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QUESTÕES PROVA SARESP 2010 – PORTUGUÊS – 9º ANO

NOME: ___________________________________________________________________________________________
ESCOLA: ___________________________________________________________________________________________
SÉRIE: _______________________ TURMA: _____________________ DATA: __________________________________

1. Leia o texto e responda à questão.

Maçã do amor

Ingredientes:
- 1/2 quilo de açúcar
- 2 colheres (chá) de vinagre
- 1 colher (chá) de anilina vermelha
- 4 maçãs lavadas e enxutas

Modo de preparo
Misture os três primeiros ingredientes e faça uma calda grossa. Pegue as maçãs, espete em palitos de sorvete e
mergulhe na calda. Ponha no tabuleiro e deixe esfriar.

FONTE: Maçã do amor. Disponível em <http://saboresecia.blogspot.com/2008/05/ma-do-amor_21.html> Acesso em: 10 nov. 2008.

Podemos afirmar que o texto é uma receita porque


(A) ensina a combinar os produtos e o jeito de enfeitar cada um deles.
(B) indica a quantidade de ingredientes e o modo de preparar um prato.
(C) mostra o tabuleiro e informa o tempo que leva para esfriar.
(D) sugere os acompanhamentos e a bebida adequada para servir.

2. Leia o texto e responda à questão.

NEWTON, UM GRANDE CIENTISTA

No Natal de 1642, na cidade de Woolsthorpe, Inglaterra, nasceu um dos maiores gênios que a humanidade
já conheceu: Isaac Newton.
Aos dois anos de idade, ficou órfão de pai. Sua mãe casou-se pela segunda vez e mudou-se para outra cidade, deixando
a educação do menino a cargo do avô. Aos dezoito anos, foi estudar na Universidade de Cambridge, perto de
Londres, onde aprofundou seus conhecimentos em Matemática. Entretanto, a peste bubônica (doença infecciosa
transmitida ao homem por pulgas que captam micróbios de ratos) que invadiu Londres, em 1665, provocando o
fechamento de escolas e outras instituições, levou Newton de volta para sua fazenda, onde se refugiou por um ano e
meio.
Durante a estada na fazenda, o jovem matemático continuou se dedicando ao estudo, tendo realizado descobertas
importantes para a Matemática e a Física. Uma dessas descobertas diz respeito à atração que existe entre objetos
materiais, chamada de atração gravitacional.
As pessoas costumam fazer piadas sobre Newton, dizendo que uma maçã caiu sobre sua cabeça, e isso o levou a
concluir que a maçã era atraída pela Terra. É bem provável que a maçã não tenha caído sobre a cabeça do cientista e
sim no chão, perto dele. Mas uma coisa está certa: a Terra atrai frutas, pessoas e objetos materiais para si, conforme
se pode observar, diariamente.
Eliminados os perigos da peste bubônica, Isaac Newton retornou a Cambridge, em 1667, e pouco tempo depois passou
a ensinar na Universidade. Faleceu a 20 de março de 1727, com oitenta e quatro anos de idade, tendo deixado muitos
estudos e publicações científicas.

Fonte: MONTANARI, Valdir; CUNHA, Paulo. Newton, um grande cientista. Nas ondas da luz. São Paulo: Moderna, 1996.

A principal descoberta do cientista Isaac Newton, segundo sua biografia, é


(A) ação da força gravitacional.
(B) a solução de uma equação matemática.
(C) o micróbio de rato que provoca doenças.
(D) o tratamento para a peste bubônica.
3. Leia o texto e responda à questão.

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Uma das crises mais importantes para o destino da humanidade é a crise ecológica. Os cientistas afirmam que
em 50 anos a temperatura média, no planeta Terra, subirá em seis graus centígrados. Isso vai significar a extinção
de mais da metade das espécies hoje existentes. Autoridades ecológicas afirmam que, em alguns anos, o nível do mar
subirá meio metro, inundando cidades e outras áreas.
Aqui no Ceará, vemos isso na cidade de Icaraí, município de Caucaia, onde barracas de praia foram
espremidas contra a barreira por causa do aumento do nível do mar. Então a crise econômica, que é muito
importante, não se compara à crise ecológica que destrói por definitivo a vida na Terra.
Para cada ação há uma reação! A nossa reação diante da destruição do planeta deve ser de profunda mudança
de estilo de vida. Em vez de uma vida exploratória e predatória, devemos viver uma vida simples, doadora e
humana.

Fonte: LESSA, Paulo Roberto Girão. Consciência ecológica. Folha Online, São Paulo, 30 out. 2008. Painel do Leitor. Disponível em: http://www1.folha.uol.
com.br/folha/paineldoleitor/ult3751u461962.shtml. Acesso em: mar. 2009.

Assinale a alternativa em que se reproduz uma opinião do enunciador do texto.


(A) “Nos últimos anos, várias espécies animais e vegetais foram extintas”.
(B) “No Ceará, houve aumento do nível do mar”.
(C) “Em Icaraí, barracas de praia foram espremidas contra a barreira”.
(D) “É preciso viver uma vida simples”.

4. Leia o texto e responda à questão.

Livramento (morro do): Situado no bairro da Saúde, foi o local onde Machado nasceu, em 1839. Naquele ano, toda a
área do morro era ocupada por uma imensa chácara, propriedade da família de Bento Barroso Pereira, homem
de prestígio, brigadeiro e senador do Império, falecido em 1837. Desde então, sua esposa, D. Maria José de
Mendonça Barroso Pereira assumiu a administração da propriedade, formada por vários imóveis, o palacete da
proprietária, a capela consagrada a Nossa Senhora do Livramento, casas destinadas a escravos e a agregados. Foi
ali que Machado passou os primeiros anos de vida, que o iriam marcar para sempre. Lúcia Miguel Pereira acha que
o escritor recriou o ambiente da chácara na novela “Casa Velha”, opinião aceita por outros biógrafos. Machado nasceu
em casa não identificada, demolida no início do século XX.

Fonte: CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. Porto Alegre: L&PM Pocket; Rio de Janeiro: Lexikon, 2007. Fragmento.

Das informações contidas nesse verbete, a mais importante é que


(A) a área do morro era ocupada por uma imensa chácara, propriedade da família de Bento Barroso Pereira.
(B) D. Maria José assumiu a administração da propriedade depois da morte do marido.
(C) o escritor Machado de Assis nasceu no morro do Livramento, no bairro da Saúde.
(D) os proprietários da chácara onde nasceu Machado de Assis eram pessoas ilustres.

5. Leia o texto e responda à questão.

PRECONCEITO E PRETENSÃO

A tese da internacionalização, ainda que circunstancialmente possa até ser mencionada por pessoas
preocupadas com a região amazônica, longe está de ser solução para qualquer dos nossos problemas. Assim, escolher
a Amazônia para demonstrar preocupação com o futuro da humanidade é louvável se assumido também, com
todas as suas consequências, que o inaceitável processo de destruição das nossas florestas é o mesmo que produz e
reproduz diariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo.
Se assim não for, e a prevalecer mera motivação “da propriedade”, então seria justificável também propor devaneios
como a internacionalização do Museu do Louvre ou, quem sabe, dos poços de petróleo, ou ainda, e neste caso não
totalmente desprovido de razão, do sistema financeiro mundial.

Fonte: JATENE, Simão. Preconceito e pretensão. In: JB ecológico. Ano 4, n.º 42, jul. 2005. pp. 46-47. Fragmento.

Para defender seu ponto de vista, o enunciador do texto utiliza como argumento
(A) um dado estatístico referente à ampliação do sistema financeiro.
(B) um exemplo referente à criação de novos poços de petróleo.
(C) uma causa relativa à preservação do Museu do Louvre.
(D) uma comparação relativa à produção e à reprodução da pobreza.

6. Leia atentamente o texto abaixo e responda à questão.

É MASSA, BROTHER

Brother, dentro dessa nova edição do Vestibular 500 Testes tem tudo para que o próximo vestiba role na maior.
Só de português são 80 questões, sendo 50 testes e 30 escritas.
Fora as questões de física, química, biologia, história, geografia, matemática e inglês.
Ah, tem uma lista de livros e uma série de dicas que você precisa ficar por dentro antes de encarar os
exames.
Vestibular 50 0 Testes, especial do Guia do Estudante.
Desencana, brother.
Vestibular agora é manha.
Fonte: Veja. São Paulo: Abril, 23 out. 1990. p. 13.

Observe que o texto foi construído intencionalmente numa variante linguística coloquial. O enunciador
utiliza essa variante porque
(A) busca reproduzir a linguagem escrita dos exames vestibulares.
(B) precisa enfatizar que todas as matérias exigidas pelos exames vestibulares constarão do Guia do Estudante.
(C) acredita que os jovens escrevem dessa forma e não entenderiam uma mensagem elaborada em outra
variante linguística.
(D) pretende, por meio de imitação da linguagem oral do jovem destinatário, tornar-se próximo a este e convencê-
lo a adquirir um produto.

7. Leia o texto e responda à questão.

UM MUNDO DE COISAS PARA LER

Na próxima década, a massa de informação que circula no mundo dobrará de volume a cada oitenta dias.
Pelo menos é o que dizem os especialistas. Reduzir o tempo gasto nessa leitura toda não é má ideia. Mas seria
possível?
“Não conheço estudos que indiquem isso”, afirma o neuroftalmologista Paulo Imamura da Universidade Federal de
São Paulo. Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital paulista Albert Einsten, discorda.
“Atividades cerebrais podem ser adestradas”, afirma. O fato é que pouco se sabe sobre a fisiologia da leitura.
Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marlene Carvalho, a
técnica funciona para jornais, relatórios e processos. Mas não para textos literários. O cineasta americano
Woody Allen pensa do mesmo modo. Criou até uma piada sobre o assunto: “Fiz um curso de leitura dinâmica e
consegui ler o romance Guerra e Paz, de Leon Tolstoi em apenas 15 minutos! É sobre a Rússia. ”
Fonte: UM MUNDO de coisas para ler. Super Interessante, Abril, v.112, p.64, 1997. CD-ROM. Fragmento.

Usa-se vírgula para isolar o aposto, termo que explica outro da mesma função. (Ex.: Machado de Assis,
autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas, é um dos mais importantes literatos brasileiros.) Assinale
a alternativa em que no fragmento transcrito houve o emprego de vírgula(s) com a finalidade de isolar
o aposto.
(A) “‘Não conheço estudos que indiquem isso…’, afirma o neuroftalmologista Paulo Imamura. ”
(B) “Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital paulista Albert Einsten, discorda.”
(C) “Na próxima década, a massa de informação que circula no mundo dobrará de volume a cada oitenta dias.”
(D) “‘Atividades cerebrais podem ser adestradas’, afirma.”
8. Leia o texto e responda a questão.

CAÇADOR DE MIM
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Font e : NAS CI ME NTO , M ilt o n. Caçad or de mi m. D ispo níve l em < ht t p: // vagal ume .u ol. com .b r /m ilt o n- nascim ent o /caçad or - de- mi m. ht ml > Acesso e m: 18 o ut . 2 00 9.

Antítese é a figura de linguagem que consiste no confronto entre ideias opostas. Assinale a alternativa
em que o fragmento transcrito é uma antítese.
(A) “Por tanto amor, por tanta emoção”
(B) “Preso a canções/Entregue a paixões”
(C) “Doce ou atroz, manso ou feroz”
(D) “Nada a temer/Senão o correr da luta”

9. Leia o texto e responda à questão.

ÓBITO DO AUTOR

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro
lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas
onsiderações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim
mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença
radical entre este livro e o Pentateuco.
Fon t e: AS SI S , M ach ado de . M emó r ias póst um as d e Br ás Cu bas. I n: Ob r a co mpl et a. Rio de Jane ir o: Nova Agui lar , 20 08, v. 1, p . 62 6. Fr ag men t o.

No trecho “…é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor…”, o humor
decorre
(A) do emprego da palavra defunto.
(B) do jogo de palavras.
(C) do emprego da palavra autor.
(D) da repetição dos vocábulos.
10. Leia o texto e responda à questão.

CORO ORFEÃO

Também se costuma empregar o metrônomo para treino do ritmo. Mas esse emprego deve ser muito discreto, para
não mecanizar o estudo. Será preferível fazer funcionar o metrônomo no início da execução, interrompendo-o
enquanto ela se desenvolver. Terminado o canto, põe-se o metrônomo a funcionar de novo.
Por essa forma, poder-se-á criar um senso crítico do ritmo, pela oportunidade da verificação do andamento em todo o
desempenho.
Font e : BARRETO , Co ncei ção de Bar r os. Co r o Or f e ão. S ão Pau lo: Me lho r amen t os [s/ d] . p . 111. Fr ag men t o.

Observe:
“Será preferível fazer funcionar o metrônomo no início da execução (...)”.
Considerando o contexto, verifica-se que o termo destacado significa
(A) sinal gráfico colocado no início da pauta musical para servir de referência à identificação das notas.
(B) vareta com que se tocam instrumentos musicais como a bateria.
(C) aparelho usado para marcar o compasso, nos estudos musicais.
(D) registro escrito de uma composição musical que, por decodificação, torna possível a reprodução desta.

11. Leia o texto e responda à questão.

MISS DOLLAR

A casa que tinha o número indicado no anúncio era de bonita aparência e indicava certa abastança nos haveres de
quem lá morasse.
Antes mesmo que Mendonça batesse palmas no corredor, já Miss Dollar, reconhecendo os pátrios lares, começava a
pular de contente e a soltar uns sons alegres e guturais que, se houvesse entre os cães literatura, deviam ser um hino
de ação de graças.
Veio um moleque saber quem estava; Mendonça disse que vinha restituir a galga fugitiva. Expansão do rosto do
moleque, que correu a anunciar a boa nova. Miss Dollar, aproveitando uma fresta, precipitou-se pelas escadas acima.
Dispunha-se Mendonça a descer, pois estava cumprida a sua tarefa, quando o moleque voltou dizendo-lhe que subisse
e entrasse para a sala.
Na sala não havia ninguém. Algumas pessoas, que têm salas elegantemente dispostas, costumam deixar tempo de
serem estas admiradas pelas visitas, antes de as virem cumprimentar. É possível que esse fosse o costume dos
donos daquela casa, mas desta vez não se cuidou em semelhante coisa, porque mal o médico entrou pela porta do
corredor surgiu de outra interior uma velha com Miss Dollar nos braços e a alegria no rosto.

Fonte: ASSIS, Machado de. Miss Dollar. In: Contos Fluminenses. Porto Alegre: L&PM, 1999. Fragmento.

Podem-se identificar marcas de discurso indireto no seguinte trecho do conto:


(A) “Antes mesmo que Mendonça batesse palmas no corredor, já Miss Dollar, reconhecendo os pátrios lares,
começava a pular de contente…”
(B) “…Mendonça disse que vinha restituir a galga fugitiva.”
(C) “Miss Dollar, aproveitando uma fresta, precipitou-se pelas escadas acima. ”
(D) “É possível que esse fosse o costume dos donos daquela casa, mas desta vez não se cuidou em semelhante
coisa…”

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