Você está na página 1de 16

C A D E R N O

P1001
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
3º Bimestre
LÍNGUA PORTUGUESA 1ª série do Ensino Médio

Nome da Escola
Nome do Aluno
Data Turma

UTILIZE O LEITOR RESPOSTA ABAIXO DESSA LINHA ENQUADRANDO A CÂMERA APENAS NAS BOLINHAS

A B C D E
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
P1001

Leia o texto abaixo.

Navio Negreiro

Ontem a Serra Leoa,


A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
5 Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado [...]
Ontem plena liberdade,
10 A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade, [...]
ALVES, Castro. Navio Negreiro. Disponível em: <https://bit.ly/3l5i1eh>. Acesso em: 1 out. 2020. Fragmento. (P100971I7_SUP)

01) (P100971I7) Nesse texto, as palavras “d’amplidão” (v. 4) e “cúm’lo” (v. 11) pertencem à linguagem
A) arcaica.
B) científica.
C) coloquial.
D) jurídica.
E) regional.

02) (P100973I7) A qual contexto histórico esse texto faz referência?


A) À época das grandes navegações.
B) À revolução industrial.
C) Ao ciclo do ouro.
D) Ao período de escravidão.
E) Ao regime militar.

BL01P10
1
P1001

Leia o texto abaixo.

Becos de Goiás

Becos da minha terra...


Amo tua paisagem triste, ausente e suja.
Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.
Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.
5 E a réstia de sol que ao meio-dia desce fugidia,
e semeias polmes dourados no teu lixo pobre,
calçando de ouro a sandália velha, jogada no monturo.
Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,
Descendo de quintais escusos sem pressa,
10 e se sumindo depressa na brecha de um velho cano.
Amo a avenca delicada que renasce
Na frincha de teus muros empenados,
e a plantinha desvalida de caule mole
que se defende, viceja e floresce
15 no agasalho de tua sombra úmida e calada
CORALINA, Cora. Becos de Goiás. In: Cultura genial. Disponível em: <https://bit.ly/36MtV91>. Acesso em: 1 out. 2020. Fragmento.
(P100965I7_SUP)

03) (P100965I7) Infere-se desse texto que


A) o eu lírico descreve com carinho um retrato real de sua terra natal.
B) o eu lírico deseja revitalizar as paisagens de sua terra natal.
C) o eu lírico quer se mudar de sua cidade natal para uma região maior.
D) o eu lírico queria plantar árvores para desfrutar de suas sombras.
E) o eu lírico tinha medo de cair nas regiões com lodo escorregadio.

04) (P100969I7) O que torna esse texto literário?


A) A descrição de memórias afetivas.
B) A disposição em formato de soneto.
C) A presença de elementos irreais.
D) O emprego de vocabulário em desuso.
E) O ritmo resultante de sons iguais.

BL01P10
2
P1001

Leia o texto abaixo.


Competição entre robôs e humanos afetará salários’, diz economista
O pesquisador dos efeitos do avanço da inteligência artificial sobre economia, educação
e mercado de trabalho está no Brasil, onde afirma que uma forma de contornar o impacto
negativo na renda seria que os trabalhadores também fossem donos das máquinas.

Richard Freeman, economista e professor da Universidade Harvard


PUBLICADO EM 14/11/17 - 03h00
SÃO PAULO. A competição entre seres humanos e robôs por empregos qualificados e bem
remunerados já começou e deverá se acirrar no futuro. Como as máquinas serão mais produtivas
em todas as profissões, a renda do trabalho deverá crescer muito lentamente e corre o risco até
de encolher. O prognóstico é feito pelo economista Richard Freeman, da Universidade Harvard,
que pesquisa os efeitos do avanço da inteligência artificial sobre economia, educação e mercado
de trabalho. [...]
A preocupação de que os robôs vão substituir os humanos é legítima?
A preocupação não é que os humanos não vão ter mais trabalho, mas que perderão empregos
bons e bem pagos. Médicos, por exemplo. Já se pode fazer muita coisa com inteligência artificial
que dispensa os médicos. As máquinas conseguem ver coisas que os médicos muitas vezes não
conseguem e conseguem chegar a uma conclusão melhor. Isso está todos os dias nas revistas
científicas.[...]
Mas, por outro lado, há muito pouca pesquisa sobre qual é o impacto das máquinas
sobre o trabalho, não? Uma das poucas, de (Daron) Acemoglu e (Pascual) Restrepo, mostra
um efeito não tão grande.
Sim, muitos países hoje estão com pleno emprego. Mas a renda está crescendo cada vez mais
devagar. O sinal desse efeito das máquinas não será no emprego, mas nos salários: não vamos
mais conseguir o tipo de emprego que paga bem. A forma como fazemos as coisas está mudando
e não há como impedir isso.
Como esse crescimento mais lento da renda se relaciona com a robotização?
Há muito pouca evidência. Mas o trabalho de Acemoglu mostra que, nas cidades em que os
robôs entraram, os salários caíram. Algumas das funções de vocês hoje já são desempenhadas
por jornalistas robôs. Os robôs, por enquanto, só escrevem sobre esporte, este time ganhou
daquele por tanto, nada muito complexo, mas a inteligência artificial os fará cada vez melhores.
Portanto, se você for pleitear aumento de salário, precisará entender que haverá robôs cada vez
melhores e mais baratos que poderão substituí-lo.
É possível evitar isso? Ou devemos esquecer os empregos e comprar alguns robôs?
Sim, podemos comprar os robôs. Isso será ótimo.
É inclusive sua recomendação, não?
Sim. Antigamente, nos Estados Unidos, você tinha seu próprio negócio, o da família, ou era
um artesão e tinha seu equipamento. Vamos pensar em um encanador. Ele entende de canos,
tem habilidades mecânicas. Se ele tiver um robô com conhecimento específico, poderá fazer um
trabalho melhor. [...]
O que as novas gerações podem fazer para se preparar?
É muito importante que as crianças aprendam linguagem de computador. Não precisam virar
programadores, mas entender o que as máquinas são capazes de fazer, para poder funcionar
nesse novo mundo. A Universidade de Illinois passou a unir todas as carreiras com ciências da
computação. Se você estuda jornalismo, também estuda ciência da computação e tem uma dupla
graduação, para ter uma ideia do que é preciso na sua área em relação à tecnologia. Para estar
preparado e se ajustar. [...]
Jornal O Tempo. Disponível em: <https://www.otempo.com.br/interessa/tecnologia-e-games/competi%C3%A7%C3%A3o-entre-rob%C3%B4s-e
-humanos-afetar%C3%A1-sal%C3%A1rios-diz-economista-1.1542367>. Acesso em: 05 jun. 2018. (adaptado) (P1018Q7SP_SUP)
BL01P10
3
P1001

05) (P1018Q7SP) O texto lido é uma entrevista porque apresenta


A) introdução, desenvolvimento, conclusão, descrições das ações dos personagens, marcas de oralidade.
B) linguagem subjetiva, descrições das ações dos personagens, entrevistado e entrevistador, foto
ilustrativa, título secundário.
C) texto informativo e opinativo, diálogo entre duas pessoas, argumentos contrários à tese apresentada,
desenvolvimento, conclusão.
D) marcas do discurso direto, linguagem dialógica e oral, título principal, informações e opiniões,
entrevistado e entrevistador.
E) título e subtítulo, introdução, personagens principais e secundários, linguagem subjetiva, argumentos
favoráveis à tese apresentada.

BL01P10
4
P1001

Leia o texto abaixo.


Entrevista com Alexandre Beck, criador do desenho Armandinho
Como surgiu a ideia do personagem Armandinho, a nova sensação dos quadrinhos,
com humor inteligente, que questiona a vida e a realidade?
Eu acho que esse questionamento que eu acabo passando com o Armandinho é um
questionamento primeiramente meu. Eu sempre achei o mundo muito complicado, e até
5 hoje eu tenho um esforço muito grande para tentar compreender quem são essas pessoas
que nos rodeiam? Quem sou eu dentro desse mundo? O que se deve fazer? Por que as
coisas funcionam desse jeito? Eu tenho essa preocupação minha. Eu tinha essa visão
crítica quando fazia outras tiras no jornal, com outros personagens e o Armandinho não
foi assim algo planejado. [...] Um dia me ligaram do jornal e pediram para fazer três tiras
10 para ilustrar uma matéria. Era uma matéria de economia, sobre pais e filhos, como lidar
com a economia doméstica, explicar para os filhos a economizar água, economizar luz, e a
matéria sairia no dia seguinte. E eu não tinha tempo para fazer com os meus personagens.
Então eu peguei o bonequinho que tinha pronto de outro trabalho e coloquei no espaço da
tirinha. Para representar os pais, eu só risquei as pernas e montei ali o quadrinho. Fiz as
15 três primeiras tiras do que depois veio a ser o Armandinho. [...] Como foi fácil para fazer,
só publicava no jornal então, foi rápido, foi prático, eu tinha uma filha que na época tinha a
idade de que teria o Armandinho, 5, 6, 7 anos, e foi muito legal e interessante me colocar
no lugar dela, uma criança que está tentando entender o mundo. [...]
Do mesmo modo que Mauricio de Sousa começou com a filha dele, tu também
20 tiveste a mesma ideia de criar o personagem baseado na filha. Até que ponto tua filha
tem relação com o Armandinho? Até que ponto as perguntas que Armandinho faz
para o pai foram copiadas do teu trabalho como pai?
Eu acho que eu, como pai, tenho muito mais a aprender com meus filhos (tenho dois
filhos), do que ensinar a eles. Eles me ensinam muito mais. Esse resgate da visão infantil
25 do mundo é fantástico. O adulto hoje está muito cheio de certeza (costumo criticar isso nas
tiras). As crianças estão com a mente aberta, então elas vão me ensinar. [...] Tem muito
de mim, claro, no Armandinho, tem muito dos meus filhos, tem muito das pessoas que
conheço, não tanto no Armandinho, quanto nos outros personagens também. Não é uma
receita pronta, mas eu acho fantástico. Estou agregando, aprendendo ainda.
REVISTA ROTA RS. Entrevista com Alexandre Beck, criador do desenho Armandinho. 2016. Disponível em: <https://bit.ly/3jA27br>.
Acesso em: 29 set. 2020. Adaptado para fins didáticos. Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. (P100957I7_SUP)

06) (P100957I7) Qual é o objetivo comunicativo desse texto?


A) Apresentar declarações de uma pessoa.
B) Divulgar o lançamento de produtos.
C) Orientar a elaboração de um projeto.
D) Promover uma campanha de conscientização.
E) Registrar acontecimentos de um local.
07) (P100962I7) Nesse texto, qual é a linguagem utilizada no trecho “... tu também tiveste a mesma ideia
de criar o personagem baseado na filha.” (ℓ. 19-20)?
A) Científica.
B) Coloquial.
C) Padrão.
D) Regional.
E) Técnica.
08) (P100961I7) Nesse texto, no trecho “... então elas vão me ensinar.” (ℓ. 26), a palavra destacada foi
escolhida para
A) expressar conclusão.
B) indicar comparação.
C) marcar tempo.
D) mostrar finalidade.
E) sugerir oposição. BL02P10
5
P1001

Leia o texto abaixo.

ANIMA MEA

E como a vida é bela e doce e amável!


Não presta o espinhal a sombra ao leito
Do pastor do rebanho vagaroso,
Melhor que as sedas do lençol noturno
Onde o pávido rei dormir não pode?
SHAKESPEARE, Henrique VI, 3ª p.

Quando nas sestas1 do verão saudoso


A sombra cai nos laranjais do vale,
Onde o vento adormece e se perfuma...
E os raios d’oiro, cintilando vivos,
Como chuva encantada se gotejam
Nas folhas do arvoredo recendente,
Parece que de afã2 dorme a natura
E as aves silenciosas se mergulham
No grato asilo da cheirosa sombra.
[...]
____________________________
1
ses·ta |é|
(latim [hora] sexta, sexta hora) substantivo feminino

1. Sono de curta duração que se dorme geralmente depois do almoço.


2. Tempo durante o qual os trabalhadores interrompem o trabalho ao almoço.
3. Hora de descanso.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em: <http://www.priberam.pt/DLPO/sesta>. Acesso em: 13 de julho de 2017.

2
Afã: (origem controversa) substantivo masculino

1. Pressa e ânsia. = SOFREGUIDÃO


2. Grande atividade ou trabalho intenso. = AZÁFAMA
3. [Figurado] Grande desejo. = ÂNSIA, APETÊNCIA
4. Sentimento de preocupação. = ANSIEDADE
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa Disponível em:<https://www.priberam.pt/dlpo/af%C3%A3>. Acesso em: 04 de agosto de 2107.
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos Vinte Anos. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000021.pdf> p. 25>.
Acesso em13 de julho de 2017. (P1017Q5SP_SUP)

09) (P1017Q5SP) Em “E as aves silenciosas se mergulham/ No grato asilo da cheirosa sombra”, a expressão
em destaque é uma
A) metonímia.
B) sinestesia.
C) aliteração.
D) assonância.
E) antítese.

10) (P1017Q6SP) O trecho do poema “Anima mea” (do latim: “Minha alma”), de Álvares de Azevedo, revela
A) uma visão sentimental do eu lírico valorizando o ambiente sombrio em que interage com a natureza.
B) a felicidade de estar próximo à natureza e poder viver toda a exuberância do cenário criado pelo poeta.
C) um desejo íntimo do eu lírico de aproximar-se das árvores que brilham com as gotas da chuva.
D) a tristeza de adormecer com a natureza que em silêncio se despede de um dia de sol.
E) uma manifestação do eu lírico quanto à beleza vibrante da vida em um ambiente natural.
BL02P10
6
P1001

Leia os textos abaixo.

Texto 1 Texto 2
A partilha Orfeu da Conceição

REGINA – Ela está com uma cara tão (Apolo olha Orfeu, levanta os ombros
tranquila... e interna-se no barracão. Ao emudecer
SELMA – É. Mas penou muito coitada... sua mãe, o músico põe-se a tocar
Eu é que sei. baixinho, em acordes nervosos.) 
5 REGINA – Você tratou de tudo? 5 ORFEU 
SELMA – Claro. Ah, minha mãe 
REGINA – (incrédula) Você mesma Minha mãe, que bobagem! e para quê 
escolheu o caixão? Ofender o meu velho, homem tão bom 
SELMA – Alguém tinha que escolher. Quanto músico, ele que me ensinou 
10 Você some, a Laurinha vive enfiada no 10 Tudo o que eu aprendi, da posição 
jornal. [...] À harmonia, e que se nada fez 
REGINA – Não estou te criticando. Não É porque fez demais, fez poesia... 
precisa ficar nervosa. CLIO 
SELMA – Vocês deviam me agradecer, Ah, que eu já estou muito chata desta
15 isso sim... [...] (anda de um lado para o 15 vida 
outro.) Você avisou a alguém? Tomara já morrer... 
REGINA – Algumas pessoas. Poucas. ORFEU 
Seus filhos não vêm? Morrer sem ver 
SELMA – O Mário tá em São Paulo. A O filho de seu filho, que vai ser 
20 Simone, você sabe como é, não quis vir e 20 O maioral dos maiorais? 
eu não insisti. CLIO (chegando-se a ele) 
REGINA – Devia ter insistido. [..] Que conversa esquisita é essa, meu
SELMA – [...] Os seus filhos onde estão? filho? 
REGINA – Num festival de surf em ORFEU (pondo-lhe as mãos nos
25 Saquarema, eu acho. 25 ombros) 
SELMA – (metra) Um programa bem mais Tão grande minha mãe, e ainda tão
interessante do que enterrar a avó. (pausa. boba! (recomeça a tocar) 
Elas se estranham um momento) [...] Minha mãezinha, eu quero me casar 
LAURA – Não chegou ninguém ainda? Com Eurídice... 
30 REGINA – Não. Aliás, eu estou achando 30 CLIO (a voz desesperada) 
isso muito esquisito. Alguma coisa deve Com Eurídice, meu filho? [...] Mas... pra
ter dado errado. Não é possível que não quê? 
apareça ninguém! Eu nunca vi nenhum ORFEU (dedilhando docemente) 
enterro em que não apareça ninguém! [...] Eu gosto dela, minha mãe; é um gosto 
35 SELMA – Eu avisei quem podia. Liguei 35 Que não me sai nunca da boca, um
pra São Paulo, mandei o comunicado pros gosto [...]
jornais e telefonei pra Maria Amélia, mas o Um gosto sem palavras, como só 
pessoal da tia Mirtes não vai poder vir. A música pode saber... 
REGINA – Então, pelo visto, só nos resta (Dedilha o violão, como à procura da
40 esperar. 40 expressão que lhe falta.)

FALABELA, Miguel. A partilha. Disponível em: <https:// MORAES, Vinicius de. Orfeu da Conceição. Disponível em:
bit.ly/33FtJ9z>. Acesso em: 28 set. 2020. Fragmento. <http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/teatro/pecas/
orfeu-da-conceicao>. Acesso em: 28 set. 2020. Fragmento.
(P100958I7_SUP)

BL03P10
7
P1001

11) (P100958I7) Uma característica do texto teatral do gênero comédia (Texto 1) que é diferente do gênero
tragédia (Texto 2) é
A) a apresentação de núcleos familiares.
B) a presença de vários conflitos.
C) a referência ao tema da morte.
D) a sugestão de sentimentos exagerados.
E) a utilização do recurso da ironia.

12) (P100960I7) No Texto 1, no trecho “Um programa bem mais interessante do que enterrar a avó.” (ℓ. 26-27),
os termos destacados foram usados para
A) estabelecer uma comparação.
B) indicar uma contraposição.
C) introduzir uma explicação.
D) marcar uma consequência.
E) sugerir uma condição.

Leia o texto abaixo.


A roceira

Minha mãe nasceu na roça,


E eu criei-me na palhoça,
Eu sou filha do sertão;
Sou delgada e sou faceira,
5 Como o leque da palmeira,
Como o ramo do chorão. [...]

Eu vagueio pelos campos,


Semelhante aos pirilampos,
As mariposas azuis...
10 Sei cantar... e canto e choro...
Sei bordar com fios d’ouro
Sei rezar na minha cruz.

Eu sei tudo quanto quero!


Sou esbelta, sou faceira,
15 Como a rama do chorão...
Minha mãe nasceu na roça,
Eu criei-me na palhoça,
Eu sou filha do sertão!

A quem amo? Não o digo;


20 Fique o segredo comigo,
Guardado no coração!
Amo os valos... amo a roça...
Eu criei-me na palhoça
Eu sou filha do sertão!
NETO, Simões Lopes. A roceira. Disponível em: <https://bit.ly/2GV0Won>. Acesso em: 2 out. 2020. Fragmento. (P100968I7_SUP)

13) (P100972I7) A linguagem que predomina nesse texto é comumente usada em


A) bate-papos virtuais.
B) entrevistas de emprego.
C) jogos de futebol.
D) reuniões de família.
E) saraus literários.
BL03P10
8
P1001

Leia novamente o texto “A roceira” para responder às questões abaixo.

14) (P100968I7) Nesse texto, no verso “Sou delgada e sou faceira,” (v. 4), o termo destacado foi usado para
A) acrescentar uma informação.
B) apresentar uma explicação.
C) indicar conclusão.
D) marcar contraste.
E) mostrar alternância.

15) (P100974I7) A qual contexto esse texto faz referência?


A) À crítica ao sistema patriarcal.
B) À denúncia dos problemas sociais.
C) À importância dos valores religiosos.
D) À representação do amor idealizado.
E) À valorização da cultura regional.

BL03P10
9
P1001

Leia os textos abaixo.

Texto 1
Diogo S.
4,5 Ótimo
Enviada em 20/08/16

Frozen traz uma cara nova para as animações da Disney. O roteiro é inteligente ao sair um
pouco daquela história clássica da princesa que sempre tem que ser salva pelo príncipe, pelo
menos na maior parte do tempo. As músicas todas funcionam e o estilo de musical que o filme
tem o torna ainda mais legal, principalmente quando toca “let it go”. Os personagens são todos
carismáticos, engraçados e ajudam a empurrar a trama. Claro que o filme não é perfeito, a
reviravolta já perto da parte final soa um pouco forçada, e o vilão não convence muito, além do
fato de que faltou mais coragem dos roteiristas para sair de vez da história clássica das princesas
da Disney, o filme ainda acaba puxando um pouco pra esse lado, mas não completamente. De
resto, o resultado é uma das melhores animações da Disney nos últimos anos.

Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-203691/criticas/espectadores/recentes/>. Acesso em: 30 out. 2017.

Texto 2
Frozen – Uma aventura congelante

[...] os criativos da Disney foram atrás de outro clássico da literatura infantil, o conto de
fadas A rainha da neve, do dinamarquês Hans Christian Andersen [...].
Desde o início desta nova aventura percebem-se os elementos clássicos de uma animação
Disney ali presentes [...].
Embora divertidíssimo, o filme não é impecável. Toda a parte de fantasia poderia ser mais
bem trabalhada e [...] o poder de Elsa é muito mal explorado. [...] Mas esses são apenas
detalhes em um roteiro que sabe cativar o público e aplicar reviravoltas como poucas vezes se
viu em uma animação voltada às famílias – sempre muito previsíveis em seus desfechos. [...]

FORLANI, Marcelo. Disponível em: <http://omelete.uol.com.br/filmes/criticas/frozen-uma-aventura-congelante/?key=83891>.


Acesso em: 30 nov. 2015. Fragmento.
(P091236H6_SUP)

16) (P091236H6) Sobre o filme “Frozen: Uma aventura congelante”, as opiniões dos autores desses textos são
A) complementares.
B) confusas.
C) contrárias.
D) erradas.

BL05P10
10
P1001

Leia o texto abaixo.


Estudo prova que cães são capazes de reconhecer expressões emocionais humanas
A máxima “o cachorro é o melhor amigo do homem” nunca foi tão verdadeira. A afirmação
é reforçada pelo estudo da bióloga Natalia de Souza Albuquerque, do Instituto de Psicologia
da Universidade de São Paulo (USP), que comprovou que esses animais conseguem
reconhecer e diferenciar expressões emocionais de raiva e alegria não somente em outros
5 cães, mas também em seres humanos. [...]
Conforme a pesquisadora, sempre existiu a suspeita de que os cachorros entendiam
as expressões humanas, mas sem comprovação científica. A desconfiança se devia à
proximidade ocasionada pela domesticação do animal, que é cada vez mais tratado como
um membro da família. “Obtivemos, com este estudo, a primeira evidência científica de que
10 essa habilidade está presente também em animais não primatas”, destaca Natalia. [...]
PERIÓDICOS. Estudo prova que cães são capazes de reconhecer expressões emocionais humanas. In: Periódicos.capes. 2016.
Disponível em: <https://bit.ly/2ZNc6CV>. Acesso em: 20 jul. 2020. Fragmento. (P070151I7_SUP)

17) (P070151I7) Nesse texto, o prefixo “des-” da palavra “desconfiança” (ℓ. 7) foi usado para
A) apontar superioridade.
B) indicar oposição.
C) mostrar repetição.
D) sugerir anterioridade.
Leia o texto abaixo.
A casa dos meus brinquedos antigos
Eu me mudei. E, por uma dessas coincidências imobiliárias, ou simplesmente por coisas
que têm que acontecer, o meu novo lar é vizinho da casa dos meus brinquedos antigos.
Ontem, percebi que eles me reconheceram, pois me olharam demoradamente pela
janela quando cheguei tarde e cansado do trabalho.
5 Agora, dá quase para apalpar a surpresa de cada um deles ao me notarem assim tão
sério, tão grande, tão opaco [...]. E talvez deduzam [...] que acabei me transformando em
mais um adulto com um arremedo1 de rosto. Quem sabe até sofram por esses, nós, seres
que jogam fora pipas, casinhas e bolas de gude – ou vidros de maionese para colocar um
pequeno peixe. É… Toda infância deveria ter um céu e um riacho à prova de esquecimentos,
10 ou exigir alarme no despertador para serem visitados.
Vejo que a casa dos meus brinquedos antigos não tem mais, nos seus espaços, a
sensação de que irmãos e amigos vão chegar a qualquer momento e espocar2 sorrisos
e assovios. Suas brincadeiras e pantomimas3, adubos imprescindíveis para qualquer
estágio da vida, devem ter ficado de vez nas fotos amareladas de álbuns perdidos e jamais
15 reclamados, ou regularmente encaixotados. [...]
Por isso, muito menos há indícios de que os meus brinquedos antigos possam vir a
pertencer ao meu mundo atual. [...] Casas de adultos não brilham o bastante para guardar
um jogo de queimada, nem para continuar pulsando a lembrança do primeiro toque na mão
de uma garota [...].
20 Certos de não haver resquícios de criança nos meus olhos, os meus brinquedos antigos
recolhem-se calmamente, sem interesse qualquer pelos lugares por onde tenho andado.
*Vocabulário:
1
arremedo: imitação, cópia.
2
espocar: soar como um estouro, pipocar.
3
pantomimas: mímicas.
BERNARDES, Carlos Edu. A casa dos meus brinquedos antigos. In: Jornal opção. 2014. Disponível em: <https://bit.ly/3hfVIko>.
Acesso em: 10 ago. 2020. Fragmento. (P080299I7_SUP)

18) (P080301I7) Qual trecho desse texto apresenta uma ideia de tempo?
A) “Agora, dá quase para apalpar a surpresa...”. (ℓ. 5)
B) “Quem sabe até sofram por esses,...”. (ℓ. 7)
C) “Casas de adultos não brilham o bastante...”. (ℓ. 17)
D) “Certos de não haver resquícios...”. (ℓ. 20) BL05P10
11
P1001

Leia o texto abaixo.

Cães realmente entendem quando estamos falando com eles?

Quem tem cachorro em casa sabe bem que, além de adoráveis e companheiros, eles
são ótimos ouvintes. Mas será que os cães realmente sabem quando estamos falando com
eles? Um estudo húngaro conseguiu provar que, quando os humanos falam de forma direta
com os cães, eles são capazes de prestar atenção.
5 A pesquisa acompanhou 16 cães adultos que foram dispostos numa sala de modo a
assistir a um vídeo no qual um ator falava sobre dois vasos de flores que estavam ao seu
lado. Enquanto os cachorros assistiam ao vídeo, uma câmera gravava os movimentos dos
olhos dos animaizinhos para saber se eles eram capazes de seguir o homem quando ele
se virava para um dos vasos.
10 Num dos momentos do vídeo, o ator cumprimentou a plateia canina com um “Oi, cão”
bem animado, dito de forma direta e com voz mais aguda. Num segundo momento, os
cumprimentos foram feitos de forma menos direta, em voz baixa e com pouco contato visual.
Ao final das observações, os pesquisadores sugeriram que os cachorros têm um tipo de
inteligência social similar a bebês de um a dois anos de idade. Isso porque os cães, assim
15 como os bebês, só conseguem prestar atenção quando o contato é feito de modo direto, ao
estilo olhos nos olhos. A pesquisa sugeriu, ainda, que nossos melhores amigos são providos
de sensibilidade precoce, capazes de sentir quando o ser humano quer compartilhar uma
informação. [...]
Disponível em: <http://zip.net/bmtj26>. Acesso em: 23 maio 2016. Fragmento. (SUP0888)

19) (P090388I7) Qual é a informação principal desse texto?


A) A comparação da inteligência social dos cachorros com a dos bebês que têm de um a dois anos de idade.
B) A comprovação de que os cães prestam atenção quando os humanos falam com eles de forma direta.
C) A interação da plateia canina com o ator que falava sobre dois vasos de flores durante a gravação de um vídeo.
D) A quantidade de cães adultos que participaram da pesquisa sobre a capacidade de atenção dos cães.

Leia o texto abaixo.

O pôr do sol

Publicado por ebcoucinheira às 23:12

Estava eu na praia vendo as gaivotas voando e deslizando no ar. Mas uma gaivota não estava
no ar. Estava vendo o pôr do sol. Estava tão só…
As gaivotas eram magníficas. O sol era tão bonito e tão luminoso, que o céu ficava laranja. O
navio era tão vermelho e preto, que deixava as pessoas todas maravilhadas com a sua beleza.
Mas o pôr do sol parecia muito cansado. Até que veio a lua.
Eu adorei a praia, mas o que eu mais gostei foi o pôr do sol.
Disponível em: <http://ebcoucinheira.blogs.sapo.pt/40724.html>. Acesso em: 7 jul. 2016. (SUP1002)

20) (P080280I7) Nesse texto, em qual trecho há uma marca de opinião?


A) “Estava vendo o pôr do sol.”.
B) “Estava tão só...”.
C) “As gaivotas eram magníficas.”.
D) “Até que veio a lua.”.

BL05P10
12
P1001

Leia o texto abaixo.

INCÊNDIO ATINGE PRÉDIO DA APPLE NA CALIFÓRNIA

Um incêndio atingiu um prédio da Apple em Cupertino, na Califórnia, na noite de terça-feira. Mais


de 60 bombeiros trabalharam para controlar o fogo em cerca de três horas, mas permaneceram
no local até a manhã de quarta. O incêndio não deixou nenhum ferido, mas ainda não se sabe o
prejuízo causado.
O fogo teria acontecido numa instalação de desenvolvimento e pesquisa que estaria em obras.
O chefe dos bombeiros de Santa Clara acredita que o incêndio tenha sido um acidente causado
por um problema elétrico ou escapamento de gás.
(O Globo Online, 13.08.2008. Disponível em: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/08/13/incendio_atinge_predio_da_apple_na_
california-547727968.asp. Acessado em 15.08.2008) (2010_LPT_EF8_H08_0041_SUP)

21) (2010_LPT_EF8_H08_0041) A ideia central da notícia publicada no jornal O Globo é


A) a ocorrência de um incêndio em um edifício da Apple, na Califórnia.
B) a dificuldade de controle dos incêndios causados por problemas elétricos.
C) o controle do fogo efetuado por mais de sessenta bombeiros.
D) o prejuízo da Apple em razão de um incêndio.

Leia o texto abaixo.

SALTOS DA IMAGINAÇÃO

Se um pesquisador, com seu respeitável jaleco branco, supostamente injeta hormônio de


crescimento numa pessoa, é muito mais provável que a pessoa acredite ter recebido hormônio se
for homem. O endocrinologista Ken Ho, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, fez
esse experimento com homens e mulheres e pediu que participassem de um teste de salto. Mesmo
que tivessem recebido uma injeção inócua os homens pulavam mais alto, comentou Ho durante o
congresso de endocrinologia em junho, nos Estados Unidos. Para ele, os resultados indicam que
muitos dos feitos esportivos se devem mais à mente do que ao corpo (Science News).
(Revista Pesquisa Fapesp. Disponível em: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4928&bd=2&pg=1&lg=. Acesso: agosto de 2008)
(2010_LPT_EF6_H04_0135_SUP)

22) (2010_LPT_EF6_H04_0135) Em “Mesmo que tivessem recebido uma injeção inócua (...)” o termo destacado
significa
A) sem cheiro.
B) sem risco.
C) sem efeito.
D) sem cor.

BL09P10
13
P1001

Leia o texto abaixo.


RECEITA DE PÃO
É coisa muito antiga
o ofício do pão
primeiro misture o fermento
com água morna e açúcar
e deixe crescer ao sol
depois numa vasilha
derrame a farinha e o sal
óleo de girassol manjericão
adicionado o fermento
vá dando o ponto com calma
água morna e farinha
mas o pão tem seus mistérios
na sua feitura há que entrar
um pouco da alma do que é etéreo
então estique a massa
enrole numa trança
e deixe que descanse
que o tempo faça a sua dança
asse em forno forte
até que o perfume do pão
se espalhe pela casa e pela vida
(Roseana Murray. Receita de pão. In: A bailarina e outros poemas. São Paulo: FTD) (2010_LPT_EF8_H31_0319_SUP)
23) (2010_LPT_EF8_H31_0319) Prosopopeia ou personificação é a figura de linguagem que consiste na atribuição
de características humanas a seres inanimados. Assinale a alternativa em que ocorre essa figura.
A) “que o tempo faça a sua dança”.
B) “primeiro misture o fermento”.
C) “então estique a massa”.
D) “asse em forno forte”.
Leia o texto abaixo.
Umberto Eco: “O excesso de informação provoca amnésia”
Luís Antônio Giron, de Milão
ÉPOCA – O senhor acha que, com a popularização do livro digital, o livro em papel ainda tem sentido?
Eco – Sou colecionador de livros. O livro ainda é o meio ideal para aprender. Não precisa
de eletricidade, e você pode riscar à vontade. Eu achava impossível ler textos no monitor do
computador. Mas isso faz dois anos. Em minha viagem pelos Estados Unidos, precisava carregar
20 livros comigo, e meu braço não me ajudava. Por isso, resolvi comprar um iPad. Foi útil na
questão do transporte dos volumes. Comecei a ler no aparelho e não achei tão mau. Aliás, achei
ótimo. E passei a ler livros digitais, você acredita?
ÉPOCA – Apesar dessas melhorias, o senhor ainda vê a internet como um perigo para o saber?
Eco – A internet não seleciona a informação. Há de tudo por lá. Outro dia publicaram fofocas a
meu respeito, e tive de me defender e corrigir os erros e absurdos. A internet ainda é um mundo
selvagem e perigoso. Tudo surge lá sem hierarquia. A imensa quantidade de coisas que circula é pior
que a falta de informação. O excesso de informação provoca a amnésia. Informação demais faz mal.
(Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/umberto-eco-o-excesso-de-informacao-provoca-amnesia.html>.
Acessado em 20.06.2012. Adaptado) (2012_LPT_EF9_H06_030_SUP)

24) (2012_LPT_EF9_H06_030) Umberto Eco passou a ler livros digitais quando


A) começou a colecionar livros.
B) resolveu comprar um iPad.
C) teve de defender-se de fofocas na internet.
D) percebeu que informação demais faz mal.
BL09P10
14
P1001

Leia o texto abaixo.

Um dos processos de formação de palavras é a derivação. Há um tipo de derivação chamado


derivação regressiva, que consiste na redução da palavra primitiva, originando novo vocábulo.
Exemplos: corte (cortar), sobra (sobrar).
(Hildebrando A. de André. Gramática Ilustrada. São Paulo: Moderna, 1990) (2012_LPT_EF8_H27_0163_SUP)

25) (2012_LPT_EF8_H27_0163) Com base na definição, assinale a alternativa em que os dois vocábulos sejam
formados pelo referido processo.
A) clima / combate.
B) bolso / mergulho.
C) emblema / abrigo.
D) atraso / renúncia.

Leia o texto abaixo.

ÁGUA TEM GOSTO?

Especialistas conseguem detectar até 20 variantes de sabor da água. A classificação vai de


notas florais a gosto de vegetação, terra e até peixe. Mas são variações mínimas, dentro do
permitido, que só alguém treinado percebe. “É um parâmetro que usamos para qualificar, mas
eu já bebi a água de diferentes sistemas (onde ela é captada) e não percebi mudança no gosto”,
diz Marcelo Morgado, assessor de meio ambiente da Sabesp. Por falar em sistemas de água, a
da torneira, por lei, é potável. Mas, na prática, é preciso checar caixa d’água, encanamento e o
serviço de abastecimento antes de sair bebendo por aí.
(Raphael Soeiro. Revista Superinteressante, outubro de 2012) (2012_LPT_EF9_H14_009_SUP)

26) (2012_LPT_EF9_H14_009) No trecho “Mas, na prática...” a expressão em destaque traduz, em relação ao


fato enunciado na oração anterior, uma ideia de
A) adição.
B) oposição.
C) causalidade.
D) temporalidade.

BL09P10
15

Você também pode gostar