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PARAÍBA
História da Paraíba – Parte II
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
HISTÓRIA DA PARAÍBA
História da Paraíba – Parte II
Sumário
Daniel Vasconcellos
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História da Paraíba – Parte II
Daniel Vasconcellos
Fonte: http://leonidasfelipe.blogspot.com/2015/11/mapa-mental-periodos-da-historia-do.html
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Durante as revoltas, rasgavam cópias dos documentos e impediam que fossem lidos, afi-
xados e implementados. Em alguns casos, ameaçavam de morte funcionários públicos e até
membros de forças de segurança.
Naquele momento, a sociedade escravocrata brasileira passava por uma grande transfor-
mação. Com a Lei Eusébio de Queiroz de 1850, o tráfico de africanos escravizados passou a
ser proibido: “A importação de escravos no território do Império fica nele considerada como
pirataria.”
O medo e a revolta da população advinham das seguintes questões: Qual seria nova for-
ma de obter mão de obra no Brasil? E se o Império quisesse escravizar brasileiros pobres,
negros e pardos?
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Outro movimento importante para seu estudo é a Revolta de Quebra Quilos. Acabei de lhe
apresentar uma questão de uma prova anterior sobre o tema. Agora, aprofundemos: Iniciada
na Paraíba, ocorreu em 31 de outubro de 1874. Foi uma revolta contra as mudanças introdu-
zidas pelos novos padrões de pesos e medidas do sistema internacional, recém introduzidas
no Brasil.
A denominação de quebra-quilos surgiu no Rio de Janeiro, quando populares invadiram
casas comerciais que começaram a utilizar o novo sistema de pesos e medidas. Aos gritos de
“Quebra os quilos! Quebra os quilos”, depredavam os estabelecimentos. A expressão começou
a ser utilizada indiscriminadamente para se referir a todos os participantes dos movimentos de
contestação ao governo com relação ao recrutamento militar, à instituição do sistema métrico
decimal para o cálculo de preços e do aumento de impostos dos governos.
Mais do que uma mudança na organização econômica da vida que, por gerações, estava
acostumada com outros sistemas de medidas, foi um movimento contra a carestia, os abu-
sos dos governos e os arrematantes de impostos, coletores e atravessadores. Agricultores,
criadores de gado e comerciantes, os quebra-quilos eram vistos pelas autoridades como um
“bando de matutos armados de facas e cacetes”. Por isso, a Revolta do Quebra Quilos também
é encontrada na literatura como o nome de Revolta dos Matutos.
Sem uma unidade e sem liderança, de maneira espontânea, a revolta se alastrou por outras
vilas e povoados da Paraíba, chegando a Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas.
Essa revolta começou nas feiras do Agreste e se espalhou rapidamente para cerca de 30 a
40 localidades da Paraíba. A Igreja, rompida com o Império devido à Questão Religiosa (vere-
mos mais adiante), apoiou o movimento e realizou propaganda contra o Império. Além disso,
as elites locais canalizaram a insatisfação popular para aumentar o sentimento antilusitano.
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É nesse contexto que surgiu o cangaço. Destaque para o cangaceiro Jesuíno Brilhante.
Em suas ações, saqueava comboios e mercadorias enviadas do governo aos coronéis que co-
mandavam o sertão, enquanto a população morria de fome em plena seca. Reza a lenda que
Jesuíno, o primeiro cangaceiro do Brasil, não visava um retorno pessoal. A morte de Jesuíno
Brilhante foi digna de registros de cinema. O desfecho ocorreu em dezembro de 1879, em uma
emboscada, na cidade de Belém do Brejo do Cruz, Paraíba, quando vinha sendo perseguido
pela polícia e fora alvejado, de surpresa, por dois tiros na região do abdômen, disparados pelo
seu algoz, Preto Limão.
A partir de 1880 o movimento abolicionista ganha maior repercussão na Paraíba. Para lhe
deixar situado(a), veja abaixo as Leis abolicionistas no período:
Mesmo após a Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil, ocor-
reram desembarques clandestinos na Paraíba e em Pernambuco.
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O que pouco se comenta nos livros didáticos é que, em 25 de março de 1884, o presiden-
te da província do Ceará, o baiano Sátiro Dias, declarou a libertação de todos os escravos da
província, portanto, a primeira a abolir a escravidão no país quatro anos antes da Lei Áurea.
Acontece que, na década de 1870, a venda de escravizados para outras regiões do país era
importante fonte de receita para a província do Ceará. Nos dias 27, 30 e 31 de janeiro de 1881
e, 3 de agosto do mesmo ano, jangadeiros, liderados pelo Dragão do Mar, se recusaram a trans-
portar, do Porto de Fortaleza para os navios negreiros, escravizados que seriam vendidos para
outras províncias. Esta foi a Greve dos Jangadeiros que, ao paralisar o tráfico por alguns dias,
impulsionou a abolição da escravatura no Ceará.
Segunda província do Império em número de associações abolicionistas em meados de
1870, a Paraíba não foi pioneira, mas foi parte ativa no fortalecimento do abolicionismo até a
publicação da Lei Áurea. A elite paraibana foi contagiada com o movimento do Ceará. O jornal
O Norte, que circulava nessa época, pregava o abolicionismo total, numa propaganda que im-
pressionou a opinião pública.
Apesar da tradição liberal da Paraíba (Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do
Equador de 1824, Revolução Praieira 1848), somente no início da década de 1880, o movimen-
to abolicionista ganha força, com a entrada de setores “excluídos” como as mulheres, artistas
e pessoas negras livres, libertas e mesmo escravizadas. Foi a partir de debates políticos nas
ruas, do nascimento de jornais paraibanos abolicionistas e do ativismo de pessoas brancas co-
muns, de negros livres e ex-escravizados, que o abolicionismo passou da ideia para a prática.
Entre as primeiras associações abolicionistas na Paraíba, ou emancipadoras, grupos organi-
zados que ajudam a libertar os negros escravizados, destaque para a Sociedade Caridade São
João Evangelista, Emancipadora Parahybana, Núcleo Abolicionista e Emancipadora Areiense.
Em 1882, um expoente do abolicionismo brasileiro, José do Patrocínio, participou da fun-
dação da Emancipadora Parahybana, uma das muitas organizações abolicionistas da Paraíba.
Tendo como presidente o padre João do Rego Moura, produziu o jornal Emancipador e conse-
guiu alforriar muitos cativos.
Entre as emancipadoras paraibanas, a Areiense teve um papel de destaque, sendo responsá-
vel pela maior parte dos negros libertos na cidade de Areia. Essa é uma temática de grande rele-
vância e tem grandes chances de ser cobrada pela banca. Um censo feito pelo Império em 1872
indicou que Nossa Senhora da Conceição de Areia, com 1.424 pessoas, era a freguesia com a
maior população escravizada. Em 1871, José Alves de Lima, rico proprietários de fazendas em
Areia, viúvo e sem filhos, libertou todos os seus escravos e deixou para eles parte da sua fortuna.
Contudo, foram dois moradores de Areia que tomaram a frente no processo de libertação
de escravizados: o farmacêutico Manuel Silva, que liderava a Mocidade Emancipadora Areien-
se, e o bacharel Coelho Lisboa. Ambos atuaram na organização de eventos para arrecadar
recursos para a compra de escravizados, acolhendo escravizados fugitivos e incentivando a
fuga de outros cativos.
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Edição de 31 de março de 1888 do Jornal Verdade. Fonte: O processo de abolição da escravidão na Parahyba do
Norte (1870-1888)
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Para celebrar o feito, celebraram uma missa, soltaram fogos e realizaram passeatas, com
libertos confraternizando-se com seus ex-senhores. Tanto o foi que os libertos realizaram um
jantar aos abolicionistas e prestaram uma homenagem a Manoel da Silva, lhe arremessando
flores na sua chegada.
A Paraíba tinha um dos menores percentuais de pessoas escravizadas se comparada a
outras províncias. Do auge da escravidão até a abolição, a população escravizada na Paraíba
foi diminuindo ao ponto de ser de pouco mais de 9 mil escravizados em 1888.
Fonte: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/cidade-da-paraiba-aboliu-escravidao-antes-da-lei-aurea-
-em-1888-diz-pesquisador.ghtml
A Paraíba chegou ao final do século XIX com uma situação econômica muito diferente do
que vivera no auge da atividade açucareira. Além do castigo da seca, que fazia crescer o núme-
ro de retirantes, epidemias na década de 1850 mataram cerca de 30 mil pessoas.
Antes de partirmos para o Período Republicano, vejamos o que levou à crise da Monarquia
e a consequente Proclamação da República. Três foram as principais causas para findar o Im-
pério: Questão Abolicionista, Questão Religiosa e Questão Militar. Veja:
Um dos três pilares de sustentação do Império era a escravidão. Daí a expressão Questão
Abolicionista para nos referirmos aos impactos do processo de abolição da escravidão para a
Monarquia. Diante da pressão internacional pelo fim da escravidão, a própria aristocracia rural
começou a inflacionar o preço dos escravos na expectativa de que o governo pagasse uma in-
denização quando a previsível abolição acontecesse. Como vimos, isso ocorreu em Areia e no
Ceará. Mas o império não o fez. O governo brasileiro libertou os escravos, mas não indenizou
os proprietários. Resultado: a aristocracia escravagista começou a sonegar tributos retirando
o sustentáculo financeiro do Império. Uma grave crise tomou conta do governo, já debilitada
pelos altos gastos com a Guerra do Paraguai (1864-1870).
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Do ponto de vista social, a abolição não resolveu o problema das desigualdades geradas
pela escravidão. Ocorre que o governo imperial e o governo republicano não criaram meca-
nismos para que a população liberta fosse absorvida pelo mercado de trabalho assalariado
ou tivesse condições de possuírem moradia. O resultado pode ser visto ainda hoje, com a
população negra sendo maioria dos integrantes das classes sociais mais baixas, minoria nas
universidades públicas entre outros indicadores sociais.
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Muito fácil! Listei, inclusive, os parágrafos da Lei Feijó no corpo do texto sobre a Questão Abo-
licionista. Tenha em mente que você deverá saber identificar cada uma das leis abolicionistas.
Letra b.
Outra ruptura do Império se deu com a Igreja, no que os historiadores chamam de Questão
Religiosa. Desde o início da colonização prevalecia o regime de Padroado. A igreja era subme-
tida à Coroa Portuguesa e, após a Independência, ao Imperador. Na prática, o Estado poderia
abrir paróquias e indicar bispos com a contrapartida de prover os “salários” do clero.
Assim, D. Pedro II tinha autoridade para aprovar ou não uma ordem do Papa. Em 1872, uma
Bula Papal proibia a participação de membros ligados à maçonaria na vida religiosa da Igreja.
Acontece que D. Pedro II era maçon. Quando D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém,
resolveram seguir as ordens do Papa Pio IX, o imperador ordenou que fossem presos. Foram
libertos em 1875, mas já estava feito o estrago a imagem do Império.
Hoje, meios de comunicação e redes sociais são utilizados por lideranças políticas para pro-
pagar seus ideais e valores. No entanto, no século XIX, era a Igreja Católica a instituição respon-
sável por “fazer propaganda” para a monarquia brasileira. Entretanto, diante da ruptura, todo o
clero da Igreja começou a fazer propaganda contrária a D. Pedro II, fazendo com que a população
criasse um sentimento de aversão ao imperador e tudo que a monarquia representava.
Para resumir: a ruptura com a Igreja fez com que o Império perdesse seu apoio ideológico.
A queda do último pilar de sustentação do Império é chamada pela historiografia de Ques-
tão Militar.
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito armado internacional ocorrido na
América do Sul. O Paraguai foi destruído pela Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e
Uruguai. A principal instituição brasileira responsável pela vitória na guerra foi o Exército. Con-
tudo, era a marinha quem recebia as maiores verbas e privilégios do governo. Isso despertou
um sentimento de despeito por parte do alto escalão do exército brasileiro.
Além disso, em 1883, aumentou a oposição entre governo e exército. Oficiais ficaram extre-
mamente insatisfeitos em função do projeto de revisão da aposentadoria dos militares.
Soma-se a isso, a influência da Escola Militar, em que as ideias do positivismo de Auguste
Comte ganhavam adeptos. De acordo com essa corrente filosófica, uma República forte, cen-
tralizada e orientada por princípios racionais, representava o melhor dos sistemas de governo
a ser seguido. Além da Escola Militar, muitos chefes militares passaram a fazer campanha
contra o Império através de jornais.
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Assim, diante dos boatos de que o visconde de Ouro Preto, chefe do gabinete de governo,
pretendia dissolver o Exército, nos dias 14 e 15 de novembro, um grupo de militares liderado
por Marechal Deodoro impôs o golpe a Dom Pedro II. Estava proclamada a República.
Durante o processo de tomada do poder, a população sequer entendeu o que estava acon-
tecendo, levando o ex-político e jornalista, Aristides Lobo, a dizer que “o povo assistiu àquilo
bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava, muitos acreditaram seriamente
estar vendo uma parada.”
Resumindo: O império, que já havia perdido seu sustentáculo ideológico e econômico, ago-
ra perdia sua base de apoio militar.
004. (ESPCEX/2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao regime
como, por exemplo, a campanha abolicionista e a campanha republicana. Paralelamente, ocor-
reram duas outras causas da queda da monarquia: a relação Pedroado-Maçonaria e as ideias
criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica chamada de Positivismo.
Esses dois conjuntos geraram, respectivamente, a:
a) crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia
b) perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil
c) Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D’Eu como novo monarca
d) Questão Religiosa e a Questão Militar
e) crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal
Esses dois elementos fazem parte da crise que gerou o isolamento político de D. Pedro II e a
consequente Proclamação da República.
Letra d.
A República, proclamada em 1889, de início, foi governada por Militares, no que se conven-
cionou chamar de República de Espadas (1889-1894). O governo dos marechais deu lugar ao
governo civil a partir de 1894, iniciando o que chamamos República Oligárquica.
Observe a linha do tempo que divide didaticamente o Período Republicano da História
do Brasil:
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A FGV propõe uma abordagem sobre a História da Paraíba no decorrer desta linha do tem-
po. Antes de nos debruçarmos sobre as oligarquias paraibanas, é preciso que você compreen-
da como funcionava a República Oligárquica.
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Oligarquia é uma palavra de origem grega e significa “governo de poucos”. Como o próprio
nome diz, a República Oligárquica (1894-1930) foi um período da história do Brasil em que as
oligarquias cafeeiras de São Paulo (Partido Republicano Paulista) e as oligarquias produtoras
de leite de Minas Gerais (Partido Republicano Mineiro) dominaram a cena política brasileira por
possuírem a maioria do eleitorado do país. Daí a nomenclatura usual: Política do café-com-leite.
Os presidentes indicados por estes dois partidos se revezaram na presidência da Repúbli-
ca até a Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder.
No plano econômico, para garantir os privilégios dos produtores de café, foi celebrado o
Convênio de Taubaté, um plano feito entre os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro e os grandes cafeicultores destes estados. Este acordo, firmado em 1906, na cidade
de Taubaté (interior de São Paulo) tinha como principal objetivo aumentar o preço do café. De
acordo com o plano, os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro compravam a
produção de café dos produtores, fazendo e gerenciando estoques reguladores do produto.
O produto era colocado no mercado de acordo com a lei da oferta e procura, visando sempre
manter os preços elevados, garantindo desta forma o lucro dos produtores.
Na maior parte dos casos, estes governos compravam o café dos produtores a um preço
maior do que vendiam no mercado, obtendo prejuízos nesta relação. E quando a procura por
café no mercado internacional era menor do que a oferta, para manter os preços altos, os go-
vernos queimavam estoques do produto, gerando mais prejuízos aos cofres públicos.
Como estes estados não tinham capital para comprar os elevados estoques de café e ain-
da manter os preços controlados, precisaram recorrer a empréstimos em bancos estrangeiros
(ingleses e norte-americanos), que estavam abrindo suas portas no Brasil naquela época.
Foi um acordo político firmado durante o período da República Velha (1889-1930), com o
objetivo de unir os interesses dos políticos locais ao governo federal, a fim de garantir o con-
trole do poder político.
O Governo Federal apoiava os governos estaduais sem restrições e, em troca, eles faziam
uso de seus coronéis (“coronelismo”) e elegiam bancadas pró-Governo Federal para a assem-
bleia legislativa, de forma que nem o governo federal, nem os governos estaduais, enfrentas-
sem qualquer tipo de oposição. Campos Sales propôs o nome “Política dos Estados”, dizendo
que “o que pensam os Estados, pensa a União”.
2.1.2. Coronelismo
Para que a política dos governadores funcionasse, era preciso a garantia dos votos neces-
sários. Nesse sentido, poder político local era exercido por um coronel. Apesar da patente no
nome, não era um militar. Tratava-se de um mandatário, geralmente um grande proprietário de
terras, que controlava a dinâmica política na sua região em função da dependência econômi-
ca da população local.
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A economia local era altamente dependente da atividade do coronel, que obrigava seus
“dependentes” a votarem nos candidatos que ele indicasse. É própria das pequenas cidades do
interior e configura uma forma de mandonismo em que uma elite, personificada pelo proprie-
tário rural, controla os meios de produção, detendo o poder econômico, social e político local.
O coronelismo foi a base de toda a estrutura que garantia a manutenção das elites agrárias no
governo da República.
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Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oligár-
quica brasileira na Primeira República.
a) Com a política dos governadores, o governo estadual passou a sustentar os grupos domi-
nantes em cada estado, em troca de apoio eleitoral para o Executivo federal.
b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, detentores das maiores bancadas no
Congresso no período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o controle do Executivo e do
Legislativo federais.
c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no campo, incorporado ao processo político
pelo fim do critério censitário, e garantiu-se a hegemonia das oligarquias rurais regionais, inter-
ferindo no processo eleitoral.
d) Com a criação de um novo ator político - os governadores, eleitos a partir das máquinas
estaduais -, os estados aprofundaram o federalismo e combateram o coronelismo, visto como
sobrevivência arcaica da ordem imperial.
e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades existentes entre Executivo e Legislati-
vo, criando a disputa entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência da República.
O coronelismo foi o principal instrumento utilizado pelas oligarquias para garantir que seus
candidatos fossem eleitos, mantendo a aparência de uma República Liberal, como descrito no
texto do enunciado.
Letra c.
Durante o período da República Velha, entre 1889 e 1930, o poder paraibano era exercido
por coronéis e oligarquias que controlavam o estado; nessa fase, a Paraíba foi governada por
três oligarquias: o venancismo (Venâncio Neiva), o alvarismo (Álvaro Machado) e o epitacismo
(Epitácio Pessoa).
Na Paraíba, o coronelismo foi significativo deixando marcas até hoje nos rincões do sertão
paraibano. O primeiro grupo oligárquico que dominou a cena política paraibana foi montado
por Álvaro Machado, segundo governador da Paraíba no período republicano. O alvarismo de-
terminou os rumos da Paraíba republicana de 1892 a 1912 e fundou o Partido Republicano da
Paraíba (PRP) para conduzir a política paraibana.
Em geral, o primeiro período republicano na Paraíba foi caracterizado pelo crescimento da
população urbana, bem como pelo crescimento de reivindicações e organização dos trabalha-
dores, que foram reprimidas durante o governo de Epitácio Pessoa (1919-1922).
O segundo grupo político oligárquico paraibano de nosso estudo estava sob a liderança de
Epitácio Pessoa, por isso: epitacismo. Tamanho era o controle dessa Oligarquia, ditando os ca-
minhos da política paraibana de 1915 a 1930, que esse período ficou conhecido como “ordem
de Epitácio”. A Paraíba ficou politicamente dividida entre os que estavam a favor de Epitácio
Pessoa ou contra ele.
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Coluna Prestes: Também conhecida como Coluna Miguel Costa-Prestes, a Coluna foi um mo-
vimento revoltoso organizado por tenentistas que percorreu o Brasil entre 1925 e 1927 com-
batendo as tropas dos governos de Artur Bernardes e Washington Luís durante a Primeira
República. Ao longo de sua trajetória, os membros da Coluna percorreram mais de 25 mil qui-
lômetros em protesto contra os governos vigentes.
Entre 1920 e 1940, ocorreu o fenômeno do cangaço. O historiador Eric Hobsbawm deu o
nome de banditismo social para esses movimentos bandoleiros no sertão. Segundo ele mesmo:
“o banditismo é uma forma bastante primitiva de protesto social organizado.” Considerado uma
forma de atividade predatória realizada por bandos armados, organizados ou não, contra proprie-
dades e autoridades, teve Antônio Silvino, Chico Pereira e Virgulino Ferreira da Silva (o Lampião)
como líderes de bandos que atuaram nas localidades de Cajazeiras, Guarabira, Piancó e Sousa.
1
GURJÃO, Eliete de Queiroz. Morte e vida das oligarquias: Paraíba (1889-1945). João Pessoa: Universitária/UFPB, 1994. p.56-57
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vieram a desencadear um conflito armado, dentro deste estado, entre dois tipos de poder: o
‘poder privado’ [representado, no conflito específico, pelo ‘coronel’ José Pereira Lima] e o ‘po-
der instituído’ [representado por João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque]. O primeiro, carac-
terizado pelo coronel, figura que constituía a base do sistema político da época; e, o segundo,
concentrado nas mãos do chefe político estadual.
Fonte: JANUÁRIO, 2009. (Adaptado).
Assinale a alternativa que indica corretamente o nome do conflito aludido no texto acima.
a) Guerra de Canudos
b) Revolução Praieira
c) A Revolta de Princesa
d) A Revolta do Quebra-Quilos
Como vimos, a Revolta de Princesa, em 1930, colocou em lados opostos José Pereira (Líder
político local) e João Pessoa (Presidente da Paraíba).
Letra c.
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O café, carro chefe da economia brasileira, tornou-se produto supérfluo para os países em crise.
Assim, o governo brasileiro cortou o subsídio do Convênio de Taubaté, a ajuda financeira que pres-
tava aos cafeicultores desde 1906. Na esperança vã de manter os preços altos do café, produtores
chegaram a queimar milhares de sacas, com objetivo de diminuir a oferta. Tenha em mente que a
crise de 1929 derrubou a economia brasileira e o poder econômico das oligarquias cafeeiras.
Sobre a crise cafeeira no Brasil dos anos 1930, assinale a afirmativa correta.
a) Foi o desdobramento de uma crise econômica mundial provocada pelo crash da Bolsa de
Nova Iorque.
b) Motivou a introdução de técnicas industriais no setor cafeeiro.
c) Manteve a alta burguesia cafeeira ilesa, ao longo da crise econômica.
d) Resultou no aumento da demanda por café brasileiro, no mercado internacional.
e) Foi desencadeada por pressão dos EUA, interessados em exportar seu café para o mercado
internacional.
Com a Crise de 1929, o café brasileiro passou a ser considerado um produto supérfluo. Ocorre
que os países em crise precisavam destinar seus capitais para atividades de recuperação da
economia, deixando de importar o café brasileiro.
Letra a.
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O tenentismo foi um movimento político e militar realizado por jovens oficiais brasileiros du-
rante o período da Primeira República. Esse corpo de oficiais era composto, em geral, por te-
nentes e capitães que estavam insatisfeitos com o sistema político brasileiro, sobretudo com
as práticas do jogo político imposto pelas oligarquias. Três foram os eventos do tenentismo
mais cobrados pela banca: Os 18 do Forte de Copacabana em 1822, A Revolução Paulista de
1924 e a Coluna Prestes de 1925 a 1927.
A eleição aconteceu em 1º de março de 1930, com vitória de Júlio Prestes. A Aliança Li-
beral contestou a eleição, mas se retraiu até que, em 26 de julho de 1930, João Pessoa foi
assassinado.
É nesse contexto, de grande efervescência, que eclodiu a Revolução de 1930. A Aliança
Liberal se aproveitou do incidente para se organizar e pegar em armas para tomar o poder.
Entraram em contato com os generais das Forças Armadas para apoiarem a deposição de Wa-
shington Luís e garantirem que Getúlio Vargas se tornasse o próximo dirigente do país.
Em 3 de outubro de 1930, começou a intervenção. Na região Nordeste do país, Juarez
Távora liderou as incursões armadas. Na região Sul foi o general Góis Monteiro o responsável
por tomar o poder. As tropas se dirigiram ao Rio de Janeiro onde depuseram Washington Luís
e entregaram a presidência da República à Getúlio Vargas.
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Antenor de França Navarro foi um dos principais líderes da Revolução de 1930 na Paraíba.
Juntamente com José Américo de Almeida e os tenentes Agildo Barata, Juracy Magalhães,
Jurandir Bizarria Mamede e Juarez Távora tomaram de assalto o 22º Batalhão de Caçadores.
Também ocuparam a Escola de Aprendizes Marinheiros da Marinha do Brasil e a Capitania
dos Portos. Foram tomados prédio públicos e a Revolução se espalhou por todo o estado, se
alastrando a Campina Grande, Recife, Natal e Fortaleza.
João Pessoa proferiu a expressão quando se negou a apoiar a candidatura de Júlio Prestes,
candidato indicado por Washington Luís (paulista), no momento em que, de acordo com a po-
lítica do café-com-leite, era a vez de Minas Gerais indicar.
Letra d.
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De 1945 a 1964, politicamente, a Paraíba perdeu o prestígio de outros tempos. Mas vamos
por partes. Após a Segunda Guerra Mundial o mundo se viu imerso na Guerra Fria, um confli-
to ideológico entre os Estados Unidos (capitalismo) e a União soviética (socialismo). Nesse
contexto, os países da América Latina passaram por um processo de industrialização. Com o
crescimento da indústria, do operariado e das lutas sociais, surgiu a necessidade de as elites
políticas legitimarem sua sustentação através de discursos voltados às demandas desses no-
vos grupos urbanos.
No Brasil, a criação da CLT e o controle dos sindicatos são exemplos de posturas popu-
listas de Getúlio Vargas. Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart foram também
populistas. No entanto, a procura por uma aproximação maior com a classe trabalhadora não
objetivava a mobilização desta classe, antes, buscavam desarticulá-la.
Dito isto, o Golpe de 64 só pode ser entendido como resultado da crise do populismo.
João Goulart foi Ministro do Trabalho na segunda passagem de Vargas pela presidência (1950-
1953). Como Ministro do Trabalho deu um aumento de cem por cento aos trabalhadores e pro-
curou se alinhar às pautas de centro-esquerda dentro do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Foi eleito em uma chapa que tinha apoio de partidos de direita (União Democrática Nacional –
UDN, Partido Democrático Cristão – PDC) para apoiar Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio
Quadros, teve dificuldade para assumir o cargo de presidente devido a uma conspiração. No
entanto, graças a um acordo costurado por Leonel Brizola (Campanha Legalista), em que se
estabelecia um regime parlamentarista, João Goulart assumiria o governo Brasileiro.
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Estava encerrada a fase democrática populista no Brasil. O governo dos militares abriu a
economia ao capital estrangeiro e instituiu a Doutrina de Segurança Nacional, organizada pela
Escola Superior de Guerra (ESG) para afastar a ameaça comunista.
Durante o período, os Estados Unidos prestaram apoio através da CIA e das Forças Arma-
das. Exemplo disso foi a operação Brother Sam, em que os EUA mandariam navios para a cos-
ta brasileira caso houvesse reação popular ao golpe de 64. Documentos sobre essa operação
foram descobertos somente em 1976.
Após Joao Goulart anunciar as reformas de base, a população, principalmente de classe mé-
dia, uniu forças com o exército e a igreja católica, criando a “Marchas da Família com Deus pela
Liberdade”, com o objetivo de alertar a população para uma possível ameaça comunista.
Letra a.
Na Paraíba o auge do populismo se deu em 1960 com a eleição de Pedro Gondim para o Go-
verno da Paraíba. Com o golpe de 1964, ainda continuou no cargo até 1966 quando se candidatou a
deputado federal pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional – Partido dos Militares) e repassou o
cargo ao então governador eleito João Agripino. Contudo, tiveram seus mandatos cassados e seus
direitos políticos suspensos por dez anos, perdendo seu mandato de deputado. Somente voltou à
cena política a partir de 1979, quando fora anistiado pelo presidente João Figueiredo.
A articulação do golpe de 64 na Paraíba contou com a participação conjunta dos setores
civis e militares, membros da UDN, do PSD e jornalistas. Apesar de Pedro Gondim ser articu-
lado com as pautas trabalhistas de João Goulart, nada indica que o Governo do Estado tenha
participado na conspiração golpista. Parte do secretariado de seu governo defendia o rompi-
mento com o Governo Federal e a adesão imediata ao golpe. Outra parte, no entanto, pretendia
a adoção de uma posição em apoio a João Goulart.
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Nos dias 28 e 29 de abril de 2006 foi realizado em João Pessoa o Seminário Memórias Cam-
ponesas: as Ligas Camponesas na Paraíba. Os participantes do seminário tiveram diversos en-
volvimentos com as ligas camponesas: ex-lideranças das ligas, familiares, advogados, médicos,
estudantes, profissionais da imprensa, deputados estaduais, delegado de polícia, juiz de direito.
A primeira das ligas surgiu no Engenho Galiléia, em Pernambuco, fundada em 1954 sob a de-
nominação de Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores de Pernambuco. A experiência es-
palhou-se por outros estados nordestinos. Na Paraíba, a mais conhecida e combativa das Ligas
Camponesas existentes até então foi a de Sapé, fundada por João Pedro Teixeira, como Associa-
ção dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas de Sapé e contava com mais de sete mil sócios.
As Ligas Camponesas foram criadas inicialmente como associações e tinham objetivos
definidos: prestar assistência social e defender direitos de arrendatários, assalariados e pe-
quenos proprietários rurais.
Eram voltadas para iniciativas de ajuda mútua. Passaram a atuar no início da década de
1960 como ferramentas de organização do movimento agrário. Isso porque a sindicalização
no campo era praticamente inexistente. A ousadia despertou a ira dos latifundiários, da época,
a ponto de em 1962 terem sido acusados de mandar matar João Pedro Teixeira.
Ele foi casado com Elisabeth Teixeira, com quem teve 11 filhos. Dois anos depois, o golpe
militar de 1964 proibiu o funcionamento das Ligas Camponesas e interveio nos sindicatos dos
trabalhadores rurais. Depois disso, os camponeses foram torturados e mortos. Os dois solda-
dos acusados de assassinar João Pedro Teixeira foram libertados.
O deputado estadual Assis Lemos, presidente da Federação das Ligas Camponesas da Pa-
raíba foi preso no Recife no dia 6 de abril de 1964, onde tinha ido prestar apoio a uma possível
resistência do governador de Pernambuco, Miguel Arraes. No entanto, percebendo a impos-
sibilidade de resistir, se hospedou na residência do ex-deputado paraibano Osmar de Aquino.
Segundo Lemos, em relato no seu livro, “Nordeste. O Vietnã que não houve. Ligas Camponesas
e o golpe de 64”, após sua prisão:
Puseram-me numa Rural Willys [...] e foram me espaçando até o Quartel General, no Parque 13 de
Maio, em Recife. Pararam no caminho e discutiram se deveriam ou não, levar-me até a praia, para
uma sessão de afogamento. Felizmente desistiram. (LEMOS, 1996:218)
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Está é pra gabaritar. Ora, se as Ligas Camponesas lutavam pela reforma agrária, seus antago-
nistas eram justamente os latifundiários. Portanto, não apoiariam esse movimento. Ademais,
o estado usou sua estrutura pra perseguir as ligas camponesas através do Sistema Judiciário,
da Secretaria de Segurança Pública.
Letra b.
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Ainda conforme dados do censo de 2010, 52,948% da população declararam-se como par-
dos, 39,672% como brancos, 5,611% pretos, 1,238% amarelos e 0,517% indígenas, além dos
que não declararam (0,013%).
Tal como os brasileiros, a origem dos paraibanos está ligada à miscigenação entre brancos
(vindos da Europa), os indígenas locais e os negros (vindos da África). Isso contribuiu para
que a população paraibana fosse considerada mestiça. Os pardos constituem a maioria da
população do estado e, entre eles, os principais são os caboclos, que predominam no interior
e no litoral norte, enquanto nas regiões do agreste e do Cariri (mais especificamente o centro-
-sul paraibano), a população de mestiços é formada principalmente por mulatos. A identidade
mestiça foi reconhecida como um grupo étnico-racial-cultural pela lei estadual N.º 8.374, de 9
de novembro de 2007, que também instituiu o Dia do Mestiço na Paraíba, comemorado desde
então no dia 27 de junho. Existem também pequenas populações de cafuzos dentro do estado.
Os descendentes de europeus ocupam em especial os maiores centros urbanos, bem
como as regiões do brejo e alto sertão. Na região litorânea, os índios potiguaras, que já chega-
ram a ocupar grande parte da costa litorânea do Nordeste, desde o Maranhão até Pernambuco,
ocupam uma área de apenas 33 mil hectares de terra nos municípios de Baía da Traição, Mar-
cação e Rio Tinto. Dos índios tabajaras, que outrora foram milhares, restam pouco menos de
mil, distribuídos pelas microrregiões de João Pessoa e do Litoral Sul.
A seca de 1958 mergulhou a região nordeste numa profunda crise. Em função disto, em
1959, o Governo Juscelino Kubitschek criou a SUDENE (Superintendência para Desenvolvimen-
to do Nordeste). Teve como idealizador e primeiro superintendente o economista Celso Furta-
do, autor do clássico “Formação Econômica do Brasil”, publicado no mesmo ano. Inspirada na
Sudene, o governado militar (1964-85) criou, em 1966, a Sudam (Superintendência do Desen-
volvimento da Amazônia). O argumento para a criação da Sudene era o baixo desenvolvimento
da região Nordeste nos anos 50. A renda per capita na região não chegava a US$ 100, um terço
da renda dos habitantes do centro-sul do país. A população nordestina, no entanto, correspon-
dia a um terço da população brasileira na época.
O PIB per capita paraibano cresceu nominalmente 3,9%, passando para R$ 16.108 em
2018. Em 2018, a economia paraibana voltou a crescer com variação real positiva de 1,1%, de-
monstrando um avanço de 1,2 pontos percentuais diante do resultado anterior. O crescimento
acumulado do PIB paraibano, no período 2010-2018, passou a ser de 14,2%, situando-se acima
dos acumulados do Brasil (5,6%) e do Nordeste (8,4%), ficando em 3º lugar na região e 10º no
país. Os dados foram divulgados nesta pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento
e Gestão (Seplag), em parceria com o IBGE. O PIB per capita paraibano cresceu nominalmente
3,9%, passando para R$ 16.108 em 2018.
A Agropecuária se destacou como o setor que mais cresceu em 2018, com uma variação
em volume de 7,8%. Por outro lado, na composição do Valor Adicionado Bruto estadual sua
participação ainda é pequena, somou 4,0% nesse ano.
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O setor Industrial, por sua vez, permanece como segunda maior participação no Valor Adi-
cionado bruto estadual com 15,5%. Em 2018 registrou uma variação em volume de -2,4%, me-
nor do que a observada em 2017, (-4,5%), mostrando, portanto, uma relativa recuperação de 2,1
pontos percentuais.
Porém o setor que mereceu mais atenção foi o de Serviço e Comércio que somou 20,9 Bi-
lhões e uma participação de 73,2% no PIB. O setor Serviços no seu total cresceu 1,5%, em 2018,
e continuou contribuindo com a maior participação no VAB estadual, concentrou 80,6%. Des-
taca-se como sendo o que mais agrega valor para a economia paraibana. Também é o setor
de serviços o responsável pela maior arrecadação de receitas no Estado. O turismo é um dos
elementos que fortalecem esse setor da economia. João Pessoa, capital estadual, apresenta
excelente estrutura hoteleira para receber os visitantes de diversos locais do país que buscam
desfrutar as belezas naturais da região.
A sua Indústria é a quarta principal do Nordeste, ficando atrás da Bahia, Pernambuco e Ce-
ará. Correspondendo a 22,4% do PIB estadual, a indústria é pouco diversificada. Na Paraíba, os
principais segmentos desse setor da economia são: têxtil, alimentício, metalúrgico e produtos
de couro. Campina Grande tem se destacado como centro de tecnologia para exportação de
programas de informática.
Com grande parte do território situado na sub-região do sertão nordestino, a agricultura
paraibana é desenvolvida nas porções territoriais localizadas na Zona da Mata. Os principais
cultivos são: arroz, feijão, fumo, café, mandioca, milho, castanha de caju, pimenta do reino, si-
sal, abacaxi e, principalmente, cana-de-açúcar. Também são cultivados: juta, umbu, caju, man-
ga, acerola, mangaba, tamarindo, graviola.
Na pecuária, o destaque e a caprinocultura, na região do Microrregião do Cariri Oriental, que
também se destaca no turismo.
Exportações e Importações da Paraíba:
Exportações: 226,9 milhões de dólares:
• Tecidos e confecções de algodão: 44%;
• Calçados de borracha: 33%;
• Açúcar de cana: 4%;
• Granito: 3%;
• Outros: 16%.
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O IBGE revela ainda que Cabedelo possui a maior renda per capita da Paraíba, que foi de
R$ 42.484,00 em 2010. Caaporã no litoral sul teve o segundo maior PIB per capita municipal,
com R$ 16.390,00. As outras três cidades seguintes com maiores médias de renda no estado
são: Conde com média de R$ 14.884,00 Boa Vista com renda de R$ 14.442,00 e João Pessoa
R$ 13.553,00.
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( ) Em 2014 o rendimento domiciliar per capita paraibano foi o 7º mais baixo do país. Esse dado
revela a má distribuição de renda, já que no ano seguinte teve um dos maiores PIB do Nordeste.
Assinale a sequência correta de cima para baixo.
a) F, F, V
b) V, V, V
c) V, F, V
d) F, F, F
Já o setor de turismo apresenta grande dinâmica. A Paraíba oferece aos seus visitantes
uma infinidade de roteiros, que vão desde as praias do litoral, passando pelas cidades históri-
cas e pelos canaviais até os mistérios do interior, que engloba sertão, brejo e cariri.
O seu litoral conta com a Ponta do Seixas, local onde o Sol nasce primeiro. Conta também
com falésias, dunas, estuários, restingas, como a Restinga de Cabedelo, manguezais, áreas
protegidas de Mata Atlântica e belíssimas praias.
No interior destacam-se as inscrições rupestres em Ingá, os Vale dos Dinossauros em Sou-
sa, Pedra da Boca em Araruna, cachoeiras e antigos engenhos de cana-de-açúcar, além de
eventos como o Maior São João do Mundo, em Campina Grande, o Trem Ferroviário em Galan-
te, o Circuito do Frio de Matureia e o parque religioso Cruz da Menina em Patos.
Nos municípios, o artesanato também encanta turistas que podem conferir peças únicas
como a renda renascença, de reconhecimento internacional, e o algodão colorido, usado por es-
tilistas de renome no país. Isso sem falar na arte em marchetaria, estopa e argila, por exemplo.
Os dois mais importantes municípios da Paraíba são João Pessoa e Campina Grande.
Também são os principais polos captadores de eventos do estado, trabalhando de forma per-
manente o segmento do turismo de negócios com a realização de congressos, seminários,
feiras, exposições e reuniões as mais diversas.
A maioria dos eventos na capital, ocorrem no Espaço Cultural José Lins do Rego. Já em
Campina Grande, o local escolhido para a maioria dos eventos é o Centro de Convenções
Raymundo Asfora, com avançados equipamentos, localizado no Garden Hotel. Os dois municí-
pios contam ainda com uma grande rede de hotéis com espaços adequados para a realização
de eventos. Nno restante do estado, o turismo de evento não aparece tanto quanto estas cida-
des, salvo em algumas ocasiões.
As praias dos litorais Sul e Norte estão entre as mais bonitas do Brasil. As urbanas de João
Pessoa, como Tambaú, Cabo Branco e Bessa, concentram praticantes de esportes e turistas.
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Querido(a), veja a seguir uma lista das principais edificações tombadas pelo IPHAN (Insti-
tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional):
Capela do Engenho da Graça, Casa na Praça do Erário (atual Agência dos Correios), Con-
vento e Igreja de Santo Antônio, Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Capela Dourada),
Casa de Oração e Claustro da Ordem Terceira de São Francisco, Igreja da Misericórdia, Igreja
da Ordem Terceira do Carmo ou Igreja de Santa Teresa de Jesus, Igreja do Mosteiro de São
Bento, ruínas da Casa da Pólvora, ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, sobrado
à Rua Peregrino de Carvalho, Ponte Pública do Tambiá e Porto do Capim, Capela do Engenho
da Graça, sobrado à Rua Peregrino de Carvalho - N.. 117, Fonte do Tambiá, Rua das Trincheiras
e as proximidades da Rua Odon Bezerra (Bairro de Tambiá), e Intendência da Antiga Alfândega
(Prédio Amarelo).
Porto do Capim - Criado em águas fluviais para escoar a produção local, principalmente
o açúcar de exportação. Ao seu redor, estabeleceu-se a importante região comercial do Va-
radouro, onde foram construídos armazéns e a Alfândega. A partir de meados do século XIX,
chegaram as primeiras ferrovias e a antiga Estação Ferroviária foi instalada no local. No início
do século XX, a ferrovia se expandiu em sentido norte até o porto da cidade de Cabedelo, de-
sativando o Porto do Capim e interferindo na integração entre o rio e a cidade, o que causou o
abandono da região.
Fábrica de Vinho Tito Silva - Fundada em 1892, por Tito Henrique da Silva. Seu tombamen-
to representou uma inovação nessa área, pois foram preservados o monumento, a maquinaria,
o equipamento, além da técnica industrial. O prédio é formado por três blocos independentes,
interligados pelos pátios internos. A empresa possui, entre outros objetos raros, 20 tonéis de
madeira de lei datados de 1892, prensas manuais e uma máquina de rotular alemã de 1930.
Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes: ruínas - As ruínas se encontram a cerca de 300
metros da beira do mar, no Pontal de Campinas. A data da construção está envolta em uma
lenda, segundo a qual um navio teria naufragado em alto-mar, mas a tripulação conseguiu se
salvar e nadou até à costa paraibana. O comandante, agradecido, teria mandado construir uma
igreja nessa praia. De acordo com outra versão, a igreja teria sido construída no século XVI,
após a chegada dos padres da Companhia Jesuítica.
Igreja da Santa Casa da Misericórdia - Não é conhecida a data em que começou a ser edi-
ficada, pois seu arquivo se perdeu durante a invasão holandesa. Segundo consta, foi a primeira
igreja da Paraíba, tendo Duarte Gomes da Silveira instituído o morgado de São Salvador do
Mundo, por volta de 1639, estando no centro dessa capela a sua sepultura e a de sua esposa,
D. Fulgência Tavares. A igreja é de extrema simplicidade na fachada e no interior, onde a falta
de ornamentação das paredes é quebrada apenas pela presença do púlpito e do coro. Foi mui-
to modificada durante os anos e resta apenas como elemento original, o tabernáculo com seus
relevos dourados esculpidos de madeira.
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Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Igreja de Santa Teresa de Jesus da Ordem Terceira
do Carmo) - A Igreja de Santa Teresa é anexa à Igreja de Nossa Sra. do Carmo, diferindo desta
por ter proporções menores e riqueza de detalhes. As talhas da capela-mor são bem executa-
das e quase todas cobertas de ouro. O forro do teto é em abóbada ogival, contando episódios
da vida e morte da grande reformadora do Carmo. No centro abre-se uma gigantesca rosa de
pétalas douradas, de onde saem diversos raios que se dividem em triângulos, no meio dos
quais ressaltam bustos de santos da ordem embutidos na madeira. A sacristia tem cômoda
de jacarandá com nicho aberto ladeado de ornatos; dois armários laterais divididos em esca-
ninhos com portinholas (de grande valor artístico) e pia de pedra talhada, instalada em um
compartimento especial.
Igreja de São Bento (Igreja do Mosteiro de São Bento) - Data de 1585, a construção da
primeira igreja. A atual, do século XX, teve suas obras iniciadas em 1721, por Frei Cipriano da
Conceição. Em 1739, estavam concluídas a capela-mor, ladrilhamento, retábulo e trono. As
obras prosseguiram e, em 1749, foi celebrada a primeira missa. As reformas de 1811, realiza-
das por frei João de Santa Rita, ampliaram o pavimento da capela-mor e outros reparos. Na
época do tombamento encontrava-se muito alterada internamente, conservando de original o
aspecto externo com uma das suas duas torres inacabadas. O altar-mor é em talha de madeira,
em um trabalho muito delicado. O estilo da igreja é simples, contrastando com outras igrejas
da ordem beneditina.
Casa da Pólvora: ruínas - Construída entre 1704 e 1710, para armazenar as armas e muni-
ções da Capitania, por ordem da Rainha de Portugal, Catarina. A construção é toda em blocos
de pedra, com argamassa de barro e cal, com uma única porta e duas frestas, provavelmente
para o arejamento da munição. A cobertura é em forma de abóbada.
Convento e Igreja de Santo Antônio e Casa de Oração e Claustro da Ordem Terceira de São
Francisco - Atual Museu Sacro-Escola da Paraíba. Considerado um dos melhores exemplares
da chamada “escola franciscana”, no Brasil, sua construção teve origem em 1588, quando che-
gou à Paraíba o frei Melchior de Santa Catarina, para ali instalar uma fundação franciscana. O
projeto original é de autoria do frei Francisco dos Santos e as principais obras foram concluí-
das, em 1591.
Com a invasão holandesa o convento foi danificado e, em 1636, os frades foram expulsos
e ali instalado um posto militar, pois sua localização era estratégica: dominando todo o Vale do
Sanhauá, estendendo-se pelo rio Paraíba até Cabedelo. Restaurado após a retomada da cidade
pelos portugueses. No início do século XVIII, foram iniciadas as obras que deram à edificação
suas feições atuais com a Igreja, o Convento, a Capela, a Casa de Oração e o Claustro da Or-
dem Terceira, o Adro com o Cruzeiro e a cerca conventual com seu Chafariz.
Destacam-se a torre recoberta de azulejos e a superposição de abóbadas, as talhas de
arenito de folhagens e flores estilizadas, se entremeiam com relevos barrocos. As paredes são
revestidas de azulejos portugueses que formam painéis sobre a história de José do Egito.
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História da Paraíba – Parte II
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O púlpito é uma obra de arte com um rico trabalho de talha dourada, considerado pela
Unesco como único no mundo inteiro. Possivelmente, sofreu influência da arte indígena. O
Convento de São Francisco possui pátio em estilo mourisco, a escadaria de acesso ao primei-
ro andar apresenta imagem esculpida em pedra do corrimão representando influência inca ou
asteca, e é conhecida popularmente com o nome de “mascarão”.
O adro, em plano inclinado, é cercado por muro revestido de azulejos contendo seis nichos
com cenas da Via-Sacra. O cruzeiro é formado por cruz monolítica, com pedestal apresentan-
do figuras de pelicanos ou a ave mitológica Fênix, “representando Cristo alimentando os filhos
com sua própria refeição e a ressurreição”.
Querido(a), chegamos ao final de mais uma parte teórica. Na sequência, estude os resu-
mos e os mapas mentais. Faça os exercícios com atenção e não se esqueça de avaliar esta
aula, ok?!
Nos encontraremos novamente na nossa última aula, a aula essencial 80/20, em que ana-
lisaremos a banca, as provas anteriores e lhe darei dicas de como o conteúdo que estudamos
deverá ser cobrado.
Qualquer dúvida, sinta-se à vontade para chamar no fórum.
Continue focado!
Abraço,
Professor Daniel
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RESUMO
Do Império à República:
• Partidos: Liberal (Luzia) x Conservador (saquarema);
• Parlamentarismo às avessas: Dom Pedro II indicava o Primeiro Ministro;
• Tradição Liberal da Paraíba: Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equa-
dor de 1824 e a Revolução Praieira de 1848;
• Conservadores na Paraíba: Cavacanti;
• Liberais na Paraíba: Rego de Barros;
• Partido da Praia: Revolução Praieira (1948-1949);
• Revolta do Ronco da Abelha (1951-1952: contra o censo e registro de nascimentos e
mortes;
• Revolta de Quebra Quilos (1874): contra a unificação do sistema de métrico de pesos e
medidas;
• Cangaço: banditismo social. Jesuíno Brilhante (primeiro cangaceiro) ainda no século
XIX; Antônio Silvino, Chico Pereira e Virgulino Ferreira da Silva (o Lampião) como líderes
de bandos que atuaram nas décadas de 1920 e 1930 nas localidades de Cajazeiras,
Guarabira, Piancó e Sousa;
• Abolicionismo: Leis abolicionistas, Jornais, Intelectuais, Sociedades Emancipadoras. Ci-
dade de Areia: aboliu a escravidão na cidade antes mesmo da Lei Áurea assinada pela
Princesa Isabel;
• Crise do Império: Questões Religiosa, Abolicionista e Militar.
Coronelismo:
• Voto de cabresto;
• Paraíba: venancismo (Venâncio Neiva), o alvarismo (Álvaro Machado) e o epitacismo
(Epitácio Pessoa);
• Revolta de Princesa (1930): liderado por José Pereira Lima contra a cobrança de impos-
tos pelo governo de João Pessoa;
• Revolução de 1930: Assassinato de João Pessoa usado como argumento para a Aliança
Liberal (MG, RS e PB) promover a tomada do poder no país;
• Populismo: adotam discursos que atendam às reivindicações das classes populares.
Populismo na Paraíba: Argemiro de Figueiredo, Ruy Carneiro, Pedro Gondim;
• Liga Camponesa de Sapé: Fundada por João Pedro Teixeira, como Associação dos La-
vradores e Trabalhadores Agrícolas de Sapé e contava com mais de sete mil sócios.
Perseguida pela Ditadura Militar.
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MAPAS MENTAIS
Navios Negreiros
LEIS ABOLICIONISTAS
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Venancismo
(1894-1930)
Alvarismo
Epitacismo
Crise de 1929
Revolução de 1930
Revoltas Tenentistas
Movimento Operário
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Era Vargas
1930 - 1945
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I – (...) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou, e Nós
Queremos a Lei seguinte.
Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras encon-
tradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil, tendo a seu bordo
escravos (...), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas pelas Autoridades, ou pelos
Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadorasde escravos. Aquellas que não tive-
rem escravos a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, porêm que se encon-
trarem com os signaes de se empregarem no trafico de escravos, serão igualmente apprehen-
didas, e consideradas em tentativa de importação de escravos. (Coleção de Leis do Império do
Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
II – (...) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella
Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos do
Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de
embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida, emquanto empregados no
serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação estrangei-
ra, os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados para fóra do
Brazil. Para os casos da excepção n. 1º, na visita da entrada se lavrará termo do numero dos
escravos, com as declarações necessarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscali-
sar-se na visita da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que
forem achados depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem
reexportados. (Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,
a) à Lei do Ventre Livre e ao Bill Aberdeen.
b) à Lei Eusébio de Queiroz e à Lei Feijó.
c) à Lei Saraiva-Cotegipe e à Lei Nabuco de Araújo.
d) à Lei Nabuco de Araújo e à Lei Eusébio de Queiroz.
e) ao Bill Aberdeen e à Lei Feijó.
004. (ESPCEX/2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao regime
como, por exemplo, a campanha abolicionista e a campanha republicana. Paralelamente, ocor-
reram duas outras causas da queda da monarquia: a relação Pedroado-Maçonaria e as ideias
criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica chamada de Positivismo.
Esses dois conjuntos geraram, respectivamente, a:
a) crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia
b) perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil
c) Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D’Eu como novo monarca
d) Questão Religiosa e a Questão Militar
e) crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal
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Sobre a crise cafeeira no Brasil dos anos 1930, assinale a afirmativa correta.
a) Foi o desdobramento de uma crise econômica mundial provocada pelo crash da Bolsa de
Nova Iorque.
b) Motivou a introdução de técnicas industriais no setor cafeeiro.
c) Manteve a alta burguesia cafeeira ilesa, ao longo da crise econômica.
d) Resultou no aumento da demanda por café brasileiro, no mercado internacional.
e) Foi desencadeada por pressão dos EUA, interessados em exportar seu café para o mercado
internacional.
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QUESTÕES DE CONCURSO
012. (ESA/2008) Ocorreu um movimento armado, liderado por Luís Carlos Prestes, com o in-
tuito de implantar no país uma ditadura do proletariado, durante a Era Vargas (1930-1945).
Esse episódio da história é conhecido como a:
a) Revolução Constitucionalista.
b) Intentona Integralista.
c) Revolta da Armada.
d) Revolução Democrática de 64.
e) Intentona Comunista.
Luís Carlos Prestes liderou uma tentativa frustrada de tomar o poder e instalar o regime socia-
lista no país.
Letra e.
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A única afirmativa incorreta é a IV. João Pessoa e Campina Grande continuaram sendo os prin-
cipais centros industriais da Paraíba.
Letra c.
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
III – Errada. A afirmativa faz uma confusão, misturando interesses liberais com interesses dos
conservadores. Por exemplo, diz que os liberais eram favoráveis a maior centralização política.
Como vimos, os liberais pretendiam maior autonomia para as províncias.
Letra d.
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Assinale abaixo a alternativa em que todas as proposições estão corretas no que se refere às
questões que contribuíram para o fim do período Imperial Brasileiro.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e V.
d) III, IV e V.
e) IV e V.
Lembre-se do mapa mental sobre a crise do Império. A monarquia perdeu o apoio ideológico da
igreja, o apoio financeiro dos senhores de escravos que esperavam uma compensação pela fi-
nanceira pela abolição, e o apoio do exército, influenciado pelos ideais positivistas republicanos.
Letra c.
019. (ESPCEX/2015) Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Al-
cântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial. A partir de 1840 e durante todo o período
imperial, a vida política do País passou a ser dominada pelos
a) liberais e conservadores.
b) conservadores e socialistas.
c) liberais e republicanos.
d) comunistas e republicanos.
e) liberais e anarquistas.
Lembre-se da afirmação que estudamos na parte teórica: Nada mais conservador do que um liberal
no poder. Esses foram os dois partidos políticos que predominaram durante o Segundo Reinado.
Letra a.
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I – Correta.
II – Errada. A igreja se afastou de D. Pedro II porque, sendo maçom, ele não aceitou a proibição pa-
pal de que membros da maçonaria não poderiam participar de missas e outras atividades da igreja.
III – Errada. Os efeitos da lei foram negativos pois os ex-excravos com mais de sessenta anos
perderam seu sustento.
IV – Errada. A princesa Isabel proclamou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
V – Correta.
Letra e.
021. (ESPCEX/2007) A participação do Exército Brasileiro, com respaldo em seu prestígio, foi
fundamental para a queda do Império e, consequentemente, para a proclamação da República.
O fato que mais contribuiu para o aumento do prestígio militar, no final do Século XIX, foi a
a) Guerra da Tríplice Aliança.
b) Questão escravocrata.
c) Intervenção contra Aguirre.
d) Questão Christie.
e) Intervenção contra Rosas e Oribe.
Cuidado com a pegadinha da banca. Com a Guerra do Paraguai, o exército brasileiro alcançou
maior prestígio e começou a questionar a monarquia, influenciado pelo positivismo. Preste
atenção: a Guerra do Paraguai também é conhecida como Guerra da Tríplice Aliança.
Letra a.
022. (ESA/2016) O item da pauta de exportação brasileira do Segundo Reinado que foi consi-
derado um importante fator de modernização da economia foi:
a) O Tabaco.
b) O Café.
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c) A Cana de Açúcar.
d) A Soja.
e) O Trigo
A exportação de Café foi responsável por dar estabilidade política e ser capaz de modernizar
a economia brasileira.
Letra b.
023. (ESA/2010) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen. Com relação a esse ato é cor-
reto afirmar:
a) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro par o Brasil.
b) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
c) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o julgamento
dos traficantes pela marinha inglesa.
d) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
e) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira representava.
A Alternativa “c” está correta porque diante de tantas promessas não cumpridas, e principal-
mente em represália à tarifa Alves Branco (1844), que elevou as taxas alfandegárias no Brasil,
os ingleses instituíram o Bill Aberdeen, decreto através do qual a Inglaterra se outorgava o
direito de aprisionar qualquer navio negreiro, independentemente de sua bandeira, e julgar os
traficantes.
Letra c.
024. (ESSA/1978) O partido político que, durante o início do Segundo Império propugnou por
uma maior autonomia das províncias foi o:
a) Conservador
b) Timbira
c) Liberal
d) Republicano Paulista
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Com o avanço do abolicionismo, houve a necessidade de mão de obra livre, buscada com
a imigração
Letra a.
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A afirmativa 2 é a única errada. Um dos graves problemas pós abolição foi justamente a falta
de políticas públicas para garantir dignidade aos ex escravos.
Letra d.
Lembre-se, caro(a) aluno(a), de que a base da economia brasileira, desde o início da coloni-
zação, visava o fornecimento de produtos primários, como foi o caso do açúcar no período
colonial e do café durante o Império e a República.
Letra a.
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Como vimos, o positivismo foi uma corrente de pensamento que ganhou adeptos do exército
brasileiro durante o Segundo Reinado. Sua influência foi fundamental para que as forças arma-
das encaminhassem a Proclamação da República.
Letra c.
A charge mostra o Presidente Getúlio Vargas em situações distintas durante a década de 1930.
A respeito das incertezas e mudanças do quadro político dessa década, com base na charge,
analise as afirmativas a seguir.
I – O primeiro quadro (1931) faz referência à aproximação entre os interesses centralizadores
do Governo Provisório e o tenentismo, como exemplificado pela nomeação de Juarez Távora
para o governo de São Paulo.
II – O segundo quadro (1935) faz referência aos dois polos opostos que dinamizavam o quadro
político depois de promulgada a Constituição de 1934: a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e
a Ação Integralista Brasileira (AIB).
III – O terceiro quadro (1937) faz referência ao fechamento do Congresso, à criação do Estado
Novo e à unificação dos partidos políticos, sob a legenda da Ação Integralista Brasileira (AIB).
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Durante a 2ª Guerra Mundial, o envio de tropas dos Estados Unidos da América para o Teatro
de Operações foi viabilizado por meio de intensa negociação diplomática com os países lati-
no-americanos, no bojo da “Política da Boa Vizinhança” do governo de F. D. Roosevelt. Nesse
contexto, a aliança com o Brasil teve importância estratégica.
A partir da interpretação da xilogravura de Sebastião Palhares, conclui-se que a expressão
“Trampolim da Vitória”, difundida na década de 1940, refere-se ao
a) Nordeste brasileiro, que era o território americano mais próximo da África.
b) Golfo da Guiné, cujos laços com o Brasil ganhavam força desde o período colonial.
c) Atlântico Sul, cenário de torpedeamentos por submarinos alemães bombardeados do céu.
d) Litoral da África Ocidental, de onde os aviões norte-americanos decolavam rumo à Europa.
e) Sul dos Estados Unidos da América, que forneceu o maior contingente de soldados
para o front.
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Através dos Acordos de Washington, ficou definido que o Brasil permitiria que os Estados Uni-
dos mantivessem uma base militar no Nordeste brasileiro como estratégia da guerra no ocea-
no Atlântico.
Letra a.
A Lei de Segurança Nacional, promulgada em 4 de abril de 1935, definia crimes contra a ordem
política e social. Sua principal finalidade era transferir para uma legislação especial os crimes
contra a segurança do Estado, submetendo-os a um regime mais rigoroso, com o abando-
no das garantias processuais. O tribunal de exceção foi instituído em setembro de 1936, su-
bordinado à Justiça Militar. Era composto por juízes civis e militares escolhidos diretamente
pelo presidente da República e deveria ser ativado sempre que o país estivesse sob o estado
de guerra.
Letra c.
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A fraude eleitoral começava com o chamado “voto de cabresto”. Como o voto era aberto, os
coronéis influenciavam na votação. Aquele que não votasse de acordo com a vontade do co-
ronel sofria sanções.
Letra c.
Defendiam, na verdade, a centralização do poder político, tirando poder das oligarquias locais.
Errado.
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Querido(a), lembre-se de que Getúlio tentou, em vão, auxiliar o setor cafeeiro queimando o ex-
cedente de café das reservas do governo para tentar diminuir a oferta do produto e aumentar
o seu preço.
Certo.
A contradição era evidente. O governo de Vargas era autoritário tal qual os regimes fascistas
europeus. No entanto, enviou tropas da Força Expedicionária Brasileira para lutar ao lado das
democracias ocidentais contra esses mesmos regimes que inspiravam o Estado Novo.
Letra a.
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a) A partir do século XX, o café, face às condições favoráveis de produção, demanda e concor-
rência, passou a ser cada vez mais predominante na pauta de exportações, atingindo o auge
na década de 20, quando participava com cerca de 70% da receita de exportações.
b) Durante a República Velha, o poder político se concentrou nas mãos das oligarquias agro-
exportadoras. Com a política do café com leite, o Brasil conseguia articular uma economia
essencialmente agrária, conciliando as culturas de subsistência, produção não-exportável, que
ultrapassava os limites do necessário.
c) Nesse período, o setor artesanal e fabril, essencialmente destinado a atender à demanda
de bens de consumo pelos assalariados, em pouco tempo tornou-se artigo voltado, também a
exportação atendendo a uma grande demanda em razão da qualidade do algodão brasileiro.
d) A economia brasileira voltada para o mercado externo caracterizava-se como um segmento
do capitalismo europeu. Uma situação confortável em razão do financiamento e comercializa-
ção da produção dependente da mediação externa. Na forma como se realizava o capital, com
a produção, na circulação do café, residia a grande acumulação interna.
e) Essa situação impedia que o Brasil fosse suscetível às crises e oscilações do capitalismo
internacional. Até o final da década de 1920, a economia interna, estava desta forma, protegida
uma vez que produzia obstáculos a importações das crises. A cada impasse, o governo inter-
vinha de molde a garantir a defesa do setor exportador.
O Café foi o carro chefe das exportações brasileiras, chegando a representar 70% das expor-
tações durante a década de 20. Tal situação foi arriscada, pois colocava a economia brasileira
dependente do mercado externo. Tal foi o risco que a economia brasileira entrou em crise com
a Queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Letra a.
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Uma das principais críticas à Lei de Anistia foi justamente conceder absolvição aos torturado-
res e perseguidores da Ditadura.
Letra c.
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Assinale a opção que apresenta uma característica comum entre os dois fenômenos, que con-
fere sentido e coerência à comparação.
a) Defesa do liberalismo político.
b) Predominância em grandes centros urbanos.
c) Controle do eleitorado local pelo líder político.
d) Reforço das instâncias formais de representação política.
e) Recurso à violência como instrumento prioritário de cooptação.
Mesmo que não tenhamos estudado o caudilhismo, você deve ter em mente que o coronelis-
mo foi o principal instrumento utilizado pelas oligarquias para garantir o controle do eleitorado.
Letra c.
042. (MACK-SP/2004) A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em março de 1964,
na cidade de São Paulo, foi:
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Realizada após o “Comício da Central do Brasil”, a marcha representou a mobilização dos se-
tores civis conservadores do país. Em âmbito geral, a manifestação contou com a presença
de grupos da classe média, empresários e setores ligados à Igreja Católica. Sendo contrários
às medidas anunciadas por João Goulart no “Comício da Central”, os participantes dessa ma-
nifestação acabaram oferecendo o respaldo necessário para que as forças militares articulas-
sem o golpe militar de 1964.
Letra a.
043. (FUVEST-SP/2002) “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade
e poder pessoal ao chefe de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma,
no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na
anarquia, na luta civil.” (Manifesto dos ministros militares à Nação, em 29 de agosto de 1961).
Esse Manifesto revela que os militares
a) estavam excluídos de qualquer poder no regime de democracia presidencial.
b) eram favoráveis à manutenção do regime democrático e parlamentarista.
c) justificavam uma possibilidade de intervenção armada em regime democrático.
d) apoiavam a interferência externa nas questões de política interna do país.
e) eram contrários ao regime socialista implantado pelo presidente em exercício.
Por meio deste documento, é possível ver que o interesse dos militares em assumir o governo
federal já se desenhava muito antes do golpe, ocorrido em 1964. Ao falar da ameaça contra
a ordem, buscavam projetar um cenário político e econômico visivelmente influenciado pelo
discurso comunista. De tal forma, preparavam a aceitação do golpe, arquitetando o desenvol-
vimento de uma tensão que transformava a intervenção militar em atitude necessária.
Letra c.
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O termo populismo foi cunhado por alguns historiadores para caracterizar alguns regimes vi-
venciados no Brasil e em outros países da América Latina. Havia a busca por apoio popular a
seus projetos, pretendendo modernizar a sociedade, incluindo setores sociais despossuídos.
A liderança era exercida por pessoas com carisma, que, através principalmente dos meios de
comunicação, conseguiam cativar a população.
Letra b.
É no contexto das eleições de 1930 que João Pessoa se negou a apoiar o candidato Júlio
Prestes, indicado por Washington Luís (Paulista). Como vimos, a Aliança Liberal (formada por
Minas, Paraíba e Rio Grande do Sul) se aproveitou do assassinato de João Pessoa, por ques-
tões locais, para promover a Revolução de 1930.
Letra e.
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Todas as afirmativas estão corretas. Em Água Branca ocorreu uma emboscada liderada por
José Pereira em que foram mortos 200 soldados da PM. A PM conseguiu tomar as cidades
de Tavares, Teixeira e Imaculada. Por fim, cangaceiros fizeram um cerco à cidade de Tavares,
controlada pela Polícia Militar, durante 18 dias.
Letra b.
047. (ESA/2012) Em 1906, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se
reuniram e estabeleceram o Convênio de Taubaté, que
a) pode ser considerado o marco inicial da “política dos governadores”.
b) defendeu medidas para incrementar a imigração europeia.
c) resultou na política de ampliação da produção cafeeira.
d) estabeleceu a primeira política de valorização do café.
e) caracteriza a fundação da “política do café com leite”.
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A Revolta do Quebra Quilos se deu, principalmente, porque a população não aceitava a im-
posição de um sistema métrico decimal já que, historicamente, utilizavam outros sistemas
de medidas.
Letra e.
O baião faz referência direta a José Pereira que foi o principal líder da Revolta da Princesa con-
tra o governo de João Pessoa.
Letra d.
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050. (ENEM/2016) A regulação das relações de trabalho compõe uma estrutura complexa, em
que cada elemento se ajusta aos demais. A Justiça do Trabalho é apenas uma das peças des-
sa vasta engrenagem. A presença de representantes classistas na composição dos órgãos da
Justiça do Trabalho é também resultante da montagem dessa regulação. O poder normativo
também reflete essa característica. Instituída pela Constituição de 1934, a Justiça do Trabalho
só vicejou no ambiente político do Estado Novo instaurado em 1937. ROMITA, A. S. Justiça do
Trabalho: produto do Estado Novo. In: PANDOLFI, D. (org.). Repensando o Estado Novo. Rio de
Janeiro: FGV, 1999.
A criação da referida instituição estatal na conjuntura histórica abordada teve por objetivo:
a) Legitimar os protestos fabris.
b) Ordenar os conflitos laborais.
c) Oficializar os sindicatos plurais.
d) Assegurar os princípios liberais.
e) Unificar os salários profissionais
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Querido(a), como vimos ao longo de nossa aula, a Revolta da Princesa se deu contra o aumen-
to de impostos pelo governo de João Pessoa na Paraíba. Não estudamos a Revolução Farrou-
pilha porque ela não será cobrada em sua prova. No entanto, apenas para ilustrar, a Revolução
Farroupilha (1835 a 1845) também teve origem na cobrança de impostos, no caso, sobre o
charque. Daí a revolta de estancieiros criadores de gado que chegaram a implantar a República
do Piratini e a República Juliana.
Letra d.
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GABARITO
12. e 47. d
13. a 48. e
14. c 49. d
15. d 50. b
16. d 51. d
17. d
18. c
19. a
20. e
21. a
22. b
23. c
24. c
25. a
26. d
27. a
28. c
29. b
30. a
31. c
32. c
33. E
34. C
35. a
36. a
37. c
38. e
39. c
40. c
41. d
42. a
43. c
44. b
45. e
46. b
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Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.
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