se focar
no próximo oriente em que vai rivalizar com os reinos de Mitanni
e Hititas especialmente com os hititas que vai resultar num
confronto em Qadesh, o qual o Egipto perdeu, e no primeiro
tratado da humanidade entre Ramsés II e Hattusil III que tinha
como acordo troca de esposas e presentes e um acordo de não
agressão e de limites de expansão. Muda a capital de Tebas para
Pi Ramsés pois devido às conquistas no próximo oriente é
necessário que a capital fique mais próxima ajustando o centro
de gravidade do país, ou seja, é uma razão puramente
geopolítica e estratégica perto da outrora capital Hicsa Avaris o
que dificultou a arqueologia no seu estudo
Merenptah(amado por ptah) din XIX: A paz que temos tido até
agora desparece devido aos ataques libios e dos povos do mar,
ou seja, agora tem se uma politica defensivo e não ofensiva.
Mantém-se paz com os hititas, contudo, segundo o papiro
pHarris I o reino cai em crise e em anarquia. Neste reinado
também se menciona pela primeira vez o reino de Israel.
Tausert: Figura feminina que foi a ultima rainha da XIX dinastia
Dinastia XX: Sethna

Ramsés III: O último grande faraó, em termos de obras vai fazer


o seu templo funerário de Medinet Habu na politica vai
enfrentar-se com os Líbios e vai pôr fim aos povos do mar,
encontramos relevos sobre estas batalhas em Nedinet Habu. Os
povos do mar são um povo que vai atacar por volta de 1200 a. C
a Grécia micénica, anatólia hitita e mesopotâmia babilónica
casita alguns reinos vão cair devido a estes ataques. No Egipto
estes povos vão ser mencionados duas vezes a primeira com
Menepetah em que os povos do mar uniram-se com os libios e
falam de confrontos em terra segundo as fontes egipcias:
Shardana(sardanha e sicilia), Shekelesh(Sicilia), Eqwesh(Aqueus),
Lukka(Anatolia), Teresh, Tjeker, Denyen, Peleset. Estes povos são
de diferentes origens.
Quanto à politica interna, verificamos uma enorme corrupção
na administração o que vai gerar contestação como por exemplo
a localidade de Deir el Medina que não tem recursos. Temos
informações deste periodo no papiro pHarris I que através dele
sabemos as grandes doações do faraó ao templo de Amon em
Karnak em Tebas o que demonstra a perda poder pois as
riquezas não estão na mão do Faraó mas sim nos sacerdotes.
Esta crise social vai gerar conspirações na corte, neste caso é
uma esposa que pretende que o filho Pentaur herde o trono,
contudo, este complot teve sucesso em matar Ramsés III embora
tenha sido descoberto, sabemos isto através do papiro de turim
que mostra as sentenças. Ainda há a teoria da Múmia que grita
ser o corpo de Pentaur descoberto com expressões de dor e
atada nos pés.
Conceito dos povos do mar: São aglomerados de povos e não
um estado.
Acontecimentos dos povos do mar no Egipto: sabemos quem
são através de topónimos “gentilizios” deixados por Merenptah
depois de um ataque terrestre, Merenptah ganha e não temos
mais informações contudo 30 anos depois no reinado de Ramsés
temos informações de ataques dos povos do mar, Ramsés III
nomeou os povos do mar como Teresh(Turquia, Lukka(licia),
Peleset(felisteus), Eqwesh(Aqueus) esta guerra teve lugar no
delta do nilo por mar e por terra. Não temos registos da batalha
em sí temos apenas representações que demonstram a
desorganização destes povos do mar através do aglomerado de
pessoas. Sabemos que Ramsés III conseguiu os travar tanto que
nunca mais temos registo na história do Egipto sobre os povos
do mar.

A estratégia militar dos povos do mar não é de razia género


Viking, apesar de a historiografia os gravar como tal, vale
lembrar que eles não são um estado são sim um aglomerado de
povos portanto o motivo para estes ataques pela europa e africa
dá-se talvez por questões climáticas, terramotos epidemias que
forçavam à emigração e à tentativa de assentamento que irá
levar a estes ataques.

Aula 09/12/2022
Continuação da XX Dinastia
Depois de Ramsés III temos uma progressiva decadência no
Egipto e verificamos a concentração de poder no clero
nomeadamente nos sacerdotes de Amon.
Podemos aferir, através dos roubos de tumba reais no reinado
de Ramsés VI o qual participam os altos funcionários e
autoridades, a anarquia e a desorganização do Egipto neste
periodo. A solução que as autoridades vão elaborar, é fazer
cachete(esconderijo) para que não sejam saqueadas.
Este método dos cachete vai ser praticado pelos sacerdotes de
Amon no terceiro periodo intermedio no DB320 perto de templo
funerário de Hatchepsut em Dair el Bahari.

Terceiro Periodo Intermedio(1070-650 a. C):


Dinastias: XXI-XXV
Sincronia-se: com a idade das trevas grega, império neoasirio,
fundação de Roma e Israel.
Dinastia XXI(dinastia tanita): Smendes, Amenemnsu, Psusennes
I, Amenempoe, OsorkónSiamón, Psusennes II.
Sacerdotes Tebanos: Amenhotep, Herihor, Piankh, Pinedjem I,
Masaharta, Menkheperre, Smendes, Pinedjem II, Psusennes.
No reinado de Ramsés XI verificamos que os sacerdotes de Amon
têm cada vez mais poder e portanto a este ponto o Faraó não
tem soberania e portanto um sacerdote de Amon Herihor vai
tomar-se como Faraó como podemos verificar numas inscrições
com o cartucho real. Vai lhe suceder Smendes que irá inaugurar
a dinastia XXI, para se legitimar dado que não é descendente de
Ramsés XI vai se casar com uma filha.
Neste periodo há uma dualidade de poderes: No sul Tebas sendo
os sumo sacerdotes do templo de Amon em Karnak e no norte
em Tanis com o Faraó Smendes os sacerdotes até que
reconhecem o Faraó, contudo, não são subjugados por ele e
portanto os poderes do Faraó estão subjugados face aos
sacerdotes de amon. Ou seja, em teoria temos um Egipto inteiro,
contudo, há uma fracturação de poder entre o norte e o sul. Esta
situação politica vai gerar dinastias sacerdotais.
Na politica externa verificamos através do Papiro “As
desventuras de Wenamon” um Egipto sem soberania no próximo
oriente. Os libios vão aproveitar esta falta de soberania e a falta
de um poder central como brecha para invandir o Egipto.
Como disse os Líbios vão se assentando no norte e no Egipto
Médio e Shechonq I em 945 a. C vai se proclamar Faraó do Egipto
dando inicio à dinastia XXII. Shechonq I vai ser inteligente e vai
nomear Iuput I como sumo sacerdote do deus Amon pondo fim
ao à dualidade de poderes.

Aula 14/12/2022
Dinastia XXII(dinastia Bubastica): Sheshonk I, Osorkón I,
Sheshonk II, Takelot I, Harseisis, Osorkón II, Takelot II, Sheshonk
III, Pimay, Sheshonk V.
Sumo Sacerdotes de Amón: Iuput I, Sheshonk, Smendes, Iuvelot,
Harsiessis, Nimlot, Osorkón
Com Chechonq I põe-se fim à dinastia XXI e inicia-se XXII.

Sheshonk I: Sheshonk nasce em Bubastis daí ser dinastia


bubastica. Após a morte do rei salomão em Israel Sheshonk vai
fazer uma campanha na palestina em que vai conseguir varias
riquezas as quais vai usar para grandes obras no seu reino.
No final desta dinastia (730) vamos verificar uma fragmentação
de poder do pais devido às alianças que os libios fizeram com
diferentes cidades, estes territórios principados/feudos eram
autonomos um dos outros(Governo de Hieracleópolis, Governo
de Hermópolis, Governo de Tebas, Dinastia de Sais, Dinastia de
Avaris etc…). Devido a esta fragmentação irá gerar várias
dinastias e uma invasão dos Napateos(Nubios) até à primeira
catarata aproveitando a debilidade.
A geopolítica deste periodo é fragmentada, contudo quem
manda no delta é Sais e a sua dinastia XXIV tanto que os outros
reinos vão se associar a Sais ficando como principados
secundários face a Sais que representa agora o estado central,
esta aliança dos principados com Sais deve-se à invasão Núbia.
Dinastia XXIV(727-715): Tefnakht, Bocchoris
Piankhy de Napata vai-se estabelecer como Rei do sul até à
primeira catarata estabelecendo a dinastia XXV e avançando
progressivamente chegando a conquistar Tebas até no que
século VIII a. C os Núbios controlam o alto Egipto. Sabemos desta
invasão de Napata através da Estela de Piankhy no templo de
Amon de Napata esta Estela fala-nos das vitoria de Piankhy sobre
as cidades de Hermopolis, Heracleopolis e Menfis chegando
portanto ao delta do Nilo, contudo, após esta vitoria Piankhy
decidiu voltar para o sul apenas metendo guarnições a
supervisionar.
Dinastia XXV(747-664): Piankhy, Shabaka, Shabataka, Taharka,
Tantamani
Shabaka: Vai governar no Egipto, ao contrario do seu antecessor,
estabelecendo a capital em Menfis e Tebas.
Estes Reis apesar de Nubios vão estar muito Egiptanizados tanto
que vão construir monumentos como por exemplo em Karnak
Dinastia XXVI (672-525): Nekao I, Psametrico I, Nekao II,
Psametrico II, Apries, Amasis, Psametrico III.

Invasões Império Neoasirio:


Em 673 o rei assírio Assarhadon invade o Egipto sem sucesso e é
repeliado, contudo, em 671 vai invadir novamente o Egipto com
sucesso capturando a capital Menfis. Embora desta vez tenha
tido sucesso, os faraós Núbios vão reconquistar o Egipto
expulsando os assirios Assarhadon faz outra ofensiva em 669
mas morre em batalha. Só com o seu sucessor haverá outra
invasão do Egipto com êxito em 663 expulsando os Núbios e
convertendo o Egipto em uma província criando dinastias
vassaladas como é o caso de Sais.
Sais vai expulsar os assirios e estabelecer a dinastia XXVI
Dinastia XXVI (672-525): Nekao I, Psametrico I, Nekao II,
Psametrico II, Apries, Amasis, Psametrico III.

FIM

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