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Universidade Nilton Lins

Licenciatura Plena em História


Antiguidade Oriental

Referência: KRAMER, Samuel Noah. Mesopotâmia: o berço da civilização. Rio de Janeiro: José
Olympio Editora.
Cap. I – A TERRA ENTRE RIOS

 O berço da civilização - A zona oeste em torno do Jordão e da parte superior do Eufrates


viu nascer os primeiros assentamentos agrários conhecidos, há cerca de 11 000 anos.
Os assentamentos mais antigos conhecidos atualmente localizam-se em Iraq ed-
Dubb (Jordânia) e Tell Aswad (Síria), seguidos de perto por Jericó. As mais
antigas cidades, estados e escritos de que se tem notícia apareceram mais tarde na
Mesopotâmia. Essas descobertas permitiram apelidar a região de "Berço da Civilização”.
 Pesquisas arqueológicas feitas em Ur, na Mesopotâmia, confirmaram que, por volta de
2000 a.C, havia na cidade uma população de aproximadamente 34 mil habitantes.
 Antes das escavações – quase nada se conhecia da Mesopotâmia e sobre os impérios
que ali floresceram.
 Bíblia e historiadores gregos – trazem referências sobre babilônicos e assírios – porém
as informações eram vagas e contraditórias.
 Sumérios – povo totalmente desconhecido antes das escavações.
 Condições climáticas – deixaram entulhos informes – mesopotâmicos utilizavam o adôbe
material pouco durável.
 Nippur – um dos principais centros arqueológicos.
 Kramer descreve a Mesopotâmia como uma “desolada planície de aluvião” – clima
quente e seco.
 Região sem minérios – sem pedras ou madeira – solo árido: improdutivo.
 Região mesopotâmica – importante para compreender o progresso humano.
 5.000 anos – surgimento dos sumérios.
 Mesopotâmia – viu o surgimento dos primeiros centros urbanos da humanidade.
 Lealdade política – ligada a comunidade não mais ou clã.
 Cidades mesopotâmicas – viram o surgimento do primeiro sistema prático de escrita –
cuneiforme.
 Primeiras explorações – datam do século XIX, momento que a Europa se debruça com
paixão sobre a antiguidade – ingleses, franceses e alemães – busca por relíquias –
desprezo pelas minuciosas particularidades.
 Já no século atual, a busca por tesouros foi substituída pela arqueologia profissional,
que, como disciplina, tornou as escavações meios para preservação da memória e
busca pela reconstrução das primeiras cidades.
 Em 1920, pautada cientificamente, a arqueologia acumulou conhecimento sobre os
povos da Mesopotâmia através da preservação e estudo sobre cidades, palácios,
utensílios, instrumentos, monumentos e também através das milhares placas de argila
com uma escrita ainda não conhecida.
 Esses escritos tratam da documentação em larga escala dos mais diferentes aspectos
das primeiras civilizações, desde a história dos reis, até anotações aparentemente
banais sobre o comércio.
 A partir das escavações foi constatado que o aparecimento das primeiras cidades se
deu graças ao estabelecimento da agricultura como forma de subsistência;
 Descobertas mostraram cidades de 3000 a.C – descoberta de zigurates e cemitérios.
 Norte de Bagdá – expedição americana encontraram templos, palácios e residências
particulares.
 Sedentarização do homem – permitiu que o homem pudesse “desfrutar de lazeres para
desenvolver ideias, técnicas e artes rudimentares” – surgimento de um modo de
civilidade entre os homens.
 Robert J. Braidwood – arqueólogo pioneiro na tentativa de compreender tais marcos
humanos – escavações das primeiras aglomerações – local: Jarmo (sítio arqueológico
datado aproximadamente do período Neolítico, localizado no Curdistão iraquiano).
 Para Braidwood – o homem aprendeu a drenar e irrigar os pântanos e brejos –
surgimento das primeiras cidades no sul da Mesopotâmia.
 Primeiras povoados e aldeolas agrícola – norte da Mesopotâmia na serra dos Zagros.
 Esforços de Braidwood – permitiu a compreensão sobre o progresso cultural do homem
através do tempo.
 Jarmo – revelou 15 camadas de ocupação humana – “10 inferiores eram pré-cerâmicas,
isto é, seus habitantes parecem terem sido tão primitivos que desconheciam
inteiramente os vasos de argila cozida e suas utilidades no uso doméstico” – Possuíam
– casas de barro dividas em vários compartimentos, machados de sílex, rodas de fuso,
tigelas e copas de calcário, agulhas e perfuradores de ossos de animais.
 Adornos corporais – braceletes, colores, anéis e brincos de pedra, osso ou barro.
 Jarmo – revelou trigo, cevada, favas e ervilhas carbonizadas – resultado de plantio do
período – observou-se também a domesticação de animais como: cabra, carneiro, boi e
cachorro.
 Braidwood – descobriu em Jarmo a mais velhas das comunidades agrícolas
permanentes conhecida até aquele momento datava de 7000 anos a.C – porém não
resolveu o problema fundamental para Braidwood: onde e quando surgiu a agricultura.
 Karim Shahir – um só nível de ocupação – a escavação demonstrou o trabalho agrícola
e animais domesticados na região – local de acampamento de algum grupo.
 Jericó – apresentou dados mais impressionantes entre 1952 e 1958 – descoberta de
uma cidade em fase pré-cerâmica.
 Na cidade foi encontrado mós, almofarizes e pilões – indícios de uma agricultura
incipiente e eficaz.
 Testes de carbono 14 – datavam a cidade do começo do oitavo Milênio a.C – o que ia de
encontro a teoria de flanco ondulado de Braidwood de que a Mesopotâmia era o berço
da civilização.
 Mesopotâmia – processou a revolução econômica, local onde “as lavouras se
desenvolveram em base sólida para a civilização e para o erguimento das cidades”.
 Para Kramer o desenvolvimento da sedentarização do homem se deu pelo “[...] antes o
insatisfeito, o fraco e o desdenhado, que se afastou de seus companheiros mais bem-
sucedidos e dominadores para fazer as primeiras tentativas, desajeitadas e vacilantes,
de se instalar num ponto qualquer e extrair do solo o meio de subsistência”.
 Mulheres – papel decisivo para a sedentarização do grupo – criação dos filhos.
 Agricultura – transformou fracos em fortes, apáticos em produtores, poucos em muitos.
 Hassuna – mais velhas das culturas surgidas neste período – habitada por
seminômades (combinação entre a forma primitiva de lavoura com a simples coleta de
alimentos) – viviam em abrigos temporários.
 Povo hassuniano – influenciado por outros fatores abandonou a vida nômade e passou a
se fixar em aldeias – passam a morar em casas de adobe, retangulares e bem
construídas, divididas em vários compartimentos.
 Povo hassuniano – passa a armazenar cerais em “amplas tulhas de barro enterradas no
chão”.
 Melhoria das habitações – progresso da cerâmica – passa a apresentar superfícies
polidas e pinturas.
 Últimos tempos de Hassuna – cerâmica surge em outros formatos como a policrômica
(arte feita com várias cores) - surgimento da denominada louça de Samarra.
 Povo Hassuna – desapareceu por volta de 5.000 a.C. – surgimento de um novo povo e
da cultura halafiana.
 Halaf – lavadores prósperos – importante momento de desenvolvimento – fim da Idade
da Pedra no Oriente Próximo e alvorecer da Idade dos Metais.
 Ubaidianos - 5.000 A.C, vindos da Mesopotâmia setentrional (região norte), populações
estabeleceram-se ao Sul, próximos as adjacências do rio Eufrates, pela proximidade dos
pântanos e região dos diques naturais que aproveitavam e controlavam as enchentes;
 Esses primeiros habitantes vão ser conhecidos como ubaidianos de Tell al Ubaid, uma
pequena cidade.
 As primeiras impressões desse grupo, era de que não prosperaram muito, tendo
construído não mais que casebres para viver. Porém, essas conclusões tornaram-se
erradas.
 Estudos mais recentes afirma que esse povo constitui uma “importante força
civilizadora”, tendo povoado parte da planície entre o Tigre e o Eufrates, e não só na
Mesopotâmia meridional (parte sul), mas também por todo o Oriente Próximo.
 Os Ubaidianos “são, na História da humanidade o primeiro suja identidade étnica e
conquistas culturais temos provas linguísticas;
 Os nomes pelos quais inscrições se referem aos rios Tigres e Eufrates “Idiglat e
Buranun”, não são palavras sumérias e é admitido que sejam palavras ubaidianas, ou
seja, esse povo não era sumério.
 Os nomes Eridu, Ur, Lagash, Nippur e Kish também foram os nomes Ubaidianos para o
que se tornariam as maiores cidades da Suméria. Provavelmente da língua dêsse povo
que derivaram alguns vocábulos.
 Por volta do 5º milênio, outros povos migraram. Hordas de semitas (povos que
compartilham o mesmo tronco linguístico), vindos da Síria e da Península Arábica
aproximaram-se como invasores ou como povo pacífico procurando novas terras para
assentamento;
 Foi a mistura (cruzamento) desses dois povos que iniciou assim a primeira civilização
autêntica do mundo.
 Os Sumérios, como povo distinto, só irão chegar a essa cena, por volta de 3.500 anos
antes de Cristo, vindo através da Ásia Central, pelo Irã.
 Essa fusão cultural de três culturas distintas que vai operar as mudanças profundas na
humanidade. Onde vieram a erguer-se as primeiras cidades do mundo.
 É nesse período que o homem antigo vai realizar as primeiras grandes criações: Na arte,
na arquitetura e na comunicação, com a invenção da escrita.
Cap. IV – O POVO ESFUZIANTE

 “Olhai para isto ainda hoje: a muralha exterior, com a cornija que a adorna, esplende
com o brilho do cobre; e a muralha interior, não tem igual. Galgai a muralha de Uruk;
caminhai ao longo dos muros, digo eu: vêde a plataforma em sua base e examinai a
construção; não é de tijolo cozido ao fogo e sólida?” – trecho presente na Epopeia de
Gilgamesh.
 Epopeia de Gilgamesh – antigo poema épico mesopotâmico, escrito pelos sumérios em
algum momento em torno de 2000 a.C.
 Gilgamesh – o rei que teria levado Uruk a hegemonia da Suméria por volta do século
XXVII a.C.
 Narrativa – demonstra o orgulho que os mesopotâmicos tinham de suas cidades.
 Cidades mesopotâmicas – continham magnificas construções: edifícios públicos,
parques de efeito panorâmico, ruas construídas em formato quadriculado – alto nível de
planejamento.
 Agade – fama de ser esplendorosa de acordo com a transcrição as “moradias de Agade
estão repletas de ouro, suas casas reluzentes são cheias de prata...seus muros erguem-
se para o céu como uma montanha”
 Grandes metrópoles – para Kramer eram exceções – cidades em sua grande maioria
eram resultado de aldeias e vilas pré-históricas – ausência de planejamento urbano.
 Os aspectos do cotidiano, da vida social, política e religiosa para Kramer eram
características compartilhadas por toda a Mesopotâmia.
 Grande parte das cidades mesopotâmicas eram de aparência triste e sem atrativos.
 Vida nas cidades: descrita por Kramer como divertida, excitante e inspiradora.
 Bazar – local de sociabilidade, comércio e trocas culturais.
 Praça Pública – local de entretenimentos e diversões, onde aconteciam: lutas corporais,
jogos de azar e outras atrações.
 Taverna – local onde se gozava de uma antiga diversão destinada aos adultos “vinho,
mulheres e canções”.
 Templo – lugar onde se encontrava o consolo e conforto espiritual – imagens dos
deuses inundavam a imaginação do povo, onde os sacerdotes abrigavam, vestiam e lhe
ofereciam alimentos.
 Sacerdotes – instruídos e familiarizados com as necessidades dos deuses.
 Crença partilhada por sumérios, babilônicos e assírios – “bem-estar da comunidade
dependia inteiramente do favor dos deuses. Importava acima de tudo conservar as boas
graças da deidade protetora, a padroeira do lugar a qual – em teoria, embora não na
prática – era a dona não só da cidade e dos seus habitantes como também das
lavouras, dos pomares e vilas adjacentes”
 Rei – era escolhido pelos deuses e devia zelar pela propriedade divina.
 Primeiras cidades – eram era eleito por uma assembleia de cidadãos livres – dividida
em: uma câmara alta de anciãos e uma câmara baixa de homens em idade de portar
armas – nesse período o rei só exercia seu poder em tempos de emergência.
 2800 a.C – realeza ganha importância e caráter mais duradouro e hereditário.
 Rei – tinha deveres seculares e religiosos – auxiliado por uma vasta burocracia
composta de: conselheiros, intendentes, inspetores, escritas e outros funcionários.
 Maior dever do rei: defender a cidade e suas terras, ampliar o território e a dominação.
 Deveres sagrados do rei: edificar e reparar os templos.
 Outros deveres: manter e expandir canais de irrigação, melhorar os canais navegáveis.
 Reis mesopotâmicos – gabavam-se de suas atividades de construção e da abertura e
alargamentos de canais, além da garantia de bom uso das cidades.
 Shulgi, rei de Ur no século XXI a.C descreve a si mesmo como “lépido, ligeiro viajante
pelas estradas da terra”.
 Ética e moral – reis deviam promover e garantir a lei e a justiça no seu reino – evitar a
opressão de pobres e fracos, de viúvas e órfãos e para que o cidadão comum não
sofresse às mãos de funcionários arrogantes e corruptos.
 Cabia ao rei – promulgar regulamentos, editos e códigos de leis.
 Paixão por leis – de acordo com Kramer “resultava também de seu temperamento
individualista, propenso à competição, e do grande apreço que atribuíam a propriedade
privada”.
 Surgimento da escrita – garantiu a organização de contratos e escrituras.
 Código de Ur-Nammu – mais antigo encontrado, teria governado Ur por volta de 2100
a.C.
 Exemplo de lei presente no em outro famoso Código, o de Hamurabi diz que “se a
esposa de um homem é apanhada na cama com outro homem os dois serrão amarrados
e lançados na água. Se o marido da mulher quer poupá-la, o rei também poderá poupar
o seu súdito”, ou diz que “se um construtor faz uma casa para um homem, porém não dá
solidez à obra, resultando daí que a casa venha a ruir e causar a morte de seu dono, o
construtor será condenado a morrer” ainda outra diz que “se um homem quiser separar-
se de uma mulher que lhe deu filhos, ou da esposa que lhe deu filhos, deverá devolver a
essa mulher seu dote e lhe dar parte da renda do campo, da horta e de seus bens, para
que ela possa criar os filhos. Se ela criou seus filhos, deverá ser-lhe dada uma parte de
tudo o que for concedido aos filhos, igual à parte de um filho. Ela poderá casar-se com o
homem de seu coração”.
 Códigos – retratam uma sociedade organizada e bem estruturada.
 Divisão social – “uma aristocracia, a grande massa dos cidadãos comuns e uma minoria
de escravos”
 Aristocracia – composta por famílias ricas e poderosas – geralmente daqui saíam os
sacerdotes e onde os reis buscavam seus conselheiros, generais e outros funcionários.
 Riqueza da aristocracia – provia de suas propriedades rurais.
 Escravos – maior parte pertencia ao templo e ao palácio.
 Cidadãos comuns podiam vender seus filhos como escravos, ou si mesmo, ou toda sua
família.
 A lei garantia que esses escravos podiam tomar parte em negócios, fazer empréstimos
ou até comprar sua liberdade.
 Cidadãos comuns – eram a espinha dorsal da sociedade – eram aqueles que
produziam, fazia parte desta camada: arquitetos, escribas, comerciantes, fazendeiros,
criadores de gado, pescadores, carpinteiros, ceramistas e os artífices em geral.
 Trabalhadores especializados – em geral serviam a aristocracia – em troca em muitos
casos ganham lotes de terras, rações de alimentos ou lã.
 Agricultor e o negociante – ocupações vitais para a manutenção da vida urbana.
 Cevada – grão que germinava mais rapidamente – grão utilizado para fazer o pão e a
cerveja.
 Terceiro Milênio a.C – agricultores passam a obedecer a um calendário agrícola –
melhor desempenho das plantações. Um almanaque do agricultor do século XVIII a.C
dar a seguinte instrução “...fique de olhar atento às aberturas dos diques, taludes e
regos [para que a água não suba demais quando o campo fôr alagado... Deixe que os
bois com ferradura nas patas calquem o terreno para você; depois que as ervas
daninhas tenham sido arrancadas [por eles e] o campo estiver aplainado, lavre-os com
enxadas estreitas pesando [não mais do que] dois terços de libra cada uma”.
 Mercador-viajante – não tinha limites no desenvolvimento de seu trabalho – contato com
várias regiões.
 A criação do Bazar está ligada a função do mercador – o Bazar é definido por Kramer
como um dos prazeres da vida urbana.
 A figura do negociante se faz presente desde as aldeias primitivas a partir da existência
da troca de produtos.
 Comércio de longa distância – essência para a Mesopotâmia – produção de grãos e lã
me excesso.
 Falta de: madeira, pedra e metal para as construções.
 Mercadores – além das mercadorias exóticas ou não traziam na bagagem as histórias,
os costumes e os idiomas de outros povos.
 Mercadores – foram os que alargaram o horizonte do conhecimento mesopotâmico –
trouxerem requinte para a cidade.
 Aqueles que detinham poder ou prosperidade – viviam confortavelmente, além de ter um
padrão de vida bastante elevado.
 Mari – cidade Mesopotâmica que forneceu detalhes sobre a vida dos reis destruída por
Hamurabi no século XVIII a.C.
 Palácio de Mari – descrito por Kramer como “um conjunto colossal, de quase sete acres,
abrangendo pátios abertos e cerca de 300 salas – algumas das quais belamente
decorada com pinturas e murais – está extraordinariamente bem preservada e é tida
como um exemplo marcante de moradia e centro de ação administrativa de um
governante mesopotâmico”.
 Documentos encontrados na cidade ajudaram a reconstruir aspectos da vida palaciana.
 Cotidiano mesopotâmico iniciava-se ao alvorecer – aproveitar o frescor das horas
matinais.
 Rei em Mari – escolhia o período da manhã para suas audiências e para resolver as
demandas de seu reino.
 Rei – era a personificação do deus na terra, era visto como “o deus tutelar da cidade”.
 Kramer reflete “as cidades que surgiram e se desenvolveram na Terra Entre os Rios
prestavam, sem dúvida, relevante contribuição ao progresso humano. Se a ordem e a
segurança estabelecidas dentro de suas muralhas não teriam florescido os complexos
elementos que compõem uma civilização – a escrita, um sistema legal, um alto nível de
organização política, a especialização das artes e ofícios”.

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