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UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 1
AS CRISES DO FEUDALISMO:
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES

DE1
A
ID
UN

1
TE M A

AS CRISES DO
FEUDALISMO: FOME,
EPIDEMIA E REBELIÕES
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 1
AS CRISES DO FEUDALISMO:
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES

As crises do feudalismo no século XIV


A fome

Queda das
colheitas
Aumento populacional e
de
rendimentos
dos senhores
Produção e camponeses Fome da
agrícola populaçã
insuficient o
e europeia

Cultivo de solos
pouco férteis e Aumento do
destruição das preço dos
plantações por alimentos
fortes chuvas
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 1
AS CRISES DO FEUDALISMO:
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES

A epidemia de peste negra


• Vinda da Ásia central, a peste negra chegou à Europa pelos portos do Mediterrâneo por
volta de 1347, em embarcações infestadas de ratos.
• Abactéria da doença foi transmitida por pulgas quepicavam os ratos e então os seres
humanos, e também de umser humano para outro, através da tosse e do espirro.
• Desnutrida pela escassez agrícola e vivendo em péssimas condições sanitárias, a
população europeia foi gravemente afetada. Estima-se que, entre 1348 e 1351, maisde
umterço dela tenha morrido.
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 1
AS CRISES DO FEUDALISMO:
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES

A EXPANSÃO DA PESTE NEGRA


NA EUROPA (1347-1351)

MARCUS
PENNA
N
NO NE
O L
Fonte: Britannica Kids. The Black Death. SO SE
Encyclopædia Britannica 2012. Disponível em S

<http://mod.lk/ofkMH>. Acesso e m 18 jan. 2018. 250 km


UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 1
AS CRISES DO FEUDALISMO:
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES

O medo da morte na Idade Média


Na pintura Na literatura
LIBRARY/ KEYSTONE BRASIL - MUSEU

ESTONIA, TALLINN
DE ARTE DA
THE BRIDGEMAN ART

MUSEU ASHMOLEAN, UNIVERSIDADE DE


BRIDGEMAN IMAGES/KEYSTONE BRASIL -
Detalhe de gravura
de Ars Moriendi
representando a

OXFORD
tentação da
Detalhe de Dança macabra, avareza na hora da
pintura de Bernt Notke, século morte, século XV.
XV.
Amorte era representada na figura de esqueletos que OArs Moriendi (“a arte de morrer”)
dançavam, cobertos por um manto, liderando indivíduos foi umgênero literário cujos textos
dos mais variados segmentos sociais. Nessas ensinavam aos cristãos os preparativos para
representações, as diferentes camadas sociais da Europa uma boa morte, davam conselhos para evitar as
medieval apareciam, enfim, igualadas no tentações no leito de morte, regras gerais de boa
final da vida. conduta a amigos e parentes do agonizante e preces
apropriadas à situação.
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HISTÓRIA TEMA 1
AS CRISES DO FEUDALISMO:
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES

Revoltas populares do século XIV

Local Período Revoltosos Motivação Desfecho

Jacqueries motivadas
Repressão
pela cobrança de
que ocasionou
França Década de 1350 Camponeses altos tributos pelos
a morte de
senhores, pela crise
mais de 20
de fome e contra o
mil
poder da nobreza.
camponeses.

Concorrência das
oficinas artesanais
Entre 1323 e Trabalhadore formadas por Derrota
Flandres trabalhadores
1328 s urbanos dos
rurais e a revoltosos.
consequente
redução de seu
salário.

Inglaterra Trabalhadores do Cobrança de Massacre


1381
campo e da novo sobre os
cidade imposto. rebeldes.
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 2 O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA

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2
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O PROCESSO DE
CENTRALIZAÇÃO
POLÍTICA NA EUROPA
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 2 O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA

A centralização monárquica e o Estado moderno


Apoio da burguesia
Interessada no fim das restrições Surgimento do
impostas pelos senhores feudais para Estado moderno
transportar e negociar mercadorias Caracterizado pela
entre as cidades. Centralização do existência de um mesmo
poder povo, que compartilha
monárquico uma única língua, vive
Imposição
dos reis sobre da autoridade
determinados territórios; em ummesmo território
Apoio de parte da unificação da moeda, das leis e dos defendido por um
nobreza Desejosa de manter impostos. Exército eé governado
seus privilégios após ter se por um monarca
enfraquecido com as Cruzadas e as soberano.
fugas dos servos para as cidades. Ocorreu aolongo do tempo, apesar da
oposição da maior parte dos senhores
feudais, que temiam perder seu poder, e
da Igreja, que receava que os reis se
tornassem politicamente mais fortes que
o papa.
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HISTÓRIA TEMA 2 O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA

A formação dos reinos ibéricos

Reino de Portugal
(1139)
Afonso Henriques, filho
Domínio dos
de
árabes
Henrique de Borgonha,
muçulmanos sobre
proclamou-se rei de
a Península
Form o dos Portugal e inaugurou a
Ibérica Os cristãos açã ricos e primeira dinastia
iniciam as reinos entre portuguesa.
guerras de ibé as s
Reconquista pela alianças reais
Península Reino da Espanha
famíl (1492)
Ibérica ia Formado a partir do casamento
Disputas entre
entre os monarcas Fernando de
os muçulmanos
Aragão e Isabel de Castela, em
e influência
1469, e consolidado após a queda
das Cruzadas
do Emirado de Granada, em
1492.
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HISTÓRIA TEMA 2 O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA

A monarquia francesa

Medidas de centralização
da dinastia capetíngia
(A partir do século XII)
• Criação de impostos.
• Confisco de feudos.
• Formação de exército assalariado.
• Taxação sobre os bens da Igreja.
Aliança entre os
Enfraquecime Consolidação
nobres
nto da do poder
franceses e os
francesa
nobreza real francês
reis da dinastia
Vitória francesa na Valois
Guerra dos Cem Anos
(1337-1453)
Disputada contra a Inglaterra pela sucessão do
trono francês e pelo controle da região de
Flandres, importante centro produtor de tecidos.
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HISTÓRIA TEMA 2 O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA

Centralização monárquica na Inglaterra

Medidas de Embora o poder real Assinatura da Magna Carta


Guilherme, o tenha se fortalecido, os (1215)
Conquistador monarcas ingleses Orei João Sem Terra assinou uma
(século XII) continuaram a espécie de Constituição que
• Confisco de terras da população. lutar para manter a reconhecia a autoridade real, mas
autoridade real sobre os obrigava o monarca a respeitar a
• Criação de 5 milfeudos, administrados senhores feudais nos lei, favorecendo nobres, clérigos e
por vassalos quedeviam fidelidade ao séculos seguintes. burgueses.
rei.
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HISTÓRIA TEMA 3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

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CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA
PRÉ-COLOMBIANA
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

A diversidade
cultural na América
• Antes da chegada dos europeus à América, havia no continente uma
grande diversidade cultural de povos e diferentes formas de
organização política.
• Quandoo Reino da Espanha se formou, por exemplo, já havia naAmérica
grandes impérios, como o asteca e o inca.
• Havia também cidades-Estado maias e pequenos Estados
independentes, como o mixteca, alémde comunidades
tradicionais, como as que habitavam o território brasileiro.
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HISTÓRIA TEMA 3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

POVOS DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA (C. 900-1520)


Culturas da América do Norte
Anasazi (700 a 1500)
Fremont (400 a 1300)
Hohokam (300 a 1450)
Mississípi (a parti r de
750) Mogollon (250 a 1350)
N
NO NE
GOLFO Patayan (Hakataya) (a parti r de 700) O L
D O MÉXICO
Texcoco Pueblos (700 a 1300) SO SE
TR ÓP I C O D E C Â N C E R Castillo de S
Tlacopan Teayo
Tizatlán Mayapán
660 km
O CEANO Cholula Tulum
Ihuatzio Xicalango
Tenochtitlán
M it la ZaachilaUtatlán MAR DAS ANTILHAS
PACÍFICO OC EANO
Culturas mesoamericanas
Estados zapotecas (1400 a.C. a 700 d.C.) ATLÂNTICO
FERNANDO JOSÉ

Maias (250 a 1000)


Astecas (1300 a 1520)
FERREIRA

EQ UA D O R

Império Tolteca (1000 a 1200) Quito
Túmbez R. Fontes: VICE N TIN O,
A m a z o n as
Culturas andinas MOCHICA
Cajamarca Cláudio. Atlas histórico:
CHIMU
Culturas pré-incas geral e do Brasil. São
Império de Tiahuanaco (375 a 1000) Caral
Supe
CHUARI
h av i n d e Hu a n t a r
Machu Picchu
Paulo: Scipione, 2011. p.
Império Chimu (1200 a 1470) PA R AC A Cuzco
L. Titicaca 52; SOLIS, Felipe.
Pachacamac NAZCA Tiahuanaco Posclásico tardío
Cultura Inca (1200 a 1500) TIAHUANACO
(1200/1300-1521 d.C.).
Povos e culturas do Brasil pré-cabralino TR ÓP I C O D E C A P R I C Ó R N I O
Tiem po mesoamericano
Tronco Tupi Família (2500 a.C.-1521 d.C.).
Pano Arqueología Mexicana.
Tronco Macro-Jê Família Edición especial.
Tukano México (DF):
Nacional de Antropología e
Família Caraíba Grupo 80° L
Raíces/Insti
Historia, 2001. p.tuto
65.
Charrua
Família Aruaque Outros
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HISTÓRIA TEMA 3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

O mundo dos maias


• Acivilização maia se desenvolveu na Mesoamérica e atingiu o auge entre 250 e 900 d.C.
• Seu declínio ocorreu possivelmentepor causa de epidemias, guerras, invasões, uma longa estiagem ou o
esgotamento do solo.

Viviam em cidades-Estado governadas por um Praticavam o comércio entre cidades, porém


chefe hereditário, que exercia as funções sua economia era agrícola. As elites tinham a
políticas e religiosas com o apoio de líderes posse das terras, queeram cultivadas por
tribais, nobres guerreiros e sacerdotes. camponeses. Seu principal produto era o
milho.
Os
povos
maias
Seus sacerdotes também eram Criaram três calendários, que
matemáticos e astrônomos. utilizavam simultaneamente
Realizavam cálculosprecisos e viam a para estabelecer a época propícia para o
movimentação dos astros comouma preparo do campo, a semeadura e
manifestação da vontade divina. a colheita.
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HISTÓRIA TEMA 3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

O grande Império Asteca


• Por volta do século XII, os astecas chegaram à região do Lago Texcoco e conquistaram cidades e povos vizinhos,
formando um império que chegou a 25 milhões de pessoas no século XVI.
• Acapital Tenochtitlán foi enriquecida com os tributos pagos pelos diferentes povos do império. No
século XVI, estima-se que a cidade tivesse cerca de 300 mil habitantes.

Eram governados por uma aristocracia militar e Praticavam a agricultura, base de sua economia,
sacerdotal, no centro da qual estava o imperador. alémde domesticar animais. Eram artesãos
Camponeses lhe serviam como soldados e refinados: confeccionavam peças em ouro, prata,
construtores de diques, pirâmides e outras cerâmica e pedras preciosas, alémde tecidos de
obras. algodão e mosaicosde plumas.

Os
Ergueram Tenochtitlán em meio a umlago astecas
salgado. Para viver no local, construíram Seusescribas produziram os códices, conjuntos
barragens e diques para controlar o nível da de desenhos e escritos que representavam a
água e canteiros flutuantes (chinampas), história dos astecas, de suas conquistas territoriais
nos quais cultivavam flores e hortaliças. e eventos relacionados à vida cotidiana.
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HISTÓRIA TEMA 3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

O império dos incas


• Acredita-se que os incas chegaram à região de Cuzco no final do século XIII. Lá iniciaram a construção de
umgrande império, chamado Tahuantinsuyo.
• As terras do Império Inca abrigavam cerca de 7 milhões de pessoas, de mais de cem grupos étnicos distintos.

Viviam em comunidades familiares Construíam terraços em forma de degraus para


(ayllus) chefiadas pelos kurakas, que praticar a agricultura nas montanhas e
garantiam a segurança, organizavam o trabalho fabricavam os quipus, cordões nos quais
e cobravam tributos dos camponeses naforma faziam nós para registrar números e dados sobre
de serviços prestados (mita). a população e as finanças do império.

Os
incas Falavam o quéchua, umdos idiomas oficiais
Eram liderados pelo imperador (Sapa do Peru, faladoatualmente por cerca de 12
Inca), visto como representante sagrado do milhões de indígenas. Na região andina, muitas
Sol, que contava com funcionários comunidades camponesas ainda mantêm rituais
administrativos vindos de famílias nobres. e crenças religiosas incas.
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HISTÓRIA TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA

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REINOS E IMPÉRIOS NA
ÁFRICA
SUBSAARIANA
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA
TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA
SUBSAARIANA

Sociedades sahelianas
REINOS E IMPÉRIOS DO
• AÁfrica, assim como a América pré-colombiana, foi SAHEL (SÉCULOS X-XVI)

território de diversas civilizações e diferentes organizações Fez M


AR
M E DI T
E R R Â NE O

políticas.

FERNANDO JOSÉ
• Ocontinente abrigou uma variedade de sociedades: nômades e

M
o

AR
Ta o d e n i SONGHAI

FERREIRA
Ri o Ni l

VE
BORNU

RM
sedentárias; Estados centralizados e comunidades aldeãs; povos MALI Bilma

EL
Ri o
Sen eg G A N A Timbuctu

HO
al
Ri o G â m b
Djenné

Ri
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de religiões tradicionais e monoteístas.

o

ge
ETIÓPIA

r
• OSahel é uma região situada imediatamente ao sul do Deserto

ME RID I AN O D E G R EENW ICH


C o ng
EQ UA D O R Ri o o
N 0º

do Saara e habitada por diferentes povos pastores e comerciantes. NO


O
NE
L O C EA N O

Entre os séculos VIII e XVI, desenvolveram-se nela diversos SO


S
790 km
SE OCEANO
ATLÂNTICO
ÍNDICO

reinos e
cidades mercantis. Divisão políti ca atual

• Essesreinos tiveram origemna atividade do comércio de longa Império de


Gana Império
do Mali Região
distância de artigos como ouro, noz-de-cola, marfim e peles, do Sahel
Deserto do Saara
alémde escravos. Áreas de infl uência
Fontes:
islâmica
SILVA, Alberto da Costa e. A enxada
Aatividade era praticada sobretudo com os árabes e a lança: a Á frica antes dos portugueses. 2.
Impérios o u reinos
ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. p.
vindos do norte da África. 297; HERNANDEZ, Leila M . G. Leite. A África
na sala de aula: visita à Á frica
contemporâ nea. Sã o
Paulo: Selo Negro, 2005. p. 41.
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HISTÓRIA TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA

O Reino de Gana
• Omais antigo do Sahel, o Reino de Gana seestabeleceu por volta do ano 300.
• Foi nomeado pelos árabes como “terra do ouro” devido a suas ricas zonas auríferas.
• Acidade de Kumbi Saleh foi seu principal centro comercial e atingiu seu esplendorpor volta dos séculos XIII e XIV.

Fortalecimento do
Formação do Império
poder do rei
Chegada do islã de Gana
(gana)
(c. século XI) • O islã se tornou religião do
• Conversão de intelectuais e
Crescimento do islamismo após Estado, mesmo sem a
membros da corte real ao islã.
contato com líderes religiosose conversão do gana.
mercadores árabes vindos do • Aglutinação de diferentes
• Apesar da nova religião, crenças e
norte. povos, como tuaregues,
rituais tradicionais foram
malinquês, fulas, tuculorese
mantidos.
soninquês.
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA

O Império do Mali

AYSE TOPBAS/GETTY
• Entre os séculos XIII e XVI, floresceu no Mercado a céu aberto diante
Sahel o Império do Mali. da Grande Mesquita de

IMAGES
Djenné, no Mali atual. Foto de
• A princípio, o Mali foi uma região do 2012.
Império de Gana. Era habitado pelos
malinquês (mandingas), que falavam a
mesma língua de Gana e também
adotaram a cultura e a religião islâmicas.
• Seus governantes recebiam o título de
mansa, e seu poder era mantido por meio
do controle do comércio de
caravanas e da cobrança de taxas sobre
produtos como ouro, sal, escravos, marfim
e noz-de-cola.
• Os súditos viviam em casebres de barro nos
vilarejos, onde plantavam, criavam animais,
pescavam, teciam e produziam objetos artesanais,
como cestas e potes.
UNIDADE 1 A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNO

HISTÓRIA TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA

A expansão do império: Timbuctu e Djenné

• Mansa Musa foi o rei responsável por


BIBLIOTECA NACIONAL DA FRANÇA, PARIS

organizar o Império do Mali em províncias,


estreitar os laços com o
Egitoe aumentar a extensão do reino.
• As cidades de Timbuctu e Djenné foram
incorporadas ao império no século XIII. Sob o
governo de Musa, transformaram-
-se em grandes centros cosmopolitas,
onde foram construídos prédios públicos e
mesquitas.
• Em Timbuctu, encontravam-se intelectuais e
estudiosos do mundo árabe. Nas universidades da
cidade ensinava-se lógica, astronomia, caligrafia
árabe, matemática e história, além dos
Detalhe de Atlas catalão de Abraham Cresques, de fundamentos do islã por meio do estudo do
1375. Na imagem, Mansa Musa erguendo uma pepita Alcorão.
de ouro sobre a cidade de Timbuctu.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 1 O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO

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TE M A

O HUMANISMO: UMA
NOVA VISÃO DE MUNDO
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 1 O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO

Renascimento: um novo modo de pensar

Predomínio do
Transformaçõ
pensamento religioso Renascimento
es na
durante a Idade
Europa
Média

• Na Idade Média, o conhecimento Desde o século XI, mudanças como


Ahistória, a filosofia, a literatura,
era dirigido pelo clero católico, que a urbanização, a expansão do
a retórica e a matemática
entendia o mundo a partir da fé e comércio e o enriquecimento da
passaram a ser valorizadas na
da religião. burguesia propiciaram o surgimento
educação.
denovas ideias, que não
• Escolástica: conciliação entre fé Para se diferenciar do período
correspondiam mais à visão de
e razão; entretanto, ainda se medieval, artistas e intelectuais se
mundo divulgada pelos clérigos
priorizavam as Escrituras. inspiraram na Antiguidade
medievais.
clássica.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 1 O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO

Por que Renascimento?

Otermo sugeria a ideia equivocada de que


Na realidade, estudos mostram que, nesse
a Idade Média teria sido umperíodo de
período, a cultura greco-romanacontinuou
atraso cultural
presente na literatura, nas teorias políticas,
e intelectual, durante o qual o conhecimento da
na educação, na filosofia etc.
Antiguidade clássica teria desaparecido.

“Renascimento”

Na realidade, apesar de terem criado um


estilo artístico inspirado na Antiguidade, os
Otermo fazia crer que a expressão cultural renascentistas expressaram valores típicos
da Antiguidade clássica pudesse ser retomada de
fora de seu tempo e em outro contexto sua época, como apermanência das ideias
histórico. religiosas eas transformações sociais e
culturais do final da Idade Média.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 1 O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO

O humanismo
• Ohumanismo foi ummovimento intelectual do Renascimento que surgiu nos centros urbanos mais
desenvolvidos da Península Itálica.

Buscava obter conhecimento sobre o ser Defendia o antropocentrismo,


humano e anatureza através da ou seja, a ideia deque o ser
investigação, humano deveria ser visto como o
da observação e da crítica, centro do Universo, no lugar de Deus
valorizando a razão e o (teocentrismo), como feito até
raciocínio lógico. então.

O pensamento
humanista

Mantinha a religião cristã, mas


Estava associado aos novos valores
defendia a investigação e a reflexão
próprios da burguesia, como a
racional por acreditar que a razão não
liberdade do indivíduo na sociedade e
deveria estar
a capacidade de
a serviço da fé, mas ser uma
agir do ser humano.
categoria livre.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES

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2
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O RENASCIMENTO NAS
CIÊNCIAS E NAS
ARTES
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES

O espírito científico renascentista


• Os fenômenos da natureza passaram a ser estudados por meio da

NICOLAU COPÉRNICO - BIBLIOTECA BRITÂNICA, LONDRES


observação e da experimentação, em
vez de serem vistos como manifestações da vontade divina. Por
isso, muitos pensadores sofreram pressões da Igreja para
abandonar seus estudos.
• Galileu Galilei, por exemplo, foi condenado por defendera teoria
heliocêntrica de Nicolau Copérnico, que afirmava que a
Terra orbitava em torno do Sol, no lugar da antiga crença
geocêntrica. Para sobreviver, o astrônomo italiano teve que
Sistema cosmológico concebido por
renunciar a suas ideias. Copérnico, retirado da obra Atlas
• Os humanistas valorizavam a precisão, o método e o rigor. celestial ou a harmonia do Universo,
Comisso, criaram inovações técnicas e 1660.

realizaramdiversos tipos de descobertas científicas, desde a


movimentação elíptica dos planetas até o funcionamento da circulação
sanguínea em nosso corpo.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES

A difusão de novas ideias

Em 1450, Johannes
Gutenbergdesenvolveu a
prensa de caracteres,
agilizando a reprodução de
Escrita manual livros, barateando os custos e
• Até meados do século XV,os aumentando a produtividade.
livros eram escritos à mão por
monges copistas, um processo
Difusão das
limitado e custoso.
ideias
• Os livros eram guardados nas humanistas
bibliotecas dos mosteiros, limitando pela
Durante o Renascimento, foram
o conhecimento Europa
criados academias e liceus
areligiosos, alguns poucos
laicos, fora do controle da
intelectuais e aristocratas.
Igreja, onde se estudava grego
elatim e desenvolvia-se um
conhecimento investigativo,
reflexivo e crítico.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES

Península Itálica: berço da nova arte


Burgueses prósperos e
orgulhosos buscavam expressar seu
poder, exibir sua riqueza e imortalizar
sua figura nas
sociedades italianas.

Italianos influentes investiram Além de famílias burguesas, como os


Enriquecimento da no trabalho de pintores, Médici de Florença, papas como
burguesia italiana com escultores e arquitetos e Júlio II investiram nas artes para
as atividades comerciais e tornaram-se mecenas: reforçar o poder da Igreja e
bancárias no fim do século protetores e conquistar a admiração dos fiéis.
XIV. patrocinadores de artistas.

Sem esse patrocínio, artistas como


Botticelli e Michelangelo talvez não
tivessem marcado
a história da arte com suas
pinturas e esculturas.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES

A arte renascentista e suas inovações


• Os renascentistas representaram expressões, sentimentos

GALERIA DOS OFÍCIOS, FLORENÇA


e figuras humanas; a natureza; temas da mitologia
greco-
-romana; personagens e episódios bíblicos;
alémde fazer retratos encomendados.
• “Cientistas das artes”: os artistas
procuraram recriar a realidade com perfeição e
beleza, utilizando inovações como a perspectiva
(impressão de profundidade) e a técnica de luz e
sombra.
• Universalismo: busca pelo conhecimento em
todas as áreas do saber.
• Principais nomes: Giottodi Bondone
(precursor), Brunelleschi, Donatello,
Botticelli, Michelangelo, Rafael,
Leonardo da Vinci e Ticiano. D
e
pintura de Sandro Botticelli, c.
t1485.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 2 O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES

O Renascimento no norte da Europa


• No século XV,enquanto o Renascimento estava no augena
Península Itálica, começaram a ocorrer também transformações
MUSEU DO LOUVRE,

na arte do norte da Europa.


• Nessa região, houve ummenor interesse em retratar temas da
PARIS

cultura greco-romana; os artistas se preocuparam mais em


representar plantas, animais e a anatomia humana.
• Jan van Eyck (1390-1441): produziu obras que
impressionam pelo realismo e pela riqueza de detalhes.
• Albrecht Dürer (1471-1528): dedicou-se ao estudo
de novas técnicas(perspectiva, anatomia e
arquitetura clássica), aproximando-se da arte italiana.

Detalhe de Autorretrato,
pintura de Albrecht Dürer,
1493.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 3
A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE

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3
TE M A

A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO
NA CRISTANDADE
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 3
A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE

A crise religiosa
Fortalecimento do poder dos
reis, que passaram a
rivalizar com o poder do
papa
Choque entre a condenação do Reforma
lucro pela Igreja e os Protestante Origem de
interesses econômicos da novas igrejas cristãs.
burguesia

Críticas à instituição da Igreja


Desvirtuação dos valores cristãos por boa parte do clero
• Usufruto de riquezas, luxo e ostentação.
• Descasona condução dos cultose ritos.
• Desrespeitoàs regras religiosas.
• Venda da simonia: bênçãos, favores, objetos sagrados e cargos
eclesiásticos.
• Venda de indulgências: remissão das penitências pelos
pecados.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 3
A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE

Lutero e o início da Reforma

Em 1517, o monge Martinho Depoisde debates teológicos


Lutero manteve suas críticas à
Lutero apresentou em entre Lutero e
Igreja e queimou a bulapapal
Wittenberg suas 95 teses, sábios da Igreja, em 1520
em público, rompendo
condenando o comportamento do o monge foi ameaçado de
definitivamente com a Igreja.
clero e a vendade indulgências. excomunhão através de uma
bula papal.

Principais pontos da Confissão de Augsburgo


Lutero iniciou sua reforma e
• Salvação pela fé.
formalizou os princípios de sua
• Livre-interpretação da Bíblia. doutrina na Confissão de
• Abolição do celibato clerical e dos sacramentos (comexceção do batismo e da Augsburgo, documento
eucaristia). datado de 1530.
• Substituição do latim pelo idioma nacional nos cultos.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 3
A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE

Calvino e seus seguidores

Comajuda da prensa de Em 1536,Calvino se refugiou na


Ofrancês João Calvino
Gutenberg, a difusão Suíça, onde criou sua própria
se converteu ao protestantismo e
das ideias luteranas originou doutrina, baseada na
passou a sofrer perseguições.
novosmovimentos reformistas. predestinação divina.

Após sua morte, a doutrina


calvinista foi interpretada por
Essa visão da riqueza
seus seguidores, que viram a
trouxe ao calvinismo
riqueza e a prosperidade como
grande apoio da burguesia
sinais da graça
europeia.
de Deus.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 3
A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE

A Igreja Anglicana
• Na Inglaterra, a ruptura religiosa teve caráter essencialmente político.
• Motivação: conflito de interesses entre a monarquia inglesa e o clero católico, além da
insatisfação dos ingleses com a cobrança do dízimo pela Igreja.

Henrique VIII Após ser excomungado, o


Orei inglês Henrique VIII
solicitou ao papa rei decretou em 1534 o
Henrique VIII se se separou de
Clemente VII Ato de
casou com Catarina Catarinae casou-
a anulação do Supremacia,
deAragão, porém
casamento, mas tornando-se chefe da
a união não
teve seu pedido nova Igreja Anglicana.
produziu herdeiros.
negado. -se com Ana Bolena,
desobedecendo
ao papa.

OEstado inglês Oanglicanismo tornou-


confiscou terras da se a religião oficial da
Igreja Católica. Inglaterra.
UNIDADE 2 RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS

HISTÓRIA TEMA 3
A REFORMA PROTESTANTE:
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE

Principais pontos das doutrinas protestantes


Luteranismo
Defendeu asalvação pela fé.

Calvinismo

• Rejeitaram a
hierarquia Anglicanismo Instituíram:
eclesiástica. • o batismo e a eucaristia;
• a livre interpretação da Bíblia;
• o fim do culto asantos e imagens; • Manteve os ritos
• a substituição do latim pela língua nacional; católicos e a
• Pregou uma disciplina hierarquia
moral rígida e o modo de • a abolição do celibato. eclesiástica.
vida simples. • Tornouo rei
a autoridade
• Defenderam asalvação pela máxima da Igreja.
predestinação. • Sintetizou
princípios católicos e
calvinistas.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 4
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS
NA EUROPA E NO MUNDO

DE2
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TE M A

A REFORMA CATÓLICA
E SEUS IMPACTOS NA
EUROPA E NO MUNDO
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 4
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS
NA EUROPA E NO MUNDO

A reação da Igreja: a Contrarreforma


Reafirmação dos dogmas e ritos católicos
e condenação da vendade indulgências e
cargos eclesiásticos.

Contrarreforma
Reforma Protestante (Reforma Católica)
• Expansão de novas Movimento de renovação da Determinação da criação de semináriospara
igrejas pela Europa. Igreja iniciado no a formação do clero e da elaboração do
• Perda de fiéis por parte da Concílio de Trento, catecismo para a evangelização dos fiéis.
Igreja Católica. convocado por
Paulo III em 1545.

Reorganização do Tribunal do Santo


Ofício da Inquisição para julgar e
punir os casos de heresia. OTribunal também
elaborou o Índice de Livros
Proibidos (Index).
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 4
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS
NA EUROPA E NO MUNDO

A perseguição aos protestantes

• AIgreja Católica contou com alianças com

DE AGOSTINI/GETTY IMAGES - MUSEU


CANTONAL
BELAS ARTES, LAUSANNE
algumas monarquias europeias para combater o
protestantismo.
• Na década de 1540, o rei Francisco I
instituiu a pena de morte aos huguenotes,
calvinistas que se expandiam nos
principais centros comerciais da França.
• Noite de São Bartolomeu (1572):
por ordem da família real, tropas francesas
Massacre de São Bartolomeu, pintura
executaram centenas de huguenotes, de François Dubois, c. 1572-1584.
desencadeando uma onda de violência
pela França que resultou em maisde 10 mil
protestantes mortos.
• Edito de Nantes (1598):
estabelecimento da liberdade de culto efim dos
conflitos na França.
UNIDADE RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
2
HISTÓRIA TEMA 4
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS
NA EUROPA E NO MUNDO

A Companhia de Jesus

Criada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola Tinha a missão de reafirmara fé católica, criar
como medida da Igreja Católica para combater a escolas religiosase, principalmente, conquistar
expansão protestante. novos fiéis.
A Companhia
de Jesus
Atuou nos domínios coloniais ibéricos, onde os
jesuítas catequizavam os nativos adaptando o Na América, os jesuítas foram acusados de
catolicismo às culturas locais. escravizar os nativos e, no Japão, passaram a ser
hostilizados após a proibição do cristianismo, em
Pintura representando 1587.
uma igreja jesuíta
no Japão, no

PARTICULAR
REX/ SHUTTERSTOCK
- COLEÇÃO
GRANGER/
final do século
XVI.
UNIDADE 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS

HISTÓRIA TEMA 1 AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

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A
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TE M A

AS MOTIVAÇÕES
PARA A EXPANSÃO
MARÍTIMA EUROPEIA
UNIDADE 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS

HISTÓRIA TEMA 1 AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

O fortalecimento do poder real


• Apartir do século XII, várias regiões da Europa passaram por transformações econômicas, sociais e políticas
que levaram à formação dos Estados modernos.

Como aumento das trocas


Os burgueses passaram a Os reis tomaram medidas
comerciais entre as cidades
comprar títulos de para consolidar seu poder
europeias,
nobreza, antes exclusivos e exercerautoridade sobre
os burgueses se
dos nobres, tradicionais vastas regiões.
enriqueceram e
proprietários de terras.
ganharam prestígio.

• Criação deimpostos e moedas de circulação nacional.


• Burocracia administrativa representante da Coroa em
todo o reino.
• Definição das fronteiras territoriais.
• Formação de exércitos profissionais,
submetidos ao rei.
UNIDADE 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS

HISTÓRIA TEMA 1 AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

O mercantilismo
• Sustentar os funcionários do reino, equiparas tropas que protegiam o território e
manter o luxo da corte eram tarefas custosas.
• Para enriquecer o reino, muitas monarquias adotaram umconjunto de práticas
econômicas chamadas mercantilistas.

Metalismo: riqueza de umreino medida Balança comercial favorável:


de acordo com a quantidade de metais criação de medidas protecionistas para reduzir
nobres que ele possuía. as importações no reino e aumentar as
Daí aimportância do acúmulo de prata exportações, mantendo
e ouro. a balançacomercial positiva.

Mercantilismo

Estímulo à produção de bens Busca por riquezas como especiarias e


manufaturados, que abasteciam o metais preciosos levou à formação de
mercado interno e podiam ser rotas comerciais
exportados, rendendo mais moedas para a marítimas controladas pela burguesia, aliada
Coroa. dos reis.
UNIDADE 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS

HISTÓRIA TEMA 1 AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

O comércio com o Oriente


• Os contatos comerciais entre a Europa e o Oriente, reduzidos durante a Idade
Média, foram revigorados a partir do século XI.
• Do Oriente provinham especiarias usadas para conservar e dar sabor aos
alimentos e para fabricar remédios, além de tapetes, tintas para tecidos, seda
bruta e açúcar.
• Os principais mercadores do Mediterrâneo vinham das cidades italianas de
Gênova e Veneza e revendiam produtos trazidos da Ásia por comerciantes
muçulmanos.
• Aescassez de ouro e prata para realizar as trocas comerciais fez com que reis
e burgueses passassem abuscar novas fontes para esses metais.
UNIDADE 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS

HISTÓRIA TEMA 1 AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

O COMÉRCIO EUROPEU NO SÉCULO XIV


H
Bergen N

W IC
NO NE

EN
Reval

FERNANDO JOSÉ
Estocolmo Iaroslav O L

G RE
Novgorod Kazan SO SE
O DE M AR
S

FERREIRA
ID IA N

DO 260 km
Riga
NORTE S chonan
M ER

Sm olensk
Lubeck
Bristol L o n d r e s Brem en
OCEANO Hamburgo
Gdansk
Bruges
ATLÂNTICO Calais G a nd Colônia
Breslau K iev
Amiens Frankfurt Rota de caravanas
Reims
Paris A s t r a c ã da Ásia Central e
Rati sbona da C hina
Estrasburgo Viena
L a Rochelle M
Budapeste AR
40° Odessa
N Lyon CÁ
Bayonne SP
M i l ã o Veneza Teodósia IO
Toulouse G ê n o v a Bolog na
MA R N E G R O
Montpellier M a rs e l h a P is a Trebizonda
Lisboa Florença Rag usa
Toledo Barcelona Ro m a
Barlett a Constanti nopla
Nápoles Rota de caravanas
Granada
C ádiz da Índia e da C hina
MA
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Ceuta Bug ia Esmirna
Túnis Palermo Messina
Saló A nti oquia A l e po
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DI Bagdá
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T Trípoli
ER
RÂ Creta
Importantes cidades comerciais NE Tiro
Dam asco
Feiras O
São Joã o d’Acre
Principais centros do Jerusalém
comércio mediterrâneo Trípoli
Principais rotas maríti mas Alexandria
Cairo
Principais rotas terrestres Rota de caravanas Rota de caravanas
Outras rotas terrestres de Timbuctu de Meca e Iêmen

Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. 17. ed. São Paulo: Áti ca, 2007. p. 17.
UNIDADE 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS

HISTÓRIA TEMA 1 AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

O ideal cruzadista

Início da Idade Moderna Os muçulmanos assumiram o


AIgreja, os reis, setores da nobreza e os
(1453) controle das rotas marítimas do
burgueses passaram a ter objetivos
Mediterrâneo e bloquearam o
Turcos otomanos vindos da comuns: expandir a fé cristã, conquistar
acesso terrestre dos cristãos ao
Ásia Central invadiram terras e metais preciosos e adquirir as
Oriente, o que inclui a cidade santa
Constantinopla e derrubaram o especiarias no Oriente.
de Jerusalém.
Império Bizantino.

Inovações náuticas que Aexpansão marítima


propiciaram as grandes era umprojeto que atendia a
navegações todos esses interesses. Ela
• Bússola: instrumento de orientação que também foi incentivada pelo
• utiliza o norte co
Astrolábio: mo referência.
instrumento de orientação cuja ideal humanista do
referência são as estrelas. domínio da natureza por meio
• Caravelas: embarcações capazes de fazer do conhecimento científico.
viagens mais longas e rápidas.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS

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AS VIAGENS MARÍTIMAS
PORTUGUESAS
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS

Portugal conquista os mares

Intercâmbio cultural
Posição geográfica
• O contato entre cristãos e árabes na
• Voltados ao oceano Atlântico, os portos
Europa propiciou as trocas de
Fatores do portugueses tornaram-se importantes
conhecimentos e costumes.
pioneiris centros comerciais.
• Obras de estudiosos e viajantes portuguê
mo • Ocomércio rendeu lucros à Coroa, que, por
muçulmanos contribuíram para as s contadisso, passou a dar especial atençãoàs
inovações náuticas ibéricas e para obter
frotas mercantes.
conhecimento sobre o mar.

Revolução de Avis
(1383-1385)
D. João foi proclamado rei e aliou-
-se à burguesia mercantil com o plano
de conquistar novas áreas de comércio,
expandir o território
português e consolidar seu reinado.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS

As conquistas
coloniais portuguesas
• Em 1415, os portugueses tomaram Ceuta, umentreposto comercial
muçulmano que recebia mercadorias da África, da Índia e da Pérsia.
Dali, continuaram a contornar o litoral africano e a explorar o Atlântico.
• Os lusos colonizaram novas terras enelas instalaram feitorias,
entrepostos fortificados onde se estocavam mercadorias.
• Viagem de Bartolomeu Dias (1487-1488): expedição em
direção às Índias que contornou o Cabo das Tormentas, no extremo sul
da África.
• Viagem de Vasco da Gama (1497-1498): obteve acesso a
Calicute, na Índia, tornando Portugal o maior centro europeu do
comércio de especiarias do século XVI.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS

AS CONQUISTAS PORTUGUESAS NA ÁSIA


E NA ÁFRICA (SÉCULOS XV-XVI)
N
NO NE

EUROPA O L

FERNANDO JOSÉ
SO SE
S
780 km
Açores 1427

FERREIRA
Lisboa
Lagos MAR ÁSIA
Ceuta 1415 M E D I T E R RÂ N EO G o lfo
Pérsico
Madeira 1420 CH I NA 1513
Ormuz
1507/1515 ÍNDIA

M
Cabo Bojador 1434

AR
TRÓPICO DE CÂNCER

VE
Ilhas de Cabo Arguim 1443 AR ÁBIA 1503 D amão Macau

RM
Diu
Verde
EL
1460(?) Rio Senegal 1444
HO Á den Goa 1510
Cabo Verde
Rio Gâmbia 1448 Calicute 1498 Sião 1511
(Dacar) 1444 ÁFRICA Ilha de Socotorá 1503
Serra Leoa Cochim 1501 Ceilão 1506
Acra
1460
Castelo de São Jorge da Mina 1482 Malaca 1511
Ilha do Príncipe 1472(?) EQ UADOR

Sumatra 1509
Ilha de São Tomé 1471(?)
Melinde 1498
Mombaça 1498 OCEANO
Ascensão 1502 Luanda 1575
ÍNDICO
Moçambique 1507
O C EA N O S. Helena 1503
ATLÂNTICO Sofala 1505 Fonte: HE RNA N D EZ,
Ilha de São Lourenço (Madagáscar) 1500(?)
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO Leila Leite. A África
na sala de aula:
visita à história
Cabo da Boa Esperança 1488
contemporânea.
Baía de São
Brás 1488
São Paulo: Selo

Negro, 2005. p. 46.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS

A chegada ao Brasil

Aexpediçãode Pedro Álvares Afrota desviou de sua rota


Naquele momento, a Coroa teve
Cabral foi organizada original e ancorou no sul
pouco interesse em investir na
pela Coroa para estabelecer da Bahia, em 22 de abril
ocupação do Brasil, pois sua
entrepostos comerciais em Calicute, de 1500. As terras foram
preocupação estava voltada aos
garantir o comércio de especiarias chamadas de Ilha de Vera
lucros do comércio com o Oriente.
e expandir o cristianismo. Cruz e, depois, Terra de
Santa Cruz.
DA UNIVERSIDADE
MUSEU PAULISTA

DE SÃO PAULO

Detalhe de Desembarque de Pedro


ACERVO DO

Álvares Cabral em Porto Seguro em


1500, pintura de Oscar Pereira da
Silva, 1922.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS

DE3
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UN

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TE M A

AS VIAGENS MARÍTIMAS
ESPANHOLAS
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS

Os espanhóis chegam à América


Investimentos Chegada ao Caribe Uma nova
da Coroa Em 1492, Colombo chegou descoberta Após a
espanhola Os reis à ilha de Guanaani, que morte de Colombo, Américo
Isabel e nomeou Vespúcio fez novas viagens
Fernando financiaram a de San Salvador. até as terras encontradas e
expedição
Cristóvão
do Col
explorador
ombo, que Passou por Cuba e pela ilha de apresentou a hipótese de
acreditava poder chegar às São Domingos (Hispaniola), que elas formavam um
Índias navegando em direção acreditando estar nas Índias. novo continente.
ao oeste.

Navegador ambicioso
Colombo passou o resto de sua
e estudioso, Colombo partiu
vida com a crença de que Por conta da descoberta de
do entendimento de que a
havia chegado às Índias. Por Américo Vespúcio, o novo
Terra era redonda, tornando
esse motivo, nomeou os continente recebeu o nome de
possível um trajeto direto
nativos que conheceu de América.
para o Oriente.
índios.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS

O Tratado de Tordesilhas

Opapa Alexandre VI DIVISÃO DAS TERRAS ULTRAMARINAS


As expedições espanholas ENTRE PORTUGAL E ESPANHA (1493-1494)
apresentou a Bula
passaram a rivalizar com as 0º
Intercoetera, C ÍR
portuguesas, levando as duas CU L
O P
OLA

porém o rei português não R Á RT


ICO

Coroas a reivindicar a posse

FERNANDO JOSÉ
concordou
das terras ultramarinas.
com adivisão de terras

FERREIRA
proposta no
documento. IlhIlahsasd
os
ESPANHA
PORTUGAL
AAççoorre
C a bo
T R Ó P I C O DE CÂNCER ess
Boj a d
C a b
or
o
Para evitar o conflito, OCEANO
Cabo
or
Bojad
Verde
Definiu-se que as representantes de EQUAD OR
PACÍFICO 0º

MERIDIANO DE GREENWICH
terras situadas a Portugal e Espanha se O CEANO
ATLÂNTICO
oeste da linha traçada reuniram e chegaram a TRÓPICO D E C A P R I C Ó R N I O
OCEANO
N Cabo
ficavam com a Espanha umacordo territorial, O
NO NE
L
da Boa
Esperança
ÍNDICO

e aslocalizadas a leste o Tratado de SO


S
SE Bula Intercoetera

pertenciam a Portugal. Tordesilhas, em julho 1.710 km


Estreito
de Magalhães
Tratado de Tordesilhas

de 1494. Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique


mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 239.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS

As rotas das expedições ibéricas


GRANDES NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS E ESPANHOLAS (SÉCULOS XV E XVI)

GROENLÂNDIA

FERNANDO JOSÉ
FERREIRA
NO
N
NE TERRA NOVA EUROPA ÁSIA
O L AMÉRICA
SO SE DO NORTE Lisboa Palos Constanti nopla JAPÃO
S
Cádiz 1543
1.870 km
CHINA OCEANO
CUBA
HISPANIOLA ARÁBIA 1513
OCEANO 1503 ÍNDIA Macau
G o a 1498 I LHA S FILIPINAS PACÍFI CO
ÁFRICA Calicute
PACÍFICO
EQUADOR M O LU C A S
AMÉRICA
ANGOLA O C EA N O
DO SUL 1500 O C EA N O ÍNDICO
Por
to ATLÂNTICO OCEANIA
M ADAG AS CAR
Segu
ro
MERIDIANO DE TORDESILHAS

1487

Cabo da Boa
Esperança Viagem de Bartolomeu Dias (1487-1488)
Estreito de
Magalhães
Viagem de Vasco da Gama (1497-
1498) Viagem de Pedro Álvares Cabral
Cristóvão Colombo (primeira viagem 1492-1493)
(1500)
Fontes: Atlas histórico. São Paulo: Britannica, Fernão de Magalhães (1519-1521)
Américo Vespúcio (1499-1502)
1997. p. 88; HALE, John R. Idade das explorações. Terras de Portugal
Rio de Janeiro: José Olympio, 1981. Terras da Espanha
p. 54.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS

A vida em alto-mar
Por ter a finalidade militar
Em geral, eram compostas de um Otamanhoda tripulação variava de
de conquistar as Índias, a
comandante e alguns oficiais acordo com o objetivo da expedição,
expediçãode Cabral foi a
auxiliares, soldados, religiosos, o prestígio do comandante e os
maior
marinheiros, artesãos e um recursos disponíveis.
organizada até então, com cerca
médico.
de 1.500 homens.

As
expedições
marítimas

Diversas doenças atingiam os Uma das regiões mais temidas As calmarias também
tripulantes, como tifo, foi o Cabo das Tormentas, no sul da representavam umperigo, pois
coqueluche, sarampo e escorbuto, África, devido às fortes tempestades nas embarcações à deriva podiam
esta provocada pela falta de e ao risco de naufrágio. se esgotar a água e os
vitamina C. alimentos.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

DE3
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4
TE M A

OUTRAS VIAGENS
MARÍTIMAS: FRANCESES,
INGLESES E CORSÁRIOS
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

Piratas em nome da Coroa

Os navegadores ingleses e Ingleses e franceses recorreram


Como fim da Guerra dos à pirataria para tirar proveito das
franceses encontraram as terras
Cem Anos (1337-1453), riquezas da América e dos
do Novo Mundo já divididas
Inglaterra e França também
entre Portugal e Espanha,
passaram a sededicar à expansão entrepostos comerciais
conforme o Tratado de
marítima. ibéricos na Ási a e na África.
Tordesilhas.

ACoroa e grandes comerciantes


Os corsários roubavam prata,
investiram nas expedições e
esmeraldas, pérolas e outros
passaram a oficializá-las com
produtos lucrativos vindos da
uma carta de corso. Por
América. Os bens eram divididos
isso,esses piratas eram
entreeles e seus investidores.
chamados de corsários.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

Incursões francesas na América


• Desejando ter direitos à partilha das novas terras descobertas, aFrança investiu na colonização do Novo
Mundo.

Nome Local Data Expedição FRANCESES NA AMÉRICA


DO NORTE (SÉCULO
Baía da XVIII) Golfo do

nço
O forte construído na Baía
S. Lourenço

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Guanabara

IA
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França 1555- da Guanabara não deteve os

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Antártic -1567 portugueses, que

FERNANDO JOSÉ
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expulsaram

Ri o Mi s s
FERREIRA
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os franceses em 1567.

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NOVA FRANÇA e

Atual Os franceses fundaram o

ss e
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Te n T E R R I TÓ R I O OCEANO

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INGLÊS
França cidade de 1612- povoado de Saint Louis, mas
AT L ÂNT I CO

Ri o
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Ri o Mi ss
LOUISIANA N

Equinoci São Luís -1615 acabaram sendo expulsos Saint Louis


NO
O
NE
L

al do por tropas luso-brasileiras. Forte de TERRITÓRIO


TERRITÓRIO
ESPANHOL
SO
S
SE

Nova Orleans ESPA N H OL


Maranhão Território 80° O
410 km

francês
Os franceses chegaram ao
A partir
norte da costa atlântica e Fonte: Atlas histórico escolar. Rio
Nova América do de Janeiro: FAE, 1991. p. 60-
avançaram para o interior.
Franç do início 61.
Criaram a Louisiana, em
a Norte do
homenagem ao rei Luís XIV,
século
e o povoado de Nova
XVII
Orleans.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

As navegações inglesas
• Giovanni Caboto: tentando encontrar uma passagem para o Oriente
navegando anoroeste, o genovês chegou à Terra Nova.
• William Hawkins: umdos principais exploradores britânicos das terras do
Atlânticosul, comercializou produtos africanos e pau-brasil brasileiro.
• Francis Drake: o corsário saqueou toneladas de ouro e prata de navios
e da América hispânica. Em 1585, tomou Santo Domingo e Cartagena das
Índias, na América, que lhe rendeu umfabuloso butim em ouro e prata.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

AS VIAGENS MARÍTIMAS INGLESAS

GROENLÂNDIA Is. Nova


Baía de
Baffi n Zembla
Terra
FERNANDO JOSÉ

A LAS CA de
ISLÂNDIA
Baía de
Baffi n Os principais exploradores
FERREIRA

Hudson Moscou G. Caboto (1497)


INGLATERRA
Á S IA A M ÉRI CA Terra Nova
H. Willoughby e
Ilha Londres E U R O P A
D O NO RT Chancellor (1553)
Vancouver E
M R M F R ANÇ A W. Burrough (1556)
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ITER
Grandes O CE A N O RÂ N E O A
Francis Drake (1577)
Lagos
AM ÉRICA ATLÂNTICO H. Hudson (1610; viajou pela
CENTRA Santo
Holanda e pela Inglaterra)
ÍNDIA OCEA NO Ilhas d o
Havaí L Dom ingo James Cook
ÁFRICA
PACÍFICO Cartag Primeira viagem (1769-
EQUADOR ena 1771)
JAV A
NOVA GUINÉ AM ÉRICA OC EA N O Segunda viagem (1772-
O C E A NO
D O S UL ÍNDICO 1775)
ÍNDICO Callao
OCEAN IA Lima
Terceira viagem (1772-1779)
AUSTRÁLIA Rio de
Janeiro
N
NO NE C a bo d a
O L Bo a Esperança
SO SE
NOVA S
ZELÂNDIA Estreito de 1.870 km

M aga lhãe s

Fonte: Atlas da história do mundo. São Paulo:


Folha de S.Paulo/The Times, 1995. p.
153.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

A formação das treze colônias inglesas

Acolonização inglesa na América do Norte teve Muitos trabalhadores ingleses migraram para
início a partir de acordos entre a Coroa e as a América na condição de servos
companhias comerciais, que foram temporários.
autorizadasa conquistar terras na América e a ter o Após cumprir sua sdívidas, ficavam
monopólio do comércio entre estas e a Europa. livres para trabalha r em seu próprio vo
negócio no No Mundo.

Em 1620, 102 ingleses chegaram à América


Formação das treze no navio Mayflower. Após esses
colônias inglesas primeiros colonos, chamados de “pais
na América do peregrinos”, chegaram holandeses,
Norte franceses, irlandeses e alemães.
UNIDADE AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIAS
3
HISTÓRIA TEMA 4
OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS:
FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS

Colônias do norte, do centro e do sul

AS TREZE COLÔNIAS • As colônias do norte e do centro desenvolveram uma agricultura voltada ao


INGLESAS mercado interno, em pequenas propriedades, geralmente com uso de mão de
obra livre.
ço
en
ur

o
L

• Já no sul, o cultivo ocorreu em grandes propriedades, com uso de mão de


ão

S
Ri o
FERNANDO JOSÉ

HAMPSHIRE

obra predominantemente escrava, e a produção destinada ao mercado europeu.


FERREIRA

• Conforme os ingleses invadiram os territórios indígenas, as relações entre


S
HE

40° N C
colonos e os nativosse tornaram conflituosas. Comisso, entre os séculos
AP AL A

XVI e XVIII, a população indígena diminuiu de 10 milhões para


O C EA NO
apenas 600 mil indivíduos.
ATLÂNTICO
• Ocaráter comercial da colonização da Coroa inglesa não incentivou a
i i íp
Ri o M iss s s

N
integração do ameríndio à nova sociedade,
e os protestantes também não procuraram evangelizá-los.
NO NE
O L
SO SE
S
250 km
80° O
• Oresultado desse modelo colonial foi a formação de uma sociedade de
Colônias
do norte
Colônias
do centro
Colônias
do sul
matriz europeia com pouca mestiçagem e a dizimação da população
indígena.
(Nova
Inglaterra)

Fonte: Atlas histórico escolar.


Rio de Janeiro: FAE, 1991. p.
62.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

DE4
A
ID
UN

1
TE M A

SABERES DOS POVOS


PRÉ-COLOMBIANOS
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

Conhecimentos arquitetônicos e urbanísticos


Arquitetura
pré-
colombiana
Mesoamérica Andes
Centrais
• Os povos dessa região acumularam conhecimentos de • As cidades andinas (llactas) estavam divididas em setores
arquitetura e desenvolveram uma tradição urbanística que foi administrativos, religiosose agrícolas. Eram centros depoder,
mais tarde aproveitada pelos astecas. de onde elites do Império Inca controlavam a população e
• Em Tenochtitlán, os astecas construíram pirâmides, os territórios.
templos e palácios monumentais. Aquedutos conduziam a • Em Cuzco, os incas construíram um sistema de esgoto e
água das fontes até a cidade, onde havia diques, barragens e abastecimento de água, conduzido por canais de pedra que
canteiros flutuantes (chinampas). melhoraram as condições de vida na cidade.
• Tlaxcala foi uma grande cidade rival dos astecas. Dividida • Os camponeses incas construíam casas, pirâmides e
em bairros, contava com autoridades locais quecuidavamda fortalezas usando grandes blocos de pedra ou o adobe.
alimentação e da segurança de todos.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

Escrita e formas de registro

GIANNI DAGLI ORTI/REX/SHUTTERSTOCK - BIBLIOTECA DA


Tradição mesoamericana, combinava desenhos e
símbolos. Provavelmente desenvolvida pelos
Escrita
olmecas por volta de 1000 a.C., passou a ser

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE
pictoglífic
utilizada por diferentes povos a partir da era
a
cristã.

WASHINGTON
Livros mesoamericanos quepossuíam desenhos, relatos
sobre a origem domundo, a história das cidades, os
Códice diferentes
s calendários e dados sobre o sistema de cobrança
de tributos.
O conquistador espanhol
Hernán Cortés, sua intérprete
Os incas usavam esse sistemapara registrar dados Malinche e alguns astecas,
ilustrados no
importantes sobreseu império relativos à produçãode
Códice Tlaxcala, em cópia de 1632.
Quipus alimentos, ao número de habitantese aos tributos Os códices foram utilizados pelos
arrecadados. espanhóis para compreender o modo
de vida e as relações dos povos
locais mesoamericanos.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

A criação de calendários

Registro das
Observação dos Desenvolvimento
Criação de atividades
fenômenos naturais da matemática e da
diferentes agrícolas, dos
e do movimento do astronomia pelos
calendário ritos religiosos e
Sol, das estrelas e ameríndios
s das celebrações
da Lua
históricas

Os maias criaram três


Apartir disso, tanto Coma criação de Amarcaçãodas datas
calendários: o agrícola e
mesoamericanos como umsistema de serviu para organizar a
social; o ritual; e o
andinos descobriram as numeração vigesimal, os vida cotidiana e planejar
histórico.
melhores épocas para mesoamericanos os rituais e cerimônias
Já os incas criaram um
plantar e colher. aprimoraram seus cálculos sagradas.
calendário com um ano solar
astronômicos.
de 365 dias, dividido em
doze meses
lunares, que estava
ligado ao poder do
Sapa Inca.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

Técnicas e produtos agrícolas


• Produtos como milho, feijão, cacau, tomate, abacate, batata e mandioca foram domesticados naAmérica pelos povos
pré-colombianos. Apartir da colonização, foram levados para outros continentes pelos europeus.

• Chinampas: canteiros flutuantes para aproveitar a água das chuvas


e lagos.
• Pousio: período de repouso do solo para recuperar
sua fertilidade.
Mesoamérica
• Construção de plataformas artificiais que permitiam a drenagem de
solos pantanosos.
Técnicas
de
cultivo
• Camellones: agricultura com canais de irrigação como as
chinampas.
Andes • Construção depoços, cisternas e lagos em regiões secas.
Centrais
• Cultivo em terraços (degraus) que evitavam a erosão do solo e
permitiam a distribuição da água das geleiras.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA

DE4
A
ID
UN

2
TE M A

OS ESPANHÓIS
NA AMÉRICA
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA

A conquista do Caribe
• Assim que souberam das grandes jazidasminerais existentes na América, os espanhóis
voltaram sua política mercantilista ao novo continente.

Aaliança teve fim após a


Os espanhóis se aliam aos
iniciativa espanhola de
povos tainos, que
conquistaras terras
desejavam conter a
indígenas e impor o
expansão dos rivais
trabalho compulsório.
caraíbas.

Dominação
Chegada dos
espanhola e
espanhóis ao
extermínio da
Caribe (1492)
população
Avinda dos colonizadores Sem imunidade às doenças, indígena
provocou surtos de doenças, os nativos sofreram um
como sarampo, varíola e processo brutal de declínio
gripe. demográfico.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA

A destruição do Império Asteca


• Oconquistador Hernán Cortés partiu de Cuba em direção a Tenochtitlán em 1519.
Na capital asteca, os espanhóis foram recebidos pacificamente pelo imperador Montezuma.

OImpério Asteca se sustentava Aaliança impunha domínio


Os espanhóis notaram a divisão
sobre uma rede de alianças que político e tributário sobre
entre os nativos e se aliaram
envolvia centenas de
grupos étnico- aos rivais dos astecas da
as cidades de Texcoco,
cidade de
Tlacopan e Tenochtitlán (sua
Tlaxcala e aoutros altepetl.
capital). -territoriais (altepetl),
gerando descontentamento e
revolta.

Queda do Império Asteca


Coma derrota dos inimigos
(1521)
astecas, os povos nativos que se
Após meses de cercoa
aliaram aos espanhóis foram
Tenochtitlán, combates e derrotas
submetidos ao domínio colonial
de ambos os lados, a capital asteca
europeu.
foi tomada pelos espanhóis.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA

A destruição do Império Inca


Os espanhóis se aproveitaram da
rivalidade entre os irmãos e
capturaramAtahualpa, exigindo um alto
resgate. Ainda assim, em 1533, executaram-no
após tê-lo condenado pela morte de Huáscar.
Queda do Império Inca
(1533-1535)
Os espanhóis chegaram à
Após ter executado
região sob ocomando de
Atahualpa e tomado as
Francisco Pizarro, em
cidades de Cuzco e
1532. Naquele momento,
Quito, Pizarro fundou a cidade
os irmãos Huáscar e
de Lima em 1535,
Atahualpa disputavam o
estabelecendo o futuro centro
poder e a sucessão
administrativo espanhol na
do império.
região
Contando com o apoio de povos dos Andes.
indígenasrebelados contra a dominação
inca, os espanhóis tomaram as cidades
de Cuzco
e de Quito.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA

A resistência indígena
Formas de

resistênci
a
Armada Pacíficas
s

• Em 1537, após ter cercado a cidade de Cuzco por umano, o


líder inca Manco Capac refugiou-se em • Atitudes como a entrega ao alcoolismo, o silêncio, a
Vilcabamba, que se tornou o centro da resistência ao domínio indolência e a recusa em aceitar ideias, objetos e crenças dos
espanhol na região dos Andes. conquistadores frustraram as expectativas dos espanhóis de
• Tupac Amaru deu continuidade à luta, porém foi impor seu domínio.
capturado durante uma expedição espanhola • No norte do Peru, espalhou-se o movimento Taqui
contra a cidade e acabou sendo decapitadopelos Ongo, cujos adeptos pregaram que era preciso dançar
colonizadores. constantemente para despertar as divindadesandinas
• Os indígenas mapuche, no Chile, foram vitoriosos na (huacas), derrotar o Deus cristão e restabelecer o
resistência aos conquistadores. Apartir do final do século Império Inca. Mesmo pacífico, o movimento foi
XVII, predominaram entreeles acordos comerciais e fortemente reprimido.
negociações de fronteira.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

DE4
A
ID
UN

3
TE M A

A COLONIZAÇÃO
ESPANHOLA NA AMÉRICA
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

A administração colonial
• Oobjetivo essencial da colonização na era mercantilista foi a exploraçãodas terras colonizadas para a
obtenção de riquezas,canalizadas para o reinoe suas elites econômicas.

Medidas tomadas
pela Coroa
espanhola

Estabelecime Criação da Casa Criação do


nto do de Contratação Conselho das
exclusivo (1503) Índias
metropolitano Regulamentava a administração (1524)
Instituição do colonial, nomeava os Órgão encarregado de
monopólio da metrópole sobre funcionários e fiscalizava a tomar as decisões oficiais
o comércio cobrança do quinto, imposto relativas às colônias. Orei
das colônias. sobre a mineração e as fazia indicações para
transações comerciais da os principais cargos do
colônia. conselho.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

A criação dos vice-reinos A AMÉRICA ESPANHOLA


NO SÉCULO XVIII
• Coma queda dos impérios indígenas, a Coroa enviou
à América representantes da administração colonial.

FERNANDO JOSÉ
• AAmérica espanhola foi dividida em VICE-REINO
FLÓRIDA

FERREIRA
D A N O VA Golfo do
ESPANHA México
vice-reinos. Os primeiros a serem criados foram o CAPITANIA GERAL
DE CUBA
TRÓPICO DE CÂNCER

Veracruz H a v a n a
Vice-Reino da Nova Espanha (1535) e o México
Guatemala M A R D
Santo Domingo
A S ANTILHAS
OCE A NO

Vice- CAPITANIA GERAL


DA GUATEMALA
Bogotá
Caracas
CAPITANIA GERAL
ATLÂNTICO

DA VENEZUELA
-Reino do Peru (1543). EQUA D O R
VICE-REINO
Q u i t o DA NOVA
• Os vice-reis eram nobres ou burgueses espanhóis. Na GRANADA

VICE-REINO
América, eram as mais altas autoridades coloniaise Lima
DO PERU
OCEANO
cuidavam dos assuntos administrativos, militares, religiosos Cuzco

e judiciais. PACÍFICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
VICE-REINO
DO RIO
DO PRATA
• Cabildos: conselhos municipais que tratavam de CAPITANIA GERAL
DO CHILE
vários assuntos, como segurança, abastecimento e uso dos
Buenos Aires
Santi ago

espaços públicos. NO
N
NE OCEA N O
O L ATLÂNTICO
SO SE
S

Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique 820 km

mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 60º O

239.
UNIDADE A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
4
HISTÓRIA TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

As principais atividades econômicas


• Aatividade mais lucrativa foi a mineração da prata,
ATIVIDADES ECONÔMICAS NA
iniciada em 1540, que estimulou também a extração de carvão e AMÉRICA ESPANHOLA
a criação de mulas para transporte.
• Das minas de Potosí, localizadas no Vice-Reino do Peru, Zacatecas

saía a prata de boa parte das moedas que circulavam pelo Havana
Veracruz CUBA HISPANIOLA
Santo Dom ingo
mundo.
VICE-REINO
D A NOVA ESPANHA Cartagena O C EA NO

FERNANDO JOSÉ
Porto Belo
Ouro AT LÂNTICO
Panamá
• Na agropecuária, os espanhóis aplicaram técnicas Prata

FERREIRA
EQUADOR
Tabaco 0°

agrícolas europeias e aproveitaram conhecimentos indígenas, Anil


Cana-
VICE-REINO

Lima
DO PERU
de-
alémde trazer animais de outros continentes, como bois, ovelhas açúcar
Algodão
Potosí

e cavalos. Cacau
OCEANO

• Ocomércio da seda foi lucrativo e enriqueceu


Alpacas PACÍFICO NO NE
Buenos O L
Aires

membros das elites comerciais através do


SO SE
Lhamas
dominadas pela S
Espanha no início
Gado 1.220 km

contrabando, atéser proibido em 1631.


do século XVII
80º O
Áreas
efeti va
Fonte: FRANCO JÚ NIOR, Hilá rio;
• Oprincipal centro produtor de cana-de-açúcar foi o Caribe, onde mente
ANDRADE FILHO, Ruy de. Atlas:
histó ria geral. Sã o Paulo: Scipione,
a mão de obra escrava africana produzia melaço e rum para a 1997. p. 39.
exportação.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4
TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS

DE4
A
ID
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4
TE M A

TRABALHO E DIVISÕES
SOCIAIS NAS
COLÔNIAS
ESPANHOLAS
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4
TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS

A mão de obra colonial


A mão de obra na
América
espanhola
Indígena Africana

• Mão de obra predominante; podia exercer trabalho livre ou


compulsório. • Em países como México, Peru e Bolívia, os africanos
• Encomienda: instituição jurídica que autorizava os escravizados eram mão de obra minoritária; trabalhavam
encomenderos a cobrar tributos de indígenas, que os como capatazes nas minas ou como ajudantes dos
pagavam com trabalho na agricultura e espanhóis.
na mineração. • No Caribe, principalmente nas Antilhas e nos litorais
• Mita: instituição de origem inca por meio da qual os chefes da Venezuela e da Colômbia, os
indígenas selecionavam trabalhadores para as minas escravizados eram amaioria da mão de obra;
espanholas; em troca, trabalhavam na produçãode açúcar.
os trabalhadores recebiam pagamento.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4
TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS

A sociedade colonial

MUSEU DA AMERICA, MADRI


Ocupavam os postos públicos de destaque no vice-
Espanhóis
reino, na Igreja e no exército
(chapetones
e tinham grandes negócios.
)
Descendentes de espanhóisnascidos na América,
Crioll possuíam grandes propriedades e atuavam no
os comércio ou nos cabildos.

Filhos de espanhóis com indígenas, dedicavam-se ao


Mestiço pequeno comércio, ao serviço doméstico e ao
s trabalho no campo.

Em geral, não tinham propriedades e trabalhavam na


Indígena agricultura, nas minas e na construção e reparo de
s obras públicas.

Apartir dasegunda metade do século XVII, atuaram De espanhol e mestiça: castiça, pintura de
Escrav Miguel Cabrera, século XVIII. As
principalmente no Vice-Reino de Nova Granada e
chamadas pinturas de castas retratavam
os nas ilhas do Caribe. a existência de famílias multiétnicas na
América.
UNIDADE 4 A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4
TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS

Relações entre diferentes culturas


• Amaioria dos indígenas incorporou
o cristianismo à sua identidade étnica e
cultural.
• Apesar disso, continuaram a seconsiderar indígenas,
pois mantiveram sua língua, visão de mundo, festas,
Apesar disso, trajes e tradições culinárias, artísticas e religiosas.
Por considerar os
conquistadores e colonos
indígenas inferiores, a
tiveram filhos com
Coroa e as elites
indígenas e com africanos,
espanholas preferiam que
gerando um ambiente
os colonizadores e os
social bastante
nativos não se • Os africanos vieram de grupos étnicos distintos e
heterogêneo.
misturassem. ganharam novas identidades socioculturais na
América, que uniram suas culturasoriginais à do
colonizador, como a língua e a religião cristã.
• Surgiram, assim, novas religiões, que ainda hoje
são praticadas, como o vodu haitiano ou a
santería cubana.
UNIDADE 5 PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO

HISTÓRIA TEMA 1 OS POVOS QUE OS PORTUGUESES ENCONTRARAM

DE5
A
ID
UN

1
TE M A

OS POVOS
QUE OS PORTUGUESES
ENCONTRARAM
UNIDADE 5 PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO

HISTÓRIA TEMA 1 OS POVOS QUE OS PORTUGUESES ENCONTRARAM

Os povos de Pindorama
• Na época da chegada dos portugueses, entre 3 e 5 OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL EM
1500
milhões de nativos habitavam
o território brasileiro, distribuídos em maisde mil

FERNANDO JOSÉ

R io N e g r o EQUA D O R

povos, que falavam aproximadamente A ma


z o n as

FERREIRA
Ri o

1.300 línguas.

ós
ra
ei

aj
p
d

Ta
Ma
Ri

o
• Cada umdesses povos possuía seus rituais, crenças,

u ai a
Ri o

X i ngu

ag
i sc o
nc
mitos, formas de trabalho e organização social.

Ri o A r

ra
Ri o

Sã o F
• As línguas mais faladas por eles podem

Ri o
R i o P ar a g u ai
N
NO NE

ser agrupadas em dois troncos linguísticos: Tupi e O


SO
L
SE

Macro-Jê. Além deles, há outras famílias


S

á
R io

an
360 km

r
Pa
linguísticas, como Aruaque

Ti e
io tê
Tupi TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

R
Macro-Jê
e Caraíba. Aruaque OC EA NO
Caraíba
• Os Tupi foram os que tiveram mais contato com os Cariri
Pano
ATLÂNTICO

portugueses, por estarem distribuídos ao longo da Tucano


Charrua
Outros
costa brasileira. grupos
Fronteiras 50º O
atuais do Brasil
Fonte: Atlas histórico escolar.
Rio de Janeiro: FAE, 1991. p.
12.
UNIDADE 5 PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO

HISTÓRIA TEMA 1 OS POVOS QUE OS PORTUGUESES ENCONTRARAM

O modo de vida dos povos Tupi

Mulheres faziam a colheita,


Praticavam a agricultura de
fabricavam farinhas, teciam e
subsistência, coletavam frutos,
cuidavam das crianças.
caçavam e pescavam.
Os homens pescavam e caçavam,
Também confeccionavam artigos como
construíam moradias e faziam canoas e
canoas, arcos e flechas, redes, cestos, Povos
armas. Os idosos educavam e passavam
vasos e urnas funerárias. Tupi
sua cultura para as crianças.

Viviam em aldeias, que podiam Praticavam o ritual da


Cada povo indígena possuía
guerrear ou estabelecer relações de antropofagia, quando o inimigo
crenças e rituais religiosos
solidariedade entresi. Não havia um capturado em guerra era morto e
próprios, ensinados e transmitidos
poder centralizado, mas líderes devorado em uma festa.
pelo pajé.
(principais) que se reuniam em Acreditavam que, com isso,
Todos eles, porém, acreditavam nas
um conselho para decidir o destino da adquiriam sua força, coragem e
forças da natureza e nos espíritos de
aldeia. espírito, e que esse fim era digno
seus antepassados.
para o guerreiro.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

DE5
A
ID
UN

2
TE M A

A CONQUISTA E O INÍCIO
DA COLONIZAÇÃO
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

O valioso pau-brasil
Árvore da Mata Atlântica, da qual se extraía um
Descoberta pigmento usado na tintura de tecidos e
MAPOTECA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, RIO DE

do pau- na pintura de manuscritos; sua madeira era utilizada na


brasil construção civil e em embarcações.

Troca de mercadorias e serviços: indígenas cortavam


Exploração e carregavam a madeira até
por meio os navios portugueses em troca de itens
do como tecidos, contas coloridas, canivetes, facase
escambo espelhos.

Aexploração se tornou exclusividade da Coroa.


Instituição
JANEIRO

Para extraire comercializar a madeira, os


do
portugueses deveriam obter uma autorização régiae
monopólio
pagar tributos.
real
Hoje, a árvore está restrita a poucas áreas de
Detalhe do mapa Terra Devastaçã
preservação no litoral de alguns estados
Brasilis, atribuído a Lopo o da
brasileiros.
Homem, Pedro e Jorge Reinel, espécie
1519.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

A colonização de fato
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
• Para garantir a defesa da colônia da presença de conquistadores
(SÉCULO XVI)
de outros países, a Coroa portuguesa investiu na fixação de MARANHÃO

pessoas no território e na exploraçãode atividades econômicas. MARANHÃO

FERNANDO JOSÉ
• Cultivo de cana-de-açúcar: condições favoráveis na colônia e C EA RÁ

RIO GRANDE

FERREIRA
conhecimento técnico vindo da Ilha da Madeira e de Cabo Verde. ITAMA RAC Á

• Fundação da vila de São Vicente: em 1532, Martim P ERNAMBUCO


Olinda

Afonso de Souza introduziu o cultivo de cana, efetivando a

L I N H A D E TORDESILHA S
BA ÍA DE TODOS-OS-SANTOS

colonização.
ILHÉUS

• Capitanias hereditárias: divisão do território em quinze faixas Porto Seguro


PORTO SEGURO

de terra, doadas a membros da pequena nobreza e a militares de alta


OCE A NO
patente, chamados capitães donatários. ESPÍRITO SANTO
ATLÂNTICO

• Acarta de foral estabelecia seus direitos e deveres: doar


SÃO TOMÉ
SÃO VICENTE
SANTO A M A R O N
São Vicente
sesmarias, nomear autoridades, arrecadar impostos, escravizar
NO NE
SÃO VICENTE
O L
SANTA N A

indígenas etc.
SO SE
S
270 km

Fonte: Atlas histórico escolar.


Rio de Janeiro: FAE, 1991. p.
16.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

O governo-geral

Centro político para administrar todo o Brasil,


sediado em Salvador. Oprimeiro governador-
Fracasso do Criação do
geral foi Tomé de Sousa, que chegouao
sistema de governo-
Brasil em 1549 com a responsabilidade de
hereditárias
capitanias geral (1548)
defendera colônia e fazê-la prosperar.

Altos custos do empreendimento, Organizavam o cotidiano das vilas e cidades,


isolamento das capitanias, doenças providenciando aconstrução de obras públicas,
tropicais e hostilidade de grupos Instituição a limpezadas ruas, a cobrança de impostos, o
indígenas, entre outras dificuldades, das registro dos profissionais, a fixação de pesos e
fizeram com que o sistema câmaras medidas e o envio de pedidos da população ao
fracassasse. municipais rei.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA

DE5
A
ID
UN

3
TE M A

ESCRAVIDÃO E
RESISTÊNCIA INDÍGENA
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA

Alianças, guerras e escravidão


Ao invés de guerrear para
vingarparentes ou pela
antropofagia, os Tupi
Alteração da passaram a agir
relação dos interessados nas
Incentivo a indígenas com vantagens oferecidas
Relações a guerra pelos colonizadores.
guerras
formação
pacíficas,
entre
alianças
de e troca
povos para
e escravizar Utilização do Apesar da proibição da
de
oscomprar princípio de escravidão indígena
conhecimentos
prisioneiros justa
guerrapara pela Coroa (1570), os
legitimar a portugueses justificavam
Portugueses Como justificativa, os escravidão escravizar os “índios bravos”,
aprenderam a se orientar portugueses alegavam que ou seja, os
nasmatas, incorporaram os prisioneiros estavam que resistissem à
alimentos locais à sua sendo salvos do ritual de colonização ou que se
dieta e construíram vilas e antropofagia (prática do aliassem aos seus
engenhos. resgate). inimigos.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA

Os aldeamentos jesuítas
Catequizavam os indígenaspara que adotassem o
modo de vida cristão e abandonassem suas
crenças e práticas autônomas.

Os jesuítas chegaram ao
Os padres organizaram
Brasil em 1549 com o Administravam a mão de obra indígena,
missões jesuíticas
primeiro governador-geral, fornecendo trabalhadores a fazendeiros da região
em várias partes da
Tomé de Sousa. por um período determinado.
colônia.

Recrutavam os indígenas, que iam aos


aldeamentos acreditando estarem
protegidos de povos inimigos e do
trabalho escravo.
Os indígenas eram convencidos a viver nas
missões de maneira pacífica
(descimento). Caso se rebelassem,
podiam ser escravizados de acordo com o princípio
de guerra justa.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA

Formas de resistência contra a escravidão

Os povos aliados possuíam maior liberdade e espaço


Estabelecimento paranegociar, por ajudarem a defender o território
de conquistado pelos portugueses em tempos de guerra.
alianças

Contato com
os Fuga para o interior da colônia.
portugueses

Alianças entre diferentes povos para


Formas de enfrentar as tropas coloniais.
resistência
à União entre indígenas, africanos e brancos pobres
escravizaçã nos quilombos e mocambos.
o
Recursoa umtribunal português em caso de
captura ilegal.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 4 O NORDESTE AÇUCAREIRO

DE5
A
ID
UN

4
TE M A

O NORDESTE

AÇUCAREIRO
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 4 O NORDESTE AÇUCAREIRO

A produção açucareira A PRODUÇÃO DE


AÇÚCAR (SÉCULOS XVI-
• Nos primeiros séculos de colonização, o açúcar foi o principal produto XVII)
OCEANO
para os comerciantes e para a Coroa portuguesa. AT LÂ NT IC O

• Os melhores resultados vieram das capitanias de Pernambuco eBahia,


E Q UA D O R

favorecidas pela proximidade da metrópole, São Luís

FERNANDO JOSÉ
pelas terras aráveise pelos rios navegáveis, que facilitavam o transporte Natal

FERREIRA
MERIDIANO DE TORDESIL HAS
Paraíba

do açúcar. NO
O
N
NE
L
Olinda
Recife

• Aatividade açucareira foi financiada por europeus, principalmente SO


S
SE

flamengos e holandeses, que forneciam recursos para maquinário,


320 km
Salvador

Ilhéus
escravos, aumento da área de cultivo erefino do açúcar. Porto Seguro

Vitória
Espírito Santo
Rio de
Janeiro Campos dos
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Santos Goytacazes
Itanhaém
Engenho colonial São Vicente

Século X V I
Século XVII
Instalações Moradias de Limites do
Lavoura Brasil
da cana-de- proprietários e Capela atual
canavieir
-açúcar trabalhadores Fonte: Atlas histórico escolar. 8. ed.
a Rio de Janeiro: FAE. 1991. p. 20 e
28.
UNIDADE PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃO
5
HISTÓRIA TEMA 4 O NORDESTE AÇUCAREIRO

A sociedade do engenho
Grandes proprietários de terras e de escravos que administravam
Senhores as atividades do engenho e moravam na
de casa-grande. Podiam também residir nas cidades, onde tinham negócios e
engenho atividades sociais.

Produtores de açúcar quenãopossuíamengenho próprio. Os


Lavrador arrendatários usavam as terras e o engenho alheios,
es de enquanto os proprietários cultivavam a cana em suas próprias terras e a
cana moíam no engenho de outro.

Realizavam tarefas especializadas, como o feitor, que escolhia as terras, o


Trabalhador tipo de cana e o momento ideal para o cultivo e colheita, e o mestre de
es livres açúcar, que garantia a qualidade do produto final. Havia ainda o purgador e
o caixeiro.

Trabalhavam nas plantações, nos engenhos, em tarefas domésticas ou em


Africanos atividades manuais. Suas condições de moradia
escravizados e alimentação nas senzalas eram precárias, e sofriam com castigos
físicos, má alimentação e desagregação familiar.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
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HISTÓRIA TEMA 1 TRABALHO ESCRAVO E TRABALHO SERVIL

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TE M A

TRABALHO ESCRAVO
E TRABALHO SERVIL
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 1 TRABALHO ESCRAVO E TRABALHO SERVIL

Formas de trabalho compulsório


Otrabalhador era considerado uma
Em praticamente todo
propriedade do senhor; podia ser
o mundo antigo, uma pessoa não era
utilizado na agricultura, nas minas,
escravizada por sua cor ou etnia. A
nos serviços domésticos, além de ser
escravidão era impostaaos
Escravidã trocado, vendido ou alugado. O
estrangeiros capturados em guerras
o escravo poderia ter perdidosua
e às
liberdade ou já ter nascido nessa
pessoas empobrecidas quenão quitavam
condição.
suas dívidas.
Trabalho
comp sóri
Na Antiguidade, os hilotas
ul o Diferentemente do escravo, o servo
eram servos conquistados e
possuía algum grau de liberdade
obrigados a trabalhar para os
pessoal e não era uma propriedade
espartanos em troca de
do senhor.
Servidã parte do que produziam.
Contudo, estava preso à terra e
o Na era medieval, o servo tinha
devia-lhe lealdade, obediência e o
direito a uma parte das terras do
pagamento de tributos naforma de
senhoriopara sua própria produção.
trabalho.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 1 TRABALHO ESCRAVO E TRABALHO SERVIL

O tráfico negreiro e a escravidão moderna

Os europeus
Os africanos
Expansão criaram feitorias Início da
escravizados foram
marítima na África, onde escravidã
transportados nos
portuguesa trocavam armas, fumo e o
navios negreiros e
pólvora por escravos moderna
comercializados nas
fornecidos pelos chefes
Américas.
africanos. Em geral, os
Avendade escravos
cativos eram prisioneiros
tornou-se uma atividade
de guerra, criminosos
comercial
ou endividados.
intercontinental e Diferencia-se da
lucrativa. escravidão antiga por
conta de seu
critério racial,
de sua abrangência
territorial e
importância
econômica.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

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O TRÁFICO
TRANSATLÂNTICO
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

O tráfico transatlântico
• Os portugueses foram pioneiros no comércio de pessoas escravizadas
da África para a América.

Instalação de grandes Criação de rotas diretas entre a África e a


plantações de açúcar, América, transformando o tráfico negreiro em
tabaco e algodão em umnegócio transatlântico.
terras americanas.

Necessidade de um
Fundação das colônias de Luanda e Benguela e
grande contingente de
formação de uma sociedade colonial portuguesa
trabalhadores e busca
voltada à captura e vendade escravos.
por mais mão de obra.

Resistência e
Aumento das guerras entre reinos africanos,
hostilidade dos
voltadasà captura de escravos para serem
indígenas ao
comercializados com os europeus.
trabalho forçado.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

O funcionamento do tráfico negreiro


• Coma expansão da economia açucareira no Caribe, ingleses, franceses e
holandeses se tornaram concorrentes dos espanhóis e portugueses no
comércio de escravos.
• No século XVIII, os ingleses dominavam o tráfico no Atlântico Norte e
comerciantesportugueses e luso-brasileiros,
no Atlântico Sul.
• Comércio triangular: europeus adquiriam os escravos
na África, negociavam-nos nas Américas e levavam açúcar, tabaco e
rum para a Europa.
• Amaioria dos escravizados foi embarcada em portos da África Centro-
Ocidental; 80% de todos os escravos embarcadosforam levados para as
grandes propriedades monocultoras
de cana-de-açúcar naAmérica (plantations).
• Otráfico causou o maiordeslocamento forçado de pessoas à longa
distância da história (cerca de 12,5 milhões).
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

VISÃO GERAL DO TRÁFICO DE ESCRAVOS (1501-1866)

EUROP
AMÉRICA
A

FERNANDO JOSÉ
DO
Ilhas
NORTE Açores

FERREIRA
TREZE Ilha da Argel ÁSIA
COLÔN IAS
OCEANO Madeira M a r r a ke c h Trípoli
INGLESAS ATLÂNTICO Cairo
ARÁBIA
TRÓPICO DE CÂNCER Havana
C UBA Santo
D omin go Meca
C A B O VERD E Timbuctu ÍN DIA
Veracruz Ilhas de
AN T ILHAS IÊMEN
B A RB A D O S C a b o Ve r d e SEN EG ÂM BIA
1700-1866
SERRA C O S TA G O L F O Número de escravizados
C artagena L EO A DO
DO
O U R O BENIN
ÁFRICA
São Jorge G OLFO D O
EQUADOR
da M ina BIAFRA 8.000.000
0° Ilhas de M ombaça
São Tomé
OC EANO 4.000.000
AMÉRICA 1501-1866 Á FRI C A
Lu anda CENTRO-
COSTA
2.000.000
SUAÍLI
O CE AN O DO SU L Salvador ÍNDICO
-OCIDENTAL 1.000.000
Beng uela M O Ç A M BIQUE
SUDESTE
PACÍFICO D A ÁFRIC A M A D A G A S C A R A espessura das setas indica
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO Rio de Janeiro Ilhas Mascarenhas a proporção do número de
escravizados transportados.
MERIDIANO DE GREENWICH

OCEANO
Cabo da
ATL ÂNTICO Boa Esperança NO
N
NE
Buenos Aires O L
SO SE
S
1.050 km

Fonte: Voyages: T h e Trans-Atlanti c Slave Trade Database.


Disponível e m <htt p://mod.lk/0kdql>.
Acesso e m 21 mar. 2018.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

O discurso que justificava a escravidão

Do ponto de vista moral e


jurídico, basearam-se no
pensamento de juristas
cristãos, da Igreja, nos textos de
Aristóteles e no direito romano.
Para justificar os lucros
gerados pela prática de
escravizar pessoas e Uma das justificativas para a
legitimá-la, os europeus escravidãoassociava os negros a Caim,
buscaram retratá-la como Do ponto de vista legal, leis personagem bíblico
justa, natural e necessária. foram criadas para amaldiçoado por Deus. De acordo com
regulamentaraescravidão, definindoa essa concepção racista, o sofrimento
extensão do poder do senhor, as dos africanos seria uma chance de
condições de compra e venda, os expiarem seus pecados e de se
castigos converterem ao cristianismo.
e as situações em que os
escravos poderiam obter a
alforria.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

Etapas do tráfico negreiro e seus agentes

Captura Transporte pelo Venda dos


no Oceano escravos
interior Atlântico até a na
da África América América
• Chefes locais promoviam guerras e Arede de comércio de escravizados era Os europeus negociavam os
expedições de captura em vilas e composta pela elite mercantil, africanos escravizados no Caribe, nas
aldeias rivais. Em troca dos cativos, comerciantes, capitães de navios, treze colônias inglesase na América
esseschefes recebiam dos europeus marinheiros e armadores, e era do Sul e depois partiam para a
conchas, objetos de ferro e cobre, financiada porbanqueiros europeus. Europa levando açúcar, tabaco e rum.
tecidos finos, tabaco,cavalos, armas Esse circuito que passava pela
de fogo e bebidas. África, América e Europa ficou
• Guias, intérpretes, carregadores e conhecido como comércio
funcionários reais auxiliavam no triangular.
tráfico nas proximidades dos portos.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

A dimensão humana da
travessia atlântica
• Do total de africanos escravizados queembarcaram nos 001-f-AH7-U06-ANOTACOES-M18

BIBLIOTECA SAVERY, TALLADEGA


navios, quase 2 milhões sucumbiram às precárias
condições de viagem, como a superlotação,as doenças e
os
castigos físicos.
• Para aumentar o fornecimento de escravos aos
europeus, as elites africanas criaram mecanismos para
escravizar cada vez mais pessoas. Comoresultado,
regiões foram despovoadas, reinos tornaram-se
instáveis e diferentes povos sofreram com a
desagregação social de suas comunidades.
• Frequentemente, porém, os africanosresistiam: promoviam
fugas, motins nos navios negreiros, formavam comunidades Detalhe de O motim no Amistad, pintura
mural de Hale Woodruff, 1938.
de fugitivos etc.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
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HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

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A ESCRAVIDÃO
AFRICANA NO BRASIL
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
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HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

Os africanos trazidos para o Brasil


Escravização de povos africanos variados,
classificados em doisgrandes grupos linguísticos:
banto e iorubá.

Chegada dos africanos ao Brasil e


interação com indígenas e europeus da
colônia.

Construção de uma cultura Reflexo na composição


afro-brasileira, que demográfica do Brasil: hoje
inclui festas, temos a segunda maior
pratos, música, danças e população negra do mundo.
cerimônias religiosas.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

O TRÁFICO DE ESCRAVOS PARA O BRASIL (SÉCULOS XVI-XIX)


MERIDIANO DE GREENWICH

FERNANDO JOSÉ
FERREIRA
TRÓPICO DE CÂNCER

ÁFRICA
OC EA NO SONGAI
ATLÂNTICO Cabo Verde ETIÓPIA
Ifé
São Jorge da Mina
EQ UA DO R

São Luís Ilha
AMÉRICA Olinda São de CONGO Mombaça
Tomé Luanda
D O S U L Salvador Benguela
Moçambique
Rio de Janeiro
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

Cabo da Boa OCEANO


OCEANO Esperança
ÍNDICO
PACÍFICO
Fontes: CAMP OS, Flavio de;
NO
N
NE
DOLHN IKOFF, Miriam. Atlas:
O L
história do Brasil. São Paulo:
Tráfico de escravizados para o Brasil Scipione, 1993. p. 9; V I C E N T I N O,
SO SE
Iorubás S
Cláudio. Atlas histórico: geral
1.050 km
Bantos e Brasil. São Paulo:
Scipione, 2011. p. 48, 67 e
92.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

Os iorubás e seus reinos

Grupo étnico-linguístico da África


Indícios arqueológicos indicam que
Ocidental, ainda presente na Nigéria, no
seus reinosse originaram e floresceram
Togo, no Benin
ao sul do Rio Níger por volta do
e em Serra Leoa. Sua cultura foi
século IX, a partir de uma população
levada para a América, ondetem forte
centrada na cidade de Ifé.
presença no Brasil e em Cuba.

Os
povos
iorubás
Seus reinos estavam organizados em
cidades-Estado independentes, que No século XVI, as cidades iorubás
faziam comércio entre si. A cidade próximas ao litoral foram favorecidas
de Ifé, consideradasagrada, era pelo comércio deouro e escravos com
uma referência política e os europeus, ao passo que Ifé entrou
funcionava como entreposto em declínio.
comercial.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

A diversidade dos povos


bantos
• Otermo “banto” designa cerca de 400grupos étnicos africanos
cujaslínguas têm uma origem comum.
Orei se converteu ao catolicismo e foi
• OReino do Congo surgiu por volta dos séculos XIII e XIV
batizado como Dom João.
na África Centro-Ocidental.

Primeiros
Acapital do reino passou a se chamar São
Reino do contatos com
Salvador do Congo.
Congo portugueses
(século XV)

• Estava dividido em províncias e aldeias, e era


controlado pelo rei (mani congo). Iniciou-se uma parceria comercial e
• Fazia comércio com os cuxitas, os nilotas e com política centrada no comércio de escravos.
mercadores árabes vindos do norte.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

Escravidão e resistência no Brasil

Assassinato de feitores,
Os donos e os capitães do mato e familiares
Grande parte dos cativos dos senhores.
capatazes puniam os resistiu à escravidão,
escravos com agindo de forma violenta
violência física nos Fugas para as matas e
ou utilizando métodos
casos de pacíficos. cidades distantes, e
desobediência ou formação de comunidades de
baixa produtividade. escravos fugidos, chamadas
quilombos.

Os principais
instrumentos de
tortura utilizados pelos Os quilombos e as senzalas
donos e capatazes serviram como espaços de
eram chicotes, convívio social, trocas e criação
algemas, correntes e de novas identidades entre os
palmatórias. cativos
de diferentes origens.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 3 A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL

O trabalho escravo no Brasil


Trabalho agrícola
Produção de açúcar no Nordeste (séculos XVI e XVII,
principalmente)e de café nas lavouras do Vale do Paraíba
(século XIX), além da produçãode gêneros voltados ao
mercado interno.

Em mais de três Mineração


Os escravos eram Extração de ouro e diamantes em Minas Gerais (século
séculos de tráfico
comercializados nas XVIII).
negreiro, cerca de 5
praçasmercantis de
milhões
Salvador, Olinda,
de africanos
Rio de Janeiro, entre Serviços domésticos
escravizados entraram
outras cidades. Exercidos no campo e nas cidades.
no Brasil.

Atividades urbanas
Ofícios como sapateiro, pedreiro, carpinteiro e vendedor.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 4 A ESCRAVIDÃO NO CARIBE E NOS ESTADOS UNIDOS

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4
TE M A

A ESCRAVIDÃO NO
CARIBE E NOS
ESTADOS UNIDOS
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 4 A ESCRAVIDÃO NO CARIBE E NOS ESTADOS UNIDOS

Tráfico negreiro e escravidão no Caribe


• Cerca de 4,8 milhões de escravos aportaram nas ilhas do Caribe durante o período em que
vigorou o tráfico negreiro.
• “Pérola das Antilhas”: no século XVIII, São Domingos era grande produtora
de açúcar, cacau e café e também o segundo maior ponto de desembarque dos escravos
no Caribe.
• Os ingleses dominaram o tráfico na região até O CARIBE EM
1807, quando o Parlamento britânico proibiu o 1700
tráfico negreiro entre a Áfricae suas colônias na OCEANO

FERNANDO JOSÉ
AT L ÂNT I CO

América. TR Ó PI CO D
E CAP R IC Ó R N
IO

FERREIRA
PORTO RICO
HISPA N I O L A CUB A

• No final do século XVIII, a introdução da SÃO S A N TO


DOMINGO
D OMI N GOS (REPÚBLICA M A RTINICA
GUADA LU P E

(HAITI)
plantation açucareira em Cuba aumentou o JA M A I CA
DOMIN IC A N A) BA R BA D OS

fluxo de cativos para a ilha e dificultou a NO


N
NE M A R DA S

integração social dos libertos, antes possibilitada O


SO SE
L

ANTILHAS
A R UB A
C U R A ÇA O Possessões inglesas
Possessões holandesas

pela baixa migração de espanhóis.


S
Possessões francesas
230 km
Possessões espanholas
80° O

Fonte: CAMPOS, Flavio de; DOLHNIKOFF,


Miriam. Atlas: histó ria do Brasil.
Sã o Paulo: Scipione, 1993. p. 13.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 4 A ESCRAVIDÃO NO CARIBE E NOS ESTADOS UNIDOS

A escravidão nos Estados Unidos


• Ocomércio regular das treze colônias com a costa africana começou no
final do século XVII e se prolongou após a independência dos Estados
Unidos.

Independência Crescimento da
Treze
dos Estados população de
colônia
Unidos(1776) escravos Resultado do
s
Aescravidão persistiu, incentivo à reprodução entre
tanto no sul como no norte. os cativose do fornecimento
• Maryland, Virgínia, Carolina do de pessoas via tráfico
Sul e Geórgiarecebiam a transatlântico, apesar das
maioria dos escravos, vindos da África várias leis que proibiam esta
e do Caribe inglês. atividade a partir de 1807.
• No sul, os cativos trabalhavam no
cultivo de tabaco, algodão, anil e
arroz; no norte, como criados,
artesãos e na construção de obras
públicas.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 4 A ESCRAVIDÃO NO CARIBE E NOS ESTADOS UNIDOS

A resistência à escravidão

Após a insurreição em São


Domingos, que levou à abolição
da escravidão e
à independência do Haiti,
Caribe escravos e libertos de outros países
também promoveram rebeliões e
conspirações.
Resistê cia
n dos
escravos Desde o período colonial, escravos
resistiram com revoltas, fugas,
formação de quilombos, negociações
diretas e recursos aosórgãos judiciais.
No século XIX, os movimentos
Estados
abolicionistas cresceram e divulgaram
Unidos
sua causa por meio de jornais.
UNIDADE AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃO
6
HISTÓRIA TEMA 4 A ESCRAVIDÃO NO CARIBE E NOS ESTADOS UNIDOS
TEMA 2 O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO

A Ferrovia Subterrânea
A FERROVIA SUBTERRÂNEA (1822-
1861)
• Entre o final do século XVIII
90° O
Rota de f u ga para
territórios e estados CANADÁ
livres n o norte dos
e o início do século XIX, milhares de Estados Unidos, Ca na dá
BRITÂNICO

FERNANDO JOSÉ
Britânico, México, Cuba

escravos fugitivos do sul dos Estados


e Bahamas Montpelier

FERREIRA
Estados e Concord Boston
territórios livres
Unidos foram levados aos estados livres Estados e territórios
escravistas
St. Paul Providence
Rochester Hartf ord

do norte,
Madison Detroit
Trenton Nova York
Cidades
Des Chicago Cleveland

para o Canadá e o México, por meio Moines Filadélfi a


Columbus
Indianápolis Annapolis

de uma rede de rotassecretas, conhecida Springfi eld


40° N Cincinnati
Louisville Richmond
Lawrence Frankfort

como Underground Railroad N


Jefferson St.Louis Raleigh

(Ferrovia Subterrânea). NO
O
NE
L
Litt le
Nashville

Atlanta
Wilmington
Columbia
Rock
• Opercurso para a liberdade era feito
SO SE
S
Charleston
230 km Montgomery
Milledgevil Savannah OCEANO
ATLÂNTICO
por uma rede de rotas
Jackson
Baton Tallahassee
Rouge St. Augusti ne

secretas, onde os fugitivos viajavam ocultos San


Austi n
Antonio
Houston
Nova
Orleans
em carroças ou a pé, em vias pouco Galveston

Gol fo d o
Para as

movimentadas.
Bahamas
México C DÂE
DCOE
M É XI CO Para PT IRCÓOPI
TRÓ ECRER
Cu b a N CÂCN

Fonte: Waggoner, C. (n.d.). T h e Underground


Railroad (1820-1861). Social Welfare History Project.
Disponível e m
<htt p://mod.lk/0yj5l>. Acesso e m 3 abr. 2018.
UNIDADE 7 CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA

HISTÓRIA TEMA 1 A CRISE DO SÉCULO XVII NA EUROPA

DE7
A
ID
UN

1
TE M A

A CRISE DO
SÉCULO XVII NA EUROPA
UNIDADE 7 CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA

HISTÓRIA TEMA 1 A CRISE DO SÉCULO XVII NA EUROPA

O Estado absolutista
• Entre os séculos XVI e XVII, a centralização do poder real atingiu seu ponto culminante com o regime
absolutista, que marcou o chamado Antigo Regime.
• Omaior símbolo do absolutismo foi Luís XIV da França, que teve o maislongo reinado e serviu como
modelo para as demais monarquias europeias.

Consolidação Formação do Desenvolvimento da


do poder Estado monarquia
real moderno absolutista

• Centralização do poder dos reis. • Autonomia do rei para criar impostos e vender
• Criação deimpostos e moedas de cargos.
circulação em todo o reino. • Administração da justiça, das finanças, das colônias,
• Instituição de funcionários do comércio e de outros departamentospor uma
administrativos do Estado. ampla burocracia.
• Formação de exércitos permanentes • Permissão de uma única Igreja no reino.
e profissionais. • Divinização da figura dos monarcas.
UNIDADE 7 CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA

HISTÓRIA TEMA 1 A CRISE DO SÉCULO XVII NA EUROPA

Teóricos do absolutismo

• Autor: Thomas Hobbes (1588-1679)


• Principal obra: O Leviatã
• Teoria: Anatureza humana é má e egoísta;
por isso, apenas um Estado forte impediria uma “guerra de
Razã todos contra todos”. Assim, o indivíduo deveria abdicar da
o liberdade em favor da própria vida. Aautoridadepoderia ser
do rei ou de uma assembleia, desde que todos aceitassem
sua soberania.

Origem da
legitimidade
do poder real
• Autor: Jacques Bossuet (1627-1704)
• Principal obra: Política tirada da Sagrada
Escritura
F • Teoria: Opoder do soberanoexpressa a vontade de Deus, e
é por isso é sagrado eincontestável (doutrina do direito
divino). Membro da corte de Luís XIV, Bossuet confirmou
o imaginário coletivo francês já existente sobre a figura divina
do rei.
UNIDADE 7 CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA

HISTÓRIA TEMA 1 A CRISE DO SÉCULO XVII NA EUROPA

O esgotamento do mercantilismo
Como objetivo de fortalecer o Estado, os reinos Acrescente disputa por mercados,
adotavam práticas mercantilistas: possessões coloniais e entrepostos
procuravam obter uma balançacomercial favorável e comerciais
acumular metais preciosos. entre os reinos revelou
Para isso, instituíram o exclusivo comercial uma incompatibilidade entre o
metropolitano com suas colônias. mercantilismo e a expansão da
economia capitalista.

Aprofundamento de
Abalo do sistema
antigas rivalidades e
mercantilista e do
incentivo a guerras na
exclusivo comercial
Europa.
metropolitano.
UNIDADE 7 CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA

HISTÓRIA TEMA 1 A CRISE DO SÉCULO XVII NA EUROPA

As guerras entre Espanha, Holanda e Inglaterra

Em 1581, asprovíncias do
Comapoiodas províncias do Em 1648, a Espanha reconheceu
norte dos Países Baixos
sul dos Países Baixos, a definitivamente a independência
declararamindependência
Espanha rejeitou a declaração das República das Províncias
em relação ao Império
de Unidas, que passou a ser
Espanhol, formando a
independência, deflagrando um
República das conhecida co mo Holanda.
longo conflito.
Províncias Unidas.

Os conflitos geraram altos Amsterdã se tornou o maior


custos para as Coroas manterem centro comercial, financeiro e
suas frotas e seus exércitos, além Concluído o conflito, os manufatureiro
de revolta entre os trabalhadores, ingleses se voltaram contra da Europa.
que tiveram que pagar mais os espanhóis, em nova guerra Para conter
tributos para cobrir esses gastos. que durou até 1660. o domínio holandês nos mares do
norte, a Inglaterra combateu a
Holandade 1652 a 1654.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 2 A CRISE E A DEPENDÊNCIA PORTUGUESA

DE7
A
ID
UN

2
TE M A

A CRISE E A
DEPENDÊNCIA
PORTUGUESA
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 2 A CRISE E A DEPENDÊNCIA PORTUGUESA

A União Ibérica (1580-1640)


Em 1578, o rei português O IMPÉRIO DE FILIPE II
D. Sebastião morreu em combate (1580) 0º O C E A N O G L ACI AL ÁRT I CO

CÍRCULO POL AR ÁRTI CO


contra os árabes no norte da

FERNANDO JOSÉ
PAÍSES

África sem AMÉRICA


BAI XO S
Antuérpia Amsterdã
EURO PA ÁSIA

FERREIRA
deixar her deiros.
M ilão Veneza
D O NORTE PORTUGAL
Açores Nápoles
E S PA N H A
Ilha da Madeira Baçorá
Ilhas Canárias
Ormuz
Alcácer Quibir Diu
MÉXI CO TRÓPICO DE CÂN CER
Mascate
AMÉRICA Macau O CE AN O
Santo Domingo OCEANO ÁFRICA Bombaim
Áde n FILIPINAS
Goa
CENTRAL Cabo Verde Cochim
PACÍFICO
Descendente da casa real E CARIBE
Pana
Cartagena
Santa Fé
de Bogotá
ATLÂNTICO São Jorge da Mina
CEI LÃO Malaca

portuguesa, Filipe II da Espanha má


Quito 0º
Ilha de São Tomé
AMÉRICA NOVA
OC E ANO EQ UA
D O SUL
Molucas
GUINÉ
D OR
Olinda Luanda OCEANO Java
reivindicou o trono PACÍFICO
Cuzco
Lima Salvador Benguela
Moçambique
ÍNDICO
e invadiu o reino, dando início TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
AS
Rio de Janeiro
M ADAG AS C AR

MERIDIANO DE GREENWICH
Assunção

à UniãoIbérica.
R DE SI L H
N
Santi ago de Chile Cabo da NO NE
Boa Esperança O L
TO

SO SE
O DE

S
Possessões do Império
N

1.610 km
Habsburgo (1580)
DI A

CÍRCULO P OL AR ANTÁRTI CO
E RI M

Ocontrole espanhol sobre as Fonte: CAMPOS, Flavio de; DOLHNIKOFF, Miriam. Atlas: histó ria do
colônias e as guerras no século Brasil. Sã o Paulo: Scipione, 1997. p. 11.
XVII enfraqueceram o Império
Português.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 2 A CRISE E A DEPENDÊNCIA PORTUGUESA

As invasões holandesas
• As investidas holandesas começaram no final do século XVI e se estenderam
pela maior parte do século XVII. Aseguir, veja alguns dentre seus principais alvos.

Domínio ibérico Atividade Invasões


Holanda e Portugal guerrearam até
Centros de Fornecimento de a assinatura da Paz de Haia, em
comércio nas especiarias 1663.
Índias Com exceção de Macau, Goa e Damão,
as feitorias e pontos comerciais
portugueses ficaram sob o controle
holandês.
A conquista mais importante e duradoura
Pontos de foi São Jorge da Mina, em 1637, que se
Tráfico de escravos tornou o principal centro fornecedor de
comércio na
África africanos escravizados para as colônias
holandesas
na América.
A invasão foi organizada pela Companhia das
Nordeste da Índias Ocidentais holandesa. O primeiro
Produção de açúcar grande ataque ocorreu em 1624, em
América
portuguesa Salvador, mas a resistência luso-espanhola
levou os invasores a deixar a cidade no ano
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 2 A CRISE E A DEPENDÊNCIA PORTUGUESA

O Brasil holandês
O DOMÍNIO HOLANDÊS NO
• Em 1635, os holandeses se apoderaram do litoral NORDESTE DO BRASIL (SÉCULO XVII)
pernambucano e estabelecerama sede do poder em Olinda. OCEANO

• Logo em seguida, Recife se tornou o centro administrativo ATLÂNTICO

FERNANDO JOSÉ
EQ UA D OR

e ganhou calçadas, praças, pontes e edifícios.

FERREIRA
• Maurício de Nassau: principal autoridade holandesa no São Luís (1641)

Fortaleza (1637)
Nordeste entre 1637 e 1644, fez alianças e concedeu empréstimos
aos fazendeiros para retomar a produção açucareira. Natal (1634)

• Comitivas de intelectuais, cientistas e artistas foram trazidas para Frederica (1634)


O linda (1630)
isc o
catalogar, estudar e pintar anatureza e os grupos humanos do o
S ão
F r a nc Recife (1630)

Brasil edivulgá-los na Europa.

Ri
Penedo (1637)
São Cristóvão
• Os holandesespraticavam uma tolerância religiosa até (1637)

então inexistente naAmérica portuguesa: judeus, calvinistas e Salvador (1624-


1625)

católicos podiam realizar


N
NO NE
O L

seus cultos publicamente. SO


S
SE

200 km
Dom ínio holandês

Fonte: Atlas histórico escolar.


Rio de Janeiro: FAE, 1980. p.
26.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 2 A CRISE E A DEPENDÊNCIA PORTUGUESA

A expulsão dos holandeses

Guerra de
Portugal recuperou sua
Restauraç
independência em 1640,
ão (1640-
com a proclamação do
1668) Os holandeses
duque de Bragança Em precária situação
AEspanha não passaram a produzir
como rei D. João IV. financeira e militar,
reconheceu a açúcar nas Antilhas.
independência e iniciou- Portugal enviou ajuda à
se o conflito. colônia apenas em 1653,
derrotando os holandeses
no ano seguinte.
Insurreição As finanças
Em 1644, a nova
Pernambuca portuguesas foram
administração, após
na (1645) abaladas pelas guerras
Maurício de
Fazendeiros luso- Em 1661, a Holanda e menor comércio.
Nassau, aumentou
brasileiros reconheceu
osimpostos e
mobilizam escravos, a soberania portuguesa
cobrou dívidas dos
libertos e indígenas para sobre o Nordeste em
senhores de
expulsar os holandeses. troca de uma
engenho.
indenização.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 3 O AUMENTO DO CONTROLE PORTUGUÊS

DE7
A
ID
UN

3
TE M A

O AUMENTO DO
CONTROLE PORTUGUÊS
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 3 O AUMENTO DO CONTROLE PORTUGUÊS

A crise econômica portuguesa


• Portugal, o reino que desbravou o Atlântico no século XV e descobriu o caminho marítimo para as
Índias, se encontrava fragilizado em meados do século XVII.

Dependência do
Gastos das guerras contra
comércio de
a Espanha e a Holanda.
produtos vindos das
colônias.

Gastos com a
Fim do monopólio
importação de Fatores da
comercial de
manufaturas e de crise
especiarias e
gêneros econômica
escravos.
alimentícios. portuguesa

Estrutura estatal Queda no preço do


dispendiosa e nobreza açúcar produzido no
parasitária. Nordeste do Brasil.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 3 O AUMENTO DO CONTROLE PORTUGUÊS

Aliança com a Inglaterra

Necessidade de Portugal de Assinatura de três tratados de


adquirir recursos para a guerra aliança, amizade e paz com os Aprofundamentoda
de independência e defender sua ingleses, que permitiram a dependência de Portugal em
colônia na América. mediação britânica nas negociações de paz relação à Inglaterra.
com a Holanda.

1642 1654 1661


Livre-comércio entre os Ampliação das Casamento da filha de
reinos, domínios e ilhas concessões D. João IV com o rei da
de Portugal comerciais aos Inglaterra; o matrimônio
e Inglaterra. ingleses. estabeleceu umacordo
diplomático, no qual os
ingleses se comprometeram a
defender Portugal.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 3 O AUMENTO DO CONTROLE PORTUGUÊS

Mudanças na administração colonial


• Criação do Conselho Ultramarino (1642): órgão
A AMÉRICA PORTUGUESA EM 1650
encarregado de ampliar o controle da Coroa sobre as colônias.
• Criação da Companhia Geral de Comércio do
O CEAN O
Brasil (1649) e da Companhia de Comércio do

FERNANDO JOSÉ
ATLÂNTICO

Estado do Maranhão (1682): órgãos que garantiram Belém

FERREIRA
São Luís

o monopólio português do comércio EST


AD
de diversos produtos. O
DO
Olinda

• Fundação da Colônia do Sacramento TERRAS MA


Recife

(1680): colônia na região do atual Uruguai criada para DA RA

TOR DES ILH AS


NH
ESTADO
ESPANHA
facilitar o acesso à prata da América espanhola. ÃO
D O BRASIL Salvador
(capital até 1763)

• Transferência do controle das Câmaras Municipais Porto Seguro

para um juiz de fora indicadopelo rei.


Vitória
• Organização de expedições para descobrir metais e pedras São
Paulo
Rio de NO
N
NE

preciosas na colônia. São Vicente Janeiro O


SO
L
SE
S
320 km

Fonte: Atlas histórico escolar.


Rio de Janeiro: FAE, 1991. p.
30.
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 4 REBELIÕES NA COLÔNIA

DE7
A
ID
UN

4
TE M A

REBELIÕES NA COLÔNIA
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 4 REBELIÕES NA COLÔNIA

A reação colonial
Rebelião Participantes Motivação Resultado
Proprietários O movimento foi sufocado
Falta de mão de
Revolta de de terra do pelas forças da Coroa. Manuel
obra no
Beckman Maranhão, Beckman e Jorge Sampaio
Maranhão e
(1684-1685) liderados pelos foram executados e os demais
proibição da
irmãos Manuel e foram presos ou condenados
escravização dos
Thomas ao degredo.
indígenas.
Beckman.
Comerciantes de Com o apoio das tropas da
Guerra dos Elevação de
Recife Coroa, os mascates
Mascates Recife à
(mascates) e venceram.
categoria de vila,
(1710-1711) senhores de Recife se tornou a sede
que gerou revolta
engenho de da capitania de
dos senhores em
Olinda. Pernambuco, em 1711.
Olinda.
Aumento de
Populares de
impostos na colônia Suspensão temporária
Salvador,
Revolta para compensar o dos tributos pagos à
sob a
do pagamento feito Coroa.
liderança do
Maneta por As principais lideranças,
comerciante
(1711) Portugal aos porém, foram punidas com
João Figueiredo
franceses, para que açoite
da Costa,
estes não atacassem
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 4 REBELIÕES NA COLÔNIA

Os quilombos e a resistência escrava


• Não foram apenas as elites que promoveram revoltas; QUILOMBOS NO BRASIL (SÉCULO XVII AO
trabalhadores escravizados também desenvolveram XIX) N

meios de se rebelar.
NO NE
O L
Calçoene

FERNANDO JOSÉ
SO SE

• Os quilombos eram aldeias formadas Trombetas


Belém Turiaçu
S
390 km

principalmente por escravos fugidos, onde os

FERREIRA
São Luís
Gurupi Preto Cosme

moradoresprocuravam viver de acordo com as formas Alcobaça

de organização política e as tradições culturais


Recife

Xique-Xique

trazidas da África.
Palmares
Andaraí
Carlota
Calunga
Salvador

• Essas comunidades foram criadas em diferentes (ou Piolho)


Jaguaripe
Paraopeba

momentos da história colonial e imperial do Brasil


O
Campo
i
Grande
ti

e se espalharam por todo o território. A m b ró s i o


Bambuí
Ba
z
ei
r

• Foram também uma estratégia de resistência coletiva


São Paulo Rio de Janeiro
o
ependi
OCEANO Jabaquara C
a

que se transformou no maior símbolo da luta contra PACÍFICO


e
t
é
Quilombos dos Palmares
a escravidão. O
C
Outros quilombos
E
Limites atuais
A do Brasil
N
O
Fonte: Brasil 500 anos: atlas
A
histó rico.
Sã o Paulo: TrêTs, 1998. p.
21. L
Â
UNIDADE CRISE NA EUROPA E REAÇÕES NA COLÔNIA
7
HISTÓRIA TEMA 4 REBELIÕES NA COLÔNIA

O Quilombo dos Palmares

Os palmarinos cultivavam,
pescavam, criavam animais
Adisputa pelaregião Nordeste Provavelmente, eles se e faziam comércio com populações
durante as invasões holandesas uniram a integrantes indígenas, trocando produtos
facilitou a fuga de muitos de quilombos menores e e conhecimentos técnicos.
escravos das propriedades fundaram o Quilombo dos
açucareiras. Palmares, na Serra da
Barriga, em Alagoas.
Por volta de 1650, Palmares
reunia cerca de 15 mil pessoas, entre
escravos, libertos, indígenas e brancos
Aresistência quilombola se Após a expulsão holandesa, o foragidos,
prolongou por vinte anos; em governo português se empenhou distribuídos em mocambos.
1694, Palmares finalmente foi em destruir Palmares enviando
destruído. No ano seguinte, seu expedições militares
último líder, Zumbi, foi derrotado. e bandeirantes.
UNIDADE 8 A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

HISTÓRIA TEMA 1 A PECUÁRIA AVANÇA PELO INTERIOR DA COLÔNIA

DE8
A
ID
UN

1
TE M A

A PECUÁRIA AVANÇA
PELO INTERIOR
DA COLÔNIA
UNIDADE 8 A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

HISTÓRIA TEMA 1 A PECUÁRIA AVANÇA PELO INTERIOR DA COLÔNIA

A pecuária avança pelo


interior da colônia A EXPANSÃO DA PECUÁRIA
(SÉCULOS XVI-XVIII)
• Além de fornecer carne e couro, os bois eram
utilizados no transporte e como força motriz para as

FERNANDO JOSÉ
0º EQUADOR

moendas no Nordeste.
Ri o N eg r o
Be lé m
Ri o
as
São Luís
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FERREIRA
So
li m Am
õ es Fortaleza

M ERID IA N O D E T O R D E SI L H A S
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• Os animais foram criados em grandes

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extensões de terra, abrindo caminho pelo
Pa r Paraíba
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Recife
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interior da colônia.
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• Ogado era comercializado nas feiras.

Ri o
Vila B oa Salvador
N Cuia bá de G oiás
NO NE Ilhéus

á
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Uma das fazendas mais importantes deu origem à

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O L Porto S e gu ro
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SO SE Ri ri
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Feira de Santana, hoje a segunda maior cidade


Ri o
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G r an d e Vitória
380 km o Ti e Espírito Santo
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São Ca mpos dos Goytacaze s

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da Bahia.
Sorocaba Pa ulo
Rio de Janeiro
Santos TR ÓP ICO

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D E CA PR I

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R io I g u a São Vicente CÓ RN IO

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Século XVI

o Pa
• No Sul, portugueses criavam cavalos, vendiam aos
Curiti ba I gCa
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Ri o P a r a na ne ia

n
Ri
Século XVII
Laguna
Século XVIII i

espanhóis os bois e as mulas confinadosnas

a
gu
Feiras de gado

u
OCEANO

Ri o U r
Centros de ATLÂNTICO

estâncias e produziam charque para abastecer indústria de carnes


Limites atuais do Brasil

toda a colônia.
Meridiano de Tordesilhas
50° O

Fonte: V I C E N T I N O, Claudio. Atlas histórico: geral


e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p.
102
UNIDADE 8 A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

HISTÓRIA TEMA 1 A PECUÁRIA AVANÇA PELO INTERIOR DA COLÔNIA

O impacto ambiental da pecuária moderna


• No Brasil atual predomina a pecuária extensiva, em que os bois são criados em vastas pastagens.
• Em 2017, havia 226 milhões de cabeças de gado, número maior do que a população brasileira. É o
segundo maior rebanho bovino no mundo, atrás apenas da Índia.

Aumento dos períodos


Diminuição do
Desmatamento de de seca e de
tamponamento, prejudicando
áreas florestais para criação de queimadas, degradação do
o ciclo de renovação da
pastos. solo e risco de extinção de
água.
espécies animais.
Impactos
ambientais da
pecuária no
Brasil Produção e liberação
de gás metano pelos Contribuição para o
bois no processo efeito estufa e o
de digestão. aquecimento global.
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 2 CONFLITOS E TROCAS CULTURAIS NO SERTÃO

DE8
A
ID
UN

2
TE M A

CONFLITOS E TROCAS
CULTURAIS NO SERTÃO
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 2 CONFLITOS E TROCAS CULTURAIS NO SERTÃO

A expansão das
fronteiras coloniais BANDEIRAS E MISSÕES (1550-
1720)
• Para explorar o interior da colônia, os portugueses tinham

FERNANDO JOSÉ
de enfrentar obstáculos naturais como as serras, matas e
EQUADOR

Belém
São Luís

FERREIRA
rios, além da resistência dos indígenas, que lutavam
contra aescravização e em defesa de suas terras. Natal

MERIDIANO DE TORD ESILHAS


Olinda

• Enviados à colôniapara catequizar os indígenas, jesuítas Recife

fundaram as missões, ou reduções, sertão adentro, tanto


na América espanhola como na portuguesa.
Salvador
Cuiabá
Sertão
dos Goiases
• No início do século XVII, os “paulistas” já faziam OCEANO

ba
í
ana
Ri P ar AT L Â N T I C O
o D
i o o ce

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Ri o G r a

Pa

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comércio com colonos espanhóis que viviam em

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Sertão dos

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e
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Ti e Cataguases

a
d o Sul
b
P ar aí Rio de
Assunção, no atual Paraguai. TR Ó P I C O D E
C A PR IC Ó R N IO

N
Missões
Missões d o Paraguai
d o Guairá Ri o Ig uaçu
R io
São PauloJaneiro
Santos
Missões portuguesas

• Nesse mesmo período, colonos e missionários jesuítasjá NO NE Assunção

á
Ri o Sertão Missões espanholas

an
P ar
O L ai dos Patos Expedições de apresamento dos
gu
L ag una Guarani por mar (1550-1635)


haviam ultrapassadoa linha de Tordesilhas.

u
SO SE

Ur
o P ar a
S Expedições de apresamento dos

o
Ri
Missões Guarani por terra (1585-1641)
350 km d o Tape
Ri
Expedições de apresamento
de outros grupos (pós-
1640)
Limites atuais do Brasil

Fonte: MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra:


índios e bandeirantes nas origens de Sã o
Paulo. Sã o Paulo: Companhia das Letras, 1994.
p. 13.
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 2 CONFLITOS E TROCAS CULTURAIS NO SERTÃO

Os jesuítas na América portuguesa


Catequizavam os indígenas para que
adotassem o modo de vida cristão e
abandonassem seus costumes ancestrais,
como o politeísmo.

Organizaram missões Incorporaram conhecimentos agrícolas


jesuíticas em várias partes da indígenas e aprenderam a língua dos
colôniapara converter os nativos nativos para facilitar o trabalho de
ao catolicismo. catequese.
Sob a liderança do padre Manuel
da Nóbrega, em 1549, os Associavam figuras de autoridade e
jesuítas chegaram ao Brasil elementos da cultura indígena à narrativa
com a comitiva do primeiro cristã para facilitar a assimilação dos
governador-geral, Tomé de Sousa. nativos.

Fundaram colégios mantidos pela


Coroa para educar os colonos e
formar novos padres.
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 2 CONFLITOS E TROCAS CULTURAIS NO SERTÃO

Aliança e guerra com os indígenas


• No século XVII, saíam da vila de São Pauloas bandeiras, expedições de exploração
de metais e pedras preciosas e de apresamento de indígenas para obtenção de mão de obra
para o trabalho nas lavouras.

Contavam com a participação de Entre 1627 e 1640, capturaram cerca


colonos brancos e de centenas ou de 100 mil nativos,
As
milhares de tornando a captura e a venda de
paulista
bandeiras
indígenas aliados, que ajudavam a indígenasescravizados uma atividade
s
capturar os nativos inimigos. rentável.

Apesar da proibição de escravizar Amaior delas foi liderada por


Invadiam aldeamentos jesuítas para
indígenas (1570), colaboraram para que Raposo Tavares, em 1628, até
capturar indígenas sedentarizados e
a maior parte das atividades na vila de Guairá, onde viviam milhares de
estimulavam guerras intertribais para
São Paulo, durante o século XVII, agricultores Guarani. No episódio,
justificar aescravização de povos
fosse realizada porindígenas escravizados. aldeias e missões
hostis.
foram destruídase amaioria dos
indígenas foi escravizada.
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 2 CONFLITOS E TROCAS CULTURAIS NO SERTÃO

Aprendizado e trocas culturais


Oconhecimento e aexperiência dos
nativos osajudaram a sobreviver.
Aprenderam os caminhos nasmatas, a
Colono localizar
paulista
s nelas água, alimentos e animais
s perigosos, a usar arco e flecha e
incorporaram à sua dieta alimentos dos
indígenas.
Troca de
saberes
na colônia Santidade do Jaguaripe
Devido à atuação jesuíta,
No final do século XVI, o pajé
assimilaram elementos da
Tupinambá Antônio criou na Bahia uma
cultura cristã em suas
nova cerimônia religiosa inspirada no
Indígena manifestações culturais.
cristianismo,
catequizados
s Porém, também resistiram ao
revigorando, porém, a mitologia
colonizador, confrontando-o
Tupinambá. O movimento durou seis
e preservando sua religiosidade e suas
meses,ao final dos quais foi desmantelado
tradições.
pelos portugueses.
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 3 A DESCOBERTA DE OURO NAS MINAS GERAIS

DE8
A
ID
UN

3
TE M A

A DESCOBERTA DE OURO
NAS MINAS GERAIS
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 3 A DESCOBERTA DE OURO NAS MINAS GERAIS

A busca por metais preciosos


Portugueses descobriram grandes Chegada de aventureiros, REGIÃO MINERADORA (1711-1798)
jazidas deouro no Sertão dos colonos, estrangeiros, VI
C
RE
IN
E- E N A
D
R
O

A
DA

Cataguases (Minas Gerais) no funcionários da Coroa,


G
VA
0º NO EQUADOR

FERNANDO JOSÉ
N
final do século XVII. tropeiros, comerciantes e NO
O
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L

escravos.

FERREIRA
SO SE
S
470 km

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Fanci sc
Vila
Bela

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Salvador

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Cuiabá Vila Boa

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de Goiás

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Arraial do Nossa Senhora da
Criação da

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C ui a
Tejuco Conceição do Sabará

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na
Ri Vila Real de Nossa

PE

Par a
Intendência das
Rio G ran d e
Senhora do Carmo

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Par
OCEANO

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Vila Rica
Preocupação da Coroa
São João

do
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del-Rei Rio de Janeiro


Minas


TRÓ PIC O
PACÍFICO São Paulo

ara
DE CA PR

portuguesa em fiscalizar
ICÓ RN IO

Rio P
Principal área de diamantes
OCEANO
(1702) Área de extração de ouro
ATLÂNTICO
a exploração e a circulação do
em Minas Gerais
As minas de Mato Grosso
Órgão para fiscalizar a e Goiás

metal. Capitania de Minas

atividade mineradora e cobrar Gerais


Limites do Brasil no fi nal
do século XVIII 50º O

o quinto, imposto devido à Fonte: RESENDE, Maria Efigê nia Lage de;
Coroa. VILLALTA, Luiz Carlos (Orgs.). As Minas
setecentistas. Belo Horizonte: Autê ntica;
Comp anhia do Tempo, 2007. v. 1, p. 77 e 79.
UNIDADE A EXPANSÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA
8
HISTÓRIA TEMA 3 A DESCOBERTA DE OURO NAS MINAS GERAIS

Conflitos entre paulistas e emboabas

Coma vitória emboaba, exploradores


Bandeirantespaulistas
paulistas tiveram que procurar metais
encontraram ouro na região de
preciosos em outrasregiões. Muitos
Minas Gerais e reivindicaram
deles também foram criar gado no Sul
exclusividade na extração.
da colônia.
Guerra dos Emboabas
(1707-1709)
Adisputa pelo controle da
área mineradora levou ao
conflito entre paulistas e
Muitas pessoas de outras
emboabas.
regiões e países migraram para Oconflito evidenciou o fraco
explorar o ouro e foram controle metropolitano sobre a região
chamadas de emboabas dasminas, o que levou a
(“estrangeiros”) Coroa a aumentar sua presença.
pelos paulistas.
Em 1709, foi criada a capitania de São Paulo
e Minas do Ouro, cujo quadro de autoridades reais foi
ampliado e alguns de seus povoados foram elevados à categoria
de vila.
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HISTÓRIA TEMA 3 A DESCOBERTA DE OURO NAS MINAS GERAIS

Descoberta e exploração dos diamantes


Criação do Distrito Diamantino
É provável que o início da
(1734)
exploração dos diamantes
Fundado com o objetivo de
no Brasil tenha ocorrido na
isolar a área, impedir
atual cidade de Diamantina,
o contrabando, controlar a
na região do Serro Frio, por volta
chegada de aventureiros e
de 1714.
arrecadar impostos.

Em 1771, a extração de
Portugal instituiu o sistema de Mesmo com os elevados tributos, o
diamantes passou a ser
contrato, por meio do qual era negócio foi muito lucrativo e os
administrada diretamente por
concedido o direito deexploração do contratadores desfrutaram de
Portugal, por meio de umórgão
diamante mediante o pagamento de um grande prestígio na sociedade.
do governo,
tributo à Coroa.
a Real Fazenda.
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HISTÓRIA TEMA 3 A DESCOBERTA DE OURO NAS MINAS GERAIS

Regras da exploração do ouro


Necessidade de comunicar ao governo a Depoisde registrada, a mina
descoberta de cada lavra e de obter uma era dividida em lotes, chamados
autorização para explorá-la. datas. Uma delas deveria ser
destinadaà Coroa.

Revolta de Filipe dos Santos


(1720)
Proibição da circulação do ouro em pó Mineradorescontestaram a
Cerca de 2 mil mineiros tomaram Vila
para evitar o contrabando. Ele era medida, pois ela
Rica, mas foram derrotados pelas tropas
transformado em barras nas Casas de dificultaria a comercialização de
do governo. A Coroa então criou a
Fundição. produtos que
capitania de Minas Gerais,
chegavam à região.
separada de São Paulo.

Instituição da derrama
Instituição do sistema de capitação,
Em 1750, o governo fixou uma cota de Caso a cota deouro não fosse
no qual se tributava o ourode acordo
100 arrobas anuais para toda a área atingida, a população deveria
com o número de
mineradora. completá-la com seus
escravos do minerador.
próprios recursos.
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HISTÓRIA TEMA 3 A DESCOBERTA DE OURO NAS MINAS GERAIS

A mineração e seus impactos ambientais


Ouro de aluvião
Ouro naforma de pedriscos em
leitos de rio.

Técnica da lavagem
Assoreamento de rios, desvio do
Extraçã Uso de jatos d’água para
percurso de riachos e impacto
o desprender o sedimento e
sobre espécies aquáticas.
aurífera transformá-lo em lama.

Em 2015, o rompimento de
uma barragem de rejeitos de mineração
Ouro em filões em Mariana (MG) causou mortes e
Veios do ouro incrustados nas destruiu os ecossistemas nativos, alémde
rochas. umvalioso patrimônio ambiental, do qual
também dependiam comunidades
indígenas, agricultores e pescadores.
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HISTÓRIA TEMA 4 A SOCIEDADE MINEIRA:


DIVISÃO SOCIAL, ARTE E FÉ

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4
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A SOCIEDADE MINEIRA:
DIVISÃO SOCIAL,
ARTE E FÉ
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HISTÓRIA TEMA 4 A SOCIEDADE MINEIRA:


DIVISÃO SOCIAL, ARTE E FÉ

Uma sociedade dinâmica


• Coma exploração aurífera, o número de escravos que entraram na
colônia triplicou em relação ao total
dedesembarcados no período anterior.
• No leito dos rios, os escravizados extraíam o ouro por longas horas, podendo
ser atingidos por doenças pulmonares.
Nas galerias subterrâneas, corriam o risco de asfixia
e soterramentos.
• Asociedade formada na região das minas era populosa, diversificada
e dinâmica: os escravos podiam obter sua alforria com o dinheiro
que acumulavam ao realizar atividades como o pequeno comércio e
o garimpo.
• Aconcessão de alforrias pode ter sido ummecanismo de controle
social e ummodo de evitar revoltas dos escravizados nas minas.
• Os libertos, porém, sofriam preconceito na sociedade e eram excluídos dos
cargos de poder na política e na vida religiosa.
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HISTÓRIA TEMA 4 A SOCIEDADE MINEIRA:


DIVISÃO SOCIAL, ARTE E FÉ

Cotidiano e fé nas minas do ouro


Amaioria das pessoas Os escravosresidiam em
morava em casas senzalas ou
térreas pequenas e em ranchos muito simples
pobres, e precários feitos de pau
construídas com a pique, barro, madeira
barro, madeira ou ou palha.
pedra.
A vida
nas
cidades
mineiras
Os habitantes
As irmandades Mostraram a
cuidavam dos
religiosas organizavam- complexidade da
negócios, promoviam
se em torno do culto a sociedade mineira:
festas
um havia irmandades de
e participavam de
santo e ocupavam o ricos e de pobres,
atividades das
centro da vida de brancos e
irmandades
comunitária nas vilas. de negros.
religiosas.
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HISTÓRIA TEMA 4 A SOCIEDADE MINEIRA:


DIVISÃO SOCIAL, ARTE E FÉ

O barroco mineiro

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS


• Aarte barroca caracterizava-se pela representação
de temas ligados à fé católica e às emoções humanas.
• No Barroco mineiro, as igrejas contavam com
rica decoração, dotada de cores com tons fortes e
alegres.
• Para as esculturas, utilizou-se principalmente
pedra-sabão, umtipo de rochaencontrada em
Minas Gerais.
• Entre os grandes artistas do Barroco mineiro
destacaram-se Antônio Francisco Lisboa (c.
1738-1814),
o Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataíde À esquerda, Jeremias, um
(1762-1830), o mestre Ataíde. dos doze profetas
esculpidos por Aleijadinho
em Congonhas.
RUBENS CHAVES/

Acima, Assunção da Virgem,


IMAGENS

pintura do mestre Ataíde na


PULSAR

Igreja de São Francisco de


Assis, em Ouro Preto (1801-

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