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2. (Fatec) Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós (ministro da
Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, o governo imperial
brasileiro aprovou outra, "a Lei de Terras".
Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.
a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que passaram a chegar ao
Brasil.
b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros libertos o
acesso a elas.
c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelos coronéis, inspirou-se no "Act Homesteade"
americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais pobres.
d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua força de
trabalho para os cafeicultores.
e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das dezenas de
quilombos que existiam no Brasil.
5. (UFRGS) Leia o texto: "Rio Branco defendia seu projeto, argumentando que oferecia a mais razoável
e moderada de todas as soluções. Visava a restabelecer a tranquilidade pública e a prosperidade
ameaçada, e, sobretudo, a restaurar a confiança dos proprietários que não podiam continuar na
incerteza que viviam, aterrorizados pelo espectro da abolição. A resistência à mudança, argumentava
ele, teria o efeito de instigar o descontentamento público, a tal ponto que uma medida conciliatória e
moderada já não seria mais aceitável. O projeto oferecia grandes vantagens aos proprietários:
condenava a escravidão a desaparecer a longo prazo, sem abalo para a economia, dando aos
proprietários bastante tempo para se acomodarem sem dificuldades à nova situação. E o que era ainda
mais importante: respeitava o direito de propriedade."
(Adaptado de: COSTA, Emília Viotti da. A abolição. São Paulo: Global, 1982.)
No século XIX, no Império do Brasil, foram debatidos e aprovados muitos projetos relacionados à
questão da escravidão. A qual medida o texto acima se refere?
a) À Lei do Ventre Livre.
b) Ao Bill Aberdeen.
c) À Lei dos Sexagenários.
d) À Lei Eusébio de Queiroz.
e) À Lei Áurea.
6. (UFMT) Em relação à extinção do tráfico negreiro, aprovada pelo Império Brasileiro em 1850,
assinale a(s) alternativa(s) correta(s):
a) O fim do tráfico não comprometeu o sistema compulsório de mão-de-obra porque a taxa positiva de
crescimento vegetativo da população escrava satisfez, em grande parte, a demanda.
b) A utilização da mão-de-obra livre nacional e a aquisição de escravos do Centro-Oeste decadente
foram as soluções adotadas pela política imperial para a falta de braços na lavoura cafeeira.
c) A Lei de Terras, aprovada em 1850, determinou que as terras públicas passassem a ser vendidas e
foi um mecanismo para dificultar o acesso à propriedade de terras por parte dos futuros imigrantes.
d) A reorientação de capitais antes utilizados na importação de escravos dinamizou a economia
brasileira, dando origem a bancos, indústrias e empresas de navegação.
9. (UFMG) Leia este trecho de documento: Pela presente, por um de nós escrita e por ambos
assinada, declaramos que, desejando comemorar por um ato digno da Religião de Cristo, o redentor, e
de humanidade, o aniversário que hoje celebramos, e atendendo aos serviços que já tem nos prestado
o pardo Sabino, nosso escravo, temos de comum acordo e de muita nossa livre e espontânea vontade,
resolvido conferir ao mesmo, como conferimos, a sua liberdade, podendo conduzir-se como se de
ventre livre fosse nascido: com a cláusula porém de continuar a servir-nos, ou a pessoa por qualquer
de nós designada, ainda por espaço de cinco anos a partir desta data.
(Registro de uma carta de liberdade conferida, em 1866, pelo Dr. Agostinho Marques Perdigão Malheiro e sua mulher ao
pardo Sabino. Citado por CHALHOUB, Sidney. "Visões da liberdade". São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p.140.)
Com relação à conjuntura histórica em que foi abolida a escravidão e com base nas informações
contidas nesse trecho, é CORRETO afirmar que
a) a extinção da escravidão se deu de forma abrupta, sendo que as elites abolicionistas optaram por
uma estratégia radical de enfrentamento com a Coroa, o que causou grandes traumas sociais.
b) as soluções encontradas para o problema da escravidão não escaparam ao controle político da
Igreja Católica, que acabou impondo aos fiéis da elite uma teoria particular do abolicionismo.
c) o debate sobre a abolição trouxe à tona as ambiguidades das atitudes políticas de uma parte da elite
brasileira, que julgava o ato de emancipação uma benesse, pela qual o ex-escravo deveria pagar.
d) os problemas ligados à escravidão se atenuaram ao longo do século XIX, quando o crescimento das
revoltas escravas suprimiu conflitos entre os negros e as elites rurais.
10. (UFC) Em sua obra "O Abolicionismo", Joaquim Nabuco afirma: "Para nós a raça negra é um
elemento de considerável importância nacional, estreitamente ligada por infinitas relações orgânicas à
nossa constituição, parte integrante do povo brasileiro. Por outro lado, a emancipação não significa tão
somente o termo da injustiça de que o escravo é mártir, mas também a eliminação simultânea dos dois
tipos contrários, e no fundo os mesmos: o escravo e o senhor."
(NABUCO, Joaquim. "O Abolicionismo." Edição fac-similar. Recife. Fundação Joaquim Nabuco. Ed. Massangana. 1988. p. 20)
11. (PUCRS) Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre o movimento abolicionista
no Brasil, na segunda metade do século XIX.
I. A campanha abolicionista reforçava-se pela pressão antiescravista internacional e pelo fato de o
Brasil ser o último país independente a manter a escravidão após 1865.
II. O movimento abolicionista tinha a participação de setores agrários não-vinculados à escravidão e
das camadas médias urbanas: intelectuais, profissionais liberais e estudantes universitários.
III. Importantes setores do abolicionismo viam a necessidade de serem criados meios de integração
dos negros à sociedade na condição de trabalhadores assalariados após a abolição.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que
a) apenas a I está correta.
b) apenas a III está correta.
c) apenas a I e a II estão corretas.
d) apenas a II e a III estão corretas.
e) a I, a II e a III estão corretas.
12. (UFPR) "A introdução de novos africanos no Brasil não aumenta a nossa população e só serve de
obstar a nossa indústria. Apesar de entrarem no Brasil perto de quarenta mil escravos anualmente, o
aumento desta classe é nulo, ou de muito pouca monta: quase tudo morre ou de miséria ou de
desesperação, e todavia custaram imensos cabedais. [...] Os senhores que possuem escravos vivem,
em grandíssima parte, na inércia, pois não se veem, precisados pela fome ou pobreza, a aperfeiçoar
sua indústria ou melhorar sua lavoura. [...] Ainda quando os estrangeiros pobres venham estabelecer-
se no país, em pouco tempo deixam de trabalhar na terra com seus próprios braços e, logo que podem
ter dois ou três escravos, entregam-se à vadiação e desleixo."
(ANDRADA E SILVA, José Bonifácio de. Representação à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil
sobre a Escravatura, de 1823. In: DOLHNIKOF, Miriam. "José Bonifácio de Andrada e Silva: Projetos para o Brasil".
São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 56-57.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o abolicionismo no Brasil, é correto afirmar que nas
duas primeiras décadas do século XIX:
a) o movimento abolicionista consolidava uma articulação de partidos políticos em prol da libertação
dos africanos e da sua inserção na sociedade brasileira como trabalhadores livres para a agricultura e
para a indústria.
b) as elites dirigentes estavam plenamente convencidas da necessidade da abolição do tráfico negreiro
para defender o sistema escravista das pressões empreendidas pelo movimento humanitário
internacional.
c) alguns setores sociais pretendiam promover o progresso econômico do Brasil com base na indústria
e viam os negros como obstáculo a esse desenvolvimento, na medida em que eles não tinham
qualquer aptidão para o trabalho naquele setor.
d) alguns integrantes da elite dominante passaram a compreender a escravidão como um problema
que dificultava o progresso nacional, já que a sua manutenção desestimulava novos empreendimentos
econômicos.
e) as elites dirigentes do Brasil estavam convencidas de que a abolição da escravidão ocorreria mais
cedo ou mais tarde e era necessário, portanto, substituir o escravo pelo trabalhador livre.
13. (PUCPR) "O espelho da historiografia reflete imagens côncavas e convexas. A imagem real em
frente do espelho, porém, parece revelar uma nação rude, dividida, de espírito escravista e anti-
legalista, que relutou ao máximo antes de alterar sua ordem econômica e social baseada na
exploração do trabalho escravo. Uma nação que, às 3h15 de uma tarde ensolarada de domingo, 13 de
maio de 1888, não apenas não se livraria de seu passado conturbado como, ainda hoje, parece
incapaz de lidar com ele."
(Bueno, Eduardo. "Brasil: uma História".1. edi., São Paulo, Ática, 2005, p. 218.)
Sobre a abolição da escravidão:
I - Para historiadores com tendências monarquistas, a princesa Isabel foi a heroína que teve a coragem
de abolir a escravidão, o que lhe causou a perda do trono.
II - A radical e intensa pressão da Igreja durante quase todo o segundo reinado, foi uma das mais
importantes forças a favor da libertação dos escravos.
III - A Lei Rio Branco, também conhecida como "Lei dos Sexagenários", que libertava escravos maiores
de 60 anos, na verdade beneficiava os proprietários, permitindo que se livrassem de escravos com
idade avançada.
IV - Por meio do Fundo de Emancipação, foram pagas indenizações apenas aos cafeicultores, após
uma manobra política bem executada por deputados que representavam os proprietários de terras do
oeste paulista.
É correta ou são corretas:
a) apenas I.
b) I e III.
c) I e IV.
d) apenas III.
e) III e IV.
GABARITO