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Mesopotâmia: saiba tudo sobre esse berço da civilização humana!

Com o domínio da agricultura, há cerca de 10 mil anos, a humanidade deixou


de ser nômade, isto é, de não ter lugar fixo para morar, sobrevivendo da caça
e da coleta. Desde então, o homem começou a domesticar plantas e animais e
a viver em torno de suas produções, o que levou ao surgimento da primeira
civilização: a Mesopotâmia.
Na Mesopotâmia se desenvolveram várias técnicas e muitas invenções
surgiram. Criaram a escrita, a roda, a astronomia e desenvolveram com
muita maestria a matemática, a engenharia, entre outros conhecimentos.
Nesse super resumo da Mesopotâmia, vamos aprender sobre a importância
de dois rios, a sociedade, as invenções, a arte, a religião, a economia desses
povos que formaram a primeira civilização da história. Aproveite!
O que é Mesopotâmia?
A Mesopotâmia é uma das primeiras civilizações conhecidas e desenvolveu-
se entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, atualmente onde é o território
da Síria e, principalmente, do Iraque. Seu surgimento se deu por volta do
ano 5.000 a.C.
Ao longo de aproximadamente 4.500 anos, foi habitada por diversos povos que
ora conviviam em harmonia, ora se confrontavam. Entre eles, podemos citar os
sumérios, acádios, amoritas (ou antigos babilônios), assírios e caldeus
(ou novos babilônios).
Esses povos trocaram suas culturas entre si. Assim, por exemplo, a língua,
a escrita e a religião passaram a ser características comuns dos
mesopotâmicos. Por essa razão, todas essas sociedades citadas acima,
podem ser estudadas em conjunto, formando uma única civilização.
O que significa Mesopotâmia?
A palavra Mesopotâmia foi criada pelos gregos antigos para designar a
civilização que vivia entre os rios Tigres e Eufrates. Em grego, “meso”
significa “no meio” e “potamos” é rio, portanto Mesopotâmia é “aqueles que
estão entre os rios”, ou, também, “terra entre rios”.
Lembrando que os próprios mesopotâmicos não se chamavam assim durante
sua história. Esse nome foi criado para se referir aos povos que citamos acima.
História da Mesopotâmia
O desenvolvimento da agricultura e a criação de animais aconteceram em
diferentes momentos e lugares. A Mesopotâmia foi uma das primeiras regiões
em que essas atividades ocorreram.
Inicialmente, os grupos que lá se estabeleceram eram
basicamente caçadores-coletores nômades e produziam instrumentos feitos
de pedra, osso e madeira. Aos poucos, esses grupos começaram a
cultivar vegetais e animais. Graças à isso, eles passaram a permanecer nos
lugares que ocupavam, formando as primeiras aldeias.
Entre os produtos cultivados por eles, podemos citar a cevada, a tâmara,
o linho, o gergelim, a cebola, o alho, entre outros. Os primeiros animais a
serem domesticados foram ovelhas, cabras, porcos, bois e outros.
É importante ressaltar que a região da Mesopotâmia é desértica, portanto,
para o desenvolvimento agropecuário os mesopotâmicos aprenderam a lidar
com as condições naturais. Na época das cheias, os rios transbordavam e
inundavam as áreas da planície. Quando as águas baixavam, uma mistura de
barro e húmus se depositavam sobre a terra, favorecendo o cultivo agrícola.
Você já deve ter visto que os egípcios também utilizavam as cheias do rio
Nilo para tornar as terras cultiváveis. Por essa capacidade de aproveitar as
condições naturais de rios com características parecidas, os historiadores
chamam a região compreendida entre a Mesopotâmia e o Egito de “Crescente
Fértil”.
As cidades da Mesopotâmia
As primeiras cidades da Mesopotâmia originaram das aldeias onde a
população cresceu e seus habitantes diversificaram seus ofícios. Foi o caso,
por exemplo, de Ur, Uruk, Nippur, Lagash e Eridu, que surgiram ao sul da
Mesopotâmia, na Suméria, por volta de 4.000 a.C.
Nas cidades, grandes construções foram erguidas, como templos religiosos,
casas, prédios públicos, ruas, pontes e palácios. Ao redor de algumas cidades
foram construídas muralhas e torres de vigilância. Os templos de poder nas
cidades eram os templos e o palácio real.
Ao norte, na região dos assírios, grandes cidades foram construídas
também. Nínive foi chamada no Antigo Testamento de “cidade extremamente
grande”. Assur foi a primeira capital do império assírio.
A família na Mesopotâmia
As famílias mesopotâmicas eram diferentes das que conhecemos hoje. São
chamadas por estudiosos de “famílias alargadas”, pois eram formadas por
avós, pais, filhos, tios, primos, netos, genros, noras, todos vivendo sob o
mesmo teto. Ao casar, o homem levava a mulher para morar e trabalhar nas
terras da família dele.
Mas essa composição familiar não foi sempre assim. Com o passar do tempo,
por volta de 2000 a.C., as grandes famílias deram lugar às famílias mais
restritas, compostas por pais, filhos e algumas pessoas próximas.
Muitas famílias tinham seus próprios campos, plantações e rebanhos. Graças
às riquezas das terras férteis, algumas dessas famílias tornaram-se mais
poderosas que outras. Assim, começaram a surgir as primeiras desigualdades
econômicas.
A religião na Mesopotâmia
Os povos mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, cultuavam
diversos deuses ao mesmo tempo, muitos relacionados à natureza. Por
exemplo, Anu era considerado o deus do céu; Ishtar era a deusa da fertilidade
e do amor; Enlil era do deu do ar; Shamash a divindade do sol e da justiça.
Eles acreditavam que após a morte o espírito das pessoas ia para um mundo
inferior, um lugar sem retorno. Por esse motivo, homens e mulheres queriam
aproveitar ao máximo suas vidas, e talvez, por isso, a juventude era
considerada a melhor etapa da vida.
As cidades tinham um deus protetor, e os moradores construíam um templo
para esse padroeiro. Mas algumas cidades tinham templos para vários deuses.
Só na Babilônia havia cerca de 50 construções dedicadas à religião.
No templo, os sacerdotes conduziam as cerimônias religiosas. Eles também
exerciam atividades econômicas e influência política, sobretudo nas cidades
sumérias.
O Zigurate era uma típica construção religiosa. Era composto de várias
plataformas, sugerindo o formato de uma torre de vários andares. No topo, era
erguido o templo ao deus local. As torres também eram utilizadas
como observatórios astronômico, de onde os sacerdotes observavam o céu
para estudar as estrelas.
A escrita na Mesopotâmia
A escrita suméria é considerada a mais antiga do mundo. Por que será eles
criaram a escrita?
A vida nas cidades mesopotâmicas tornava-se cada vez mais complexa. Os
sacerdotes, por exemplo, já não podiam confiar apenas na memória para
registrar os empréstimos de animais, o pagamento a comerciantes, o controle
de produtos estocados em seus armazéns, etc. Por isso, eles inventaram uma
forma de registrar que pudesse ficar gravada, ou seja, a escrita.
A partir de 3000 a.C, o uso da escrita ganhou outros espaços e passou a servir
para registrar ensinamentos religiosos, leis, literatura, etc. Assim, os
mesopotâmicos foram os primeiros povos a registrar seu cotidiano.
Para escrever, os sumérios utilizavam uma placa de argila molhada e uma
peça de madeira ou metal em forma de cunha. Foi devido a esse instrumento
que a escrita ficou conhecida como cuneiforme. Depois era só cozinhar a
argila no forno para que a placa ficasse rígida e os registros gravados.
Direito na Mesopotâmia
Foi na Mesopotâmia que criaram as primeiras leis escritas. O código mais
antigo que se tem conhecimento é o Código de Hamurabi, rei da Babilônia.
O chamado Código de Hamurabi reunia normas sobre diversos assuntos da
vida cotidiana. Trava de crimes, questões comerciais, divisão social,
casamento, herança, etc. Esse conjunto de leis instituiu o princípio (ou lei)
de Talião. Uma vítima poderia se vingar praticando o mesmo mal recebido pelo
seu agressor. O princípio de Talião proporcionou a conhecida frase: “olho por
olho, dente por dente”.
Todas essas normas foram estabelecidas a partir de costumes que já eram
praticados entre os povos da Mesopotâmia, mas só foram organizadas em
forma de leis a partir da escrita.
Política na Mesopotâmia
A partir do ano 2.000 a.C., o poder do rei começou a ser passado a seus
parentes, dando origem às monarquias hereditárias. Na sociedade
mesopotâmica, o poder do rei estava ligado à religião, pois ele era visto como
uma pessoa enviada por deus para governar aquela sociedade. Portanto, a
vontade do rei era também a vontade de deus.
Com o passar do tempo, os reis dominaram boa parte da economia,
controlando uma série de oficinas, onde eram produzidos objetos de
metal, cerâmica, tecidos, mobílias, etc. Com exceção da elite, o restante da
população masculina livre era obrigada a fazer trabalhos para o rei. Poderia ser
a construção de palácios, de muralhas da cidade, canais de irrigação,
celeiros, etc. A imposição dessas obrigações é conhecida como servidão
coletiva.
Cultura na Mesopotâmia

A arquitetura desponta como uma das principais expressões artísticas da


Mesopotâmia, principalmente os palácios e os templos. A escultura e a
pintura faziam parte da decoração do interior das construções, e, geralmente
representavam seus deuses, os reis, a vida cotidiana, os guerreiros, a criação
de animais e as plantações.
Na literatura, o principal destaque é a Epopeia de Gilgamesh. Trata-se de um
poema escrito pelos sumérios por volta do ano 2000 a.C. Gilgamesh era um rei
de Uruk e procurava a imortalidade. A epopeia foi encontrada na antiga cidade
de Nínive, em escavações arqueológicas no ano de 1849. Lendo essa
história podemos observar diversos elementos da mentalidade e da cultura dos
mesopotâmicos, como a busca pelo poder e a visão da vida e da morte.
Mesopotâmia e Egito
O Egito e a Mesopotâmia têm muitas características em comum. Juntos,
formaram as primeiras civilizações da humanidade e contribuíram com a
criação e o desenvolvimento de diversas coisas que são essenciais para a vida
humana moderna.
Podemos citar os rios Tigre, Eufrates e Nilo como condições fundamentais
para a prosperidade das ambas as civilizações. Graças às suas cheias,
as regiões desérticas que compreendiam os dois povos, eram fertilizadas e
produziam muitas riquezas.
As religiões eram politeístas, baseadas em deuses ligados à natureza. Nas
duas civilizações, a religiosidade estava atrelada ao poder. Servia para
legitimar o poder do rei com a justificativa de ser um enviado de deus. No Egito,
especificamente, o faraó era considerado o próprio deus encarnado.
Egípcios e mesopotâmicos coexistiram e fizeram grandes trocas culturais,
praticaram o comércio entre seus povos e despontaram como grandes
civilizações.
Características da Mesopotâmia
Vimos muita coisa sobre a Mesopotâmia até aqui. Aprendemos sobre cultura,
religião, história, política… Vamos analisar, através de um esquema, as
principais características dos povos mesopotâmicos e ressaltar as coisas mais
importantes que você precisa saber.
 Sociedade hidráulica (dependência dos rios Tigre e Eufrates);
 Religião politeísta (crença em vários deuses);
 Monarquia hereditária (poder passado de pai para filho);
 Invenção da escrita (cuneiforme);
 Desenvolvimento da agropecuária;
 Criação de códigos registrados através da escrita (Código de Hamurabi);
 Coexistência de vários povos (sumérios, acádios, caldeus, amoritas e
assírios);
 Surgimento da astronomia (observação do céu pelos sacerdotes).
Curiosidades da Mesopotâmia
Por ter sido a civilização mais antiga, os mesopotâmicos foram precursores de
várias invenções e tecnologias da humanidade. Foram eles que chegaram na
frente ao descobrir várias técnicas, formas de construção, desenvolvimento
agrícola, etc.
A roda, por exemplo, foi inventada há cerca de 6 mil anos para o transporte de
grandes blocos de pedras utilizadas nas construções de templos e palácios.
Mais tarde esse invento revolucionou os transportes e proporciona hoje a
utilização de carros, aviões, bicicletas, etc.
Os canais e diques utilizados na irrigação das lavouras até os dias atuais,
também foram criados pelos mesopotâmicos diante da necessidade de levar
água para plantações mais distantes das margens dos rios Tigre e Eufrates.
Na matemática, desenvolveram cálculos, números e formas de calcular
áreas. Graças à necessidade de construir templos e palácios, a matemática
teve que ser aprimorada.

Exercícios sobre Mesopotâmia

1 – (UFSM-RS) – A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da


humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato
de:
a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.

b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade


da pedra para a idade dos metais.

c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o


crescimento socioeconômico.

d) possuir uma área agricultável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.

e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para a locomoção de pessoas e


apropriado para desenvolvimento comercial.

2 – (UFC-CE) – Leia com atenção as afirmativas a seguir sobre as condições


sociais, políticas e econômicas da Mesopotâmia.
I – As condições ecológicas explicam por que a agricultura de irrigação era
praticada através de uma organização individualista.

II – Na economia da Baixa Mesopotâmia, a fome e as crises de subsistência


eram frequentes, causadas pela irregularidade das cheias e também das
guerras.

III – Na Suméria, os templos e ziggurats foram construídos graças à riqueza


que os sacerdotes administravam à custa do trabalho de grande parte da
população.

IV – A presença dos rios Tigre e Eufrates possibilitou o desenvolvimento da


agricultura e da pecuária e também a formação do primeiro reino unificado da
história.

Sobre as alternativas anteriores, é correto afirmar:

a) I e II são verdadeiras.

b) II e IV são verdadeiras.
c) I e IV são verdadeiras.

d) I e III são verdadeiras.

e) II e III são verdadeiras. 

3 – (FCL-SP) – Examine as proposições e responda de acordo com o código.


I. A região que compreendia a Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates e
atualmente parte do Iraque, foi habitada entre 3200 e 2000 a.C. por diferentes
povos semitas, entre os quais se incluíam os sumérios.

II. A cidade de Babel, capital do império de Hamurábi, desenvolveu-se e


abrigou parte da civilização babilônica antes do nascimento de Cristo.

III. Outro importante rei babilônico, em cujo império foram construídas grandes
obras arquitetônicas, foi Nabucodonosor, que também viveu antes do
nascimento de Cristo.

a) Todas as proposições são verdadeiras.

b) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.

c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.

d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.

e) Todas as proposições são falsas.

4 – (UFRN) – As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios


Nilo, Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de:
a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a
constituição de grandes civilizações hidráulicas.

b) serem povos orientais que formaram diversas cidades-estado, as quais


organizavam e controlavam a produção de cereais.

c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de


excedentes, da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social.

d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos


exércitos que viabilizaram a formação de grandes impérios milenares.

5 – (UERN/2013) – Assim como no Egito, na Mesopotâmia, a agricultura foi a


principal atividade econômica praticada pela população. O Estado era
responsável pelas obras hidráulicas necessárias para a sobrevivência da
população, bem como pela administração de estoques de alimentação e pela
cobrança de impostos (…).
(Vicentino, Cláudio. História Geral e do Brasil / Cláudio

icentino, Gianpaolo Dorigo. 1ª Ed. São Paulo: Scipione. 2010. p. 60-455.)

… a base da economia Inca estava nos Ayllu, espécie de comunidade agrária.


Todas as terras do império pertenciam ao Inca, logo, ao Estado. Através da
vasta rede de funcionários, essas terras eram doadas aos camponeses para
sua sobrevivência. Os membros de cada Ayllu deveriam, em troca, trabalhar
nas terras do Estado e dos funcionários, nas obras públicas e pagar impostos.

(Moraes, José Geraldo Vinci de. 1960. Caminhos das Civilizações –

história integrada: Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 1998.)

De acordo com o materialismo histórico preconizado por Marx e Engels, o


modo de produção que aparece descrito parcialmente nos trechos anteriores, é
o

a) escravista.

b) primitivo.

c) asiático.

d) feudal.

6 – (UFTM MG/2009) – As civilizações da Antiguidade Oriental, particularmente


a egípcia e a mesopotâmica, desenvolveram
a) a arquitetura e as ciências, com caráter utilitarista, que se manifestou nos
anfiteatros, aquedutos e conhecimentos matemáticos.

b) conquistas militares para assegurar o abastecimento de escravos,


fundamentais às grandes obras públicas, como templos e pirâmides.

c) a escrita, sob diferentes formas, permitindo o registro dos princípios de seu


monoteísmo, que se espalhou pelo Mediterrâneo.

d) grande integração comercial com os povos vizinhos, devido à abundância de


recursos hídricos, agrícolas e minerais.

e) forte ligação entre a política e a religião, como se observa no caso do faraó


egípcio, supremo soberano que era considerado um deus vivo.
Agora confira as respostas dos Exercícios sobre Mesopotâmia.

Respostas dos Exercícios sobre Mesopotâmia

Exercício resolvido da questão 1 –


d) possuir uma área agricultável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.

Exercício resolvido da questão 2 –


e) II e III são verdadeiras. 

Exercício resolvido da questão 3 –


d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.

Exercício resolvido da questão 4 –


c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de
excedentes, da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social.

Exercício resolvido da questão 5 –


c) asiático.

Exercício resolvido da questão 6 –


e) forte ligação entre a política e a religião, como se observa no caso do faraó
egípcio, supremo soberano que era considerado um deus vivo.

 Egito - Antiguidade Oriental

Localização

- Nordeste da África
- Margens do rio Nilo

Período Pré-Dinástico (4000 - 3200a.C.)

- Comunidades rudimentares e autônomas (nomos);


- Crescimento dos nomos – Revolução Urbana – Superioridade tecnológica
(Irrigação, diques e hieróglifos, calendário solar - 12 meses de 30 dias + 5
dias);
- União entre nomos – reinos (3500 a.C.);
- Alto Egito;
- Baixo Egito;
- Conquista do Baixo Império e unificação (3200a.C.);
- Menés primeiro faraó;

Período Dinástico (3200 - 2300a.C.)


- Faraó
- Dono de todas as terras;
- População deve servi-lo como deus vivo;
- Antigo Império (3200 – 2300a.C.);
- Médio Império (2000 – 1580a.C.);
- Novo Império (1580 - 525a.C.);

Antigo Império (3200 - 2300a.C.)

- 1ª Capital - Timis (período temita);


- 2ª Capital – Mênfis (período menfita) – Atual Cairo;
- Construção das Pirâmides de Gizé;
- Caráter religioso e pacífico até 2300;
- Aumento do poder dos monarcas (enfraquecimento governamental);
- Inúmeras lutas – crise produtiva;

Médio Império (2000 – 1580a.C.)

- Restabelecimento do poder centralizado por Tebas (período tebano);


- Invasões estrangeiras (hicsos) – 1800a.C. (militarmente superiores);
- Domínio hicso por mais de 200 anos;
- Despertar de sentimento nacionalista – expulsão dos hicsos em 1580a.C.;

Novo Império (1580 - 525a.C.)

- Apogeu;
- Ampliação das fronteiras;
- Escravização dos hebreus;
- Mais importantes faraós;
- Tutmés III – aumenta as fronteiras até o Eufrates;
- Amenófis IV – tentativa de diminuição do poder dos sacerdotes;
- Vitória dos sacerdotes – coroação de Tutenkhamon;
- Ramsés II – grandes conquistas militares;
- Invasão e conquista pelos Assírios de Assurbanípal (662a.C.);
- Restabelecimento da Independência (período saíta);
- Intensificação do comércio;
- Lutas internas;
- Invasões estrangeiras;
- Domínio Persa em 525a.C.;
- Restabelecimento da autonomia política no séc XX;

Economia e Sociedade

- Economia baseada na agricultura (trigo, cevada, algodão, papíro e linho);


- Atividades de pesca e criação de animais;
- Época de cheias:
- Manutenção das instalações de irrigação;
- Trabalho nas grandes obras estatais;
- Produção de tecidos, vidros e navios;
- Centralização da organização econômica nas mãos do Estado;
- Supremacia do faraó;
- Estocagem dos excedentes agrícolas pela burocracia governamental;
- Pirâmide social: No topo o faraó, abaixo dele a aristocracia composta pela
elite e pelos sacerdotes, abaixo a grande massa trabalhadora e camponesa, e
abaixo os poucos escravos.

Religião e Ciências

- Politeístas (antropozoomórficos);
- Cheia sucede a vazante – vida sucede a morte:
- preservação do corpo;
- alma retorna ao corpo;
- Técnica de mumificação – controlada pelos sacerdotes;
- Conhecimento do corpo – avanços na medicina;
- Desenvolvimento de astrologia e engenharias avançadas;

Arte e Escrita

- Arquitetura destacável;
- Desenvolvimento de Hieróglifos

Exercícios sobre Egito Antigo 

1 – (UFPEL RS/2016) – Sobre a organização política do Egito Antigo é correto


afirmar que
a)  o faraó ocupava o topo da hierarquia social e seu sistema de governo era o
laico.

b) o faraó ocupava o topo da hierarquia social e seu governo era compartilhado


com sacerdotes e nobres.

c) I.R.

d) os escribas ocupavam o topo da hierarquia social e seu sistema de governo


era o laico.

e) o faraó ocupava o topo da hierarquia social e o seu sistema de governo era


o teocrático.

f) os escribas ocupavam o topo da hierarquia social e seu governo era


compartilhado com sacerdotes e nobres.

2 – (UEPA/2014) – Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição


subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia
burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do
Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos
sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos
forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam
camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada
se explicava:
a) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que
investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço
público.

b) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos


hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da
administração pública.

c) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos


conhecimentos dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada
de poder político.

d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da


agrimensura e dos processos administrativos em geral.

e) pelas possibilidades de ascensão social dos escribas que, em função do


sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da
administração pública.

3 – (UFT TO/2014) – A construção das pirâmides do Egito antigo ainda está
envolta em mistérios e curiosidades, sendo fonte de estudos na História, na
Engenharia, na Matemática e na Arte.
O processo de construção das pirâmides caracteriza-se pela:

a) despreocupação em edificar um templo duradouro.

b) arquitetura dissociada de funções de ordem funerária.

c) grandiosidade em suas dimensões e em uma estrutura sólida.

d) aplicação de diversos materiais como a madeira e o estanho.

e) utilização de tijolos de argila na edificação de suas paredes internas.

4 – (UNCISAL AL/2011) – No Egito Antigo, a mumificação do corpo de um


morto era uma arte. O corpo passava por várias fases. Uma delas era a
dessecação; para tanto, o cadáver era coberto com natrão e estendido sobre
uma mesa por quarenta dias, onde perdia 75% de seu peso.
Para os egípcios, a mumificação relacionava-se à crença de que

a) a vida perpétua era real e os corpos tinham de ser preservados para o seu
reencontro pela alma.
b) o tratamento do corpo do morto garantiria sua salvação e o encontro com
Rá, o deus-sol.

c) os sacerdotes e o faraó somente abençoavam os corpos que se


encontravam conservados.

d) o corpo que se deteriorasse após a morte estava condenado à separação do


deus Anúbis.

e) a manutenção do corpo perfeito, mesmo sem vida, era necessária para a


prática diária do culto aos mortos.

5 – (UFRGS) – Na África, durante a Antiguidade, entre 3000 a.C. e 322 a.C.,
desenvolveu-se o primeiro Império unificado historicamente conhecido, cuja
longevidade e continuidade ainda despertam a atenção de arqueólogos e
historiadores. Esse império
a) legou a humanidade códigos e compilações de leis.

b) desenvolveu a escrita alfabética, dominada por amplos setores da


sociedade.

c) retinha parcela insignificante do excedente econômico disponível.

d) sustentou a crença de que o caráter divino dos reis se transmitia


exclusivamente pela via paterna.

e) dependia das cheias do rio Nilo para a prática da agricultura.

6 – (UECE) – Sobre o papel do rio Nilo na estruturação da sociedade no Egito


Antigo, é correto afirmar que:
a) permitia a atividade econômica e, com suas cheias regulares, garantia a
estabilidade político e o domínio simbólico dos faraós

b) sua maior importância era servir de meio de transporte para as tropas que
garantiam a supremacia militar dos egípcios em toda a África.

c) suas cheias significavam um momento de instabilidade política e econômica,


uma vez que destruíam as colheitas e provocavam fome generalizada.

d) a capacidade e o volume de água não eram aproveitados pelos egípcios,


que se limitavam nas vazantes a esperar a próxima cheia.

 7 – (Vunesp-SP) – Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e do Egito


evoluíram, acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os
egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque
a) se opunham ao politeísmo dominante na época.
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores,
desencadearam o dilúvio.

c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mumificado.

d) construíram túmulos, em forma de pirâmides truncadas, erigidos para a


eternidade.

e) os camponeses constituíam categoria social inferior. 

8 – (UFPE) – Em relação à arte do Egito Antigo, assinale a alternativa correta.


a) Visava à valorização individual do artista.

b) Manifestava as idéias estéticas com representações da natureza, evitando a


representação da figura humana.

c) Estava destinada à glorificação do faraó e à representação da vida de além-


túmulo.

d) Aproveitava os hieróglifos como ornamentação.

e) Era um arte abstrata de difícil interpretação. 

Respostas dos Exercícios sobre Egito Antigo 

Exercício resolvido da questão 1 –


e) o faraó ocupava o topo da hierarquia social e o seu sistema de governo era
o teocrático.

Exercício resolvido da questão 2 –


b) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos
hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da
administração pública.

Exercício resolvido da questão 3 –


c) grandiosidade em suas dimensões e em uma estrutura sólida.

Exercício resolvido da questão 4 –


a) a vida perpétua era real e os corpos tinham de ser preservados para o seu
reencontro pela alma.

Exercício resolvido da questão 5 –


e) dependia das cheias do rio Nilo para a prática da agricultura.
Exercício resolvido da questão 6 –
a) permitia a atividade econômica e, com suas cheias regulares, garantia a
estabilidade político e o domínio simbólico dos faraós

Exercício resolvido da questão 7 –


c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mumificado.

Exercício resolvido da questão 8 –


c) Estava destinada à glorificação do faraó e à representação da vida de além-
túmulo.

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