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APRESENTAÇÃO
Sobre a proposta de avaliação
Deste caderno constam as Avaliações de Língua Portuguesa
e Matemática do Programa Emergencial de Educação Pós pandemia –
Recompondo Saberes: Alfabetização, assim como orientações para a sua
aplicação e correção.
Sugerimos que a avaliação seja aplicada em, ao menos, dois
dias: um para a parte de Língua Portuguesa e outro para a de
Matemática, para não sobrecarregar os estudantes.
Cada questão é acompanhada pelo gabarito (resposta correta),
pelos descritores (isto é, as habilidades que avaliadas pela questão) com
sua correspondência na BNCC, seguida da análise dos distratores, ou
seja, das razões que podem ter feito o estudante assinalar uma resposta
errada.
As questões presentes nas avaliações de alfabetização foram
elaboradas para avaliar habilidades até o nível de 3º ano do Ciclo I,
conforme a BNCC, pois este é o ciclo destinado à Alfabetização na maioria
das redes. As atividades de escrita (palavras, frase e texto) foram concebidas
para avaliar as hipóteses de escrita dos estudantes, com base na teoria
de Emília Ferreiro. Um resumo sobre as hipóteses, segue como anexo,
no final deste caderno.
Todas as questões são de múltipla escolha com
4 alternativas: 1 resposta correta e 3 distratores, com exceção das
atividades de escrita, as quais deverão ser analisadas pelo(a) corretor(a)
para assinalar a hipótese correspondente no gabarito do Sistema Digital. As
duas atividades de escrita de palavras devem ser analisadas conjuntamente,
para assinalar a hipótese de escrita na palavra uma única vez.
Após o lançamento de 100% dos dados no Sistema Digital do Sesi-
SP, serão emitidos relatórios de análise quali-quantitativa dos resultados,
com o objetivo de identificar as maiores necessidades de aprendizagem dos
alunos, para que os analistas técnico-educacionais do Programa
Emergencial possam melhor auxiliar os professores nas ações formativas.
Esta avaliação tem o objetivo de identificar as defasagens
dos estudantes e reorientar as ações formativas nos municípios atendidos
pela modalidade presencial do programa. Em caso de dúvidas, procure o
analista responsável pela sua escola ou município.
QUESTÃO 4
6/6
Anotações do avaliador/corretor, após analisar a escrita
espontânea do aluno:
51 – 59 – 53 – 55
QUAL DESSES NÚMEROS É O MAIOR?
(A) 51
(B) 59
(C) 55
(D) 53
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
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ANEXO
Fase pré-linguística e
Hipótese Pré-silábica
Essa hipótese segue uma evolução, da fase pré-linguística
(grafias que não chegam a ser letras convencionais), entrando na
fase linguística (mistura de letras e números na escrita) e chegando
à escrita pré-silábica (apenas letras aleatórias).
Na fase pré-linguística, as tentativas de escrita da criança
não se caracterizam pelo uso de letras convencionais; é possível
que o estudante utilize números, desenhos e outros traçados, como
“garatujas”, sinais e símbolos.
Ao entrar na fase pré-silábica, as crianças ainda não
compreendem a relação grafema-fonema, isto é, a correspondência
entre a letra (grafema) e o som (fonema), e não têm, ainda, a
habilidade de inferir a quantidade de grafias necessárias à escrita
de cada palavra e nem concebem que as palavras são compostas
por sílabas.
ANEXO
Hipótese Silábica
Ao alcançar a hipótese silábica, a criança já começou a
perceber a primeira das relações intrínsecas entre letras e som, isto
é, ela compreendeu que a palavra é formada por sílabas (pedaços).
De modo geral, os alunos silábicos representam cada sílaba
com uma letra, pois entendem que é suficiente um sinal gráfico
para representar uma sílaba.
▪ Silábico sem valor sonoro: as letras usadas podem não
apresentar nenhuma relação com o som da sílaba, portanto, ainda
está ausente a correspondência sonora.
▪ Silábico com valor sonoro: a criança já compreende a
relação das letras com o som e, por isso, passa a usar para cada
sílaba qualquer uma das letras que a compõem. Ao escrever
palavras que têm sílabas com a mesma vogal, é difícil para a
criança aceitar que a palavra possa ser composta por duas ou mais
sílabas com letras iguais, por isto, pode usar não a vogal e sim a
consoante de algumas
sílabas, bem como relacionar a sílaba com o nome de outra
letra, usando “k” para representar a sílaba “ca”, por exemplo.
ANEXO
Hipótese Silábico-Alfabética
No nível silábico-alfabético, as crianças descobrem que uma
sílaba pode ser escrita com mais de uma letra, geralmente,
consoante+vogal (o que é chamado de “sílaba canônica”), e
começam a oscilar entre escrever a consoante ou a vogal ou ainda
escrever a sílaba completa, conforme as convenções ortográficas.
Ao escrever uma palavra monossilábica, é difícil para elas aceitarem
que possa-se usar apenas uma letra para escrever uma palavra.
Também, permanece ou evidencia-se o conflito ao escreverem
palavras que têm mais de uma sílaba com a mesma vogal, pois é
difícil aceitarem que a palavra possa ser composta por letras iguais.
Por isto, podem não usar a vogal e sim a consoante de algumas
sílabas, usar outras letras aleatórias (frequentemente, as letras do
próprio nome), bem como relacionar a sílaba com o nome de outra
letra, por exemplo, usando “k” para representar a sílaba “ca”.
Às vezes, a escrita da criança nesta fase chega a se
confundir com uma escrita pré-silábica, bastando, para dirimir a
dúvida, pedir para a criança ler a palavra, apontando as sílabas
(partes) com o dedo ou o lápis, pois uma criança pré-silábica não
consegue indicar sílabas, geralmente correndo o dedo pela palavra
toda.
ANEXO
Alfabética
Ao chegar na hipótese alfabética, os alunos já começam a
utilizar todas as letras correspondentes às sílabas para representar
as palavras que intencionam escrever. Já é possível trabalhar os
aspectos ortográficos, uma vez que a compreensão do sistema de
escrita alfabético foi alcançada. Nessa fase, os conflitos cognitivos
passam a se dar em torno de questões de ortografia, como quando
usar G ou J, X ou CH, S ou SS ou C, quando e qual acento usar.
É apenas nesta fase, que se recomenda introduzir o trabalho
com regras gramaticais e estruturação de texto, pois o domínio das
regras da escrita alfabética permite à criança focar sua atenção em
outras convenções da escrita, como que pontuação deve ser usada
em cada frase, quando deve-se iniciar um novo parágrafo, como
flexionar o verbo para indicar tempo (passado, presente e futuro) e
pessoa (flexão verbal), quando e como usar o plural dos
substantivos e adjetivos (flexão nominal).