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AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA AMERICA DO

SUL

CARACTERISTICA FISICA:

A América do Sul está localizada em grande parte no hemisfério sul,


na zona intertropical ocidental. A América do Sul abrange um
território de 18 milhões de quilômetros quadrados e é banhado a
leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacífico e ao norte
pelo mar das Antilhas, conhecido como do Caribe.

O subcontinente abordado é privilegiado em área costeira, ao longo


do litoral sul -mericano são identificados diversos acidentes
geográficos, um exemplo desse tipo de configuração é o Estreito de
Margalhães, que liga os oceanos Pacífico ao Atlântico, além das
Malvinas (arquipélago com mais de duzentas ilhas, localizadas na
costa Argentina), Fernando de Noronha (vinte ilhas de origem
vulcânica, localizadas na costa nordeste do Brasil); e na costa do
Equador, as ilhas Galápagos, instituídas pela ONU (Organização das
Nações Unidas) como Patrimônio Natural da Humanidade.

Relevo
Toda a costa leste da América do Sul é composta por planaltos de
origem geológica muito antiga, em razão disso sofreu longos
processos erosivos e atualmente possui características relativamente
planas.
No interior da América do Sul identifica-se uma predominância de
planaltos com pouca elevação e planícies.
No extremo ocidente do subcontinente o relevo é constituído por
grandes altitudes, onde está localizada a Cordilheiras dos Andes, que
corresponde a um dobramento alpino oriundo do encontro entre a
placa de nazca e a placa sul-americana, razão pela qual a região
desenvolve uma grande incidência de abalos sísmicos. A Cordilheira
dos Andes estende-se desde a Venezuela até o Chile, possuem
aspectos distintos que variam de acordo com cada particularidade,
pode ser classificado como: Andes setentrionais úmidos, Andes
centrais ou áridos e Andes meridionais ou frios.

Hidrografia
A América do Sul, em recurso hídrico, possui uma das maiores bacias
hidrográficas do mundo, como a bacia do Amazonas, que é a maior
do mundo.
O grande potencial hídrico desse subcontinente é proveniente dos
aspectos climáticos que predominam em grande parte do território
onde prevalecem os climas úmidos (equatorial e tropical úmido) com
altos índices pluviométricos.

Clima
A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma
regularidade constante a partir dos 30º de latitude sul, quando as
isotermas tendem, cada vez mais, a se confundir com os graus de
latitude.

Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e os verões


mais quentes do que na América do Norte. Pelo fato de sua parte
mais extensa do continente localizar-se na zona equatorial, a região
possui mais áreas de planícies tropicais do que qualquer outro
continente.

As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno


de 27 °C, com pequenas variações estacionais. Entre o lago de
Maracaibo e a foz do Orinoco, predomina um clima tropical do tipo
senegalês, que engloba também partes do território brasileiro.

O centro-leste do planalto Brasileiro possui clima tropical úmido e


quente. As partes norte e leste do pampa argentino possuem clima
temperado oceânico, enquanto as faixas oeste e leste tem clima
temperado. Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são
mais frios do tipo norueguês. Nos planaltos andinos, predomina o
clima quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa
costeira, registra-se um clima equatorial do tipo guineano. Deste
ponto até o norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente, climas
mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra do
Fogo, clima frio do tipo siberiano.

A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das


massas de ar. Na maior parte da região tropical a leste dos Andes, os
ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade
do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica. Nos
lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de
moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do
Equador são regiões bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao
longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do
mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a
ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos
pampas da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade é
moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições
moderadamente secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da
região oriental do Paraguai. Na costa do semiárido Nordeste brasileiro
as chuvas estão ligadas a um regime de monções.

Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes


marítimas, como as de corrente de Humboldt e das Malvinas. A
corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí
divide-se em duas outras: a corrente do Brasil e uma corrente
costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas.

VEGETAÇÃO

A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas


áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As
florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia
Amazônica.

Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste


parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria
estende-se sobre os Andes centro-meridionais chilenos, e florestas
tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco.

Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste brasileiro,


sob um clima semiárido, aparece a caatinga e, correspondendo ao
clima tropical, estendem-se os cerrados do Brasil central. Os
páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas porções dos
planaltos interandinos do Equador e do Peru setentrional, enquanto
os pampas apresentam a mesma vegetação. E a vegetação desértica
das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru
centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina.

Fauna.

Os animais nativos da América do Sul pertencem, em sua maioria, ao


chamado domínio neotrópico da zoogeografia. A fauna das florestas
tropicais carateriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores
e répteis. Os mais característicos membros da fauna amazônica são o
peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha.

A região dos Andes, as estepes frias e desertos da Patagônia


possuem uma fauna peculiaríssima, como os quatro membros do
ramo americano de camelídeos: guanaco, lhama, alpaca e vicunha.

A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma fauna


caracteristicamente transicional. Nessa área ocorrem espécies
tropicais, ao mesmo tempo que animais das regiões mais frias.

POPULAÇÃO:

Este continente tem sua população formada por uma


miscigenação de raças. Desde a chegada de Colombo (1492),
muitos imigrantes buscaram morar e construir uma vida
melhor na América do Sul. Colonos e imigrantes da Itália,
Alemanha, Espanha, Portugal, Japão, China entre outros,
juntaram-se aos negros africanos e índios para formar a
população deste continente.

A população da América do Sul não se distribui uniformemente,


havendo áreas rarefeitas, ao lado de outras de densidade
relativamente elevada.[80] Alguns fatores de ordem física e humana
contribuem para isso. Entre as causas de rarefação demográfica,
salientam-se:

• A existência de regiões desérticas, como a Patagônia, o pampa


seco, o Atacama e a Sechura;
• As zonas de florestas equatoriais, como a Amazônia;
• As áreas de campos, onde a criação extensiva de gado contribui
para a escassez demográfica.

Quanto aos fatores que têm determinado maiores concentrações de


população destacam-se:

• As faixas litorâneas bem abrigadas e dotadas de portos


naturais;
• As costas de clima relativamente benigno;
• Os vales de alguns rios navegáveis, como o Amazonas, Orinoco,
Cauca, Paraná;
• E as regiões naturalmente férteis, onde se desenvolveu uma
atividade agrícola apropriada, como o eixo Rio-São Paulo, no
Brasil, a província de Buenos Aires, na Argentina, e o vale
central do Chile.

A população da América do Sul teve o maior índice de crescimento no


mundo entre 1920 e 1960. O declínio da mortalidade, determinado
em grande parte pela elevação dos padrões de higiene pública, foi a
causa fundamental dessa expansão demográfica. Outro fator que
contribuiu para esse aumento foi a imigração. Desde 1800, cerca de
12 milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total, cerca de 4
milhões vieram da Espanha, 4 milhões da Itália, 2 milhões de Portugal
e o restante da Alemanha, Polônia, Síria, Japão, China e outros países.

POLITICA:

Durante a primeira década do século XXI, os governos sul-americanos


têm impulsionado a política de esquerda, com líderes socialistas que
são eleitos como no Chile, Uruguai, Brasil, Argentina, Equador,
Bolívia, Paraguai e Venezuela. Apesar do movimento de esquerda, a
América do Sul em sua maioria ainda abraça a política de mercado
livre, e ela está tomando um caminho ativo em direção à maior
integração continental.

Recentemente, uma entidade intergovernamental tem sido formada


para fundir duas uniões aduaneiras existentes: o Mercosul e a
Comunidade Andina, formando assim o terceiro bloco político-
comercial no mundo. Esta nova organização política conhecida como
a União de Nações Sul-Americanas procura estabelecer o movimento
livre de pessoas, desenvolvimento econômico, uma política de defesa
comum e a eliminação de tarifas.
ECONOMIA

A economia da América do Sul experimentou, a partir de 1930, um notável


crescimento e diversificação na maioria dos setores. Grande parte dos produtos
agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado interno. No entanto, a
exportação de produtos agrícolas é fundamental para o equilíbrio da balança comercial
da maioria dos países.

Os principais cultivos agrários são justamente os de exportação, como a soja e o trigo. A


produção de alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o feijão é grande, mas
voltada para o consumo interno. A criação de gado destinada à exportação de carne é
importante na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Colômbia. Nas regiões tropicais
os cultivos mais importantes são o café, o cacau e as bananas, principalmente no Brasil,
na Colômbia e no Equador. Por tradição, os países produtores de açúcar para a
exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no Brasil, a cana-de-açúcar
também é utilizada para a fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru, noroeste
e sul do Brasil cultiva-se o algodão.

A soja é um dos principais produtos agrícolas da América do Sul.

Cinqüenta por cento da superfície sul-americana está coberta por florestas, mas as
indústrias madeireiras são pequenas e direcionadas para os mercados internos. Nos
últimos anos, no entanto, empresas transnacionais vêm se instalando na Amazônia para
explorar madeiras nobres destinadas à exportação. As águas costeiras do Pacífico da
América do Sul, são as mais importantes para a pesca comercial. A captura de anchova
chega a milhares de toneladas, e também é abundante o atum, dos quais o Peru é um
grande exportador. A captura de crustáceos é notável, particularmente no nordeste do
Brasil e no Chile. A industrialização e o processamento de alimentos é uma das
atividades mais importantes do setor secundário. Outras indústrias se localizam nas
proximidades das grandes cidades, como as refinarias de petróleo, as siderúrgicas de
ferro e aço, cimento, manufaturas e fábricas de bens de consumo tais como tecidos,
bebidas, carros, eletrodomésticos, equipamentos mecânicos e elétricos e plásticos.

O comércio intercontinental da América do Sul se realiza prioritariamente com os


Nigeria, a Croacia e o Taiwan. O petróleo e seus derivados constituíram um
componente importante desse comércio internacional, mas nos últimos anos se
desenvolveu a tendência ao auto-abastecimento, com o Brasil acabando com suas
compras no Oriente Médio, devido à auto-suficiência. O comércio dentro do
subcontinente foi promovido, a partir de 1960, por instituições regionais de integração,
dentre as quais as mais importantes são a Associação Latino-Americana de Integração
(ALADI), o Bloco Andino, e em especial o Mercosul, formado inicialmente por
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, ao qual aderiram depois o Chile, a Bolívia e a
Venezuela.

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