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TEXTO 1
1 O que até recentemente parecia ficção tomou forma na realidade como desafio
que exige – se não solução imediata, algo bem pouco provável – ao menos encaminha-
mento promissor.
O aquecimento global, como conseqüência da liberação crescente na atmosfera
5 de gases de efeito estufa, é o maior impacto ambiental da história da civilização, o que
não significa que aponte para o final dos tempos.
[...]
O conhecimento científico tem participação ampla e profunda tanto no processo de
aquecimento da Terra como nos encaminhamentos para evitar uma tragédia de propor-
10 ções inéditas para a humanidade. Foram avanços de natureza científica – particularmen-
te na termodinâmica, o estudo das transformações da energia – que permitiram a substi-
tuição de músculos humanos e animais pelas engrenagens das máquinas. Este mesmo
conhecimento advertiu, já no século XIX, para o praticamente inevitável aquecimento
futuro da atmosfera por elementos tão insuspeitos quanto vapor d’água e dióxido de
15 carbono.
As manchetes dos jornais, anunciando a identificação do aquecimento global a
partir de atividades humanas, fizeram do dióxido de carbono um vilão quase indefensável
ao longo dos últimos meses. A verdade, no entanto, é que este gás é imprescindível para
a vida como a conhecemos e, além disso, atua como cobertor químico, para fazer da
20 Terra o mundo aconchegante que ela é.
Quais as possibilidades de o atual conhecimento científico permitir uma reversão
deste processo, ainda que nem tudo volte a ser como antes?
A identificação do aquecimento global como de origem antrópica, devidamente
separada de causas naturais que já foram responsáveis por esta ocorrência mais de uma
25 vez na história da Terra, certamente não deve passar despercebida. Assim, o obstáculo
maior, ao que tudo indica, não está no estoque de conhecimentos – promissores ainda
que não ilimitados – mas na necessidade de mudança de hábitos, pela primeira vez na
história da civilização, de toda a humanidade.
PONTO DE VISTA. Scientific American Brasil, São Paulo,
n. 19, p. 7, dez. 2003. Ed. especial.
01. Existe uma relação de causa e conseqüência entre o conhecimento científico e o aqueci-
mento global.
02. Causas naturais são as principais responsáveis pelo chamado efeito estufa.
04. O aumento gradativo do aquecimento global é irreversível.
08. O dióxido de carbono é totalmente prejudicial ao meio ambiente.
16. Somente os cientistas podem reverter o processo de aquecimento global.
32. [...] uma tragédia de proporções inéditas [...] (linhas 9-10) significa “uma catástrofe de
dimensões sem precedentes”.
64. A dificuldade maior para tentar reverter o processo de aquecimento da Terra está na
necessidade de mudança de hábitos do homem.
Questão 02
01. as palavras insuspeitos (linha 14), indefensável (linha 17), imprescindível (linha 18),
despercebida (linha 25) e ilimitados (linha 27) apresentam prefixo com valor de negação.
02. entre as palavras liberação (linha 4), substituição (linhas 11-12), identificação (linha 16),
reversão (linha 21), há duas que não são derivadas de verbo pelo acréscimo de sufixo.
04. as expressões sublinhadas no texto, tanto [...] como (linhas 8-9) e ainda que (linha 22),
podem ser substituídas, respectivamente, por não só [...] mas também, e mesmo que,
sem prejuízo para o sentido de cada frase.
08. as palavras foram (linha 10) e que (linha 11) não podem ser retiradas da frase simulta-
neamente, pois são necessárias para o entendimento da mesma.
16. as expressões sublinhadas em aquecimento futuro da atmosfera (linhas 13-14) e man-
chetes dos jornais (linha 16) têm valor de substantivo nesses contextos.
32. o segundo parágrafo é constituído por um período composto cuja oração principal é
O aquecimento global é o maior impacto ambiental da história da civilização.
64. as palavras hídrico, termodinâmica, obstáculo e científico não obedecem à mesma regra
de acentuação gráfica.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) com relação às obras Menino de engenho, de Jo-
sé Lins do Rego e O Ateneu, de Raul Pompéia.
01. Em Menino de engenho, o autor retrata a infância de Carlinhos, cuja mãe é morta pelo pai.
A partir de tal episódio, o garoto é levado ao engenho do avô, onde convive com muitas
mulheres, entre elas Tia Maria e Sinhazinha.
02. Sérgio, em O Ateneu, e Carlinhos, em Menino de engenho, são personagens que, em
primeira pessoa, contam suas experiências que envolvem também as primeiras desco-
bertas a respeito do mundo dos adultos.
04. O menino Carlinhos, embora também ingresse num internato, considera-se mais experiente
que Sérgio, pois já era, segundo ele próprio, um “menino perdido”.
08. Pode-se afirmar que há uma diferença básica entre Sérgio e Carlinhos. Enquanto o
primeiro, por viver em um meio urbano, já era conhecedor da vida, o segundo conservava
a inocência de um menino criado na roça.
16. Carlinhos, em Menino de engenho, tinha o afeto, o carinho e a proteção de Tia Maria, um
anjo, segundo ele. Da mesma forma, Sérgio, em O Ateneu, tinha o carinho de D. Ema.
32. Em O Ateneu, Aristarco é o narrador da história. Ele conta as peripécias de um grupo de
jovens educados nos moldes tradicionais em um internato, longe das camadas sociais
inferiores, nas quais reinam a maldade, a violência e o crime.
64. As obras Menino de engenho e O Ateneu apresentam em comum, entre outros, os fatos de
pertencerem ao mesmo período literário, retratarem o mesmo período histórico, priorizarem
a análise psicológica das personagens e serem narrados em terceira pessoa.
Com relação às obras Dom Casmurro, de Machado de Assis, e Dois irmãos, de Milton Hatoum,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Em Dom Casmurro, Machado de Assis se esmera na observação psicológica das perso-
nagens, desvelando diferentes facetas da complexidade do comportamento humano,
tais como: ciúme, traição, desconfiança, dissimulação.
02. Na obra de Machado de Assis há dois tempos que se entrelaçam: o presente, que é o
momento em que o narrador escreve o livro e reflete sobre os fatos narrados dirigindo-se,
por vezes, ao leitor; e o passado, que é o tempo da ação vivida pelas personagens.
04. A passagem Um liceu enlutado, um mestre assassinado: assim começou aquele abril [...],
de Dois irmãos (HATOUM, 2006, p.143), remete ao contexto histórico do golpe militar de
1964, quando o professor e poeta Antenor Laval, amigo de Omar, foi agredido e preso por
policiais do Exército em Manaus.
08. Zana, personagem de Dois irmãos, morreu sem saber que seus filhos, depois de muitas
desavenças, realizaram, enfim, o sonho da mãe: fizeram as pazes e tentaram viver em
harmonia na nova casa projetada e construída por Yaqub, separada por um muro alto da
Casa Rochiram, em Manaus.
16. Só guardei um único envelope. Aliás, nem isso: uma fotografia em que ele e minha mãe
estão juntos, rindo, na canoa atracada perto do Bar da Margem. Ela quase adolescente, ele
quase criança (HATOUM, 2006, p.196). Este trecho de Dois irmãos envolve três perso-
nagens: Omar, o narrador; sua mãe, Zana; e Yaqub.
32. Capitu, em Dom Casmurro, e Domingas, em Dois irmãos, são personagens femininas
típicas do romantismo, pois ambas idealizam o amor e lutam contra todos para, no
final, conseguir viver sua paixão através do casamento.
TEXTO 2
1 Cedo ou tarde, uma dúvida cruel pinta na sua cabeça: “Que profissão escolher?”.
Ou ainda: “Em que faculdade entrar?”. [...]
É por isso que a Editora Abril está lançando o Guia do estudante. Porque o que ele
mais tem é exatamente o que você mais precisa saber: tudo sobre todas as profissões
5 universitárias e técnicas, o mercado de trabalho, os cursos e o nível de todas as faculda-
des brasileiras, onde e como conseguir bolsas de estudo e muitas dicas de profissionais
bem-sucedidos. Uma verdadeira luz pra você acertar na escolha da profissão que mais
faz sua cabeça.
O melhor de tudo é que a decisão será sua e de mais ninguém. Com os pés no
10 chão. Sentindo firmeza.
Pode contar com o Guia do estudante pra encarar essa parada. Ele vai dar a maior
força pra você.
VEJA, São Paulo, n. 976, 1987 apud. AMARAL, Emília et al. Português: novas
palavras: literatura, gramática, redação. São Paulo: FTD, 2000. p. 326.
01. O pronome pessoal ele (linha 3) faz referência ao estudante que busca uma faculdade para
cursar.
02. Nota-se, no início do texto, um tom menos formal, com uma linguagem próxima do
cotidiano. Ao longo do segundo parágrafo, percebe-se que, ao descrever o produto, o autor
do texto utiliza uma linguagem mais próxima da escrita, voltando, no final, a dirigir a palavra
aos jovens, num tom mais coloquial.
04. Segundo o texto, o Guia do estudante oferece trabalho e meios de conseguir bolsas de
estudo nas faculdades do Brasil e também do exterior.
08. De acordo com o texto, os pais devem se afastar no momento em que o jovem escolhe a
profissão que quer seguir, pois o Guia do estudante será uma verdadeira luz na vida do
jovem.
16. “Que profissão escolher?” e “Em que faculdade entrar?” são exemplos de discurso direto
introduzido no texto para mostrar alguns questionamentos feitos pelos jovens no momento
em que estão decidindo seu futuro profissional.
32. O trecho O melhor de tudo é que a decisão será sua e de mais ninguém. Com os pés no
chão. Sentindo firmeza. pode ser assim reescrito, sem que seu sentido seja alterado: O
melhor de tudo é que a decisão será sua e de mais ninguém com os pés no chão: sentindo
firmeza.
64. O pronome possessivo sua (linhas 1, 8 e 9) se refere à segunda pessoa do discurso você.
Questão 07
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) com relação às obras Bagagem, de Adélia Prado
e O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna.
01. Em Bagagem, a autora explora temas do cotidiano e, em muitos de seus poemas, home-
nageia autores como Carlos Drummond de Andrade, utilizando, principalmente, a inter-
textualidade.
02. Apesar de tratar de temas que envolvem o cotidiano, Adélia Prado, em Bagagem, preferiu
não abordar a religião, pois, segundo ela, “cada um tem o direito de acreditar no que
quiser”.
04. Em O Santo e a Porca, o autor retrata de modo cômico e satírico as atitudes do velho
Euricão, para quem a filha Margarida era o único tesouro.
08. A trama de Suassuna tem início a partir do momento em que Euricão recebe uma carta de
Eudoro pedindo permissão para que Margarida se case com Dodó.
16. Em O Santo e a Porca, a personagem Margarida vive, às escondidas, um romance com
Dodó que, utilizando um disfarce, se passa por guardião da moça.
32. Adélia Prado, como maior representante da poética dos anos 40, na Segunda Fase Moder-
nista, apresenta em sua obra, quanto à forma, preocupação com a métrica e a rima; e
quanto à temática, referência à realidade de modo vago e impreciso.
II. Daí nós viemos os três. A gente sempre vinha os três. O Touro, a Cremilda e mais eu.
Touro é como a gente conhece ele. (p. 80)
III. O Touro, a mulata Cremilda e mais eu. Todo domingo. Lá de Brás de Pina pra ver o Vascão
jogar. Só domingo. Na quarta não tem nunca Maraca. A grana não dá. Nem o batente deixa.
(p. 80)
01. Os três trechos ilustram a habilidade do autor em adequar a linguagem à fala das perso-
nagens no contexto.
02. O trecho II serve de exemplo para representar um fenômeno que vem ocorrendo cada vez
com maior freqüência na língua portuguesa do Brasil: a substituição do pronome nós pelo
pronome a gente.
04. No trecho III, o narrador afirma que, para assistir ao jogo do “Vascão”, ele e os amigos
gastam o domingo todo indo de sua residência, em Brás de Pina, ao Maracanã.
08. A sentença Na quarta não tem nunca Maraca, no trecho III, significa que às quartas-feiras
não há realização de jogos no Maracanã.
16. Daí nós viemos os três. A gente sempre vinha os três. O Touro, a Cremilda e mais eu., no
trecho II, semanticamente corresponde a “O Touro, a Cremilda e eu sempre vínhamos
juntos”.
32. É possível perceber, no trecho I, um certo tom irônico na fala da personagem.
NEVES, Amilcar. Relatos de sonhos e de lutas. São Paulo: Fundação Nestlé de Cultura, 1991. p. 87.
II. (a) A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão
fixa, tão apaixonadamente fixa, que não lhe admira lhe saltassem algumas lágrimas
poucas e caladas...
[...]
(b) Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o
pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora,
como se quisesse tragar também o nadador da manhã.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: FTD, 1991. p. 183.
III -
Texte 1
KIMMEL, Alain. Le français dans le monde, n. 345. Paris : CLE International, 2006. p. 48. (Texte adapté)
Vocabulaire :
Questão 12
Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S) par rapport au texte 1.
Questão 14
Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S).
Dans la phrase :
« L’éducation et la formation à l’environnement doivent contribuer à l’exercice des droits et des
devoirs définis par la Charte de l’environnement. » (lignes 12-13)
Questão 15
Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S).
« La prise de conscience doit aider les élèves à mieux l’interdépendance des
sociétés humaines avec l’ensemble du système planétaire. »
D’ après le texte 1, le(s) verbe(s) qui complète(nt) de manière cohérente la phrase est (sont) :
01. observer
02. acheter
04. cuire
08. considérer
16. devenir
*
*DOM TOM : Departamentos e Territórios de ultramar
Questão 17
Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S).
« Cependant les situations sont très différentes, depuis les pays où il occupe seulement une
place symbolique jusqu’à ceux où il est la langue dominante et parfois la seule langue utilisée
dans la vie publique. »
01. situations
02. vie publique
04. langue dominante
08. place symbolique
16. pays
Questão 19
Signalez la(les) proposition(s) CORRECTE(S), d’après la carte ci-dessus.
01. grand nombre (lignes 2-3) peut être traduit en portugais par grande número.
02. depuis (ligne 4) peut être traduit en portugais par depois.
04. ancienne (ligne 6) peut être traduit en portugais par anciã.
08. le verbe apparaît (ligne 9) indique une action au futur.
16. marchande (ligne 11) est un adjectif qui qualifie le mot logique.
INSTRUÇÕES
1. Confira o número do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha
oficial de redação, a qual NÃO deverá ser assinada.
2. Leia e observe atentamente as Propostas 1, 2 e 3.
3. Escolha a Proposta que apresenta o tema sobre o qual você se sente mais bem
preparado(a) para discorrer.
4. Evite copiar trechos dos textos apresentados.
5. Não escreva em versos, use linguagem clara e utilize a norma culta da língua portuguesa.
6. Não se esqueça de dar um título à sua redação.
7. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha
oficial de redação.
8. Redija um texto que tenha no mínimo 25 (vinte e cinco) e no máximo 30 (trinta) linhas.
9. Escreva com letra legível e ocupe todo o espaço das linhas, respeitando os parágrafos.
10. Não serão corrigidas redações escritas a lápis, nem redações na folha de rascunho.
[...] O campo ético é constituído pelos valores e obrigações que formam o conteúdo das
condutas morais, isto é, as virtudes. O sujeito ético ou moral, isto é, a pessoa, só pode
existir se preencher as seguintes condições: ser consciente de si e dos outros; ser dotado
de vontade para controlar e orientar desejos, impulsos, e para deliberar e decidir; ser
responsável; ser livre para autodeterminar-se.
O campo ético é, portanto, constituído por dois pólos internamente relacionados: o agente
ou sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas. [...]
Adaptado de: CHAUÍ, Marilena. A existência ética – Senso moral e consciência moral.
cap. 4. In: Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994. p. 334-338.
PROPOSTA 2
EU
PRECISO
DE . . .
Redija um texto tomando por base a complementação que você der para a frase acima.
VICTOR MEIRELLES: Primeira Missa no Brasil, 1861. Óleo sobre tela. Rio de
Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.
Nas artes plásticas, na literatura, nas notícias das diversas mídias – assim temos acompa-
nhado a saga indígena. Escreva seu texto.
TÍTULO
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29
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INSTRUÇÕES
1. Confira o número do(a) candidato(a), o local, o setor, o grupo e a ordem indicados na folha
oficial da questão discursiva, a qual não deverá ser assinada.
2. Leia atentamente a questão.
3. Escreva com letra legível, use linguagem clara e utilize a norma culta da língua portuguesa.
4. Use caneta com tinta preta ou azul para transcrever seu texto do rascunho para a folha
oficial da questão discursiva.
5. Redija sua resposta utilizando até 15 (quinze) linhas.
6. Não serão corrigidas respostas escritas a lápis, nem respostas na folha de rascunho.
“Voava-se o vôo 254 na noite de 27 de maio de 1984. Exatamente um mês e dois dias
antes, ou seja, a 25 de abril, travara-se a penúltima batalha entre Nação e Ditadura,
ocasião em que esta, uma vez mais – a última vez –, derrotara aquela, manobrando
com suspeita habilidade no Congresso Nacional para que fosse rejeitada uma emenda
à Constituição que restabelecia o voto direto dos cidadãos para a próxima escolha do
presidente da República.”
NEVES, Amilcar. Relatos de sonhos e de lutas. São Paulo: Estação Liberdade:
Fundação Nestlé de Cultura, 1991. p. 62.
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